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Os esquemas de Bach e o caminho de retorno à unidade

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Academic year: 2021

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Os esquemas de Bach e o caminho de retorno à unidade

IV Congresso SEDIBAC de Terapia Floral - 2013 Jordi Cañellas tsvaj@yahoo.es

Ao longo do meu trabalho com a assinatura vegetal (Cuaderno Botánico de Flores de Bach. 2008. Ed. Integral-RBA. Barcelona), em particular no aprofundamento na assinatura das flores de Bach, estive lendo todos os materiais relacionados com esta terapia que foram caindo nas minhas mãos, que não foram poucos. Nesta busca exaustiva, encontrei um maravilhoso livro em inglês de Julian Barnard: Form and Function.

Já quase no final do livro encontrei dois tesouros inesperados: dois esquemas das essências florais realizados, se crê, pelo próprio Bach.

O primeiro, um esquema circular com os 19 primeiros remédios. O segundo, um esquema especular (em forma de espelho) que relaciona os 19 primeiros remédios com os 19 remédios mais espiritualizados, que Bach preparou na sua segunda etapa como elaborador. Em nenhum dos livros que afirmam conter os escritos completos de Bach se podia encontrar e, portanto, isto era inacessível ao público de língua espanhola.

Sabemos que Bach não deixava rastro da informação que não estava seguro, ou sobre o que já considerava obsoleto, segundo sua filosofia de cura, sempre em evolução

O simples fato de que no final de sua vida Bach não queimou esses esquemas nos poderia levar a pensar: 1) que não teve tempo de revisar mais a fundo seus esquemas e os deixou como conhecemos. Seriam eficazes segundos seus conhecimentos de então das funções dos remédios; ou 2) Ele achou-os interessantes e úteis. Talvez uma pista póstuma para aqueles que seguiram suas pesquisas florais. Em ambos os casos, esses esquemas, porque são os únicos deixados por Bach dos quais temos provas, têm um grande valor. Podem, além do interesse que eles têm em si mesmos, fornecer-nos algumas informações na prática terapêutica ou uma melhoria da compreensão das essências florais? A resposta é sim.

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2 Me atreveria a dizer que Bach, nesses esquemas, condensou a totalidade de seu conhecimento floral e, deixando de lado sua filosofia, através do esquema, ele conseguiu sintetizar seu sistema terapêutico.

Apesar dos muitos elaboradores florais que existem no mundo e que estão contribuindo com a riqueza das milhares de essências que se preparam para o bem de todos, em nenhum caso se pode apreciar que essas essências conformam um sistema em si.

As Flores de Bach são, por enquanto, o único sistema completo e fechado que conheço. As 12 tipologias do trabalho de personalidade, as 12 lições da Alma de uma forma específica e com os 7 auxiliares e as flores mais espiritualizadas, formam um conjunto, configurando muitos caminhos que iriam de aspectos pessoais aos transpessoais.

Os 7 Auxiliares

No centro de todas as flores está Wild Oat (que Bach transcreve como OAT). Se lemos OAT em sentido inverso, lemos TAO e o que é TAO? De acordo com a Wikipedia: “Na antiga China, esta palavra começou a ser usada habitualmente com um significado mais espiritual e filosófico para se referir ao Caminho da Natureza ou Caminho dos Céus. Os ensinamentos de sábios como Lao-Tsé e Confúcio pregavam o abandono de nosso próprio caminho para seguir, em seu lugar, o Grande Caminho. “

Pode ter relação com Wild Oat, que ajuda a encontrar o caminho, a missão na vida? É apenas uma coincidência que Bach não transcreva totalmente o Nome da planta? É uma pista a seguir? Eu não sei, nem vou saber, mas é verdade que as coincidências são causalidades ainda não compreendidas. Encontrar a missão da vida era, para Bach, a chave para a felicidade e a saúde do ser humano.

A importância que Bach dá para conhecer e seguir a própria missão, deriva provavelmente, de que apesar de ter sido desenganado pelos médicos, ele continuou com o caminho que a sua alma ditou, o que adiou sua morte em 19 anos e permitiu-lhe desenvolver sua filosofia e encontrar as Essências Florais que nos acompanham em nosso caminho da evolução. Ele provou em si mesmo os benefícios de seguir a sua própria intuição até o fim. Quando ele percorreu o caminho que sua alma ditou, ele foi curado. Ele aprendeu a lição e não permitiu que nada ou ninguém distorcesse seus esforços, encontrando duas flores que ajudaram ao longo do caminho: uma, Wild Oat, que facilitaria a descoberta do itinerário vital de cada um um; outra, Walnut, que permitiria seguir o caminho encontrado apesar das interferências que as opiniões que os entes queridos criam em nós.

Assim, no centro do esquema de florais para a personalidade, encontramos Wild Oat, que nos lembra a importância central de encontrar nossa missão na vida.

O que nos faz feliz, o que é natural em nós e que faz sentido para a nossa alma Wild Oat nos ajuda a encontrar.

Os 12 curadores e os 6 auxiliares restantes convergem em Wild Oat.

Independentemente da tipologia a que pertencemos e da lição da vida que temos que aprender, devemos encontrar nossa própria maneira de desenvolvê-la. Será expressando o que nos torna únicos, que encontraremos nosso caminho e seremos felizes pela oportunidade de fazê-lo. Todas as flores de personalidade estão no propósito de nos ajudar a conseguir isso.

Também é interessante que Wild Oat pertence à família de gramíneas, plantas monocotiledôneas que contribuíram para a evolução humana do Paleolítico para o Neolítico.

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3 Em todos os cantos do mundo, as diferentes culturas que se desenvolveram se diversificaram graças ao cultivo de cereais em larga escala e à possibilidade de armazenamento. Arroz no Oriente, milho na América, trigo no Oriente Médio e no Mediterrâneo, juntamente com centeio, aveia e cevada.

Curiosamente, ao estudar as essências que os diferentes processadores prepararam com espécies desta família, podemos apreciar alguns aspectos comuns. As essências de gramíneas nos ajudam a encontrar nosso caminho, o significado de nossa vida, o lugar na Terra ou o espaço dentro do grupo, limpando padrões do passado que impedem percorrer o caminho traçado pela alma. Eles nos ajudam a recuperar o controle de nossas vidas.

Do Tao à dualidade

E do Tao (entendido como Unidade) emerge a dualidade (Yin e Yang). No esquema de Bach aparecem duas essências que podemos relatar como complementares. Bach nunca as preparou, mas pediu a alguns amigos dele que as elaborassem na Itália e na Suíça. Se tratam de Olive e Vine. Ambas são flores com grande tradição entre os povos do Mediterrâneo. Olive representa energia, força, capacidade de regeneração. Vine representa a habilidade de romper com as próprias fronteiras e se abrir mais facilmente para outros, aumentando a capacidade de ouvir.

Olive é uma planta associada à Terra e seria eminentemente feminina se não fosse por causa das flores de onde obtemos uma essência extremamente enérgica, Yang, fortemente Yang. Suas flores têm estames gigantes e metade das flores da árvore são hermafroditas, enquanto a outra metade é masculina. Assim Olive serve para aportar Yang para estados ou personalidades demasiadas Yin ou com um Yang cansado.

Vine é uma trepadeira que sobe alto, sujeitando-se fortemente à vizinhança para subir e tem uma grande pressão interna para alcançar seus ideais. É uma planta manifestamente Yang. A flor, por outro lado, tem estigmas muito, muito grandes. Os estigmas são a parte feminina da flor que entra em contato com o pólen. A essência Vine aporta Yin para as personalidades ou estados excessivamente Yang.

Ambas as flores se destacam por apresentar um dos sexos de tamanho exagerado. Isso pode dizer mais forte, mas não mais claro. Eles fornecem Yang ou Yin, conforme necessário.

Da dualidade aos 4 elementos

Neste aumento progressivo da complexidade floral (e universal no mesmo tempo), Yin e Yang se combinam em diferentes proporções para formar os 4 elementos. Na tradição chinesa, os elementos não são 4, mas 5. Seguimos a tradição grega que supõe que tudo é composto de 4 elementos: fogo, ar, terra e água.

O Yang puro seria Fogo, que em Bach é representado por Gorse. O Yin puro seria Água, representado por Rock Water.

A combinação de Yin e Yang em uma certa proporção resultaria em Terra (mais Yin do que Yang), encarnada por Oak nos auxiliares de Bach.

Se o domínio entre Yin e Yang cair do lado do último, o ar é formado, representado por Heather.

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4 Cada um desses 4 primeiros auxiliares elaborados por Bach corresponde a um dos 4 elementos e ajuda a compensar a falta de tal elemento na personalidade.

Assim, Gorse é o fogo que aquece e evapora o excesso de água emocional de Agrimony, Mimulus e Rock Rose (veja a figura 2).

Oak é a Terra que ajuda a resolver as tipologias mais voláteis, como Cerato, Scleranthus e Clematis (veja a figura 2 ).

Rock Water ajuda no fluxo de tipologias que são muito rígidas e reduz o excesso de fogo que os domina. Este é o caso de Water Violet, Impatiens e Vervain (veja a figura 2).

E, finalmente, Heather é o ar que permite que você se eleva além das tipologias muito condicionadas pelo apego à terra como Centaury, Gentian e Chicory (veja a figura 2).

O diagrama final de Bach. As 38 essências florais. Da dualidade à Unidade

Bach comentou que a aplicação dos seus segundos 19 remédios seria muito mais fácil, uma vez que cada um dos novos correspondeu a um dos primeiros 19. Este esquema completo que Bach deixou parece realmente especular, nos mostra estas correspondências entre remédios mais espiritualizados e remédios para a personalidade.

Também sabemos que estes segundos 19 ele denomina mais espiritualizados. Por quê? Realmente não esclarece o motivo desse termo em nenhum dos seus escritos encontrados até o momento.

Podemos arriscar que as diferentes formas de preparação das essências e a numerologia associada ao sistema de Bach nos permitiria obter, a partir de essências preparadas por fervura ou solarização, uma informação sutilmente diferente.

Sabemos que o esquema Bach completo distingue claramente as essências de personalidade e as essências mais espiritualizadas, separando-as por uma linha central.

Ao mesmo tempo, é um esquema especular em que as flores para a personalidade têm um reflexo nas mais espiritualizadas. Essa seria a correspondência que se associar aos comentários do próprio Bach em uma carta que ele escreve em 1 de Julho de 1935, na qual ele diz: “A prescrição desses novos remédios será muito mais simples do que parecia em princípio, porque cada um deles corresponde a um dos 12 Curadores ou aos 7 auxiliares.”

Ao longo dos meses, usando todo o conhecimento de que a assinatura me faculta e os estudos de numerologia, do hemisfério dominante, do predomínio de Yin ou Yang e o elemento preponderante entre os 4 elementos, tentei comprovar essas relações especulares do esquema de Bach. Este estudo aprofundado me leva a apresentar os resultados que espero sejam úteis a nível de treinamento e terapêutico e também místico, gostaria de acrescentar.

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Figura 2

O que eu proponho na seguinte interpretação do esquema completo de Bach, tem suas raízes na leitura de uma introdução básica ao Curso de Milagres de Kenneth Wapnick. Neste livro, se postula a origem da separação do Todo ou Deus. É da crença de que dessa separação real, aparece a culpa, medo e o ódio. Ao ler este livro, observei como havia uma ótima correspondência entre os passos e as consequências da alegada separação e as essências que Bach chamou de mais espiritualizadas. Ao tratar-se de uma correspondência tão grande decidi mostrar-lhe este esquema através de Um Curso em Milagres.

Na verdade, essa interpretação nos mostra com ênfase por que Bach classificou as segundas 19 como mais espiritualizadas.

E se, por trás dessas essências, um código estivesse escondido para nos ajudar a compreender a necessidade de libertação do ego e facilitá-la?

Como em Um Curso em Milagres, Bach acredita que tudo é mental. A origem de doenças também é mental e mesmo as emoções são baseadas nas crenças que temos sobre o mundo. Portanto, a origem das emoções, conflitos e doenças (física, emocional e mental) é a mente, e com ela temos que trabalhar, para poder passar de uma mente caótica para uma mente saudável.

E se os 19 mais espiritualizados, além de trabalharem estados específicos que podemos nos encontrar, nos dê uma pista sobre o que deve ser mudado em nossa mente?

Vamos começar a interpretação deste esquema de cima para baixo, na ordem contrária à descoberta de essências. De certa forma, Bach começa descobrindo as essências mais polares, da personalidade, que é o primeiro passo evolutivo.

Neste primeiro passo, a personalidade deve ser equilibrada, aplicando a virtude que dissolve o defeito que a acompanha. Bach descobre flores de personalidade porque seu treinamento homeopático já dá enorme importância ao caráter para aplicação dos seus

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6 remédios. Talvez também porque são as essências que você precisa forma pessoal em seus estágios iniciais. De certa forma, e em nível psicológico, a personalidade é o que temos de mais denso e essa densidade deve ser tratada para sutilizá-la e que haja uma maior entrada de luz no ser, coberto com os tecidos do ego.

Quando você aplica as essências, percebe que os primeiros 12 ou 12 curadores são às vezes insuficientes. Não só é importante aplicar a virtude e equilibrar a personalidade, mas que essa personalidade deve encontrar um foco transcendente, a missão de sua vida. Esta missão, por definição, deve ser uma forma de serviço à humanidade. É mais do que um simples trabalho, uma vocação na qual você está feliz servindo os outros de seus dons e habilidades. É trabalho, e é serviço. É o status positivo que chamamos de Wild Oat e que todas as personalidades, à sua maneira própria, devem se concentrar. Para desempenhar esta missão, as personalidades devem fluir e para isso às vezes você precisa de essências muito poderosas que aportem uma informação sutil que facilite a harmonia da pessoa. Essas essências são os 7 Auxiliares.

Com a personalidade em equilíbrio dinâmico e o objetivo de sua vida claro, parecerá que tudo está bem. Mas então, Bach encontra 19 essências a partir de suas experiências e sofrimentos pessoais. As essências que ferve e que são usadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem, que, em um momento ou outro da vida, somos todos. Essas 19 mais espiritualizadas nos parecem como essências transpessoais que qualquer personalidade pode servir e assim é. Porém o que não tínhamos percebido é que essas essências simbolizam a origem de tudo o que existe, é dizer das 12 personalidades (encarnações dos 12 Princípios Cósmicos) e os 7 elementos de acompanhamento (o Yang, o Yin, o Tao, o Fogo, o Ar, a Terra e a Água; os 7 auxiliares).

As 19 mais espiritualizados são as essências de origem das quais partem as outras. São os princípios que geram personalidades.

As 19 mais espiritualizados originam as 12 personalidades, ou 12 formas de ver o mundo, e os 7 auxiliares são essências que são regidos pelos elementos primários e que permitem libertar as personalidades de seus próprios vínculos e seus desequilíbrios estagnados.

Em ordem de criação destes estados psicológicos, primeiro encontraríamos as 19 mais espiritualizas que dariam origem às segundas, ou 12 curadores e, finalmente, para os 7 auxiliares que iriam intervir prontamente como assistentes das personalidades.

Bibliografia

Barnard, J. 2002. Form and Function. Flower Remedy Programme. UK. Cañellas, J. 2008. Cuaderno botánico de flores de Bach. Integral-RBA. Barcelona. Cañellas, J. 2010. Las flores de Bach para la personalidad. Chakras, principios cósmicos y evolución espiritual. Auto-editado. Barcelona.

Cañellas, J. 2012. Las flores de Bach + espiritualizadas. Los chakras, los esquemas de Bach y sus aplicaciones terapéuticas. Auto-editado. Barcelona.

Foundation for Inner Peace. Un Curso de Milagros.

Wapnick, K. Una introducción básica a Un Curso de Milagros. El Grano de Mostaza. Barcelona.

Referências

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