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GESTÃO DE ENERGIA A EXPERIÊNCIA DO SANEAR DE RONDONÓPOLIS - MT

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GESTÃO DE ENERGIA

A EXPERIÊNCIA DO SANEAR DE RONDONÓPOLIS - MT

AUTORES:

1. Neyde Ferreira Leão - – Enga civil, Inst. de Tec. de Gov. Valadares/1981, especialista Eng. Sanitária pela UFMG - 1985, Dir. Adj.- SAAE- Gov. Valadares - 2001/2002; Dir. Téc. EMASA -Itabuna-2002/2003; Dir. Geral do SAAE- Alagoinhas-2003/2004; Dir.Técnica.do SANEAR – Rondonópolis/2005. Rua Dom Pedro II, 1210 – B. Caixa D’Água - Rondonópolis-MT- 78700 -220. Tel.: (66) 3902-1176 – Fax: (66) 3902-1176

e-mail: neydeleao@sanearmt.com.br

2. Dalton Monteiro Virgílio – Apresentador - Engo civil, formado em 1997 pela UFV – Univ. Federal de Viçosa – MG, Dir. Técnico do DAE Rondonópolis - 2001, Eng. Adj. da COOMSER a partir de 2002. Gerente da CERPEE – Comissão de Eficiência e Redução de Perdas de Energia Elétrica do SANEAR – 2006.

3. Luciano Koichi Kanashiro – Engo civil, formado pela Universidade Federal de Uberlândia/MG em 2002. Ingressou no SANEAR em 2006 através de concurso público no cargo de Engenheiro Civil.

4. Katiúcia de Sousa Santana – Cooperada da COOMSER – Coop. Mista de Bens e Serviços de Rondonópolis.

Palavra chave: gestão de energia – eficiência energética – controle e redução de perdas

DECLARACAO

Declaramos submetermo-nos as normas estabelecidas por este regulamento. Rondonópolis, 24 de abril de 2007.

(2)

GESTÃO DE ENERGIA – A EXPERIÊNCIA DO SANEAR DE RONDONÓPOLIS MT

INTRODUÇÃO

Nas companhias de saneamento os projetos de eficiência energética estão intimamente ligados aos programas de controle e combate às perdas de água e, desta forma, devem ser gerenciados estabelecendo plena comunicação sobre todos os processos operacionais. Isto porque os custos com energia elétrica situam-se, geralmente, em torno de 40% do faturamento destas empresas. Ocorre que, deste percentual, 25% da energia se perde por ineficiência dos equipamentos instalados. Em janeiro de 2005 a despesa do SANEAR – Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis – MT com energia elétrica representava 37% da sua arrecadação, o que implicava na redução da sua capacidade de investimento. Este trabalho de Gestão de Energia, visando a EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, desenvolvido no SANEAR, busca reduzir os gastos com energia elétrica através do gerenciamento das contas de consumo, por meio de ações administrativas e ações de investimento, adotando a integração entre todos os processos operacionais. Dentre as ações administrativas podemos citar o refinamento dos contratos junto à concessionária (REDE/CEMAT), revisão no dimensionamento dos equipamentos instalados, a desativação de unidades consumidoras, entre outros trabalhos. As ações de investimento implicam em custos e que visam à economia de energia, como à aquisição de equipamentos, materiais ou acessórios, até mesmo a aquisição de equipamentos para a substituição dos instalados, desde que seja detectado qualquer disfunção ou ineficiência destes. Tudo com o intuito de se determinar o melhor ajuste para cada unidade consumidora de acordo com as suas reais necessidades de produção.

OBJETIVOS

- Estabelecer ações prioritárias para monitorar e definir procedimentos de trabalho administrativo e operacional para que os custos com energia elétrica sejam racionalizados de acordo com a demanda de consumo dos equipamentos instalados nas unidades operacionais, onde será avaliada também a eficiência e o redimensionamento destes;

(3)

QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR QUANT FAT KWh R$ KWh R$ KWh R$ KWh R$ KWh R$ KWh DIAS

CONSUMO

FORA DE PONTA PONTA FORA DE PONTA PONTA PONTA

ATIVO REATIVO PLUS

ULTRAP. NA PONTA PLUS CONTRATO

NÚMERO LOCAL

TARIFA TIPO

QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR QUANT FAT QUANT FAT QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR

KWh R$ KWh R$ KWh KWh KWh R$ KWh R$ KWh R$ KWh R$

DEMANDA

CONTRATADA FORA PONTA

ATIVA REATIVA

CONTRATADA PONTA REG. FORA PONTA REGISTRADA PONTA ULTRAPASSADA EXCEDENTE

FORA DE PONTA PONTA FORA DE PONTA PONTA

FATOR DE POTENCIA ENCARGOS DE CAPCIDADE EMERGENCIAL ILUMINAÇÃO OUTROS IMPOSTOS VALOR CALC. PIS ICMS COFINS REGISTRADO AVISO COS Ø R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ m³ KW/m³ PROD. DE ÁGUA CONSUMO ESPECÍF.

VALOR DA

CONTA DIFERENÇA

- Promover a obtenção de recursos próprios para re-investimento, através da redução obtida pela implantação do programa;

- Adquirir equipamentos modernos e eficientes;

- Engajar os técnicos da empresa na procura de soluções; - Criar uma filosofia de gestão energética;

- Promover a capacitação profissional de todos os envolvidos;

- Criar a Comissão de Eficiência e Redução de Perdas em Energia Elétrica;

- Criar a visão sistêmica operacional, interligando as ações da Comissão de Eficiência em Energia Elétrica com a operação dos sistemas de bombeamento (água e esgoto).

METODOLOGIA

O projeto de gestão de energia iniciou-se em abril de 2005, com as seguintes ações: 1. Capacitação da Alta Direção, através da participação no Seminário de

Eficiência Energética (8 horas), Procel/Eletrobás, realizado em Cuiabá, em abril/2005;

2. Capacitação do Diretor administrativo/financeiro, Diretora Técnica, engenheiros, técnico em pitometria, técnico eletro-mecânico, em cursos de Eficiência Energética, com carga horária de 40 horas, do Procel/Eletrobrás, ministrado através de convênio com a ABES;

3. Elaboração de uma planilha, para cada unidade operacional, com todos os dados constantes na conta de energia elétrica fornecida pela concessionária, acrescida dos dados de produção de água (m³) e do consumo específico (kwh/m³), conforme o exemplo a seguir:

(4)

4. O lançamento dos dados de todas as unidades operacionais, a partir de janeiro de 2004, para possibilitar uma visão mais amplas da situação de cada unidade, permitindo, assim, adotar as ações que se faziam necessárias; 5. Divisão das ações a serem realizadas em administrativas, de investimento e

operacionais;

6. Avaliação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, elaborando as concepções dos respectivos sistemas, dentro de uma visão estratégica de eficiência energética e melhoria operacional, priorizando a ampliação da captação de água bruta superficial, o que permitirá o abastecimento de água por gravidade, após algumas intervenções, desativando unidades de poços subterrâneos.

7. Adoção de ações administrativas tais como:

a. Alteração do tipo de contrato de algumas unidades operacionais com a concessionária;

b. Revisão e ajustamento dos contratos das unidades operacionais junto à concessionária, visando à adequação de demanda, tensão, e utilização da unidade no horário de ponta;

c. Constituição da CERPEE - Comissão de Eficiência e Redução de Perdas de Energia Elétrica responsável pelo gerenciamento das contas de energia de todas as unidades operacionais;

d. Integração entre as ações da Comissão e dos setores responsáveis pela operação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário (estações elevatórias);

e. Elaboração do macrofluxograma e fluxograma de procedimentos para a padronização de processos operacionais;

f. Contratação de engenheiro eletricista para melhor gerenciamento das ações do Programa;

g. Inserção do Projeto de Eficiência Energética no Programa de Redução de Perdas e Eficiência Energética, com implantação de Planejamento Estratégico;

8. Adoção de ações de investimento:

(5)

b. Aquisição de bancos capacitores, para correção do fator de potência de algumas unidades operacionais (investimento até o presente momento de R$ 18.000,00 - dezoito mil reais);

c. Aquisição de timer digital;

d. Recuperação e substituição dos equipamentos da Captação de Água Bruta, modernizando o sistema, com ampliação em 40% da produção; e. Recuperação de reservatórios visando paralisar o funcionamento do

sistema de bombeamento no horário de ponta;

f. Elaboração de projetos de eficiência energética (recuperação de elevatórias do sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário), visando a recuperação dos sistemas e a automação dos mesmos;

g. Contratação de consultoria para diagnóstico das unidades operacionais do sistema de saneamento;

h. Ampliação da capacidade de reservação;

i. Ampliação do atendimento do sistema de abastecimento de água; j. Implantação do Programa de Macro e Micromedição;

9. Adoção de ações operacionais:

a. Substituição dos bancos capacitores para correção do fator de potência;

b. Paralisação do sistema de bombeamento da captação de água bruta, no horário de ponta, devido a maior eficiência dos equipamentos instalados;

c. Paralisação de parte do sistema de bombeamento da ETA, devido à ativação dos reservatórios recuperados, no horário de ponta;

d. Desativação de cinco unidades operacionais do sistema de captação subterrâneo;

e. Ajustamento e monitoramento dos timers digital, para paralisação no horário de ponta;

(6)

FLUXOGRAMA DO PROCESSO

RECEBIMENTO DAS CONTAS DE ENERGIA ELÉTRICA PELA CONTABILIDADE CARREGAMENTO DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE CONTAS DE ENERGIA ENCAMINHAMENTO

DAS CONTAS ATÉ A CERPEE A UNIDADE CONSUMIDORA TEM CONTRATO HORO-SAZONAL

?

DEMANDA CONTRATADA ESTÁ NIVELADA COM O CONSUMO

?

S

N

S

N

OS VALORES E AS TARIFAS DE CONSUMO ESTÃO DE ACORDO

?

S

N

SOLICITAR INFORMAÇÕES JUNTO À CONCESSIONÁRIA

INÍCIO – Data zero

IDENTIFICAR A CAUSA DA VARIAÇÃO

3

(7)

M Ê S

CONSUMO

S

N

É NECESSÁRIO SOLICITAR UM NOVO CONTRADO DE DEMANDA

?

1 2 CONTACTAR A CONCESSIONÁRIA PARA ATUALIZAÇÃO DO CONTRATO

S

N

FATOR DE POTÊNCIA DENTRO DO ESPERADO

?

GERAR ORDEM DE SERVIÇO PARA VERIFICAÇÃO TÉCNICA NA UNIDADE CONSUMIDORA RECEBIMENTO DAS INFORMAÇÕES DE CAMPO

S

N

EXISTE CONSUMO EM HORÁRIO DE PONTA

?

ANALISAR GRAFICAMENTE AS CONTAS DE ENERGIA QUE APRESENTEM VARIAÇÕES ACENTUADAS DE CONSUMO,

DEMANDA OU QUAISQUER OUTROS DADOS.

3

ESTA ANÁLISE CONSISTE EM AVALIAR A PRODUÇÃO DA

UNIDADE CONSUMIDORA FRENTE À PRODUÇÃO DE ÁGUA,

OBSERVANDO O RENDIMENTO DOS EQUIPAMENTOS, SEU DIMENSIONAMENTO, SUA ÁREA DE ATENDIMENTO E RECURSOS

ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS PARA A ADEQUAÇÃO DOS MESMOS OU

SUBSTITUIÇÃO POR OUTRO EQUIVALENTE COM MENOR CUSTO DE ENERGIA POR

PRODUÇÃO. EMITIR PARECER TÉCNICO

SOBRE ESSAS ANÁLISES

ENCAMINHAR PARECER A DIRETORIA TÉCNICA AUTORIZANDO O PAGAMENTO

ENCAMINHAR AS CONTAS PARA

O PAGAMENTO

FIM

(8)

ATIVO REATIVO

PONTA FORA DE PONTA PONTA

QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR QUANT FAT VALOR

(9)

ULTRAPASSADA EXCEDENTE

FORA DE PONTA PONTA FORA DE PONTA PONTA QUANT

(10)
(11)

A paralisação de quatro unidades operacionais (P11, P15, P19, P35), proporcionando uma redução de 6,78% de Kwh e de 6,4% no valor da conta mensal (R$ 28.548,65);

A ativação de dois reservatórios (600 m3) proporcionou a paralisação de parte do sistema de bombeamento da ETA melhorando as condições de abastecimento de água.

A substituição dos bancos de capacitores danificados proporcionou a eliminação do consumo de energia reativa de 4,7% kwh.

CONCLUSÕES/RECOMENDAÇÕES

Com os resultados obtidos até o presente momento pudemos comprovar a necessidade da implantação da gestão de energia no serviço de saneamento, pelo fato de representar um percentual significativo nas despesas (40%), o que constitui um fator limitante para a capacidade de investimento, e devido ao resultado financeiro que proporciona, além das melhorias das condições operacionais.

O gerenciamento das contas deve ser contínuo, aprofundando-se as ações à medida que o trabalho for se desenvolvendo.

BIBLIOGRAFIA

TSUTIYA, M. T. Abastecimento de Água. Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. 2ª Edição. 2005. TSUTIYA, M. T. Redução do Custo de Energia Elétrica em Sistemas de Abastecimento de Água. ABES. Capítulo Nacional da AIDIS. São Paulo. 2ª Edição. 2001.

Referências

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