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A APLICABILIDADE DOS CONSELHOS ESCOLARES E OS DESAFIOS PARA FOMENTAR, DE FORMA DEMOCRÁTICA, A GESTÃO DA EDUCAÇÃO NO CIEP 351 MIN. SAL. FILHO.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

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A APLICABILIDADE DOS CONSELHOS ESCOLARES E OS

DESAFIOS PARA FOMENTAR, DE FORMA DEMOCRÁTICA, A

GESTÃO DA EDUCAÇÃO NO CIEP 351 MIN. SAL. FILHO.

Michel Tavares Dias da Silva – Nova Iguaçu – mix.eltavares@gmail.com – UFF/ICHS

Resumo

Este relatório técnico tem o objetivo de observar uma instituição estadual de educação no que se refere à baixa participação da comunidade local e escolar no direcionamento efetivo de sua gestão. A escola, situada no município de Nova Iguaçu, localiza-se em uma área rural de difícil acesso, mas apesar desta dificuldade, conta com um amplo quadro discente. Seu Conselho Escolar, formado no ano de 2015, é muito recente e carente de informações, experiências e ferramentas que possibilitem a efetiva participação nas decisões que orientam as ações e aplicação dos recursos humanos e financeiros direcionados à instituição. Lançando mão de ferramentas aplicadas na Gestão, o presente relatório buscará obter resultados mediante observações, propondo medidas para que a instituição alcance índices satisfatórios de gestão democrática na unidade educacional alvo do relatório técnico.

Palavras-chave: Gestão Democrática; Conselho Escolar; comunidade escolar. 1 – INTRODUÇÃO

São notórios os esforços realizados em prol da democratização das políticas públicas de educação. Cronologicamente, a Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996) e o Plano Nacional de Educação (2014) são exemplos concretos do empenho convergente na consecução deste objetivo. Carvalho (2004) afirma que nas escolas cuja gestão, o acesso e todas as orientações que promovam a melhoria da educação devem se fundamentar em princípios democráticos e sociais, fortificando a promoção de uma cultura democrática no seio escolar. Neste arcabouço de ações que alcançam as esferas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, políticas vêm se desenvolvendo fortemente e, dentre estas ações, a proposição dos Conselhos Escolares, ou seus similares, às unidades escolares públicas, são, teoricamente, as iniciativas mais coerentes para que estes objetivos de democratização do ensino sejam alcançados.

Os Conselhos Escolares são órgãos representativos compostos por segmentos distintos da comunidade escolar. A portaria SEEDUC/SUGEN nº 529, de 24 de março de 2015, estabelece procedimentos para a realização da consulta à comunidade escolar para escolha dos membros dos conselhos escolares. De acordo com esta portaria, são considerados membros da comunidade escolar: os servidores membros do magistério público lotados na unidade escolar; os servidores do quadro administrativo lotados na unidade escolar; os alunos efetivamente matriculados na unidade escolar; e os pais ou responsáveis por alunos matriculados na unidade escolar. Ficando cada um destes quatro núcleos caracterizados como “segmentos”.

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2 Estes conselhos são constituídos pelos seguintes quantitativos: o Diretor da unidade escolar, na qualidade de membro nato; quatro integrantes do “segmento professor”, sendo dois titulares e dois suplentes; quatro integrantes do quadro administrativo, sendo dois titulares e dois suplentes; quatro integrantes do “segmento alunos”, sendo dois titulares e dois suplentes; e quatro responsáveis por alunos, sendo dois titulares e dois suplentes. Os membros do conselho são escolhidos mediante processo consultivo voltado à comunidade escolar. A estes membros são determinados mandatos de dois anos, sendo permitida uma recondução por igual período. Dentro dos conselhos há a escolha do Presidente, do Vice-Presidente e do Secretário do conselho. Ao Diretor da unidade escolar é vedado ocupar o cargo de Presidente do conselho. O mandato do conselheiro escolar não é remunerado, porém constitui função de grande relevância social, bem como de transparência e controle social da gestão.

A principal função dos conselhos é garantir a participação da comunidade escolar na gestão administrativa, financeira e pedagógica do ensino nas unidades escolares a que sejam integrantes.

Dentro deste cenário é válido questionar: até onde vai a contribuição dos conselhos na gestão escolar? Até onde a participação dos conselhos escolares influencia no cotidiano da comunidade escolar? Assim, o tema do relatório, bem como a instituição de ensino, foram escolhidos em função do autor do presente relatório ser servidor do quadro administrativo e presidente do conselho escolar da referida unidade escolar. Este trabalho tem o objetivo de verificar a atuação do supracitado conselho escolar e sua baixa atuação em benefício dos anseios da comunidade escolar e local, promovendo os princípios da igualdade, da liberdade e do pluralismo dentro das escolas. Segue, orientado por trabalhos ligados ao tema, buscando fundamentos que apontem pontos a serem trabalhados e desenvolvidos no intuito de promover uma atuação mais significativa em benefício da democratização da gestão escolar.

2 – APRESENTAÇÃO DO CASO

O Estado do Rio de Janeiro, situado na região sudeste da República Federativa do Brasil, além do oceano atlântico tem como limites os estados do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Ocupa uma área aproximada de 43.700 km2, porém detém uma população estimada de 17,1 milhões de habitantes. (Fonte: IBGE/2018).

Este ente federativo possui Poder Judiciário, Legislativo e Executivo. O Poder Executivo possui, atualmente, 17 secretarias, sendo uma destas a Secretaria de Educação. A Secretaria de Educação, com jurisdição sobre todo o território estadual, é responsável pela execução da política estadual de educação, buscando elevar o patamar de cultura da sociedade contribuindo com uma escola pública democrática e de qualidade. A Secretaria de Educação possui em sua estrutura 14 Regionais Administrativas e Pedagógicas. Uma destas é a Diretoria Regional Metropolitana I, encarregada de administrar o município de Nova Iguaçu. A Metropolitana I é responsável por 127 escolas, sendo uma destas escolas, a que será objeto do presente relatório técnico: o CIEP 351 Ministro Salgado Filho. (Fonte: SEEDUC RJ/2018)

O CIEP 351, localizado no município de Nova Iguaçu, no bairro da Grama, está inserido em uma comunidade rural, onde seu perfil socioeconômico é de baixa renda. Existem

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3 carências nas áreas de transporte, urbanização, lazer, e saneamento básico, mas apesar destas mazelas há participação, respeito e certa interação entre escola e comunidade. Por meio de levantamentos aos membros mais antigos da comunidade, chegou-se à conclusão de que o bairro foi formado ao longo do desmembramento de fazendas existentes no local. Em virtude do bairro da Grama ter sofrido por longo tempo, carente de escolas, o perfil etário dos discentes é avançado, em relação à série em que se encontram. Contudo, esta disparidade vem retrocedendo com o passar dos anos, mas ainda há diversos casos que se enquadram na situação relatada acima.

Outro ponto negativo, percebido na comunidade, é o aumento da violência. São frequentes e crescentes os episódios de assaltos e mortes neste bairro tão desprovido de ações públicas, sejam no tocante à saúde, à segurança e à educação.

Fundado em 1994, ainda sob a gestão do então Governador Leonel Brizola, a Escola Estadual CIEP 351 Ministro Salgado Filho atende alunos nas turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. A partir do ano 2013, iniciou-se a oferta do ensino médio regular na unidade escolar. As tabelas abaixo darão uma visão panorâmica do perfil dos discentes assistidos nesta unidade educacional.

Tabela 1 – Números da situação demográfica do CIEP 351/ 2016 Números da Unidade Escolar em 2016

Legenda Total Percentual

Total de Aprovados 498 75,11

Total de Aprovados com dependência 51 7,7

Reprovados por baixa frequência 52 7,84

Reprovados por baixo rendimento 62 9,35

Abandono 0 0

Total de alunos matriculados 663 100,0

Fonte: Secretaria Escolar (2016)

Tabela 2 – Números da situação demográfica do CIEP 351/ 2017 Números da Unidade Escolar em 2017

Legenda Total Percentual

Total de Aprovados 496 74,92%

Total de Aprovados com dependência 51 7,7%

Reprovados por baixa frequência 33 4,99%

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Abandono 0 0%

Total 662 100,0%

Fonte: Secretaria Escolar (2017)

Operando em dois turnos diários, a entidade possui Diretor Geral, Diretor Adjunto, Coordenação Pedagógica, Secretaria Escolar, Departamento pessoal, Corpo Docente e Quadro de funcionário de Apoio Administrativo. O organograma abaixo ilustra a organização administrativa da unidade escolar.

Organograma 1 – Organização Administrativa da Entidade

Fonte: Elaborado pelo autor.

O corpo docente conta com uma equipe de mais de 40 profissionais de educação atuando diretamente em diferentes áreas do conhecimento humano. A unidade escolar conta com 15 salas de aula, laboratório de informática, quadra poliesportiva, campo de futebol, biblioteca, sala de leitura, sala de vídeo, auditório e refeitório.

O prédio precisa de uma pintura para revitalizar o aspecto visual da unidade escolar; das 15 salas de aula, 11 necessitam de reparos em suas portas e em todas há carência de iluminação; o laboratório de informática, apesar de bastante conservado, não possui conexão com a internet; a quadra poliesportiva, local muito utilizado na unidade escolar, carece de pontos de iluminação, pintura e equipamentos necessários à prática de esportes; a biblioteca está mal conservada e apresenta infiltrações nas paredes; o fenômeno do absenteísmo dos alunos prejudica o rendimento global da unidade. No geral, em quase todos os ambientes da estrutura escolar necessitam de atenção, manutenção elétrica, estética e estrutural para melhor atender a comunidade.

De todos os problemas o mais relevante é a carência de iluminação. Esta dificuldade reverbera em todos os ambientes da referida escola. Não há nenhum ponto de iluminação na quadra poliesportiva; no pátio da escola existem pouquíssimos pontos de iluminação; nas

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5 salas, como já relatado, há grande carência de iluminação e este problema fica mais evidente no turno vespertino, pois há certo receio quanto ao trânsito dos alunos, tanto em determinados locais nas dependências da unidade, quanto em seu entorno, somado ao aumento da violência no bairro, causam apreensão na Direção da unidade escolar e nos responsáveis dos discentes que estão matriculados no turno vespertino oferecido pela escola.

2.2- O CONSELHO ESCOLAR

Com a finalidade de promover a democratização da gestão escolar, os conselhos escolares são partes integrantes da estrutura escolar encarregados de zelar pelo bom funcionamento da escola, de sua manutenção e, concomitantemente, acompanhar as ações dos dirigentes escolares. Mesmo com a previsão da gestão escolar na Carta Magna de 1988 e posteriormente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, datada de 1996, ambas dando previsão da gestão democrática de ensino, somente no ano de 2014, com o Decreto Estadual nº 44.773 de 06 de maio de 2014, que foram criados os conselhos escolares na estrutura das entidades educacionais da Secretaria de Estado de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Segundo este mesmo Decreto, o conselho escolar possui funções consultivas, propositivas, mobilizadoras e fiscalizadoras.

Na unidade educacional o conselho foi formado em meados do ano de 2015. Somente com a orientação da Portaria SEEDUC nº 529, estabelecendo os procedimentos de consulta à comunidade escolar, que foi formado o conselho escolar da unidade educacional alvo do estudo. A Portaria estabelece que o conselho seja formado: pelo Diretor da escola; quatro integrantes do corpo docente; quatro integrantes dos servidores do quadro de apoio administrativo; quatro representantes dos alunos, devidamente matriculados; e quatro representantes dos responsáveis por alunos devidamente matriculados na unidade educacional, ficando determinado que em todos os segmentos haja dois titulares e dois suplentes. Estes membros do conselho são direcionados para mandatos de dois anos, podendo este mandato ser prorrogado por igual período.

O conselho escolar do CIEP 351 realiza reuniões mensais na escola. As reuniões são iniciadas com a presença do Diretor da unidade e no mínimo quatro membros dos segmentos da comunidade escolar. Deliberam-se, nestas reuniões, temas de relevância educacional e administrativas que possibilitem a melhoria dos aspectos tangíveis e intangíveis, percebidos por toda comunidade escolar. Todos os membros do conselho têm voz ativa para abordar temas do cotidiano escolar que careçam de atenção, melhorias ou elogios, porém esta liberdade argumentativa e propositiva não é usufruída em sua totalidade, possibilitando em muitas vezes o simples acolhimento, por parte da maior parcela dos membros do conselho, de temáticas propostas pelos gestores da unidade escolar.

A função de conselheiro não pode ser remunerada, porém seu exercício constitui serviço de relevante interesse público. Dentro de um panorama de precariedade e quase descaso do Poder Público, torna-se recíproco o desinteresse por parte de alguns membros do conselho escolar. A comunidade escolar, representada pelo seu conselho, tem um papel de relevante contribuição educacional e social, mas tais atribuições não se convertem, na prática, em efetiva contribuição à unidade escolar. Não obstante as adversidades do cotidiano escolar, nas reuniões direcionadas ao conselho escolar, são quase que habituais o baixo quórum

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6 observado, potencializando ainda mais o abismo entre a participação da comunidade escolar na fiscalização, nas decisões e na sua efetiva contribuição para elevar o patamar educacional dos que mais necessitam: os alunos. Diante dos desafios encontrados na referida unidade escolar é que se apresenta o cerne do presente trabalho. Sabendo-se que os Conselhos Escolares são órgãos consultivos com representação de diferentes segmentos da comunidade escolar e detém o poder de influenciar as decisões que transformam a vida escolar e como a escola é percebida por toda a comunidade, questiona-se: Como o Conselho Escolar pode e deve auxiliar, por meio da influência argumentativa na gestão escolar, para sanar ou minimizar os problemas encontrados pela gestão escolar?

3 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 – DISPOSITIVOS LEGAIS RELACIONADOS

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 206, fundamenta a base legal de criação dos conselhos escolares, dissertando em seu inciso VI que a gestão democrática do ensino será um dos princípios orientadores do ensino público. A questão central é estabelecer um enfrentamento ao desafio de construção de uma gestão democrática e que esteja em consonância com a criação de uma educação autônoma, participativa e que resulte em uma cidadania emancipadora.

Já a Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), reitera a importância da gestão democrática, afirmando que esta democratização será personalizada na figura dos conselhos escolares ou seus equivalentes. Este dispositivo legal é mais preciso ao enfatizar a importância dos conselhos na estrutura das escolas a que pertençam, determinando que:

Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Na sequência dos dispositivos legais há a Lei 10.172 de 9 de janeiro de 2001, conhecida como Plano Nacional de Educação (PNE). Este plano estabelece prioridades e objetivos orientadores das políticas nacionais de educação para o período de dez anos, havendo destaque para a democratização do ensino mediante a participação dos profissionais de educação, da comunidade local e da comunidade escolar, assim como a descentralização da gestão, o fortalecimento escolar, a autonomia escolar e a participação da sociedade na gestão da educação.

3.2 - GESTÃO DEMOCRÁTICA

A palavra gestão deriva de “gerere”, grosso modo: carregar, exercer, levar sobre si. Geralmente é empregada para determinar o gerenciamento ou a administração de organizações. A “demokratía”, união entre demos (significando povo) e kratos (significando

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7 poder), ambos de origem grega, ficou estabelecido como sendo o sistema político que reconhece a cada indivíduo a potência de participar dos assuntos públicos. No campo da gestão pública o entendimento é semelhante, porém neste segmento há especificidades próprias atreladas à legislação pertinente, aos servidores, ao orçamento e a outras ramificações características da área pública, de acordo com Nascimento (2017).

No segmento educacional, gerir democraticamente, implica a participação dos atores que compõem a comunidade interna e a comunidade externa à escola. Esta simbiose entre estas comunidades tem sua representação nos conselhos escolares, ficando a cargo da escola, mais precisamente de seus gestores, fomentarem esta formação. Werle (2003) descreve os Conselhos Escolares como sendo órgãos encarregados de participarem da tomada de decisão nas unidades escolares. Completa que, aos conselhos, através da capacidade argumentativa, cabe influenciar as decisões proporcionando autonomia administrativa e difundindo a gestão democrática nas unidades a que pertençam. A gestão democrática e participativa surge em meio a um cenário de precariedade das instituições públicas de ensino, onde houve a tentativa de descentralizar a responsabilidade por problemas que há muito contribuem com uma educação pública de pouca qualidade.

A escola, na qualidade de espaços de formação cidadã, deve evoluir. Tornando-se um espaço democrático e transparente, onde a coletividade tenha a primazia de suas escolhas respeitadas.

Prioritariamente os Conselhos Escolares são organismos inseridos na realidade escolar com atribuições de natureza meramente consultiva e deliberativa. Certamente que, em meio aos casos recorrentes de mau uso dos recursos públicos, o acompanhamento das atividades administrativas e financeiras, nas escolas, torna-se imprescindível ao alcance do enquadramento das ações realizadas em função dos princípios de legalidade, moralidade, publicidade, eficiência e transparência. Na própria Constituição Federal há a previsão de que cada poder exercerá um sistema de controle interno. Segundo MILESKI (2003, p 140), o controle interno pode ser caracterizado como:

a forma que a Administração possui para verificar a regularidade e a legalidade de seus próprios atos, no sentido de se ater aos princípios da legalidade e da supremacia do interesse público, em que se inclui, inclusive, avaliação envolvendo a conveniência administrativa do ato praticado. (apud LESSA, p 13)

Claramente os Conselhos Escolares não se configurarão em instrumentos de controle rígido e com finalidades próprias de órgãos especializados, complexos e repletos de especificidades técnicas, mas sim em instrumentos que poderão e deverão acompanhar os atos e ações dos gestores das unidades escolares a que pertençam. Contribuindo, segundo Dourado (2007), com uma gestão educacional que não pode ser limitada a observação de parâmetros políticos e de gestão, mas que objetiva transcender barreiras físicas, políticas e consuetudinárias.

3.3 – CONSELHOS E SUA SIGNIFICÂNCIA

O referencial literário existente revela que os Conselhos datam do período imperial brasileiro. Neste período histórico o governo, patriarcal e centralizador, passa a responsabilidade das políticas educacionais às províncias. Esta descentralização implica na

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8 possibilidade de se alvitrar soluções regionalizadas às dificuldades inerentes a cada região. E é justamente no caminho da descentralização das ações que surgem os primeiros conselhos, ainda no decorrer do Brasil Império. Seguindo o contexto das descentralizações, somado ao empenho de segmentos da sociedade em assumir o ônus parcial dos problemas da educação, ficou marcado nas décadas de 1980 e 1990 o direcionamento de políticas em prol da participação mais atuante da sociedade civil em assuntos inerentes à educação. (LIMA, 2009)

Com uma participação mais pujante da sociedade nos assuntos educacionais, objetivando o rompimento com uma gestão burocrática e verticalizada, a promoção da gestão democrática possibilita o envolvimento da comunidade escolar no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Lima (2009) propõe que a existência e funcionamento dos conselhos escolares devem transcender o caráter legal e impositivo, efetivando-se em instrumento decisório da coletividade local, avançando, contudo, no intuito de se personificar em instrumento de transformação do ambiente escolar comum para um espaço público e sinergético, onde os anseios da coletividade sejam efetivados de forma transparente.

Os conselhos escolares contribuem de forma cooperativa para o aprimoramento dos trabalhos executados no âmbito escolar. Este aprimoramento pode contemplar desde as atividades de ensino até as atividades referentes ao direcionamento dos recursos a que cada escola tem acesso. Porém, quanto maior for a participação dos conselhos no cotidiano escolar, maior será o grau de sugestões e críticas direcionadas aos gestores das unidades, fazendo-se imprescindível a maleabilidade e resiliência dos gestores no trato destes assuntos. Contudo, uma participação mais direta e próxima dos conselhos no cotidiano escolar, ainda de acordo com Lima (2009), deve ser percebida como uma questão de cunho político, pois esta aproximação auxilia continuamente na construção de valores, no aprendizado, na cultura e, principalmente, na formação de cidadãos.

4 – PLANO DE AÇÃO

4.1 – PESQUISA E DIAGNÓSTICO

Para orientar o alcance das metas e objetivos do supracitado relatório, faz-se necessário a utilização de uma ferramenta muito utilizada e difundida na área da Gestão, principalmente no meio empresarial, mas que pode e deve ser usada para o planejamento de diversas atividades: a 5W2H. Esta ferramenta, especialmente neste caso, proporcionará um maior controle dos processos que têm por objetivo a coleta de importantes dados que fomentarão a construção de um panorama geral da real situação apresentada na Escola: a apatia para se promover uma gestão mais democrática, participativa e em harmonia com os anseios da comunidade escolar.

A tabela 3 detalha a metodologia da ferramenta. Esta ferramenta proporcionará, aos envolvidos nas tarefas, maior controle sobre os pontos mais importantes do relatório.

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Tabela 3 - Planilha do Plano de Ação 5W2H

_______________________________________________________________________ 5W 2H (What?) O quê? (Why?) Porquê? (Where?) Onde? (Who?) Quem? (When?) Quando? (How?) Como? (Howmuc h?) Quanto? Estudar a desmotivação na participação do conselho escolar na gestão Entender os aspectos motivacionais do fenômeno Na unidade Escolar O Autor do trabalho De 05/02 a 27/07 de 2018 Por meio de pesquisa orientada aos Membros do conselho Escolar Custos Irrelevantes Elaboração de questionário direcionado aos membros do Conselho Os membros possuem diferentes necessidades Na unidade Escolar O Autor do trabalho De 05/02 a 27/07 de 2018 Questionário objetivo Custos Irrelevantes Realização da pesquisa Exposição dos motivos Na unidade Escolar O Autor do trabalho De 05/02 a 27/07 de 2018 Questionamento direto aos membros Custos Irrelevantes

Coleta dos dados e quantificação dos resultados Obter base fundamentada de informações que orientem as ações Na unidade Escolar O Autor do trabalho De 05/02 a 27/07 de 2018 Recuperando, junto aos Membros

do Conselho, os questionário com

as informações

Custos Irrelevantes

Mediante as características da instituição, optou-se pela realização de pesquisa com os dezessete membros do conselho escolar, composta por oito possíveis entraves que impossibilitam melhorar a participação, o engajamento e a aproximação dos conselheiros nos assuntos da escola. Cada um dos conselheiros apontará três causas que acredita estar relacionada ao problema. De posse do questionário, será feito o tratamento das informações, convertendo-as em números que, por sua vez, possibilitará a promoção de uma pesquisa quantitativa. A pesquisa quantitativa prioriza apontar numericamente, não apenas os motivos, mas também o grau com que estes motivos afetam os integrantes do grupo estudado, uma vez que o entendimento destes fatores é condição “sine qua nom” da proposição de ações possam promover a mudança da realidade vivenciada.

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10 Seguinte à contabilização dos votos nas possíveis causas, chegou-se à seguinte tabela:

Tabela 4 – Pesquisa quantitativa sobre os entraves à melhor participação do conselho escolar nas suas atribuições consultivas, propositivas, mobilizadoras e fiscalizadora.

MOTIVOS VOTOS PORCENTAGEM

Excesso de Responsabilidade 5 9,8% Ambiente 0 0% Receptividade 3 5,9% Falta de Interesse 6 11,7% Horários 8 15,7% Desinformação 13 25,5% Dias da Reunião 9 17,7% Ausência de Remuneração 7 13,7% Total 51 100,0 %

Como apontado na tabela 4, disponibilizada acima, as três principais causas do fenômeno da baixa contribuição participativa do conselho escolar são: a desinformação com 25,5%, os dias das reuniões com 17,7% e os horários das reuniões com 15,7%. Por apresentarem as maiores frequências, estas três causas irão compor o foco das proposições que visam sanar ou minimizar os efeitos provenientes delas.

4.2 – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

Este relatório, com o advento da coleta dos dados, proporá medidas e alternativas que possibilitem, na medida em que forem implementadas, minimizar os efeitos negativos das causas que orientaram a proposição deste trabalho. Esta abordagem visa propor um direcionamento à trajetória das políticas públicas de descentralização da gestão escolar, inserindo e atribuindo, de forma compartilhada à sociedade civil, o alcance de patamares satisfatórios de participação. Lima (2011) enfatiza que, qualquer ação que auxilie ou promova o fortalecimento dos conselhos escolares, contribuirá fortemente para o progresso em direção à autonomia das unidades escolares.

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11 A desinformação, como apontado pela pesquisa, recebeu a maior parte dos votos. Na verdade, por se tratar de tema ainda recente e pouco difundido na seara educacional, a maioria dos integrantes do conselho desconhece o relevante papel em que está investido. Diante desta realidade e, mediante pesquisas sobre a temática, chegou-se à plataforma digital do Ministério da Educação, onde neste mesmo sítio há disponível o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Este programa visa capacitar técnicos das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, que atuam na área de gestão escolar, especialmente com a criação e o fortalecimento dos conselhos escolares. Conta, ainda, com um rol de várias cartilhas e livros sobre os conselhos escolares, ampliando as condições de maior conhecimento ou domínio sobre o tema.

Assim, é possível a solicitação destes técnicos capacitados, para que haja a promoção de treinamentos e palestras que possibilitem orientar os conselheiros no seu relevante papel de promover a elevação do nível sócio-político, educacional e de gestão participativa com a comunidade escolar. E em complemento a esta ação, sugere-se a impressão deste material didático para servir de referencial teórico aos conselheiros.

4.2.2 – SOBRE OS DIAS E HORÁRIOS

Outro ponto relevante da coleta de dados da pesquisa é em relação aos dias das reuniões, seguido pela faixa de horários em que as reuniões, costumeiramente, aconteciam. Nestes pontos houve uma proposta à equipe gestora da escola para que elaborasse, junto ao plenário do conselho, um calendário com as datas fixas das reuniões mensais e que fossem realizadas no turno vespertino, pois a maioria dos conselheiros apresentaria impossibilidade de comparecer em faixa de horário diferente do estabelecido, além de proporcionar aos membros, uma vez definida as datas mensais das reuniões dentro do ano vigente, planejar sua agenda pessoal, dedicando dia e horário hábil em favor das reuniões. Contudo, cabe lembrar a importância do acompanhamento da gestão escolar, uma vez que a presença do controle social sobre as atribuições estatais caracteriza o exercer de direito garantido pela Constituição Federal de 1988.

5 – CONCLUSÃO

A simbiose resultante da união da comunidade extra e interescolar, o Conselho Escolar, é instrumento fundamental à imposição constitucional de promoção da gestão democrática, na qualidade de um de seus princípios basilares. É fato notório que a aproximação da escola com a comunidade ainda é um acontecimento carregado de viés utópico. Ao se querer trazer a comunidade para o seio da escola, porém sem munir esta mesma escola de ferramentas e instrumentos práticos que fomentem a promoção de uma gestão democrática que esteja em consonância com as carências e especificidades que cada comunidade tem, cria-se barreiras intransponíveis ao alcance de tais objetivos. E este panorama não destoa do encontrado na escola alvo deste relatório: o CIEP 351 Ministro Salgado Filho.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

12 O percebido no conselho escolar da unidade educacional em questão foi que, não obstante a falta de interesse, quase que generalizado, a ausência de capacitação mínima e adequada para o desempenho da função de conselheiro e a carência de entendimento às necessidades escolares, criaram impedimentos à proposta fundamental dos conselhos escolares: Ampliar a participação da comunidade na gestão pedagógica, administrativa e financeira das escolas públicas. O levantamento das causas e a proposição de ações de combate às suas consequências podem, à medida que forem implementadas, mitigar as mazelas observadas. As ações propostas possuem custos que seriam irrisórios, levando-se em conta os benefícios gerados em prol da efetiva participação da comunidade nos assuntos da escola. A partir da dos dados levantados na pesquisa, concluiu-se que, um treinamento direcionado aos membros do conselho e o contato com a produção bibliográfica acerca dos conselhos escolares, juntamente com um ajustamento referente aos dias e horários das reuniões mensais, trariam soluções quase que imediatas a uma realidade de descaso e desinteresse. Há, de certa forma, um receio em relação a não implementação das medidas propostas no referido relatório: estagnação do quadro percebido ou retrocesso dos avanços obtidos até hoje.

As medidas sugeridas concorrem para o aperfeiçoamento dos conselhos, visando avançar em relação a um passado de decisões monocráticas, vivenciadas não apenas nas escolas públicas do território nacional, mas observado também em várias esferas da Administração Pública brasileira. Portanto, a participação, o interesse e a aproximação da matéria pública pavimentam o caminho para a promoção de uma sociedade democrática, igualitária e justa.

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, Denise Regina da Costa. A proposta de política pública educacional no município de São Paulo: a (des) construção de uma Escola Pública popular, Democrática e com

qualidade. Disponível em: <

http://www.anpae.org.br/simposio2011/cdrom2011/PDFs/trabalhosCompletos/comunicacoes Relatos/0132.pdf>. Acesso em: 25ago. 2017.

AGUIAR, M. A. S. Gestão da educação básica e o fortalecimento dos Conselhos Escolares. In: IV CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO DA EDUCAÇÃO, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, Portugal, em abril de 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/er/n31/n31a09>. Acesso em: 14 set. 2017.

BORGES, André. Lições de Reformas da Gestão Educacional: Brasil, EUA e Grã-Bretanha. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392004000300009&script=sci_arttext>. Acesso em: 16 set. 2017.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

13 BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de Junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Disponível em:

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(14)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO

14 RIO DE JANEIRO. SEEDUC/SUGEN. Portaria nº 529, de 24 de março de 2015. Disponível em: <http://livrozilla.com/doc/437931/portaria-n%C2%BA-529-15---seeduc-sugen> Acesso em: 20 jun. 2018.

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