• Nenhum resultado encontrado

TMS ALGARVE Tourism & Management Studies International Conference

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TMS ALGARVE Tourism & Management Studies International Conference"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

TMS ALGARVE 2018 - Tourism & Management Studies International Conference (Artigo Submetido e Apresentado ao TMS Algarve 2018 – 14 a 17 de Novembro 2018 Algarve – Portugal)

Estresse Ocupacional: Estudo com Gestores Públicos Federais da Educação no Brasil Occupational Stress: Study with Federal Public Administrators of Education in Brazil

Luciano Zille Pereira, Doutor Luciana Aparecida de Oliveira, Mestre Pedro Lima Favarini, Mestrando

Resumo

Objetivou descrever e explicar as manifestações de estresse ocupacional, sintomas, fontes de tensão, indicadores de impacto no trabalho e mecanismos de regulação (coping). A população foi de 100 gestores e os dados foram obtidos por meio de questionário abrangendo os seguintes construtos: fontes de tensão, sintomas de estresse, indicadores de impacto no trabalho e mecanismos de regulação (coping). Os dados foram tratados por meio da estatística descritiva e inferencial. Os resultados evidenciaram que 68% dos pesquisados apresentaram quadro de estresse. A principal fonte de tensão foi a realização várias atividades ao mesmo tempo com alto grau de cobrança e o sintoma prevalente ansiedade. O indicador de impacto no trabalho que mais evidenciou foi à dificuldade de lembrar fatos recentes relacionados ao trabalho e o mecanismo de regulação (coping) mais utilizado foi descansar nos finais de semana e feriados. A hipótese 1 foi parcialmente confirmada e a hipótese 2 integralmente confirmada.

Palavras-chave: Estresse ocupacional; Gestores públicos brasileiros; Instituto Federal de

Educação; Ciência e Tecnologia. Abstract

The objective of this study was to describe and explain the manifestations of occupational stress, symptoms, sources of stress, indicators of work impact and mechanisms of regulation (coping). The population was 100 managers and the data were obtained through a questionnaire covering the following constructs: stress sources, stress symptoms, work impact indicators and coping mechanisms. Data were treated using descriptive and inferential statistics. The results showed that 68% of the respondents presented stress. The main source of tension was performing several activities at the same time with high degree of charging and the prevalent anxiety symptom. The indicator of impact in the work that most evidenced was the difficulty of remembering recent facts related to the work and the mechanism of regulation (coping) most used was resting on weekends and holidays. Hypothesis 1 was partially confirmed and hypothesis 2 was fully confirmed.

Keywords: Occupational stress; Brazilian public managers; Federal Institute of Education; Science

and Technology. 1. Introdução

O mundo do trabalho vem passando por transformações nas últimas décadas, como a incorporação de processos informatizados, inovações organizacionais, entre outras, que modificaram de forma profunda a estrutura do trabalho. No Brasil, ocorreram importantes mudanças nas condições e relações de trabalho, o que tem repercutido de forma intensa na saúde dos trabalhadores (Elias & Navarro, 2006).

(2)

ou negativamente, pois, de acordo com Zanelli (2010), “as condições de trabalho têm evidentes implicações na saúde e na qualidade de vida humana” (p. 29).

Ainda de acordo com Zanelli (2010), as grandes mudanças tecnológicas, com implicações no contexto do trabalho e o desemprego estrutural, estão associados, em grande parte, às pressões exercidas pelas organizações. Todos esses fatores expõem o trabalhador a rotinas desgastantes, tendo como consequência ansiedade, tensões, insegurança, desgastes físico e mental, constituindo-se indutores das manifestações de estresconstituindo-se no trabalho.

Nickel e Coser (2007) apontam que quando as pressões recebidas pelo indivíduo são maiores do que sua capacidade adaptativa, o organismo sofre as consequências, que pode levar ao estresse, que para Levi (2008), é visto como um estado capaz de limitar o trabalhador, as organizações e a sociedade.

A administração pública tem colocado seu foco na eficiência e nos resultados, buscando uma gestão mais próxima às exigências do cidadão e alinhada com as tecnologias virtuais. Nessa busca, os gestores públicos tornam-se agentes de transformação do processo de trabalho e deve possuir qualidades, competências e capacidade de lidar com os problemas organizacionais (Dewe & Cooper, 2017; Silva et al., 2014).

Pesquisa realizada por Pego (2015) revelou que em uma instituição pública federal de ensino superior no Brasil, 62,8% dos gestores pesquisados apresentavam quadro de estresse ocupacional, sendo que 17,9% destes as manifestações se deram nos níveis intenso e muito intenso.

Diante do contexto apresentado até então e da relevância de um tema atual e de repercussão mundial, o objetivo geral deste estudo foi de descrever e explicar as manifestações de estresse ocupacional e suas intercorrências em gestores públicos brasileiros que atuam em instituição federal de ensino técnico e superior.

2. Referencial Teórico

Hans Selye, pesquisador canadense, foi o primeiro a utilizar o termo stress, ao publicar o artigo síndrome produzido por vários agentes nocivos. Para Selye (1959), o termo estresse, está relacionado ao “estado manifestado por uma síndrome específica que consiste em todas as mudanças não específicas induzidas dentro de um sistema biológico” (p.64).

Na visão de Cooper; Dewe; O’Driscoll (2001) e Saconni (2010), o estresse pode ser considerado uma associação de reações ou estímulos que podem ser de ordem física, emocional e social, afetando o equilíbrio dos indivíduos. Não se caracteriza como uma doença em si, mais sim, um conjunto de reações a determinados estímulos, que de forma complexa, envolvem aspectos fisiológicos e psíquicos dos indivíduos. Está classificado no CID 10 (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), sob o código F43, como as reações ao stress grave e transtornos de adaptação (Couto, 2014; Oms, 2008).

Ainda de acordo com Selye (1959), há duas formas de manifestação do estresse: o distresse e o eustresse. Se a resposta ao estímulo estressante for negativa será denominado de distresse e caso a resposta seja positiva para o organismo, tem-se a denominação de eustresse. Para diferenciar as consequências negativas e positivas do estresse para a vida do indivíduo, esses termos são usados de forma separada, embora não existam diferenças nas reações apresentadas pelo organismo (Couto, 2014; Zille, 2005).

(3)

No caso do estresse de sobrecarga, este ocorre quando a estrutura psíquica do indivíduo se torna incapaz de suportar as exigências psíquicas do meio por um período mais longo de tempo, ou seja, duas ou três semanas. Como decorrência, o individuo apresenta sintomas físicos e psíquicos, com reflexos disfuncionais no seu desempenho profissional e nos demais ambientes da vida. Em relação ao estresse de monotonia, a situação é inversa, ou seja, o indivíduo é pouco estimulado em relação ao seu potencial de trabalho, muitas vezes subutilizado e submetido a situações incompatíveis, considerando o seu potencial intelectual. Como decorrência do estresse de monotonia, os indivíduos tendem a desenvolver quadros de depressão, que podem evoluir, comprometendo a saúde de forma importante (Couto, 2014; Zille & Braga, 2010).

Em termos da duração, o estresse pode ser classificado como agudo ou crônico. Couto (2014) classifica o estresse agudo quando este perdura por um período curto de tempo, horas, dias ou semanas e, depois, se dissipa. O estresse crônico apresenta sintomas com maior duração e intensidade, podendo causar maiores danos à saúde do indivíduo. Sujeita o indivíduo a um estado contínuo de tensão, muitas vezes crescente, não permitindo que o organismo se recupere a tempo para minimizar os desgastes físicos e psicológicos deste estado.

Em termos da sua manifestação, alguns sintomas de natureza física e psíquica podem estar relacionados ao estresse como ansiedade, angústia, depressão, palpitações, dor no estômago, nervosismo, irritabilidade, sentimentos de raiva, dor nos músculos do pescoço e dos ombros, fadiga, entre outros (Couto, 2014; Kivimäki et al., 2013; Levi, 2005; Zille, 2005).

2.1 O estresse ocupacional e os gestores

Na visão de Baker e Karasek (2000) e Kivimäki et al., (2013) o estresse ocupacional está relacionado “às respostas físicas e emocionais prejudiciais que ocorrem quando as exigências do trabalho não estão em equilíbrio com as capacidades, recursos ou necessidades do trabalhador” (p.420).

Corin e Björk (2017) e Zanelli (2010) e afirmam que dentre os agentes estressores no trabalho estão às demandas psíquicas acima das condições efetivas de realização do trabalhador, reduzido reconhecimento profissional, longas jornadas de trabalho, problemas de comunicação, competição destrutiva e a pressão do tempo. Além desses fatores, há a sobrecarga de trabalho, o conflito decorrente das interações entre as hierarquias e os relacionamentos interpessoais, constituem importantes estressores que induzem aos quadros de estresse.

O estresse ocupacional pode gerar consequências não só na área profissional do indivíduo, mas também repercute na sua vida pessoal à medida que se estabelece inter-relação entre os ambientes (Lipp, 2005).

As reações adversas decorrentes do estresse estão contribuindo para elevar os níveis de turnover e de absenteísmos, além de provocar atitudes comportamentais negativas, retrabalhos, hostilidades entre as equipes, resistência a mudanças, maiores índices de acidentes de trabalho, além de repercutir no nível de satisfação dos clientes (Lipp, 2005; Michie, 2009).

Observa-se que o estresse ocupacional vem se tornando um problema generalizado, afetando os trabalhadores, a organização e a sociedade como um todo (Prado, 2016).

(4)

Dessa forma, o gestor está permanentemente submetido à elevada carga de tensão, uma vez que é o elo entre os níveis da organização, sofrendo pressão da hierarquia superior, dos pares e da base (Couto, 2014; Davel & Melo, 2005; Zille, 2005).

Tendo como referência a teoria apresentada, foram aventadas as seguintes hipóteses: H1: os indivíduos que apresentam menores níveis de mecanismos de regulação e maiores níveis de tensão no trabalho, tensão do indivíduo e tensão específica do trabalho do gestor apresentam, em média, maiores escores de estresse ocupacional e H2: os indivíduos que apresentam maiores níveis de estresse têm, em média, maiores escores de indicadores de impacto no trabalho.

3. Percurso Metodológico

Esta pesquisa caracterizou-se como descritiva e explicativa. Collis e Hussey (2005) argumentam que um estudo descritivo observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos, sem manipulá-los. Busca identificar, com a maior precisão possível, como o fenômeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e suas características. Já a pesquisa explicativa tem como foco central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos (Collis & Hussey, 2005). Neste estudo, descreveu e explicou as manifestações de estresse no trabalho e suas intercorrências em gestores de uma instituição pública de ensino de ensino técnico e superior no Brasil.

Em relação à abordagem, esta foi de natureza quantitativa. Para Hair et al., (2005), a pesquisa quantitativa é um estudo estatístico que descreve as características de determinada situação, não considerando crenças e valores. Na visão de Hair et al., (2005), a abordagem quantitativa envolve “mensurações em que números são usados diretamente para representar as propriedades de algo” (p.100).

A população e amostra foram constituídas, respectivamente, por 101 e 100 gestores que exercem funções de direção na instituição pesquisada. A maioria, 74%, são do gênero masculino, 75% são casados ou vivem com o cônjuge e 69% exercem a função de gestor entre 1 e 5 anos.

Para a coleta de dados, utilizou-se questionário aderente ao Modelo Teórico de Explicação do Estresse em Gestores (MTEG) (Zille, 2005), com utilização de escala tipo Likert com variação de cinco pontos, variando de “nunca” (1) a “muito frequente” (5). A escala consta de cinco construtos de primeira ordem: fontes de tensão no trabalho; fontes de tensão do indivíduo; sintomas; mecanismos de regulação e indicadores de impacto no trabalho. Os construtos do modelo em referência apresentam os escores de confiabilidade composta que variaram de 0,6928 a 0,8949. A análise dos dados se deu por meio da estatística descritiva e inferencial. Em relação à estatística descritiva, realizou-se a distribuição de frequência, média, desvio padrão, coeficiente de variação e mínimo e máximo. Quanto a estatística inferencial, realizaram-se testes não paramétricos de comparação de tendência central de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis, análise de correlação de Spearman e regressão linear símples e múltipla. Os parâmetros de análise tiveram como base os critérios constantes da Tabela 1.

Tabela 1– Critérios de análise das dimensões de estudo

Variável Categoria Valor da

média

Estresse ocupacional

Ausência de estresse < 1,75

Estresse leve a moderado >=1,75 a< 2,46

Estresse intenso >=2,46 a <3,16

Estresse muito intenso >=3,16

(5)

Fontes de tensão do indivíduo

Fontes de tensão específica do trabalho do gerente Tensão moderada 2,19 a 3,80 Tensão intensa 3,81 a 5,00 Mecanismos de regulação Relevante 1,00 a 2,43 Moderadamente relevante 2,44 a 3,55 Irrelevante 3,56 a 5,00

Indicadores de impacto no trabalho

Irrelevante 1,00 a 2,21 Moderadamente relevante 2,22 a 3,77 Relevante 3,78 a 5,00 Fonte: Zille (2005, p.222)

Para a análise dos sintomas de estresse, os pesquisados foram agrupados. Aqueles classificados com “ausência de estresse” mantidos neste grupo. Os categorizados com “estresse leve/moderado”, “intenso” e “muito intenso” foram agrupados na categoria ‘algum nível de estresse’. Posteriormente, foram identificados os indivíduos que obtiverem marcação “Frequente” e “Muito frequente” em cada um dos indicadores avaliados. A mesma análise foi realizada para

fontes de tensão no trabalho, fontes de tensão do indivíduo, fontes de tensão específica do trabalho do gerente, mecanismos de regulação e indicadores de impacto no trabalho.

Para avaliar a relação entre estresse e as variáveis demográficas, ocupacionais, hábitos de vida e saúde, realizaram-se testes não paramétricos de comparação de tendência central de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. Os referidos testes comparam o centro de localização de duas (Mann-Whitney) ou mais de duas (Kruskal-Wallis) amostras como forma de detectar diferenças, em tendência central, entre as populações avaliadas e são adequados quando as variáveis não seguem uma distribuição normal (Pestana & Gagueiro, 2000).

Em seguida, foi avaliada a relação entre estresse ocupacional e os construtos do modelo teórico (MTEG) fontes de tensão no trabalho, fontes de tensão do indivíduo, fontes de tensão específicas do trabalho do gerente, mecanismos de regulação e indicadores de impacto no trabalho. Para isso, realizou-se a análise de correlação de Spearman e regressão linear múltipla, para testar a Hipótese 1: “os indivíduos que apresentam menores níveis de mecanismos de regulação e maiores níveis de tensão no trabalho, tensão do indivíduo e tensão específica do trabalho do gestor apresentam, em média, maiores escores de estresse ocupacional”. E regressão simples para testar a Hipótese 2: “os indivíduos que apresentam maiores níveis de estresse têm, em média, maiores escores de indicadores de impacto no trabalho”.

Para os testes realizados, foram observadas todas as condições necessárias, de acordo com os requisitos inerentes a cada um deles e p<0,05.

4. Apresentação e discussão dos resultados

Em relação ao gênero, verificou-se que 74% dos gestores são do sexo masculino, a idade varia de 36 a 45 anos, sendo a maioria casada ou vivem com o cônjuge. Quanto à escolaridade, identificou-se que 54% dos gestores possui pós-graduação stricto identificou-senso, identificou-sendo 26% com mestrado e 28% com doutorado.

(6)

O hábito de fumar está presente para 5% dos pesquisados. A pesquisa recente realizada pelo periódico The Lancet revelou uma queda considerável no consumo do cigarro em 25 anos, sendo que no período de 1990 a 2015 a porcentagem de fumantes no Brasil, reduziu de 29% para 12% (Portal Brasil, 2017).

A ingestão de bebida alcoólica está presente para a maioria dos gestores (72%). Dados do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD) revelam que houve um discreto aumento da proporção de pessoas não abstinentes entre os anos de 2006 a 2012 no Brasil, passando de 48% para 50% (Laranjeira et al., 2014).

Quando indagados sobre a prática de algum hobby, 90% afirmaram praticar, sendo os mais citados a realização de atividade física, assistir filmes e leitura. A prática de exercícios físicos é uma opção acessível e eficaz para o controle do estresse (Sb, et al., 2012), sendo que estudos com trabalhadores brasileiros revelaram que aqueles que praticavam atividade física de forma regular, apresentavam também, os menores níveis de estresse (Farah, 2013; Zille, 2005, 2011, 2013; Zille et al., 2016).

Pesquisou-se também a ocorrência de problemas de saúde, sendo identificada esta ocorrência para 56% dos gestores pesquisados. Os principais problemas mencionados foram: gastrite, hipertensão, problemas alérgicos, diabetes e depressão. Essas manifestações, de acordo com Cooper et al., (1988); Couto (2014); Karasek (2000) e Levi (2005), podem estar relacionadas ao estresse. Foi constatado também, que 42% dos gestores que relataram esses problemas de saúde, afirmaram fazer uso de medicamentos contínuos. Os problemas de saúde relatados que mais demandam utilização desses medicamentos foram diabetes, hipertensão, enxaqueca, gastrite e colesterol elevado.

4.1 Análise do estresse ocupacional

Para a análise do estresse utilizou-se como referência o MTEG, modelo desenvolvido e validado por Zille (2005), adaptado para este estudo. Foi calculada a média ponderada dos sintomas e os indivíduos foram agrupados em níveis de estresse, de acordo com os seguintes parâmetros: médias < 1,75 indicam ausência de estresse; ≥1,75 a <2,46, estresse leve a moderado; ≥2,46 a <3,16, estresse intenso; e ≥ 3,16, estresse muito intenso. Os resultados obtidos estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 – Análise do nível de estresse ocupacional

(7)

0 0 Fonte: Dados da pesquisa, 2018.

Os dados constantes da Tabela 1 apontam que 68% dos gestores apresentaram, em média, manifestações de estresse. Desse percentual, 24% são manifestações de estresse com quadros intenso ou muito intenso, demonstrando a fragilidade psíquica desses gestores frente aos fatores tensionantes no ambiente de trabalho. Analisando o coeficiente de variação, verifica-se que os resultados apresentam certa homogeneidade, com convergência em torno da média.

Considerando a análise do estresse ocupacional por grupo de gestão, nos níveis intenso e muito intenso, sendo o primeiro grupo composto por Reitor, Pró-reitor e Diretores e o segundo grupo por Coordenadores, constatou-se que no primeiro grupo o nível de estresse (29,2%) foi superior ao segundo grupo (10,7%).

De acordo com Levi (2008), o ambiente de trabalho e suas condições podem impactar positivamente ou negativamente a saúde psíquica e orgânica dos trabalhadores. Essa situação pôde ser constatada por este estudo, que apontou manifestações de estresse em nível intenso e muito intenso, provocando os diversos sintomas clássicos relacionados ao estresse e possíveis doenças relacionadas.

Esses resultados vão ao encontro do estudo realizado por Santos (2015), também utilizando o MTEG, quando pesquisou 86 gestores de uma instituição pública de ensino federal no Brasil, no qual 61,6% dos pesquisados apresentaram manifestações de estresse, variando de leve/moderado a estresse muito intenso.

4.2 Sintomas de estresse e fontes de tensão

Para a análise dos sintomas de estresse e fontes de tensão, que foram desmembradas em fontes de tensão no trabalho; fontes de tensão do indivíduo, relacionadas às características pessoais dos gestores; e fontes de tensão específicas do trabalho do gestor, os indivíduos pesquisados foram novamente reagrupados. Aqueles classificados com ‘ausência de estresse’ foram mantidos neste grupo e aqueles categorizados como ‘estresse leve/moderado, intenso ou muito intenso’, foram reagrupados na categoria ‘algum nível de estresse’, conforme proposição de Zille (2005).

Constatou-se que todos os sintomas relatados foram superiores no grupo de gestores que possuíam algum nível de estresse, se comparado ao grupo de gestores com ausência de estresse. Os sintomas prevalentes no grupo de gestores com algum nível de estresse foram ansiedade (54,4%), dor nos músculos do pescoço e ombros (48,5%), nervosismo (47,1%), fadiga (44,1%) e angústia (35,3%). Esses sintomas relatados são considerados clássicos nas manifestações de estresse no trabalho e, de forma geral, estão presentes em grande parte das pesquisas relacionadas ao tema (Couto, 2014; Santos et al., 2017; Zille, 2005; Zille et al., 2016;).

Em pesquisa realizada por Wilhelm (2012) com gestores universitários, os principais sintomas relacionados ao estresse identificados foram nervosismo, cansaço mental, frustração, falta de paciência e angústia, como sintomas psíquicos e, alguns sintomas físicos, entre eles, gastrite, pressão arterial elevada, e batimento cardíaco acelerado.

Em relação às fontes de tensão relacionadas ao trabalho os resultados mostram que 45% dos gestores pesquisados apresentaram algum nível de tensão, sendo 42% tensão moderada e 3% tensão intensa.

(8)

Constatou-se que em relação às fontes de tensão do indivíduo, 95% dos gestores apresentaram algum nível de tensão, sendo que 55% tensão leve/moderada e 40% tensão intensa. Portanto, foi possível constatar que essas fontes de tensão tiveram uma capacidade importante de explicação para as manifestações de estresse identificadas.

Os indicadores inerentes às fontes de tensão do indivíduo, que possuem relação com as características pessoais dos pesquisados, que apresentaram maior frequência no grupo de gestores com algum nível de estresse foram: não conseguir desligar-se do trabalho mesmo fora dele; levar a vida de forma muito corrida, realizando cada vez mais trabalho em menos tempo; e ter o dia muito tomado por uma série de compromissos assumidos, com pouco ou nenhum tempo livre.

Resultados semelhantes foram encontrados nos estudos de Gonçalves (2018); Pego; Zille e Soares (2016); Worrall et al., (2016); e Zille (2005).

Em relação às fontes de tensão específicas do trabalho do gestor, constatou-se que 73% dos pesquisados apresentam algum nível de tensão no desenvolvimento das atividades relacionadas ao trabalho, variando de leve/moderada (63%) a tensão intensa (10%).

Os indicadores mais frequentes e intensos em relação a essas fontes de tensão foram: saber os valores inerentes à qualidade de vida e não praticá-los pela absoluta absorção pelo trabalho; dificuldade em conciliar inovação e autonomia exigidas dos gestores com as normas da instituição; e a dificuldade em conciliar os compromissos de trabalho, com os familiares e sociais. As tensões relacionadas à carreira profissional e vida pessoal dos gestores, podem ocorrer devido, principalmente, às longas jornadas de trabalho, prazos inexequíveis estabelecidos, número excessivo de reuniões, situações de urgência no trabalho, que acabam consumindo o tempo reservado à alimentação, à vida familiar e o lazer de muitos gestores é o que observa Chanlat (2005).

O estudo de Gonçalves (2018) encontrou resultados semelhantes aos obtidos por esta pesquisa, tendo como principais fontes de tensão os hábitos inadequados e desfavoráveis a uma boa qualidade de vida, em função da absorção pelo trabalho; dificuldade de adotar soluções inovadoras e criativas em função das normas rígidas estabelecidas pela organização; autonomia limitada; e a sobrecarga de trabalho em função do exercício da função de gestor.

4.3 Indicadores de impacto no trabalho

Para a análise dos indicadores de impacto no trabalho, da mesma forma que ocorreu na análise das fontes de tensão, os gestores identificados com ‘ausência de estresse’ foram mantidos neste grupo e aqueles categorizados como ‘estresse leve/moderado, intenso ou muito intenso’, foram reagrupados na categoria ‘algum nível de estresse’, conforme proposição de Zille (2005).

O indivíduo ao apresentar os sintomas decorrentes do estresse passa a não conseguir realizar suas atividades laborais de forma satisfatória, o que pode impactar seu trabalho e, consequentemente, os resultados da organização (Zille, 2005). Este estudo apontou que os indicadores de impacto no trabalho mostraram-se relevantes para 56% dos gestores pesquisados.

Em relação aos gestores pertencentes ao grupo que apresentou algum nível de estresse, os indicadores mais frequentes e intensos foram à dificuldade de lembrar fatos recentes relacionados ao trabalho, que anteriormente eram lembrados com naturalidade; perda do controle sobre os eventos da vida, com destaque para o trabalho; desmotivação importante; excessivo desgaste nos relacionamentos interpessoais no trabalho e fora dele.

(9)

desmotivação, perda de interesse, depressão, fatores estes, que de certa forma, contribuem para o aumento do absenteísmo.

Resultados semelhantes foram encontrados em estudo realizado por Maffia (2013), com gestores públicos brasileiros, onde os principais indicadores de impacto no trabalho identificados foram à dificuldade de lembrar fatos recentes relacionados ao trabalho; desejo frequente de trocar de emprego; dificuldade de concentração; e desmotivação.

4.4 Mecanismos de regulação

Os resultados apontaram, em relação aos mecanismos de regulação ou estratégia de coping, que 98% dos gestores os consideram relevantes para minimizar ou eliminar o estresse, sendo que para 42% são moderadamente relevante e para 56% relevantes.

Os principais mecanismos que vêm sendo utilizados pelos gestores do grupo com ausência de estresse são: possibilidade de descansar, de forma regular, nos finais de semana e feriados; cooperação entre os pares; tempo para relaxar/descansar; experiência pessoal na solução de dificuldades no trabalho; e prática regular de atividades físicas.

Os resultados encontrados reforçam o que aponta Couto (2014) que os indivíduos mais tendentes a desenvolverem quadros de estresse são aqueles que não conseguem, ou não se permitem relaxar ou refazer de uma situação de tensão e imediatamente começa a lidar com outras situações tensionantes.

Mais recentemente Santos (2015), analisando as manifestações de estresse em gestores docentes da área de saúde, utilizando o MTEG, constatou que os principais mecanismos de regulação utilizados por estes profissionais com ausência de estresse foram à experiência pessoal na solução de dificuldades em relação ao trabalho; possibilidade de gozar férias com regularidade; descansar, nos feriados e finais de semana; e a prática de atividades física regularmente.

4.5 Relação entre estresse ocupacional e variáveis demográficas, funcionais, hábitos de vida e saúde

Com o objetivo de aprofundar o estudo, buscou-se identificar diferenças nos níveis de estresse ocupacional dos pesquisados em relação às seguintes variáveis: idade, escolaridade, ocorrência de problema de saúde e uso contínuo de medicamentos. Tal escolha assenta-se no fato de representarem grupos de comparação mais homogêneos em relação ao número de casos estudados. Com base no resultado de Shapiro-Wilk (p=0,001) e considerando α=5%, concluiu-se que o estresse não segue uma distribuição normal. Isso posto, realizaram-se testes não paramétricos de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis para as análises em referência.

Considerando α = 5%, concluiu-se, portanto, que o estresse ocupacional, em tendência central, não sofre influência das variáveis idade (p=0,080); escolaridade (p=0,335) e uso contínuo de medicamentos (p=0,507). Por outro lado, verificou-se que os indivíduos que relataram algum tipo de doença têm, em tendência central, maior nível de estresse ocupacional, se comparado àqueles que não relataram esta ocorrência (p=0,001). Os principais problemas de saúde identificados na pesquisa foram: gastrite (20,8%), hipertensão (18,2%), problemas alérgicos (13%), diabetes (6,5%) e depressão (6,5%). Essas manifestações podem estar relacionadas ao estresse (Cooper et al., 1988; Couto, 2014; Karasek, 2000; Levi, 2008).

(10)

Para análise da relação entre estresse ocupacional e fontes de tensão no trabalho, fontes de tensão do indivíduo, fontes de tensão específicas do trabalho do gestor, indicadores de impacto no trabalho e mecanismos de regulação, realizaram-se duas análises de regressão, uma vez que o estresse ora é variável dependente ora é variável independente. Essas relações alicerçaram-se nos estudos de Zille (2005).

A partir da avaliação da correlação entre as variáveis, constatou-se relação positiva entre o estresse e fontes de tensão no trabalho (r=0,426; p=0,01), fontes de tensão de tensão do indivíduo (r=0,566; p=0,01), fontes de tensão específicas do trabalho do gestor (r=0,475; p=0,01) e indicadores de impacto no trabalho (r=0,627; p=0,01), ou seja, à medida que uma variável aumenta, a outra tende a aumentar também. Relação inversa foi observada entre estresse e mecanismos de regulação: à medida que uma variável aumenta a outra tende a diminuir (r=-0,332; p=0,01).

Para testar a Hipótese 1 do estudo, “os indivíduos que apresentam menores níveis de mecanismos de regulação e maiores níveis de tensão no trabalho, tensão do indivíduo e tensão específica do trabalho do gestor apresentam, em média, maiores escores de estresse ocupacional”, realizou-se regressão linear múltipla, a qual verificou que apenas fontes de tensão do indivíduo impactam o estresse ocupacional, sendo que 77,3% das variações do estresse ocupacional são explicados pela

variação desta fonte de tensão (F1,97,obs=61,05; p=0,001).

A equação estimada para o caso foi: ESTt = Ln(EST) = -0,069 + 0,220FTI, em que: ESTt = estresse ocupacional transformado via transformação de Box e Cox; Ln = logaritmo neperiano; EST = estresse ocupacional; e FTI = fontes de tensão do indivíduo. Portanto, percebe-se que a cada aumento de 1 unidade nas FTI o estresse ocupacional transformado aumenta em média 0,220 unidade.

Assim, a Hipótese 1 deste estudo foi parcialmente confirmada, pois o modelo proposto não contou com as variáveis fontes de tensão no trabalho (p=0,948), fontes de tensão específicas do trabalho do gestor (p=0,080) nem mecanismos de regulação (p=0,707), uma vez que pela análise estatística, não apresentaram significância e foram excluídos do modelo.

Para testar a Hipótese 2 do estudo, “os indivíduos que apresentam maiores níveis de estresse têm, em média, maiores escores de indicadores de impacto no trabalho”, realizou-se regressão linear simples entre indicadores de impacto no trabalho e estresse ocupacional. Verificou-se a partir dessa análise, que o estresse ocupacional impacta os indicadores de impacto no trabalho (F1,96,obs=86,81; p=0,001). Inferiu-se que 47,49% das variações em indicadores de impacto no trabalho são explicados pelas variações no estresse ocupacional.

A equação estimada para o caso foi: IIT = 0,638 + 0,817EO, Em que IIT = indicadores de impacto no trabalho; e EO = estresse ocupacional. Portanto, observou-se que a cada aumento de uma unidade no EO, os IIT aumentam em média 0,817 unidades. A relação estabelece-se aproximadamente 1 para 1. Assim, a Hipótese 2 deste estudo foi confirmada, uma vez que incrementos no estresse ocupacional levam a aumento nos indicadores de impacto no trabalho. 5. Conclusões

Este estudo teve como objetivo descrever e explicar as manifestações de estresse ocupacional e suas intercorrências em gestores públicos brasileiros que atuam em instituição federal de ensino técnico e superior, tendo como referência o Modelo Teórico de Explicação do Estresse Ocupacional (MTEG), desenvolvido e validado por Zille (2005), adaptado para este estudo.

(11)

Ao se analisar o nível de estresse ocupacional, identificou-se que a maioria dos pesquisados apresentam manifestações, variando de leve/moderado a estresse muito intenso.

Em relação aos sintomas físicos e psíquicos, aqueles que tiveram maior frequência e intensidade no grupo dos gestores identificados com algum nível de estresse foram ansiedade, fadiga, dor nos músculos do pescoço e ombros, nervosismo, e angústia.

As principais fontes de tensão excessiva no trabalho apontada pelos gestores foram realizar várias atividades ao mesmo tempo com alto grau de cobrança e cobrança e produz mais trabalho com o mínimo de recursos.

Em relação às fontes de tensão inerentes ao indivíduo, os indicadores que apresentaram maior frequência e intensidade foram os seguintes: não conseguir se desligar do trabalho mesmo estando fora dele; levar a vida de forma muito corrida, realizando cada vez mais trabalho e menos tempo; e ter o dia muito tomado por uma série de compromissos, com pouco ou nenhum tempo livre.

Quanto às fontes específicas do trabalho do gestor, concluiu-se que as principais foram saber o valor dos princípios relacionados à qualidade de vida e não ter como praticá-los em função da absorção pelo trabalho e a dificuldades de conciliar inovação e autonomia em função das normas da instituição.

Para os indicadores de impactos no trabalho decorrentes das manifestações de estresse, os resultados apontaram que para a maioria, o estresse vem gerando reflexos nos resultados do trabalho, sendo os principais a dificuldade em lembrar fatos recentes relacionados ao trabalho, que anteriormente eram lembrados com naturalidade e a perda do controle sobre os diversos ambientes da vida, entre eles o trabalho.

Quanto aos mecanismos de regulação ou estratégias de coping, concluiu-se que se mostraram importantes para explicar a ausência de estresse para um terço dos gestores pesquisados. O mecanismo mais utilizado foi à possibilidade de descansar, de forma regular nos feriados e finais de semana.

Em relação à análise do estresse ocupacional comas variáveis demográficas, funcionais, hábitos de vida e saúde, constatou-se que este não sofre influência da idade, escolaridade e uso contínuo de medicamentos. No entanto, verificou-se associação do estresse ocupacional e a presença de enfermidades, ou seja, os indivíduos que relataram algum tipo de doença são os que apresentaram também, maior nível de estresse, se comparados com os gestores que não apresentaram esta queixa.

Constatou-se também que o aumento nas fontes de tensão do indivíduo implica no aumento dos níveis de estresse ocupacional e, que o estresse ocupacional impacta nos indicadores relacionados ao trabalho, ou seja, aumento no estresse ocupacional leva a aumento nos indicadores de impacto no trabalho.

(12)

motivação e comprometimento dos profissionais envolvidos, haja reflexos na qualidade dos serviços prestados à comunidade.

As limitações desta pesquisa podem ser vistas como possibilidade de estudos futuros, uma vez que contemplou apenas gestores. Surge, portanto, a possibilidade de se estudar os servidores que ocupam diferentes funções na instituição pesquisada, sobretudo os docentes, como também em outras instituições públicas e privadas de ensino superior.

Referências

Baker, D. B., & Karasek, R. A. (2000). Stress. In: Levy, B. S., Wegman, D. H., Occupational

health: recognizing and prevening work related disease and injury. Philadelphia: Lippincott

Williams & Wilkins.

Chanlat, J. F. (2005). Mitos e realidades sobre o estresse dos gerentes. In: Davel, E. P. B., & Melo, M. C. O. L. (Orgs.). A gerência em ação: singularidades e dilemas do trabalho gerencial. Rio de Janeiro: FGV.

Collis, J. & Hussey, R. (2005). Pesquisa em Administração: um guia prático para alunos de

graduação e pós-graduação. (2th ed). Porto Alegre: Bookman.

Cooper, C. L et al. (1988). Occupational stress indicator: test sources of pressure in job. London: Windsor.

Corin, L., & Björk, L. (2017). Job demands and job resources in human service managerial work an external assessment through work content analysis. Old site of Nordic. Journal of Working Life

Studies, 6 (4), 3-28.

Couto, H.A. (2014). Ergonomia do corpo e do cérebro no trabalho: os princípios e a aplicação

prática. Belo Horizonte: ERGO.

Custodio, J. C. D., et al. (2013). O trabalho, os papéis e as competências do gerente: reflexões à luz do modelo de gestão de Henry Mintzberg. In X Simpósio de Excelência em Gestão e

Tecnologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Davel, E., & Melo, M. C. O. (orgs.). (2005). A gerência em ação: singularidades e dilemas do

trabalho gerencial. Rio de Janeiro: FGV.

Dewe, P. J., & Cooper, C. L. (2017). Work stress and coping: forces of change and challenges. London: Sage Publications.

Elias, M. A., & Navarro, V. L. (2006). A relação entre o trabalho, a saúde e as condições de vida: negatividade e positividade no trabalho dos profissionais de enfermagem de um hospital escola.

Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, 14 (4), 517-525.

Farah, B. Q., et al. (2013). Percepção de estresse: associação com a prática de atividades físicas no lazer e comportamentos sedentários em trabalhadores da indústria. Revista Brasileira Educação

Física e Esporte, pp. 225-234.

Gonçalves, D. K. R. (2018). Estresse ocupacional: estudo com gestores de unidades acadêmicas de saúde de uma instituição pública federal de ensino superior na cidade de Belo Horizonte/MG. (Dissertação mestrado, Centro Universitário Unihorizontes). 2018.

Hair., et al. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman.

(13)

Laranjeira, R et al. (2014). II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD) - 2012. Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas (INPAD), UNIFESP. São Paulo.

Kivimäki et al. (2013). Associations of job strain and lifestyle risk factorswith risk of coronary artery disease: a meta-analysisof individual participant data. Canadian Medical Association or its

licensors, 185 (9), 763-769.

Levi, L. (2008). O guia da comissão européia sobre stress relacionado ao trabalho e iniciativas relacionadas: das palavras à ação. In: Rossi, A. M.; Perrewé, P. L.; Sauter, S. L. (Orgs.). (2008).

Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo:

Atlas.

Limongi-França, A. C., & Rodrigues, A. L. (2005). Stress e trabalho: uma abordagem

psicossomática. (4th ed). São Paulo: Atlas.

Lipp, M. E. N. (2005). Stress e o turbilhão da raiva. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Maffia, L. N. (2013). Estresse ocupacional em gestores: estudo nas secretarias de Estado de Minas Gerais. 2013. 158 f. Dissertação (Mestrado em Administração, Centro de Pós-graduação e

Pesquisas em Administração, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte).

Michie, S. (2009). Causes and management of stress at work. Occupational and Environmental

Medicine, pp. 67–72.

Nickel, D. C., & Coser, C. (2007). Mudança Organizacional, aprendizagem e estresse: um estudo de caso numa IES. Revista de Gestão USP, 14 (3). São Paulo, 91-106.

Organização Mundial da Saúde. (2018). Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID- 10. Recuperado em 10 de março, 2018, de

http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/cid10.html.

Paschoal, T., & Tamayo, Á. (2004). Validação da Escala de Estresse no Trabalho. Estudos de

Psicologia, 9 (1), 45-52.

Pego, Z. O. (2015). Estresse ocupacional: estudo com gestores de uma instituição de ensino

público federal do Estado de Minas Gerais. 117 p. (Dissertação de Mestrado, Faculdade Novos

Horizontes).

Pego, Z. O., Zille, L. P., & Soares, M. G. (2017). O estresse ocupacional de servidoras técnico-administrativas. Revista Alcance, 23 (2), 156-169.

Pestana, M. H., & Gagueiro, J.N. (2000). Análise de dados para ciências sociais: a

complementariedade do SPSS. (2th ed), Lisboa: Edições Sílabo.

Portal Brasil. (2018). Número de fumantes no país diminui nos últimos 25 anos, 2017. Recuperado em 22 de fevereiro em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2017/04/Numero-de-fumantesno-pais-diminuiu-nos-ultimos-25-anos>.

Prado, C. L P. (2016). Estresse ocupacional: causas e consequências. Revista Brasileira de

Medicina do Trabalho, 5 (2), 84-99.

Ramos, A. P. L. V. (2017). Estresse ocupacional: estudo com gestores de um hospital público

regional do estado de Minas Gerais. 158 p. (Dissertação de Mestrado, Centro Universitário

Unihorizontes).

Santos, A. Q. (2015). Estresse ocupacional: estudo realizado com gestores docentes de unidades

(14)

Santos, C. G. C. et al. (2017). Occupational Stress in Professionals of Mobile Emergency Service. A Descriptive Study. International Archives of Medicine, 9 (197) 1-8.

SB, H. et al. (2012). Exercise intervention may prevent depression. Int J Sports Med. pp. 525-530. Selye, H. (1959). The stress of life. Toronto: McGraw-Hill.

Silva, J. S., et al. (2014). Estresse dos servidores de uma instituição federal de ensino superior. In XIV Colóquio Internacional de Gestão Universitária – CIGU. Santa Catarina.

Wilhelm, F. A. (2012). Características das situações estressantes e estratégias de enfrentamento

utilizadas por gestores universitários. 289 p. (Tese de Doutorado, Universidade Federal de Santa

Catariana), 2012.

Worrall, L., et al. (2016). The changing nature of professional and managerial work: issues and

challenges from an empirical study of the UK. Cheltenham: Edward Elgar Publishing.

Zanelli, J. C. (2010). Estresse nas organizações de trabalho: compreensão e intervenção baseadas

em evidências. Porto Alegre: Artmed.

Zille, L. P. (2005). Novas perspectivas para a abordagem do estresse ocupacional em gerentes:

estudo em organizações brasileiras de setores diversos. Tese de Doutorado, Centro de

Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. Zille, L. P., & Braga, C. D. (2010). Estresse ocupacional e as principais fontes de tensão no trabalho: impactos na produtividade de gestores do setor de energia elétrica brasileiro. In XXXIV

Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. Rio de Janeiro.

Zille, L. P. (2011). O estresse e os impactos no trabalho na função gerencial: buscando as

interfaces da realidade brasileira e portuguesa. In: Barbosa, A. C. e Silva, J. R. (Orgs.). Economia,

gestão e saúde: as relações luso-brasileiras em perspectiva. Lisboa: Edições Colibri.

Zille, L. P. et al. (2016). Estresse Ocupacional: estudo com mulheres gestoras que atuam em empresas privadas no estado de MINAS GERAIS. Belo Horizonte: FAPEMIG/FNH, 2016. (Relatório de pesquisa).

Referências

Documentos relacionados

Modo 16:9 Ecrã 16:9 Sob pesquisa Português Desl Desl HDMI digitalização Idioma menus Temporizador Demonstração Avançado Repor definição Imagem Som Configurar Actl.. Instalação

S MX x Temperatura máxima do acumulador 60 °C [140 °F] 28 OSEM x Opção Desactivação de emergência do acumulador OFF 29 EM x Temperatura de emergência do colector Temperatura

Graças ao apoio do diretor da Faculdade, da Rede de Museus e em especial da Pro Reitoria de Extensão, o CEMEMOR tem ampliado e mantido suas atividades junto

3.7.7 Para candidatos que tenham obtido certificação com base no resultado do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, do Exame Nacional para Certificação de Competências

De acordo com estes resultados, e dada a reduzida explicitação, e exploração, das relações que se estabelecem entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e o ambiente, conclui-se

O auto-exame não é para afugentar, e, sim, para que o irmão envolva-se numa comunhão mais íntima, mais verdadeira e mais profunda com Deus... Em novembro teremos o Retiro de

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA - A apresentação das faturas pela CONTRATADA ao CONTRATANTE mensalmente, o valor da fatura da mensalidades dos usuários inscritos a cada

objeto da didática, é uma atividade específica que gera desenvolvimento (o ensino precede o desenvolvimento) quando está direcionado para a zona de desenvolvimento potencial