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Grupo Interdisciplinar de Estudos e Avaliação de Políticas Públicas (GIAPP) POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR

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Grupo Interdisciplinar de Estudos e Avaliação de Políticas Públicas (GIAPP)

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR

Resumo:

A agricultura familiar vem ganhando proporções sociais, políticas e acadêmicas no Brasil. O presente trabalho, pretende mostrar todas as políticas públicas voltadas para a Agricultura, dando destaque no PRONAF e no PAA. O trabalho será tanto pesquisa qualitativa, descritiva, exploratória, como bibliográfica. Para isso, será necessário recorrer as informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Como alguns autores, que tratam dos temas sobre agricultura familiar, políticas públicas e desenvolvimento territorial. Os resultados obtidos com as informações fornecidas será um melhor esclarecimento quais são as políticas públicas e suas definições.

Palavras-chave: Políticas Públicas, Agricultura Familiar, Desenvolvimento.

.

1 INTRODUÇÃO

As políticas públicas no Brasil, vem ganhando evidência nos últimos anos.

São elas, que resolvem ou tentam amenizar os problemas públicos. É direito dos cidadãos uma boa qualidade de vida. Toda política pública tem suas fases de implementação. Existem políticas públicas tanto para a agricultura familiar, como também para o agronegócio.

Portanto o presente trabalho pretende ilustrar as principais políticas públicas voltadas para a agricultura familiar. Como também, destacar duas políticas públicas da agricultura, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).

Mostrando cada política pública e sua função. Para isso, será necessário realizar

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uma revisão bibliográfica de autores que relatam sobre o tema proposto. Um trabalho descritivo, com base na bibliografia pesquisada.

O artigo além da introdução e das referências divide-se em referencial teórico e metodologia, políticas públicas para a agricultura familiar, resultados e conclusões.

2 REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIA

Atualmente, o debate sobre a agricultura familiar vem ganhando proporções sociais, políticas e acadêmicas no Brasil, passando a ser utilizada com mais frequência nos discursos dos movimentos sociais rurais, pelos órgãos governamentais e por segmentos e por grupos acadêmicos, principalmente pelos estudiosos das ciências sociais que se ocupam da agricultura e do mundo rural (SCHNEIDER, 2003).

Para resolver os problemas e equilibrar os efeitos desestruturados da política econômica sobre os pequenos produtores, diante da pressão de entidades representativas dos trabalhadores rurais, em 1996, o governo federal lançou o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), como uma linha de crédito de custeamento distinto para financiar a agricultura familiar (TONNEAU, 2005).

Em um país em desenvolvimento capitalista lento, como é o caso do Brasil, em que a maioria da população não tinha uma conta bancária até algum tempo atrás e a grande parte dos produtores rurais ainda hoje tem um escasso uso de serviços financeiros. A financeirização que é entendida como acesso ao crédito e ao moderno sistema financeiro conceberia um avanço no desenvolvimento econômico e social. Em um país que ainda não logrou superar as formas de organização pré-capitalistas em sua agricultura, a introdução intensa da moeda facilitaria as relações entre produção, comercialização, transformação e consumo da produção agrícola (BALESTRO, 2014).

Os estudos sobre a agricultura familiar são recentes no Brasil, tem sido iniciados na década de 1990. Entre outras razões, o crescimento do interesse pelas formas familiares de produção foi motivado pelo surgimento do Pronaf. Os trabalhos sobre agricultura familiar nascem vinculados à agendas de políticas públicas, tendo conseguindo apenas uma independência relativa

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com relação a esta. No que diz respeito ás pesquisas sobre políticas públicas para a agricultura familiar, existe uma vinculação ainda maior dos trabalhos com a agenda pública (MÜLLER, 2007, p. 49).

Segundo o relatório de gestão em 2009 do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Secretaria da Agricultura Familiar organiza sua atuação, desde 2007, a partir de quatro linhas específicas (BRASIL, 2009):

I - Redução da pobreza rural, por meio da intensificação de articulações entre as atuais políticas (acesso ao micro financiamento rural, Seguro Garantia- Safra, garantia de assistência técnica e extensão rural, apoio à comercialização/Programa de Aquisição de Alimentos, Programa de Produção e Uso de Biocombustíveis).

II - Segurança e soberania alimentar e nutricional, priorizando a continuidade e o aumento crescente da oferta de alimentos de boa qualidade, com valorização dos alimentos produzidos pela agricultura familiar e organização de sua produção.

III - Sistemas de produção sustentáveis, tratando de buscar políticas que estimulem mais intensamente a transição para sistemas de produção sustentáveis, como o Pronaf Sustentável.

IV - Geração de renda e agregação de valor, com a preocupação de apoiar a relação da agricultura familiar e o atual mercado, fomentando alianças estratégicas com o objetivo de fortalecer modelos e arranjos produtivos que possam promover a cooperação e concorrência com vistas a viabilizar as economias dos pequenos e médios empreendimentos rurais.

Com a compreensão de que estes temas devem ser enfrentados de maneira mais efetiva para que se possa avançar na promoção do desenvolvimento rural sustentável a partir da agricultura familiar, direcionamos nossas ações e atividades relativas ao fortalecimento da agricultura familiar para estes quatro eixos (Ministério do Desenvolvimento Agrário).

Para haver um melhor desenvolvimento da Agricultura Familiar existe

algumas políticas públicas criadas pelo governo, tais como: Programa de

Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Fortalecimento da

Agricultura Familiar (PRONAF), Seguro Safra, Programa Nacional de Alimentação

Escolar (PNAE), Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), Terra Legal,

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Programa Cadastro de Terra e Regularização Fundiária, Terra Forte, Programa Nacional de Produção e do uso do Biodiesel, Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (SUASA), (OLIVEIRA, 2013).

Juntamente com a emergência e o fortalecimento do debate sobre a agricultura familiar no Brasil e o esforço em demonstrar o seu tamanho em termos de área, uso da terra, tecnologias e pessoal ocupado, pouca atenção foi dada ao estudo de sua diversidade para além do enfoque econômico e produtivo (CONTERATO, 2010).

A agricultura familiar, vem ganhando importância no meio acadêmico.

Vários estudos, estão sendo realizados nas universidades brasileiras, como trabalhos de Abramovay, (2000), Brumer (2011), Carneiro (1999), Conterato (2010), Müller (2007), Oliveira (2013), Redin (2010), Ribeiro (2013), Schneider (2014), Tonneau (2005). O intuito é desenvolver as políticas públicas já existentes, e criar novas para melhor promover o desenvolvimento rural.

Os estudos sobre a agricultura familiar são recentes no Brasil, tem sido iniciados na década de 1990. Entre outras razões, o crescimento do interesse pelas formas familiares de produção foi motivado pelo surgimento do Pronaf. Os trabalhos sobre agricultura familiar nascem vinculados à agendas de políticas públicas, tendo conseguindo apenas uma independência relativa com relação a esta. No que diz respeito ás pesquisas sobre políticas públicas para a agricultura familiar, existe uma vinculação ainda maior dos trabalhos com a agenda pública (MÜLLER, 2007, p. 49).

O presente trabalho é texto descritivo e exploratório, que pretende mostrar as principais políticas públicas voltadas para a agricultura familiar. Para isso, será preciso, realizar uma revisão bibliográfica de autores que estudem tanto sobre a agricultura familiar, como também, as principais políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da agricultura.

Autores como, Abromovay (2000), Carneiro (1999), Tonneau (2005), Conterato (2010), Müller (2007) que trata da construção de políticas públicas para agricultura familiar, Oliveira (2013), Redin (2010), Ribeiro (2013) ilustrando as políticas públicas para a agricultura familiar. O autor Schneider (2003) que em seu trabalho estuda a Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Endógeno:

elementos teóricos e estudo de caso. Como em outro trabalho Schneider (2014)

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fala sobre Aspectos Multidimensionais da Agricultura Brasileira; diferentes visões do Censo Agropecuário 2006.

O livro de Leonardo Secchi (2014) faz um estudo e conceituação sobre as.

Políticas públicas: conceitos, esquemas de análise, casos práticos. Contribuindo assim, para o desenvolvimento do referente artigo. Todos os autores mencionados contribuíram para a construir a literatura do referente trabalho.

2 POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA A AGRICULTURA FAMILIAR

Para haver um melhor desenvolvimento da Agricultura Familiar existe algumas políticas públicas criadas pelo governo, tais como: Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), Seguro Safra, Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), Terra Legal, Programa Cadastro de Terra e Regularização Fundiária, Terra Forte, Programa Nacional de Produção e do uso do Biodiesel, Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (SUASA), (OLIVEIRA, 2013).

As políticas públicas voltadas para a Agricultura Familiar, tem como objetivo o desenvolvimento rural. Ou seja, contribuir para o desenvolvimento local das regiões em que essas políticas públicas estão inseridas. Como por exemplo o crédito rural, em que há um estimulo para os agricultores produzirem e se manter com a sua produção. Por meio das políticas públicas, é possível tanto desenvolver as localidades, como uma forma de acesso a renda (RIBEIRO, 2013).

As políticas públicas brasileiras para a Agricultura Familiar, instituídas a partir da década de 1990, se pautam na reprodução do processo histórico de desenvolvimento econômico do Brasil. Isto significa que tais políticas preconizam as formas de acesso à renda e as oportunidades de crescimento pelo viés da reprodução do capital, uma vez que não são modificadas as suas estruturas de exploração (RIBEIRO; DIAS, p. 2. 2013).

As políticas públicas são essenciais para haver um melhor planejamento,

desenvolvimento, uma boa gestão das políticas com o intuito de pôr em prática

determinadas ações. As políticas públicas passam por diversos estágios, uma

espécie de ciclo, mecanismo que organiza uma política pública em fases. A divisão

por etapas é uma espécie de esquematização da criação de uma política e

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compõe uma importante ferramenta teórica. Contudo, o processo descrito abaixo, nem sempre ocorre de forma sequenciada, apesar de que geralmente essas fases fazem parte em alguma etapa do processo construtivo da política.

As políticas públicas são, pois, mecanismos de intervenção e regulamentação estatal que além das distintas áreas de atuação assumem diferenciações conceituais que resultam em quatro grandes tipos, classificados a partir de seus impactos na sociedade, em conformidade com a tipologia de Lowi (1964), apresentada a seguir:

I) Distributivas – geram benefícios concentrados para alguns grupos de atores e custos para toda a coletividade;

II) Redistributivas – concedem benefícios concentrados para algumas categorias e implicam custos concentrados sobre outras categorias;

III) Regulatórias – estabelecem padrões de comportamento, serviço ou produto para atores públicos e privados; e

IV) Constitutivas – constitui-se por regras sobre os poderes, são aquelas políticas que definem as competências, jurisdições e regras do “jogo” (OLIVEIRA, 2013).

As políticas públicas atuam em três dimensões na macroeconômica, na regional e nas setoriais. Na macroeconômica envolve políticas salariais, comerciais, trabalhistas, fiscais, monetárias, etc. Na regional envolve desenvolvimento, polos regionais, sociais, etc. As setoriais envolve a agricultura, políticas ambientais e etc.

3 RESULTADOS

Como já mencionado antes, para haver desenvolvimento da agricultura familiar, o governo federal criou políticas públicas voltadas para implementação e elaboração para tal objetivo. Com isso, será mostrado quais são e para que serve as principais políticas públicas voltadas para a agricultura familiar.

As políticas públicas para a Agricultura Familiar são o Garantia Safra ou seguro safra, que é proposto a agricultores familiares de baixa renda e de municípios ordenadamente sujeitos a perda de safra por razão do fenômeno da seca ou excesso hídrico.

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF),

que é destinado para agricultores familiares, assentados da reforma agrária e

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povos e comunidades tradicionais, que podem fazer financiamentos de forma individual ou coletiva, com taxas de juros abaixo da inflação. Facilita a execução das atividades agropecuárias, ajuda na compra de equipamentos modernos e contribui no aumento da renda e melhoria da qualidade de vida no campo.

Os principais tipos do Pronaf são; Pronaf Custeio que financia atividades agropecuárias e de beneficiamento ou industrialização e comercialização de produção própria ou de terceiros agricultores familiares enquadrados no Pronaf.

O Pronaf Investimento (Mais Alimentos) que financia máquinas e equipamentos visando a melhoria da produção e serviços agropecuários ou não agropecuários, no estabelecimento rural ou em áreas comunitárias rurais próximas. O Microcrédito Rural onde atende os agricultores de menor renda.

Permite o financiamento das atividades agropecuárias e não agropecuárias, podendo os créditos cobrirem qualquer atividade que possa gerar renda para a família atendida.

O Pronaf Agroecologia financia investimentos dos sistemas de produção agroecológicos ou orgânicos, incluindo os custos relativos à implantação e manutenção do empreendimento. O Pronaf Mulher em que a linha oferecida especialmente para as mulheres. Financia investimentos de propostas de crédito, independentemente do estado civil da mulher. Pode ser usado para investimentos realizados nas atividades agropecuárias, turismo rural, artesanato e outras atividades no meio rural de interesse da mulher agricultora.

O Pronaf Eco o investimento para implantação, utilização ou recuperação de tecnologias de energia renovável, biocombustíveis, armazenamento hídrico, pequenos aproveitamentos hidroenergéticos, silvicultura e recuperação do solo.

Também tem o Pronaf Agroindústria no qual financia investimentos, inclusive em infraestrutura, que visam o beneficiamento, o processamento e a comercialização da produção agropecuária e não agropecuária, de produtos florestais e do extrativismo, ou de produtos artesanais e a exploração de turismo rural.

O Pronaf Semiárido, este financia projetos de convivência com o semiárido,

focados na sustentabilidade dos agroecossistemas, que priorizem infraestrutura

hídrica e implantação, ampliação, recuperação ou modernização das demais

infraestruturas, inclusive aquelas relacionadas com projetos de produção e

serviços agropecuários e não agropecuários, de acordo com a realidade das

famílias agricultoras da região Semiárida.

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O Pronaf Jovem: financia propostas de crédito de jovens agricultores e agricultoras com idade entre 16 e 29 anos. Os recursos são destinados à implantação, ampliação ou modernização de produção e serviços nos estabelecimentos rurais.

O Pronaf Floresta onde financia projetos para sistemas agroflorestais, como exploração extrativista ecologicamente sustentável, plano de manejo florestal, recomposição e manutenção de áreas de preservação permanente e reserva legal e recuperação de áreas degradadas.

O Pronaf Custeio e Comercialização de Agroindústrias Familiares:

destinada aos agricultores e suas cooperativas ou associações, para que financiem as necessidades de custeio do beneficiamento e industrialização da produção própria ou de terceiros.

Pronaf Cota-Parte onde financia investimentos para a integralização de cotas-partes dos agricultores familiares filiados a cooperativas de produção ou para aplicação em capital de giro, custeio ou investimento.

A Asistência Técnica e Extensão Rural (ATER), que é uma política pública que leva assistência técnica às propriedades rurais. Melhora os processos no trabalho e, consequentemente, a qualidade de vida dos agricultores.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que é uma política pública que garante o atendimento de populações em situação de insegurança alimentar e nutricional e promove a inclusão social no campo fortalecendo a agricultura familiar.

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), é uma política pública que prevê a compra de ao menos 30% dos alimentos provenientes da agricultura familiar para serem servidos nas escolas da rede pública de ensino.

O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) é outra política pública

da agricultura familiar que busca facilitar o acesso à terra e aumentar a renda dos

trabalhadores rurais. O PNCF financia a aquisição de imóveis rurais não passíveis

de desapropriação. Ele antecipa investimentos em infraestrutura básica,

estruturação da unidade produtiva e projetos comunitários de convivência com a

seca no Semiárido e de recuperação ambiental. Quem pode acessar esse

programa são trabalhadoras e trabalhadores rurais sem-terra, jovens rurais ou

agricultores com áreas insuficientes para a produção (mini fundistas).

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O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) é a segunda etapa de um programa amplo do governo federal para grandes obras de infraestrutura no País, promovendo desenvolvimento social e econômico. Dentro do PAC, o MDA atua na entrega de retroescavadeiras e motoniveladoras, às prefeituras de municípios com até 50 mil habitantes não localizados em regiões metropolitanas.

Além de caminhões-caçamba, caminhões-pipa e pás-carregadeiras para o Semiárido. Com isso, o Programa promove melhor escoamento da produção dos agricultores familiares e mais desenvolvimento e qualidade de vida na área rural.

O Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Animal (SUASA) é uma política pública da agricultura familiar que legaliza e acelera a implantação de novas agroindústrias. Os produtos de origem animal são inspecionados por qualquer instância do Suasa e podem ser comercializados no mercado formal em todo o território brasileiro, facilitando que as agroindústrias locais ampliem a comercialização de seus produtos.

O Programa Terra Legal assegura a titulação de propriedades de terras públicas federais na região da Amazônia Legal. Ele garante, ainda, o acesso dos proprietários dessas terras a políticas públicas de incentivo ao desenvolvimento rural e aos modelos de produção sustentável. O objetivo do programa é a meta é que imóveis de até 15 módulos fiscais desde que a área total não ultrapasse 1,5 mil hectares, ocupados antes de 1º de dezembro de 2004, na Amazônia legal, sejam regularizados.

O Programa de Cadastro de Terra e Regularização Fundiária tem como propósito garantir a permanência dos agricultores familiares na terra. Com isso, o MDA criou o Programa de Cadastro de Terras e Regularização Fundiária, que assegura juridicamente a posse do imóvel ao trabalhador do campo.

Para ser beneficiário do Programa, o agricultor deve ter posse de imóvel rural objeto da ação de cadastro e regularização fundiária ou ser pequeno posseiro. A prioridade de atendimento será nos locais de ocorrência de posses passíveis de titulação, incidência de apropriação indevida de terras, concentração de pequenas propriedades, bem como as áreas onde existam projetos de desenvolvimento territorial.

O Incra está dedicado a classificar as informações sobre a malha fundiária

brasileira, bem como aperfeiçoar o atendimento prestado ao público. Os dados

cadastrais sobre os imóveis rurais do País e o acervo em mapas, mantidos pelo

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Instituto, estão abertos à consulta por meio do endereço http://acervofundiario.incra.gov.br Inovações tecnológicas também agilizam e dão transparência a procedimentos e serviços oferecidos pela autarquia.

A política pública Terra Forte é um programa visa estimular e apoiar o incremento de renda nos projetos de assentamento por meio de atividades socioeconômicas sustentáveis, valorizando as características regionais, experiências e potencialidades locais. O programa destinará R$ 600 milhões para financiamento dessas ações até 2016. O recurso é destinado ao financiamento de projetos de cooperativas e associações que visem à implantação e modernização de empreendimentos coletivos agroindustriais em assentamento da reforma agrária. Podem se inscrever entidades representantes de coletivos e associações de famílias de trabalhadores rurais assentados pelo Incra.

O Programa Nacional de Produção e uso do Biodiesel (PNPB) é uma política pública que visa estimular a produção e o consumo de combustíveis que não sejam derivados de petróleo. Ele incentiva agricultores familiares a cultivar oleaginosas que possam ser utilizadas na produção desse combustível.

3.1 Apresentação dos dados da política pública do Pronaf e PAA Tabela 1

Fonte: (GRANDO e FERREIRA, 2013).

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A tabela 1 demostra o número de recursos aplicados do PAA no Brasil, como o número de famílias participantes no programa. É possível observar que o número de agricultores atendidos vem crescendo nos anos analisados na tabela acima. Isso por causa de incentivos do governo para a implementação dessa política pública.

Tabela 2

Fonte: (GRANDO e FERREIRA, 2013).

A tabela 2, ilustra o número de agricultores familiares, fornecedores do Programa de Aquisição de Alimentos, que atende grande número de escolas no Brasil em 2011.

Gráfico 1 - Crédito rural do Pronaf por ano fiscal (1999-2012). Valor financiado refere‐se a bilhões de reais.

Fonte: (OLIVEIRA E MATOS FILHO, 2014).

O gráfico 1 demonstra o crédito rural do Pronaf, em valor financiado em

bilhões de reais. Como é possível observar, o valor financiado do Pronaf vem

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ganhando proporção de crescimentos nos anos analisados no gráfico acima.

Grande parte dos agricultores familiares estão se cadastrando no programa, como também tendo acesso aos benefícios dessa política pública.

Gráfico 2 - Evolução dos recursos do Pronaf, por região geográfica (1999-2012)

Fonte: (OLIVEIRA E MATOS FILHO, 2014)

O gráfico 2 ilustra a evolução dos recursos do Pronaf por região do Brasil.

Sendo possível observar no gráfico acima que a região que mais ganhou recursos do Pronaf foi o sul. A região Sul tem o clima favorável para a agricultura.

Como também, terras férteis apta ao plantio.

Portanto, esta região é a que mais evoluiu essa política pública. Outra região que merece destaque é a Sudeste, pois, ocorreu uma evolução do programa, como demonstra o gráfico 2. O Nordeste, ocupa uma terceira colocação no crescimento do programa. O auge do Pronaf no Nordeste foi em 2006, como ilustra o gráfico.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, o presente trabalho trouxe a discursão sobre agricultura familiar

no Brasil. Alguns autores foram consultados para a formulação de ideias sobre o

meio rural. O referente artigo mostrou todas as políticas públicas voltadas para a

agricultura familiar no Brasil.

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Como também para que serve cada política pública, o garantia safra por exemplo, que tem como objetivo cobrir o prejuízo dos agricultores familiares com o período de estiagem. O PNAE que tem como objetivo que pelo menos 30% da alimentação escolar venha da agricultura familiar. Gerando assim, tanto um beneficiamento para os agricultores familiares que terão sua produção comprada e os alunos das escolas públicas que terão uma alimentação saudável.

O PRONAF que é um dos maiores programas de crédito que permite acesso a recursos financeiros para o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil. Cada política pública tem sua relevância para o desenvolvimento da agricultura familiar. Não beneficia apenas os agricultores familiares, mas também toda a população. Pois com políticas públicas de apoio e incentivo para os agricultores, eles irão produzir mais, consequentemente toda a população ganha com isso, pois está sendo produzido alimentos saudáveis.

A região que mais se destacou na política pública do Pronaf foi o Sul. Sendo uma região que possui grandes investimentos e terras férteis para o plantio. O Sudeste também vem se especializando no Pronaf, ocupando a segunda posição.

Em terceiro vem o Nordeste, na implementação dessa política pública.

REFERÊNCIAS

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BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Agrário. Políticas Públicas para a Agricultura Familiar. Brasília, 2013.

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