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Escola FUTURO Formação Profissional ENSINO FUNDAMENTAL 2ª FASE. Geografia

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Escola FUTURO Formação Profissional

ENSINO FUNDAMENTAL – 2ª FASE

Geografia

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Que estação estamos? Qual é mesmo a estação das flores??

Isso eu sei que você sabe. Mas você sabe por que existem estações no ano? Ah, isso é o que você vai descobris nesta unidade. Você sabe que a terra não é um planeta estático, na verdade ela se movimenta muito, vamos conhecer seus

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movimentos e a consequência destes. Dinâmica do clima e domínios naturais do mundo e do Brasil.

Unidade I

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O planeta Terra e seus movimentos

O planeta Terra e seus movimentos - Rotação, translação e estações do ano Como todos os corpos do Universo, a Terra também não está parada. Ela realiza inúmeros movimentos. Os dois movimentos principais do nosso planeta são o de rotação e o de translação, cujos efeitos sentimos no cotidiano.

Rotação

O movimento de rotação da Terra é o giro que o planeta realiza ao redor de si mesmo, ou seja, ao redor do seu próprio eixo. Esse movimento se faz no sentido anti-horário, de oeste para leste, e tem duração aproximada de 24 horas. Graças ao movimento de rotação, a luz solar vai progressivamente iluminando diferentes áreas, do que resulta a sucessão de dias e noites nos diversos pontos da superfície terrestre.

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Terra, pois o eixo imaginário, em torno do qual a Terra faz a sua rotação, tem uma inclinação de 23o 27, em relação ao plano da órbita terrestre.

O movimento aparente do Sol - ou seja, o deslocamento do disco solar tal como observado a partir da superfície - ocorre do leste para o oeste. É por isso que, há milhares de anos, o Sol serve como referência de posição: a direção onde ele aparece pela manhã é o leste ou nascente - e a direção onde ele desaparece no final da tarde é o oeste ou poente.

Translação

Já o movimento de translação é aquele que a Terra realiza ao redor do Sol junto com os outros planetas. Em seu movimento de translação, a Terra percorre um caminho - ou órbita - que tem a forma de uma elipse.

Vale lemb rar que, durante o ano, a iluminação do So l não é igual em todos os lugares da

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A velocidade média da Terra ao descrever essa órbita é de 107.000 km por hora, e o tempo necessário para completar uma volta é de 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos.

Esse tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol é chamado "ano".

O ano civil, adotado por convenção, tem 365 dias. Como o ano sideral, ou o tempo real do movimento de translação, é de 365 dias e 6 horas, a cada quatro anos temos um ano de 366 dias, que é chamado ano bissexto.

Estações do ano

As datas que marcam o início das estações do ano determinam também a maneira e a intensidade com que os raios solares atingem a Terra em seu movimento de translação. Essas datas recebem a denominação de equinócio e solstício, que veremos a seguir (Figura 2, abaixo).

Para se observar onde e com que intensidade os raios solares incidem sobre os diferentes locais da superfície terrestre, toma-se como ponto de referência a linha do Equador.

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As estações do ano estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. E são opostas em relação aos dois hemisférios do planeta (Norte e Sul).

Quando no hemisfério Norte é inverno, no hemisfério Sul é verão. Da mesma maneira, quando for primavera em um dos hemisférios, será outono no outro. Isso ocorre justamente em função da posição que cada hemisfério ocupa em relação ao Sol naquele período, o que determina a quantidade de irradiação solar que está recebendo.

Durante o inverno, as noites são tanto mais longas quanto mais o Sol se afasta da linha do Equador. É esse afastamento que faz as temperaturas diminuírem. Já durante o verão, os dias são tanto mais longos quanto mais o Sol se aproxima da linha do Equador e dos trópicos. Por isso, as temperaturas se elevam. No outono e na primavera, os dias e as noites têm a mesma duração.

Equinócio

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No dia 21 de março, os raios solares incidem perpendicularmente sobre a linha do Equador, tendo o dia e a noite a mesma duração na maior parte dos lugares da Terra. Daí o nome

"equinócio" (noites iguais aos dias). Nesse dia, no hemisfério norte, é o equinócio de primavera - e no hemisfério sul, o equinócio de outono.

No dia 23 de setembro, ocorre o contrário: é o equinócio de primavera no hemisfério sul - e o equinócio de outono no hemisfério norte.

Solstício

Os solstícios ocorrem nos dias 21 de junho e 21 de dezembro. No dia 21 de junho, os raios solares incidem perpendicularmente sobre o trópico de Câncer, situado a 23o 27, 30,,, no hemisfério norte. Nesse momento ocorre o solstício de verão nesse hemisfério. É o dia mais longo e a noite mais curta do ano, que marcam o início do verão. Enquanto isto, no hemisfério sul, acontece o solstício de inverno, com a noite mais longa do ano, marcando o início da estação fria.

Já no dia 21 de dezembro os raios solares estão exatamente perpendiculares ao trópico de Capricórnio, situado a 23o 27, 30,,, no hemisfério sul. É o solstício de verão no hemisfério sul.

Nesse dia, a parte sul do planeta está recebendo maior quantidade de luz solar que a parte

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norte, propiciando o dia mais longo do ano e o início do verão. No hemisfério norte, acontece a noite mais longa do ano. É o início do inverno.

Vale ressaltar que as datas utilizadas na determinação do começo e do final de cada estação do ano (21/3; 21/6; 23/9; 21/12) são convencionais. Foram selecionadas para efeito prático, pois, na verdade, a interferência de diversos fatores tende a alterar esses dias, para mais ou para menos, a cada determinado período de tempo.

A estação se inicia, verdadeiramente, quando o planeta Terra e o Sol estão numa posição em que os raios solares incidem perpendicularmente a linha do Equador (primavera e outono) ou a um dos trópicos (verão e inverno).

Zonas térmicas

A Zona Intertropical(23°27’ de N á S) apresenta as maiores médias térmicas do planeta.

Sendo mais elevadas nas proximidades do Equador.

As Zonas Glaciais são o extremo oposto a essa situação (entre 66°33’ e 90°).

Entre elas a Zona Temperada é o meio termo.

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Circulação atmosférica

A energia do Sol é a maior responsável pela circulação atmosférica e sua dinâmica. No Equador com o maior aquecimento o ar se torna mais leve, se dilata e sobe, espalhando-se tanto para norte quanto para sul. Esse movimento do ar caracteriza uma zona de baixa pressão atmosférica, que atraí o ar proveniente dos trópicos.

Esses ventos são conhecidos como ALÍSIOS resultantes da diferenciação de pressão atmosférica. São inclinados para oeste tendo direção NE-SO no HN e SE-NO no HS.

O ar que saí do Equador sobe e fica mais frio e denso a medida que se eleva. Na altura dos trópicos ele desce e forma os Contra-Alísios

Alísios e Contra-Alísios formam a Célula de Hadley. Alísios dominam as baixas latitudes e os Contra dominam as altas.

Zonas Térmicas do planeta.

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Na altura do paralelo 60° existe uma BAIXA PRESSÃO.

Chuvas de convecção é o processo de subida e resfriamento do ar úmido o ano inteiro nas regiões de baixa pressão próximas ao Equador.

O oposto ocorre nas regiões tropicais (descida do ar seco), o que explica a ocorrência da maioria dos desertos nesta faixa planetária.

Ventos de oeste ou ocidentais se formam nos trópicos e se movimentam em direção as Áreas Temperadas.

Ao encontrar o ar frio dos polos é produzida a frente polar. Ela se desloca de acordo com a época do ano e é empurrada em direção ao Equador no verão e em direção aos polos no inverno.

Outros fatores que influenciam a temperatura além da latitude.

Altitude (quanto maior mais rarefeito o ar, menos calor recebido)

Proximidade do Oceano (Maritimidade e Continentabilidade)-Explicando por que no HN os invernos são mais rigorosos.

Correntes marinhas (Frias trazem aridez e vida marinha-quentes trazem maior pluviosidade e maior temperatura)

Zonas climáticas e Climas do Brasil

A dinâmica climática da terra é resultante da formação e do deslocamento das massas de ar que assim formam os diversos tempos atmosféricos.

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A repetição destes tempos permite-nos identificar os grandes tipos climáticos do planeta.

Principais tipos climáticos: Equatorial, Tropical, Subtropical, Desértico, Semiárido, Mediterrâneo, Temperado, Frio, Frio de alta montanha e Polar.

Tipos climáticos

1 - Equatorial - possui, em geral, as maiores médias térmicas anuais do Planeta, devido a intensidade de insolação que as baixas latitudes recebem. Apresenta uma pequena amplitude térmica diária e anual. Caracteriza-se por intensas precipitações de chuvas e ausência de estação seca. A grande quantidade de chuva resulta do mecanismo da convenção do9s ventos alísios de ambos os hemisférios que ascendem na Zona de Baixa Equatorial. São as chuvas convectivas.

2 - Tropical - emoldura o equatorial, no hemisfério Sul, diferenciando-se deste pela alternância entre uma estação chuvosa e outra seca. As chuvas concentram-se no verão. Já no hemisfério Norte, os meses chuvosos são os do meio do ano.

3 - Desértico - Nas latitudes tropicais caracteriza-se pela carência de chuvas: menos de 250 mm/ano. Nas áreas mais secas a precipitação pode chegar a 10 min/ano. O mecanismo da

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descida dos ventos contra-alísios nas zonas de alta pressão tropicais determina as fracas precipitações. Os ventos sopram das áreas de anticiclonais para as ciclonais. Então o vento frio e seco que se encontra com o alísio que retorna, depois de perder calor, tornando-se totais pesado. Agora, as correntes marítimas frias, tem participação expressiva na formação de desertos, tais como: Atacama - pela corrente de Humboldt, na costa chilena e peruana, e da Namíbia- pela corrente de Benguela, no sudoeste africano. A corrente das Canárias exerce influência secundária no Saara Ocidental . As amplitudes térmicas de verão são mais elevadas que as de inverno. Mas a perda de calor à noite, transformam-se em grandes amplitudes térmicas diárias.

4 - Temperado - distingui-se pelos contrastes sazonais de temperatura. As massas de ar originadas nas latitudes tropicais - controlam as médias de verão; as massas de ar de altas latitudes - controlam as médias de inverno. Apresentam amplitudes térmicas maiores que os climas da zona Intertropical. Os efeitos da maritimidade e da continentalidade atenuam ou acentuam as amplitudes térmicas. Maritimidade- temperados oceânicos, típicos da fachada Atlântica da Europa, são úmidos com inverno ameno. Continentalidade- temperado continental, caracteriza se por invernos frios e elevadas temperaturas térmicas. Ocorrem na Europa Central e Oriental e porções Leste e Central dos Estados Unidos. Nesse caso a amplitude térmica anual é maior.

5 - Mediterrâneo - é uma variante do clima temperado, caracteriza-se por verões quentes e secos, e invernos amenos e chuvosos. Aparece na Europa Meridional onde os verões sofrem a influencia das massas de ar quentes do Saara. Aparece em pequenas áreas do Norte e Sul da África, porção meridional da Austrália, parte do litoral da Califórnia (EUA) e costado Chile.

6 - Subtropical - ocorre em áreas de transição entre os climas das zonas Temperada e Intertropical. Aparece na Bacia Platina, na América do Sul, no Sudoeste dos Estados Unidos e da China. Quanto a temperatura, se assemelha ao tipo mediterrâneo, com verões quentes e invernos amenos. Porém, as chuvas são bem distribuídas o ano inteiro, não havendo estação

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seca. Fato explicado pela ação de massas de ar tropicais oceânicas e das chuvas frontais provocadas pelos avanços da frente polar.

7 - Semiárido - das latitudes temperadas- distingui-se pelas baixas precipitações entre 250 e 500 mm/ano. Domina as Interiores da Ásia, América do Norte e América do Sul, isoladas da ação de massas de ar oceânicas pela presença das elevadas altitudes. (no caso brasileiro a altitude não é tão elevada, podemos citar o Planalto da Borborema). Apresenta elevadas amplitudes térmicas anuais e invernos rigorosos (exceção feita ao Brasil). Nas latitudes tropicais da África e da Austrália, orlas semiáridas, formam um anel em torno dos desertos.

Nas áreas tropicais do semiárido ocorrem verões quentes e pequenas amplitudes térmicas (caso brasileiro).

8 - Frio - aparece na faixa limítrofe da Zona Temperada, na América do Norte e na Eurásia.

Devido a baixa evaporação, as precipitações são reduzidas. Já as amplitudes térmicas são elevadas, devido ás diferenças sazonais na intensidade da insolação.

9 - Polar - ocorre nas altas latitudes - hemisfério Norte nas fraldas árticas do Norte, Groelândia e Eurásia. No hemisfério Sul, em toda Antártida. Os invernos gelados resultam da ausência de insolação das "noites polares".

10 - Frio de Montanha - apresentam médias térmicas muito baixas devido a altitude. As amplitudes térmicas não ultrapassam 0°C, menores que aquelas registradas no frio polar. Já as precipitações são maiores porque as cordilheiras recebem constantes precipitações de neve, provocadas pela atuação de massas de ar úmidas.

Na Índia e em toda Ásia Meridional o clima tropical advém de um movimento atmosférico muito diferente dos demais do planeta. O deslocamento estacional dos centros de alta pressão do continente para o oceano devido às diferenças termais são denominados monções.

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clima Equatorial é o clima quente e com grande quantidade de chuva durante o ano- em torno de 2000mm. Não existe estação seca.

O Tropical apresenta alternância entre seca e chuva (estas no verão).

Clima desértico ou semidesértico caracterizam-se por ausência de chuvas -entre 10 e 500mm/ano

Zonas Temperadas apresentam vários tipos de clima. É distinguido pelo contraste sazonal da temperatura. AT maiores que as da zona Intertropical.

No Mediterrâneo existem verões quentes e secos.

Climas frios aparecem nas altas latitudes. O Polar e o Frio têm as maiores amplitudes e as menores médias térmicas do planeta.

Vale lembrar que nas grandes elevações aparece o clima Frio de montanha que está condicionado não a latitude em que se encontram, mas sim a altitude dos mesmos.

Dinâmica do clima no Brasil.

Duas regiões como fontes de massa de ar: a Amazônica que forma a massa Equatorial continental (mEc), quente e úmida, e a planície do Chaco, centro de origem da massa Tropical continental (mTc), quente e seca.

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As demais massas são de origem no oceano. São importantes para o Brasil a massa Equatorial atlântica (mEa), quente e úmida, atuante no litoral amazônico e no meio Norte; a massa Tropical atlântica (mTa), também quente e úmida que influência o clima da costa oriental do País e tem poder para invadir o interior do mesmo; e a massa Polar atlântica, fria e úmida que pode no inverno chegar até a amazônia sendo este fenômeno conhecido como “Friagem”.

Atua principalmente no Sul e Sudeste e é formada na latitude da Patagônia.

Os cinco tipos climáticos Brasileiros:

Equatorial Úmido- Dominado pela mEc, quente e chuvoso, pequena AT. Chuvas convectivas (ascende e condensa), >2000mm/ano. Litoral úmido- mTa, quente chuvoso, de 1500 à 2000mm/ano. Nos verões a massa avança sobre as regiões costeiras. Seu encontro com as escarpas planálticas (Borborema, Diamantina, Mantiqueira, Serra do mar) e que provoca Chuvas OROGRÁFICAS ou de relevo. No inverno quando a mPa chega até o NE o encontro com a mTa e formam as chuvas frontais.

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Tropical- Invernos secos e verões chuvosos,+/-1500mm/ano. Verão dominado pela mEc e mTa.

O calor do continente aquece as bases de ar provocam a ascensão –instabilidade e a ocorrência de pancadas de chuva. No inverno a mEc recua, a mPa avança e ocorrem as frentes frias.Tropical semiárido – Sertão NE. Dispersa as massas de ar, <750mm/ano irregulares.

Subtropical Úmido- mTa sujeito as penetrações constantes da mPa, principalmente no inverno. Maiores AT entre os climas brasileiros, verões quentes e invernos frios. 1500mm/ano sem estação seca. A mTa provoca chuvas no verão devido ao aquecimento do continente. O encontro mTaXmPa provoca as chuvas frontais e após as chuvas a mPa estaciona e causa as ondas de frio.

Os Oceanos

As explicações da ciência para a origem dos oceanos são tão complexas como interessantes.

Pensa-se que até um certo tempo na história da Terra — muito antes da formação dos atuais continentes — existiria uma grossa, pesada e quentíssima massa de nuvens envolvendo toda a Terra. Dessa forma, todos os materiais que um dia viriam a constituir a hidrosfera de nosso planeta estariam sob a forma gasosa, nessa primeira atmosfera terrestre. Quando o resfriamento da crosta atingiu uma temperatura critica — ainda que muito elevada — tornou- se impossível a manutenção de todos as materiais líquidos sob estado gasoso. Então, grossas chuvas quentes, de grande poder de erosão, iniciaram o primeiro ciclo hidrológico da Terra.

Uma parte da água dessas precipitações voltava à atmosfera pôr intensa evaporação. O restante preencheu as depressões primárias da superfície do globo, vindo a formar o primeiro grande oceano de nosso planeta.

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Existem razões para se pensar que, por muito tempo, houve um oceano principal (o Paleopacífico) e um gigantesco bloco de terras emersas (o continente de Gondwana), que reunia América, África, Europa, Ásia e Austrália, e que se manteve uno por dezenas de milhões de anos. Sua fragmentação, porém, iniciou-se em meados da Era Mesozoica, há cerca de 180 milhões de anos, originando a divisão do mar único em um mosaico de oceanos e continentes.

As ideias básicas sobre a fragmentação do continente de Gondwana foram estabelecidas pelo gênio do cientista alemão AIfred Wegener (1880-1930).

As grande depressões oceânicas

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O Atlântico tem a forma aproximada de um "S", que se estende no sentido dos meridianos, e separa a Europa e a África das Américas; ao norte comunica-se com o oceano

Glacial Ártico, por meio do mar da Noruega e de vários estreitos;

ao sul, confunde-se com o oceano Glacial Antártico; a sudeste liga-se ao Indico, e a sudoeste ao Pacifico, através do estreito de Magalhães.

Por sua localização, o Atlântico é o mais importante dos oceanos, por ele transitam navios de todo tipo, interligando os mais importantes centros comerciais, industriais e culturais do mundo, situados na Europa e na América doNorte.

O oceano Pacifico cobre mais de um terço da superfície do globo terrestre. Suas águas se estendem entre as Américas, a Ásia, a Austrália e o continente Antártico. Ao sul, comunicase com o oceano Glacial Antártico. Une-se ao Índico pelo estreito de Malaca e das ilhas de Sonda.

O primeiro europeu a visitá-lo parece ter sido o espanhol Vasco Núñez de Balboa, que, em 1513, atravessou o istmo do Panamá e deparou com as águas do Pacifico.

O oceano Indico, situado na região intertropical ou tórrida, durante muito tempo foi chamado mar das Índias. É o menor dos oceanos. Fechado inteiramente ao norte pela Ásia, a oeste limita-se com a África e a leste com a Austrália e o arquipélago de Sonda. Ao sul, confunde-se com o oceano Glacial Antártico.

Nas regiões polares, há dois oceanos que são, na verdade, prolongamentos do Atlântico, do

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Pacífico e do Índico. No polo norte, fica o oceano Glacial Ártico, explorado no século XIX; no sul, está o Glacial Antártica. Ambos permanecem congelados a maior parte do tempo e pouco se sabe de seu relevo submarino.

Oceano Atlântico

O oceano Atlântico, basicamente, é uma bacia imensa que se estende de norte a sul desde o oceano Glacial Ártico, ao norte, até o oceano Glacial Antártico, ao sul. Ocupa mais de 106 milhões de km2 de superfície total.

O limite entre o Atlântico norte e o oceano Glacial Ártico foi estabelecido de forma arbitrária, com base em cordilheiras submarinas que se estendem entre as massas de terra da ilha de Baffin, Groenlândia e Escócia. Contudo, ficou mais fácil marcar o limite com o mar Mediterrâneo na altura do estreito de Gibraltar, e com o mar do Caribe, ao longo do arco formado pelas ilhas do Caribe. O Atlântico sul está separado de forma arbitrária do oceano Índico pelo meridiano de 20° longitude E, e do Pacífico, a oeste, pela linha de maior profundidade que se estende entre o cabo de Hornos e a península Antártica.

O oceano Atlântico começou a formar-se há 150 milhões de anos, quando se afastou do grande continente de Gondwana como resultado da separação da América do Sul e da África, que ainda continua, com uma progressão de vários centímetros por ano ao longo da dorsal submarina Meso-atlântica, cadeia montanhosa que se estende de norte a sul, com aproximadamente 1.500 km de largura, na qual ocorrem frequentes erupções vulcânicas e terremotos.

As cadeias submarinas se estendem de forma desigual de leste a oeste entre as plataformas continentais e a dorsal Meso-atlântica, dividindo os fundos oceânicos em uma série de bacias conhecidas como planícies abissais. As quatro bacias do lado americano têm uma profundidade de mais de 5.000 m e são: a bacia Norte-americana, a da Guiana, a do Brasil e a Argentina. O perfil euro-africano está marcado por várias bacias de menor profundidade: a

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bacia da Europa ocidental, Canárias, Cabo Verde, Serra Leoa, Guiné, Angola, Cabo e Cabo Agulhas. A grande bacia Atlântica-antártica se estende ao longo da área mais meridional da cordilheira Meso-atlântica e da Antártica.

Seu relevo submarino tem sido explorado desde o princípio do século XX. O traço dominante é uma cordilheira — a Dorsal Mediana ou cadeia Meso-atlântica — que se estende, semelhante a um S, desde a Islândia até a ilha Bouvet, na Antártida. Tem de 2 000 a 2 500 m de profundidade e divide o Atlântico em duas depressões: oriental e ocidental. Na zona do equador, a Dorsal é interrompida pelo estreito de Romanche, uma depressão que chega a atingir 6 000 m abaixo do nível do mar. Em alguns trechos, a cordilheira expande-se e forma planaltos, como o do Telégrafo, entre a Europa e a América do Norte. É uma área de vulcanismo que, ao emergir, formou ilhas como as de Açores. As ilhas Ascensão, Santa Helena e Tristão da Cunha, entre a África e a América do Sul, são também partes emersas da cordilheira.

Da Dorsal partem soleiras, ou seja, elevações alongadas, algumas das quais limitam depressões (bacias oceânicas), que se alinham de um e outro lado da cordilheira. Na região equatorial originam-se a soleira do Pará, em direção ao Brasil, e a soleira de Serra Leoa, em direção à África, dividindo o Atlântico em duas porções: setentrional e meridional. Na primeira encontram-se duas bacias principais: a Norte-Americana e a Euro-Africana. São duas também as bacias do Atlântico Sul: a Brasileira e a Argentina. As formas do relevo submarino são cobertas por uma camada mais ou menos espessa de sedimentos, exceto nos locais onde as correntes marinhas são muito fortes, ou as formas do relevo muito acentuadas.

Os recortes do litoral continental e as ilhas formam mares mais ou menos fechados, com algumas características próprias, porém dependentes do oceano. Um exemplo é o Mediterrâneo, entre Eurásia e África.

As ilhas mais extensas situadas em sua totalidade no oceano Atlântico constituem um prolongamento das plataformas continentais, como Terra nova, ilhas Britânicas, arquipélago

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das Malvinas e ilhas Sandwich do Sul, na plataforma da Antártida. As ilhas oceânicas de origem vulcânica são menos comuns do que no Pacífico; entre elas se encontram as do arco insular do Caribe, Madeira, Canárias, Cabo Verde, o grupo de São Tomé e Príncipe, Açores, Penedo de São Pedro e São Paulo, Ascensão e o arquipélago de Tristão da Cunha. A ilha maior é a Islândia.

O sistema de circulação superficial das águas do Atlântico pode ser representado como dois grandes vórtices ou remoinhos, ou sistemas de corrente circular: uma no Atlântico norte e outra no Atlântico sul. Estas correntes são provocadas pela ação dos ventos alísios e também pela rotação da Terra. As do Atlântico norte, entre as quais se encontram as correntes Norte- equatoriais, a das Canárias e a corrente do Golfo, movem-se no sentido horário. As do Atlântico sul, entre as quais se destacam a do Brasil, a de Benguela e a corrente Sul-equatorial, se orientam no sentido anti-horário.

O Atlântico recebe águas da maioria dos rios mais importantes do mundo, como o São Lourenço, Mississippi, Orinoco, Amazonas, Paraná, Congo, Níger e Loire.

O oceano Atlântico conta com alguns dos bancos pesqueiros mais produtivos do mundo. As áreas com afloramento, nas quais as águas profundas do oceano ricas em nutrientes sobem para a superfície, possuem abundante fauna marítima. O oceano é rico em recursos minerais, e as plataformas e taludes continentais possuem abundantes combustíveis fósseis.

Oceano Pacifico

É o mais extenso e profundo dos oceanos do mundo. Abarca mais de um terço da superfície da Terra e contém mais da metade do seu volume de água. Costuma-se fazer, de forma artificial, uma divisão a partir do equador: o Pacífico norte e o Pacífico sul. Foi descoberto em 1513 pelo espanhol Vasco Nunes de Balboa, que o chamou de mar do Sul.

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O oceano Pacífico confina em sua parte oriental com os continentes da América do Norte e do Sul, ao norte com o estreito de Bering, a oeste com a Ásia, o arquipélago da Indonésia e a Austrália, e ao sul com a Antártida. Ao sudeste, é dividido do oceano Atlântico de forma arbitrária pela passagem de Drake, aos 68° longitude O. Ao sudoeste, a linha divisória que o separa do oceano Índico ainda não foi estabelecida de forma oficial. Além dos mares limítrofes que se prolongam por sua irregular orla ocidental, o Pacífico conta com uma área de cerca de 165 milhões de km2 e tem uma profundidade média de 4.282 m, embora o ponto máximo conhecido se encontre na Fossa das Marianas a 11.033 m de profundidade.

O Pacífico é a bacia oceânica mais antiga. Segundo as rochas datadas, têm cerca de 200 milhões de anos. As características mais importantes, tanto da bacia quanto do talude continental, foram configuradas de acordo com fenômenos associados com a tectônica de placas. A plataforma oceânica, que se estende até profundidades de 200 m, é bastante estreita em toda a América do Norte e do Sul; contudo, é relativamente larga na Ásia e na Austrália.

Vizinha à América, há uma cordilheira submarina, a Dorsal do Pacifico Oriental ou da ilha da Páscoa, que se estende por cerca de 8.700 km desde o golfo da Califórnia até um ponto a cerca de 3.600 km a oeste do extremo meridional da América do Sul. Alarga-se na região equatorial, para formar o planalto de Albatroz, onde se erguem as ilhas dos Cocos e Galápagos. Mais ao sul, na latitude da ilha da Páscoa, encontra-se outro planalto, que se aproxima da América do Sul e inclui as ilhas de S. Félix e João Fernandes. Esses planaltos compõem, juntamente com a Dorsal, duas bacias: de Guatemala e do Peru. A sudoeste da Dorsal abre-se uma terceira bacia, a do Pacífico Sul. Na região central, uma fossa alongada divide o oceano em duas zonas:

setentrional e meridional. E ainda nesta região as ilhas Havaí são os picos da cordilheira submarina que emergem.

As ilhas maiores da região ocidental formam arcos insulares vulcânicos que se elevam desde a extensa plataforma continental ao longo do extremo oriental da placa euroasiática.

Compreende o Japão, Taiwan, Filipinas, Indonésia, Nova Guiné e Nova Zelândia. As ilhas

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oceânicas, denominadas em conjunto Oceania, são os picos das montanhas que surgiram na bacia oceânica por extrusão de rochas magmáticas. O oceano Pacífico conta com mais de 30.000 ilhas deste tipo. Em muitas regiões, em especial no Pacífico sul, os acidentes básicos da topografia da superfície marinha são constituídos pelas acumulações de recifes de coral.

Ao longo da orla oriental do Pacífico, a plataforma continental é estreita e escarpada, com poucas ilhas; os grupos mais importantes são as ilhas Galápagos, Aleutas e Havaí.

As forças motrizes das correntes oceânicas são a rotação da Terra, o atrito do ar com a superfície da água e as variações da densidade da água do mar.

Além dos atóis, são típicos do Pacífico os guyots (montanhas submarinas semelhantes a cones truncados) e a estreita plataforma continental, cuja largura média é de 70 km.

As maiores profundidades situam-se em geral próximas às costas dos continentes ou a grupos de ilhas. A fossa mais profunda é a das ilhas Marianas; 11 022 m. As outras são as das ilhas Kennadec (9 476 m), das ilhas Filipinas (fossa de Mindanao, 10 830 m), da ilha de Tonga (9 184 m), das ilhas Kurilas (9 144 m’). Por isso, o oceano Pacífico detém o recorde. De maior média de profundidade.

Junto às profundas fossas, desde o Alasca até o sul da Índia, estendem-se as "guirlandas"

insulares, ou cordões de ilhas vulcânicas. Nessa área, o Pacifico é convulsionado por fortes terremotos e maremotos.

O modelo de correntes do Pacífico norte consiste em um movimento, o sistema circular de dois vórtices. O Pacífico norte está dominado pela célula central norte, que circula no sentido horário e compreende a corrente do Pacífico norte, a corrente da Califórnia e a corrente de Kuroshio. A corrente da Califórnia é fria, extensa e lenta, enquanto a de Kuroshio é quente, estreita, rápida e parecida com a do Golfo. Perto do equador, a 5° latitude N, o fluxo para o leste da contracorrente Equatorial separa os sistemas de correntes do Pacífico norte e sul. O

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Pacífico sul encontra-se dominado pelo movimento no sentido anti-horário da célula central sul, que compreende a corrente Sul-equatorial, a corrente do Pacífico sul e a corrente de Humboldt. No extremo sul está localizada a corrente Antártica Circumpolar; é a fonte mais importante de circulação oceânica em profundidade. Ali nasce a extensa e fria corrente do Peru, ou de Humboldt.

O importante sistema de ventos do oceano Pacífico é formado por dois cinturões iguais de correntes que se dirigem para oeste e que sopram de oeste a leste entre 30° e 60° de latitude, um no hemisfério norte e outro no sul. Os constantes alísios se encontram ladeados pelos ventos de oeste, sopram desde leste no hemisfério norte e desde oeste no sul. As fortes tormentas tropicais, denominadas tufões no Pacífico ocidental e furacões no Pacífico meridional e oriental, originam-se no cinturão dos alísios no fim da estação estival e nos primeiros meses do outono.

As águas ricas em nutrientes procedentes da corrente Circumpolar Antártica sobem à superfície na corrente de Humboldt ao longo da costa do Chile e do Peru, e toda a região possui bancos de anchovas de grande importância mundial como recurso alimentício. As aves marinhas se alimentam desses bancos de anchova, do que resulta grande quantidade de guano (excremento dessas aves), utilizado entre outras coisas como fonte energética. O Pacífico noroeste, que compreende o mar do Japão e o mar de Okhotsk, por outro lado, é uma das maiores reservas pesqueiras do mundo. Os recifes de coral, ricos em fauna marinha, alcançam sua maior representatividade na Grande Barreira de Coral. Também o Pacífico tem começado a ser explorado por seus imensos recursos minerais, tais como as grandes reservas de petróleo. Ver também Oceanos e oceanografia; Terra (planeta).

Oceano Índico

Menor dos três grandes oceanos da Terra, limitado a oeste pela África, ao norte pela Ásia, a leste pela Austrália e pelas ilhas australianas, e ao sul pela Antártida. Não existem limites

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naturais entre o oceano Índico e o oceano Atlântico. Uma linha de 4.020 km ao longo do meridiano 20 °E, que liga o cabo Agulhas, no extremo sul da África, à Antártida, costuma ser considerado o limite.

Seu relevo é menos conhecido que o do Atlântico, embora se saiba que 60% correspondem a profundidades entre 4000 e 6 000 m. Em média, é mais profundo que o Atlântico e menos.

que o Pacifico. A plataforma continental é estreita, exceto no litoral norte. Das regiões mais profundas, na parte mediana, ergue-se uma lombada, a Dorsal Central ou Indiana, que se estende desde a Índia até o sul da ilha Rodrigues (arquipélago de Mascarene). Passa pelas ilhas Laquedivas, Maldivas e Chagos, no mar da Arábia. Essas ilhas, bem como numerosos atóis são pontos emersos da Dorsal. Mais ao sul, ela se alarga, formando extenso planalto submarino, que serve de base às ilhas Kerguelen.

A Dorsal divide as regiões profundas do Índico em duas áreas: ocidental e oriental. A região ocidental assemelha-se, pelas formas do relevo, ao Atlântico: é menos profunda e apresenta várias ramificações. Uma destas é a de Carsberg ou Indo-Arábica, que se origina ao sul do arquipélago Chagos e toma a direção das ilhas Socotorá, no mar da Arábia. Paralelamente, estendem-se formações coralígenas das ilhas Maurício às Seychelles. E nas ilhas Comores, ao norte de Madagáscar, está a Dorsal de Madagáscar, da qual esta ilha é uma parte emersa.

A região oriental é muito profunda e ocupada por uma vasta bacia, onde as profundidades médias ultrapassam 5 000 m. No leste, limitando o oceano, erguem-se os planaltos submarinos que sustentam a Austrália, Tasmânia, Nova Guiné e o arquipélago de Sonda.

Suas maiores ilhas são Madagascar e Sri Lanka. Recebe as águas dos rios Limpopo, Zambeze, Irawadi, Brahmaputra, Ganges, Indo e Shatt al-Arab.

Oceano Glacial Ártico

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Massa de água que constitui o menor dos quatro oceanos do mundo, ou braço, rodeado de terra, do oceano Atlântico. O oceano Ártico se estende ao sul do polo norte até as costas da Europa, Ásia e América do Norte.

As águas superficiais do oceano Ártico se misturam com as do oceano Pacífico através do estreito de Bering, mediante um canal apertado e pouco profundo, e também com as do oceano Atlântico através de um sistema de sills submarinos (elevações suaves) que se estendem desde a Escócia até a Groenlândia e, dali, até a Terra de Baffin. No oceano Ártico desembocam os rios Obi, Ienissei, Lena, Mackenzie, Coppermine e Back. A superfície total do oceano Ártico é de 14 milhões de km2, incluindo suas principais subdivisões, o mar do Polo Norte, o mar da Noruega, o mar do Norte e o mar de Barents.

Aproximadamente um terço do fundo do oceano Ártico está coberto pela plataforma continental, que inclui uma extensa plataforma ao norte da Eurásia e outras mais estreitas da América do Norte e da Groenlândia. Em frente às plataformas continentais está a bacia do Ártico propriamente dita, subdividida em uma série de três elevações paralelas e quatro bacias (também chamadas de fossas oceânicas). A profundidade média do oceano Ártico é de 1.500 m e o ponto mais profundo está a 5.450 m de profundidade.

As ilhas do oceano Ártico se assentam sobre as plataformas continentais. Ao nordeste da Noruega se encontra o arquipélago de Svalbard; a leste estão a Terra de Francisco José, Novaia Zemlia, Severnaia Zemlia, o arquipélago de Nova Sibéria e a ilha de Wrangel, todas elas situadas ao norte da Rússia. As numerosas ilhas canadenses, inclusive o arquipélago Rainha Elizabeth, a ilha Vitoria e a Terra de Baffin, se encontram ao norte e a leste da terra firme do Canadá até a Groenlândia.

No oceano Ártico aparecem três tipos de gelo: gelo de terra, gelo de rio e gelo de mar. O gelo de terra entra no oceano sob a forma de icebergs, criados quando se rompem pedaços de geleiras. O congelamento da água doce e sua posterior condução até o oceano pelos rios

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produz o gelo de rio em pequenas áreas das plataformas da Sibéria e da América do Norte. O gelo de mar se forma pelo congelamento da água marinha.

A pesca só existe em quantidades comercialmente exploráveis nas zonas costeiras mais temperadas do oceano Ártico, em particular no mar do Norte e no mar de Barents.

O estudo específico dos oceanos e mares é denominado de oceanografia.

Os oceanos e mares exercem uma grande relevância para a biosfera. Do ponto de vista ambiental contribui na composição e equilíbrio climático, uma vez que os oceanos abrigam seres (fitoplanctons) que são responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio do planeta e também por reter calor em períodos maiores que os continentes, denominado de maritimidade.

Partindo da teoria evolucionista, a vida surgiu nos oceanos (primitivos), e atualmente abriga uma gigantesca quantidade de vida marinha.

A distribuição dos oceanos no planeta.

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Do ponto de vista humano (social), os oceanos e mares exerceram e ainda exercem grande importância no que se refere às estratégias militares e comerciais, a exportação, a pesca, o turismo e muitos outros.

Desse modo, países que não dispõe de um litoral permanecem dependentes de outras nações para escoar sua produção destinada à exportação e receber as importações, isso faz parte da realidade de países como Afeganistão, Áustria, Suíça, Paraguai e Bolívia.

A enorme importância dos oceanos e mares é notória, mas qual é o significado de ambos?

Oceanos correspondem a gigantescos volumes de água salgada que se encontram dispersas sobre grande parte da superfície terrestre.

No planeta são identificados cinco oceanos, apesar de todos possuírem ligações uns com os outros, são classificados como: oceano Pacífico, Atlântico, Índico, Glacial Antártico e Glacial Ártico.

Os mares

Inseridos nesses oceanos estão os mares, essa expressão significa regiões ou partes dos oceanos que se encontram nas proximidades dos continentes, em alguns casos eles se estabelecem no interior dos mesmos.

Os mares não possuem uma homogeneidade quanto à sua composição física no espaço geográfico, dessa forma, os mares são classificados em:

1. Mares fechados: são aqueles que se encontram nos interiores dos continentes, desse modo, não apresentam uma ligação de maneira direta com os oceanos, como, por exemplo, o mar de Aral e o mar Cáspio.

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2. Mares abertos: estão diretamente ligados aos oceanos que se encontram nas proximidades. Já no caso dos mares interiores existem restritas passagens que possibilitam uma conexão com os oceanos, a ligação ocorre por meio dos estreitos.

Mares e oceanos – vivos ou mortos?

Herma Caelen

Os mares e os lagos cobrem dois terços da superfície do nosso lindo planeta e têm um papel de enorme importância para todo o meio ambiente Infelizmente, os seres humanos parecem estar fazendo o possível — em todas as partes do nosso planeta — para produzir um impacto negativo sobre os mares e, consequentemente, em nós mesmos. Esse impacto vai da pesca desenfreada, usando até redes de arrasto e o despejo de lixo tóxico, à matança e à exploração dos mamíferos marinhos. As marés estão subindo e ameaçando comunidades ao redor do mundo, devido às mudanças climáticas.

No dia 5 de junho, de 2005, 150 países do mundo todo participaram das festividades do dia Internacional do Meio Ambiente, decretado em 1972 pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP). No entanto, segundo o chefe da UNEP, Klaus Töpfer, não havia muito motivo

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para festa, pois os mares que cobrem 70% da superfície da Terra estão seriamente ameaçados pela pesca descontrolada, pela poluição e por outros fatores prejudiciais ao meio ambiente.

Eis algumas das causas desta situação preocupante:

Os mares contêm 90% da biomassa do nosso Planeta, de algas à baleia azul;

Aproximadamente 3,5 bilhões de seres humanos dependem dos mares (este número pode duplicar dentro dos próximos 20 anos);

Mais de 70% dos peixes são pescados em excesso. As reservas de atum, bacalhau e peixe espada foram reduzidas em 90% no último século;

80% da poluição marítima têm a sua origem fora dos mares. A situação tende a piorar, se, no ano 2010 — como é previsto —, 80% da população mundial viver perto dos litorais (em um raio de 100 km);

Óbitos e doenças causados pelas águas costeiras contaminadas custam anualmente

123,8 bilhões de dólares;

O material plástico descartado mata anualmente um milhão de pássaros marinhos, 100.000 mamíferos marinhos e incontáveis peixes;

Os vazamentos involuntários, despejo ilegal pela navegação e acidentes marítimos poluem anualmente os mares com enormes quantidades de óleo;

O nível do mar subiu 10 a 25 cm nos últimos 100 anos e pode subir ainda mais, inundando regiões costeiras baixas;

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Dos recifes de corais tropicais localizados de 109 países, 93 já estão fortemente danificados pelo desenvolvimento econômico das regiões costeiras e pelo crescente turismo. Os recifes de corais cobrem apenas 0,5% do fundo do mar, mas 90% das espécies dependem destes recifes de maneira direta ou indireta.

Já na Conferência Internacional 2002, em Johannesburgo, em princípio houve um acordo para a criação de regiões marítimas protegidas até o ano 2012 e para reabastecer até 2015 as reservas de peixes dizimadas.

A fim de evitar que a pesca descontrolada continue, foi requerida a abolição das subvenções que já representam 20% da renda da indústria pesqueira.Porém, como costuma ocorrer nestes casos, a implantação

das sugestões sensatas está demorando e continua sendo impedida por exigências nacionais de caráter egoísta e por interesses comerciais. O secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, mais uma vez advertiu com insistência que a sociedade não pode continuar permitindo que os oceanos sejam utilizados como depósitos de lixo ou que sejam explorados como fonte para abastecimento inesgotável.

Curiosidade sobre a água do mar

Água do mar é a água encontrada em mares e oceanos. A água do mar de todo o mundo tem uma salinidade próxima de 35 (3,5% em massa, se considerarmos apenas os sais dissolvido, mas a salinidade não tem unidades)[1], o que significa que, para cada litro de água do mar há 35 gramas de sais dissolvidos, a maior parte é cloreto de sódio (cuja fórmula é NaCl).

A água do mar não tem salinidade uniforme ao redor do globo. A água menos salina do planeta é a do Golfo da Finlândia, no Mar Báltico. O mar mais salino é o Mar Morto, no Médio Oriente, onde o calor aumenta a taxa de evaporação na superfície e há pouca descarga fluvial.

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Unidade II

Nesta unidade você vai estudar sobre os Domínios naturais terrestres. Vai conhecer a variedade de florestas que existem na Terra. Por acaso você sabe em que floresta se encontra os cinco maiores mamíferos do mundo? Estude esta unidade e descubra.

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Domínios naturais terrestres

Vegetação das florestas equatoriais e tropicais

A distribuição dos biomas terrestres e seus tipos de vegetação e fauna estão diretamente ligados ao clima, uma vez que são diferentes condições de temperatura, chuva e incidência de luz solar nas várias regiões do planeta que facilitam ou impedem a existência de qualquer tipo de vida. Desse modo, praticamente, a cada tipo climático corresponde um bioma, marcado por uma determinada cobertura vegetal.

Segundo a FAO (Organização de Alimentação e Agricultura da ONU), as florestas densas (tropicais e equatoriais) cobrem aproximadamente 3 bilhões de hectares da Terra e as florestas abertas (savanas e cerrados) ocupam 1,3 bilhão de hectares. São florestas luxuriantes, muito densas, com árvores de grande porte, cujas folhas são de grandes dimensões e muito carnudas.

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Tipos de vegetação

A variedade de vegetação acontece em função das diferenças de altitude, latitude, pressão atmosférica, iluminação e actuação das massas de ar.

Florestas equatoriais– Ocorrem nas baixas latitudes, compreendendo a Amazónia, parte centro-ocidental da África e sudeste asiático. Como estão em áreas quentes e húmidas, possuem folhas largas (latifoliadas) e sempre verdes (perenes). As árvores podem ter até 60 metros (castanheira). Apresentam grande variedade de espécies (floresta heterogénea). Os solos em geral são pobres. São conhecidas como autofágicas (que se alimentam de si mesmas) em função da grande quantidade de húmus proveniente das folhas, galhos e troncos.

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Florestas tropicais – Em comparação às florestas equatoriais, as tropicais possuem menor diversidade de espécies vegetais, árvores de menor porte e, claro, espécies diferentes. As florestas tropicais localizam-se na faixa litoral intertropical.

A floresta tropical ocorre em três regiões na Terra: na americana, na africana e na indomalaia.

No caso da americana cobre a Mata Atlântica compreendida pelo Brasil, indo ao sul até à bacia do Prata. A floresta indo-malaia é a menos contínua devido à agressão milenar que vem sofrendo; compreende a da costa da Indochina, a costa norte da Austrália, as Filipinas, Nova Guiné e Bornéo, entre outras. Das três, a menor área de floresta tropical é a africana, que compreende a Libéria, o golfo da Guiné, e principalmente a região da bacia do rio Congo.

Somando-se todas estas áreas temos aproximadamente 17 milhões de km² de florestas tropicais, isto significa que 20% das terras do planeta ainda estão com razoável cobertura vegetal, apesar das tentativas dos seres humanos em destruí-las.

Este bioma é composto por grande quantidade de espécies vegetais e animais, apesar do solo ser muito pobre; esta pobreza se deve ao fato de haver uma camada de areia facilitando a infiltração rápida da água, mas ocorre a decomposição da matéria orgânica (folhas, fezes e restos de seres vivos) propiciada pela sombra, calor e umidade, formando-se uma camada de cerca de 50 centímetros de húmus. A temperatura média anual é sempre em torno de 20 °C, a pluviosidade anual aproximadamente de 1200 mm, sua localização média é na faixa entre os trópicos, daí a denominação de floresta tropical.

Savanas – Aparecem na faixa intertropical em locais onde ocorre uma estação seca, impedindo o aparecimento de florestas. São formações vegetais encontradas no centrooeste brasileiro, larga faixa do centro da África, litoral da Índia e norte da Austrália. Têm plantas rasteiras (herbáceas), intercaladas por árvores de pequeno porte. No período de seca, as folhas caem para evitar a evaporação. No Brasil são designadas por cerrado e na África.

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Pradaria - Uma pradaria ou relvado é uma planície vasta e aberta onde não há sinal de árvores nem arbustos, com capim baixo em abundância. Estão localizadas em praticamente todos os continentes, com maior ocorrência na América do Norte. A pradaria brasileira é o pampa gaúcho.São regiões muito amplas e oferecem pastagens naturais para animais de pastoreio e as principais espécies agrícolas alimentares foram obtidas das gramíneas naturais através de seleção artificial. Ocorre em regiões onde a queda pluviométrica é muito baixa para suportar a forma de vida da floresta ou em regiões de floresta onde as questões edificam favoreçam o desenvolvimento de gramíneas e desfavoreça o de plantas lenhosas. O solo geralmente é cheio de túneis e tocas de animais. As pradarias são também encontradas ao lado de desertos.

O clima varia bastante: as pradarias tropicais são quentes durante o ano, mas as pradarias temperadas têm estações quentes e frias.

Floresta temperada ou floresta decídua temperada, ou ainda, floresta caducifólia, por causa da queda das suas folhas no período do Inverno, é um bioma encontrado nas regiões situadas entre os polos e os trópicos, característica das zonas temperadas úmidas e abrange o oeste e centro da Europa, leste da Ásia (Coréia, Japão, e partes da China) e o leste dos Estados Unidos.

Situa-se, pois, abaixo da Taiga.

As temperaturas médias anuais são moderadas, embora a temperatura média vá cariando ao longo do ano. As quatro estações do ano encontram-se bem definidas. Os índices pluviométricos atingem médias entre 75 a 100 centímetros por ano. A energia solar que vai incidindo nas regiões de florestas temperadas é maior do que, por exemplo, nas tundras, e consegue atingir mais facilmente o solo, pois existem espaços maiores entre a copa das árvores do que, por exemplo, nas florestas tropicais.

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UNIDADE III

Na unidade anterior você estudou sobre os domínios naturais do planeta Terra não é mesmo? Agora você vai conhecer os domínios naturais do Brasil, desde o domínio amazônico até o Pantanal.

Formações florestais no Brasil

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A tipologia da formação vegetal brasileira compreende três grandes grupos fundamentais:

formações florestais, formações herbáceas e arbustivas e formações complexas (estas últimas compreendendo várias tipologias vegetais concentradas em uma só área). As formações vegetais florestais compreendem cerca de 50% de todo o território nacional. Fazem parte dessas formações a Mata Atlântica, a Mata de Araucária (ambas em estado avançado de devastação) e ainda a Floresta Amazônica. Já as formações herbáceas e arbustivas são divididas em subgrupos como as campinas e os campos gerais (ou estepes, predominando um tipo de vegetação rasteira), os cerrados (predominantes no Planalto Central brasileiro) e a caatinga (correspondente ao sertão nordestino e ao vale do Rio São Francisco). O chamado Complexo do Pantanal, planície que envolve a Bacia do Rio Paraguai, constitui o exemplo de formação vegetal complexa no Brasil, além das formações encontradas nas regiões litorâneas.

O Complexo do Pantanal caracteriza-se pela heterogeneidade, observada no surgimento de florestas, caatinga, campos gerais e cerrados. Já nas formações litorâneas predominam os manguezais, que sobrevivem às condições locais como as cheias das marés, A vegetação aí presente é basicamente constituída de vegetais halófilos (adaptados a ambientes salgados).

E de presente para os Mato- Grossenses encerramos esta fase com Geografia geral de Mato Grosso, tudo bem, não precisa agradecer! Aproveite bem, essa apostila está demais, vale a pena salvar e guardar em seus arquivos

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Domínios naturais do Brasil

O território brasileiro pode ser regionalizado a partir dos elementos naturais, denominado de Região natural, que corresponde a extensas áreas no qual há concentração de um específico elemento natural.

O Brasil, por possuir um território de extensão continental, favorece a formação de distintas formas de vegetações e climas, denominado pelo Geógrafo Aziz Ab’Saber de domínios morfoclimáticos, nesses estão inseridos aspectos do relevo, clima e vegetação, apresentados em diversas paisagens espalhadas pelo Brasil.

Brasil apresenta os seguintes domínios:

Domínio Amazônico

Apresenta-se nas regiões de floresta Amazônica, essa é composta por matas fechadas e densas, formadas por árvores de grande, médio e pequeno porte, classificado em mata de várzea, mata de terra firme e igapó. A diversidade da vegetação é proveniente do clima quente e úmido e elevados índices pluviométricos

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que ocorrem de forma regular durante grande parte do ano. O relevo apresentado se restringe basicamente à planície e depressões.

Domínios da Caatinga

Ocorre no oeste do Nordeste e norte de Minas Gerais, a cobertura vegetal é composta por espécies da flora resistentes à falta de água. O clima é semiárido, possui como

principal característica a longa estiagem e chuvas irregulares no decorrer do ano. As altitudes variam de 200 a 800 metros acima do nível do mar, compostos por duas unidades de relevo: depressões e planaltos. Domínios do Cerrado

Predomina no centro-oeste do Brasil no qual encontra os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a vegetação é composta por árvores tortuosas de pequeno porte, raízes profundas, cascas e folhas grossas, apesar disso, o cerrado demonstra outras variações ou

classificações denominadas de subsistemas (cerrado comum, cerradão, campo limpo, campo sujo, subsistema de matas, de veredas e ambientes alagadiços). O clima é o tropical

subúmido com duas estações bem definidas, uma seca e uma chuvosa. O relevo desse domínio é composto por planaltos e chapadas. Domínio dos Mares de Morros

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A paisagem é formada por relevo acidentado, ou seja, há uma grande incidência de planaltos, serras e morros que sofreram desgastes erosivos, esse relevo abrange a floresta tropical (Floresta Atlântica), essa, em seu estágio natural, se apresentava desde o Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, quanto ao clima é o tropical úmido, as

chuvas são regulares e bem distribuídas no decorrer do ano.

Domínios das Araucárias

Restringe-se aos estados da Região Sul do Brasil, essa vegetação é encontrada principalmente em planaltos mais elevados. A cobertura vegetal é formada por pinheiro- do-paraná, além da erva-mate e o cedro. O

clima predominante é o subtropical, ou seja, uma transição entre o clima tropical e o temperado, com verões

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quentes e invernos rigorosos, apresenta as menores temperaturas do país e, em determinadas localidades, ocorre precipitação de neve.

Domínio das Pradarias

É formado por vegetações (herbáceas) rasteiras e gramíneas, relevo relativamente plano, suavemente ondulado. O clima é o mesmo do Domínio das

Araucárias.

Faixa de Transição (Pantanal)

Apresenta características variadas, desde aspecto da caatinga até a floresta amazônica, o relevo que predomina são as planícies que se alagam nos períodos chuvosos. O clima desse domínio é o tropical com um período de seca e outro chuvoso.

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