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APRESENTAÇÃO: Desmistificando o Incômodo e a Poluição Sonora

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Academic year: 2021

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APRESENTAÇÃO: Desmistificando o Incômodo e a Poluição Sonora Cortesia

3R Brasil Tecnologia Ambiental Prof. Rogério Dias Regazzi

Especialista em Acústica, Vibrações e Soluções Sustentáveis Mestre em Metrologia e Engenheiro de Segurança do Trabalho

Diretor 3R Brasil Tecnologia Ambiental Diretor Isegnet.com.br e inovando no Isegnet

021 9999-6852 ou 021 8272-8534 Livros:

Perícia e Avaliação de Ruído e Calor - Passo a Passo Soluções Práticas de Instrumentação e Automação

(Utilizando a Programação Gráfica LabVIEW) Integração do conhecimento ⇒⇒⇒⇒ PREVENÇÃO

PARCERIA 3R BRASIL & ISEGNET

PROJETOS: ACESSO VERDE - TE E CANAL 3R+

A responsabilidade dos profissionais de engenharia transcende as questões puramente mercadológicas e capitalistas. O CREA vem aumentando sua presença e informando gestores e empresas sobre as questões relativas às especificidades e requisitos mínimos de capacitação e conhecimento para que se tenha o foco nas metas mínimos envolvidos com saúde, segurança, meio ambiente, sustentabilidade, com a valorização do regionalismo, e, o direito do consumidor.

Muitos desconhecem da necessidade de certidões de registro em órgãos públicos para a realização de serviços especiais. Os profissionais de universidades, professores, quanto engenheiros de órgão públicos que militam na área também devem ter esses registros emitidos pelos órgãos de classe.

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I. APRESENTAÇÃO:

Estamos divulgando temas, processos e artigos técnicos referente a poluição sonora e impacto do ruído na vizinhança. O tema a primeira vista é polêmico dando ensejo a diversas interpretações e subjetividades devido a falta de conhecimento técnico e Legal na área.

O que acontece constantemente em embates entre vizinhos e em programas de entrevistas onde falta a presença de engenheiro especialista no assunto. Devemos sempre que possível relacionar temas como acústica arquitetônica, estudo de impacto ambiental, mapeamento contínuo de fontes com identificação do ruído de fundo em diferentes períodos ou horários, e, principalmente, a aplicação correta das funções específicas de equipamento de medição.

Então a partir de estudos técnicos e medição de nível de pressão sonora e vibração em diversos ambiental estamos fornecendo material da série Canal 3R+ para o entendimento dos interessados, mostrando de forma clara e objetiva como se deve proceder para as questões de incomodo, identificação dos responsáveis, as responsabilidades, o bom senso o direito e os deveres dos envolvidos. Estaremos, portanto, focados nos equipamentos necessários, na calibração e rastreabilidade metrológica, nos métodos e processos de medição, além do profissional capacitado.

Lançamos uma série de vídeos presente no www.isegnet.com.br partir da RIO+20, lembrando que poluição sonora e negligências para a questão da perda da audição é crime. Vamos a partir de perguntas e respostas esclarecer os principais pontos.

II. DESMISTIFICANDO O INCÔMODO E A POLUIÇÃO SONORA

Com o objetivo de esclarecer e facilitar o entendimento das questões de incômodo do ruído e da poluição sonora em atendimento a processos judiciais e entendimento entre as partes envolvidas, idealizamos este material na forma de diálogo entre amigos, onde os pontos principais foram sumarizados.

a) O que é ruído de fundo?

É o nível de pressão sonora na ausência da fonte de interesse.

b) O que ele tem a haver para com as questões das avaliações ambientais e do Incômodo?

Quando menor o ruído de fundo do ambiente, maior o incômodo de uma fonte de mesmo nível de pressão sonora (NPS).

c) Ok! Então pergunto: o grau de incômodo depende do ruído de fundo da área e ambiente onde está inserido a fonte de interesse?

Sim, perfeitamente. Temos como um bom exemplo os casos dos elevadores que são mais percebidos nos últimos andares não só devido a proximidade da casa de máquinas, mas também devido ao menor ruído de fundo a medida que nos afastamos do solo, de forma geral. Normalmente o segundo e o terceiro andar apresentam ruídos de fundo mais elevados.

d) Então como avaliar o incômodo?

Bom! A avaliação do incômodo de forma direta é estabelecida em função do ruído de fundo, isto é, se existem fontes tonais abaixo de 4 dB(A) do ruído de fundo ou de impacto ou intermitente no mesmo nível de pressão sonora, estas estarão incomodando bastante. A medição é realizada em nível global em Leq em dB(A) e LN (níveis estatísticos) com o

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reconhecimento das fonte pela medição por freqüência por oitavas. Essas são funções que devem estar presentes nos equipamentos de medição. O entendimento de cada uma estará no laudo emitido pelo engenheiro resposável.

e) Quer dizer que se realizo um projeto acústico isolando o ambiente podem aparecer outras fontes que não eram percebidas anteriormente?

Sim! Pode-se ouvir inclusive a descarga da privada do apartamento acima ou o fluxo da água na tubulação.

f) Caramba! Não sabia... Então quais seriam os limites e como devo proceder para melhorar a minha qualidade de vida?

Devido a certa subjetividade individual para a questão do ruído, são estabelecidos em Normas limites sugeridos e aceitáveis em função da atividades praticada em cada ambiente. Também são sugeridos os valores de atenuação de paredes, forros, pisos e portas para se ter um ambiente de qualidade.

Verifica-se que as avaliações não são subjetivas, isto é, não depende da opinião ou da existência ou não de um ruído gravado com celular ou outros meios de gravação como prova do incômodo. Uma ingenuidade...

g) OK! Há então regulamentação?

Sim! Mas, depende do que estamos considerando. Análise entre ambientes internos ou externos, isto é, entre vizinhos de um mesmo prédio ou entre a fachada do prédio e o ambiente externo, que pode ser um prédio vizinho adjacente.

h) Isso parece lógico! Porque não é divulgado ou informado de forma mais clara? Em acústica há um grande desconhecimento devido a formação dos profissionais de arquitetura e engenharia no Brasil, e, principalmente da falta de interesse das construtoras que lucram com o desconhecimento. Lembrando que são estas construtoras que elegem alguns de nossos governantes.

Há uma resolução CONAMA que sugere o ensinamento nas escolas sobre Poluição sonora. Sabemos que dentre os fatores do elevado nível de pressão sonora das cidades Brasileiras está a educação da População.

i) Ok! Então voltando para a regulamentação ou normalização, quais são as Normas?

Bom! A Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas, visando o conforto da comunidade seguem os procedimentos da NBR 10151 e os valores recomendados da NBR 10152 – Níveis de Ruído para Conforto Acústico para Ambientes Internos ou de Zoneamento Urbano em função de limites para períodos diurnos, vespertinos e noturnos para ambientes externos, isto é, a cerca de 2 metros da fachada do prédio ou residência onde está localizado o reclamante.

Contudo estas normativas não estabelecem critérios de isolamento e índices de absorção acústica para a avaliação da qualidade acústica de um empreendimento que pode ser colocada em pauta numa ação judicial. Então neste caso aplica-se a NBR 15575 que estabelece metas para índices acústicos de isolamento e condicionamento entre: a) pisos, paredes e tetos, b) visores e janelas e c) portas. Todos estabelecidos em função da atividade realizada no recinto fechado ou em função do ambiente externo, isto é, do zoneamento onde o empreendimento está localizado.

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j) Ah! Então eu posso acionar o condomínio e a construtora no caso do não atendimento das metas acústicas?

Sim, é claro. Lembre-se que você precisa do técnico especialista. Existe uma Norma ABNT que trata deste assunto e que não deveria ser negligenciada pelos projetistas e construtoras, é um direito do consumidor. No Brasil as empresas, infelizmente, tanto nas questões trabalhistas quanto ambiental só aplicam tais normas se forem referenciadas e regulamentadas de forma compulsória, isto é, exigidas como meta para obtenção de licenciamento ou habite-se. O consumidor também deveria decidir por outros critérios que não sejam apenas o preço.

Com relação ao condomínio o mesmo deveria pelo menos no regimento interno exigir uma avaliação antes e depois da colocação de pisos pelos condôminos alertando da necessidade de, pelo menos, manter a meta acústica existente. Evitando virar bagunça os processos de reforma. No manual do empreendimento a construtora deveria recomendar ou excluir determinados tipos de materiais.

k) Muito bom! Mas, se o vizinho ou o ambiente externo forem responsável por fontes indesejáveis que provocam o meu incômodo?

Primeiramente devemos analisar o grau de incômodo e verificar se os níveis de pressão sonora no ambiente são aceitáveis, conforme a NBR10152 para ambiente interno ou os sugeridos pela NBR 10151 para ambiente externo com os limites estabelecidos pelo plano diretor Municipal em função do Zoneamento e períodos. Caso contrários deve-se aplicar a NBR 10151 na íntegra.

Então, embora haja um incômodo analisado pelo especialista, se os níveis de pressão sonora forem aceitáveis quando comparados as normativas, nada se pode fazer além de buscar o bom sendo entre as partes. Lembramos que o incômodo é subjetivo e também depende do ruído de fundo da área. Uma pia pingando, por exemplo, em um ambiente silencioso pode ser mais irritante que um show de rock a distância num ambiente com ruído de trafego de veículos elevado.

l) Ótimo, gostei. Temos que contratar profissional capacitado e registrado no CREA e que utilizem instrumentação adequada e calibrada para a avaliação e emissão de um laudo das condições encontradas. Mas, como posso solicitar e verificar a capacitação profissional e a qualidade do equipamento de medição? Muito boa esta pergunta. É muito fácil. O profissional deve ser engenheiro especializado em acústica ou vibração com pós-graduação em engenharia de segurança do trabalho, pois a empresa prestadora de serviço deve ser cadastrada no número 36 do CREA, que relaciona atividades e medições ambientais. Basta pedir ao Engenheiro a CERTIDÃO de Registro de Pessoa Jurídica para prova junto a órgão público.

Com relação a instrumentação deve-se exigir equipamentos atuais do tipo 1 e tipo 2 em conjunto para medições pontuais e contínuas respectivamente, não se preocupe está escrito no certificado de calibração.

As medições contínuas devem compreender 12 a 24 horas, caso contrário não haverá como comparar o ruído de fundo da área com a fonte de incômodo que pode estar acima dos limites aceitáveis em determinados períodos. Peça o certificado de calibração onde deve ser verificado se há o Selo RBC - Rede Brasileira de Calibração ou do próprio INMETRO, com validade de no máximo 2 anos.

Lembre-se, a qualidade do profissional será proporcional ao do equipamento que o mesmo utiliza. Não caia no argumento de que não está escrito na Norma, pois estas são apenas uma referência para não se cometer erros grosseiro. Exija a experiência em outras obras

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ou atividades relacionadas com o estudo e avaliação do impacto ambiental na comunidade. Peça para discorrer sobre o equipamento de medição e analise um exemplo de laudo ou relatório para que você avalie a competência.

Entrevista: Especialista Jorge Leite:

http://globotv.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/v/barulho-e-uma-das-grandes-queixas-das-grandes-cidades-brasileiras/2094288/ Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=nVZb4YUNLdM Relatório: http://www.isegnet.com.br/siteedit/arquivos/3R_Rel_AMB_casadeshow_01_12_PTG.pdf

CAUSAR POLUIÇÃO SONORA É CRIME? (Waldek Fachinelli Cavalcante)

Não há mais polêmica sobre a tipicidade penal da causação de poluição sonora. Contudo, percebe-se certo permissionismo das autoridades públicas no trato com este tipo de infração, que acaba sendo tomada como mera contravenção.

É inerente ao ser humano procurar viver em coletividade, o que propicia progresso, segurança e conforto.

Contudo, o adensamento urbano, comumente não planejado, somado às conquistas humanas obtidas desde a Revolução Industrial, tem feito este convívio se tornar um desafio. Junte-se a isto a massificação da aquisição de bens e o desenvolvimento tecnológico, que permitem a cada pessoa ter a posse de instrumentos capazes de afetar a vida de outras, e teremos o conturbado ambiente moderno.

A poluição sonora propiciada por máquinas e dispositivos diversos está neste contexto, gerando uma epidemia de estresse, psicoses e perda auditiva.

A Lei 6.938/81, Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, define poluição como a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.

A poluição sonora é, genericamente, a emissão de sons que possam prejudicar a saúde. A legislação brasileira fornece diversos instrumentos de prevenção à ocorrência da degradação ambiental em estudo, ferramentas integrantes da política urbana, tais como o plano diretor, o zoneamento, o estudo prévio de impacto ambiental, o estudo prévio de impacto de vizinhança, entre outros, previstos na Lei 10.257/01, o Estatuto da Cidade. Há, ainda, meios processuais coletivos para a contenção das atividades poluidoras, tais como a Ação Popular e a Ação Civil Pública. Esta última podendo ser proposta também por órgãos destinados à defesa dos direitos difusos, tais como a Delegacia do Meio Ambiente (artigo 82, inciso III, do CDC c/c artigo 21 da LACP).

Contudo, nosso objetivo aqui é chamar a atenção para um dispositivo pouco utilizado na repressão a um ilícito penal tão devastador, tipo penal previsto na Lei dos Crimes Ambientais, Lei 9.605/98.

Como ultima ratio, o Direito Penal foi chamado a agir. Não tendo a efetividade necessária, as normas de política urbana e ações coletivas chamam a força da sanção penal para apoiá-las.

Assim, o legislador criou o artigo 54 da Lei 9.605/98 com a seguinte redação:

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

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O tipo penal sob análise tem ainda a previsão de crime culposo no parágrafo primeiro, previsão do crime qualificado no parágrafo segundo e ampliação da aplicação do tipo na hipótese do parágrafo terceiro.

Contudo, nossa atenção fica restrita à previsão do caput.

Inicialmente, observamos que se trata de tipo penal de maior potencial ofensivo, dando ensejo à prisão em flagrante do criminoso.

A primeira parte da previsão do caput é a que nos interessa, sendo que exige, para a configuração do crime, que a poluição, de qualquer natureza, seja em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana.

A Lei 6.938/81 criou o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente – e delegou a este o estabelecimento de critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente.

Por sua vez, o CONAMA, por meio da Resolução 01/90, estabeleceu os padrões que completam o tipo penal estudado.

O Conselho considera prejudiciais à saúde os ruídos com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela norma NBR 10.152, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Logo, para enquadramento na norma penal, o agente público ou perito, de posse de um medidor de pressão sonora, comumente chamado de decibelímetro (MEDIDOR DE NÍVEL DE PRESSÃO SONORA), medirá o nível de emissão de ruídos.

Estando superior aos níveis previstos na NBR 10.152, conforme local e horário, apresentará a situação à Autoridade Policial que, sendo situação flagrancial, deverá determinar a prisão daquele que causou a degradação ao meio ambiente.

Muito importante observar que o autor perderá os instrumentos da infração, mesmo que sejam objetos lícitos, conforme artigo 25 da Lei 9.605/98, diferentemente do disposto no artigo 91 do Código Penal. Por evidente, devem ser apreendidos.

Veja que pode ser um proprietário de um automóvel que esteja com o som em alto volume, uma igreja, uma indústria, uma festa familiar ou comercial. O responsável pela emissão de som acima da regulada deve ser preso, a pessoa jurídica indiciada e posteriormente condenada.

Os agentes públicos devem efetuar a prisão em qualquer hora e local, arrombando obstáculos, se necessário, pois a ação penal é pública incondicionada.

Já houve polêmica se o tipo penal seria aplicado à poluição sonora, o que não ocorre mais, haja vista jurisprudência existente e posição da doutrina, como a de Paulo Affonso Leme Machado, Luiz Flávio Gomes, Sílvio Maciel, Celso Antônio Pacheco Fiorillo, entre outros. Contudo, percebe-se certo permissionismo das autoridades públicas no trato com este tipo de infração.

A repressão é impopular, tendo como entrave ainda a necessidade da prova técnica, a necessitar de aparelho de medição sonora.

Com isto, seja por falta de conhecimento, ou permissividade, ou ainda pela falta de estrutura no fornecimento aos agentes públicos do aparelho de medição, costuma-se aplicar ao fato a contravenção penal do artigo 42 da Lei de Contravenções Penais, um erro.

Esta é de aplicação subsidiária, quando os níveis de poluição não atingirem os indicados pelo CONAMA como prejudiciais à saúde humana.

Com um simples olhar sobre o tema, percebe-se que as dificuldades são facilmente contornadas. A nossa população merece um meio ambiente equilibrado e tem direito à saúde, conforme determinação constitucional.

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Assim, se não forem utilizados de forma efetiva os instrumentos da política urbana, cabe às autoridades conhecer a norma ambiental e aplicá-la. A sociedade agradece.

Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/21382/causar-poluicao-sonora-e-crime#ixzz2B4zves22

Leia mais: http://jus.com.br/revista/texto/21382/causar-poluicao-sonora-e-crime#ixzz2B4zV7UDg

CONTROLE DA POLUIÇÃO SONORA - RIO DE JANEIRO

Reclamações: Central de Teleatendimento 1746, funcionando todos os dias semana, 24h, inclusive domingos e feriados.

Um conflito ambiental

À medida que a cidade cresce, as queixas públicas relacionadas ao ruído tornam-se cada vez mais numerosas. No Rio de Janeiro, pelo menos 60% das reclamações recebidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SMAC, são relacionadas à incômodo sonoro. Esse percentual, em uma cidade com tantos outros focos potenciais de conflito ambiental, mostra com clareza a dimensão que a questão sonora ocupa junto a seus habitantes e sua importância para a determinação da qualidade do ambiente de seus habitantes. Para a medição dos níveis de ruídos na Cidade do Rio de Janeiro são seguidas as determinações da Lei Municipal N.3.268 de 29/08/2001, alterada pela Lei N.3.342 de 28/12/2001, e, em especial, as do Decreto Municipal N. 29.881 de 18/09/2008 no seu Regulamento n.º 2 - Da Proteção Contra Ruídos.

Os níveis máximos permitidos - medidos na unidade Decibel, dB(A) - são enquadrados por horário, diurno e noturno, e pelo Zoneamento da cidade.

Assim, no período diurno (de 7:00h às 22:00h) os níveis tabelados são mais permissivos e no período noturno(de 22:00h às 7:00h) são mais restritivos.

Obs: Nos Domingos e feriados o período diurno é considerado de 8:00h às 22:00h. Quanto ao Zoneamento(conforme tabela constante na legislação específica), as áreas residenciais, apresentam níveis máximos permitidos mais restritivos, assim como as áreas industriais, centros de bairro, de comércio, e turísticas, tem os níveis mais permissivos. As vistorias são realizadas nos períodos diurno e noturno, por engenheiros e arquitetos das GTRs, todos necessariamente tendo em sua formação, a cadeira de acústica.

É utilizado nas vistorias, o decibelímetro, equipamento de precisão para medição dos níveis de decibéis emitidos pelas diferentes fontes sonoras. Os decibelímetros utilizados por técnicos da SMAC são calibrados a cada vistoria e periodicamente aferidos e certificados pelo INMETRO.

A medição de emissões sonoras é feita a no mínimo 1.50m da divisa do lote onde está ocorrendo o ruído local da font (*) e, ou é realizada no recinto onde é percebido o incômodo.

(*) Não recomendado por total falta de parâmetro ou referência do incômodo. Medição deve ser realizada no local do reclamante ou possível reclamante.

Procedimentos de fiscalização de poluição sonora: 1 - Recebimento da Denúncia.

2 - Vistorias para constatação.

3 - Intimação ao infrator(em caso de constatação) 4 - Multas progressivas(pelo menos três)

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6 - Vistorias de constatação de cumprimento do Edital.

7 - Edital de Interdição Total(após o descumprimento de Interdição Parcial) 8 - Cassação do Alvará do estabelecimento.

9 - Apreensão de equipamentos.

10 - Encaminhamento do processo à Procuradoria Geral do Município Observações – Cabe recurso às multas aplicadas

A SMAC VISTORIA:

. Bares e restaurantes com música . Escolas e agremiações de samba . Templos de qualquer culto religioso . Sinaleiras de advertência

. Clubes, oficinas e academias . Casas de espetáculo

. Criadouros comerciais de animais . Obras e indústrias

. Ruídos de equipamentos mecânicos (torres de refrigeração, sistema de exaustão mecânica e casas de máquinas).

A SMAC NÃO VISTORIA: . Carros de sons itinerantes . Vendedores ambulantes

. Reuniões e aglomerações de pessoas em logradouro público . Escolas em atividades curriculares e complementares . Reclamações internas de condomínios

. Animais

. Ruídos de trânsito

- Pregões, anúncio ou propaganda (de viva voz ou por instrumentos), que são proibidos independentemente de medição,

Para a realização de vistorias é necessário: . Endereço do local onde ocorre o problema;

. Informação dos dias e horários de maior freqüência; . Indicação de pontos de referência;

. Autorização do denunciante para que a medição seja feita no local que recebe o incômodo.

(Lembramos que a identidade do reclamante será mantida sob sigilo.) __________________

Referências

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