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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CAMPUS DE CURITIBANOS. Carlos Henrique Jacob de Andrade

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CAMPUS DE CURITIBANOS Carlos Henrique Jacob de Andrade

Investigação da resistência de biótipo de Euphorbia heterophylla a herbicidas inibidores de ALS, em Paim Filho - RS

CURTIBANOS - SC 2021

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Carlos Henrique Jacob de Andrade

Investigação da resistência de biótipo de Euphorbia heterophylla a herbicidas inibidores de ALS, em Paim Filho - RS

Trabalho de conclusão de curso (TCC), do curso de graduação em Agronomia, do Centro de Ciências Rurais, Campus de Curitibanos, da Universidade Federal de Santa Catarina.

Orientadora: Profa. Dra. Naiara Guerra

Curitibanos - SC 2021

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Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,

Através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC

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AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos,

Agradeço a Deus primeiramente por ser anteparo nos momentos difíceis durante a realização do curso.

Agradeço a minha família, em especial aos meus pais, Sueli das Graças Jacob de Andrade e José Carlos de Andrade que não estão mais presentes fisicamente para ver este momento, mas sim em meu coração. E ao meu irmão Felipe Jacob de Andrade. Também agradeço ao meu Tio Antonio Carlos de Andrade, a minha Tia Rozilei de Andrade e a minha Avó Coinceição Braz.

Agradeço a minha orientadora Naiara Guerra pela oportunidade de estar realizando a pesquisa com uma Dra., tão espetacular.

Agradeço também a meus amigos de estudos, principalmente ao Helber Leme que me abriu as portas para UFSC, e a outros como, Luiz Carlos Ribeiro, Gian Wendler, Júlio Conte, Igor Bequer, Wesley Suzin, Jonathan Ross, Bruno Alves Rodrigues, Leonardo Ely, José Antônio Oliveira Netto, Renan Haramoto e o André Gustavo Ferreira, onde fiquei estabelecido e me abriram as portas para obter conhecimento e vivencia com eles.

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RESUMO

Plantas de leiteiro (Euphorbia heterophylla) apresentam elevada capacidade competitiva com diversas culturas, incluindo a soja. No Brasil há relatos da resistência desta espécie a herbicidas inibidores de enzima acetolactato sintase (ALS), protoporfirinogênio oxidase (PROTOX) e enol-piruvil-shikimato-fosfato sintase (EPSPS). Assim, esta pesquisa teve o objetivo de avaliar a possível resistência de um biótipo de E. heterophylla, proveniente de área de soja em Paim Filho-RS, aos herbicidas inibidores de ALS de diferentes grupos químicos (imazamox, clhorimuron-ethyl e diclosulam). Para tanto foram instalados seis experimentos em casa de vegetação em Curitibanos - SC, em delineamento inteiramente casualizado, com oito tratamentos e três repetições. Os experimentos foram representados pela combinação dos herbicidas inibidores de ALS imazethapyr, chlorimuron-ethyl e diclosulan e dois biótipos de E.

heterophylla, um com suspeita de resistência e outro sabidamente suscetível. As doses utilizadas foram: 0, 1/8, 1/4, ½, 1, 2, 4 e 8 vezes a dose recomendada do herbicida para controle de leiteiro na cultura da soja. As variáveis avaliadas foram controle do leiteiro aos 07, 15 e 21 dias após a aplicação (DAA) e também, aos 21 DAA determinou-se a massa seca das plantas. A dose dos herbicidas estudados necessária para controlar ambos os biótipos, foi inferior a dose recomendada. O biótipo do Rio Grande do Sul mostrou sensibilidade aos herbicidas testados. O biótipo de E. heterophylla coletados em Paim Filho, RS, não apresenta resistência simples ou cruzada aos herbicidas imazamox, chlorimuron-ethyl e diclosulan. Atraves disso, o trabalho realizou as aplicações para que pudesse avaliar se os biótipos coletados estavam ou não resistentes aos herbicidas inibidores de AÇS, assim, é necessário que os produtores da região avaliada, utilizem medidas para prevenir a seleção de E. heterophylla resistente a herbicidas em suas áreas, uma vez que a resistência não foi confirmada.

Palavras-chave: Leiteiro. Imazamox. Chlorimuron-ethyl. Diclosulan.

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ABSTRACT

Wild ponsettia (Euphorbia heterophylla) have a high competitive capacity with several crops, including soybeans. In Brazil, there are reports of resistance of this species to herbicides that inhibit the enzyme acetolactate synthase (ALS), protoporphyrinogen oxidase (PROTOX) and enol-pyruvyl-shikimate-phosphate synthase (EPSPS). Thus, this research aimed to evaluate the possible resistance of a biotype of E. heterophylla, from a soybean area in Paim Filho-RS, to ALS- inhibiting herbicides of different chemical groups (imazamox, chlorimuron-ethyl and diclosulam). For this purpose, six experiments were installed in a greenhouse in Curitibanos - SC, in a completely randomized design, with eight treatments and three replications. The experiments were represented by the combination of the ALS inhibitor herbicides imazethapyr, chlorimuron-ethyl and diclosulan and two E. heterophylla biotypes, one with suspected resistance and the other known to be susceptible. The doses used were: 0, 1/8, 1,/4, ½, 1, 2, 4 and 8 times the recommended dose of the herbicide to control dairy in soybean crops. The variables evaluated were dairy control at 07, 15 and 21 days after application (DAA) and also, at 21 DAA, plant dry mass was determined. The dose needed to control both biotypes was lower than the recommended dose of the studied herbicides. The Rio Grande do Sul biotype showed sensitivity to the tested herbicides. The biotype of E. heterophylla collected in Paim Filho, RS, does not show simple or cross-resistance to the herbicides imazamox, chlorimuron-ethyl and diclosulan. The control failures observed in the field can be attributed to application in inadequate stages, unfavorable environmental conditions for the application of herbicides, among other factors. It is necessary that producers in the region use measures to prevent the selection of E. heterophylla resistant to herbicides in their areas, since resistance has not been confirmed.

Keywords: Milkman. Imazethapyr. Chlorimuron-ethyl. Dclosulan.

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LISTAS DE FIGURAS

Figura 1 - Planta adulta de E. heterophylla...15 Figura 2 – Planta de E. heterophyla em Paim Filho – RS...25 Figura 3 – Estágio das plantas de E. heterophylla no momento da

aplicação...27 Figura 4 – Controle (%) e massa seca (g planta-1) de biótipos de Euphorbia heterophylla após a aplicação de doses do herbicida

imazamox...29 Figura 5 - Biótipos de Euphorbia heterophylla aos 21 dias após a aplicação de doses do herbicida imazamox...30 Figura 6 - R Controle (%) e massa seca (g/planta) de biótipos de Euphorbia heterophylla após a aplicação de doses do herbicida chlorimuron-

ethyl...31 Figura 7 - Biótipos de Euphorbia heterophylla aos 21 dias após a aplicação de doses do herbicida chlorimuron-ethyl...32 Figura 8 - Controle (%) e massa seca (g planta-1) de biótipos de Euphorbia heterophylla após a aplicação de doses do herbicida

diclosulan...33 Figura 9 - Biótipos de Euphorbia heterophylla aos 21 dias após a aplicação de doses do herbicida diclosulan...34

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Doses dos herbicidas imazamox, chlorimuron-ethyl e diclosulan utilizadas nos experimentos de investigação de resistência de Euphorbia heterophylla...26

Tabela 2 - Dose (g ha-1) dos herbicidas chlorimuron-ethyl, imazamox e diclosulam necessária para reduzir o crescimento das plantas de leiteiro (Euphorbia heterophylla) em 80% (GR80) ou para controlar 80% das plantas da parcela (C80), aos 21 dias após

aplicação...35

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ALS - Acetolactato Sintase

COCARI - Cooperativa Agropecuária e Industrial

COODETEC - Cooperativa Central Agropecuária de Desenvolvimento e Econômico C80 – Porcentagem de Controle

DAA - Dias Após Aplicação DAE - Dias Após a Emergência DAP - Dias Após Aplicação DNA - Ácido Desoxirribonucléico EPHHL - Euphorbia heterophylla

EPSPS - Enol-piruvil-shikimato-fosfato sintetase

GR80 - Dose necessária para inibir o desenvolvimento – massa seca em 80%

HRAC - Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas MS - Massa Seca

MG - Minas Gerais

PCPI - Período Crítico de Prevenção a Interferência PROTOX - Protoporfirinogênio oxidase

RS - Rio Grande do Sul

SBCPD – Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas SC - Santa Catarina

SP - São Paulo

TCC - Trabalho de Conclusão de Curso

TSR - Mecanismo Relacionado ao Local de Ação UFFS - Universidade Federal da Fronteira do Sul

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...12

1.1 OBJETIVOS...13

1.2 JUSTIFICATIVA...13

2 REFERENCIAL TEÓRICO...14

2.1 EUPHORBIA HETEROPHYLLA...14

2.2 INTERFERÊNCIA DE EUPHORBIA HETEROPHYLLA EM CULTURAS AGRÍCOLAS...16

2.3 RESISTÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NO BRASIL...18

2.4 RESISTÊNCIA DE EUPHORBIA HETEROPHYLLA A HERBICIDAS...19

2.5 HERBICIDAS INIBIDORES DA ALS...19

2.5.1 Imazamox...21

2.5.2 Chlorimuron-ethyl...22

2.5.3 Diclosulan...23

3 MATERIAL E MÉTODOS...24

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...28

4.1 IMAZAMOX...28

4.2 CHLORIMURON-ETHYL...30

4.3 DICLOSULAN...32

5 CONCLUSÃO...38

REFERÊNCIAS...39

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1 INTRODUÇÃO

Euphorbia heterophylla (leiteiro) é uma espécie que tem altos índices de infestação em áreas agrícolas principalmente em cultivo de soja, além de pastagens, e até em áreas não cultivadas. Em relação a suas características morfológicas, esta espécie tem capacidade altíssima de produção de sementes, e de muito fácil dispersão, onde se desenvolvem rápido e são muito agressivas na competitividade por luz, nutrientes e água (ADEGAS et al., 2020).

O uso frequente de herbicidas para o controle de plantas daninhas, causa pressão de seleção sobre as populações de plantas daninhas, promovendo, assim a seleção de biótipos resistentes. Desta forma, existem relatos, a nível mundial e no Brasil, que confirmam a resistência de E. heterophylla a alguns herbicidas com diferentes mecanismos de ação como aos inibidores de EPSPS, PROTOX e ALS. Tendo também que nos últimos anos, está espécie vem se tornando um grave problema de controle em áreas de cultivo de forma mundial (ADEGAS et al., 2020).

No Brasil, há relatos que comprovou a resistência múltipla desta espécie, onde foi identificado biótipos resistentes a herbicidas inibidores de PROTOX e ALS (RIZZARDI et al., 2021).

O impacto causado pelo cultivo da cultura de interesse com a presença de Euphorbia heterophylla resulta em perdas significativas. Existe estudos que apontam perdas diárias de 5,2 a 5,5 kg ha-1 de grãos de soja a cada dia de convívio com essa planta daninha. Assim, segundo estudos, 32 plantas daninhas de leiteiro m-2 é o suficiente para reduzir a produtividade em 50% (ADEGAS et al., 2020).

Pesquisas sobre a identificação e confirmação da resistência de plantas daninhas a herbicidas são importantes para auxiliar na tomada de decisão na escolha de um sistema de manejo de plantas daninhas. Por exemplo, em áreas que apresentem E. heterophylla resistente a herbicidas pode ser adotadas técnicas de manejo principalmente em períodos de entre safra, conciliando o uso de herbicidas alternativos, e controle cultural, que dificultam o desenvolvimento da E. heterophylla.

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1.1 OBJETIVOS

Avaliar a possível resistência de biótipos de Euphorbia heterophylla, provenientes de área de soja em Paim Filho-RS, aos herbicidas inibidores de ALS de diferentes grupos químicos (imazamox, clhorimuron-ethyl e diclosulam).

1.2 JUSTIFICATIVA

O custo do manejo de plantas daninhas em áreas agrícolas aumenta gradativamente com a presença de biótipos resistentes, devido a necessidade do uso de herbicidas alternativos e a perda de produtividade pela interferência destas plantas daninhas. A utilização de herbicidas alternativos pode ser variável de acordo com o produtor, mas quando se tem a resistência, as opções de herbicidas se restringem e o custo de manejo pode variar de R$ 141,90 a R$

253,20 por hectare, estes valores podem ser até 42 a 222% superiores a áreas em que não há a resistência de plantas daninhas (ADEGAS et al., 2017).

Assim, é de importância significativa para a agricultura do Rio Grande do Sul, pois existe relato de biótipos de E. heterophylla que não foram controlados após a aplicação de herbicida inibidores da ALS, e já foi reportado no Brasil no ano de 1993 casos de resistência desta espécie a este mecanismo de ação (WEED SCIENCE, 2021). Relatos como este, onde foi a primeira planta daninha que ocorreu a resistência múltipla no Brasil, e a segunda com resistência simples,necessitam de atenção, pois, deve-se adotar técnicas para o manejo dessas espécies, evitando com que ela se prolifere e se espalhe para outras regiões e estados, onerando cada vez mais os custos para controle e consequentemente a rentabilidade da atividade agrícola.

E caso não seja confirmada ou encontrada espécies resistentes na região de Paim Filho - RS , deve-se orientar melhor os produtores em tomar medidas de prevenção para seleção de biótipos resistentes. Além de indicar as possíveis falhas ocorridas antes, durante e após a aplicação que possam ter resultado na baixa eficiência de controle.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EUPHORBIA HETEROPHYLLA

A espécie E. heterophylla (Figura 1) é uma planta daninha conhecida no Brasil pelos nomes populares leiteiro e amendoim bravo. Tem característica de ser uma planta capaz de afetar a produtividade de diversas culturas, tanto anuais como perenes

. E. heterophylla é caracterizada por ser uma eudicotiledônea, pertence à família botânica Euphorbiaceae, tem ciclo anual de verão, com liberação de substância leitosa quando a planta sofre injúrias (principal característica do seu nome popular), herbácea, podendo atingir uma altura de 30 a 80 cm, caule pode ser simples ou ramificado, as folhas são alternadas, opostas ou verticuladas com presença tanto no caule como nos ramos, o formato do limbo foliar é bastante variável, podendo ser ovalado, panduriforme (formato de violino) e lanceolado, esta característica é chamada de heterofilia (LORENZI, 2000; LORENZI, 2014).

É uma planta com metabolismo fotossintético do tipo C4, com um rápido crescimento inicial, altamente competitiva e com capacidade de se propagar com até quatro gerações no período de um ano (FIGUEIREDO et al., 2019).

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Figura 1. Planta adulta de E. heterophylla.

Fonte: Agro Bayer Brasil.

Está espécie é nativa da América Central e do sul dos Estados Unidos da América, é encontrada em regiões tropicais e subtropicais do continente americano. Conforme a sua alta capacidade de dispersão a espécie também foi relatada em muitos países situados na região tropical do continente Africano, na Índia, nas Ilhas Oceânicas, África do Sul e de regiões mediterrâneas (FIGUEIREDO et al., 2019).

No Brasil ainda não se tem publicações na literatura científica que demonstrem a sua distribuição geográfica, porém está amplamente presente na região centro-sul do Brasil. Através de um estudo efetuado no estado do Rio Grande do Sul, verificou-se que 74% das áreas com cultivos agrícolas, principalmente de soja, estavam infestados com essa espécie (WINKLER et al., 2004).

E. heterophylla tem seu meio de reprodução exclusivamente via semente, com formato ovalado irregular, de 2 a 3 mm de comprimento por 2,5 mm de largura e espessura. Tem o tegumento rígido, com a superfície áspera, fosca, sem pelos e de coloração castanha (KARAM et al., 2021). Uma única planta tem a capacidade de produzir cerca de 490 sementes (FONTES et al., 2015).

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Experimentos realizados sobre a viabilidade das sementes de E.

heterophylla, por meio do teste de tetrazólio, registraram taxas de viabilidade para sementes de biótipos resistentes a herbicidas de 72%, enquanto que biótipos suscetíveis apresentaram 69% (AARESTRUP et al., 2008).

Além da elevada viabilidade das sementes de leiteiro, estas têm a capacidade de germinar mesmo em grandes profundidades de solo quando expostas em condições favoráveis. Segundo pesquisas de Scheren et al. (2014) está espécie consegue emergir de até 15 cm de profundidade.

2.2 INTERFERÊNCIA DE EUPHORBIA HETEROPHYLLA EM CULTURAS AGRÍCOLAS

No Brasil o leiteiro já foi uma das principais plantas daninhas presentes em campos agrícolas, principalmente em áreas de soja, e hoje ainda se encontra em grande quantidade devido sua alta capacidade de se dispersar. Apesar de ser um problema mais presente na cultura da soja, também está presente em outras culturas, como milho, cana de açúcar, feijão, algodão e pastagens como braquiária (ADEGAS et al., 2020).

O leiteiro é uma planta daninha muito eficiente na extração de nutrientes do solo, principalmente no uso de nitrogênio, e quando convive com outras culturas, ele reduz drasticamente a absorção de nutrientes da cultura, com está interferência é capaz de reduzir até 60% da produtividade de grãos, como exemplo a cultura da soja (FONTES et al., 2015).

O crescimento da soja é um dos aspectos afetados em função da densidade de E. heterophylla presente na área. Estudos que avaliaram os efeitos da densidade de leiteiro indicam que quando a soja foi exposta a aproximadamente 1,5 planta de leiteiro por vaso, teve um pico de crescimento, onde pode ser um estiolamento.

Este maior crescimento da soja se deve a alteração na qualidade de luz recebida pela cultura (processo denominado de inicialismo), pois as plantas daninhas refletem luz em um comprimento de onda podendo estimular o crescimento da cultura. Morfologicamente as plantas de uma cultura serão mais altas que as plantas daninhas, colocando assim a sua área foliar acima do dossel das plantas daninhas, interceptando maior quantidade de radiação. Nesse

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sentido quando a densidade de E. heterophylla é superior a 1,5 planta por vaso, observa-se que as plantas daninhas afetaram negativamente o crescimento da soja (CARVALHO; BIANCO; GUZZO, 2010).

O número de folíolos da soja também é afetado pela presença de E.

heterophylla, isso se dá devido a menor absorção de água e nutrientes pela soja, devido à alta competitividade. Quando comparada com uma soja livre da infestação, consta que onde há a convivência ocorreu uma redução de 74% dos trifólios (CARVALHO; BIANCO; GUZZO, 2010). Em consequência da redução no crescimento e número de trifólios da soja em convivência com o leiteiro há impacto no acúmulo de matéria seca da cultura. Segundo Carvalho, Bianco e Guzzo (2010) o acúmulo de MS (massa seca) de soja livre da infestação de planta daninha mostrou-se um aumento de 82% em relação a soja com a presença de E. heterophylla.

Com infestação de E. heterophylla, na densidade de 25 plantas m-2, foi constado que é necessário o controle PCPI (período crítico de prevenção a interferência) dos 11 aos 68 DAE (dias após emergência) da soja e a interferência imposta pelas plantas daninhas promoveu queda diária de 6,45 kg ha-1 na produtividade da cultura, e durante todo o ciclo o percentual de perda estimado foi de 38% (MESCHEDE et al., 2004).

Em estudo realizado em Viçosa-MG onde teve o objetivo de determinar os períodos de interferência de E. heterophylla na cultura da soja sob baixa densidade de semeadura mostrou que, o maior fluxo de emergência de planta daninha ocorreu nos primeiros 40 dias após a emergência (DAE) da soja. As plantas de E. heterophylla que germinaram antes dos 44 DAE da soja, influenciaram negativamente na produtividade desta cultura. Nos primeiros 17 dias após a emergência da soja a convivência com o leiteiro não causou qualquer efeito sobre a produtividade. Assim, neste ensaio o período crítico de prevenção a interferência (PCPI) foi dos 17 aos 44 DAE da soja (MESCHEDE et al., 2002).

Silva et al. (2015) estudando o efeito da interferência de plantas daninhas na soja no Paraná observaram que o não controle de plantas daninhas durante todo o ciclo de desenvolvimento de soja ocasiona perdas de até 82% na produtividade. Segundo estes autores para as condições e realização do

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experimento o período em que são necessárias medidas de controle de plantas daninhas vai dos 24 a 38 DAE da soja.

2.3 RESISTÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NO BRASIL

A resistência de plantas daninhas a herbicidas é decorrente de biótipos que tem a capacidade de sobreviver e se reproduzir após a exposição à herbicidas, que para uma planta suscetível da mesma espécie seria letal. O surgimento de biótipos resistentes a herbicidas está relacionado a mudança genética natural da população. Contudo com aplicações repetidas de um mesmo herbicida ou herbicidas que apresentem o mesmo mecanismo de ação há a seleção destes biótipos resistentes (EMBRAPA TRIGO, 2006).

Existem diferentes tipos de resistências, a simples, cruzada e a múltipla. A resistência simples se dá quando um biótipo sobrevive a apenas um herbicida que seria letal aos biótipos suscetíveis. A resistência cruzada ocorre quando uma planta daninha é resistente a mais de um herbicida com o mesmo mecanismo de ação, contudo pertencente a diferentes grupos químicos. Já a resistência múltipla está relacionada a uma planta daninha que tem a capacidade de sobreviver a herbicidas com diferentes mecanismos de ação (sítios de ação), sendo esse tipo de resistência, a de maior dificuldade de controle (EMBRAPA TRIGO, 2006;

CHRISTOFFOLETI; NOCOLAI, 2016; BARROSO; MURATA, 2021).

No Brasil até agosto do ano 2021 foram relatados 53 casos de resistência de plantas daninhas a herbicidas, com destaque para as espécies Bidens pilosa (picão-preto); Euphorbia heterophylla (leiteiro); Conyza spp.(buva); Amaranthus spp. (caruru); Eleusine indica (capim-pé-de-galinha), Lollium multiflorum (azevém), Echinochloa spp. (capim-arroz) e Digitaria insularis (capim-amargoso) (WEED SCIENCE, 2021).

Dentre os mecanismos de ação de herbicidas com maior número de relatos de resistência de plantas daninhas no Brasil está os inibidores de ALS, com 30 casos relatados (WEED SCIENCE, 2021). Segundo Prigol et al. (2014) os herbicidas inibidores de ALS, são responsáveis por cerca de 32% dos casos de resistência de planta daninha a nível mundial, isso mostra que as plantas daninhas

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tem maior frequência de resistência a este tipo de herbicida quando comparado com os outros mecanismos de ação.

2.4 RESISTÊNCIA DE EUPHORBIA HETEROPHYLLA A HERBICIDAS

Antes da introdução de soja geneticamente modificada no Brasil, o leiteiro era, segundo os produtores, uma das plantas daninhas com maior infestação nas propriedades, isso acontecia devido a capacidade de germinação em grandes profundidades, ciclo curto, crescimento rápido e alta habilidade competitiva por nutrientes. Na década de 90, os herbicidas que inibem a enzima ALS eram os mais utilizados para o controle dessa espécie. Em função dessa ampla utilização surgiram os primeiros biótipos de leiteiro resistente a herbicidas deste mecanismo de ação (ADEGAS et al., 2020).

Em 1993 foi confirmada para o leiteiro no Brasil a resistência cruzada a herbicidas inibidores da ALS do grupo químico das sulfoniulreias (chlorimuron- ethyl), triazopirimidinas (cloransulan-methyl) e imidazolinonas (imazethapyr, imazamox e imazaquin). Em 2004 foi identificado em áreas de milho e soja a resistência múltipla aos mecanismos de ação dos inibidores da ALS e inibidores da PROTOX. Mais recentemente, em 2019, foi comprovada um novo caso de resistência de E. heterophylla, agora ao herbicida glyphosate que inibe a enzima EPSPs (WEED SCIENCE, 2021).

A resistência do leiteiro com herbicidas inibidores a EPSPS, foi constatada em uma região do Paraná onde a propriedade tinha o cultivo de soja e observou- se a presença de leiteiro na cultura após a aplicação de glyphosate. E com isso foi feito a pesquisa que foi confirmou que a suspeita de que a planta daninha era resistente (ADEGAS et al., 2020).

2.5 HERBICIDAS INIBIDORES DA ALS

Os herbicidas inibidores da ALS compreendem o mecanismo de ação com maior número de ingredientes ativos. Estes estão distribuídos em diversos grupos químicos, sendo eles as imidazolinonas, pirimidinil(tio)benzoatos,

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sulfonilaminocarbonitriazolinonas, sulfonilureias e triazolopirimidinas (BARROSO;

MURATA, 2021).

Estes herbicidas atuam em plantas sensíveis inibindo de forma não- competitiva a enzima ALS. Com essa inibição ocorre a paralisação da síntese dos aminoácidos de cadeia ramificada, valina, leucina e isoleucina. A ausência destes aminoácidos essenciais ao desenvolvimento da planta resulta em efeito negativo ao metabolismo celular, pois proteínas que necessitam destes aminoácidos não podem ser produzidas (EMBRAPA TRIGO, 2006; BARROSO; MURATA, 2021).

Contudo, as plantas não morrem apenas devido à falta destes aminoácidos, pois, a divisão celular também é inibida, pode haver acúmulo de acetohidroxibutirato e diminuição na translocação de assimilados no floema o que leva a um efeito cascata levando a morte das plantas (ROMAN et al., 2004).

Os sintomas observados nas plantas suscetíveis a herbicidas são a paralização do crescimento (ocorrendo em poucas horas após a aplicação), este processo age morfologicamente quando o herbicida impede a produção de aminoácidos, interrompendo a síntese proteica da planta, que por sua vez vai interferir na síntese de DNA e no crescimento celular. Através disso, ocorre o amarelecimento das folhas, sintoma conhecido como clorose, arroxeamento ou avermelhamento das nervuras em função do acúmulo de antocianinas e redução do sistema radicular (ROMAN et al., 2004).

A morte da planta daninha ocorre em cerca de 7 a 14 dias após a aplicação, já os sintomas vão aparecendo com o decorrer dos dias como a murcha das partes jovens da planta. Em folha larga é comum a presença de nervuras avermelhadas na parte abaxial das folhas (EMBRAPA TRIGO, 2006).

Os herbicidas inibidores da ALS apresentam alta eficácia em dosagens, tem indicação de controle para gramíneas e folha larga, pode usá-lo em pré e pós- emergência. São herbicidas seletivos a diversas culturas e sistêmicos com translocação aposimplastica (xilema e floema) (ROMAN et al., 2004; BARROSO;

MURATA, 2021).

Muitos herbicidas inibidores de ALS, são recomendados para o controle de plantas daninhas, inclusive o leiteiro, na cultura da soja, devido a sua alta eficiência, a baixa toxidade a animais, a seletividade e a eficiência em baixas doses (EMBRAPA TRIGO, 2006).

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2.5.1 Imazamox

O herbicida imazamox é um inibidor da ALS pertencente ao grupo químico das imidazolinonas. É um produto registrado no Brasil para as culturas da canola, girassol, soja e feijão, devendo ser usado em pós-emergência de plantas daninhas folhas largas. Recomenda- se aplicação em plantas daninhas com seu adequado estado de vigor vegetativo, evitando-se períodos de seca, altas temperaturas e umidade relativa do ar inferior a 60% (VARGAS; ROMAN, 2006).

O imazamox é um herbicida sistêmico, absorvido pelas folhas e pouco pelo sistema radicular. Estudos apontam que esse herbicida apresenta rápida degradação em condições de solos brasileiros (VARGAS; ROMAN, 2006).

A dose recomendada de imazamox para a cultura da soja varia entre 28 a 49 g ha-1 de ingrediente ativo, controlando diversas espécies de planta daninha, como o caruru, picão-preto, trapoeraba, leiteiro, corda-de-viola, beldroega, guanxuma e etc. Os sintomas se tornam evidentes com uma a duas semanas após a aplicação, onde incluem a paralisação de crescimento, amarelecimento dos meristemas e redução do sistema radicular, com as raízes secundárias apresentando-se uniformemente curtas e grossas (VARGAS; ROMAN, 2006).

Estudos apontam que a resistência de plantas daninhas ao imazamox é explicada por mutações no gene que codifica a enzima ALS (mecanismo target site TSR), com isso os padrões de resistência do imazamox em Euphorbia heterophylla vieram mostrando resistência cruzada a diferentes grupos químicos aos herbicidas inibidores de ALS. Por mais que mecanismos TSR favorecem altos níveis para o surgimento da resistência, outros mecanismos também podem ser favoráveis para o desenvolvimento da mesma. Por exemplo, estudos apontam que variações no padrão de absorção e translocação de herbicidas podem fornecer níveis de resistência também, por que eles podem reduzir a concentração de herbicidas em tecidos meristemáticos para níveis não tóxicos (DELGADO et al., 2019).

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2.5.2. Chorimuron-ethyl

O chlorimuron-ethyl é um herbicida inibidor da ALS, do grupo químico das sulfoniluréias, com a capacidade de ser absorvido pelas plantas daninhas através das folhas e raízes, tem sua característica de translação por toda a planta através do xilema e floema. Por ser um herbicida sistêmico, o crescimento da planta é inibido poucas horas após a aplicação, porém as injurias causadas levam dias para aparecerem. Age na divisão celular na planta ocasionando o amarelecimento das folhas e a morte da gema apical e posteriormente de toda planta. Existem situações que o herbicida é capaz de encurtar o espaçamento entrenós, ou o espaçamento na base do caule. É usado em pós-emergência e no sistema radicular tem seu desenvolvimento prejudicado encurtando as raízes secundárias.

Com isso a morte de plantas daninhas sensíveis leva de 7 a 21 dias para que ocorra (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018).

O chlorimuron-ethyl é seletivo para cultura da soja, e apresenta atividade residual no solo, sendo uma boa estratégia de manejo quando associado com glyphosate em pós-emergência na cultura da soja RR (PROCÓPIO et al., 2007).

Deve ser aplicado com dosagens de 15-20 g ha-1 de ingrediente ativo, e apenas uma aplicação para o manejo de plantas daninhas, sendo antes ou após o ciclo da cultura. Pórém, o seu uso em pós-emergência em plantas daninhas de folhas largas recomenda-se a aplicação quando as mesmas estiverem de 2 a 6 folhas desenvolvidas (NORTOX, 2017).

Há relatos de casos de resistência de plantas daninhas aos chlorimurom- ethyl em praticamente todos os países produtores agrícolas. Sendo que no Brasil as espécies que mais preocupam são Bidens pilosa, Amaranthus palmeri, Conyza sumatrensis e tolerância em espécies como Ipomoea purpurea. Estudos apontam que já existem biótipos de E. heterophylla resistentes no estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina a herbicidas ALS. Segundo um estudo realizado nos estados referentes a resistência, concluiu-se que apenas o chlorimuron-ethyl não foi capaz de controlar plantas de leiteiro com histórico de resistência, onde índices ficaram muito abaixo do que deveria estar para mostrar sua efetividade (4 a 6%) (GELMINI et al., 2001).

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Um trabalho realizado em 2010 no estado do Paraná identificou biótipos de Conyza bonariensis resistente ao chlorimuron-ethyl. Todos os biótipos coletados apresentaram grande quantidade de plantas daninhas sobreviventes após aplicação, confirmando a resistência do herbicida testado (SILVA et al., 2002).

2.5.3 Diclosulan

O diclosulan é um herbicida pertencente ao grupo químico das triazolopirimidinas, que apresenta mecanismo de ação ALS. É recomendado para o controle de plantas daninhas pré-emergência, sendo seletivo para soja e aplicado no solo. Diclosulan necessita de um solo úmido no momento da aplicação, para que seja posicionado na camada de germinação das sementes de plantas daninhas e desta forma aumentar sua eficiência (DOW AGROSCIENCES, 2019).

Para a cultura da soja, a dosagem de aplicação varia de 20 a 36 g ha-1, acordo com as plantas daninhas presentes, como, capim-rasteiro (Acanthospermum australe), caruru (Amaranthus viridis), picão-preto (Bidens pilosa), buva (Conyza bonariensis), capim-amargoso (Digitaria insularis) e o leiteiro (Euphorbia heterophylla), porém fica como recomendado doses entre 23,8 a 41,7 g ha-1 dependendo do grau de infestação. E permite no máximo uma aplicação apenas por ciclo da cultura (DOW AGROSCIENCES, 2019).

No Brasil já existe caso de resistência ao ingrediente ativo diclosulan, sendo a mesma em 2004 descoberta, E. heterophylla, onde foi identificada em culturas de soja e milho. Também já tem a comprovação de resistência na Argentina nas plantas do nabo (Raphanus sativus e Brassica rapa) e nos Estados Unidos já se tem resistência no caruru (Amaranthus palmeri) (WEED SCIENCE, 2021).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos foram realizados em casa de vegetação da Universidade Federal de Santa Catarina (Campus de Curitibanos), localizada no município de Curitibanos-SC, durante os meses de março a junho do ano de 2021.

Foram conduzidos concomitantemente seis experimentos. Dois para cada herbicida, sendo um com o biótipo com suspeita de resistência e outro com o biótipo sabidamente suscetível. Os herbicidas inibidores da ALS estudados foram imazamox, chlorimuron-ethyl e diclosulan.

A condução dos experimentos foi baseada na metodologia “Dez passos para relatos de novos casos de resistência de plantas daninhas a herbicidas no Brasil” desenvolvido pela Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD) e Associação de Ação à Resistência de Plantas Daninhas aos Herbicidas (HRAC) (SBCPD; HRAC, 2018).

Para este trabalho primeiramente realizou-se a coleta das sementes dos biótipos com suspeita de resistência no município de Paim Filho no estado do Rio Grande do Sul, região com histórico do uso de herbicidas inibidores de ALS.

Localizado nas coordenadas: 27º43’12.87” latitude Sul, 51º48’11.07” latitude Oeste e 732 m de altitude. A coleta ocorreu em áreas com suspeita de resistência e que tinham histórico de aplicação de herbicidas (Figura 2), também foram adquiridos biótipos sabidamente suscetíveis da empresa Agrocosmos em Engenheiro Coelho, estado de São Paulo.

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Figura 2. Planta de E. heterophyla em Paim Filho – RS (UFSC – Curitibanos 2021)

As sementes dos biótipos com suspeita de resistência (EPHHL – RS) e o suscetível (EPHHL – SP) foram semeadas primeiramente em bandejas de isopor (200 células) no dia 25/03/2021 e colocadas em casa de vegetação para germinar, com sistema de irrigação acionado de 3 em 3 horas por 5 minutos.

Após a emergência, quando as plântulas estavam com duas folhas, (22/04/2021), foi feito o transplantio destas para vasos plásticos com capacidade de 1L, preenchidos com solo peneirado previamente corrigido. Os vasos foram mantidos em casa de vegetação e irrigados para sempre estarem com umidade próxima a capacidade de campo. Foi feito um desbaste deixando-se até 2 plantas vaso-1.

Quando as plantas atingiram de 3-4 folhas verdadeiras, foi realizado a aplicação dos herbicidas.

Os produtos comerciais utilizados para os tratamentos foram (nome comercial, concentração do ingrediente ativo (i.a), formulação e empresa

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fabricante, respectivamente): Imazamox (Raptor, 700g kg-1, WG, Basf), Chlorimuron-ethyl (Classic, 250g kg-1, WG, FMC), Diclosulan (Spider, 840 g kg-1, WG, Corteva). Em todas as aplicações foi adicionado o adjuvante a base de éster metílico de soja (produto comercial Áureo® na dose de 0,2% v/v, 200 mL a cada 100L).

Os experimentos foram conduzidos em delineamento experimental inteiramente casualizado, com oito tratamentos e três repetições. Os tratamentos foram oito doses de cada herbicida, equivalente a 0, 1/8, 1/4, ½, 1, 2, 4 e 8 vezes a dose recomendada pela bula do herbicida (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018), e estão listados na Tabela 1.

Tabela 1. Doses dos herbicidas imazamox, chlorimuron-ethyl e diclosulan utilizadas nos experimentos de investigação de resistência de Euphorbia

heterophylla. Curitibanos, SC, 2021.

Tr at

Dose em relação a recomendada

Imazamox (g ha-1)

Chlorimuron-ethyl (g ha-1)

Diclosulan (g ha-1)

1 0 0 0 0

2 1/8 6,13 2,5 4,47

3 ¼ 12,25 5 8,78

4 ½ 24,5 10 17,56

5 1 49 20 35,11

6 2 98 40 70,22

7 4 196 80 140,44

8 8 392 160 280,88

Em todas as aplicações foi adicionado o adjuvante a base de éster metílico de soja (produto comercial Áureo® na dose de 0,2% v/v, 200 mL a cada 100L).

A aplicação dos herbicidas foi realizada no dia 05 de maio de 2021, utilizado um pulverizador costal pulverizado por CO2 (Figura 3a), munido por uma barra de quatro bicos com espaçamentos 0,5 m entre si e com altura da barra de 0,5 m. As pontas de aplicação foram de jato plano do tipo leque modelo 110015.

A pressão de trabalho foi de 2 kg cm-2, o volume de calda de 150 L ha-1 e com a velocidade de deslocamento de 3,6 km h-1. Para as aplicações foram utilizados equipamentos de proteção individual (EPIs). No momento da aplicação as plantas de leiteiro estavam com 3 a 4 folhas verdadeiras (Figura 3).

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Figura 3. Estágio das plantas de E. heterophylla no momento da aplicação (UFSC – Curitibanos 2021)

As condições meteorológicas monitoradas durante a aplicação foram de umidade relativa do ar (70%), temperatura do ar (22,9ºC), velocidade do vento (0,5 km h-1), além da umidade do solo em capacidade de campo (capacidade total de absorção de água do solo).

As variáveis avaliadas foram o controle visual aos 7, 15 e 21 DAA e a massa seca aos 21 DAA. Para as avaliações de controle as plantas foram avaliadas visualmente por meio de uma escala percentual de notas, no qual zero indica que não ocorreu nenhuma injúria sob a planta daninha e 100 com a morte todas as plantas, conforme metodologia de Kuva et al. (2016). Para a determinação da massa seca foram coletadas as plantas restantes nos vasos, estas foram acondicionadas em sacos de papel e postas para secagem em estufa de circulação forçada de ar a temperatura de 65ºC por 3 dias.

Os dados foram submetidos a análise de variância pelo teste t (5% de probabilidade) e a regressão não linear. Com base no modelo de regressão foi determinado o GR80 (dose necessária para inibir o desenvolvimento – massa seca em 80%) e C80 (dose necessária para controlar 80%).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 IMAZAMOX

A aplicação do herbicida imazamox sobre os biótipos de E. heterophylla provenientes do RS e SP resultou em excelentes níveis de controle, mesmo em doses inferiores a recomendada, independentemente do biótipo estudado.

Aos 7 DAA do imazamox os biótipos de leiteiro provenientes de SP e RS apresentaram controle superior a 60 e 80%, em doses a partir de 50 e 8 g ha-1, respectivamente. A partir dos 15 DAA foi possível notar excelentes porcentagens de controle (>90%) para ambos os biótipos em doses muito inferiores da recomenda que é de 49 g ha-1(Figura 4). Isso demonstra que o biótipo EPHHL- RS não é resistente a esse herbicida, pois o controle se comportou de maneira idêntica ao observado para o biótipo EPHHL-SP, sabidamente suscetível a herbicida (Figura 5).

Os sintomas iniciais observados nas plantas de leiteiro, independentemente do biótipo, após a aplicação do imazamox caracterizaram-se por clorose e arroxeamento das nervuras na parte abaxial das folhas. Contudo rapidamente estes sintomas evoluíram para a necrose dos tecidos, e consequentemente a morte das plantas.

A massa seca de ambos os biótipos de leiteiro, teve redução bastante evidente aos 21 DAA de imazamox se comparada com o tratamento sem a aplicação (dose 0). Na dose zero (testemunha) foi observado 0,13 e 0,10 g de massa seca por planta para os biótipos de SP e RS, respectivamente. Enquanto que doses de imazamox a partir de 19 e 23 g ha-1 (média obtidos dentre os valores) promoveram massa seca por planta menor que 0,01 g para os biótipos de SP e RS, respectivamente (Figura 4 e 5).

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Figura 4. Controle (%) e massa seca (g planta-1) de biótipos de Euphorbia heterophylla após a aplicação de doses do herbicida imazamox. Curitibanos,

SC, 2021.

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Figura 5. Biótipos de Euphorbia heterophylla aos 21 dias após a aplicação de doses do herbicida imazamox. Curitibanos, SC, 2021.

4.2 CHLORIMURON-ETHYL

O biótipo de E. heterophylla com suspeita de resistência (EPHHL-RS) apresentou comportamento idêntico ao biótipo sabidamente suscetível (EPHHL- SP) após a aplicação do herbicida chlorimuron-ethyl (Figuras 6 e 7). Sendo, portanto, descartado a possibilidade de resistência a esse herbicida.

Observou-se aos 15 e 21 DAA do herbicida chlorimuron-ethyl níveis de controle superior a 80% (o que é considerado satisfatório) dos biótipos de E.

heterophylla, em doses a partir de 10 g ha-1 de chlorimuron-ethyl (Figura 6). Essa dose representa a metade da dose recomendada para o controle de espécies como o leiteiro na cultura da soja, que é de 20 g ha-1 de chlorimuron-ethyl (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018).

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Figura 6. Controle (%) e massa seca (g/planta) de biótipos de Euphorbia heterophylla após a aplicação de doses do herbicida chlorimuron-ethyl.

Curitibanos, SC, 2021.

A mesma tendência entre os biótipos foi observada para a variável massa seca da parte aérea. Doses de chlorimuron-ethyl a partir de 20 g ha-1, resultaram em redução no acúmulo de massa seca em mais de 80% se comparado a testemunha (dose zero) (Figura 6).

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Figura 7. Biótipos de Euphorbia heterophylla aos 21 dias após a aplicação de doses do herbicida chlorimuron-ethyl. Curitibanos, SC, 2021.

4.3 DICLOSULAN

Os resultados obtidos após a aplicação de diclosulan, mostraram um controle bem efetivo e rápido, onde na avaliação de 7 DAA, já apresentavam mais de 80% de controle, tanto o suscetível como o com suspeita de resistência (Figura 8), novamente descartando a suspeita de resistência do biótipo coletado no RS.

Doses de diclosulan a partir de 8 g ha-1 promoveram controle superior a 80% de ambos os biótipos aos 21 DAA. Essa dose representa 22,8% da dose máxima de diclosulan recomendada em bula para o controle de E. heterophylla na cultura da soja (RODRIGUES; ALMEIDA, 2018).

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Figura 8. Controle (%) e massa seca (g planta-1) de biótipos de Euphorbia heterophylla após a aplicação de doses do herbicida diclosulan. Curitibanos,

SC, 2021.

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Figura 9. Biótipos de Euphorbia heterophylla aos 21 dias após a aplicação de doses do herbicida diclosulan. Curitibanos, SC, 2021.

Os sintomas visualizados nos biótipos de leiteiro após aplicação dos herbicidas foram parecidos devido a todos os herbicidas pertencerem ao mesmo mecanismo de ação. Os herbicidas inibidores da enzima ALS não controlam a planta daninha apenas pela redução da quantidade de aminoácidos de cadeia lateral, mas também porque após a aplicação do herbicida a divisão celular é afetada (ROMAN et al., 2004). Dentre os sintomas, foi observado primeiramente as bordas foliares um amarelecimento (clorose) tanto nas porções inferior quanto na parte superior da planta, após isso a planta começou a se enrugar paralizando o crescimento, levando então a necrose total e morte das plantas.

Na Tabela 2 são apresentadas as doses dos herbicidas necessária para reduzir o crescimento (GR80) ou controlar (C80) os biótipos de leiteiro em 80%, bem como a dose máxima recomendada destes herbicidas para a soja. É possível observar que principalmente para o imazamox e diclosulan as doses que promoveram controle ou redução no crescimento dos biótipos em 80% foram muito inferiores a recomendada, mostrando alta sensibilidade dos biótipos de SP e principalmente do RS a estes herbicidas. Para o chlorimuron-ethyl apenas a

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dose para reduzir em 80% o acúmulo de MS do biótipo EPHHL-SP, foi superior a dose recomendada, contudo em apenas 2 g ha-1.

Portanto analisando os resultados dos três herbicidas inibidores da ALS, imazamox, chlorimuron-ethyl e diclosulan é possível concluir que o biótipo proveniente de lavouras de soja do município de Paim Filho no Rio Grande do Sul, não possui resistência simples, muito menos cruzada aos herbicidas inibidores de ALS de diferentes grupos químicos.

Tabela 2. Dose (g ha-1) dos herbicidas chlorimuron-ethyl, imazamox e diclosulam necessária para reduzir o crescimento das plantas de leiteiro (Euphorbia heterophylla) em 80% (GR80) ou para controlar 80% das plantas da

parcela (C80), aos 21 dias após aplicação. Curitibanos, SC, 2021.

Fonte: Rodrigues e Almeida (2018).

O motivo da sobrevivência das plantas de E. heterophylla, nas lavouras de soja de Paim Filho-RS, após a aplicação dos herbicidas inibidores de ALS, precisam ser estudadas, para que o produtor consiga fazer o manejo correto desta espécie.

Dentre as possibilidades de falha no controle desta espécie têm-se como hipótese a aplicação do herbicida quando as plantas daninhas se encontravam em estádio de desenvolvimento avançado. Segundo a bula dos herbicidas testados neste experimento, as plantas de leiteiro devem estar com no máximo quatro folhas para que o controle seja eficiente, plantas adultas com certeza terão o seu controle reduzido caso recebam a aplicação dos herbicidas inibidores de ALS. Isso corrobora com resultados de Ramires et al. (2010) que avaliaram o efeito do estádio no controle de plantas de E. heterophylla, e verificaram que quando a aplicação de herbicidas, incluído o chlorimuron-ethyl e outros inibidores da ALS, é realizado com plantas entre 1 a 3 folhas o controle é maior que em plantas com 4 a 6 folhas.

Biótipo Dose

recomendada para a soja*

Herbicidas EPHHL-SP EPHHL-RS

GR80 C80 GR80 C80

g ha-1

Chlorimuron-ethyl 22,0 9,0 18,0 9,0 20,0

Imazamox 11,0 25,0 16,0 9,0 49,0

Diclosulam 4,0 5,0 3,0 5,0 35,1

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Outro aspecto que pode ter contribuído para as falhas de controle de E.

heterophylla no campo pode estar relacionado a tecnologia e condições ambientais no momento da aplicação dos herbicidas. A aplicação pode ter sido realizada em condições de temperatura acima da ideal para aplicação de herbicidas, que é de 25°C. Normalmente nessas condições também se tem umidade relativa do ar mais baixa (<55%), estes dois fatores contribuem para o menor tempo de permanência das gotas pulverizadas sobre a superfície foliar, o que resulta em menor tempo para que ocorra a absorção foliar destes herbicidas (VOLL et al., 2002).

A ocorrência de ventos superiores a 5 km h-1 no momento da aplicação também pode reduzir a quantidade de calda de aplicação que atinge o alvo, com isso o controle da planta daninha é afetado de forma negativa (VOLL et al., 2002).

Plantas daninhas que passaram por estresse hídrico por períodos prolongados que antecedem a aplicação de herbicidas também podem ter menor controle. Isso ocorre, pois em condições de déficit hídrico há o aumento na deposição de cera sobre a cutícula foliar para minimizar perda de água, contudo essa camada de cera mais espessa é uma barreira a absorção foliar de herbicidas (CARVALHO, 2013). Nestas condições de déficit hídrico a translocação do herbicida via floema também pode ser reduzida, devido a menor atividade metabólica das plantas e aos estômatos estarem fechado.

Dentre outras possibilidades para a falhas de controle também podem ser listadas a ocorrência de chuva após aplicação, resultando na menor absorção do herbicida pela planta. Também a não utilização de adjuvantes recomendados para a aplicação dos herbicidas, uso de pontas de pulverização inadequadas, erro na dosagem dos herbicidas, e as sementes que estavam na área, com condições ambientais favoreais foram capazes de emergir, resultando em uma reinfestação (novo fluxo de emergência após a aplicação dos herbicidas).

A não confirmação da resistência do biótipo de E. heterophylla proveniente do Rio Grande do Sul, é muito importante para os produtores de soja da região, pois os mesmos podem adotar medidas para prevenir a seleção de biótipos resistentes em suas áreas, já que até o momento a mesma não foi confirmada.

Dentre as medidas que podem ser utilizadas para prevenir a resistência têm-se (EMBRAPA SOJA, 2015):

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- Utilização do controle químico seletivo, com a dosagem recomendada e dentro dos fatores ambientais favoráveis;

- Rotação de culturas;

- Rotação de herbicidas;

- Utilizar sementes livres de infestantes resistentes;

- Acompanhar as mudanças na flora;

- Evitar a disseminação e reprodução de possíveis plantas daninhas resistentes;

- Realizar limpeza de tratores, implementos, colheitadeiras e semeadoras.

Adotando essas medidas o produtor vai prevenir a seleção de plantas daninhas resistentes em sua área.

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5. CONCLUSÃO

O biótipo de Euphorbia heterophylla coletados em Paim Filho, RS, não apresenta resistência aos herbicidas imazamox, chlorimuron-ethyl e diclosulan.

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Referências

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