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ANÁLISE DOS JOGOS LOGÍSTICOS DESENVOLVIDOS NO BRASIL

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ANÁLISE DOS JOGOS LOGÍSTICOS

DESENVOLVIDOS NO BRASIL

Maria Eduarda Correia Pedrosa (IFRN )

eduardapedrosamecp@gmail.com

Alice Beatriz Pimenta Oliveira de Sá (IFRN )

alice.beatriz.pimentta@gmail.com

Giselly de Medeiros Santos da Silva (IFRN )

gisellymssilva2@gmail.com

Maria das Vitorias Maximo de Macedo (IFRN )

vitoriamaximo29@gmail.com

Marcus Vinícius Dantas de Assunção (Instituto Federal do Rio Grande do Norte )

marcus.assuncao@ifrn.edu.br

A incessante intensificação da atual tecnocracia competitiva e exigente no mercado, fomenta a necessidade de adoção a meios dinâmicos de difusão de conceitos e práticas da logística empresarial. Nesse contexto, os jogos logísticos surgem coomo mecanismo di

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1. Introdução

A sociedade tem passado por transformações sociais e culturais nas últimas décadas, modificando os padrões sociologicamente aceitos. Os cidadãos têm se mostrado mais exigentes e conhecedores dos processos sociais nos quais estão inseridos, provocando quebras de paradigmas na política, religião, esportes, economia e tecnologia. Os tempos passam, contudo, a necessidade da população em edificar seu conhecimento sobre bases sólidas de cultura e sabedoria não adormece, mas cresce a cada tempo (ASSUNÇÃO, 2013).

Esse conhecimento potencializa a dinâmica dos mercados e suas expectativas quanto à expansão e desenvolvimento das áreas tecno-científicas no conjunto de cadeias logísticas. Torna-se então necessários meios práticos capazes de preparar o indivíduo para essa nova tecnocracia competitiva, promovendo uma assimilação objetiva dos principais conceitos da Logística no âmbito empresarial. Um dos métodos utilizados para a integração do binômio teoria x prática é a aplicação de jogos que simulem a gestão da tomada de decisão na cadeia de suprimento.

No entanto, essa ferramenta estratégica, apesar de existir desde a década de 50, segundo Areno (2003) não é tão habitual no Brasil quanto deveria, não colaborando, portanto, para o desenvolvimento da logística brasileira, já prejudicada pelo baixo nível de investimentos e capacitação profissional, comprometendo o progresso em diversas esferas da economia nacional.

A Logística Empresarial é uma das áreas da Engenharia de Produção que vem garantindo a redução dos custos totais das empresas no mundo inteiro a fim de tornar os produtos mais competitivos no mercado. Por isso tem ganhado grande importância dentro da economia brasileira. Apesar de não haver estatísticas confiáveis, alguns autores estimam que os custos logísticos brasileiros estão na faixa dos 20% do PIB, enquanto nos EUA são na ordem de 9,9% (NOVAES, 2001).

Todavia, essa metodologia dinâmica para difusão da logística empresarial configura-se, em sua maioria, uma tática “para inglês ver”, devido à falta de aderência das características da logística brasileira no desenvolvimento e aplicabilidade dos jogos, assim sendo, Bonocielli Jr.

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e Lopes (2008) observam que muitos dos jogos logísticos utilizados no Brasil são adaptações de jogos importados de outros países, que possuem contextos diferentes do Brasil. Posto isso, verifica-se a necessidade de agregar os défices da logística brasileira aos jogos logísticos, levando-se em consideração os modais disponíveis, as cidades com localização e rotas estratégicas, valores de mercado que se aproximem da realidade, entre outros conceitos que um gestor inserido no contexto nacional precisa dominar para realizar o processo de tomada de decisão.

Assim sendo, o presente trabalho tem opropósito de analisar os jogos logísticos produzidos no Brasil, apresentando suas funções juntamente com um parecer sobre a inserção das carências brasileiras no que tange o setor pátrio de desenvolvimento logístico.

Ao assumir o potencial dos jogos como instrumento dinâmico de ensino aprendizagem, uma vez que o aprendizado via leitura rende em amplitude, enquanto esse instrumento ganha em profundidade de conhecimento, pois como Miyashita (2003) afirma que a experiência pessoal é muito mais marcante e é fundamental no exercício de atividades gerenciais. Portanto, faz-se necessário atestar a real cooperação da prática dos jogos logísticos brasileiros.

2. Revisão Bibliográfica

2.1. Logística

Em 2011, o Council of Supply Chain Management Professional (CSCMP) definiu a logísticacomo processo de planejamento, implementação e controle de procedimentos para o transporte e armazenamento eficiente e efetivo de bens, incluindo serviços, e informações relacionadas do ponto de origem até o ponto de consumo, com a finalidade de atender às necessidades do cliente. Essa definição inclui movimentos de entrada, saída, internos e externos.

Christopher (1997) ressalta o potencial que um bom gerenciamento da Logística tem para auxiliar a alcançar tanto a vantagem em custo/produtividade como a vantagem em valor. O grande desafio é manter vantagens competitivas duradouras num mundo em constante mudança

Dentro desse contexto, um grande fator de competitividade para estas empresas tem sido uma correta gestão de sua cadeia logística. Os executivos, que no início visualizavam o potencial da demanda por serviços de comércio eletrônico, agora têm de investir em recursos adequados para atender tal demanda. Esse investimento deve contemplar aspectos materiais e

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tecnológicos, mas, sobretudo, a capacitação do pessoal de gerenciamento da cadeia logística (MIYASHITA, 2003).

Perante as definições apresentadas, é possível concluir que a logística empresarial é uma área ampla que manifesta um grande potencial para progredir, visto que é a esfera responsável pela gestão de toda a cadeia de suprimento, que corresponde a ferramenta capaz de influenciar todo o sistema produtivo. E por isso, carece de um cenário com os devidos investimentos.

2.2. Jogos Logísticos

Os jogos buscamretratar – de forma simplificada – arealidadecomplexadasempresas, delimitando algumasvariáveis trabalhadas e restringindo o impactode outras no modelo. Dessa forma, procuram simularo ambiente empresarial, colocando os jogadores diante desituaçõessimilaresàquelasvividas pelosexecutivos em sua rotina de trabalho. São métodos alternativos de treinamento de executivose possuemalgumasvantagensemrelação aosmétodos tradicionais, como o treinamentono exercício de um cargoespecífico. Usualmente,os jogos auxiliamno processo de ensino-aprendizagemdos empregados, possibilitammaiorintegração entreas pessoas – incitando a colaboração em equipe – e são muito maiseconômicos no tempo de aprendizado, pois empequenoespaço de tempo conseguemtransmitiruma grandequantidadede conceitos. Alémdisso, possuem a vantagem de não comprometera operação normal da empresa, uma vez que são realizados geralmenteemumambiente independente e isolado (CARLSON; MISSHAUK, 1972;KOPITTKE, 1989;MIYASHITA, 1997;SCHAFRANSKI, 2002;ROSAS; SAUAIA, 2006; ARCANJO; CARVALHO; VIEIRA, 2009).

Segundo Bernard (2006) a simulação, como metodologia de ensino, centraliza a aprendizagem nos problemas apresentados ao estudante que analisa as possibilidades que podem ser adotadas e decide qual utilizar para resolução do problema em foco, responsabilizando-se em grande parte pelo seu próprio ensino. A simulação traz situações do cotidiano de uma organização e/ou do mercado em que se está inserida, desta forma os estudantes, com base em informações que lhes são repassadas, tomam decisões em condições próximas aos reais.

A nova tecnocracia em que estamos inseridos está cada vez mais exigente quanto a oferta de métodos que aprimorem a habilidade de diagnóstico. Wilhelm (1997) definiu os jogos de empresas como ferramentas que têm a mesma estrutura do jogo simulado, isto é, possuem regras claras e bem definidas, presença de espírito competitivo, possibilidade de identificar

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vencedores e perdedores, ludicidade, fascinação e tensão. Porém, o jogo simulado atua além disso, ele permite que os jogadores coloquem em prática suas habilidades técnicas relacionadas à área empresarial, adiantando a prática profissional a partir de um meio lúdico, realizando sequências de interações proporcionadas pelo jogo simulado. O autor comenta ainda sobre o fato de os jogos de empresas estruturados serem sistemas simulados contendo diversas atividades essenciais a uma empresa, envolvendo eventos relativos à produção, distribuição e consumo, permitindo ao grupo vivenciar situações que envolvem a aplicação de conhecimentos e técnicas de acordo com um objetivo determinado, em períodos de decisão consecutivos.

De acordo com Pessoa e Marques Filho (2001), a interação em um jogo de empresa,proporciona ao participante a capacidade de analisar o processo de riscos ou prejuízospara uma tomada de decisão, seja ela mercadológica, administrativa ou qualquer outro tipode decisão. Estas práticas de simulações permitem a realização de estratégias competitivassem a geração riscos ou prejuízo para uma organização real.

3. Metodologia

A pesquisa é de cunho qualitativo, e foi produzida a partir de análises dos jogos brasileiros já existentes, a fim de demonstrar o comprometimento dos jogos logísticos brasileiros em se tornarem um mecanismo de ensino aprendizagem no campo da logística na cadeia logística de suprimentos. Com o propósito de maximizar a eficiência da pesquisa, dividiu-se em etapas, que estão ilustradas na Tabela 1.

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Fonte: Autores (2019).

Todas as etapas foram desenvolvidas a partir de pesquisas em livros, materiais técnicos disponíveis, sendo o Google Acadêmico e a Revista produção Online os meios mais consultados. As palavras-chave usadas para a realização da pesquisa foram “Jogos logísticos”, “Jogos empresariais”, “Logística”.

Os jogos analisados no presente artigo estão inseridos em um recorte temporal de 1982 até o ano de 2011.

4. Resultados e discussões

De acordo com Martins (2002), a logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informações, desde a fonte fornecedora até o consumidor final, priorizando sempre a eficiência e a eficácia.

Frente às dificuldades de conduzir o mercado competitivo, a logística surge como um mecanismo favorável a todas as etapas de produção. Aliada a isso, os jogos e simuladores aplicados ao âmbito empresarial também cumprem um importante papel na minimização dos custos, pois presta suporte na construção de estratégias visando melhores decisões. Juntamente a isso, Caldas(2003) afirma que enormes quantias podem ser economizadas com uma melhor administração e tomadas de decisão dentro das cadeias logísticas.

De acordo com Azeredo (2006), todo jogo de empresa está baseado num modelo de simulação específico ao qual retrata, na medida do possível, características físicas, sociais, técnicas e

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econômicas de uma determinada empresa e do ambiente que a envolve. Diante do exposto, a Tabela2contém um levantamento de jogos logísticos brasileiros, seus respectivos autores e ano de criação, suas descrições e as subáreas que os mesmos abrangem.

Tabela 2–Jogos Logísticos Brasileiros

Nome do jogo Autor e ano Descrição Componentes da área

LOG Miyashita (1997)

Trata de um jogo de empresas sobre logística empresarial que buscam simular o ambiente empresarial, colocando os jogadores frente a situações similares as quais os executivos passam em suas rotinas. Os jogos dispõem de economia no tempo de aprendizagem, utilizam recursos computacionais mais avançados, envolvem etapas de decisão e percorrem diversas áreas de uma empresa, o jogador se sente realmente inserido no ambiente empresarial Marketing, Programação da Produção, Transportes, Gestão de Estoques, Compras, Armazenagem, Suprimento/Forneciment o LOGSIM Cavanha Filho (2000)

Um simulador para treinamento em logística, focalizando o “trade-off” estoques x transportes. Formulação de problemas, inserção nas questões empresariais, localizando o tema no contexto da logística de suprimentos e propondo o desenvolvimento do fluxo logístico atrelado a cadeia produtiva Compras, Suprimento/Forneciment o, Programação da Produção, Fluxo de produtos Jogo da cadeia de suprimentos Cunha e Lima (2004)

Visa atender uma maior atuação em termos de dinâmica de grupo e metodologia vivencial. O primeiro passo é a representação física da cadeia de suprimentos em sala de aula, representando as entidades principais da cadeia de suprimentos (Fabricante, Distribuidor, Atacadista e Varejista) Gestão de Estoques, Transportes, Fluxo de Informação, Fluxo de Produtos LOG IN Ornellas (2005)

Uma análise comparativa entre os principais modelos de referência em logística empresarial existentes na literatura a respeito sobre as melhores práticas concernentes à tomada de decisões logísticas. São traçados os conceitos de simulação e jogos, suas inter-relações, características e importância enquanto método de ensino. A apresentação de melhores práticas é, então, utilizada para nortear a concepção das principais características. Os resultados obtidos

Marketing, Programação da Produção,

Transportes, Gestão de Estoques, Compras, Fluxo de produtos

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enquanto instrumento capaz de criar um ambiente dinâmico de

aprendizagem Jogo da logística Georges

(2009)

Simula o planejamento e a operação de distribuição de produtos dos centros de distribuição aos clientes. Seu objetivo é caracterizar uma situação detalhada competente para exigir dos jogadores a aplicação de conceitos da gestão empresarial

programação da produção, transporte, armazenagem, marketing e fluxo de produtos Jogo de planejamento da produção e controle de estoques Pinheiro (1982)

Um jogo que acerca de problemas de estoques em termos de

posicionamento frente ao planejamento da produção e da otimização do uso de recursos de uma determinada empresa gestão e estoques e programação da produção LOG AVANCED

Ilos (2011) Uma versão avançada do jogo LOG, que dá ênfase ao conceito de logística integrada, buscando oferecer ao jogador uma perspectiva dos principais trade-offs entre as funções logísticas. Explora o conceito de custos total, estimulando os jogadores a desenvolverem estratégias focadas nos resultados finais das empresas que são lucro e Market-share.

marketing, programação da produção, transportes, gestão de estoques, compras, armazenagem e suprimento/fornecimento Jogo da cadeia de prestação de serviços Favaretto (2009)

É um jogo manual que retrata os mecanismos de informações e como isso auxilia na organização e controle de demanda da cadeia de prestação de serviços, empresas como hotel, restaurante e empresas de transporte.

Gestão de Estoque/ Sistemas de informações/ Gestão Empresarial e estratégia BR LOG Bouzada (2012)

É um jogo de empresas que retrata a Logística Empresarial com foco para as carências brasileiras. Ele busca imitar realidade do Brasil e

mostrando distancias reais de forma simplificada e didática tratando de problemas mais frequentes e rotineiros Transportes, Gestão empresarial e estratégias, Custos, Produção, Marketing GAME F61 Orlandeli (2001)

O jogo trata-se de uma análise de um ambiente imaginário de negócios, em que os

Jogadores podem praticar

planejamento e a tomada de decisão nos altos escalões de gerenciamento das empresas, envolvendo todo o processo logístico de produção, podendo haver influências do mercado por variações econômicas e sazonais Programação da produção, Gestão Empresarial e Estratégias GELOG GELOG- UFSC (2003)

Trata-se de um simulador que retrata uma indústria têxtil e possibilita representar o fluxo de materiais e informações resultante da interação entre as empresas clientes e fornecedoras Programação de produção, Gestão de Estoque, Fluxo de produção, Transportes, Serviço ao cliente, Compras

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GI-LOG Vieira Filho, Matos, Guedes, Diniz e Diniz Junior (2008)

O Jogo foi planejado para inserir o participante em um ambiente empresarial simulado, e, através do processo contínuo de tomada de decisões e análise dos resultados, promover o desenvolvimento de habilidades gerenciais Marketing, administração de materiais, Administração da produção, Administração financeira, Gerenciamento contábil e distribuição física IEG BEER GAME Viságio (2011)

Um jogo virtual onde os participantes são divididos em equipes que administram, cada uma, um elo diferente de uma cadeia de suprimentos composta por Varejo, Revenda, Distribuidor e Fábrica. Cada equipe é responsável por receber a carga, atender a demanda, fazer novos pedidos ao fornecedor e controlar os níveis de estoque de seu elo Políticas de gestão, custos, Gestão de estoque, atendimento ao cliente INTERPLANNI NG GAME

Ilos (2011) Um jogo virtual onde cada equipe assume a gestão de uma empresa e disputa com as outras nos mesmos mercados com o mesmo produto. Enquanto diretores da empresa, cada equipe deve tomar decisões de suprimentos, produção, distribuição e marketing, buscando se diferenciar das demais e maximizar seu lucro através de um excelente desempenho operacional e do alinhamento estratégico

Logística integrada, Serviço ao Cliente, Planejamento de Curto e Longo Prazo, Análise de Indicadores, Planejamento Colaborativo da Demanda LOG ADVANCED

Ilos (2011) Os jogadores são inseridos em um ambiente altamente competitivo. Divididos em equipes, eles devem administrar empresas que concorrem nos mesmos mercados com o mesmo produto. Para se diferenciar dos concorrentes, a equipe deve buscar a excelência operacional através de um bom planejamento e de decisões alinhadas ao posicionamento estratégico Logística integrada, Planejamento da Demanda, Custos Logísticos, Gestão de capacidade e planejamento da produção, Trade-off entre custo e serviço, Definição de uma estratégia comercial

GI - MICRO Kopittke

(2001)

O jogo apresenta um diferencial de apresentar imprevistos durante sua prática, como aumento da taxa de juros, ações

governamentais e do sindicato dos trabalhadores Marketing, Programação Da Produção, Gestão de Estoques, Fluxo de Informação, Compras, Fluxo de Produtos Fonte: Autores (2019).

É possível notar que apesar de serem brasileiros, os jogos e simuladores analisados abordam em sua maioria, problemas gerais da cadeia logística gerais, não incluindo, portanto, os défices do cenário logístico brasileiro. Porém, é importante ressaltar a amplitude do jogo BR-

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LOG no que diz respeito os aspectos nacionais,uma vez que é capaz simular distâncias, custos aproximados à realidade, e contratempos presentes na realidade dos prestadores de serviços logístico.

Para a construção dos resultados expostos na Figura 1 e da Tabela 3, foram adotados como parâmetro as Subáreas Logísticas da APEBRO, com o objetivo de classificar cada jogo e quantificar as subáreasatendidas nos jogos, afim de observar quais delas são mais aplicadas. As subáreas de acordo com a Associação Abrasileira de Engenharia de Produção correspondem a: Gestão de Estoques Gestão da Cadeia de Suprimentos, Logística Empresarial, Projeto e Análise de Sistemas Logísticos e Transportes e Distribuição Física

Tabela 3 – Catalogação dos jogos a partir das subáreas abrangentes

Fonte: Autores (2019).

A construção dos dados presentes na Figura 1está ilustrada passo a passo na Tabela 4.

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Fonte: Autores (2019)

A partir da análise dos dados descritos na Figura 1, pode-se observar que igualados em 27%, a Gestão de Estoques e a Gestão da Cadeia de Suprimentos são às subáreas logísticas mais atendidas pelos jogos catalogados na presente pesquisa, os quais apresentam também Projeto e Análise de Sistemas Logísticos como a subárea incidida e outras demais com aplicação mediana como a Gestão Empresarial que representa 18% de utilização.

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Fonte: Autores (2019).

5. Conclusão

Os jogos logísticos são mecanismos capazes de potencializar a logística, podendo promover além da adesão de importantes conceitos da área, ser utilizado como recurso de capacitação profissional. Contudo, apesar de já haver um acesso considerável a uma gama de jogos, as produções brasileiras são apenas meras adaptações, que não abordam as reais necessidades da cadeia logística no Brasil.

Bouzada(2012) salientou a importância de trabalhar com o real cenário brasileiro, pois, segundo ele, é mais importante para um executivo brasileiro verificar se é viável transportar matéria-prima de trem de Belém para Brasília ou se compensa economicamente abastecer de produtos acabados uma cidade de tão difícil acesso como Manaus, do que saber quanto custa transportar, de caminhão, um produto do “mercado 12” para o “mercado 27”.

Além do mais, é possível constatar a partir da Figura 1o descaso dos autores em proporcionar ao jogador a experiência de diagnóstico, competência crucial para o desenvolvimento do senso empresarial do indivíduo.

Portanto, é lícito afirmar que há poucos jogos empresariais na área de Logística e que a inovação é uma subárea pouco desenvolvida no campo educacional da gestão logística.

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6. Referências

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