2017
3.ª
edição revista e atualizadaLEANDRO BORTOLETO
TRIBUNAIS e MPU
Coordenador
HENRIQUE CORREIA
SERVIDOR
PÚBLICO FEDERAL
Leis 8.112/90 e 11.416/06
PARA OS CONCURSOS DE TÉCNICO E ANALISTA DOS TRIBUNAIS E DO MPU
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1 REGIMES JURÍDICOS FUNCIONAIS E O REGIME JURÍDICO ÚNICOHá regimes diferentes pelos quais o Estado se relaciona com o seu pessoal. Há o regime estatutário, o trabalhista e o especial.
O regime estatutário ou legal é aquele em que o conjunto de regras reguladoras
_¡ÒÊjÅå_¡ÅÒU¡Ò>ÒĮ_ÊÕÅ>Wę¡ÒjÊÕėÒÊjÅ_¡ÒjÒjÒjÊ«jUƩwU>]ÒU¡jU_>ÊÒU¡¡Ò estatuto. O vínculo estabelecido não é contratual e sim legal.
O regime estatutário é aplicável a quem?
Esse regime é próprio das pessoas jurídicas de direito público, assim, é admitido na administração direta, nas autarquias e nas fundações com regime de direito pú-blico. Não é possível sua adoção nas pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas com regime de direito privado). Nas pessoas de direito público, o regime estatutário é restrito aos ocupantes
de cargo público, não servindo aos empregados públicos.
#çKçƤCHPçƤçƤDOP@PQPçƤĚƤQK@ƤJDHƤDOLDBƦfB@Ƥ,@OƤJDHƤCDƤMQ@JƤDáPDƤ
ę¡ÒėÒß>ÒjÒÊģ±Ò'j¡ÒU¡ÕÅėÅ¡]ÒėÒ_åjÅÊ>ÊÒjÊÒj]Ò«¡ÅÕ>Õ¡]ÒåėÅ¡ÊÒjÊÕ>ÕßÕ¡Ê]Ò
LçHOƤB@ADƤ@ƤB@C@ƤDáPDƤLçJƦPHBçƤJDFHOJ@NƤ@ƤNDOLDHPçƤçQƤODI@ƤB@C@Ƥ,QáHBƦLHçƤDƤB@C@Ƥ%OP@-do podem ter os seus. Por exemplo, o estatuto LçHOƤB@ADƤ@ƤB@C@ƤDáPDƤLçJƦPHBçƤJDFHOJ@NƤ@ƤNDOLDHPçƤçQƤODI@ƤB@C@Ƥ,QáHBƦLHçƤDƤB@C@Ƥ%OP@-dos serviLçHOƤB@ADƤ@ƤB@C@ƤDáPDƤLçJƦPHBçƤJDFHOJ@NƤ@ƤNDOLDHPçƤçQƤODI@ƤB@C@Ƥ,QáHBƦLHçƤDƤB@C@Ƥ%OP@-dores públicos civis federais está previsto na Lei nº 8.112/90 e, de outro lado, o estatuto dos servidores públicos civis do Estado de São Paulo está inserido na Lei Estadual nº 10.261/68 e o estatuto dos ODNâHCçNDOƤCçƤ,QáHBƦLHçƤCçƤ1HçƤCDƤ*@áDHNçƤá@Ƥ+DHƤ,QáHBHL@JƤáƵƤƤ
Não obstante todos os entes políticos possuam competência legislativa para dispor sobre o estatuto, o conjunto de normas referente aos seus servidores deve, obrigatoriamente, observar as disposições constitucionais a respeito como, por exemplo, sobre a forma de ingresso, a acumulação de cargos, a aposentadoria e o teto remuneratório.
O Åj}jÒÕÅ>J>ÊÕ>Ò¡ßÒUjjÕÊÕ>Ò¡ßÒU¡ÕÅ>Õß> é aquele aplicável aos
emprega-dos públicos, que são aqueles contrataemprega-dos para trabalhar na Administração Pública
sob o Åj}jÒÕÅ>J>ÊÕ>]ÒUjjÕÊÕ>. Ao contrário do estatutário, no regime celetista
>ÒÅj>Wę¡Ò_jÒj«Åj}¡ÒĝÒÅj}ß>_>Ò«j>Ò¡Ê¡_>Wę¡Ò_>ÊÒjÊÒ0Å>J>ÊÕ>ÊÒ0® e,
CDOO@ƤEçNK@ƤçOƤ,QáHBƦLHçOƤçOƤ%OP@CçOƤDƤçƤ$HOPNHPçƤ&DCDN@JƤáĖçƤLçOOQDKƤcompetência
«>Å>Òj}Ê>ÅÒÊ¡JÅjÒ_ÅjÕ¡Ò_¡ÒÕÅ>J>¡, pois é competência «Åå>Õå>Ò_>Ò3ę¡Ò>ÅÕ±Ò ÝÝ]Ò]Ò®±Ƥ2HFáHfB@ƤMQDƤçƤNDFHKDƤPN@A@JGHOP@ƤĚƤçƤKDOKçƤDKƤPçCçOƤçOƤáƦâDHO
Ò Åj}jÒ ÕÅ>J>ÊÕ>Ò «¡_jÒ ÊjÅÒ >«UėåjÒ Õ>Õ¡Ò «>Å>Ò >ÊÒ «jÊÊ¡>ÊÒ ßÅƩ_U>ÊÒ _jÒ direito público quanto para as pessoas jurídicas de direito privado. Em ambos os
casos, a CLT é o diploma normativo regulador da relação de emprego. A diferença, basicamente, entre ser celetista na administração direta, autarquia ou fundação pública com personalidade de direito público e em empresa pública ou sociedade de economia mista diz respeito, em verdade, à condição do empregador e não à do empregado. Isto é, o regime jurídico é o mesmo: o celetista.
!OOHKƤLçNƤDSDKLJçƤCçHOƤDKLNDF@CçOƤDKƤQKƤKDOKçƤ,QáHBƦLHçƤhƤQKƤDKƤDK-LNDO@ƤLĥAJHB@ƤKQáHBHL@JƤDƤçƤçQPNçƤá@Ƥ@CKHáHOPN@ĖçƤCHNDP@ƤKQáHBHL@JƤhƤLçOOQDKƤçOƤ mesmos direitos e deveres face à CLT, todavia, se ambos necessitarem ingressar com reclamações trabalhistas, o desfecho pode ser diferente, pois os bens da em-presa pública podem ser penhorados (pessoa jurídica de direito privado) e os do ,QáHBƦLHçƤLçNƤOQ@ƤâDUƤáĖçƤLDOOç@ƤIQNƦCHB@ƤCDƤCHNDHPçƤLĥAJHBç Ƥ
-çƤB@OçƤDOLDBƦfBçƤC@ƤUnião, há a jÒƹÒ±ÐÝÑìì] que dispõe sobre o regime de
j«Åj}¡Ò«ĨJU¡Ò_¡Ò¿«jÊÊ¡>Ò_>ÒĮ_ÊÕÅ>Wę¡Òvj_jÅ>Ò_ÅjÕ>]Ò>ßÕėźßU>ÒjÒvß_>-cional”, há um tratamento levemente diferenciado para os empregados públicos das
LDOOç@OƤIQNƦCHB@OƤEDCDN@HOƤCDƤCHNDHPçƤLĥAJHBçƤ$DPDNKHá@Ƥ@Ƥ@LJHB@ĖçƤC@Ƥ#+3ƤáçƤ@NPƤ 1º e, por outro lado, impõe restrições à resilição unilateral do contrato de trabalho, nos termos do art. 3º.
$DƤPçC@ƤEçNK@ƤçƤK@HOƤNDJDâ@áPDƤĚƤBçKLNDDáCDNƤMQDƤ¡ÒÅj}jÒÕÅ>J>ÊÕ>ÒjçÊÕjÒ
>ÒĮ_ÊÕÅ>Wę¡Ò'ĨJU>]ÒÊj>Ò_ÅjÕ>ÒÊj>Ò_ÅjÕ>]ÒĝÒÅj}ß>_¡Ò«j>ÊÒ_Ê«¡ÊWĥjÊÒ celetistas. Entretanto, como o empregador é a Administração Pública, deve haver
submissão dos empregados públicos às disposições constitucionais pertinentes como, por exemplo, o ingresso por concurso público e a vedação de acumulação de cargos e empregos públicos.
Há, ainda, o regime especial, que é aquele aplicável aos servidores temporários. þƤQKƤNDFHKDƤDOLDBƦfBçƤCDƤá@PQNDU@Ƥ@CKHáHOPN@PHâ@ƤDOP@ADJDBHCçƤDKƤJDHƤDOLDBƦfB@
$DOP@B@ ODƤ MQDƤ çƤ EçNçƤ BçKLDPDáPDƤ L@N@Ƥ OçJQBHçá@NƤ çOƤ JHPƦFHçOƤ DáâçJâDáCçƤ çOƤ agentes administrativos varia conforme o regime jurídico adotado. Assim, se for BDJDPHOP@ƤODI@Ƥá@Ƥ@CKHáHOPN@ĖçƤCHNDP@ƤODI@Ƥá@ƤHáCHNDP@ƤODNĔƤBçKLDPDáPDƤ@Ƥ*QOPH@Ƥ do Trabalho. Em outro sentido, se for estatutário ou temporário, a competência será da justiça comum, federal ou estadual, conforme o caso.
Assim, para enfatizar, salienta-se que a Lei nº 8.112/90 traz o estatuto dos ser-vidores públicos civis federais e os litígios dele decorrentes serão dirimidos na *QOPH@Ƥ&DCDN@J
¨±¨Ò,j}jÒßÅƩ_U¡ÒđU¡
Antes da Constituição de 1988, admitia-se a coexistência de regimes diferentes á@Ƥ!CKHáHOPN@ĖçƤ/ĥAJHB@ƤDƤL@N@ƤLġNƤfKƤ@ƤDOO@ƤOHPQ@ĖçƤEçHƤHáOPHPQƦC@Ƥ@ƤçANHF@Pç-riedade de existência de regime jurídico único.
Nesse sentido, o >ÅÕ±ÒØ]Òcaput]ÒjÒÊß>ÒÅj_>Wę¡Ò¡Å}>:
ĮÅÕ±ÒرƤ!Ƥ4áHĖçƤçOƤ%OP@CçOƤçƤ$HOPNHPçƤ&DCDN@JƤDƤçOƤ,QáHBƦLHçOƤinstituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
Pois bem, qual regime devia ser eleito como único?
O constituinte foi omisso a respeito, suscitando divergência doutrinária, uns en-tendendo que deveria ser oÒÅj}jÒjÊÕ>ÕßÕėÅ¡ÒjéÒ¡«jÊÒjÅjjÊ®, outros susten-tando que o ente político poderia optar entre o regime estatutário e o celetista para
ÊjÅÒ>«U>_¡Ò>Ò>_ÊÕÅ>Wę¡Ò_ÅjÕ>]Ò>ÊÒ>ßÕ>źß>ÊÒjÒ>ÊÒvß_>WĥjÊƤ,@NH@Ƥ2TJâH@Ƥ
Zanella Ò'jÕÅ¡, Celso Antônio Bandeira de MelloƤDƤ*çOĚƤCçOƤ2@áPçOƤ>Åå>¡Ò¡) e, ainda, existindo a defesa de que U>_>ÒjÕjÒ«¡_jÅ>ÒjÊU¡jÅÒßÒÅj}jÒ«>Å>ÒÊß>Ò
administração direta e outro para suas autarquias e fundações1.
$DOODƤ KçCçƤ KQHPçOƤ %OP@CçOƤ DOBçJGDN@KƤ çƤ NDFHKDƤ DOP@PQPĔNHçƤ DƤ L@N@Ƥ P@áPçƤ DJ@AçN@N@KƤOQ@OƤLNĠLNH@OƤJDHOƤDƤFN@áCDƤL@NPDƤCçOƤ,QáHBƦLHçOƤçLPçQƤLDJçƤNDFHKDƤ celetista2.
Na esfera federal, na administração direta, autarquias e fundações públicas, G@âH@ƤDOP@PQPĔNHçOƤNDFHCçOƤLDJçƤDOP@PQPçƤDáPĖçƤâHFDáPDƤ+DHƤáƵƤ ƤADKƤBçKçƤ celetistas. Para cumprir a exigência do regime jurídico único, ¡ßåjÒ >Ò ¡«Wę¡]Ò >Ò
3ę¡]Ò«j¡ÒÅj}jÒjÊÕ>ÕßÕėÅ¡Òj]Ò>ÊÊ]ÒjÕÅ¡ßÒjÒå}¡Å]ÒjÒ¨ì]Ò>ÒjÒƹÒk±¨¨ÝÑì,
estabelecendo esse regime como sendo o regime jurídico único da administração
_ÅjÕ>Òvj_jÅ>]Ò_jÒÊß>ÊÒ>ßÕ>źß>ÊÒjÒvß_>WĥjÊÒ«ĨJU>ÊƤ)áBJQOHâDƤáçƤ@NPƤƤ`ƤƵƤ
do estatuto, ¡ßåjÒ>ÒÕÅ>Êv¡Å>Wę¡Ò_¡ÊÒj«Åj}¡ÊÒ«ĨJU¡ÊÒjÒU>Å}¡ÊÒ«ĨJU¡Ê]Ò
ÊÕ¡Òĝ]Ò¡ÊÒUjjÕÊÕ>ÊÒÕ¡Å>Å>ÊjÒjÊÕ>ÕßÕėÅ¡Ê.
Todavia, a obrigatoriedade de só um regime não durou muito, pois a Emenda
¡ÊÕÕßU¡>ÒƹÒ¨Ñk alterou a redação daquele dispositivo:
ĮÅÕ±ÒرƤ!Ƥ4áHĖçƤçOƤ%OP@CçOƤçƤ$HOPNHPçƤ&DCDN@JƤDƤçOƤ,QáHBƦLHçOƤHáOPHPQH-rão conselho de política de administração e remuneração de pessoal,
Ƥ #çáEçNKDƤOƦáPDODƤDJ@AçN@C@ƤLçNƤ*çOĚƤCçOƤ2@áPçOƤ#@Nâ@JGçƤ&HJGçƤManual de direito administrativo. 19. DCƤ1HçƤCDƤ*@áDHNçƤ+QKDáƤ*QNHOƤƤLƤ
integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes (reda-ção dada pela EC 19/98).
Com isso, v¡ÒjçÕÕ>Ò>Òjç}ĞU>Ò_¡ÒÅj}jÒßÅƩ_U¡ÒĨU¡.
Com fundamento na nova redação do caput do art. 39, na esfera federal, a Lei
ƹÒ±ÐÝÑììÒtrouxe de volta a possibilidade de existir emprego público na adminis-tração direta federal e em suas autarquias e fundações públicas, juntamente com o regime estatutário.
%áPNDP@áPçƤDKƤƤçƤ2QLNDKçƤ3NHAQá@JƤ&DCDN@JƤá@Ƥ!$)ƤƤBçáBDCDQƤKDCHC@Ƥ liminar paraÒÊßÊ«j_jÅÒ>ÒjwUėU>Ò_¡Ò>ÅÕ±ÒØ]Òcaput] da Constituição, por vício formal na aprovação da Emenda nº 19/98, com efeitos ex nunc, “subsistindo a legislação editada nos termos da emenda declarada suspensa”. Com isso, volta a valer a re-dação original daquele dispositivo constitucional.
ĮÒjç}ĞU>Ò_¡ÒÅj}jÒßÅƩ_U¡ÒĨU¡ÒjÊÕėÒ_jÒå¡Õ>. Com ele, ressuscita-se, na
CçQPNHá@Ƥ@ƤCHOBQOOĖçƤOçANDƤMQ@JƤCDâDƤODNƤçƤNDFHKDƤIQNƦCHBçƤĥáHBçƤ,@OƤáĖçƤçAOP@áPDƤ a celeuma doutrinária, é possível notar na decisão da suprema corte uma inclinação para a escolha do regime estatutário, pois, após haver menção à falta de quorum MQ@JHfB@CçƤL@N@Ƥ@Ƥ@LNçâ@ĖçƤC@Ƥ@JPDN@ĖçƤLNDPDáCHC@ƤáçƤ@NPƤƤcaput, destaca-se que se manteve, ¿>ÊÊ]Ò¡ÒjÕę¡Òå}jÕjÒcaputÒ_¡Ò>ÅÕ±ÒØ]ÒºßjÒÕÅ>Õ>å>Ò_¡ÒÅj}jÒ
ßÅƩ_U¡ÒĨU¡]ÒU¡«>ÕƩåjÒU¡Ò>Òw}ßÅ>Ò_¡Òj«Åj}¡Ò«ĨJU¡À.
$DâDƤODNƤNDOO@JP@CçƤMQDƤá@MQDJ@ƤCDBHOĖçƤK@áPDâD ODƤ@ƤJDFHOJ@ĖçƤDCHP@C@Ƥ@LĠOƤ @Ƥ%#ƤƤDƤ@áPDNHçNƤ@çƤIQJF@KDáPçƤC@Ƥ!$)Ƥ!OOHKƤá@ƤDOEDN@ƤEDCDN@JƤ@ƤjÒƹÒ±ÐÝÑììÒ
continua em vigor e as contratações realizadas com fundamento nela permanecem
HáP@BP@OƤ3çC@âH@Ƥ@LĠOƤ@ƤCDBHOĖçƤCçƤ23&Ƥnão podem ocorrer novas contratações valendo-se daquela lei.
)OOçƤOHFáHfB@ƤMQDƤá@ƤDOEDN@ƤEDCDN@JƤDáPNDƤçOƤ@áçOƤCDƤƤDƤƤEçHƤLçOOƦâDJƤ@Ƥ contratação de empregados públicos para as pessoas jurídicas de direito público. No DáP@áPçƤ@LĠOƤ@ƤCDBHOĖçƤCçƤ23&ƤP@JƤLNĔPHB@ƤDOPĔƤâDC@C@Ƥ%KƤNDOQKçƤODƤEçNƤLDOOç@Ƥ jurídica de direito privado integrante da administração indireta federal (empresa pública, sociedade de economia mista e fundação pública com personalidade de direito privado), a contratação será sob o regime celetista (empregados públicos) e]Ò por outro lado, se for pessoa jurídica de direito público (União, autarquia federal, fundação pública federal com personalidade de direito público), o regime jurídico deverá ser o estatutário, isto é, será o estabelecido pelaÒjÒƹÒk±¨¨ÝÑì]ÒÊ>å¡ÒÊjÒ
ƤƤ Ƥ Ƥ Ƥ Regime Jurídico Único RJU Servidores federais Fim do Regime Jurí-dico Único Emprego 'ĨJU¡ 3ę¡]Ò>ßÕ±Ò jÒvß_± Retorno do Regime Jurídico Único #&Ƥ@NPƤƤ
caput Lei nº 8.112 EC 19, art. 39, caput Lei nº 9.962 !$)Ƥ
ÝÒ .' .č.Ò',Į,.ÒĮ,0 .Ò¨ƹÒĮÒ{ƹ®
Título I Capítulo Único
Das Disposições Preliminares
ĮÅÕ±Ò¨ƹÒ%OP@Ƥ+DHƤHáOPHPQHƤçƤ1DFHKDƤ*QNƦCHBçƤCçOƤ2DNâHCçNDOƤ/ĥAJHBçOƤ#HâHOƤC@Ƥ4áHĖçƤC@OƤ
autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.
ĮÅÕ±ÒÝƹ Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo
público.
ĮÅÕ±ÒØƹÒCargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
ĮÅÕ±Ò{ƹÒÉ proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.
ݱ¨ÒüJÕ¡Ò_jÒ>«U>Wę¡Ò_>ÒjÒƹÒk±¨¨ÝÑì
Conforme visto anteriormente, característica do regime estatutário é a plurali-dade normativa, pois cada ente político tem competência para legislar a respeito, desde que obedecidas as disposições constitucionais sobre o tema.
Assim, a Lei nº 8.112/90 tem aplicação restrita à Administração Pública federal, mas não em sua totalidade, pois há restrições na administração indireta.
!Ƥ!CKHáHOPN@ĖçƤ$HNDP@ƤĚƤçƤconjunto dos órgãos públicos que integram as
pes-soas jurídicas políticas.
$DƤ@BçNCçƤBçKƤçƤ@NPƤƵƤ)ƤCçƤ$DBNDPç +DHƤƤ@Ƥ!CKHáHOPN@ĖçƤ$HNDP@ƤbODƤ constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da 1DLĥAJHB@ƤDƤCçOƤ,HáHOPĚNHçOpƤ%OODƤĚƤçƤKçCDJçƤMQDƤP@KAĚKƤCDâDƤODNƤODFQHCçƤá@OƤ
esferas estadual e municipal. Atenção! Apesar de, no dispositivo legal mencionado, ter sido considerada, apenas, a estrutura do Poder Executivo, numa acepção restrita de administração direta, a função administrativa não é privativa dos órgãos desse LçCDNƤDƤ@çƤBçáPNĔNHçƤP@KAĚKƤĚƤCDODKLDáG@C@ƤLDJçOƤĠNFĖçOƤCçƤ/çCDNƤ*QCHBHĔNHçƤ e do Poder Legislativo, só que de forma atípica.
Nesse sentido, a administração direta federal refere-se a uma pessoa jurídica
só: a União. E, no interior desta, existem os ģÅ}ę¡ÊÒ_¡Ò'¡_jÅÒçjUßÕå¡ (Presidência,
,HáHOPĚNHçOƤDPB Ƥ_¡Ò'¡_jÅÒj}Ê>Õå¡Ƥ#ĕK@N@ƤCçOƤ$DLQP@CçOƤ2Dá@CçƤ&DCDN@J ƤDƤ os _¡Ò'¡_jÅÒß_UėÅ¡Ƥ23&Ƥ23*Ƥ32%Ƥ323Ƥ31&OƤ313OƤDPB Ƥ-ĖçƤLçCDKƤODNƤDOMQDBHCçOƤ também, o Tribunal de Contas da UniãoƤhƤ@QSHJH@ƤçƤ/çCDNƤ+DFHOJ@PHâçƤá@ƤEQáĖçƤCDƤ fOB@JHU@ĖçƤK@OƤáĖçƤĚƤOQAçNCHá@CçƤēOƤB@O@OƤJDFHOJ@PHâ@OƤhƤçƤÊÕĝÅ¡Ò'ĨJU¡Ò_>Ò
3ę¡ÒjÒ>Ò jvjÊ¡Å>Ò'ĨJU>Ò_>Ò3ę¡.
Em todos esses órgãos federais, há cargos públicos e a Lei nº 8.112/90 é o esta-tuto regulador das relações funcionais existente. Entretanto, é necessário advertir que o Estatuto não tem aplicação aos que exercem mandato eletivo (Presidente da 1DLĥAJHB@Ƥ2Dá@CçNDOƤ$DLQP@CçOƤ&DCDN@HO ƤDKƤN@UĖçƤC@Ƥ#çáOPHPQHĖçƤ&DCDN@JƤCHOLçNƤ diretamente sobre seu regime funcional e, também, aos membros da magistratura e ,HáHOPĚNHçƤ/ĥAJHBçƤLçNƤDSHOPHNƤJDHOƤçNFĕáHB@OƤDOLDBƦfB@OƤNDFQJ@CçN@OƤCDOO@OƤB@PDFçNH@OƤ de agentes públicos.
%KƤNDJ@ĖçƤēƤ@CKHáHOPN@ĖçƤHáCHNDP@ƤĚƤLçOOƦâDJƤCDfáH J@ƤBçKç “o conjunto das
«jÊÊ¡>ÊÒ>_ÊÕÅ>Õå>Ê]ÒU¡Ò«jÅÊ¡>_>_jÒ_jÒ_ÅjÕ¡Ò«ĨJU¡Ò¡ßÒ_jÒ_ÅjÕ¡Ò«Åå>_¡]Ò «>ÕÅĤ¡Ò«Åģ«Å¡ÒjÒ>ßÕ¡¡>Ò>_ÊÕÅ>Õå>]ÒåUß>_>ÊÒĖÒ>_ÊÕÅ>Wę¡Ò_ÅjÕ>]Ò UÅ>_>ÊÒ«>Å>Ò¡Ò_jÊj«j¡Ò_jÒ_jÕjÅ>_>Ò>Õå_>_jÒ>_ÊÕÅ>Õå>”3.
Na administração indireta, como se depreende desse conceito, há pessoas sub-metidas ao regime de direito público e outras regidas pelo regime de direito privado (na verdade, regime híbrido, pois há, na verdade, aplicação das regras privadas, derrogadas por outras de direito público) e, assim, a Lei nº 8.112/90 somente em aplicação às pessoas jurídicas de direito público e é incompatível com as pessoas jurídicas de direito privado.
Portanto, na administração indireta federal,
>«U>ÊjÒ>ÒjÒƹÒk±¨¨ÝÑìÒĖÊÒ>ßÕ>Å-ºß>Ê]ÒĖÊÒvß_>WĥjÊÒ«ĨJU>ÊÒ_jÒ_ÅjÕ¡Ò«ĨJU¡Òj]Ò«¡ÅÒ¡ßÕÅ¡Ò>_¡]Òę¡ÒÊjÒ>«U>]ÒĖÊÒ Ê¡Uj_>_jÊÒ_jÒjU¡¡>ÒÊÕ>ÒjÒĖÊÒj«ÅjÊ>ÊÒ«ĨJU>Ê.
ݱÝÒ>Å}¡Ò«ĨJU¡]Òj«Åj}¡Ò«ĨJU¡ÒjÒvßWę¡Ò«ĨJU>
A Constituição delimitou a competência administrativa entre os entes da federa-ĖçƤ%OP@ADJDBDQƤçƤMQDƤĚƤDSBJQOHâçƤC@Ƥ4áHĖçƤçƤMQDƤĚƤCçOƤ,QáHBƦLHçOƤçƤMQDƤĚƤBçKQKƤ a todos e deixou as atividades remanescentes para os Estados. Os entes políticos, em razão das competências a eles constitucionalmente atribuídas, organizam sua
Ƥ ".13.+%3.Ƥ+D@áCNçƤDireito Administrativo: para os concursos de analistaƤƤDCƤ2@Jâ@CçNƤ*QOLçCHâKƤ ƤLƤ
estrutura administrativa, de maneira a desempenhar a atividade administrativa de forma centralizada ou descentralizada. Para tanto, criam órgãos e pessoas jurídicas.
Todavia, para ocorrer a manifestação de vontade da pessoa política ou da pessoa administrativa, é necessária a intervenção do ser humano, da pessoa física, que é o agente público. Cada agente público deve desenvolver as atribuições inerentes ao cargo ou emprego público que ocupa ou à função pública que desempenha.
Assim, o agente público ocupa um cargo público, que está inserido em um órgão público, o qual, por sua vez, integra uma pessoa jurídica.
A propósito, >ÒU¡«jÕĞU>Òj}Ê>Õå>ÒĝÒ«Åģ«Å>Ò_jÒU>_>ÒjÕjÒ«¡ƩÕU¡±ÒAssim, lei federal cria cargos federais, lei estadual cria cargos estaduais, lei distrital cria cargos distritais e lei municipal cria cargos municipais. Em relação à jçÕWę¡, esta, também, ÊjÒ_ėÒ«¡ÅÒj¡Ò_jÒj]ÒÊ>å¡]Ò>ÒjÊvjÅ>Òvj_jÅ>]ÒÊjÒv¡ÅÒU>Å}¡Òå>}¡, caso em MQDƤ@ƤDSPHáĖçƤLçCDNĔƤODNƤEDHP@ƤLDJçƤ/NDOHCDáPDƤC@Ƥ1DLĥAJHB@ƤLçNƤKDHçƤCDƤdecreto
autônomoƤáçOƤPDNKçOƤCçƤ@NPƤƤ5)ƤC@Ƥ#çáOPHPQHĖçƤ&DCDN@J
O acesso ao cargo público não, necessariamente, será via concurso público, pois HOOçƤCDLDáCDNĔƤCDƤçƤB@NFçƤODNƤDEDPHâçƤçQƤDKƤBçKHOOĖçƤ$DƤMQ@JMQDNƤEçNK@Ƥo cargo
ĝÒ«Åģ«Å¡Ò_>ÊÒ«jÊÊ¡>ÊÒ_jÒ_ÅjÕ¡Ò«ĨJU¡]ÒĝÒjÅjÕjÒ>¡ÒÅj}jÒjÊÕ>ÕßÕėÅ¡]Òę¡Ò sendo compatível com as pessoas jurídicas de direito privado da Administração
Pública, isto é, não existe cargo público nas empresas públicas e nas sociedades de economia mista.
-@ƤCçQPNHá@ƤLçCDƤODNƤ@LçáP@C@Ƥ@ƤODFQHáPDƤCDfáHĖçƤL@N@Ƥcargos públicos:
são as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressadas por um agente, previstas em número certo, com denomi-á@ĖçƤLNĠLNH@ƤNDPNHAQƦC@OƤLçNƤLDOOç@OƤIQNƦCHB@OƤCDƤ$HNDHPçƤ/ĥAJHBçƤDƤ criadas por lei, salvo quando concernentes aos serviços auxiliares do Legislativo, caso em que se criam por resolução, da Câmara ou do
Se-nado, conforme se trate de serviços de uma ou de outra destas Casas.
-@Ƥ+DHƤáƵƤƤGĔƤCDfáHĖçƤCDƤcargo público no art. 3º: “o conjunto de
atri-buições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor” e podem ser providos em caráter efetivo ou em comissão.
O local ocupado pelo agente público contratado para desempenhar suas atri-buições sob o regime celetista é o emprego público. Assim, empregos públicos são “núcleos de encargos de trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sob regime trabalhista”Ƥ$@ƤKDOK@ƤEçNK@ƤMQDƤ
os cargos, os empregos permanentes são criados por lei.
Ƥ ,%++.Ƥ#DJOçƤ!áPġáHçƤ"@áCDHN@ƤCDƤCurso de direito administrativoƤƤDCƤ2ĖçƤ/@QJçƤ,@JGDHNçOƤƤLƤ
Além do cargo e do emprego, que possuem individualidade própria, há atribui-ções desempenhadas por agentes públicos sem que possuam um cargo ou emprego, isto é, um U¡ßÕ¡Ò_jÒ>ÕÅJßWĥjÊÒ_jÊåUß>_>ÊÒ_jÒU>Å}¡Ò¡ßÒj«Åj}¡]Ò>¡Òºß>Ò
ÊjÒ_ėÒ¡Ò¡jÒ_jÒvßWę¡]Òque pode ser de duas espécies: a função exercida por servidores temporários e a função de _ÅjWę¡]ÒUjw>ÒjÒ>ÊÊjÊÊ¡Å>jÕ¡ (função de
Bçáf@á@ Ƥ@PNHAQƦC@Ƥ@ƤODNâHCçNDOƤPHPQJ@NDOƤCDƤB@NFçƤDEDPHâç6.
Assim, a função pode existir sem cargo público ou emprego público, mas o inverso não é verdadeiro, quer dizer, todo cargo público e todo emprego público possuem atribuições que devem ser desempenhadas por seus ocupantes.
ݱØÒ7j_>Wę¡Ò>¡ÒÊjÅåW¡Ò}Å>ÕßÕ¡
-çOƤPDNKçOƤCçƤ@NPƤƵƤC@Ƥ+DHƤáƵƤƤé “proibida a prestação de serviços
}Å>ÕßÕ¡Ê]ÒÊ>å¡Ò¡ÊÒU>Ê¡ÊÒ«ÅjåÊÕ¡ÊÒjÒj”.
A lei pretende evitar o enriquecimento ilícito do Estado e, ainda, dar efetividade às disposições constitucionais que tutelam os trabalhadores como, por exemplo, a F@N@áPH@ƤCDƤO@JĔNHçƤKƦáHKçƤ@NPƤƵƤ)5
Entretanto, pode surgir dúvida de quais são os casos em que a legislação autoriza çƤPN@A@JGçƤFN@PQHPçƤDƤDOO@OƤGHLĠPDODOƤOĖçƤ@MQDJ@OƤBçáEçNKDƤ@LçáP@Ƥ)â@áƤ"@NAçO@Ƥ1H-golin, denominadas de relevante utilidade pública ou de relevante interesse público,
conforme inúmeras leis referem, ou ainda aqueles casos de participação do cidadão em comissões instituídas pelo Poder Público, para os mais â@NH@CçOƤfáOƤ2HFáHfB@Ƥ@HáC@Ƥ@ƤDSBDĖçƤçƤB@OçƤCDƤODNâHçƤDKƤIĥNHƤçQƤCçƤ trabalho em eleições, campanhas, serviço militar obrigatório ou outros serviços ocasionalmente necessários à União, cuja natureza excepcional çQƤçB@OHçá@JƤáĖçƤIQOPHfB@Ƥ@ƤBNH@ĖçƤCDƤB@NFçO
ØÒ', 70 ÒĮ,0 .ÒxƹÒĮ ÒØÝ® ر¨Ò Ê«¡ÊWĥjÊÒ}jÅ>Ê
Título II
Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição Capítulo I
Do Provimento Seção I Disposições Gerais
ĮÅÕ±ÒxƹÒSão requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
Ƥ $)Ƥ/)%31.Ƥ,@NH@Ƥ2TJâH@Ƥ9@áDJJ@ƤDireito administrativoƤƤDCƤ2ĖçƤ/@QJçƤ!PJ@OƤƤLƤ Ƥ Comentários ao regime jurídico único dos servidores públicos civisƤƤDCƤ2ĖçƤ/@QJçƤ2@N@Hâ@ƤƤLƤ
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; )5Ƥ ƤçƤáƦâDJƤCDƤDOBçJ@NHC@CDƤDSHFHCçƤL@N@ƤçƤDSDNBƦBHçƤCçƤB@NFç 5Ƥ Ƥ@ƤHC@CDƤKƦáHK@ƤCDƤCDUçHPçƤ@áçO 5)Ƥ Ƥ@LPHCĖçƤEƦOHB@ƤDƤKDáP@J `ƤƵƤ!OƤ@PNHAQHĢDOƤCçƤB@NFçƤLçCDKƤIQOPHfB@NƤ@ƤDSHFěáBH@ƤCDƤçQPNçOƤNDMQHOHPçOƤDOP@-belecidos em lei. `ƤƵƤ÷OƤLDOOç@OƤLçNP@CçN@OƤCDƤCDfBHěáBH@ƤĚƤ@OODFQN@CçƤçƤCHNDHPçƤCDƤODƤHáOBNDâDNƤDKƤ concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a CDfBHěáBH@ƤCDƤMQDƤOĖçƤLçNP@CçN@OƤL@N@ƤP@HOƤLDOOç@OƤODNĖçƤNDODNâ@C@OƤ@PĚƤƤâHáPDƤ por cento) das vagas oferecidas no concurso.
`ƤƵƤ!OƤQáHâDNOHC@CDOƤDƤHáOPHPQHĢDOƤCDƤLDOMQHO@ƤBHDáPƦfB@ƤDƤPDBáçJĠFHB@ƤEDCDN@HOƤLç-derão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo BçKƤ@OƤáçNK@OƤDƤçOƤLNçBDCHKDáPçOƤCDOP@Ƥ+DHƤ)áBJQƦCçƤLDJ@Ƥ+DHƤáƵƤƤCDƤ
ĮÅÕ±ÒÐƹÒO provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade
com-petente de cada Poder.
ĮÅÕ±ÒÍƹÒA investidura em cargo público ocorrerá com a posse. ĮÅÕ±ÒkƹÒÒSão formas de provimento de cargo público:
I - nomeação; II - promoção; )))Ƥ Ƥ1DâçF@CçƤLDJ@Ƥ+DHƤáƵƤƤCDƤ )5Ƥ Ƥ1DâçF@CçƤLDJ@Ƥ+DHƤáƵƤƤCDƤ 5Ƥ ƤND@C@LP@Ėç 5)Ƥ ƤNDâDNOĖç 5))Ƥ Ƥ@LNçâDHP@KDáPç 5)))Ƥ ƤNDHáPDFN@Ėç IX - recondução.
Para que seja possível a investidura de alguém em um cargo público federal, a lei estabelece requisitos básicosƤ@NPƤƵƤcaput):
>®Ò ser brasileiro;
J®Ò estar no gozo dos direitos políticos;
U®Ò estar adimplente com as obrigações militares e eleitorais; _®Ò ter o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; j®Ò ter a idade mínima de dezoito anos;
Quanto à nacionalidade, é necessário recordar que a Constituição Federal admite o >UjÊÊ¡Ò _jÒ jÊÕÅ>}jÅ¡ÊÒ >¡ÊÒ U>Å}¡ÊÒ «ĨJU¡Ê]Ò >Ò v¡Å>Ò _>Ò j] a qual, todavia, ainda não existe e, por isso, a regra é que os cargos federais sejam ocu-pados apenas por brasileiros. Entretanto, no caso das universidades, o >ÅÕ±ÒÝìÍ,
ËÒ¨ƹ] permite a contratação de professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na
forma da lei, pelo que, o
>ÅÕ±Òxƹ]ÒËÒØƹ]Ò_>ÒjÒƹÒk±¨¨ÝÑìÒ>_ÕjÒºßjÒ>ÊÒßåjÅÊ-_>_jÊÒjÒÊÕÕßWĥjÊÒvj_jÅ>ÊÒ_jÒ«jʺßÊ>ÒUjÕƩwU>ÒjÒÕjU¡ģ}U>Ò«¡ÊÊ>Ò>_ÕÅÒ «Å¡wÊÊ¡>ÊÒjÊÕÅ>}jšʱÒ
Outra ressalva relevante deve ser feita em relação ao nível de escolaridade, porque, conforme a .Ĩß>ÒÝÐÐÒ_¡Ò.ß«jÅ¡ÅÒ0ÅJß>Ò_jÒßÊÕW>, o “diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na
inscrição para o concurso público”.
Além dos requisitos básicos anteriormente indicados, é possível que outros
Êj>ÒjÊÕ>JjjU_¡Ê]ÒU¡v¡ÅjÒ>ÊÒ>ÕÅJßWĥjÊÒ_¡ÒU>Å}¡Ƥ@NPƤƵƤ`ƤƵ Ƥ%áPNDP@áPçƤ
esses outros requisitos não podem ser estabelecidos aleatoriamente, pois não “é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público”Ò.Ĩß>Ò¨{]Ò.0® e, assim, “só por lei se pode su-jeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público” .Ĩß>Ò
7Uß>ÕjÒƹÒ{{®Ƥ,DOKçƤLNDâHOPçƤDKƤJDHƤçƤbJHKHPDƤCDƤHC@CDƤL@N@Ƥ@ƤHáOBNHĖçƤDKƤ
BçáBQNOçƤLĥAJHBçƤOĠƤODƤJDFHPHK@ƤDKƤE@BDƤCçƤ@NPƵƤ777ƤC@Ƥ#çáOPHPQHĖçƤMQ@áCçƤ LçOO@ƤODNƤIQOPHfB@CçƤLDJ@Ƥá@PQNDU@ƤC@OƤ@PNHAQHĢDOƤCçƤB@NFçƤ@ƤODNƤLNDDáBGHCçpƤ
.Ĩß>ÒÐkØ]Ò.0®±
#QKLNDƤCDOP@B@NƤP@KAĚKƤMQDƤ@Ƥ#çáOPHPQHĖçƤ&DCDN@JƤCDPDNKHá@ƤáçƤ@NPƤƤ5)))Ƥ estabelece que “a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para
>ÊÒ«jÊÊ¡>ÊÒ«¡ÅÕ>_¡Å>ÊÒ_jÒ_jwUĞU>ÒDƤCDfáHNĔƤçOƤBNHPĚNHçOƤCDƤOQ@Ƥ@CKHOOĖçpƤ-çƤ
caso dos concursos para os cargos regidos pela jÒƹÒk±¨¨ÝÑì, esse percentual é, no ėç¡]Ò_jÒÝì°Ò@NPƤƵƤ`ƤƵ ± Em geral, os editais adotam o percentual de
x°, previsto no jUÅjÕ¡ÒƹÒرÝkÑƤhƤMQDƤNDFQJ@KDáP@Ƥ@Ƥ+DHƤáƵƤƤhƤBçKçƤ mínimo a ser adotado.
Além da reserva de vagasƤL@N@Ƥ@OƤLDOOç@OƤBçKƤCDfBHěáBH@Ƥ@Ƥ+DHƤáƵƤƤ determina que Ýì° das vagas “oferecidas nos concursos públicos para pro-vimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração
pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas
e das sociedades de economia mista controladas pela União” serão reservadas aos negros, sempre que o número de vagas for superior a 3 (art. 1º), poden-do concorrer a essas vagas aqueles que se autodeclararem pretos ou parpoden-dos no ato da inscrição no concurso público, conforme o quesito cor ou raça uti-JHU@CçƤ LDJçƤ )"'%Ƥ @NPƤ Ƶ Ƥ !Ƥ KDCHC@Ƥ HKLJDKDáP@C@Ƥ LçNƤ DOO@Ƥ JDHƤ PDKƤ á@PQNDU@Ƥ CDƤ @ĖçƤ @fNK@PHâ@Ƥ NDOPNHáFD ODƤ ēƤ DOEDN@Ƥ EDCDN@JƤ DƤ PDKƤ CQN@ĖçƤ CDPDNKHá@C@Ƥ 10 anos (art. 6º).
f RESERVA DE VAGAS Deficientes Negros ĮÅÕ±ÒØÍ]Ƥ5)))Ƥ#&ƤCDPDNKHá@ƤMQDƤJDHƤNDODNâ@NĔƤ o percentual de vagas %OEDN@ƤEDCDN@JƤ@NPƤƵƤ`ƤƵƤC@Ƥ+DHƤáƵƤ %OEDN@ƤEDCDN@JƤ+DHƤ ,ĔSHKçƤCDƤƤC@OƤâ@F@O ƤC@OƤâ@F@O
$QN@ĖçƤHáCDPDNKHá@C@ Pelo período de 10 anos
O >Õ¡Ò_jÒÊjÒ«Å¡åjÅÒ¡ÒU>Å}¡Ò«ĨJU¡ÒĝÒU>>_¡Ò_jÒ«Å¡åjÕ¡. Por meio dele, o cargo deixa de ser vago e passa a ser provido. Ocorre tanto nos cargos efetivos quanto nos cargos em comissão e, assim, há o provimento efetivo e o provimento em comissão.
Em relação ao provimento, ainda, há o provimento originário e o provimento
derivado. >ºßjj]Ò>ÒåjÊÕ_ßÅ>Òno cargo integrante de determinada carreira é feita
pela primeira vez, de modo inaugural e, ao contrário,Ò¡Ò«Å¡åjÕ¡Ò_jÅå>_¡]Ò>Ò
investidura é decorrente, ou seja, só é possível ocorrer uma das formas de
provi-mento derivado se o servidor já for ocupante de cargo. Só há proviprovi-mento derivado se antes houve o provimento originário.
Na Lei nº 8.112/90, as formas de provimento são (art. 8º): nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, recondução, e reintegração.
$DOO@OƤ@Ƥnomeação é a única forma de provimento originário e as demais são
_jÅå>_>ʱ
Por exemplo, há provimento originário quando há a posse, após aprovação em BçáBQNOçƤLĥAJHBçƤáçƤB@NFçƤCDƤ!á@JHOP@Ƥ*QCHBHĔNHçƤCDƤCDPDNKHá@CçƤ3NHAQá@JƤ1DFHçá@JƤ Eleitoral e, por outro lado, ao ser promovido nessa carreira (por exemplo, de Ana-JHOP@Ƥ*QCHBHĔNHçƤ#J@OODƤ!Ƥ/@CNĖçƤƤL@N@Ƥ!á@JHOP@Ƥ*QCHBHĔNHçƤ#J@OODƤ"Ƥ/@CNĖçƤ ƤGĔƤ provimento derivado.
Į0ý t
Ascensão e transferência não são formas de provimento; são inconstitucionais. No art. 8º,
áçOƤHáBHOçOƤ)))ƤDƤ)5ƤG@âH@Ƥ@ƤLNDâHOĖçƤC@Ƥ@OBDáOĖçƤDƤC@ƤPN@áOEDNěáBH@ƤK@OƤ@KAçOƤEçN@KƤND-âçF@CçOƤLDJ@Ƥ+DHƤáƵƤƤ,DOKçƤ@áPDOƤC@ƤNDâçF@ĖçƤçƤ2QLNDKçƤ3NHAQá@JƤ&DCDN@JƤIĔƤ@OƤ considerava inconstitucionais porque, com a adoção no texto constitucional do acesso aos cargos públicos via concurso público, somente as hipóteses constantes da própria Consti-tuição legitimam a dispensa do certame como, por exemplo, a nomeação para cargo em comissão e, assim, na Į ÒÝبÑ,, restou decidido que “banidas das formas de investidura
>_Õ_>ÊÒ«j>Ò¡ÊÕÕßWę¡Ò>Ò>ÊUjÊę¡ÒjÒ>ÒÕÅ>ÊvjÅĞU>]Òque são formas de ingresso em
carreira diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por concurso, e que não são, por isso mesmo, ínsitas ao sistema de provimento em carreira, ao contrário do que sucede com a promoção, sem a qual obviamente não haverá carreira, mas, sim, uma su-BDOOĖçƤ@OBDáCDáPDƤCDƤB@NFçOƤHOçJ@CçOpƤ$DOODƤKçCçƤLçNƤDSDKLJçƤMQDKƤçBQL@ƤçƤB@NFçƤCDƤ 3ĚBáHBçƤ*QCHBHĔNHçƤDƤMQDNƤHáFNDOO@NƤáçƤCDƤ!á@JHOP@Ƥ*QCHBHĔNHçƤCDâDƤLNDOP@NƤBçáBQNOçƤLĥAJHBç