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SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL

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(1)

2017

3.ª

edição revista e atualizada

LEANDRO BORTOLETO

TRIBUNAIS e MPU

Coordenador

HENRIQUE CORREIA

SERVIDOR

PÚBLICO FEDERAL

Leis 8.112/90 e 11.416/06

PARA OS CONCURSOS DE TÉCNICO E ANALISTA DOS TRIBUNAIS E DO MPU

(2)

ĊĎē͕;Ǥͷͷ͸ȀͿͶǣĎĘĕĔĘĎİŚĊĘ

ėĊđĎĒĎēĆėĊĘǡėĔěĎĒĊēęĔǡ

ĆĈĢēĈĎĆǡĊĒĔİģĔǡ

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ĊĚćĘęĎęĚĎİģĔ

1 REGIMES JURÍDICOS FUNCIONAIS E O REGIME JURÍDICO ÚNICO

Há regimes diferentes pelos quais o Estado se relaciona com o seu pessoal. Há o regime estatutário, o trabalhista e o especial.

O regime estatutário ou legal é aquele em que o conjunto de regras reguladoras

_¡ÒÊjÅåŠ_¡ÅÒU¡˜Ò>ÒĮ_˜Š›ŠÊÕÅ>Wę¡ÒjÊÕėҊ›ÊjŊ_¡Òj˜Ò’jŠÒjÊ«jUƩwU>]ÒU¡›‡jUŠ_>ÊÒU¡˜¡Ò estatuto. O vínculo estabelecido não é contratual e sim legal.

O regime estatutário é aplicável a quem?

Esse regime é próprio das pessoas jurídicas de direito público, assim, é admitido na administração direta, nas autarquias e nas fundações com regime de direito pú-blico. Não é possível sua adoção nas pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas com regime de direito privado). Nas pessoas de direito público, o regime estatutário é restrito aos ocupantes

de cargo público, não servindo aos empregados públicos.

#çKçƤCHPç ƤçƤDOP@PQPçƤĚƤQK@ƤJDHƤDOLDBƦfB@Ƥ,@OƤJDHƤCDƤMQ@JƤDáPDƤ

ę¡Ò‡ėÒߘ>ҒjŠÒÊģ±Ò'j’¡ÒU¡›ÕÅėŊ¡]҇ėÒ_ŠåjÅÊ>ÊҒjŠÊÒj]Ò«¡ÅÕ>›Õ¡]ÒåėŊ¡ÊÒjÊÕ>ÕßÕ¡Ê]Ò

LçHOƤB@ADƤ@ƤB@C@ƤDáPDƤLçJƦPHBçƤJDFHOJ@NƤ@ƤNDOLDHPç ƤçQƤODI@ ƤB@C@Ƥ,QáHBƦLHçƤDƤB@C@Ƥ%OP@-do podem ter os seus. Por exemplo, o estatuto LçHOƤB@ADƤ@ƤB@C@ƤDáPDƤLçJƦPHBçƤJDFHOJ@NƤ@ƤNDOLDHPç ƤçQƤODI@ ƤB@C@Ƥ,QáHBƦLHçƤDƤB@C@Ƥ%OP@-dos serviLçHOƤB@ADƤ@ƤB@C@ƤDáPDƤLçJƦPHBçƤJDFHOJ@NƤ@ƤNDOLDHPç ƤçQƤODI@ ƤB@C@Ƥ,QáHBƦLHçƤDƤB@C@Ƥ%OP@-dores públicos civis federais está previsto na Lei nº 8.112/90 e, de outro lado, o estatuto dos servidores públicos civis do Estado de São Paulo está inserido na Lei Estadual nº 10.261/68 e o estatuto dos ODNâHCçNDOƤCçƤ,QáHBƦLHçƤCçƤ1HçƤCDƤ*@áDHNç Ƥá@Ƥ+DHƤ,QáHBHL@JƤáƵƤƤ

Não obstante todos os entes políticos possuam competência legislativa para dispor sobre o estatuto, o conjunto de normas referente aos seus servidores deve, obrigatoriamente, observar as disposições constitucionais a respeito como, por exemplo, sobre a forma de ingresso, a acumulação de cargos, a aposentadoria e o teto remuneratório.

(3)

O Åj}Š˜jÒÕÅ>J>’‡ŠÊÕ>Ò¡ßÒUj’jՊÊÕ>Ò¡ßÒU¡›ÕÅ>Õß>’ é aquele aplicável aos

emprega-dos públicos, que são aqueles contrataemprega-dos para trabalhar na Administração Pública

sob o Åj}Š˜jÒÕÅ>J>’‡ŠÊÕ>]ÒUj’jՊÊÕ>. Ao contrário do estatutário, no regime celetista

>ÒÅj’>Wę¡Ò_jÒj˜«Åj}¡ÒĝÒÅj}ߒ>_>Ò«j’>Ò¡›Ê¡’Š_>Wę¡Ò_>ÊÒjŠÊÒ0Å>J>’‡ŠÊÕ>ÊÒ­0® e,

CDOO@ƤEçNK@ ƤçOƤ,QáHBƦLHçO ƤçOƤ%OP@CçOƤDƤçƤ$HOPNHPçƤ&DCDN@JƤáĖçƤLçOOQDKƤcompetência

«>Å>Ғj}ŠÊ’>ÅÒÊ¡JÅjÒ_ŠÅjŠÕ¡Ò_¡ÒÕÅ>J>’‡¡, pois é competência «ÅŠå>Պå>Ò_>Ò3›Šę¡Ò­>ÅÕ±Ò ÝÝ]Ò]Ò®±Ƥ2HFáHfB@ƤMQDƤçƤNDFHKDƤPN@A@JGHOP@ƤĚƤçƤKDOKçƤDKƤPçCçOƤçOƤáƦâDHO

Ò Åj}Š˜jÒ ÕÅ>J>’‡ŠÊÕ>Ò «¡_jÒ ÊjÅÒ >«’ŠUėåj’Ò Õ>›Õ¡Ò «>Å>Ò >ÊÒ «jÊÊ¡>ÊÒ ßÅƩ_ŠU>ÊÒ _jÒ direito público quanto para as pessoas jurídicas de direito privado. Em ambos os

casos, a CLT é o diploma normativo regulador da relação de emprego. A diferença, basicamente, entre ser celetista na administração direta, autarquia ou fundação pública com personalidade de direito público e em empresa pública ou sociedade de economia mista diz respeito, em verdade, à condição do empregador e não à do empregado. Isto é, o regime jurídico é o mesmo: o celetista.

!OOHK ƤLçNƤDSDKLJç ƤCçHOƤDKLNDF@CçOƤDKƤQKƤKDOKçƤ,QáHBƦLHçƤhƤQKƤDKƤDK-LNDO@ƤLĥAJHB@ƤKQáHBHL@JƤDƤçƤçQPNçƤá@Ƥ@CKHáHOPN@ŒĖçƤCHNDP@ƤKQáHBHL@JƤhƤLçOOQDKƤçOƤ mesmos direitos e deveres face à CLT, todavia, se ambos necessitarem ingressar com reclamações trabalhistas, o desfecho pode ser diferente, pois os bens da em-presa pública podem ser penhorados (pessoa jurídica de direito privado) e os do ,QáHBƦLHç ƤLçNƤOQ@ƤâDU ƤáĖçƤLDOOç@ƤIQNƦCHB@ƤCDƤCHNDHPçƤLĥAJHBç Ƥ

-çƤB@OçƤDOLDBƦfBçƤC@ƤUnião, há a jŠÒ›ƹҝ±ÐÝÑìì] que dispõe sobre o regime de

j˜«Åj}¡Ò«ĨJ’ŠU¡Ò_¡Ò¿«jÊÊ¡>’Ò_>ÒĮ_˜Š›ŠÊÕÅ>Wę¡Òvj_jÅ>’Ò_ŠÅjÕ>]Ò>ßÕėźߊU>ÒjÒvߛ_>-cional”, há um tratamento levemente diferenciado para os empregados públicos das

LDOOç@OƤIQNƦCHB@OƤEDCDN@HOƤCDƤCHNDHPçƤLĥAJHBçƤ$DPDNKHá@Ƥ@Ƥ@LJHB@ŒĖçƤC@Ƥ#+3 ƤáçƤ@NPƤ 1º e, por outro lado, impõe restrições à resilição unilateral do contrato de trabalho, nos termos do art. 3º.

$DƤPçC@ƤEçNK@ ƤçƤK@HOƤNDJDâ@áPDƤĚƤBçKLNDDáCDNƤMQDƤ¡ÒÅj}Š˜jÒÕÅ>J>’‡ŠÊÕ>ÒjçŠÊÕjÒ

›>ÒĮ_˜Š›ŠÊÕÅ>Wę¡Ò'ĨJ’ŠU>]ÒÊj>Ò_ŠÅjÕ>ÒÊj>Ҋ›_ŠÅjÕ>]ÒĝÒÅj}ߒ>_¡Ò«j’>ÊÒ_ŠÊ«¡ÊŠWĥjÊÒ celetistas. Entretanto, como o empregador é a Administração Pública, deve haver

submissão dos empregados públicos às disposições constitucionais pertinentes como, por exemplo, o ingresso por concurso público e a vedação de acumulação de cargos e empregos públicos.

Há, ainda, o regime especial, que é aquele aplicável aos servidores temporários. þƤQKƤNDFHKDƤDOLDBƦfBç ƤCDƤá@PQNDU@Ƥ@CKHáHOPN@PHâ@ ƤDOP@ADJDBHCçƤDKƤJDHƤDOLDBƦfB@

$DOP@B@ ODƤ MQDƤ çƤ EçNçƤ BçKLDPDáPDƤ L@N@Ƥ OçJQBHçá@NƤ çOƤ JHPƦFHçOƤ DáâçJâDáCçƤ çOƤ agentes administrativos varia conforme o regime jurídico adotado. Assim, se for BDJDPHOP@ ƤODI@Ƥá@Ƥ@CKHáHOPN@ŒĖçƤCHNDP@ƤODI@Ƥá@ƤHáCHNDP@ ƤODNĔƤBçKLDPDáPDƤ@Ƥ*QOPHŒ@Ƥ do Trabalho. Em outro sentido, se for estatutário ou temporário, a competência será da justiça comum, federal ou estadual, conforme o caso.

(4)

Assim, para enfatizar, salienta-se que a Lei nº 8.112/90 traz o estatuto dos ser-vidores públicos civis federais e os litígios dele decorrentes serão dirimidos na *QOPHŒ@Ƥ&DCDN@J

¨±¨Ò,j}Š˜jÒßÅƩ_ŠU¡Òđ›ŠU¡

Antes da Constituição de 1988, admitia-se a coexistência de regimes diferentes á@Ƥ!CKHáHOPN@ŒĖçƤ/ĥAJHB@ƤD ƤL@N@ƤLġNƤfKƤ@ƤDOO@ƤOHPQ@ŒĖç ƤEçHƤHáOPHPQƦC@Ƥ@ƤçANHF@Pç-riedade de existência de regime jurídico único.

Nesse sentido, o >ÅÕ±Ò؝]Òcaput]Òj˜ÒÊß>ÒÅj_>Wę¡Ò¡ÅŠ}Š›>’:

ĮÅÕ±Ò؝±Ƥ!Ƥ4áHĖç ƤçOƤ%OP@CçO ƤçƤ$HOPNHPçƤ&DCDN@JƤDƤçOƤ,QáHBƦLHçOƤinstituirão, no âmbito de sua

competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

Pois bem, qual regime devia ser eleito como único?

O constituinte foi omisso a respeito, suscitando divergência doutrinária, uns en-tendendo que deveria ser oÒÅj}Š˜jÒjÊÕ>ÕßÕėŊ¡Ò­j’éÒ¡«jÊÒjŠÅj’’jÊ®, outros susten-tando que o ente político poderia optar entre o regime estatutário e o celetista para

ÊjÅÒ>«’ŠU>_¡Ò›>Ò>_˜Š›ŠÊÕÅ>Wę¡Ò_ŠÅjÕ>]қ>ÊÒ>ßÕ>źߊ>ÊÒjқ>ÊÒvߛ_>WĥjÊƤ,@NH@Ƥ2TJâH@Ƥ

Zanella ŠÒ'ŠjÕÅ¡, Celso Antônio Bandeira de MelloƤDƤ*çOĚƤCçOƤ2@áPçOƤ>Åå>’‡¡ÒŠ’‡¡) e, ainda, existindo a defesa de que U>_>Òj›ÕjÒ«¡_jŊ>ÒjÊU¡’‡jÅÒߘÒÅj}Š˜jÒ«>Å>ÒÊß>Ò

administração direta e outro para suas autarquias e fundações1.

$DOODƤ KçCç Ƥ KQHPçOƤ %OP@CçOƤ DOBçJGDN@KƤ çƤ NDFHKDƤ DOP@PQPĔNHçƤ D Ƥ L@N@Ƥ P@áPç Ƥ DJ@AçN@N@KƤOQ@OƤLNĠLNH@OƤJDHO ƤDƤFN@áCDƤL@NPDƤCçOƤ,QáHBƦLHçOƤçLPçQƤLDJçƤNDFHKDƤ celetista2.

Na esfera federal, na administração direta, autarquias e fundações públicas, G@âH@ƤDOP@PQPĔNHçO ƤNDFHCçOƤLDJçƤDOP@PQPçƤDáPĖçƤâHFDáPDƤ+DHƤáƵƤ ƤADKƤBçKçƤ celetistas. Para cumprir a exigência do regime jurídico único, ‡¡ßåjÒ >Ò ¡«Wę¡]Ò ›>Ò

3›Šę¡]Ò«j’¡ÒÅj}Š˜jÒjÊÕ>ÕßÕėŊ¡Òj]Ò>Êʊ˜]Òj›ÕÅ¡ßÒj˜ÒåŠ}¡Å]Òj˜Ò¨ì]Ò>ÒjŠÒ›ƹÒk±¨¨Ýѝì,

estabelecendo esse regime como sendo o regime jurídico único da administração

_ŠÅjÕ>Òvj_jÅ>’]Ò_jÒÊß>ÊÒ>ßÕ>źߊ>ÊÒjÒvߛ_>WĥjÊÒ«ĨJ’ŠU>ÊƤ)áBJQOHâD ƤáçƤ@NPƤ Ƥ`ƤƵ Ƥ

do estatuto, ‡¡ßåjÒ>ÒÕÅ>›Êv¡Å˜>Wę¡Ò_¡ÊÒj˜«Åj}¡ÊÒ«ĨJ’ŠU¡ÊÒj˜ÒU>Å}¡ÊÒ«ĨJ’ŠU¡Ê]Ò

ŠÊÕ¡Òĝ]Ò¡ÊÒUj’jՊÊÕ>ÊÒաś>Å>˜‰ÊjÒjÊÕ>ÕßÕėŊ¡Ê.

Todavia, a obrigatoriedade de só um regime não durou muito, pois a Emenda

¡›ÊՊÕßUŠ¡›>’Ò›ƹÒ¨Ñk alterou a redação daquele dispositivo:

ĮÅÕ±Ò؝±Ƥ!Ƥ4áHĖç ƤçOƤ%OP@CçO ƤçƤ$HOPNHPçƤ&DCDN@JƤDƤçOƤ,QáHBƦLHçOƤHáOPHPQH-rão conselho de política de administração e remuneração de pessoal,

Ƥ #çáEçNKDƤOƦáPDODƤDJ@AçN@C@ƤLçNƤ*çOĚƤCçOƤ2@áPçOƤ#@Nâ@JGçƤ&HJGçƤManual de direito administrativo. 19. DCƤ1HçƤCDƤ*@áDHNçƤ+QKDáƤ*QNHO ƤƤLƤ 

(5)

integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes (reda-ção dada pela EC 19/98).

Com isso, v¡ŠÒjçՊ›Õ>Ò>ÒjçŠ}Ğ›UŠ>Ò_¡ÒÅj}Š˜jҏßÅƩ_ŠU¡ÒĨ›ŠU¡.

Com fundamento na nova redação do caput do art. 39, na esfera federal, a Lei

›ƹҝ±ÐÝÑììÒtrouxe de volta a possibilidade de existir emprego público na adminis-tração direta federal e em suas autarquias e fundações públicas, juntamente com o regime estatutário.

%áPNDP@áPç ƤDKƤ ƤçƤ2QLNDKçƤ3NHAQá@JƤ&DCDN@J Ƥá@Ƥ!$)Ƥ ƤBçáBDCDQƤKDCHC@Ƥ liminar paraÒÊßÊ«j›_jÅÒ>ÒjwUėUŠ>Ò_¡Ò>ÅÕ±Ò؝]Òcaput] da Constituição, por vício formal na aprovação da Emenda nº 19/98, com efeitos ex nunc, “subsistindo a legislação editada nos termos da emenda declarada suspensa”. Com isso, volta a valer a re-dação original daquele dispositivo constitucional.

ĮÒjçŠ}Ğ›UŠ>Ò_¡ÒÅj}Š˜jҏßÅƩ_ŠU¡ÒĨ›ŠU¡ÒjÊÕėÒ_jÒ塒Õ>. Com ele, ressuscita-se, na

CçQPNHá@ Ƥ@ƤCHOBQOOĖçƤOçANDƤMQ@JƤCDâDƤODNƤçƤNDFHKDƤIQNƦCHBçƤĥáHBçƤ,@O ƤáĖçƤçAOP@áPDƤ a celeuma doutrinária, é possível notar na decisão da suprema corte uma inclinação para a escolha do regime estatutário, pois, após haver menção à falta de quorum MQ@JHfB@CçƤL@N@Ƥ@Ƥ@LNçâ@ŒĖçƤC@Ƥ@JPDN@ŒĖçƤLNDPDáCHC@ƤáçƤ@NPƤ Ƥcaput, destaca-se que se manteve, ¿>Êʊ˜]Ò¡Òj›Õę¡ÒåŠ}j›ÕjÒcaputÒ_¡Ò>ÅÕ±Ò؝]ÒºßjÒÕÅ>Õ>å>Ò_¡ÒÅj}Š˜jÒ

ßÅƩ_ŠU¡ÒĨ›ŠU¡]Ҋ›U¡˜«>ÕƩåj’ÒU¡˜Ò>Òw}ßÅ>Ò_¡Òj˜«Åj}¡Ò«ĨJ’ŠU¡À.

$DâDƤODNƤNDOO@JP@CçƤMQD Ƥá@MQDJ@ƤCDBHOĖç ƤK@áPDâD ODƤ@ƤJDFHOJ@ŒĖçƤDCHP@C@Ƥ@LĠOƤ @Ƥ%#ƤƤDƤ@áPDNHçNƤ@çƤIQJF@KDáPçƤC@Ƥ!$)Ƥ!OOHK Ƥá@ƤDOEDN@ƤEDCDN@J Ƥ@ƤjŠÒ›ƹҝ±ÐÝÑììÒ

continua em vigor e as contratações realizadas com fundamento nela permanecem

HáP@BP@OƤ3çC@âH@ Ƥ@LĠOƤ@ƤCDBHOĖçƤCçƤ23& Ƥnão podem ocorrer novas contratações valendo-se daquela lei.

)OOçƤOHFáHfB@ƤMQD Ƥá@ƤDOEDN@ƤEDCDN@J ƤDáPNDƤçOƤ@áçOƤCDƤƤDƤ ƤEçHƤLçOOƦâDJƤ@Ƥ contratação de empregados públicos para as pessoas jurídicas de direito público. No DáP@áPç Ƥ@LĠOƤ@ƤCDBHOĖçƤCçƤ23& ƤP@JƤLNĔPHB@ƤDOPĔƤâDC@C@Ƥ%KƤNDOQKç ƤODƤEçNƤLDOOç@Ƥ jurídica de direito privado integrante da administração indireta federal (empresa pública, sociedade de economia mista e fundação pública com personalidade de direito privado), a contratação será sob o regime celetista (empregados públicos) e]Ò por outro lado, se for pessoa jurídica de direito público (União, autarquia federal, fundação pública federal com personalidade de direito público), o regime jurídico deverá ser o estatutário, isto é, será o estabelecido pelaÒjŠÒ›ƹÒk±¨¨Ýѝì]ÒÊ>’å¡ÒÊjÒ

(6)

ƤƤ Ƥ Ƥ Ƥ  Regime Jurídico Único RJU Servidores federais Fim do Regime Jurí-dico Único Emprego 'ĨJ’ŠU¡ 3›Šę¡]Ò>ßÕ±Ò jÒvߛ_± Retorno do Regime Jurídico Único #& Ƥ@NPƤ Ƥ

caput Lei nº 8.112 EC 19, art. 39, caput Lei nº 9.962 !$)Ƥ

ÝÒ .' .č .Ò', Į, .Ò­Į,0 .Ò¨ƹÒĮÒ{ƹ®

Título I Capítulo Único

Das Disposições Preliminares

ĮÅÕ±Ò¨ƹÒ%OP@Ƥ+DHƤHáOPHPQHƤçƤ1DFHKDƤ*QNƦCHBçƤCçOƤ2DNâHCçNDOƤ/ĥAJHBçOƤ#HâHOƤC@Ƥ4áHĖç ƤC@OƤ

autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.

ĮÅÕ±ÒÝƹ Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo

público.

ĮÅÕ±ÒØƹÒCargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na

estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

ĮÅÕ±Ò{ƹÒÉ proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

ݱ¨Òü˜JŠÕ¡Ò_jÒ>«’ŠU>Wę¡Ò_>ÒjŠÒ›ƹÒk±¨¨Ýѝì

Conforme visto anteriormente, característica do regime estatutário é a plurali-dade normativa, pois cada ente político tem competência para legislar a respeito, desde que obedecidas as disposições constitucionais sobre o tema.

Assim, a Lei nº 8.112/90 tem aplicação restrita à Administração Pública federal, mas não em sua totalidade, pois há restrições na administração indireta.

!Ƥ!CKHáHOPN@ŒĖçƤ$HNDP@ƤĚƤçƤconjunto dos órgãos públicos que integram as

pes-soas jurídicas políticas.

$DƤ@BçNCçƤBçKƤçƤ@NPƤƵ Ƥ) ƤCçƤ$DBNDPç +DHƤ Ƥ@Ƥ!CKHáHOPN@ŒĖçƤ$HNDP@ƤbODƤ constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da 1DLĥAJHB@ƤDƤCçOƤ,HáHOPĚNHçOpƤ%OODƤĚƤçƤKçCDJçƤMQD ƤP@KAĚK ƤCDâDƤODNƤODFQHCçƤá@OƤ

(7)

esferas estadual e municipal. Atenção! Apesar de, no dispositivo legal mencionado, ter sido considerada, apenas, a estrutura do Poder Executivo, numa acepção restrita de administração direta, a função administrativa não é privativa dos órgãos desse LçCDNƤD Ƥ@çƤBçáPNĔNHç ƤP@KAĚKƤĚƤCDODKLDáG@C@ƤLDJçOƤĠNFĖçOƤCçƤ/çCDNƤ*QCHBHĔNHçƤ e do Poder Legislativo, só que de forma atípica.

Nesse sentido, a administração direta federal refere-se a uma pessoa jurídica

só: a União. E, no interior desta, existem os ģÅ}ę¡ÊÒ_¡Ò'¡_jÅÒ çjUßÕŠå¡ (Presidência,

,HáHOPĚNHçO ƤDPB Ƥ_¡Ò'¡_jÅÒj}ŠÊ’>Պå¡Ƥ#ĕK@N@ƤCçOƤ$DLQP@CçO Ƥ2Dá@CçƤ&DCDN@J ƤDƤ os _¡Ò'¡_jÅÒß_ŠUŠėŊ¡Ƥ23& Ƥ23* Ƥ32% Ƥ323 Ƥ31&O Ƥ313O ƤDPB Ƥ-ĖçƤLçCDKƤODNƤDOMQDBHCçO Ƥ também, o Tribunal de Contas da UniãoƤhƤ@QSHJH@ƤçƤ/çCDNƤ+DFHOJ@PHâçƤá@ƤEQáŒĖçƤCDƤ fOB@JHU@ŒĖç ƤK@OƤáĖçƤĚƤOQAçNCHá@CçƤēOƤB@O@OƤJDFHOJ@PHâ@OƤh ƤçƤŠ›ŠÊÕĝŊ¡Ò'ĨJ’ŠU¡Ò_>Ò

3›Šę¡ÒjÒ>Ò jvj›Ê¡ÅŠ>Ò'ĨJ’ŠU>Ò_>Ò3›Šę¡.

Em todos esses órgãos federais, há cargos públicos e a Lei nº 8.112/90 é o esta-tuto regulador das relações funcionais existente. Entretanto, é necessário advertir que o Estatuto não tem aplicação aos que exercem mandato eletivo (Presidente da 1DLĥAJHB@ Ƥ2Dá@CçNDO Ƥ$DLQP@CçOƤ&DCDN@HO ƤDKƤN@UĖçƤC@Ƥ#çáOPHPQHŒĖçƤ&DCDN@JƤCHOLçNƤ diretamente sobre seu regime funcional e, também, aos membros da magistratura e ,HáHOPĚNHçƤ/ĥAJHBç ƤLçNƤDSHOPHNƤJDHOƤçNFĕáHB@OƤDOLDBƦfB@OƤNDFQJ@CçN@OƤCDOO@OƤB@PDFçNH@OƤ de agentes públicos.

%KƤNDJ@ŒĖçƤēƤ@CKHáHOPN@ŒĖçƤHáCHNDP@ ƤĚƤLçOOƦâDJƤCDfáH J@ƤBçKç “o conjunto das

«jÊÊ¡>ÊÒ>_˜Š›ŠÊÕÅ>Պå>Ê]ÒU¡˜Ò«jÅÊ¡›>’Š_>_jÒ_jÒ_ŠÅjŠÕ¡Ò«ĨJ’ŠU¡Ò¡ßÒ_jÒ_ŠÅjŠÕ¡Ò«ÅŠå>_¡]Ò «>ÕŊ˜Ĥ›Š¡Ò«Åģ«ÅŠ¡ÒjÒ>ßÕ¡›¡˜Š>Ò>_˜Š›ŠÊÕÅ>Պå>]Ò力Uߒ>_>ÊÒĖÒ>_˜Š›ŠÊÕÅ>Wę¡Ò_ŠÅjÕ>]Ò UŊ>_>ÊÒ«>Å>Ò¡Ò_jÊj˜«j›‡¡Ò_jÒ_jÕj؊›>_>Ò>ՊåŠ_>_jÒ>_˜Š›ŠÊÕÅ>Պå>”3.

Na administração indireta, como se depreende desse conceito, há pessoas sub-metidas ao regime de direito público e outras regidas pelo regime de direito privado (na verdade, regime híbrido, pois há, na verdade, aplicação das regras privadas, derrogadas por outras de direito público) e, assim, a Lei nº 8.112/90 somente em aplicação às pessoas jurídicas de direito público e é incompatível com as pessoas jurídicas de direito privado.

Portanto, na administração indireta federal,

>«’ŠU>‰ÊjÒ>ÒjŠÒ›ƹÒk±¨¨ÝѝìÒĖÊÒ>ßÕ>Å-ºßŠ>Ê]ÒĖÊÒvߛ_>WĥjÊÒ«ĨJ’ŠU>ÊÒ_jÒ_ŠÅjŠÕ¡Ò«ĨJ’ŠU¡Òj]Ò«¡ÅÒ¡ßÕšҒ>_¡]қę¡ÒÊjÒ>«’ŠU>]ÒĖÊÒ Ê¡UŠj_>_jÊÒ_jÒjU¡›¡˜Š>ҘŠÊÕ>ÒjÒĖÊÒj˜«ÅjÊ>ÊÒ«ĨJ’ŠU>Ê.

ݱÝÒ>Å}¡Ò«ĨJ’ŠU¡]Òj˜«Åj}¡Ò«ĨJ’ŠU¡ÒjÒvߛWę¡Ò«ĨJ’ŠU>

A Constituição delimitou a competência administrativa entre os entes da federa-ŒĖçƤ%OP@ADJDBDQƤçƤMQDƤĚƤDSBJQOHâçƤC@Ƥ4áHĖç ƤçƤMQDƤĚƤCçOƤ,QáHBƦLHçO ƤçƤMQDƤĚƤBçKQKƤ a todos e deixou as atividades remanescentes para os Estados. Os entes políticos, em razão das competências a eles constitucionalmente atribuídas, organizam sua

Ƥ ".13.+%3. Ƥ+D@áCNçƤDireito Administrativo: para os concursos de analistaƤƤDCƤ2@Jâ@CçNƤ*QOLçCHâK Ƥ ƤLƤ

(8)

estrutura administrativa, de maneira a desempenhar a atividade administrativa de forma centralizada ou descentralizada. Para tanto, criam órgãos e pessoas jurídicas.

Todavia, para ocorrer a manifestação de vontade da pessoa política ou da pessoa administrativa, é necessária a intervenção do ser humano, da pessoa física, que é o agente público. Cada agente público deve desenvolver as atribuições inerentes ao cargo ou emprego público que ocupa ou à função pública que desempenha.

Assim, o agente público ocupa um cargo público, que está inserido em um órgão público, o qual, por sua vez, integra uma pessoa jurídica.

A propósito, >ÒU¡˜«jÕĞ›UŠ>Ғj}ŠÊ’>Պå>ÒĝÒ«Åģ«ÅŠ>Ò_jÒU>_>Òj›ÕjÒ«¡’ƩՊU¡±ÒAssim, lei federal cria cargos federais, lei estadual cria cargos estaduais, lei distrital cria cargos distritais e lei municipal cria cargos municipais. Em relação à jçՊ›Wę¡, esta, também, ÊjÒ_ėÒ«¡ÅҘjŠ¡Ò_jҒjŠ]ÒÊ>’å¡]қ>ÒjÊvjÅ>Òvj_jÅ>’]ÒÊjÒv¡ÅÒU>Å}¡Òå>}¡, caso em MQDƤ@ƤDSPHáŒĖçƤLçCDNĔƤODNƤEDHP@ƤLDJçƤ/NDOHCDáPDƤC@Ƥ1DLĥAJHB@ ƤLçNƤKDHçƤCDƤdecreto

autônomo ƤáçOƤPDNKçOƤCçƤ@NPƤ Ƥ5) ƤC@Ƥ#çáOPHPQHŒĖçƤ&DCDN@J

O acesso ao cargo público não, necessariamente, será via concurso público, pois HOOçƤCDLDáCDNĔƤCDƤçƤB@NFçƤODNƤDEDPHâçƤçQƤDKƤBçKHOOĖçƤ$DƤMQ@JMQDNƤEçNK@ Ƥo cargo

ĝÒ«Åģ«ÅŠ¡Ò_>ÊÒ«jÊÊ¡>ÊÒ_jÒ_ŠÅjŠÕ¡Ò«ĨJ’ŠU¡]ÒĝҊ›jÅj›ÕjÒ>¡ÒÅj}Š˜jÒjÊÕ>ÕßÕėŊ¡]қę¡Ò sendo compatível com as pessoas jurídicas de direito privado da Administração

Pública, isto é, não existe cargo público nas empresas públicas e nas sociedades de economia mista.

-@ƤCçQPNHá@ ƤLçCDƤODNƤ@LçáP@C@Ƥ@ƤODFQHáPDƤCDfáHŒĖçƤL@N@Ƥcargos públicos:

são as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com denomi-á@ŒĖçƤLNĠLNH@ ƤNDPNHAQƦC@OƤLçNƤLDOOç@OƤIQNƦCHB@OƤCDƤ$HNDHPçƤ/ĥAJHBçƤDƤ criadas por lei, salvo quando concernentes aos serviços auxiliares do Legislativo, caso em que se criam por resolução, da Câmara ou do

Se-nado, conforme se trate de serviços de uma ou de outra destas Casas.

-@Ƥ+DHƤáƵƤ ƤGĔƤCDfáHŒĖçƤCDƤcargo público no art. 3º: “o conjunto de

atri-buições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor” e podem ser providos em caráter efetivo ou em comissão.

O local ocupado pelo agente público contratado para desempenhar suas atri-buições sob o regime celetista é o emprego público. Assim, empregos públicos são “núcleos de encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sob regime trabalhista”Ƥ$@ƤKDOK@ƤEçNK@ƤMQDƤ

os cargos, os empregos permanentes são criados por lei.

Ƥ ,%++. Ƥ#DJOçƤ!áPġáHçƤ"@áCDHN@ƤCDƤCurso de direito administrativoƤƤDCƤ2ĖçƤ/@QJçƤ,@JGDHNçO ƤƤLƤ 

(9)

Além do cargo e do emprego, que possuem individualidade própria, há atribui-ções desempenhadas por agentes públicos sem que possuam um cargo ou emprego, isto é, um U¡›ß›Õ¡Ò_jÒ>ÕŊJߊWĥjÊÒ_jÊ力Uߒ>_>ÊÒ_jÒU>Å}¡Ò¡ßÒj˜«Åj}¡]Ò>¡Òºß>’Ò

ÊjÒ_ėҡқ¡˜jÒ_jÒvߛWę¡]Òque pode ser de duas espécies: a função exercida por servidores temporários e a função de _ŠÅjWę¡]ÒU‡jw>ÒjÒ>ÊÊjÊÊ¡Å>˜j›Õ¡ (função de

Bçáf@áŒ@ Ƥ@PNHAQƦC@Ƥ@ƤODNâHCçNDOƤPHPQJ@NDOƤCDƤB@NFçƤDEDPHâç6.

Assim, a função pode existir sem cargo público ou emprego público, mas o inverso não é verdadeiro, quer dizer, todo cargo público e todo emprego público possuem atribuições que devem ser desempenhadas por seus ocupantes.

ݱØÒ7j_>Wę¡Ò>¡ÒÊjÅåŠW¡Ò}Å>Õߊա

-çOƤPDNKçOƤCçƤ@NPƤƵƤC@Ƥ+DHƤáƵƤ Ƥé “proibida a prestação de serviços

}Å>ÕߊաÊ]ÒÊ>’å¡Ò¡ÊÒU>Ê¡ÊÒ«ÅjåŠÊÕ¡ÊÒj˜Ò’jŠ”.

A lei pretende evitar o enriquecimento ilícito do Estado e, ainda, dar efetividade às disposições constitucionais que tutelam os trabalhadores como, por exemplo, a F@N@áPH@ƤCDƤO@JĔNHçƤKƦáHKçƤ@NPƤƵ Ƥ)5 

Entretanto, pode surgir dúvida de quais são os casos em que a legislação autoriza çƤPN@A@JGçƤFN@PQHPçƤDƤDOO@OƤGHLĠPDODOƤOĖçƤ@MQDJ@O ƤBçáEçNKDƤ@LçáP@Ƥ)â@áƤ"@NAçO@Ƥ1H-golin, denominadas de relevante utilidade pública ou de relevante interesse público,

conforme inúmeras leis referem, ou ainda aqueles casos de participação do cidadão em comissões instituídas pelo Poder Público, para os mais â@NH@CçOƤfáOƤ2HFáHfB@ Ƥ@HáC@Ƥ@ƤDSBDŒĖçƤçƤB@OçƤCDƤODNâHŒçƤDKƤIĥNHƤçQƤCçƤ trabalho em eleições, campanhas, serviço militar obrigatório ou outros serviços ocasionalmente necessários à União, cuja natureza excepcional çQƤçB@OHçá@JƤáĖçƤIQOPHfB@Ƥ@ƤBNH@ŒĖçƤCDƤB@NFçO

ØÒ', 7 0 Ò­Į,0 .ÒxƹÒĮ ÒØÝ® ر¨Ò ŠÊ«¡ÊŠWĥjÊÒ}jÅ>ŠÊ

Título II

Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição Capítulo I

Do Provimento Seção I Disposições Gerais

ĮÅÕ±ÒxƹÒSão requisitos básicos para investidura em cargo público:

I - a nacionalidade brasileira;

Ƥ $)Ƥ/)%31. Ƥ,@NH@Ƥ2TJâH@Ƥ9@áDJJ@ƤDireito administrativoƤƤDCƤ2ĖçƤ/@QJçƤ!PJ@O ƤƤLƤ  Ƥ Comentários ao regime jurídico único dos servidores públicos civisƤƤDCƤ2ĖçƤ/@QJçƤ2@N@Hâ@ ƤƤLƤ

(10)

II - o gozo dos direitos políticos;

III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; )5Ƥ ƤçƤáƦâDJƤCDƤDOBçJ@NHC@CDƤDSHFHCçƤL@N@ƤçƤDSDNBƦBHçƤCçƤB@NFç 5Ƥ Ƥ@ƤHC@CDƤKƦáHK@ƤCDƤCDUçHPçƤ@áçO 5)Ƥ Ƥ@LPHCĖçƤEƦOHB@ƤDƤKDáP@J `ƤƵƤ!OƤ@PNHAQHŒĢDOƤCçƤB@NFçƤLçCDKƤIQOPHfB@NƤ@ƤDSHFěáBH@ƤCDƤçQPNçOƤNDMQHOHPçOƤDOP@-belecidos em lei. `ƤƵƤ÷OƤLDOOç@OƤLçNP@CçN@OƤCDƤCDfBHěáBH@ƤĚƤ@OODFQN@CçƤçƤCHNDHPçƤCDƤODƤHáOBNDâDNƤDKƤ concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a CDfBHěáBH@ƤCDƤMQDƤOĖçƤLçNP@CçN@OƤL@N@ƤP@HOƤLDOOç@OƤODNĖçƤNDODNâ@C@OƤ@PĚƤƤâHáPDƤ por cento) das vagas oferecidas no concurso.

`ƤƵƤ!OƤQáHâDNOHC@CDOƤDƤHáOPHPQHŒĢDOƤCDƤLDOMQHO@ƤBHDáPƦfB@ƤDƤPDBáçJĠFHB@ƤEDCDN@HOƤLç-derão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo BçKƤ@OƤáçNK@OƤDƤçOƤLNçBDCHKDáPçOƤCDOP@Ƥ+DHƤ)áBJQƦCçƤLDJ@Ƥ+DHƤáƵƤ ƤCDƤ

ĮÅÕ±ÒÐƹÒO provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade

com-petente de cada Poder.

ĮÅÕ±ÒÍƹÒA investidura em cargo público ocorrerá com a posse. ĮÅÕ±ÒkƹÒÒSão formas de provimento de cargo público:

I - nomeação; II - promoção; )))Ƥ Ƥ1DâçF@CçƤLDJ@Ƥ+DHƤáƵƤ ƤCDƤ )5Ƥ Ƥ1DâçF@CçƤLDJ@Ƥ+DHƤáƵƤ ƤCDƤ 5Ƥ ƤND@C@LP@ŒĖç 5)Ƥ ƤNDâDNOĖç 5))Ƥ Ƥ@LNçâDHP@KDáPç 5)))Ƥ ƤNDHáPDFN@ŒĖç IX - recondução.

Para que seja possível a investidura de alguém em um cargo público federal, a lei estabelece requisitos básicosƤ@NPƤƵ Ƥcaput):

>®Ò ser brasileiro;

J®Ò estar no gozo dos direitos políticos;

U®Ò estar adimplente com as obrigações militares e eleitorais; _®Ò ter o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; j®Ò ter a idade mínima de dezoito anos;

(11)

Quanto à nacionalidade, é necessário recordar que a Constituição Federal admite o >UjÊÊ¡Ò _jÒ jÊÕÅ>›}jŠÅ¡ÊÒ >¡ÊÒ U>Å}¡ÊÒ «ĨJ’ŠU¡Ê]Ò ›>Ò v¡Å˜>Ò _>Ò ’jŠ] a qual, todavia, ainda não existe e, por isso, a regra é que os cargos federais sejam ocu-pados apenas por brasileiros. Entretanto, no caso das universidades, o >ÅÕ±ÒÝìÍ,

ËÒ¨ƹ] permite a contratação de professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na

forma da lei, pelo que, o

>ÅÕ±Òxƹ]ÒËÒØƹ]Ò_>ÒjŠÒ›ƹÒk±¨¨ÝѝìÒ>_˜ŠÕjÒºßjÒ>ÊÒߛŠåjÅʊ-_>_jÊÒjҊ›ÊՊÕߊWĥjÊÒvj_jÅ>ŠÊÒ_jÒ«jʺߊÊ>ÒUŠj›ÕƩwU>ÒjÒÕjU›¡’ģ}ŠU>Ò«¡ÊÊ>˜Ò>_˜ŠÕŠÅÒ «Å¡wÊʊ¡›>ŠÊÒjÊÕÅ>›}jŠÅ¡Ê±Ò

Outra ressalva relevante deve ser feita em relação ao nível de escolaridade, porque, conforme a .Ĩ˜ß’>ÒÝÐÐÒ_¡Ò.ß«jŊ¡ÅÒ0ŊJߛ>’Ò_jÒßÊՊW>, o “diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na

inscrição para o concurso público”.

Além dos requisitos básicos anteriormente indicados, é possível que outros

Êj>˜ÒjÊÕ>Jj’jUŠ_¡Ê]ÒU¡›v¡Å˜jÒ>ÊÒ>ÕŊJߊWĥjÊÒ_¡ÒU>Å}¡Ƥ@NPƤƵ Ƥ`ƤƵ Ƥ%áPNDP@áPç Ƥ

esses outros requisitos não podem ser estabelecidos aleatoriamente, pois não “é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público”Ò­.Ĩ˜ß’>Ò¨{]Ò.0® e, assim, “só por lei se pode su-jeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público” ­.Ĩ˜ß’>Ò

7Š›Uߒ>›ÕjқƹÒ{{®Ƥ,DOKçƤLNDâHOPçƤDKƤJDH ƤçƤbJHKHPDƤCDƤHC@CDƤL@N@Ƥ@ƤHáOBNHŒĖçƤDKƤ

BçáBQNOçƤLĥAJHBçƤOĠƤODƤJDFHPHK@ƤDKƤE@BDƤCçƤ@NPƵ Ƥ777 ƤC@Ƥ#çáOPHPQHŒĖç ƤMQ@áCçƤ LçOO@ƤODNƤIQOPHfB@CçƤLDJ@Ƥá@PQNDU@ƤC@OƤ@PNHAQHŒĢDOƤCçƤB@NFçƤ@ƤODNƤLNDDáBGHCçpƤ

­.Ĩ˜ß’>ÒÐkØ]Ò.0®±

#QKLNDƤCDOP@B@N ƤP@KAĚK ƤMQDƤ@Ƥ#çáOPHPQHŒĖçƤ&DCDN@JƤCDPDNKHá@ ƤáçƤ@NPƤ Ƥ5))) Ƥ estabelece que “a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para

>ÊÒ«jÊÊ¡>ÊÒ«¡ÅÕ>_¡Å>ÊÒ_jÒ_jwUŠĞ›UŠ>ÒDƤCDfáHNĔƤçOƤBNHPĚNHçOƤCDƤOQ@Ƥ@CKHOOĖçpƤ-çƤ

caso dos concursos para os cargos regidos pela jŠÒ›ƹÒk±¨¨Ýѝì, esse percentual é, no ˜ė犘¡]Ò_jÒÝì°Ò@NPƤƵ Ƥ`ƤƵ ± Em geral, os editais adotam o percentual de

x°, previsto no jUÅjաқƹÒرݝkѝƤhƤMQDƤNDFQJ@KDáP@Ƥ@Ƥ+DHƤáƵƤƤhƤBçKçƤ mínimo a ser adotado.

Além da reserva de vagasƤL@N@Ƥ@OƤLDOOç@OƤBçKƤCDfBHěáBH@ Ƥ@Ƥ+DHƤáƵƤƤ determina que Ýì° das vagas “oferecidas nos concursos públicos para pro-vimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração

pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas

e das sociedades de economia mista controladas pela União” serão reservadas aos negros, sempre que o número de vagas for superior a 3 (art. 1º), poden-do concorrer a essas vagas aqueles que se autodeclararem pretos ou parpoden-dos no ato da inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou raça uti-JHU@CçƤ LDJçƤ )"'%Ƥ @NPƤ Ƶ Ƥ !Ƥ KDCHC@Ƥ HKLJDKDáP@C@Ƥ LçNƤ DOO@Ƥ JDHƤ PDKƤ á@PQNDU@Ƥ CDƤ @ŒĖçƤ @fNK@PHâ@ Ƥ NDOPNHáFD ODƤ ēƤ DOEDN@Ƥ EDCDN@JƤ DƤ PDKƤ CQN@ŒĖçƤ CDPDNKHá@C@Ƥ 10 anos (art. 6º).

(12)

f RESERVA DE VAGAS Deficientes Negros ĮÅÕ±ÒØÍ]Ƥ5))) Ƥ#&ƤCDPDNKHá@ƤMQDƤJDHƤNDODNâ@NĔƤ o percentual de vagas %OEDN@ƤEDCDN@JƤ@NPƤƵ Ƥ`ƤƵ ƤC@Ƥ+DHƤáƵƤ %OEDN@ƤEDCDN@JƤ+DHƤ ,ĔSHKçƤCDƤƤC@OƤâ@F@O ƤC@OƤâ@F@O

$QN@ŒĖçƤHáCDPDNKHá@C@ Pelo período de 10 anos

O >Õ¡Ò_jÒÊjÒ«Å¡åjÅÒ¡ÒU>Å}¡Ò«ĨJ’ŠU¡ÒĝÒU‡>˜>_¡Ò_jҫš劘j›Õ¡. Por meio dele, o cargo deixa de ser vago e passa a ser provido. Ocorre tanto nos cargos efetivos quanto nos cargos em comissão e, assim, há o provimento efetivo e o provimento em comissão.

Em relação ao provimento, ainda, há o provimento originário e o provimento

derivado. >ºßj’j]Ò>Ҋ›åjÊՊ_ßÅ>Òno cargo integrante de determinada carreira é feita

pela primeira vez, de modo inaugural e, ao contrário,қ¡Ò«Å¡åŠ˜j›Õ¡Ò_jŊå>_¡]Ò>Ò

investidura é decorrente, ou seja, só é possível ocorrer uma das formas de

provi-mento derivado se o servidor já for ocupante de cargo. Só há proviprovi-mento derivado se antes houve o provimento originário.

Na Lei nº 8.112/90, as formas de provimento são (art. 8º): nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, recondução, e reintegração.

$DOO@O Ƥ@Ƥnomeação é a única forma de provimento originário e as demais são

_jŊå>_>ʱ

Por exemplo, há provimento originário quando há a posse, após aprovação em BçáBQNOçƤLĥAJHBç ƤáçƤB@NFçƤCDƤ!á@JHOP@Ƥ*QCHBHĔNHçƤCDƤCDPDNKHá@CçƤ3NHAQá@JƤ1DFHçá@JƤ Eleitoral e, por outro lado, ao ser promovido nessa carreira (por exemplo, de Ana-JHOP@Ƥ*QCHBHĔNHç Ƥ#J@OODƤ! Ƥ/@CNĖçƤ ƤL@N@Ƥ!á@JHOP@Ƥ*QCHBHĔNHç Ƥ#J@OODƤ" Ƥ/@CNĖçƤ ƤGĔƤ provimento derivado.

Į0 ý t

Ascensão e transferência não são formas de provimento; são inconstitucionais. No art. 8º,

áçOƤHáBHOçOƤ)))ƤDƤ)5 ƤG@âH@Ƥ@ƤLNDâHOĖçƤC@Ƥ@OBDáOĖçƤDƤC@ƤPN@áOEDNěáBH@ ƤK@OƤ@KAçOƤEçN@KƤND-âçF@CçOƤLDJ@Ƥ+DHƤáƵƤƤ,DOKçƤ@áPDOƤC@ƤNDâçF@ŒĖç ƤçƤ2QLNDKçƤ3NHAQá@JƤ&DCDN@JƤIĔƤ@OƤ considerava inconstitucionais porque, com a adoção no texto constitucional do acesso aos cargos públicos via concurso público, somente as hipóteses constantes da própria Consti-tuição legitimam a dispensa do certame como, por exemplo, a nomeação para cargo em comissão e, assim, na Į ÒÝبÑ,, restou decidido que “banidas das formas de investidura

>_˜ŠÕŠ_>ÊÒ«j’>Ò¡›ÊՊÕߊWę¡Ò>Ò>ÊUj›Êę¡ÒjÒ>ÒÕÅ>›ÊvjÅĞ›UŠ>]Òque são formas de ingresso em

carreira diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por concurso, e que não são, por isso mesmo, ínsitas ao sistema de provimento em carreira, ao contrário do que sucede com a promoção, sem a qual obviamente não haverá carreira, mas, sim, uma su-BDOOĖçƤ@OBDáCDáPDƤCDƤB@NFçOƤHOçJ@CçOpƤ$DOODƤKçCç ƤLçNƤDSDKLJç ƤMQDKƤçBQL@ƤçƤB@NFçƤCDƤ 3ĚBáHBçƤ*QCHBHĔNHçƤDƤMQDNƤHáFNDOO@NƤáçƤCDƤ!á@JHOP@Ƥ*QCHBHĔNHçƤCDâDƤLNDOP@NƤBçáBQNOçƤLĥAJHBç

Referências

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