~** MUNICÍPIO DE PENALVA DO CASTELO ***
* CÂMARA MUNICIPAL
Ata n°. 7/2020 de 13.04.2020
ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA
MUNICIPAL DE PENALVA DO CASTELO, DE
TREZE DE ABRIL DE DOIS MIL E VINTE
Aos treze dias do mês de abril do ano de dois mil e vinte, nesta Vila de
Penalva do Castelo e por videoconferência, reuniu a Câmara Municipal deste
concelho sob a presidência do Presidente da Câmara, senhor Francisco Lopes de
Carvalho, participando da mesma os Vereadores senhores, José Dias Lopes
Laires, Gabriel de Albuquerque Costa e Lucília Maria da Silva Costa Santos,
comigo, Leocádia Sofia Lopes Almeida Sousa, Assistente Técnica, designada por
despacho da presidência, datado de vinte de outubro de dois mil e dezassete,
para lavrar as atas da Câmara.
Registou-se a falta justificada do Vereador, José Manuel Costa Lopes.
ATA DA REUNIÃO ANTERIOR
Foi lida, aprovada e assinada a ata, tendo-se verificado a sua
conformidade com a minuta aprovada no final da reunião.
SITUAÇÃO FINANCEIRA
Foi presente o resumo diário da tesouraria referente ao dia oito do
corrente, que apresentava os seguintes saldos: -Operações Orçamentais: 2 239
508,79 € (dois milhões duzentos e trinta e nove mil quinhentos e oito euros e
setenta e nove cêntimos); Operações não Orçamentais: 670 230,65 € (seiscentos e
setenta mil duzentos e trinta euros e sessenta e cinco cêntimos).
ANTES DA ORDEM DO DIA
O Vereador, Gabriel de Albuquerque Costa congratulou-se e louvou o
executivo pelas medidas tomadas em defesa da população, e que são do
conhecimento público, nesta fase tão conturbada por causa da pandemia do
Coronavírus, CONVID-19.
O Presidente deu-lhe a conhecer o trabalho que tem vindo a ser feito no
sentido de impedir que a população seja atingida pela doença. Relatou a compra
de materiais e a sua distribuição pelas IPSS, a preparação em curso sobre os
locais para recolhimento de eventuais doentes, o apoio domiciliário na compra de
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medicamentos para as pessoas mais necessitadas, bem como todos os trabalhos
efetuados até agora.
Ainda relativamente à pandemia do Coronavírus, CONVID-19, o
Vereador, Gabriel de Albuquerque Costa, apresentou uma declaração de voto, do
seguinte teor:
"A pandemia do COVID 19, não atingiu, à data de hoje, qualquer cidadão deste concelho.
Para além da sorte que naturalmente nos coube, e que esperamos se mantenha para
sempre, cabe aqui louvar a atenção, o trabalho e o esforço adicional do Presidente da
Câmara, dos Vereadores em funções, dos funcionários municipais, da GNR, dos Serviços
de Saúde e do corpo ativo dos Bombeiros. Esta situação, também apenas é possível pelo
cuidado que toda a população tem tido no cumprimento das instruções do Ministério da
Saúde, no que concerne ao recolhimento e á proteção individual das suas pessoas.
Contudo, quero fazer uma rnenção especial ao Vereador José Laires, responsável pela
Proteção Civil, que de uma forma contínua, eficaz, trabalhosa e responsável, tem lutado
dia e noite, no sentido de tornar mais segura a vida dos penalvenses. Pela minha parte, o
meu agradecimento."
O Vereador, Gabriel de Albuquerque Costa sugeriu a criação de um
Fundo Municipal de Emergência, para que mais rapidamente e livre de qualquer
burocracia, a Câmara pudesse ajudar ou intervir em casos de extrema
necessidade.
O Presidente disse que contava com todos os vereadores, incluindo o da
oposição, para rapidamente, se necessário, ter a devida autorização para resolver
situações de emergência, pelo que achava desnecessária a criação desse fundo.
---O Vereador, Gabriel de Albuquerque Costa, disse que a sua
disponibilidade era total.
ORDEM DO DIA
02.02 - DESPORTO - "JOGOS DESPORTIVOS" - ASSOCIAÇÃO
CULTURAL, RECREATIVA E SOCIAL DE REAL - ATRIBUIÇÃO DE
SUBSÍDIO:
O senhor Presidente da Câmara apresentou uma proposta do seguinte teor:
"Considerando a informação dos serviços que refere que a Associação Cultural, Recreativa
e Social de Real, dispõe de um total de duzentos e cinquenta e sete virgula cinquenta
unidades de crédito, referentes à edição dos "Jogos Desportivos do Concelho de Penalva do
Castelo", sendo que a cada unidade de crédito corresponde o valor de cinco euros.
Assim, proponho que a Câmara Municipal delibere, ao abrigo da alínea u), do número
um, do anexo um, do artigo trinta e três do anexo um da Lei número setenta e cinco barra
dois mil e treze, de doze de setembro, atribuir à Associação Cultural, Recreativa e Social
de Real, um subsídio no valor de mil duzentos e oitenta e sete euros e cinquenta cêntimos,
referente à conversão de duzentos e cinquenta e sete vírgula cinquenta unidades de
crédito, pela sua participação nos "Jogos Desportivos do Concelho de Penalva do Castelo".
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a presente proposta, devendo a
entidade subsidiada, de acordo como "Plano de Prevenção de Riscos de Gestão,
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incluindo os de Corrupção e Infrações Conexas", em vigor na Autarquia,
apresentar um relatório da execução física e financeira da atividade, designando
o senhor José Fortunato de Barros Cardoso Albuquerque, para a sua confirmação.
03.01 - AÇÃO SOCIAL - APOIO INDIRETO - FÁBRICA DA IGREJA
PAROQUIAL DE SEZURES -AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTO SONORO
PARA A IGREJA PAROQUIAL -ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIO:
O senhor Presidente da Câmara apresentou uma proposta do seguinte teor:
"Considerando que, a Fábrica da Igreja Paroquial de Sezures, necessita de adquirir um
equipamento sonoro para a Igreja Paroquial, uma vez que o existente é já muito antigo e
apresenta imensas falhas.
Assim e tendo em conta o atrás mencionado, proponho que a Câmara Municipal delibere,
ao abrigo da alínea u), do número um, do artigo trinta e três, do anexo um, da Lei número
setenta e cinco barra dois mil e treze, de doze de setembro, atribuir o subsídio no valor de
mil e quinhentos euros, à Fábrica da Igreja Paroquial de Sezures, destinado a
comparticipar os custos decorrentes com aquele investimento."
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a presente proposta, devendo a
entidade subsidiada, de acordo como "Plano de Prevenção de Riscos de Gestão,
incluindo os de Corrupção e Infrações Conexas", em vigor na Autarquia,
apresentar um relatório da execução física e financeira da atividade, designando
o senhor José Fortunato de Barros Cardoso Albuquerque, para a sua confirmação.
03.04 -AÇÃO SOCIAL -PROGRAMA CLDS 4G -DESIGNAÇÃO DE
COORDENADOR TÉCNICO -RATIFICAÇÃO DE DESPACHO:
Presente o despacho de designação de Marisa Alexandra Macário Lopes,
licenciada em Fisioterapia, residente em Germil, para Coordenadora Técnica do
CLDS- quatro G, do seguinte teor:
"Considerando que, a Portaria número duzentos e vinte e nove barra dois mil e dezoito,
de catorze de agosto, procedeu à criação do programa CLDS- quatro G e aprovou o
respetivo regulamento;
Considerando que, na sequência do Despacho número cento esetenta eseis-C barra dois
mil e dezanove, de quatro de janeiro, do Ministério do Trabalho, Solidariedade e
Segurança Social, no qual foi determinado que o concelho de Penalva do Castelo é elegível
no âmbito do referido programa;
Considerando que, a Câmara Municipal em sua reunião de catorze de janeiro de dois mil e
dezanove, manifestou o seu interesse no desenvolvimento do CLDS- quatro G neste
concelho, tendo designado o Centro Social de Paroquial de Castelo de Penalva, como
Entidade Coordenadora Local da Parceria para oCLDS- quatro G;
Considerando que, de acordo com o artigo décimo terceiro, do anexo da Portaria número
duzentos e vinte e nove barra dois mil e dezoito, de catorze de agosto, a Câmara
Municipal de Penalva do Castelo, selecionou, uma vez que cumpria todos os requisitos
exigidos para o cargo de Coordenadora Técnica do CLDS- quatro G, a licenciada ern
Serviço Social, Maria de Lurdes Rodrigues Ferreira;
á-Qo
~~
cJ-~-~13 de abril de 2020
Considerando que, a referida Coordenadora Técnica do CLDS- quatro G, pediu a sua
substituição, alegando indisponibilidade para exercer o cargo;
Considerando que, para manter o programa, existe a necessidade urgente e imperiosa, de
se designar um novo Coordenador Técnico;
Considerando a situação de calamidade presente, relacionada com a pandemia do
"COVID-dezanove", que tem afetado um grande número de pessoas espalhadas pelo
mundo;
Considerando que, Marisa Alexandra Macário Lopes, licenciada em Fisioterapia, de
acordo como "curriculum vitae" que se anexa, apesar de não ter experiência na
coordenação de projetos da índole CLDS, a mesma revelou, notoriamente, no exercício da
função de Diretora Técnica de uma IPSS durante os últimos dois anos, capacidade de
Liderança, autonomia e dinamismo, bem como competências organizacionais e de gestão de
equipas inerentes à referida função, sendo que, por tal, se considera o seu perfil adequado
aos requisitos exigidos para o cargo de coordenadora técnica do CLDS -quatro G".
Considerando que, de acordo com o número três, do artigo trinta e cinco do anexo um, da
Lei número setenta e cinco barra dois mil e treze, de doze de setembro, em circunstâncias
excecionais, e no caso de, por motivo de urgência, não ser possível reunir
extraordinariamente acâmara municipal, o presidente pode praticar quaisquer atos da
competência desta, ficando os mesmos sujeitos a ratificação na primeira reunião realizada
após a sua prática, sob pena de anulabilidade.
Assim e, tendo em conta o atrás mencionado:
Um -Designo Marina Alexandra Macário Lopes, licenciada em Fisioterapia, residente em
Germil, para Coordenadora Técnica do CLDS- quatro G.
Dois -Determino que este despacho seja submetido à ratificação da Câmara Municipal,
na próxima reunião."
A Câmara deliberou, por maioria, com o voto contra do Vereador, Gabriel de
Albuquerque Costa, ratificar o presente despacho.
O Vereador, Gabriel de Albuquerque Costa, apresentou uma declaração
de voto do seguinte teor:
---
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~_________
"Na reunião de catorze de Janeiro de dois mil e dezanove, por proposta do Presidente da
Câmara e ao abrigo da Portaria número duzentos e vinte e nove barra dois mil e dezoito,
de catorze de agosto, foi aprovada a adesão a um CLDS-G4 para o concelho. No
preâmbulo desta Portaria, é indicado, concretamente, que os objectivos deste programa
estão centrados "na promoção da inclusão social de grupos populacionais que revelem
maiores níveis de fragilidade social num determinado território, mobilizando para o efeito
a acção integrada de diferentes agentes e recursos Iocalmente disponíveis". Mais adianta
que para melhor execução, o âmbito da sua intervenção foi alargado, "designadamente
através da reintrodução das Câmaras Municipais no universo das entidades que
promovem os CLDS", reconhecendo o "papel das Câmaras Municipais nesta intervenção
dadas as suas especiais responsabilidades ao nível concelhio, nomeadamente em matérias
de planeamento, bem como a sua particular capacidade para congregar os agentes e os
recursos locais".
Os objectivos do programa são do maior interesse para o concelho, atendendo a que
cobrem áreas absolutamente necessárias a nossa população e para o interior do país:
J~2e>c~.~-c- 413 de abril de 2020
emprego, formação e qualificação; intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza
infantil; promoção do envelhecimento activo e apoio à população idosa; auxilio e
intervenção emergencial às populações inseridas em territórios afectados por calamidades
%u capacitação e desenvolvimento comunitários.
Votada a proposta apresentada pelo Presidente da Câmara de aceitação do CLDS-4G, foi
esta aprovada por UNANIMIDADE.
De seguida o Presidente da Câmara, dado que era necessário indicar qual seria a entidade
que realizaria esta acção, deu a conhecer as entidades por si seleccionadas, e entre as quais,
a Câmara deveria escolher uma, para a realização deste projecto. Como tal, informou que
tinha escolhido, entre todas as existentes no concelho, a Santa Casa da Misericórdia de
Penalva do Castelo, o Centro Social e Paroquial de Castelo de Penalva e a Associação
Cultural, Social, Desportiva e Recreativa "Os Melros", com sede em GermiI. Contrapus
dizendo que todas deveriam ter sido consultadas por essas terem sido até então, as mais
beneficiadas com apoios significativos do Estado e da Câmara Municipal. O Presidente da
Câmara manteve a sua posição e por maioria, com a minha ABSTENÇÃO, foi realizado
um sorteio na presença dos representantes da Santa Casa da Misericórdia e do Centro
Social e Paroquial de Castelo de Penalva, tendo sido atribuída a ECLP a esta última
entidade.
Da reunião de hoje, treze de Abril, faz parte a apreciação e votação de um Despacho do
Presidente da Câmara, datado de trinta de Março passado, propondo a ratificação do
mesmo, no sentido de ser nomeado um novo Coordenador Técnico do CLDS-4G, de
acordo com o número três, do artigo dez.
O número um e seguintes, do artigo doze da citada Portaria, definem o que é, e quais as
funções do Coordenador Técnico da CLDS-4G: " o coordenador técnico do CLDS-4G deve
ter formação superior ou experiência profissional relevante para o exercício destas funções;
um perfil que alie competências de gestão e de trabalho em equipa, bem como experiência
na coordenação e na dinamização de parcerias, reconhecida por parte dos atores locais; a
identificação do coordenador técnico do CLDS-4G deve constar do plano de ação,
acompanhada do curriculum vitae e da declaração da sua afetação a tempo completo".
Compete ainda ao Coordenador Técnico: coordenar as diferentes ações do CLDS-4G,
assegurar as relações interinstitucionais, dentro e fora do território a intervencionar, bem
como realizar os relatórios previstos no presente Regulamento e garantir a execução
orçamental; gerir os processos administrativos efinanceiros de acompanhamento e de
monitorização da execução das ações; implementar a recolha e a difusão de toda a
informação necessária à boa execução do CLDS-4G; apoiar o processo de dinamização de
parcerias no âmbito do desenvolvimento do CLDS-4G, por forma a criar as melhores
condições para o cumprimento das metas fixadas no plano de ação; proceder à articulação
com o CLAS, com vista à apresentação periódica dos resultados das ações do CLDS-4G,
bem como dos relatórios previstos, solicitando, para o efeito, a inclusão dos assuntos a
tratar nas agendas das respetivas reuniões plenárias; promover a articulação das
atividades do CLDS-4G com as políticas nacionais %u comunitárias, na perspetiva da
complementaridade das intervenções e da sustentabilidade do CLDS-4G; dinamizar
processos de negociação com os interlocutores considerados necessários à concretização
dos objetivos do CLDS-4G".
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Pelo atrás exposto, é um lugar de responsabilidade, onde a experiência em várias áreas da
gestão de meios, recursos humanos, dinamização cultural e social, capacidade de
organização, negociação de processos e definição de objectivos, deve ser a mais alargada
possível e rigorosa.
Diz o Despacho, que a Coordenadora Técnica, Dr.a Maria de Lurdes Rodrigues Ferreira,
indicada pelo Presidente da Câmara e aprovada em reunião camarária para acompanhar o
processo atribuído ao Centro Social e Paroquial de Castelo de Penalva, "pediu a sua
substituição alegando indisponibilidade para exercer o cargo". Não consta nos
documentos da reunião qualquer comunicação escrita da mesma, o que deveria ter feito,
uma vez que foi a Câmara Municipal que a nomeou e é a única entidade a quem tem de
dirigir o seu pedido de demissão e que tem poderes para a aceitar. Na verdade, oCLDS-4G
foi atribuído á Camara Municipal e o CSP de Castelo de Penal é apenas o seu executor e
beneficiário. Pedidas explicações sobre este facto, o Presidente da Câmara informou-me
que lhe fora dado conhecimento pelo Presidente do CSP de Castelo de Penalva desta
siíuação, e adiantou, ainda, que Ihe fora transmitido pelo mesmo, que a intensão do CSP
de Castelo de Penalva era, através do programa, construir um pavilhão para armazenar e
vender os produtos agrícolas e pecuários dos agricultores da freguesia. Ora, era sabido
desde o início, que tai vontade não tinha cabimento nos objectivos do CLDS-G40. Isto é,
passados treze meses, após a designação do CSP de Castelo de Penalva com executor do
projecto, desiste sem que adiante qualquer razão justificativa razoável e objectiva, que seja
do conhecimento público e do colectivo da Câmara Municipal. Segundo informação do
Presidente da Câmara, o CSP de Castelo de Penalva tinha desistido do processo e
negociado com IIS-Instituto da Segurança Social, I. P., em Viseu, a sua passagem para a
Associação Cultural, Social, Desportiva e Recreativa "Os Melros", o que foi aceite. Tal
mudança, sem a anuência da Câmara Municipal, é manifestamente ilegal pois foi feita à
margem da Lei, sem qualquer documento oficial que a justifique ou evidencie, e acertada
apenas entre os interessados, com o conhecimento do Presidente da Câmara. No mesmo
Despacho, a nova entidade, a Associação "Os Melros", não é referida, o que considero
uma falta de transparência inadmissível por parte do Presidente da Câmara, uma enorme
falta de respeito pela instituição municipal e uma combinação particular entre o CSP de
Castelo de Penalva, a Associação "Os Melros", o Presidente da Câmara e o ISS-Instituto
de Segurança Social, IP.
Senão, vejamos:
Determina a Portaria número duzentos e vinte e nove barra dois mil e dezoito, de catorze
de agosto, no seu articulado do número um, do artigo dez, que "nos casos de resposta
positiva...a câmara municipal selecciona uma entidade coordenadora local da parceria
(ECLP), de entre entidades de direito privado sem fins lucrativos que atuem na área do
desenvolvimento social e no território de intervenção do CLDS-4G".
Ora, daqui se extrai que é a Câmara Municipal a ECLP, responsável pela sua activação e
detendo o poder de seleccionar a entidade ELSA, de acordo com o número um, do artigo
treze, que se transcreve: "Um - A ECLP deve escolher, nos termos previstos no presente
Regulamento, a(s) ELEA-Entidade Local Executora da Acção, e aprovar a constituição de
uma parceria para o desenvolvimento do CLDS-4G", que, de acordo com o número quatro
do mesmo artigo, será a "responsável pela coordenação administrativa e financeira do
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CLDS-4G, assumindo a função de interlocutora da parceria com o ISS, I. P., e com a
Autoridade de Gestão do Programa Operacional que financie os CLDS-4G".
Adianta ainda o número três, do mesmo artigo dez, que compete à "câmara municipal, no
caso do número três, do artigo dois, e o CLAS, nos termos do número quatro, do artigo
dois, devem, respectivamente, seleccionar um coordenador técnico para o respectivo
CLDS-4G, que cumpra os requisitos referidos no artigo anterior".
Não está em causa, contudo, a substituição do Técnico, já validada pelo ISS IP, segundo
palavras do Presidente da Câmara, o número cinco, do artigo doze, "coordenador técnico
pode ser substituído a qualquer momento, devendo tal substituição cumprir os requisitos
expressos nos números anteriores". Prevê ainda o número seis do mesmo artigo que "o
não cumprimento do disposto no número anterior pode determinar a não elegibilidade da
remuneração relativa ao coordenador técnico do CLDS-4G".
Com o respeito que me merece a pessoa proposta para nova Coordenadora Técnica,
Licenciada em Fisioterapia, e que será, acredito, uma brilhante profissional na sua
especialidade, não me parece ter a experiência exigida nas áreas atrás citadas depois de
analisado o curriculum apresentado, que é vasto e interessante.
No fundo, o que está em causa é a substituição da Instituição à socapa do coletivo da
Câmara Municipal, da outra instituição selecionada, do público e de eventuais
interessados, com o apoio do Presidente da Câmara. Na reunião de Câmara de dez de
Fevereiro perguntei se o CLDS "atribuído pela Segurança Social ao Centro Social de
Castelo de Penalva estava em execução ou havia alterações previstas". Respondeu que se
mantinha "conforme o previsto aguardando o início do programa". Contudo, nesta data,
já o processo de transferência estava bem adiantado entre as instituições e, é minha
convicção de que nada isto poderia ser feito sem o acordo da entidade responsável, a quem
o projeto tinha sido atribuído, a Câmara Municipal.
Dadas as circunstâncias, manifesto o meu repúdio pela desistência tardia da execução do
processo e expresso a minha dúvida sobre a legalidade de todo o processo de transição do
mesmo para outra instituição, sem que a Câmara tivesse sido atempadamente avisada e
autorizado a mudança.
Assim sendo, VOTO CONTRA a ratificação do Despacho do Presidente da Câmara que
visa substituir a Coordenadora Técnica do CLDS-4G, e cuja entidade executora é o
Centro Social e Paroquial de Castelo de Penalva."
Em resposta o Presidente argumentou:
"O senhor Vereador tem a liberdade de votar como entender, no entanto não lhe fica bem
emitir juízos de valor, nem fazer acusações no campo da suposição, o que afirmo aqui é o
que corresponde à verdade dos factos:
Após a indicação do Centro Paroquial de Castelo de Penalva e da respetiva Coordenadora
Técnica Dra. Lurdes Ferreira À Segurança Social de Viseu, o processo passou a ser
desenvolvido entre aquelas Entidades. No início do ano fui informado pela Diretora da
Segurança Social, que O senhor Diretor do Centro Paroquial de Castelo lhe havia
manifestado vontade de abandonar o projeto por falta de disponibilidade epor verificar
que a mesmo não traria os benefícios à Associação e à comunidade local que ele esperava.
Tive uma reunião com o Sr. Diretor no sentido de o demover dessa intenção
disponibilizando-me para ajudar e até ceder pessoal da câmara, pois estava em risco de se
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perder este projeto que será útil para o concelho. O objetivo não foi conseguido no entanto
obtive o compromisso da Segurança Social de o transferir para uma Associação do
concelho que reunisse condições para o efeito. Todos os contactos foram efetuados pela
Segurança Social e com as Entidades Envolvidas.
No dia 30 de Março foi solicitado a nomeação do novo coordenador Técnico para efeitos de
submeter a candidatura até ao dia dois de abril, daí ter elaborado o Despacho assinado pelo
presidente da Câmara, sujeito a ratificação na próxima reunião de câmara, que se realizou
em treze de abril de dois mil e vinte.
Tomei esta atitude para evitar que oCLDS-4G atribuído a Penalva do Castelo não fosse
anulado.
Até àpresente oCLDS- 4G ainda se encontra na esfera do Centro Social e Paroquial de
Castelo de PenaIva.
Para o Presidente da Câmara todas as Instituições são importantes, merecem o mesmo
respeito e igualdade de tratamento e jamais serão utilizadas para fins políticos, lamento
que o Senhor Vereador não faça o mesmo."
05.05 -PATRIMÓNIO -DESPESAS DE DEMOLIÇÃO DE PRÉDIO EM
RUÍNA SITO NA RUA DE SANTO AMARO, N.° 8, NA LOCALIDADE DE
CORGA, FREGUESIA DE PINDO - ACEITAÇÃO DA DAÇÃO EM
PAGAMENTO DAS PEDRAS DE GRANITO PARA CUMPRIMENTO DA
OBRIGAÇÃO DE PAGAMENTO:
O senhor Presidente da Câmara apresentou uma proposta do seguinte teor:
"No âmbito das competências municipais e depois de cumpridas todas as formalidades
devidas, foi determinada e executada a demolição do prédio sito na Rua de Santo Amaro,
número oito, na IocaIidade de Corga, freguesia de Pindo, pelo facto do mesmo se encontrar
em ruínas, nos termos do disposto no artigo cento e sete do Regime Jurídico da
Urbanização e Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto-Lei número quinhentos e
cinquenta e cinco barra noventa e nove, de dezasseis de dezembro, que regula a posse
administrativa e execução coerciva dos trabalhos que não foram realizados pelos
proprietários.
Foi identificado o Senhor Lino de Barros como representante do proprietário do prédio em
causa -Herança de Possidónio Soares de Barros - a quem foi exigido o pagamento do
custo da referida demolição, que os serviços apuraram ser no montante de quatrocentos e
vinte e um euros e setenta e oito cêntimos.
O referido Senhor Lino de Barros, veio através de missiva datada de onze de junho de dois
mil e dezoito requerer que o pagamento de tal quantia fosse efetuado através do valor das
pedras de granito que foram recolhidas no local e armazenadas no estaleiro da Câmara
Municipal, as quais passariam a pertencer a esta.
O modo de proceder quanto às despesas realizadas com a execução coerciva encontra-se
regulado no artigo cento e oito do mesmo RJUE, cujo número dois prevê que, mediante
proposta efetuada pelo devedor, em alternativa ao pagamento, ocorra a extinção da dívida
através da dação em cumprimento. A dação em cumprimento, prevista nos artigos
oitocentos e trinta e sete e seguintes do Código Civil (CC), trata-se
de uma forma de
cumprimento de uma obrigação mediante a prestação de coisa diversa da que for devida.
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Determina tal artigo oitocentos e trinta e sete que a dação em cumprimento só exonera o
devedor se o credor der o seu assentimento.
Em ordem a apurar se deveria ser dado o consentimento, foi solicitado aos do Município
que informassem se o valor das pedras de granito era igual ou superior a quatrocentos e
vinte e um euros e setenta e oito cêntimos, tendo o Chefe da DTUH, Eng.° Pedro Cabral,
elaborado Informação datada de vinte e quatro de fevereiro de dois mil e vinte, onde
conclui que o valor das pedras de granito recolhidas no local e armazenadas no estaleiro
da Câmara é superior à referida quantia de quatrocentos e vinte e um euros e setenta e
oito cêntimos em que se fixou o custo da demolição.
Considerando que a dação em cumprimento requerida pelo devedor depende do
consentimento do credor, que no caso é o Município, propõe-se que a Exma. Câmara
Municipal delibere acerca do pedido do legal representante do proprietário para que se
considere extinta a dívida do custo da demolição no montante de quatrocentos e vinte e
um euros e setenta e oito cêntimos, através da dação em cumprimento das pedras de
granito, que são de valor superior e que ficam a pertencer ao Município, nos termos
conjugados do disposto no artigo cento e oito, número dois do RJUE e no artigo oitocentos
e trinta e sete do CC."
A Câmara, com base no Parecer Jurídico, deliberou, por unanimidade, considerar
extinta a dívida do custo da demolição no montante de quatrocentos e vinte e um
euros e setenta e oito cêntimos, através da dação em cumprimento das pedras de
granito, que são de valor superior e que ficam a pertencer ao Município.
12.11.02 -ISENÇÃO DE TAXAS ETARIFAS -APOIOS ÀS FAMÍLIAS E AOS
EMPRESÁRIOS NO ÂMBITO DO COVID-19:
O senhor Presidente da Câmara apresentou uma proposta do seguinte teor:
"Considerando o momento absolutamente excecional e os imensos desafios que a
pandemia do COVD-dezanove exige;
Considerando que, os tempos excecionais que estamos a viver exigem de todos
responsabilidade, mas também medidas que minimizem os impactos negativos de uma
contenção generalizada na circulação de pessoas, com efeitos no comércio local e na
economia das famílias;
Considerando a absoluta necessidade de preservação do tecido empresarial como
salvaguarda à atividade económica concelhia e empregabilidade e, de apoiar quem é
forçado a encerrar a atividade, mas também a incentivar e apoiar quem é essencial que
continue a manter o abastecimento à nossa população;
Considerando as alterações existentes após a decretação e a renovação do estado de
emergência, bem como as necessárias medidas impostas nos Decretos da Presidência do
Conselho de Ministros, que procedem à execução da declaração do estado de
emergência.--Assim, atento a esta gravosa e urgente situação, proponho que a Câmara Municipal
delibere:
Um - A isenção do pagamento das rendas dos meses de março, abril, maio e junho de dois
mil e vinte, dos estabelecimentos concessionados pelo Município e que se encontram
encerrados por imposição legal;
~S?Gccxc~,:~.
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Dois - A isenção do pagamento das refeições escolares e o prolongamento do horário dos
meses de março, abril, maio e junho de dois mil e vinte;
Três - A isenção a todos os consumidores do pagamento da faturação da água, referente
aos meses de abril e maio de dois mil e vinte, exceto às IPSS que será até final do ano de
dois mil e vinte;
Quatro - A isenção do pagamento das prestações que vencem nos meses de abril, maio e
junho de dois mil e vinte, dos terrados da feira semanal;
Cinco - A isenção do pagamento das prestações que vencem nos meses de abril, maio e
junho de dois mil e vinte, das bancas e lojas do Mercado Municipal.
Seis -Que estas medidas supramencionadas, poderão ser prorrogadas ou adaptadas, de
acordo com a avaliação da situação a cada momento;
Sete -Que esta proposta seja objeto de ratificação na próxima sessão da Assembleia
Municipal."
A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a presente proposta.
15 -PAGAMENTOS:
A Câmara tomou conhecimento dos pagamentos efetuados e autorizados pela
presidência no montante global de trezentos e quarenta e um mil três euros e
setenta e quatro cêntimos, referentes às ordens de pagamento do número
setecentos e setenta e nove à número novecentos e quarenta e um inclusivé.
A Câmara tomou conhecimento.
16.03 - DECISÕES TOMADAS AO ABRIGO DA DELEGAÇÃO DE
COMPETENCIAS DIVISÃO TÉCNICA DE URBANISMO EHABITAÇÃO:
-O senhor Presidente da Câmara deu conhecimento das decisões tomadas pelo
senhor Vice-Presidente ao abrigo da subdelegação de competências,
subdelegadas por despacho do senhor Presidente da Câmara, de trinta de
outubro de dois mil e dezassete, no período de dezassete de março a seis de abril
de dois mil e vinte, as quais obtiveram o seguinte despacho, designadamente:
-Arquitetura:
- Deferido:
- Número dois barra dois mil e dezanove, de José Manuel Silva Lopes, de Rua do
Matadouro -Penalva do Castelo, para ampliação de um edifício destinado a
comércio e ou serviços, sito em "Campo" -Penalva do Castelo;
- Número trinta e nove barra dois mil e dezanove, de Maria Otelinda Carvalho
Sales, de Rua das Flores, número oito -Ínsua, para alteração de um edifício
destinado a habitação, sito em Largo do Cruzeiro, número dez -Ínsua;
- Número setenta e seis barra dois mil e dezanove, de Fernando Manuel
Rodrigues Lopes, de Rua treze de maio - Lusinde, para legalização de uma
habitação e anexo, sitos em Rua treze de maio - Lusinde;
- Número cinco barra dois mil e vinte, de Maria Emília Gomes Pinto Fernandes,
de Rua dos Correios, Lote número sete -Penalva do Castelo, para reconstrução e
ampliação de um edifício destinado a habitação unifamiliar, sito em Rua primeiro
de dezembro -Penalva do Castelo;
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