JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ
O que é Justificação pela Fé?
Se somos justificados pela fé, porque as obras?
Fé ou Obras, o que nos salva?
Justificação pela fé envolve união pessoal com Cristo e consequente morte para o pecado e ressurreição moral
para novidade de vida.
É a obra de Deus ao lançar a glória do homem por terra, e fazer pelo homem o que não lhe é possível fazer em seu
próprio poder.
Como poderia um Deus justo, justificar pecadores sem cometer injustiça?
Como podia Deus aplicar o castigo sendo misericordioso e
perdoar ao pecador sendo justo?
1 ) Para Deus, qual a base da justificação?
Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça, nos
tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna.
Tito 3:7
A justificação é a participação na vida eterna, no mesmo momento quando aceitamos Cristo como nosso Senhor e Salvador.
A justificação, no sentido do Evangelho, é o perdão gratuito
do pecador; é aceitá-lo como justificado por meio da justiça
de Cristo, recebida pela fé. Deus é bom para com o pecador
quando o justifica conforme o Evangelho, e é justo para
consigo mesmo e para com a sua lei.
2 ) Qual o meio que essa graça se torna proveitosa para o
pecador?
Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira de Deus por meio dele!
Romanos 5:9
“Sem derramamento de sangue não há remissão...”
Hebreus 9:22
Na morte expiatória de Cristo, Deus proveu o sacrifício
necessário, e pagou o preço requerido pela nossa
redenção. Portanto, se por um lado fomos perdoados, por
outro lado as exigências da justiça divina também foram
satisfeitas.
3 ) Como nos apossamos da justificação?
Pois sustentamos que o homem é justificado pela fé, independente da obediência à lei.
Romanos 3:28
O que a doutrina paulina ensina expressamente, é que nenhum mérito humano tem o poder de adquirir a justificação ou a salvação. É tudo realização divina. É algo grande demais para que o esforço humano possa alcançar.
A lei é útil para mostrar o nosso pecado, e para nos dirigir
ao futuro. Ainda que não possamos ser salvos por ela
como um pacto, a reconhecemos e nos submetemos a ela,
como regra na mão do Mediador.
4 ) Qual o único meio que os pecadores se tornam justos?
Sabemos que ninguém é justificado pela prática da lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela
prática da lei, porque pela prática da lei ninguém será justificado.
(KJ,NVI)
… o homem não é justificado por obras da lei...
Gálatas 2:16
Ninguém pode ser justificado pela prática e/ou obras da Lei;
somente pela fé em Cristo! Mas que Lei? Quando lemos o
contexto (versos 11-15), subentende-se que seja a lei
cerimonial. De qualquer forma, Paulo não deprecia a Lei,
mas argumenta contra usá-la como fundamento para nossa
aceitação diante de Deus, seja ela a moral ou cerimonial.
5 ) O que Abrão fez, que Deus imputou a ele justiça?
Levando-o (Abrão) para fora da tenda, disse-lhe: "Olhe para o céu e conte as estrelas, se é que pode contá-las". E prosseguiu: "Assim
será a sua descendência".
Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça.
Gênesis 15:5,6
Deus deu a Abraão a promessa de conceder-lhe um filho.
Os cristãos podem crer em Deus a respeito das preocupações cotidianas da vida; porém, a fé pela qual são justificados sempre se refere à pessoa e à obra de Cristo.
Abraão creu que Deus lhe prometera um descendente, e
nós cristãos cremos que Cristo é o descendente, que
ressuscitou dentre os mortos (Romanos 4.24-25) e pela fé
em seu sangue alcançamos o perdão dos pecados.
6 ) De onde procede essa justiça e o que é necessário
termos para conseguir?
E ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça
que procede de Deus e se baseia na fé.
Filipenses 3:9
Existe em Jesus Cristo uma justiça que foi preparada para nós, que é uma justiça completa e perfeita. Ninguém poderá ter o benefício dela se confiar em si mesmo.
A fé é o meio estabelecido por Deus, para solicitar o
benefício da salvação. E fé no sangue de Jesus Cristo!
7 ) Qual a diferença das obras para salvação e da fé como
justiça?
Ora, o salário do homem que trabalha não é considerado como favor, mas como dívida.
Todavia, àquele que não trabalha, mas confia em Deus que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça.
Romanos 4:4,5
O que nos salva? A fé ou as obras?
Se um homem pudesse realizar tudo o que a lei exige, a recompensa seria considerada como dívida. A fé de Abraão, lhe foi imputada por justiça. Quando nós cremos, "isto lhe é imputado por justiça"; a nossa fé não nos justifica como parte da justiça própria, seja esta pequena ou grande, mas como o meio designado de unirmos Aquele que escolheu o nome pelo qual devem chamá-lo: "Jeová Justiça nossa"!
(Jeremias 23:5-6)
8 ) Deus, é Deus de quem? Quem Ele justifica e de que
maneira?
Deus é Deus apenas dos judeus? Ele não é também o Deus dos gentios? Sim, dos gentios também,
visto que existe um só Deus, que pela fé justificará os circuncisos e os incircuncisos.
Anulamos então a lei pela fé? De maneira nenhuma! Pelo contrário, confirmamos a lei.
Romanos 3:29-31
Não existe dois Deuses, um Deus dos judeus e outro dos gentios.
Esse Deus Único irá justificar tanto o judeu como o gentio pela fé, e não pela lei, assim sempre foi e sempre será. Mas mesmo todos nós sendo justificados pela fé, a lei não pode ser anulada!
A lei, embora tivesse sido dada ao povo judeu, reflete o caráter do Juiz universal, que é também o Legislador e Juiz de todos nós, judeus e gentios.
9 ) Se eu sou justificado pela graça, por meio da fé, posso
permanecer no pecado?
Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente?
De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?
Romanos 6:1,2
O apóstolo é muito completo ao enfatizar a necessidade da santidade. Não a elimina ao expor a livre graça do Evangelho, mas mostra que a conexão entre justificação e a santidade é inseparável. O pensamento de continuar em pecado para que a graça abunde, deve ser rejeitado. Os crentes verdadeiros estão mortos para o pecado pelo batismo, portanto, não devem mais segui-lo. Ninguém pode estar vivo e morto ao mesmo tempo.
Néscio é quem, desejando estar morto para o pecado, pensa que pode viver nele.
10 ) Se “o justo viverá da fé”. Então para que as obras?
Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil?
Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar?
Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé.
Tiago 2:20,21,24
Não há maneira de mostrar que cremos realmente em Cristo, senão sendo diligentes em boas obras por causa do Evangelho e para os propósitos do Evangelho. Não se trata somente de conformar-se à fé, mas consentir com ela; não só de concordar com a verdade da Palavra, mas de concordar em receber a Cristo.
Crer verdadeiramente não é só um ato de entendimento, mas uma obra de todo o coração.
11 ) Para que serve a obediência e Quem está agindo em
nós?
Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas em minha presença, porém muito mais agora na minha
ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto
o realizar, de acordo com a boa vontade dele.
Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no
meio de uma geração corrompida e depravada...
Filipenses 2:12-15
Devemos nos ocupar em nossa salvação, porque é Deus quem a trabalha em nossa vida, através da santificação. Isto nos anima a fazermos o máximo possível, porque o nosso trabalho não será vão. A obra da graça de Deus em nós consiste em vivificarmos e comprometermos os nossos esforços.
Os filhos de Deus devem distinguir-se dos filhos dos homens.
Quanto mais perversos sejam os outros, mais cuidadosos devemos ser para que nos mantenhamos sem culpas e inocentes.
12 ) Quem será declarado justo e quando?
Porque não são os que ouvem a Lei que são justos aos olhos de Deus; mas os que obedecem à lei, estes serão declarados justos.
(...)
Isso acontecerá no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo, conforme o declara o meu
evangelho.
Romanos 2:13,16
Não há qualquer contradição entre a graça e as obras. Na realidade, quando são ambas expressas corretamente, são sinônimas, isto é, são duas maneiras diferentes de ver a mesma coisa. As obras são a salvação exteriorizada.
Um dia nossas obras serão julgadas e todos nós pela
“prática do bem” (Romanos 2:7,10) como obediência a Lei
de Deus, receberemos a vida eterna.
Disse Lutero: “Aprendei a conhecer a Cristo, e Ele crucificado.
Aprendei a cantar um novo cântico – a desesperar de vossas obras, e a clamar a Ele: Senhor Jesus, Tu és minha justiça, e eu o Teu pecado. Tomaste sobre Ti o que era meu, e deste-me o que Te pertencia; o que não eras Te tornaste, a fim de que me pudesse tornar aquilo que eu não era.”
História da Reforma, de d’Aubigné, vol. 2, cap. 8.
Por João Carvalho | (83) 9.9610.8514 https://www.facebook.com/Revelações de Jesus Cristo