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Resumo: O presente trabalho pretende analisar, em textos orais, as projeções

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Academic year: 2021

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O discurso citado: outras reflexões

El discurso citado: Otras reflexiones

Alexandra Cardoso Vieira

Centro de Comunicação e Letras – Universidade Presbiteriana Mackenzie Rua Piauí, 143 – 01241-001 – São Paulo – SP

alemai24@yahoo.com.br alexandra@mackenzie.com.br

Resumo

:

O presente trabalho pretende analisar, em textos orais, as projeções de pessoa, de espaço e de tempo em discursos reportados de alunos adultos em fase de alfabetização em Língua Portuguesa, em contraposição ao uso desses mesmos mecanismos, também na fala, por falantes adultos, com nível superior.

O foco da pesquisa concentra-se em analisar as instâncias enunciativas desses dois sujeitos, suas estratégias enunciativas e os efeitos de sentido gerados por suas escolhas. Os mecanismos usados, na maioria das vezes, foram a citação de discursos de outrem, de terceiros ou ainda do próprio falante. Assim, poderemos verificar os efeitos de sentido de realidade, de aproximação, de objetividade, de subjetividade, entre outros.

Para isso, foram escolhidas duas entrevistas informais e de caráter informativo: a primeira é uma entrevista com duas alunas adultas de um curso de alfabetização de adultos – EJA - e a segunda é uma entrevista do Projeto NURC-SP.

A análise realizada demonstrou que o conhecimento escrito da língua influi nas projeções actanciais, temporais, porém, a falta desse conhecimento não impede que os falantes utilizem esses mecanismos. Observamos também, a preferência pelo uso do discurso citado de forma direta nos falantes adultos em processo de alfabetização. Ao passo que, há uma prevalência do discurso citado de forma indireta nas falas do sujeito adulto e graduado.

Palavras Chaves:

1. Discurso reportado, 2. Sujeito falante, 3. Projeção, 4. Enunciador, 5. Enunciatário..

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Resumen:

El presente trabajo pretende analizar, en textos orales, las proyecciones de persona, del espacio y del tiempo en el discurso de alumnos adultos en fase de alfabetización en lengua portuguesa, en contraposición al uso de esos mismos mecanismos, también en el habla, por parte de hablantes adultos con nivel superior, que ya conocen la escritura y la norma culta de la lengua portuguesa.

Nuestra investigación se concentra en analizar las instancias enunciativas de esos dos tipos de sujetos, sus estrategias enunciativas y los efectos de sentido creados por sus elecciones. Así, podremos verificar los efectos de sentido de realidad, de proximidad, de objetividad, entre otros. Para cumplir con nuestros objetivos, nos valemos de dos corpora: el primero es una entrevista que realizamos con dos alumnas de un curso de alfabetización para adultos - EJA - y el segundo es una entrevista del Proyecto NURC-SP.

El análisis realizado sirvió para demostrar que el conocimiento escrito de la lengua influye en las colocaciones actanciales, temporales y espaciales, en las posibilidades del uso de la lengua, entre otros. No obstante, la falta de ese conocimiento no impide que los hablantes usen esos mecanismos. Observamos también, la preferencia por el uso del discurso citado de forma directa en los hablantes en proceso de alfabetización y una prevalencia del discurso citado de forma indirecta en las hablas de los sujetos adultos y graduados.

Palavras Llaves:

1. Discurso reportado, 2. Sujeito falante, 3. Proyección, 4. Enunciador, 5. Enunciatário.

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1. O discurso citado: outras reflexões

O presente trabalho pretende analisar, em textos orais, as projeções de pessoa, de espaço e de tempo em discursos reportados de alunos adultos em fase de alfabetização em língua portuguesa, em contraposição ao uso desses mesmos mecanismos, também na fala, por falantes adultos, com nível superior, que conhecem, portanto, a escrita e a norma culta da língua portuguesa.

Assim sendo, o foco da pesquisa concentra-se em analisar as instâncias enunciativas de dois diferentes sujeitos: um que ainda não teve um contato maior com a língua escrita, e o outro que a domina perfeitamente. São, assim, sujeitos que pertencem a classes sociais e econômicas distintas, com históricos de vida escolar e conhecimento enciclopédico diferenciados.

Analisaremos suas estratégias discursivas verificando os efeitos de sentidos de seus enunciados, por meio, na maioria das vezes, da citação de discursos de outrem, ou seja, de terceiros, ou ainda, quando esse “outro” é o próprio falante. Assim,

examinaremos elementos e mecanismos usados por esses sujeitos com o objetivo de estabelecer relações de semelhanças e diferenças na maneira como esses dois sujeitos citam o outro em seus textos orais. Esse uso é uma estratégia de construção de efeitos de sentido de realidade, de verdade de objetividade e de subjetividade, levando-se em conta o que se deseja transmitir e do que se deseja convencer o enunciatário.

É no e pelo discurso que um sujeito se projeta para o outro, cria uma narrativa que imita o real para explicitar ou exemplificar uma situação, um feito, um acontecimento, entre outros. Cada discurso que pertence a um sujeito tem uma função dentro da sociedade, pois é nas relações estabelecidas pelos sujeitos que estão estruturadas as funções sociais que cada um representa.

O discurso reportado aparece quando um sujeito usa elementos da fala de outro falante, ou seja, quando um enunciador recorre total ou parcialmente a enunciados produzidos por outra enunciação. Um enunciador pode reportar de um enunciado somente aquilo que lhe for necessário ou reproduzir e marcar exatamente o que foi dito.

A semiótica tem por objeto de estudo o texto e tudo que ele implica, pois “descreve o texto e procura explicar o que o texto diz e como ele faz para dizer o que diz” (BARROS, Teoria Semiótica do Texto, 2002, p. 17).

Os principais procedimentos usados pelos falantes para produzir efeitos de aproximação são os de produzir enunciados em primeira pessoa, no espaço do aqui e no tempo do agora - o que cria a ilusão de subjetividade. Já quando esses falantes querem causar um efeito de distanciamento em suas falas eles produzem discursos em terceira pessoa, no espaço do lá, e no tempo do então, o que causa a ilusão de objetividade. Este procedimento é chamado desembreagem enunciva, enquanto que aquele é denominado desembreagem enunciativa (BARROS, Teoria Semiótica do Texto, 2002, p. 54).

Os efeitos de realidade decorrem de dois procedimentos: um sintático - o da desembreagem interna no interior do texto, quando os interlocutores usam o discurso

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direto para reportar a fala de outro sujeito, o outro é semântico conhecido como ancoragem. O efeito de realidade ou de referente é também obtido por esse procedimento ao atar ao discurso sujeitos, espaços e datas que o receptor reconheça como reais. O uso do discurso reportado é feito para criar um efeito de realidade, pois a intenção desse uso é justamente o de mostrar a fala tal qual foi dita por outrem.

É no discurso que o enunciador tenta persuadir e convencer o seu enunciatário da verdade ou não-verdade de seu discurso, e, é pelo discurso que se dá a interpretação do enunciatário. Há, pois, dois aspectos principais para o exame da enunciação, que são importantes para a análise do material em questão: o contrato estabelecido entre o enunciador e o enunciatário e os meios empregados na persuasão e na interpretação.

Outro aspecto que se deve assinalar é o fato de os casos analisados serem duas entrevistas, textos que, na medida do possível, são próximos da fala “natural”. O que nos permitiu fazer afirmações mais firmes apoiadas nos pressupostos da análise do discurso. Cabe ainda ressaltar, que o uso do discurso citado é uma estratégia imprescindível ao sujeito falante para a criação de certos efeitos de sentido na fala, como os de objetividade, de subjetividade, de realidade, de verdade, de proximidade e de imparcialidade.

Em função dos corpora serem orais, e de se examinar o texto citado em textos orais teremos que acrescentar ao estudo alguns conceitos de texto oral, oralidade, conversação e escrita.

Segundo Urbano (2000), o texto oral não se caracteriza só no sentido de língua falada, mas também num sentido mais amplo que diz respeito não só ao aspecto verbal ou vocal, mas sim aos contornos necessários que damos na produção da fala na conversa face a face. Isso implica tudo que propicia, facilita e possibilita a produção, transmissão e recepção da fala como canal de interação, ou seja, todo tipo de expressão lingüística e gestual, e até o conhecimento partilhado remoto ou recente.

Em geral, a conversação, prática social mais comum no dia-a-dia do ser humano, inicia-se com um tópico que motiva uma interação que se estabelece e se mantêm na medida em que exista algo sobre o que conversar (MARCUSCHI,1986).

Apresentaremos também a concepção e o tratamento dado pela gramática tradicional ao “discurso reportado”. Celso Cunha, no capítulo XII de sua Gramática da Língua Portuguesa (1980), apresenta conceitos sobre enunciação e reprodução de enunciados. Cunha divide o discurso reportado em três categorias: discurso direto, discurso indireto e discurso indireto livre. O primeiro é a “forma de expressão em que a personagem é chamada para apresentar as suas próprias palavras”. Nesse caso conseguimos distinguir o narrador e a personagem. No plano formal, um enunciado em discurso direto é marcado, geralmente, pela presença de verbos declarativos, são verbos que anunciam o ato de dizer ou de declarar algo sobre alguma coisa ou objeto. No plano expressivo, o discurso direto é essencialmente caracterizado pela sua capacidade de atualizar um episódio anterior, o que faz emergir da situação de fala a personagem, tornando-a viva para o interlocutor.

O segundo, o discurso indireto, possibilita ao narrador/locutor incorporar a fala de outrem ao seu próprio falar. Transmite a mesma informação contida no discurso direto. O discurso direto parte do modo como foi dito o discurso. Enquanto o indireto é mais próximo do como foi dito, com todas as entoações e aproximações do

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que foi reportado, ou seja, dito primeiramente por alguém. Porém, deve-se ter em conta que o discurso reportado/citado não é em nenhuma de suas variantes, discurso direto, indireto e indireto livre, a reprodução exata da fala do outrem, e sim possui um caráter de proximidade de entre essas três instâncias enunciativas.

O terceiro, o discurso indireto livre, resulta da conciliação dos dois tipos de discurso descritos anteriormente: “e a forma de expressão que, ao invés de apresentar a personagem (discurso direto), ou de “informar objetivamente o leitor sobre o que ele teria dito” (discurso indireto), “aproxima narrador e personagem, dando-nos a impressão de que passam a falar em uníssono (CUNHA, Gramática da Língua Portuguesa, 1980, p. 628).

Trataremos, então, de alguns casos de discurso reportado, para exemplificar os pressupostos teóricos listados acima que aparecem na entrevista “Diálogo entre duas estudantes adultas em processo de alfabetização do Programa EJA – Educação de Jovens e Adultos” e no (Inquérito 333, linhas 534 a 697) (CASTILHO e PRETI, 1987: 234-64), do Projeto NURC-SP, intitulado de “Diálogo entre dois informantes”.

A entrevista das alunas do EJA é predominantemente narrativa porque as locutoras, principalmente Z1, contam fatos do cotidiano, de suas vidas e de suas profissões. Assim, podemos esperar de um texto dessa natureza, a quantidade de uso de discurso reportado é bem alta. Foram vinte e seis ocorrências, vinte e quatro de discurso direto e duas de discurso indireto, todas de Z1.

Fragmento 1:

ZI: agora esqueci

Doc: quando você estudou até

[é que as pessoas as vezes fala né “até que série 5 Z1: você estudou?” (1) eu falo até segundo série do primário né (2) aí “onde e:: onde você trabalha?” (3) eu falo eu trabalho de auxiliar

de dentista trabalho no consultório dentista né (4 )“você faz o quê?”

( 5 ) eu auxilio os dentistas fecho a contabilidade eu abro o consultório eu que fecho né tudo certinho.

Logo no começo da entrevista Z1 responde à pergunta da documentadora encaixando um discurso citante, um discurso direto, de uma instância discursiva que não é a dela e sim de “as pessoas”, como se percebe no exemplo A com os casos1 e 3 : “ é que as pessoas as vezes fala né “até que série você estudou?”(1) eu falo até segundo série do primário né (2) aí “onde e:: onde você trabalha?”(3) eu falo eu trabalho de auxiliar de dentista trabalho no consultório dentista né”.

O uso de discursos reportados pode ser observado, dentre outros, pelas escolhas actanciais e temporais feitas por Z1, pois ao reportar a fala de outrem ela assume outro sujeito enunciativo, como nas falas 1 e 3, para exemplificar uma situação rotineira e repetitiva, que naquele momento ocorria em sua vida que era a de responder perguntas

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sobre seu grau de escolaridade, trabalho. Esses casos ilustram o fenômeno lingüístico de se encaixar a citação de outrem para se alcançar o efeito de sentido de objetividade e de verdade. Em (2) e (4) Z1 reporta sua própria fala dita em outro momento e em outra conversação para mostrar a recorrência dos fatos, isto é, sempre lhe são feitas as mesmas perguntas e dadas às mesmas repostas que ela reportou.

O discurso reportado é uma estratégia discursiva de que o sujeito falante se vale para estruturar seu discurso, configurar sentidos indispensáveis para o prosseguimento da interação. No fragmento em questão, Z1 cita discursos de outras pessoas, e com isso “encena” uma interação ocorrida no passado, mas de que, como já foi dito, ficaram preservadas algumas características da enunciação original.

Devemos, também, levar em conta que o uso do discurso citado se dá, com mais freqüência, na fala do cotidiano, de maneira natural e “viva” e que os falantes fazem constante uso desse mecanismo, pois um enunciado para ser compreendido na sua totalidade precisa, necessariamente, da existência de uma situação extraverbal imbricada no verbal.

No exemplo A, como se pode notar, Z1 reportou falas de outrem, de terceiros, e também as suas próprias, de eventos do cotidiano, ditas em um momento não-concomitante ao momento da enunciação, que acarretaram outros sentidos, específicos da citação direta.

Fragmento B:

Doc: mas você tem uma... um pensamento lógico

15 Z1: [ não mas meu chefe “ Ah Z.

você é esforçada né mais pra frente a gente paga um curso pra você é de auxiliar certinha não que você não auxilia” (6) eu auxilio né mas é que eles querem que eu aprenda cada vez mais e eu fico contente com isso

né porque hoje em dia é difícil você consegui um emprego e que as

20 pessoas valorize seu trabalho e quer ajudar você é mais pra frente né

Nesse exemplo, além de ocorrer o mesmo fenômeno descrito anteriormente, em que não há a marca tradicional do verbo declarativo na separação de discursos e sim uma marca supra-segmental de alongamento de vogal “ah” na instalação dos enunciados. Há, sobretudo, um forte indício do efeito de sentido de objetividade que Z1 busca atingir.

Podemos chegar a essa conclusão a partir da idéia expressada no discurso citado, a de que Z1 é uma pessoa esforçada e competente “Ah Z.você é esforçada né mais pra frente a gente paga um curso pra você é de auxiliar certinha não que você não auxilia”.

Essa escolha discursiva, feita por Z1, trouxe para o enunciado o efeito de sentido de isenção parcial do conteúdo do discurso, isto é, com essa reprodução do

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discurso de outrem, a do chefe, Z1 quer marcar que o juízo de valores positivos em relação a suas qualidades profissionais de que ela é “esforçada” e que “auxilia” é do chefe, de um terceiro e não dela própria. Com essa estratégia discursiva, Z1 cria o efeito de objetividade, ao mostrar que tais elogios não partem dela.

Em contrapartida analisaremos parte do Inquérito 333, (linhas 534 a 697) (CASTILHO e PRETI, 1987: 234-64), do Projeto NURC-SP. Trata-se de um diálogo entre duas informantes, mulheres, 60 anos, paulistanas: elas têm o mesmo grau de escolaridade uma é jornalista a outra escritora, portanto, trabalham com linguagem, possuem idêntica posição social na sociedade, foram chamadas de L1 e de L2.

L1: [...] “H. você escreveu qualquer coisa muito interessante sobre a a Marilia Medalha e eu

perdi essa sua::...o que foi que você disse sobre Marilia Medalha o ( ) me disse era ...

que estava muito interessante este seu::...esta sua crônica” [...]. (1)

(linhas 535-537)

Pode-se perceber, nesse enxerto, que L1 usou, quando necessário, transposições de modo, de tempo e de pessoa, ao reportar discursos de outrem para o seu discurso, da maneira como está prescrito na gramática normativa. Como ocorreu na seguinte fala: “o () me disse era... que estava muito interessante este seu:: esta sua crônica”. O enunciado foi dito em um presente da enunciação (MA), no tempo do agora, mas que se refere ao tempo do então, (MR), sendo que os verbos estão no pretérito perfeito do indicativo: “escreveu”, “perdi”, “foi”, “disse”. Com o enunciado no tempo do então, L1 ao reportar o discurso de outrem, passa a usar os verbos no pretérito imperfeito “era” e “estava”..

Com efeito, pode-se dizer que as locutoras possuem o mesmo nível de fala, pois compartilham de semelhante domínio lingüístico como vocabulário, expressões, variação lexical, linguagem do cotidiano, entre outros. Partilham também de projeções lingüísticas bem esquematizadas, em que o interesse maior é fazer-se entender, ou seja, comunicar-se, característica maior do enunciado.

O discurso reportado “o ( ) me disse era ... que estava muito interessante este seu::...esta sua crônica”, usado por L1 como estratégia discursiva acarreta para o seu enunciado certa objetividade, pois é a opinião de outrem que está qualificando a “crônica” de L2 como interessante. Ao passo que esse uso, neste contexto, também pode ser interpretado da seguinte forma: L1 não leu a “crônica”, apenas ouviu dizer, e por isso não tem autoridade para falar sobre o texto de L2.

O exame das duas entrevistas mostrou que há preferência na maneira de reportar o discurso do outro nos dois tipos de sujeitos analisados.

Nos discursos do sujeito falante em processo de alfabetização predominou o uso de discursos reportados de forma direta. Ao passo que na fala do sujeito com formação superior há a preferência pela forma indireta. Esses dados demonstram que a maneira

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de organização na citação do outro é distinta e que isso advém do conhecimento de língua e das estratégias discursivas de cada um.

A seguir temos um gráfico que contém o número de DD e DI usados por Z1 e o número de DD e DI usados por LI e L2.

S1 28% 31% 21% 10% 7% 3% DD de "outrem" introduzido por verbo "dicendi"

DD de "outrem" introduzido por outros mecanismos

DD da própria Z1 introduzido por verbo "dicendi"

DD da própria Z1 introduzidos por outros mecanismos

DI da própria com "dicendi"

Gráfico 1: percentual de DD e DI usados por Z1

S2

72% 14%

14%

DI de "outrem" introduzido por verbo "dicendi"

DI da própria L1 introduzido por verbo "dicendi"

DD de outrem introduzido por um verbo "dicendi"

Gráfico 2: percentual de DD e DI usados por L1 e L2.

Por fim, pode- se concluir que há algumas peculiaridades no uso do discurso citado que ficam mais explicitadas na conversação cotidiana e ou/ diálogos porque sujeito falante se vale desse uso para construir efeitos de sentidos em seu discurso num

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momento interacional, que na maioria das vezes, não é concomitante com o momento reportado no discurso citado.

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