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À SENHORA PREGOEIRA FUNDAÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE DE CAMPINAS

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Academic year: 2021

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À SENHORA PREGOEIRA FUNDAÇÃO DA ÁREA DE SAÚDE DE CAMPINAS

Ref.:

Pregão Eletrônico nº 010/18

A empresa SODEXO PASS DO BRASIL SERVIÇOS E COMÉRCIOS S.A., inscrita no CNPJ/MF sob o nº 69.034.668/0001-56, com sede na Alameda Araguaia, nº 1.142, bloco 3, do Condomínio Empresarial Araguaia, Alphaville, Barueri-SP, CEP: 06455-000, por seu procurador, conforme documentos já atrelados aos autos do processo licitatório em questão, vem, respeitosamente, à presença da Ilustre Pregoeira, APRESENTAR CONTRARRAZÕES AOS

RECURSOS ADMINISTRATIVOS INTERPOSTOS PELAS EMPRESAS

- SINDPLUS ADMINISTRADORA DE CARTÕES, SERVIÇOS DE CADASTRO E COBRANÇA EIRELI;

- VEROCHEQUE REFEIÇÕES LTDA; e - TICKET SERVIÇOS S/A,

com fulcro no inciso XVIII, do art. 4º, da Lei Federal nº 10.520/00, pelas razões de fato e de direto a seguir aduzidas

I - BREVE HISTÓRICO

Trata-se de processo licitatório promovido pela Fundação da Área de Saúde de Campinas, por meio de Pregão Eletrônico nº 010/18, visando à contratação de pessoa jurídica para prestar serviço de “administração, gerenciamento, emissão, distribuição e

fornecimento de Vale Refeição e Vale Alimentação, em forma de cartão eletrônico, magnético ou de similar tecnologia, equipado com chip de segurança, para atender as necessidades do Hospital Regional Piracicaba Dra. Zilda Arns – HRP”, cuja sessão pública

ocorreu no último dia 5, com a participação de 8 empresas, dentre elas a SODEXO PASS DO BRASIL SERVIÇOS E COMÉRCIO S.A., e as propostas observaram à vedação de oferta de taxa de administração negativa, prevista no edital.

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Importante dizer que, embora a sessão pública tenha ocorrido no dia 5 de julho de 2018, o presente certame encontrava-se aberto desde o dia 14/06/2018, conforme se depreende do extrato do edital abaixo:

E a sessão pública inicial só não aconteceu no dia 26/06/18 porque, no prazo legal de divulgação do edital ou no prazo para apresentação das propostas, houve uma modificação no instrumento convocatório refernte à habilitação, in verbis (extraído no BBMNET):

Solicitações

Pergunta 1:

21/06/2018 15:22:19

No item 7.2.2, alinea "c" é exigido a lista dos estabelecimentos credenciados ainda na fase de habilitação. Este tipo de solicitação já foi amplamente discutida em todas as esferas, tendo entendimento pacífico que tal documentação só pode ser exigida na fase de contratação conforme: Acórdão n.º 307/2011-Plenário, 032.818/2010-6, rel. Min-Subst. Augusto Sherman Cavalcanti, 09.02.2011. Acórdão n.º 2581/2010-Plenário, TC-016.159/2010-1, rel. Min. Benjamin Zymler, 29.09.2010. Acórdão n.º 3156/2010-Plenário, TC-028.280/2010-5, rel. Min. José Múcio Monteiro, 24.11.2010. Por este motivo tal item deve ser reformado.

Resposta:

25/06/2018 16:18:20

Pautados os acórdãos, retificaremos o edital do pregão eletrônico em tela.

É possível notar que a modificação em tela em nada se aproxima do cadastro ou das formalidades envolvendo a proposta comercial. Mesmo assim, por cautela, a Pregoeira resolveu por bem ESTENDER o prazo legal de apresentação da proposta.

Veja que a mudança ocorrida no edital em nada alterou o critério de julgamento e a classificação das propostas estabelecido no item 6.12, do edital (repetição do §

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4º, do art. 24, do Decreto Federal nº 5.450/051.

Ou seja, todos os procedimentos atinentes ao cadastro das propostas no site da BBMNET se mantiveram com a extensão do prazo concedido pela Sra. Pregoeira.

Digo mais, o que houve foi apenas a extensão do prazo para o recebimento das propostas, e não a suspensão ou revogação do ato convocatório. Portanto, as propostas eletrônicas inicialmente cadastradas não deveriam sofrer qualquer impacto com a nova data da sessão, como foi procedido pela Sra. Pregoeiro, cujos fundamentos serão melhor trabalhados abaixo.

Feito este breve parêntese para traçar um raciocínio lógico quanto ao cadastro da proposta eletrônica, prosseguimos com o relato da sessão.

Superada à fase de lances e a apresentação dos documentos habilitatórios a empresa SODEXO foi considerada vencedora do certame, por cumprir integralmente as regras editalícias.

Inconformada com a decisão retro, as licitantes SINDPLUS, VEROCHEQUE e TICKET manifestaram a intenção de interpor recurso administrativo, cujas razões recursais foram apresentadas e passamos a analisá-las.

II – DA TEMPESTIVIDADE

Conforme disposto no item 9.1.1, do Edital, findo o prazo para a apresentação das razões recursais pela Recorrente, ficam intimadas as demais licitantes para que, querendo, apresentem, no prazo de 3 (três) dias, contrarrazões aos argumentos nele levantados.

In casu, os recursos deveriam ser protocolados até o dia 11/07/18. Assim, a

data para apresentação das contrarrazões termina no dia 16/07/18, dia de expediente na administração pública.

1 Art. 24. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os licitantes poderão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico.

(...)

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Deste modo, estas contrarrazões ao recurso interposto são tempestivas e devem ser recebidas em seus regulares efeitos para que o mérito nela constante seja apreciado e, consequentemente, provido.

Por oportuno, em razão de não ser possível verificar a exata data do protocolo do recurso apresentado pela empresa SINDPLUS, requer, desde já, que se verifique o respeito ao prazo legal para apresentação de suas razões recursais, haja vista que se encontra datada do dia 16 de julho de 2018.

III - DO MÉRITO

Em síntese, sustentam as Recorrentes (i) que a proposta desta empresa, ora Recorrida, foi cadastrada/recebida antes do prazo; (ii) que a regra de classificação das propostas contraria o edital e a lei; e (iii) que as expressões “lance” e “proposta” são distintos e, por não ter havido lance neste certame, não se aplicaria a regra do item 6.12, do edital.

Não assiste razão às Recorrentes, conforme restará cabalmente demonstrado. Antes de contrarrazoar, propriamente dito, os pontos levantados pelas Recorrentes, cumpre registrar que nenhuma empresa, principalmente as que estão ora recorrendo, cadastraram suas propostas eletrônicas no primeiro momento em que tal empreitada, no entender delas, era possível.

Isto porque, na linha de pensamento das recorrentes, frisa-se: totalmente desarrazoada, as empresas poderiam apresentar as propositas eletrônicas a partir das 16hs01, do dia 25/06/18.

E pergunto: alguma licitante cadastrou nos primeiros minutos?

Pelo próprio quadro de propostas apresentado pela Recorrente Verocheque em suas razões recursais, respondo: NÃO! NENHUMA!

O que leva a concluir que a intenção contida nestas razões recursais são meramente protelatórias, pois, note, que tais empresas nem se deram ao trabalho de cadastrarem suas

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propostas eletrônicas com base na tese por elas teratologicamente patrocinada. Sem contar, ainda, que a Recorrente SINDPLUS cadastrou a sua proposta minutos antes da sessão.

Pois bem. Adentrando aos pontos arguidos pelas Recorrentes, tem-se que, primeiro, é imprescindível traçar a premissa de que o prazo para a apresentação das propostas esta aberto desde o dia 14/06/2018 e, somente por conta da modificação nos documentos de habilitação (por parte da Pregoeira), houve a EXTENSÃO do referido prazo até o dia 05/07/18, decisão esta que prestigiou o princípio da ampla competição, pois, via de regra, são apenas 8 dias úteis para a apresentação das propostas.

Neste pensar, a proposta apresentada pela SODEXO deve ser aceita e seguir a classificação já realizada pela Pregoeira, conforme restou em Ata.

Além do mais, em nenhum momento no edital há disposição que vede ou, pior, estabeleça como fundamento, para desclassificar a proposta eletrônica, a empresa que apresente proposta comercial em determinada e/ou exata data.

E nem deveria, uma vez que esta providência decorre da livre e espontânea vontade das proponentes.

Assim, como todo ato administrativo exige fundamentação, não haveria encampação legal para a desclassificação requerida pelas Recorrentes, por ausência de previsão editalícia e pelo fato de que a proposta comercial foi apresentada, por esta Empresa, dentro do prazo legal para tanto.

Segundo argumento, a regra que classificou a proposta da SODEXO em primeiro lugar encontra-se prevista em edital (item 6.12) e na lei (§ 4º, do art. 24, do Decreto Federal nº 5.450/05), conforme citado na descritiva dos fatos e, portanto, não merece maiores delongas a respeito deste assunto.

No terceiro ponto, é dito que as expressões “lance” e “proposta” possuem significados diferentes e não se aplicaria o item 6.12, do edital.

Veja que as Recorrentes assumem, nesta empreitada, o papel que lhe cabe ao órgão/entidade promotora da licitação pública, pois, esclarecimentos em relação às expressões utilizadas no instrumento convocatório devem ser emitidas exclusivamente pela própria promotora.

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Ao invés disso, as Recorrentes lançam a distinção em tela, que está em descompasso com o edital, o qual trata os termos de forma semelhante, e que me parece o melhor emprego da hermenêutica jurídica.

Isto porque, ao pensar de modo contrário (ou seja, no mesmo modo das Recorrentes), o lance final ofertado por uma licintante não poderia ser considerado como sua proposta e, neste esteio, outra vez, as Recorrentes empregam expediente articuloso para embair a média argúcia desta Nobre Pregoeira.

Pois, não seria passível de aceite tal tese.

Além do mais, eventual desclassificação da proposta deste Recorrida demonstrará evidente desprestigio às empresas que, diligentemente, se atentaram às regras do edital e que promoveram o cadastrado de suas propostas no primeiro minuto que souberam da presente demanda, como manda o figurino e as regras deste certame.

Pelo contrário, a proposta em apreço deve ser considerada válida, como já foi, de modo a garantir o mínimo de segurança jurídica às partes envolvidas no processo licitatório.

Até porque, as regras estabelecidas no instrumento convocatório é lei entre as partes, regulando a atuação tanto da Administração Pública quanto das licitantes, cujo preceito normativo é estampado no art. 3º, da Lei Geral de Licitações, e enfatizado pelo art. 41, da mesma lei, que dispõe que “a Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se

acha estritamente vinculada”.

Portanto, não há o menor sentido as razões recursais ora apresentadas. Tanto é que a Pregoeira e equipe de apoio sequer cogitaram em seguir o entendimento equivocado das Recorrentes, quando da manifestação da intenção de interpor recurso durante a sessão pública deste certame.

E fizeram muito bem!

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Por fim, carece esclarecer que o modo em que o presente certame adotou como forma de classificação das propostas é usualmente utilizado em plataformas de compras eletrônicas, cujo conhecimento é difundido por todas as empresas do segmento ora demandado.

Isto posto, conclui-se que não há guarida ao pleito requerido pelas Recorrentes, por completa falta de coerência jurídica, além de ausência de fundamento legal para tanto, devendo, assim, manter incólume a R. decisão da Pregoeira, que seguiu corretamente o disposto no instrumento convocatório e no Decreto Federal nº 5.054/05.

IV - DO PEDIDO

Desta feita, requer o IMPROVIMENTO dos Recurso Administrativos das empresas SINDPLUS ADMINISTRADORA DE CARTÕES, SERVIÇOS DE CADASTRO E

COBRANÇA EIRELI; VEROCHEQUE REFEIÇÕES LTDA; e TICKET SERVIÇOS S/A,

mantendo-se integralmente a ata de reunião realizada no dia 05 de julho de 2018, por ter respeitado inteiramente as disposições contidas no Edital, como medida de justiça.

Ainda, requer o não conhecimento das razões recursais apresentadas pela empresa SINDPLUS, por serem consideradas intempestivas.

Termos em que, Pede deferimento.

Barueri-SP, 16 de julho de 2018.

TIAGO CASSEMIRO FALCHI NEBESNY OAB/SP 344.147

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