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Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Bioquímica I 1.º Ano do Mestrado Integrado de Medicina EXTRACÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE ÁCIDOS NUCLEICOS

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(1)

EXTRACÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE ÁCIDOS NUCLEICOS

TURMA 6 ANO LECTIVO 2010/2011

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Bioquímica I

1.º Ano do Mestrado Integrado de Medicina

(2)

Com esta actividade experimental pretendeu-se fazer a extracção e quantificação do DNA genómico presente numa amostra de sangue.

Para tal procedeu-se à extracção do DNA com uma solução salina e à sua quantificação por espectrofotometria.

Sumário

(3)

Extrair o DNA genómico de uma amostra de sangue periférico.

Fazer a quantificação do DNA extraído por espectrofotometria, fazendo a leitura da densidade óptica a 260nm e 280nm.

Analisar os processos de extracção e quantificação do DNA.

Objectivos

(4)

Introdução

Nucleótidos

São ésteres fosfóricos dos nucleósidos

- Pentose (desoxirribose ou ribose) - Base azotada

- molécula de ácido fosfórico

Constituintes fundamentais dos ácidos nucleicos: DNA e RNA.

Fazem parte da estrutura de coenzimas, participando em reacções do metabolismo energético celular.

Participam em mecanismos de conservação, replicação e transcrição de informação genética.

(5)

Introdução

Ácidos nucleicos

Resultam da polimerização de muitos nucleótidos

São macromoléculas importantes no controlo celular, pois são responsáveis pelo armazenamento e transmissão da informação genética, que é expressa sob a forma de proteínas.

DOIS TIPOS FUNDAMENTAIS:

 DNA – ácido desoxirribonucleico

 RNA – ácido ribonucleico

mRNA (mensageiro)

tRNA (transferência)

rRNA (ribossómico)

(6)

Introdução

Propriedades dos Ácidos nucleicos:

 Solubilidade:

São insolúveis em solventes orgânicos, pouco solúveis em ácidos diluídos, moderadamente solúveis em água e muito solúveis em soluções salinas diluídas.

 Podem ser degradados por hidrólise química (alcalina) ou enzimática (endonucleases).

 Absorvem radiação UV a 260nm.

 Separados por cromatografia em coluna, ultracentrifugação ou por

electroforese em gel.

(7)

Introdução

Formas de detecção dos Ácidos nucleicos:

ESPECTRO DE ABSORÇÃO DEFINE-SE NA ZONA DA RADIAÇÃO UV com absorção máxima a 260 nm.

EFEITO HIPERCROMÁTICO.

 Reagem com DIFENILAMINA formando um complexo corado azul por ligação à desoxirribose e aquecimento (detecção a 600 nm).

 Reagem com solução de ORCINOL na presença de FeCl

3

e aquecimento

formando um complexo amarelado por ligação à ribose (670 nm).

(8)

Introdução

RNA ÁCIDO RIBONUCLEICO

 Cadeia simples.

 A pentose é uma ribose.

 Apresenta-se como sendo material genético de vírus, bactérias e seres vivos.

 3 formas: - mRNA (codifica a informação genética do DNA)

- tRNA (traduz a sequência de bases do mRNA em aminoácidos)

- rRNA (combinado com proteínas forma os ribossomas- síntese proteica)

mRNA

rRNA

tRNA

(9)

Introdução

Propriedades físico-químicas do RNA:

 Solubilidade:

Solúvel em soluções salinas diluídas.

 Desnaturação química (alcalina), física (aquecimento) e enzimática (ribonucleases).

 Separáveis por ultracentrifugação e por

cromatografia.

(10)

Introdução

DNA ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO

 Tem forma de dupla hélice, com duas cadeias complementares e antiparalelas unidas por pontes de hidrogénio (A=T, C=G).

 Aparecimento das cadeias de 5’->3’ pela DNA Polimerase.

 Organização no núcleo sobre a forma de cromatina, que é DNA associado a histonas.

PRINCIPAL FUNÇÃO

Contém informação genética que é transcrita, formando-se mRNA. Este é traduzido pelos ribossomas originando proteínas que têm funções específicas na célula.

(11)

Introdução

Propriedades físico-químicas do DNA:

 Peso molecular elevado.

 Viscosidade.

 Dupla hélice desnaturada por: temperatura, pH extremo, ureia e foramina, enzimas.

 Desnaturação depende do número de bases e a renaturação é espontânea.

 Susceptível de hidrólise ácida suave e não é hidrolisado por bases diluídas;

pode sofrer hidrólise enzimática (desoxirribonucleases e endonucleases).

 Não forma intermediários cíclicos.

 Liga iões Mg

2+

e Ca

2+

.

(12)

Introdução

RNA vs. DNA

RNA DNA

Nome Ácido ribonucleico Ácido

desoxirribonucleico Bases

Azotadas Adenina , Uracilo,

Guanina e Citosina Adenina, Timina, Guanina e Citosina

Pentose Ribose Desoxirribose

Estrutura/

Hélice simples dupla

(13)

Introdução

EXTRACÇÃO DO DNA

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS:

 Pureza molecular;

 Pipetagens de Precisão;

 Esterilidade dos Materiais;

 Cuidados no manuseamento, e material de protecção

.

Extracção com solução salina (NaCl 5,3 M)

para remover as proteínas da amostra

É fundamental para a obtenção de DNA com

qualidade para ser

analisado por PCR

(14)

Introdução

QUANTIFICAÇÃO DO DNA

A QUANTIFICAÇÃO DO DNA PODE SER FEITA POR:

ESPECTROFOTOMETRIA

Processo análogo ao DNA: λ =260nm

FLUORIMETRIA

Utilização de corantes fluorescentes (ex: RiboGreen)

Permite a detecção e quantificação de pequenas quantidades de RNA.

COMPARAÇÃO DE BANDAS (GEL).

(15)

Introdução

QUANTIFICAÇÃO DO DNA

SOLUÇÃO

(extrato de DNA + H₂O mili-EQ estéril)

Espectrofotometria

(Cuvette de Quartzo)

λ= 260 nm λ= 280 nm

Avaliar a

quantidade de DNA Estimar a contaminação de proteínas

AGITAÇÃO

(16)

Introdução

QUANTIFICAÇÃO DO DNA

Menor que 1,5 Entre 1,5 e 2,0 Maior que 2,0

Contaminação com proteínas

Amostra de DNA com pureza

adequada

Contaminação com RNA

[DNA] (mg/ml) = DO260 x 0,05 x factor diluição

(17)

REAGENTES

Tampão A (Tampão de lise dos glóbulos vermelhos)

Tampão B (Tampão de desproteinização)

SDS 10%

Solução de Proteinase K (20mg/ml)

NaCl 5,3M

Isopropanol frio ou Etanol 70% frio

Material

Tubos de Eppendorf

Pipeta de Pasteur

Tubos de ensaio

Pipetas graduadas

Pompete

Vortex

(18)

Procedimento

Adicionou-se 1 volume de tampão A e 2 volumes de H2O MilliQ estéril a 4ºC.

Submeteu-se a vortex moderado durante 30 segundos.

Incubou-se em gelo durante, no mínimo, 3 minutos.

Centrifugou-se a 3500 rpm, durante 15 minutos, a 4ºC.

Removeu-se o sobrenadante.

Centrifugou-se novamente a 3500 rpm, durante 15 minutos e a 4ºC.

Retirou-se o sobrenadante.

Adicionou-se 5 ml de Tampão B e 500 µl de SDS.

Submeteu-se a vortex forte, durante 30 a 60 segundos

Adicionou-se 50 µl de solução de Proteinase K (20 mg/ml).

Incubou-se a 55ºC durante 1 a 2 horas.

Colocou-se em gelo durante 2 a 3 minutos.

Adicionou-se 4 ml de solução saturada de NaCl, sujbmetendo-se novamente a vortex.

Centrifugou-se a 4500 rpm durante 15 a 20 minutos a 4ºC.

Transferiu-se o sobrenadante cuidadosamente para um tubo limpo.

Adicionou-se um volume de isopropanol frio (guardado a -20ºC) igual ao volume de isopropanol que fica no tubo.

Removeu-se a “medusa” com uma pipeta de Pasteur para um tubo eppendorf 1,5 ml e lavou-se com 1 ml de etanol frio a 70%.

EXTRACÇÃO DO DNA

(19)

Resultados

Não procedemos à QUANTIFICAÇÃO DO DNA, apenas o observamos.

1 - EXISTE CONTAMINAÇÃO?

1,5 ≤ Quociente ≤ 2  Não Quociente < 1.5

Quociente > 2

2 – QUANTIFICAÇÃO

[DNA] (mg/ml) = DO260 x 0,05 x factor diluição

 Sim

(20)

Discussão

 Os eritrócitos não têm núcleo nem mitocôndrias, logo não têm DNA. Para além disso, têm hemoglobina que, sendo uma proteína, pode danificar a qualidade da amostra.

Assim sendo, os eritrócitos foram removidos, adicionando, para tal, o tampão A, que provoca a sua lise.

 Arrefecimento da solução de extracção  diminuiu a ruptura das moléculas de DNA.

 Após a centrifugação, o que constituia o sobrenadante eram proteínas e células destruídas, daí este ser eliminado da amostra, ficando apenas o sedimento.

Quanto mais clara for a cor do sedimento, maior será a sua pureza.

PROCEDIMENTO RESULTADOS

(21)

Discussão

 As restantes proteínas foram removidas pelo tampão B, já que a sua função é a desproteinização.

 O detergente (SDS) provocou a lise das membranas celulares (incluindo nucleares) e desnaturou proteínas.

 A solução de Proteinase k utilizou-se para destruir as proteínas.

 O cloreto de sódio (NaCl) precipitou as proteínas e excluiu o DNA.

 O álcool (isopropanol/etanol) forçou o DNA a precipitar e a sair da solução.

PROCEDIMENTO RESULTADOS

NOTA:

- As plaquetas não têm núcleo, mas, como têm mitocôndrias, são relevantes para a quantificação do DNA.

O RNA está em todas as partes da célula e é degradado muito facilmente, não sendo necessário removê-lo.

(22)

Discussão

 Uma vez que não efectuámos os cálculos, não conseguimos saber se a amostra de DNA obtida tinha pureza adequada para aplicações posteriores. Isto verificava-se se o quociente entre os valores de densidade óptica a 260 nm e a 280 nm se situasse entre 1,5 e 2. Se o quociente fosse inferior a 1,5, haveria contaminação por proteínas. Caso se verificasse um valor superior a 2, poderíamos concluir que teria havido contaminação com RNA.

 [DNA] – Se tivéssemos calculado a concentração de DNA que se obteve, poderíamos verificar a quantidade de DNA que foi possível obter a partir de 5 ml de sangue (rendimento da extracção), que, provavelmente, seria reduzida devido às perdas de DNA possíveis por:

- Acção de DNases citoplasmáticas

- Insuficiente e não imediata preservação a frio - Incompleta precipitação do DNA

PROCEDIMENTO RESULTADOS

(23)

Discussão

 Possivelmente, podem pôr-se em causa alguns dos princípios básicos de manuseamento de ácidos nucleicos, tais como as pipetagens de precisão, a esterilidade de todos os materiais e soluções usadas, a pureza dos reagentes, a água (H

2

0 MilliQ estéril) usada para a preparação das soluções, o uso de bata e luvas de látex (para prevenir contaminações). Pode ter ainda havido uma centrifugação anómala ou o tempo de actuação dos reagentes ter sido menor que o necessário. Assim, tendo em conta a existência de erros, os resultados não são 100% fidedignos.

 A dupla hélice da molécula de DNA é demasiado pequena para se observar.

Apesar de o DNA ser a maior molécula na célula, só pode ser visto com um microscópio electrónico. No entanto, pudemos observar o DNA na nossa experiência, isto por termos milhões de cadeias de DNA na amostra.

 Como o RNA está em todas as partes da célula e é degradado muito facilmente, espera-se que não tenha interferido na experiência, contaminando a amostra de DNA.

PROCEDIMENTO RESULTADOS

(24)

Discussão

A extracção do DNA tem, posteriormente, várias aplicações:

PCR (Polymerase Chain Reaction)

- Permite ampliar milhões de vezes uma dada sequência nucleotídica de interesse - Permite o diagnóstico de doenças genéticas e a sequenciação de genes

Electroforese

- Permite avaliar a concentração do DNA extraído, por comparação de um marcador - Separação das moléculas de DNA de acordo com o tamanho

RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism)

- Corte do DNA num local específico por enzimas de restrição - que podem detectar mutações em fragmentos da sequência de DNA, chamados polimorfismos de comprimento de fragmentos de restrição

SOUTHERN BLOT

- Combina a electroforese em gel com a hibridação

- Muito sensível para detectar sequências de DNA específicas

MICROARRAYS

- Usados para avaliar a expressão de muitos genes ao mesmo tempo (respostas fisiológicas específicas; no processo de desenvolvimento; em processos patológicos)

(25)

A técnica de extracção utilizada permite fazer uma extracção eficiente do DNA genómico, sem necessidade de recorrer a solventes orgânicos, permitindo assim a sua análise, nomeadamente por PCR.

A quantificação por espectrofotometria permite avaliar a pureza da amostra de DNA extraída e através do quociente entre DO260 e DO280 detectar se houve contaminação da amostra.

A análise de DNA tem diversas utilidades tais como fazer o diagnóstico e encontrar as causas para diversas doenças, fazer testes preditivos e de paternidade ou mesmo análises forenses.

Conclusão

(26)

 BERG, Jeremy M.; TYMOCZKO, John L.; STRYER, Lubert; Biochemistry; Freeman, 6th Edition, 2007.

 Protocolos experimentais de Bioquímica I.

Bibliografia

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