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CAPÍTULO III DOS CRIMES E DAS PENAS

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CAPÍTULO III DOS CRIMES E DAS PENAS

Art. 27. As penas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo, ouvidos o Ministério Público e o defensor.

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

BEM JURÍDICO TUTELADO OU OBJETIVIDADE JURÍDICA –

Sujeito ativo –.

Sujeito passivo –.

Conceito de crime vago –

Uso pretérito –

Elemento subjetivo - Consumação -

Crime de Perigo Abstrato

PENAS

I - advertência sobre os efeitos das drogas;

II - prestação de serviços à comunidade;

III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

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MODALIDADE EQUIPARADA

§ 1 o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

§ 2 o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.

§ 3 o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses.

§ 4 o Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.

§ 5 o A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.

§ 6 o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a:

I - admoestação verbal;

II - multa.

§ 7 o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado.

Art. 29. Na imposição da medida educativa a que se refere o inciso II do § 6 o do art.

28, o juiz, atendendo à reprovabilidade da conduta, fixará o número de dias-multa,

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em quantidade nunca inferior a 40 (quarenta) nem superior a 100 (cem), atribuindo depois a cada um, segundo a capacidade econômica do agente, o valor de um trinta avos até 3 (três) vezes o valor do maior salário mínimo.

Prescrição

Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.

TÍTULO IV

DA REPRESSÃO À PRODUÇÃO NÃO AUTORIZADA E AO TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais.

COMENTÁRIO: A previsão legal da destruição das plantações ilícitas está no artigo 32 e da destruição das drogas ilícitas no artigo 50, todos da lei 11343/2006.

Abaixo montei uma tabela trazendo as diferenças e a literalidade dos artigos mencionados.

Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de

polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial,

de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a

delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da

prova. (Redação dada pela Lei nº 12.961, de 2014)

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PLANTAÇÕES ILÍCITAS DROGAS ILÍCITAS

QUEM PODERÁ DESTRUIR?

R,: DELEGADO DE POLÍCIA

QUEM PODERÁ DESTRUIR?

R.: DELEGADO DE POLÍCIA

PRECISA-SE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL?

R,: NÃO

PRECISA-SE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL?

R.: SIM

QUANDO QUE OCORRERÁ A DESTRUIÇÃO?

R,: IMEDIATAMENTE

QUANDO QUE OCORRERÁ A DESTRUIÇÃO?

R.: DEPOIS DA DETERMINAÇÃO JUDICIAL A AUTORIDADE POLICIAL TEM UM PRAZO DE 15 DIAS PARA DESTRUIR A DROGA NA PRESENÇA DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA AUTORIDADE SANITÁRIA.

Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará, imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro) horas.

§ 1 o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

§ 2 o O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1 o deste artigo não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo.

§ 3 o Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10

(dez) dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e

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determinará a destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)

§ 4 o A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)

§ 5 o O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida no § 3 o , sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)

Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo

definitivo. (Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019) (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)

§ 3 o Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se- á, além das cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto n o 2.661, de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.

§ 4 o As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.

CAPÍTULO II DOS CRIMES

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos)

a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

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Bem jurídico tutelado ou objetividade jurídica ´ Sujeito ativo –.

Sujeito passivo –

Vender substância geradora de dependência para criança ou adolescente

1ª hipótese 2ª hipótese

Substância prevista na portaria

344 SVS/MS Substância não prevista na

portaria 344 SVS/MS

Art.33 da lei 11343/2006 Art.243 do ECA (lei 8069/1990 Por exemplo: maconha Por exemplo: cola de sapateiro,

thiner, etc...

Vai incidir a majorante do art.40, inc.VIII, da lei 11343/2006

Conduta -

Circunstâncias indicativas do tráfico

Art. 52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, remetendo os autos do inquérito ao juízo:

I - relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente;

A) Quantidade e natureza da subsistência

B) Local e as condições e em que se desenvolva a ação criminosa

C) Circunstâncias da prisão

D) A conduta, a qualificação e os antecedentes do agente.

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ELEMENTO SUBJETIVO - Consumação

Importante – Alguns núcleos configuram crime permanente (Ex.: guardar, manter em depósito, etc...).

Tentativa

1ª corrente - A multiplicidade de condutas incriminadas inviabiliza a tentativa.

2ª corrente – Admite-se a tentativa como na hipótese de tentar adquirir (Decisões do STJ nesse sentido).

Concurso de crimes

Art.33, § 1 o Nas mesmas penas incorre quem:

I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;

Art.33 da caput Art.33, §1º, inc. I Objeto material drogas Objeto material

a) Matéria prima destinado a produção produção de drogas

b) Insumo

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c) Produto químico destinado a produção de drogas (Ex.: éter, ácido sulfúrico e acetona)

OBS.: O art.33, §1º, inc.I, da lei 11343/2006, COMPREENDE AS SUBSTÂNCIAS DESTINADAS, EXCLUSIVAMENTE, À PREPARAÇÃO DA DROGA, COMO AS QUE, EVENTUALMENTE, SE PRESTEM A ESTA FINALIDADE.

IMPORTANTE – TAMBÉM DEPENDE DE PERÍCIA PARA ANALISAR A POTENCIALIDADE LESIVA DO PRODUTO.

IPORTANTE 2 – DE ACORDO COM A MAIORIA DA DOUTRINA, O CRIME DISPENSA A VONTADE DE QUERER EMPREGAR À PRODUÇÃO DE DROGAS, BASTANDO O CONHECIMENTO DE SUA CAPACIDADE PARA TANTO.

CONSUMAÇÃO

Com a prática de qualquer dos núcleos, dispensando a efetiva preparação da droga.

Obs.: crime de perigo abstrato.

TENTATIVA – É admitida

PRINCÍPIO DA INSIGINIFICÂNCIA

2ª TURMA DO STF - HABEAS CORPUS 127.573 SÃO PAULO

Tráfico de drogas: denúncia anônima e busca e apreensão

A Segunda Turma, por maioria, concedeu a ordem em habeas corpus para trancar a

ação penal movida contra a paciente, denunciada pela suposta prática do delito de

tráfico de entorpecentes, por produzir e comercializar bolos contendo maconha.

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produtos em uma universidade estadual. Meses depois, foi determinada medida de busca e apreensão na residência da investigada e, em seguida, sua prisão.

A Turma registrou que inexistiram investigações complementares depois da denúncia anônima, e que as medidas subsequentes se lastrearam unicamente em seu conteúdo, mesmo que decorridos sete meses entre o boletim de ocorrência e o pedido de busca e apreensão.

A jurisprudência do STF é firme no sentido de que denúncias anônimas não podem embasar, por si sós, medidas invasivas como interceptações telefônicas, buscas e apreensões, e devem ser complementadas por diligências investigativas posteriores.

Se há notícia anônima de comércio de drogas ilícitas numa determinada casa, a polícia deve, antes de representar pela expedição de mandado de busca e apreensão, proceder a diligências veladas no intuito de reunir e documentar outras evidências que confirmem, indiciariamente, a notícia. Se confirmadas, com base nesses novos elementos de informação o juiz deferirá o pedido; se não confirmadas, não será possível violar o domicílio, sendo a expedição do mandado desautorizada pela ausência de justa causa. O mandado expedido exclusivamente com apoio em denúncia anônima será abusivo.

Além disso, a decisão judicial que autorizou a busca e apreensão carece de fundamentação. Não houve qualquer análise efetiva sobre a real necessidade da medida ou a consistência das informações contidas na denúncia anônima. Há, apenas, remissão a esses elementos e enquadramento genérico na norma processual.

É imperiosa para o juiz a demonstração, na motivação, de que a lei foi validamente aplicada no caso submetido à sua apreciação. A legalidade de uma decisão não resulta da simples referência ao texto legal, mas deve ser verificada concretamente pelo exame das razões pelas quais o juiz afirma ter aplicado a lei, pois somente tal exame pode propiciar o efetivo controle daquela demonstração.

Vencido, em parte, o ministro Edson Fachin, que concedeu a ordem de ofício por fundamentos distintos. Entendeu aplicável ao caso o princípio da insignificância, tendo e vista a primariedade da paciente e a quantidade irrisória de droga encontrada na sua residência, inferior a 10 gramas.

HC 180709/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 5.5.2020. (HC-180709)

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Art.33, § 1 o Nas mesmas penas incorre quem:

II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; (PLANTIO PARA USO PRÓPRIO)

Art.33 caput Art.33, §1º, inc.I Art.33, §1º, inc.II Objeto material:

drogas Objeto material:

a)matéria – prima b)insumo

c)produto químico

Objeto material:

plantas que se constituem em matéria - prima

Com o advento da lei 11343/2006, pode configurar o art.33, §1º,inc.II (média ou grande quantidade de plantas, MESMO PARA USO PRÓPRIO), ou art.28, §1º (PLANTAS DESTINADAS À PREPARAÇÃO DE PEQUENA QUANTIDADE DE DROGAS), da lei.

• Tem que haver perícia

ELEMENTO SUBJETIVO - CONSUMAÇÃO -

Art.33, § 1 o Nas mesmas penas incorre quem:

III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas

ELEMENTO SUBJETIVO -

• Crime é punido a título de dolo mais a finalidade de servir seu bem móvel

ou imóvel ao tráfico

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CUIDADO: Se a conduta do agente visa facilitar o uso por terceiro não caracteriza o art.33,§1º, inc.III, mas o art.33, §2º.

ATENÇÃO: Não exige a finalidade de lucro.

• Na primeira modalidade (o agente utiliza) o crime se consuma com o efetivo proveito do bem ou do local. Na segunda modalidade (consentir), bastando a mera permissão.

ART. 33, §1, IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto

químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a

determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes

elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.(LEI 13964/2009 –

PACOTE ANTICRIME)

Referências

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