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O burnout e os educadores que lutam contra a aids

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Academic year: 2018

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(1)

o

BUI?NOU!

E OS EDUCADORES

QUE LUTAM

CONTRA A AIOS

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A larcon A gra do ÓzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA1

R esum o

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

F r e n te a o s im p a c to s d a a id s n a c e n a c o n te m p o r â

-n e a , d e d iv e r s o s lo c a is e m e r g e m r e s p o s ta s à e p id e m ia .

E n tr e e s ta s s o b r e s s a is e a e d u c a ç ã o p r e v e n tiv a , u m a te n

-ta tiv a d e e s -ta b e le c e r p r á tic a s p e d a g ó g ic a s c o m p r o m e

ti-d a s c o m a p r e v e n ç ã o à s id s e c o m o c o m b a te a o

p r e c o n c e ito . D is c u te m -s e s o u ! a s c o n d iç õ e s d o s u c e s s o

d e ta l tr a b a lh o , te n d o e m v is ta a s p r e c á r ia s c o n d iç õ e s d e

tr a b a lh o d o e d u c a d o r b r a s ile ir o n o p r e s e n te .

Palavras-chave: aids - educação preventiva - burnout

A bstract: the D vm ovland the educators w ho fíght agaínst aíds.

D u e to th e a id s '5ím p a c t nowsdeys. s o lu tío n s

to th is e p id e m ic a p p e a r in v a r ío u s p la c e s . A m o n g

th e m , p r e v e n tiv e e d u c a tio n s ta n d s o u t a s a n s tte m p t

to e s ta b lís h le a c h in g p r a c tic e s ín v o lv ín g a íd s 's

p r e v e n tio n a n d th e b a ttle a g a in s t b ía s . W e d ís c u s s

h e r e th e d e g r e e s o f s u c c e s s o f s u c h w o rk . h a v in g ín

m ín d th e p r e c a r io u s w o r k in g c o n d ítio n s o f B r a z ília n

e d u c a to r s a t lh e p r e s e n t tim e .

Key-words: aids - preventive education - burnout

IP ro fe s s o r A s s is te n te d o D e p a rta m e n to d e H is tó ria e G e o g ra fia d a U F P B . M e s tre e m E d u c a ç ã o p e la U F P B .

12 EDUCAÇÃO EM DEBATE FORTALEZA ANo22.V.I.NQ41 2001

A presentação

Este é um texto militante, para usar uma imagem

do professor Tomaz Tadeu da Silva (1996); isso poroue

me coloco dentro da discussão como alguém Que trabalha

há certo tempo na educação preventiva, e Que não

conse-gue - nem tenta ... - isentar-se do Que trata. Isto não

torna as reflexões aQ!.lipropostas menos sérias, acredito.

Pretendo registrar aoui, ainda Que apenas rapida-mente, uma faceta das complexas relações entre a aids e

a educação escolar. Procuro fazer uma leitura do papel

dos educadores nas estratégias de prevenção, no

senti-do de pensar algumas das suas condições específicas de vulnerabilidade.

Meu horizonte é pensar Que nós educadores não

podemos nem devemos nos furtar a agir na luta contra a

aids. mas pensar também Que precisamos entender esta

luta como um instante precioso, no sentido de Que ele nos

permite ver radicalmente os limites e a precariedade dos contornos do exercício do nosso ofício - e, Quem sabe,

isto possa nos dar forças e condições práticas de lutar por

melhorias nas condições de exercício da docência, até

mesmo para além das Questões da luta contra a aids.

Num certo sentido, as notas aoui reunidas

cami-nham na direção apontada por Richard Parker (2000): a

aids, malgrado certos sucessos preventivos e terapêuticos

já estabelecidos, ainda merece atenção cuidadosa e atenta

às obviedades tantas Que vão, sem Que percebamos,

as-sumindo foros de verdade.

Observe-se Que o texto preserva as

característi-cas de uma reflexão em andamento. Acerca disso, desejo

agradecer, em especial, aos participantes do Educaids

Regional realizado em 1999, no Recife, e aos

partici-pantes do Educaids Nacional realizado em 2000, em São

Paulo - Quando versões deste texto foram discutidas - e

à Associação para Prevenção e Tratamento da AIDS, na

pessoa de Teresinha Reis, pelo convite para dar segui-mento à minha investigação.

Sem as contribuições do professor Wanderley

Codo e da Dra. Shirleyde A. Santos, no entanto, nada

do Que está aoui exposto teria sido possível, e a ele e a

ela cumpre dedicar estas páginas.

A questão

No dizer de Richard Parker (2000), o cenário

(2)

estratégias preventivas. na atenção epidemiológica e na

dinâmica terapêutica. o Que vem fazendo se esfumaçar

um certo sentimento de urgência Que marcava as

discus-sões sobre a aids nos seus primeiros dez ou Quinze anos.

No entanto. ressalta Parker, isso não pode obscurecer o

fato de Que a epidemia continua a ser um desafio para o

pensamento e para a ação sociais. Tal se dá inclusive em

face ao fato de Que a relativa tranqüilidade Que parece

ter sido conseguida (traduzida. geralmente. nos termos

de uma cronificação da síndrome) acaba por cristalizar

suposições e possibilidades de intervenção marcadas por

uma crença excessivamente otimista no controle crescente

da epidemia e pela afirmação de Que

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

a v itó ria so b re a

A IO S é sim p le sm e n te u m a Q u e stã o d e m a io r p ro tissio

-n a lism o e c o o rd e -n a ç ã o (p. 08).

Nada parece ser mais perigoso. entretanto: ao

contrário do Que permite pensar a visão edulcorada

aci-ma mencionada. talvez esteja ocorrendo. por um lado. o

alastramento da aids em segmentos populacionais

"mar-ginais" em relação aos modelos generalizantes da

epidemiologia e. por outro. a burocratização (e a

desmobilização) dos serviços voltados para a aids.

A conclusão a Que chega Parker é QUe mais Que

nunca é fundamental pensarmos a aids naoueles seus

as-pectos mais "óbvios". mais naturalizados. O excesso de

otimismo Que marca os modos presentes de

geren-ciamento da epidemia - ou. para dizer de outra forma. a

naturalização de certas "verdades". tomadas como

evi-dentes sem Que haja uma necessária análise de sua

histó-ria. de seus efeitos - pode significar um obstáculo à implementação de estratégias preventivas realmente

efi-cazes. Devemos. nesse contexto. Questionar

constante-mente as bases sobre as ouaís edificamos nossas

pesouísas. sugerir novas maneiras de enfrentar (e não de

apenas "administrar") a aids, na busca de negarmos a

inevitabilldade da epidemia e enfim derrotá-Ia.

É na direção QUe tais reflexões apontam Que o presente texto procura se inserir. A Questão aoui

aborda-da se dirige à segurança presentemente estabelecida em relação às possibilidades da educação preventiva.

Quan-do tal "tranoüllidade" se apóia na "certeza" das efetivas

possibilidades (preventivas) da ação docente.

Ora. a escola é constituída. pelos discursos Que

tratam da prevenção à aids. como uma das agências de

maior legitimidade na busca da efetiva construção de

prá-ticas de sociabilidade não preconceituosas e "seguras".

o Que é considerado como n e c e ssá rio e u rg e n te

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(P a ív a ,

1996:214).

E D U C A Ç Ã O E M D E B A T E

No dizer de Fernando Seffner. para construir esta afirmação específica da escola como "lugar da aíds"

con-fluem diversas fluxos: o crescimento da epidemia entre jovens e adultos (muitos dos ouais freoüentam a escola);

a relação da aids com temas Que. característicos da

for-ma como vivemos a adolescência. ainda são tabus na

es-cola; o fato de Que os educadores estão geralmente em

idade reprodutíva, e são hoje predominantemente

mu-lheres (QUando a transmissão do

HIV

por via sexual é relevante. bem como a feminilização da epidemia); por

último. a existência de crianças e adultos portadores do

HIV

nas escolas. A escola pública. neste contexto. pare-ce ser merepare-cedora de uma atenção um tanto

diferencia-da. pelo fato de Que asc la sse s p o b re s e d e sfa v o re c id a s

(grupos definidos pelo seu b a ix o p o d e r d e b a rg a n h a n a

e stru tu ra so c io p o lític 3 )são. ao mesmo tempo. a sua maior clientela e os grupos mais atingidos pela aids (Seffner.

1998: 397-399).

lo sé Ricardo Ayres. por sua vez. ressalta o Quanto

a escola pode vir a ser local privilegiado para a construção

de sociabilidades alternativas. mais comprometidas com a

cidadania. a partir da luta antí-aíds: ao seu ver. a partir de

sua integração com a comunidade e de seu envolvimento

com a luta contra a p o b re za . a v io lê n c ia e a fa lta d e p e

rs-p e c tiv a d a Q u e le s Q u e sã o a su a ra zã o d e se r,a escola

esta-rá caminhando no sentido de negar a e x c lu sã o e a

d e te rio ra ç ã oQue no presente caracterizam a vida das

ca-madas populares. Isto parece ser especialmente notável

em relação à luta anti-aids. à medida Que sua operacionalização se faz em meio ao ouestíonarnento de

práticas sociais instituídas e à construção de

sociabilida-des atravessadas pelo sociabilida-desejo da solidariedade e do

respei-to social. O aurespei-tor afirma Que. seo c o n tro le d a A IO S p re c isa

d a e sc o la c id a d ã .não é menos verdade Quea e x p e riê n c ia

d a A IO S é e la p ró p ria , u m a e x c e le n te o p o rtu n id a d e p a ra

se c o n stru ir e ssa e sc o la c id a d ã(Ayres. 1998: 421-422). Nesse cenário. há até Quem proponha. como

An-tonio Carlos Egypto - a partir do pressuposto de Que o

currículo da escola básica deve conter aulas de

Orienta-ção Sexual (na sua opinião. um momento privilegiado

para a prevenção ao HIV) - uma espécie de modelo de

ordenamento para todas as áreas curriculares. no

senti-do de Que em tosenti-dos os momentos educativos possam vir

a ser discutidas e problematizadas as complexas

Ques-tões Que compõem a aids. Para esse autor é possível

adaptar a discussão acerca da aids ao fazer pedagógico de qualquer área. à medida Que a aids éu m te m a tra n

s-v e rsa l Q u e se s-v in c u la se m d i/lc u ld a d e a to d a s a s d ls d p h

(3)

n a s e sc o la re s e m p e lo m e n o s a lg u m p o n to d o c o n te ú d o

c u rric u la r o u c o m o a p lic a ç ã o o u e x e m p lo d e sse c o n te ú

-d o

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(1999: 307).

Como se vê, espera-se muito da educação escolar

no mundo do HIV: ela deve aceitar o fato de Que é

atra-vessada pela aids de formas variadas, e a partir daí deve

relnventar-se, possibilitando então Que os educandos (e

os demais sujeitos sociais Que nela se envolvem)

apren-dam aviver de forma a Que não se infectem pelo HIV (ou

de forma a Que sua Qualidade de vida não decaia, em

caso de contaminação), e além disso dando-lhes

condi-ções para Que não se façam reprodutores do

preconcei-to. Os tempos da aids, sendo marcados por uma constante

produção de dúvidas (ora em relação às informações

bá-sicas, QUe persistem para muitos como um mistério, ora

em face à contínua introdução de n o v o s c o n c e ito s, a b o

r-d a g e n s e trstsm e n to s; encontrariam na escola uma

pro-dutiva usina de segurança (Brasil, 1999: 259).

Neste cenário alguns personagens são iluminados

com ênfase, e entre eles o menos destacado não é o

professor. Éna responsabilidade do exercício de seu

ofí-cio Que repousa boa parte das esperanças dos

interessa-dos na prevenção ao HIV e à aids: a presença singular do

educador na escola, mediada pela segurança

socialmen-te depositada na sua função de educar, e Qualificada por

alguma estratégia de

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

c a p a c íta ç ã o , precisa servir de

ân-cora para as atividades de prevenção, a partir do

sem-número de atividades Que um educador pode vir a

desenvolver no ambiente escolar, ou para além dele.

Espera-se Que o educador seja capaz de fornecer

in fo rm a ç õ e s so b re a s fo rm a s d e tra n sm issã o d o v íru s e

so b re Se\'O se g u ro , além de discutir a s c o n d iç õ e s m a te ri-a is e so c iri-a is Q u e ri-a u m e n tri-a m ri-a v u ln e rri-a b ilid ri-a d e ri-a o H /V ,num

incentivo à re sp o n sa b ilid a d e so c ia l e à a ç ã o c o le tiv a , o

Queta m b é m é ta rd á d o e d u c a d o r (Palva, 1996: 215).

Considerando, pois, estas Questões, neste texto

pretendo registrar aspectos da vulnerabilidade específica

à aids deste profissional tão cobrado. lnouieta-rne

pen-sar os limites de sua ação enquanto sujeito desta ação

preventiva, e o sofrimento Que daí decorre.

Ora, o conceito de vulnerabilidade (para além das

noções deg ru p o s d e risc o ou mesmo c o m p o rta m e n to s

d e risc o )parece ser especialmente oportuno para pensar

a QUestão, tal como a coloco, à medida Que elep e rm ite

in te g ra r Iá to re s d e o rd e m in d iv id u a l (m a is líg a d o s à su b

je tiv id a d e e a u to e stim a d e c a d a u m ), e so c ia l (m a is líg a

-d o s à d isp o n ib ilid a d e d e re c u rso s, d e in fo rm a ç õ e s e

e stru tu ra d e a te n d im e n to e m c a d a lo c a l).

Assim, o exame de uma circunstância oualouer

re-lacionada à aids sob o prisma deste conceito implica na

consideração: das condições sociais gerais QUe tornam

(ou não) possível a efetiva ação preventiva; do caráter

programático das ações em Questão, ou seja, de sua

emergência enquanto elemento atravessador

(transver-sal) da prática social em Que estão inseri das; dos modos

pelos ouais se articulam os códigos des u b je tív a ç ã o

pos-tos em funcionamento no instante da ação. Assim, não

basta localizar na ação consciente do sujeito as razões

de sua ação (ou de sua inação) frente à QUestão da aids;

tal seria incorrer num raciocínio inadeouado, no mínimo,

pela sua radical insuficiência. As ações dos sujeitos

soci-ais são mediadas por jogos de interesses, por demandas

do desejo, por limites construídos e articulados

histori-camente, por estratégias de significação es u b je tiv a ç ã o

Que não só circunscrevem o agir dos sujeitos mas

tam-bém os constituem a eles mesmos (Ayres, 1998; Mann

et alli, 1993; NatTah Neto, 1994; Paiva, 1996; SetTner,

1998; Silva, 1996).

Se partirmos, então, no rumo de uma reflexão

acerca das possibilidades do trabalho preventivo, em

relação à aids, dos educadores brasileiros no presente,

e considerarmos os aspectos gerais Que caracterizam a

educação escolar brasileira contemporânea (pelo

me-nos no Que tange à escola pública), parece ser possível

pensar Que, se estes sujeitos (educadores) devem

com-por para si uma imagem de segurança e confiabilidade

na construção (ou, pelo menos, na "aplicação") de

estratégias de sensibilização e prevenção frente ao HIV

e à a íd s , este desejo esbarra em muitas circunstâncias

nas precárias condições de vida e de trabalho desses

educadores, constitutivas de padrões específicos de sua

vulnerabilidade.

B urnout e vulnerabilidade docente

Como venho dizendo, os educadores Que

emer-gem em vários discursos como agentes legítimos das

es-tratégias de prevenção precisam de uma atenção

específica. Afinal. eles são indivíduos adultos, com

pos-sibilidades de vida sexual ativa, ou de consumo de

dro-gas ínjetáveís, ou de ações de saúde Que impllouem em

risco, além de representarem um lugar de esperança, de

confiabilidade e de segurança para a população. Ainda

se acredita naoullo Que dizemos, e nossas Questões em

muito nos ultrapassam.

ANo 22 • V. I

(4)

Não bastasse isto. é necessário lembrar Que nós.

educadores. como todos os outros sujeitos sociais.

estamos também presos nos modos de funcionamento

da nossa sociedade: nós nos constituímos enouanto

edu-cadores (e enquanto sujeitos numa perspectiva mais

am-pla) em meio à experiência historicamente regulada de

relações de gênero bastante assimétricas e às formas

ge-rais pelas ouals se afirmam vulnerabilidades várias. entre

as ouais a vida permanentemente no reino da exclusão.

das pequenas humilhações diárias. do salário Quase

inexistente. da falta de respeito social. do adoecimento

pela desesperança.

Neste sentido. imagino. modulando criticamente

certa euforia acerca das possibilidades "preventivas" do

trabalho docente (tal como experienciado no presente).

Que as atuais condições de vida. de formação e de

traba-lho do educador brasileiro se constituem em fator

ine-Quívoco da vulnerabilidade docente. sendo merecedoras

de transformações urgentes. sob pena do insucesso não

só das atividades específicas da educação preventiva mas

também dos projetos educacionais mais amplos Que se

desejam construir (Mann et alii, 1993: 275-300).

Acredito Que não é possível ignorar Que os

edu-cadores brasileiros são continuamente ameaçados. pelos

modos de gestão da educação ora em vigor no país. de

se verem desprovidos do poder de significar suas vidas

-o Que talvez tenha sensíveis implicações nos modos como

seu ofício é enfrentado no cotidiano (Bianchetti. 1996;

Gentili. 1998; Gentili e Silva. 1995).

Assim. desejo acrescentar à discussão acerca das

possibilidades da docência em

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

p re v e n ir a aids e o

pre-conceito algo Que certa literatura vem indicando ser um

elemento de embotamento da prática docente. com

for-tes reverberações em oualsouer atividades dos

educado-res Que os tente envolver. sensibilizar. chamar a uma ação

menos fragmentada e dispersa.

Este "algo" trata-se do fenômeno do b u rn o u

t-ou seja. a desistência dos sujeitos. a exaustão emocional.

um sentimento crônico de desânimo e apatia. a

despersonallzação, o apagamento do fogo Que os

torna-ria vivos pelo exercício de sua docência.

Este conjunto de pequenas e grandes desistências

Que vão se entretecendo no cotidiano dos trabalhadores

em educação é identificado e mapeado pela literatura

especializada desde a década de setenta. Quando c o m e

ç a ra m a se r c o n stru íd o s m o d e lo s te ó ric o s e in stru m e n

-to s c a p a ze s d e re g istra r e c o m p re e n d e r aouilo Que pode

ser descrito como uma

EDUCAÇÃO EM DEBATE

... sín d ro m e a tra v é s d a Q u a l o tra b a lh a d o r p e rd e o

se n tid o d a su a re la ç ã o c o m o tra b a lh o , d e fo rm a

Q u e a s c o isa s já n ã o o im p o rta m m a is e Q u a lQ u e r

e sfo rç o lh e p a re c e se r in ú til (Codo e

Vasouez-Menezes. 1999: 237-238).

Esta síndrome é definida. em outros termos, como:

. .. u m a re a ç ã oàte n sã o e m o c io n a l c rô n ic a g e ra d a a

p a rtir d o c o n ta to d ire to e e x c e ssiv o c o m o u tro s se

-re s h u m a n o s, p a rtic u la rm e n te Q u a n d o e ste s e stã o p re o c u p a d o s o u c o m p ro b le m a s. C u id a r e x ig e te n

-sã o e m o c io n a l c o n sta n te , a te n ç ã o p e re n e ; g ra n d e s

re sp o n sa b ilid a d e s e sp re ita m o p ro fissio n a l a c a d a

g e sto n o tra b a lh o .

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

O tra b a lh a d o r se e n v o lv e a fe tiv a m e n te c o m o s se u s c lie n te s, se d e sg a sta e ,

n u m e x tre m o , d e siste , n ã o a g ü e n ta m a is, e n tra e m

b u rn o u t (Codo eV a s o u e z -M e n e z e s . 1999: 238),

No caso dos educadores. esta síndrome pode ser

descrita da seguinte forma:

O b u rn o u t é u m a d e sistê n c ia d e Q u e m a in d a e stá

lá . E n c a la c ra d o e m u m a situ a ç ã o d e tra b a lh o Q u e n ã o p o d e su p o rta r, m a s Q u e ta m b é m n ã o p o d e

d e sistir, o tra b a lh a d o r a rm a , in c o n sc ie n te m e n te ,

u m a re tira d a p sic o ló g ic a , u m m o d o d e a b a n d o n a r

o tra b a lh o , a p e sa r d e c o n tin u a r n o p o sto . E stá p re se n te n a sa la d e a u la , m a s p a ssa a ·c o n sid e ra r

c a d a a u la , c a d a a lu n o , c a d a se m e stre , c o m o n ú

-m e ro s Q u e1-<10se so m a n d o e m u m a fo lh a e m b ra n -c o (...)(Codo e Vasouez-Menezes, 1999: 254).

Três dimensões são envolvidas aí: os

trabalhado-res sentem-se esgotados em termos afetivos (inclusive

para dar conta das demandas do desejo em relação a si

próprios); desenvolvem um certo e n d u re c im e n to das suas

relações com as outras pessoas; perde-se a capacidade

de interagir de forma prazerosa e criativa com o

traba-lho. Estes níveis são independentes, cada caso deb u rn o u t

sendo caracterizado por uma experiência singular de sua

intensidade e de sua associação. (Codo e

Vasouez-Menezes, 1999: 238)

Muitas experiências, na sua articulação, levariam

a um Quadro de b u rn o u t, ou à vivência de uma de suas

dimensões. Todas elas, ou pelo menos boa parte delas,

parecem fazer parte do cotidiano da experiência docente

entre nós: a perda de laços afetivos com o trabalho e

v.

I 15

(5)

com o lugar de trabalho, a Quebra de laços de

solidarie-dade e de afeto mútuos entre colegas, a emergência de

situações de conflito não resolvidos e a sua

transforma-ção em situações de violência, o abandono por Que

pas-sa a escola pública, a prevalência de modelos de gestão

voltados para a Qualidade total e não para a Qualidade

social, a decadência salarial da docência, a perda do

res-peito social (inclusive na família), ete.

Éinteressante, nesse momento, ressaltar o

Quan-to o sofrimenQuan-to de estar trabalhando em uma escola

ge-ralmente fragilizada e, com o perdão do lugar-comum,

sucateada, é associado ao drama de viver um momento

de prevalência da lógica do mercado por sobre oualouer

pressuposição "pedagógica".

Como sabemos, a moldura mais ampla dentro da

Qual o magistério é exercido, no Brasil contemporâneo, é

a de uma profunda reoualflcação do papel da educação e

do ser dos sujeitos educadores e educandos. Está posta

em funcionamento uma rnaouínarta complexa de

reoualíflcação das práticas educativas - a partir do Estado,

mas não só dele - Que tem por modo de operação mais

significativo a constituição de novos modos de ser para os

sujeitos e para suas ações. A regulação de tais

experiênci-as pexperiênci-assa por dever ser referida, de acordo com tal projeto

social,

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à ética do mercado e do consumo, o Que resulta na construção imagética (mas não só) da sociedade como um

agrupamento de consumidores livres, competitivos,

indi-ferentes ao coletivo. Como c o n s e o ü ê n c ía disso temos a

transformação da escola num ambiente de sociabilidade

regulada pela premência da maximização dos resultados,

com um c o n s e o ü e n te agravamento do estresse

profissio-nal ao Qual somos submetidos (Mancebo, 1998).

Sem entrar em aspectos mais técnicos da

discus-são acerca do

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

b u rn o u t (para isto indico o trabalho

coor-denado por W . Codo no Qual me baseio aouí). desejo

mencionar alguns dados estatísticos, no intuito de

dimensionar o alastramento desta síndrome.

Codo menciona uma pesouísa de 1984, realizada

nos EUA. pela Qual até 93% dos/as professores/as

norte-americanos já haviam experimentado algum sentimento

de b u rn o u t. Logo a seguir nosso autor apresenta dados

da sua própria pesoulsa, realizada a partir da análise de

Quase Quarenta mil entrevistas com trabalhadores em

educação no Brasil. Por esta investigação, 31,9% destes

sujeitos demonstram baixo envolvimento emocional com

seu trabalho; 25, I%sentem-se exaustos

emocionalmen-te; 10,7% manifestam sinais de despersonalização. 48,4%

dos trabalhadores em educação no Brasil experienciam

I 6 • E D U C A Ç Ã O E M D E B A T E F O R T A lE Z A ANo 2 2

pelo menos uma das facetas do b u rn o u t(C o d o eV a s o u e z

-Menezes, 1999: 249-250).

O Que se percebe, aí, é um Quadro desalentador.

Os educadores do Brasil demonstram estar privados do

poder de significar sua experiência profissional, e daí

passam a compor sua vida - ou seja, a organizar a si

próprios - de forma a QUe o sofrimento, o desânimo e a

desistência passam a ser não sentimentos ocasionais,

sen-sações desagradáveis momentâneas, mas sim a marca

identitária de seu cotidiano.

A prática pedagógica parece não ser mais o lugar

da realização do desejo. Parece ser, sim, o campo da

negação das possibilidades de inventar.

E, levando em consideração este Quadro,

consi-dero pertinente indagar das efetivas condições de

traba-lho preventivo dos educadores brasileiros em serviço no

presente. Dado Que a educação preventiva passa por exigir

justamente um comprometimento radical dos sujeitos na

sua efetívação. pode-se supor o Quanto ela é dificultada

pelo cenário em Que estamos imersos.

Até Que ponto essas fraturas na sua capacidade

de dar sentido ao mundo, nas suas possibilidades de se

reinventarem a si próprios não interferem, de forma

per-niciosa, no seu trabalho de si e na sua autoconstrução

como "modelo", ou mesmo "referência" para as

crian-ças e jovens Que deles receberão informações e a partir

deles aprenderão a lidar consigo, com seus corpos, com

sua sexualidade, ete.? Até Que ponto estes educadores

estão "seguros" frente à epidemia? Até Que ponto eles

conseguem construir sua vida e suas relações afetivas/

sexuais a partir dos supostos da prevenção (cada pessoa

se tornando sujeito e agente regulador de sua própria

sexualidade), Quando estão imersos num vazio

existenci-al cujas bordas Quase não são mais perceptíveis? (Mann

et alli, 1993: 275-300; Palva. 1996: 216)

Alfredo Naffah Neto dá uma pista para nos

alar-mar: segundo este autor (Que pensa a partir de Nietzsche)

a vida pode ser construída tomando-se como referência

as forças ativas ou as forças reativas. No primeiro caso,

os sujeitos sociais se edificam a si próprios criando seus

próprios valores, imprimindo à vida e ao mundo os seus

sentidos, abertos Que são para o desejo nas suas

múlti-plas formas. A vida, aí, é assumida como um devir, como

algo em construção permanente, um lugar sempre

aber-to para a criação, para o novo, para a ruptura com o já

estabelecido. A vida é sinônimo de uma felicidade

plásti-ca - pela Qual e na Qual até mesmo a dor é entendida

como situação do estar vivo, sem conotações morais,

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sem desdobramentos outros Que não a experiência pura

e simples do seu presente específico.

Em contrapartida, há a possibilidade da vida ser

regi da pelas forças reativas. O Que resta daí é uma

sensa-ção incontrolável e incontornável de impotência, de

in-capacidade. Os sujeitos sociais, aí, fazem-se a si mesmos

enouanto seres despotencializados, impossibilitados de

diferir, ressentidos. A vida, neste panorama, é uma su-cessão de culpabilizações, de sofrimento passivo, de

re-petição e de negação do novo. O sujeito, afastado da

possibilidade de significar, afunda no lodo da reação. (Naffah Neto, 1994: 32-37)

Como afirma Vera Paiva (1996: 225), é

fundamen-tal considerar, na condução de estratégias de educação preventiva, Que a construção de sujeitos sociais capazes

de significar de maneira propositiva sua inserção nos jogos sexuais depende da

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e x p e riê n c ia c o tid ia n a c o n flrm a d o ra ,

ou seja, da constante prática de uma sexualidade inventiva

e simétrica. Éimportante entender oue isso oue não

signi-fica, num entendimento reducionista da idéia de

sexualida-de, imaginar Que devêssemos praticar atos sexuais (a cópula,

estritamente) com

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fre o ü ê n c la e criatividade por todo o tem-po e lugar, como se nossa vida devesse ser apenas a

jun-ção de corpos - mas Que devemos encarar a vida como

um contínuo jogo de investimentos do desejo sobre nós mesmos, no Qual e pelo Qual buscamos estabelecer

rela-ções prazerosas com o mundo, nos potencializando cada

vez mais, à medida Que nos entregamos com força e

dese-jo àoullo Que nos parece ser o caminho do nosso

trans-cender. Na circunstância em Que os indivíduos se

confrontam com situações nas ouais é difícil ou impossível

agir criativamente, a se n sa ç ã o d e im p o tê n c ia se rá m a io r

d o Q u e a se n sa ç ã o d e p o d e r, se m p re , e esta sensação pre-cisa ser, por nós, barrada.

Éde se perguntar, então, das nossas condições de

trabalhar a educação preventiva Quando ganhamos nada,

Quando recebemos nunca, Quando somos agredidos

pe-las sape-las de aula, Quando o Estado nos trata como

profis-sionais de terceira linha, Quando não podemos comprar

livros, Quando ministramos Quarenta aulas por semana, Quando nos exigem uma relação criativa com valores por

vezes distantes anos-luz de nossa historicidade, Quando

currículos são propostos nacionalmente como se fôsse-mos os mesfôsse-mos todo o tempo e lugar, Quando nossas

escolas ainda não ruíram ninguém sabe o motivo,

ouan-do somos mulheres e homens Que experimentamos a

nossa sexualidade através de códigos Que nem sempre

têm a nossa marca, Que não foram por nós inventados ...

C onsiderações finais

Estou supondo, como se imagina, Quec e rto s c o n

-te x to s so c ia is e d e d e sig u a ld a d e a u m e n ta m a v u ln e ra b ilid a d e

à A ID S , (Paiva, 1996: 218) e Que há segmentos sociais

Que são atingidos mais duramente pela epidemia, estando

por vezesm e n o s c a p a c ita d a s a re sp o n d e r d e fo rm a e flc a z

frente às suas Questões - e Que, talvez, aí se possam

in-cluir os educadores. (Parker, I 993: XIII)

No entanto, o panorama descrito acima não pode

vir a ser indicativo da inação docente. Não podemos cair

na vala comum do desânimo e da apatia, como se de

repente entendêssemos Que a educação preventiva não é

possível nas nossas atuais condições de trabalho e de

vida, como se apenas Quando estivéssemos "curados"

de todos os nossos males pudéssemos agir pedagogica-mente. Tal atitude seria a negação da capacidade de

in-ventar Que nos faz o Que somos, inclusive enquanto

espécie: seria a cristalização do conformismo e de uma

visão excessivamente limitada acerca da dinâmica dos

mo-vimentos da sociedade.

É necessário, isto sim, lutar pela implementação de

políticas públicas e privadas no sentido da reconstrução do ser dos docentes e de sua vivência profissional. à

medi-da Que não é de hoje Que sabemos Que o caminho, de certa forma, se faz enquanto andamos. Precisamos, creio,

investir em uma postura hipercrítica frente a tais Questões,

pela Qual atuaremos na luta anti-alds ao mesmo tempo em

Que estaremos pondo em suspeita nossos gestos, nossos modos de estar no mundo - a fim de Que não nos seja

dado o suspeito privilégio da confiança absoluta nas nos-sas precárias certezas. (Veiga-Neto, 1996)

No Que diz respeito ao trabalho com a alds, as

estratégias de prevenção são absolutamente necessárias

- disto ninguém parece duvidar. E mesmo ob u rn o u t não

pode ser utilizado como desculpa para a inação. Ao

con-trário, os dados apresentados devem servir para a

de-núncia das precárias condições de vida e de trabalho dos

educadores, a fim de Que seja estabelecido um espaço

de legitimidade para suas lutas.

Precisamos, como afirma Vera Paiva (1996: 225).

pensar Que se as nossas estratégias de prevenção não

contemplam em si a consideração dos aspectos mais co-letivos, mais globais e mais complexos dos problemas

com os ouaís nos defrontamos, apenas acrescentam m a is

u m p e so n o já p e sa d o se n tim e n to d e im p o tê n c ia Que tan-tos carregam em si diante de uma vida por vezes já tão

marcada por "fracassos".

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É

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importante. assim. propor ações efetivamente afirmativas. ou seja. alterações sensíveis nos modos

pe-los ouals os educadores organizam seu trabalho.

obser-vando-se aí as condições efetivas nas ouais e pelas ouals

ele se dá. Vera Paiva chama isso de

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so lu ç õ e s a c e itá v e is.

algo Que é construído em relação aos saberes mais gerais

sobre a aids. mas fundamentalmente. em relação às

ca-racterísticas singulares do lugar em QUe se está

traba-lhando. (Paiva. 1996: 225) Afinal. não romper com o

b u rn o u t pode ser a afirmação de uma vulnerabilidade

íntransponível.

Mas. afinal. como romper com esta vulnerabilidade

específica da docência?

Primeiro. há Que se pensar com cuidado em

Ques-tões Que precisam ser enfrentadas com a máxima

urgên-cia. dado QUe sem este enfrentamento as estratégias de

prevenção apenas vão causar efeitos pontuais e restritos

face ao descalabro da epidemia.

Em segundo lugar. há Que se praticar a ousadia.

Sem o estabelecimento de alternativas Que ultrapassem

aouílo Que já é significado no espaço escolar como

"con-vencional". as estratégias de prevenção correm o risco

de se perderem no caldo indiferenciado de informações

Que compõe o cotidiano das sociedades

pós-industri-ais. Se não conseguimos instituir um lugar d ife re n te para nossa enuncíação. corremos o risco de nunca nos

des-tacarmos na paisagem contemporânea. marcada pela

overdose de informações desieraroulzadas soltas pelo espaço social.

Deriva disso - aoul falam mais alto os

compro-missos éticos e políticos Que vamos assumindo em meio

à luta contra a aids e seus fantasmas - Que acredite

fir-memente Que nós educadores devamos militar cada vez

mais intensamente em busca de melhores condições de

trabalho e de vida. sob pena de aprofundarmos nossa

fragilidade em relação a tantos percalços. entre os ouais

a aids. Afinal. para Que o confronto com a aids (uma

e p id e m ia d in â m ic a , v o lá ti~não seja marcado por

derro-tas. é importante Que os sujeitos sejam capazes de

apre-ciar mais detalhadamente suas condições (individuais e

sociais) de vulnerabilidade. e combatê-Ias. (Mann et alii.

1993: 275)

Afinal. como indica José Ricardo Ayres (1988:

421). apenas Quando os indivíduos conseguem perceber

a validade de sua vida e a possibilidade de vivê-Ia de

forma feliz é QUea exposição ao HIV e à aids não parece ser para eles simplesmente uma fatalidade. podendo ser

algo controlável e contornável.

I 8 •• E D U C A Ç Ã O E M D E B A T E

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(8)

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