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CAVIDADE ABDOMINAL PERITÔNIO CAVIDADE ABDOMINAL PERITÔNIO ANATOMIA GASTROINTESTINAL

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CAVIDADE

ABDOMINAL – PERITÔNIO

ANATOMIA GASTROINTESTINAL

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CAVIDADE

ABDOMINAL – PERITÔNIO

CONTEÚDO: BEATRIZ FARAVELLI

CURADORIA: MARCO AURÉLIO PASSOS

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SUMÁRIO

DEFINIÇÃO ... 4

EMBRIOLOGIA ... 4

FUNÇÕES ... 4

PERITÔNIO PARIETAL ... 5

PERITÔNIO VISCERAL ... 5

CAVIDADE PERITONEAL ... 5

DIVISÕES DA CAVIDADE ABDOMINAL ... 5

MESENTÉRIO... 6

OMENTO ... 7

ÓRGÃOS INTRAPERITONEAIS ... 8

ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS E SUBPERITONEAIS ... 8

LIGAMENTOS PERITONEAIS ... 9

PREGAS DO PERITÔNIO ... 10

FOSSAS DO PERITÔNIO... 10

RECESSOS DO PERITÔNIO ... 11

SULCOS DO PERITÔNIO ... 11

ESPAÇOS ANATÔMICOS EXTRAPERITONEAIS ... 11

RELAÇÕES PERITONEAIS ... 11

CLASSIFICAÇÃO DAS VÍSCERAS QUANTO À PERITONIZAÇÃO ... 11

TÚNICA VAGINAL ... 11

CORRELAÇÕES CLÍNICAS ... 12

REFERÊNCIAS ... 13

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DEFINIÇÃO

O peritônio é a membrana serosa mais extensa do corpo que reveste as pare- des da cavidade abdominal e recobre os órgãos abdominais e pélvicos. Além disso, é transparente, brilhoso, contínuo e escorregadio.

Essa membrana possui uma parede du- pla que recobre a parede abdominal, chamada de peritônio parietal - que se reflete de forma contínua sobre as vísce- ras, revestindo-as e transformando-se então no peritônio visceral. Entre suas duas camadas está a cavidade perito- neal.

EMBRIOLOGIA

Durante o período embrionário, pode- mos observar apenas o peritônio parietal

- que por sua vez formará um saco fe- chado e ocupará a maior parte da cavi- dade abdominal. Nessa fase do desen- volvimento, os órgãos são pequenos e encontram-se pressionados contra a parede posterior do abbdome.

Entretanto, conforme os órgãos abdomi- nais se desenvolvem e crescem, eles se projetam para a cavidade peritoneal sem entrar nela. Como consequência, a cavidade sofre deformações e se aperta preenchendo todos os espaços entre os órgãos abdominais por conta da pres- são.

FUNÇÕES

Podemos citar, como funções do peritô- nio: redução do atrito, a resistência a

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5 infecções, o armazenamento de gor-

dura, proteção dos órgãos abdomino- pélvicos, conecção entre os órgãos, ma- nutenção da posição dos órgão por meio de ligamentos suspensores e prevenção da fricção entre os órgãos durante a mo- vimentação.

PERITÔNIO PARIETAL

É a parte do peritônio que reveste a pa- rede abdominal, sendo uma camada ex- terna que se adere às paredes abdomi- nais anterior e posterior.

Ele é inervado pelos nervos da parede corporal adjacente: nervos frênicos, ner- vos toracoabdominais, subcostais e ramo do plexo lombossacral

PERITÔNIO VISCERAL

É a camada interna do peritônio que re- veste os órgãos abdominais. Ela é for- mada pela reflexão do peritônio parietal da parede abdominal para as vísceras.

CAVIDADE PERITONEAL

A cavidade peritoneal é o espaço en- contrado entre a camada visceral e a camada parietal do peritônio. Ela está dentro da cavidade abdominal e vai até a cavidade pélvica, sendo preenchida por uma pequena quantidade de fluido peritoneal seroso secretado por células mesoteliais que revestem o peritônio.

Esse líquido peritoneal permite que as camadas do peritônio deslizem uma so- bre a outra sem que haja um atrito signi- ficativo enquanto se movimentam junto

com os outros órgãos abdominopélvicos.

Ele é composto por água, eletrólitos e outras substâncias derivadas do líquido intersticial dos tecidos adjacentes. Além disso, lubrifica as superfícies das vísceras e contém leucócitos e anticorpos resis- tentes à infecções.

Os vasos linfáticos, principalmente os da face inferior do diafragma, absorvem o líquido peritoneal. O acúmulo desse lí- quido na cavidade peritoneal é cha- mado de ascite.

Conforme recobre os órgãos, o peritônio se dobra e forma recessos, ou bolsas, que se enchem de fluido quando há in- flamação dos órgãos adjacentes.

DIVISÕES DA CAVIDADE ABDOMINAL

A cavidade peritoneal pode ser dividida em duas partes: o saco maior e o saco

A cavidade peritoneal é comple-tamente fechada nos homens. Entretanto, nas mulheres, existe uma

comunicação através das tubas uterinas, cavidade uterina e vagina. Essa

comunicação é uma possível via de infecção externa.

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6 menor - também chamado de bolsa

omental.

Saco maior: se estende do dia- fragma até a cavidade pélvica e também pode ser subdividido pelo mesocolo transverso em compartimento supramesocólico, que está anterior e superior ao mesocolo transverso e contém o fígado o estômago e o baço, e in- framesocólico - inferior e posterior ao mesocolo transverso e dividido em espaços inframesocólicos es- querdo e direito pela raiz do me- sentério do intestino delgado, contendo o intestino delgado e os colos ascendente e descendente.

Saco menor ou bolsa omental:

permite que o estômago se mova livremente contra as estruturas in- feriores e posteriores a ele. É en- contrado posteriormente ao estô- mago e ao fígado e anteriormente ao pâncreas e ao duodeno. A bolsa omental tem formato irregu- lar com dois recessos: um inferior e um superior - sendo o superior de- limitado pelo diafragma e pelo li- gamento coronário do fígado, en- quanto o inferior fica entre as do- bras do omento maior.

O forame epiploico ou forame omental é a via de comunicação entre o saco menor e o saco maior e está localizado posteriormente à margem livre do omento menor.

Sua margem anterior é definida pelo ligamento hepatoduodenal, a posterior pela veia cava inferior e pelo pilar direito do diafragma, a superior pelo lobo caudal do fí- gado e a inferior pela parte supe- rior do duodeno.

MESENTÉRIO

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7 O mesentério pode ser compreendido

pelas dobras do peritônio que suspen- dem as vísceras abdominais.

Sua formação é decorrente da dobra peritoneal criada pela projeção de um órgão no peritônio que o envolve mas mantém sua conexão com a parede ab- dominal.

A função do mesentério é levar feixes neurovasculares através de sua gordura entre as camadas de peritônio para su- prir os órgãos que envolve. Além disso, ele é muito importante para manter os órgãos abdominais em suas posições corretas.

É possível notar também a presença de linfonodos nesse tecido, que podem co- letar bactérias - principalmente no in- testino - e gerar respostas imunes. As células adiposas do mesentério também podem produzir uma proteína C reativa (PCR) que sinaliza possíveis infecções.

Normalmente, a denominação "mesen- tério" contempla apenas a porção dessa dobra peritoneal que recobre o intestino delgasdo. Já os mesentérios das outras partes do sistema digestório possuem nomes diferentes, como por exemplo:

mesocolo transverso, mesocolo sig- móide, mesoapêndice e mesogástrio.

OMENTO

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8 É uma dupla camada de peritônio fun-

dido que se estende do estômago e do duodeno proximal até os órgãos vizi- nhos.

Ele pode ser subdividido em duas regi- ões: omento maior e omento menor

Omento maior: se origina do duo- deno proximal e da curvatura maior do estômago e se dobra para se ligar superiormente à su- perfície anterior do colo trans- verso. Ele cobre a superfície ante- rior do intestino delgado.

Omento menor: Vai da curvatura menor do estômago e do duo- deno proximal até o fígado.

ÓRGÃOS INTRAPERITONEAIS

São órgãos que possuem quase toda a sua superfície coberta por peritônio vis- ceral e que não necessariamente estão dentro da cavidade peritoneal. Esses ór- gãos foram invaginados por uma ca- mada de peritônio derivada do meso- derma, formando um saco fechado.

São eles: Fígado, baço, estômago, parte superior do duodeno, jejuno, íleo, colo transverso, colo sigmóide e parte supe- rior do reto.

ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS E SUBPERITONEAIS

São órgão que são recobertos parcial- mente, geralmente em uma de suas fa- ces, por peritônio. Eles estão situados externamente ao peritônio parietal.

Dois bons exemplos que podem ser cita- dos são os rins, órgãos retroperitoneais que estão entre o peritônio parietal e a parede posterior do abdome e são re- vestidos pelo peritônio apenas em suas faces anteriores, e a bexiga urinária, subperitoneal, que por sua vez é reves- tida por peritônio parietal apenas em sua face superior.

Portanto, podemos dizer que os órgãos retroperitoneais são aqueles que se de- senvolvem e permanecem fora do peri- tônio. São eles: Rins, glândulas suprarre- nais e ureter.

Por outro lado, existem órgãos que se desenvolvem dentro do peritônio, mas que depois se movem para trás dele. São eles: pâncreas, duodeno distal e os colos ascendente e descendente.

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LIGAMENTOS PERITONEAIS

São duplicações do peritônio que po- dem fazer ou não parte do omento.

Suas funções são ligar os órgãos à pare- de abdominal ou a outros órgãos, man- tendo-os na posição adequada e levar estruturas nervosas e vasculares aos ór- gãos abdo-minais. Eles podem ser:

Ligamentos esplênicos (Baço): Li- gamento esplenocólico, liga- mento gastroesplênico e liga- mento es-plenorrenal;

Ligamentos gástricos (estômago):

Ligamento gastrofrênico e liga- mento gastrocólico;

Ligamentos hepáticos (fígado): Li- gamento falciforme, ligamento gastrohepático e ligamento he- patoduodenal.

Vale ressaltar que o ligamento gastrohe- pático e o ligamento gastroduodenal fa- zem parte do omento menor. Já o liga- mento gastrofrênico, o ligamento gas- trocólico e o ligamento esplenorrenal compõe o omento maior. Além disso, no ligamento hepatoduodenal podemos notar a passagem da tríade portal - composta pela veia hepática portal, a artéria hepática própria e pelo ducto bi- liar comum.

Outros ligamentos do peritônio de ex- trema importância são o ligamento sus- pensor do ovário e o mesovário.

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PREGAS DO PERITÔNIO

São elas: prega umbilical mediana, prega umbilical medial, prega umbilical transversa, prega retouterina, prega re- tovesical.

FOSSAS DO PERITÔNIO

São 4: fossa supravesical, fossa inguinal medial, fossa inguinal lateral e fossa pa- rarretal.

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RECESSOS DO PERITÔNIO

Podemos citar 7 recessos peritoneais, sendo eles: recessos subfrênicos direito e esquerdo, recesso hepatorrenal, recesso esplênico, recesso vesicouterino, recesso retouterino e recesso retovesical.

SULCOS DO PERITÔNIO

O peritônio possui dois sulcos: o sulco paracólico direito e o sulco paracólico esquerdo.

ESPAÇOS ANATÔMICOS EXTRAPERITONEAIS

Espaço retroperitoneal, espaço retropú- bico (pré-vesical) e espaço subperito- neal.

RELAÇÕES PERITONEAIS

Os órgãos do peritônio podem ser clas- sificados em intraperitoneais ou retrope- ritoneais, como já foi dito anteriormente.

Essa subdivisão ocorre de acordo com sua posição em relação ao peritônio du- rante o seu desenvolvimento.

Os órgãos intraperitoneais são aqueles que são completamente revestidos por peritônio visceral, sendo eles: fígado, baço, estômago, parte superior do duo- deno, jejuno, íleo, colo transverso, colo sigmóide e a parte superior do reto.

Já os órgãos retroperitoneais encon- tram-se posteriormente ao peritônio, no espaço retroperitoneal, onde são

recobertos apenas em suas faces ante- riores pelo peritônio parietal. Eles são compostos pelos rins, pelas glândulas adrenais e pelo ureter.

Ademais, o pâncreas, o duodeno distal e os colos ascendente e descendente também configuram exemplos de ór- gãos retroperitoneais (secundariamente) que, contudo, se desenvolvem no peritô- nio mas depois se movem para trás dele.

CLASSIFICAÇÃO DAS VÍSCERAS QUANTO À PERITONIZAÇÃO

As vísceras podem ser classificadas como peritonizadas, retroperitonizadas, intraperitonizadas ou desperitonizadas.

TÚNICA VAGINAL

A túnica vaginal é uma espécie de bolsa membranosa que envolve os testículos.

Sua origem é o processo vaginal, que no feto, precede a descida dos testículos do abdome para o saco escrotal. A su- perfície da túnica vaginal é lisa e coberta por uma camada de células mesoteliais pavimentosas simples.

Quando isso acontece, elimina-se a por- ção da túnica vaginal que se estende do anel inguinal abdominal até a parte su- perior da glândula e a parte inferior per- manece como um saco fechado sobre a superfície dos testículos e se reflete na superfície interna do escroto - por isso, pode-se considerar sua formação por uma lâmina visceral e outra lâmina pari- etal.

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12 Essa lâmina visceral conecta os epidídi-

mos aos testículos por uma dobra e, a partir da borda superior deles ela é refle- tida na superfície interna do escroto. Já a lâmina parietal é mais extensa, esten- dendo-se por uma maior porção à frente e até o lado medial da medula, alcan- çando também abaixo dos testículos.

Por fim, podemos concluir que o intervalo entre essas duas lâminas constitui a ca- vidade da túnica vaginal.

CORRELAÇÕES CLÍNICAS

Ascite: É o acúmulo de mais de 20 ml de fluido dentro da cavidade peritoneal. Pode ser causada pelo aumento da pressão na veia porta - quadro de hipertensão portal, que é comumente vista em indiví- duos com o diagnóstico de cirrose hepática.

Seu aspecto clínico é abdome globoso que mostra as ondas de movimento do fluido quando percutido, o que não acontece no tecido gorduroso.

A ascite pode ser diagnosticada pelo exame clínico associado a exames de imagem. Seu tratamento é geralmente direcionado à sua causa e geralmente inclui a restrição da ingestão de sódio, uma vez que o mesmo causa retenção de líquidos.

O tratamento é fundamental para que o quadro não evolua para uma possível peritonite.

Peritonite: Consiste em uma infla- mação do peritônio normalmente consequente da complicação do

quadro de ascite.

A peritonite é comumente cau- sada por bactérias intestinais que entram no peritônio por dissemi- nação linfática ou por ruptura in- testinal.

Seus sintomas frequentes são: fe- bre, confusão mental, dor abdo- minal e ascite - por isso, todo di- agnóstico de ascite deve ser in- vestigado para eliminar as possi- bilidades de peritonite.

O diagnóstico pode ser feito a partir da extração de uma amostra de fluido peri- toneal para a realização de análise mi- crobiológica a fim de confirmar a exis- tência de bactérias e células inflamató- rias. O tratamento de peritonite é feito com antibióticos.

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@jalekoacademicos Jaleko Acadêmicos @grupoJaleko

REFERÊNCIAS

DRAKE, Richard L.; VOGL, A. Wayne; MITCHEL, Adam W. M.: Gray’s ana- tomia clínica para estudantes. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015

HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiolo- gia médica. 13 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.

MOORE: Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7 ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2014.

SOBOTTA: Sobotta J. Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2000.

TORTORA, Gerard. J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e fi- siologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

Anatomia Gastrointestinal – Cavidade Abdominal – Peritônio (Professor Marco Aurélio R. F. Passos). Disponível em: < https://jaleko.com.br/sala- de-aula/anatomia-gastrointestinal/cavidade-abdominal/componen- tes-do-peritonio/asd-peritonio >.

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