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Modos de Citar o Discurso Alheio

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Academic year: 2021

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Modos de citar o discurso alheio Modos de citar o discurso alheio

Quando o enunciador precisa citar, em seu discurso, um texto (falado ou escrito) de autoria de outro Quando o enunciador precisa citar, em seu discurso, um texto (falado ou escrito) de autoria de outro enunciador, pode recorrer a alguns mecanismos linguísticos, como o discurso direto, o discurso enunciador, pode recorrer a alguns mecanismos linguísticos, como o discurso direto, o discurso indireto, o discurso indireto livre e a ilha textual.

indireto, o discurso indireto livre e a ilha textual.

1. Discurso direto 1. Discurso direto

 Nesse

 Nesse tipo tipo de de citação, citação, o o enunciador enunciador se se exime exime de de qualquer qualquer responsabilidade, por responsabilidade, por isso, isso, ele ele reprodureprodu literalmente as falas citadas, ou se!a, o discurso apresenta"se #s vees como a exata reprodução das literalmente as falas citadas, ou se!a, o discurso apresenta"se #s vees como a exata reprodução das  palavras do enunciador citad

 palavras do enunciador citado.o. $xemplos%

$xemplos%

&'m indivíduo faminto tende a salivar muito mais diante de um prato de

&'m indivíduo faminto tende a salivar muito mais diante de um prato de comida do que algum comcomida do que algum com menos fome, afirma a fisiologista *ara *hammah +agnado, da

menos fome, afirma a fisiologista *ara *hammah +agnado, da 'niversidade de *ão aulo ('*).'niversidade de *ão aulo ('*). -ontrapondo"se # admiração exagerada das pessoas pela tecnologia, -ur enfatia% &/ maioria dos -ontrapondo"se # admiração exagerada das pessoas pela tecnologia, -ur enfatia% &/ maioria dos seres humanos elogia as maravilhas da tecnologia, mas não conseguem se encantar com o espet0culo seres humanos elogia as maravilhas da tecnologia, mas não conseguem se encantar com o espet0culo da construção de pensamentos que ocorre na psique humana

da construção de pensamentos que ocorre na psique humana (CURY, 2005, p. 36)(CURY, 2005, p. 36)..

-ontrapondo"se # admiração exagerada das pessoas pela tecnologia, -ur

-ontrapondo"se # admiração exagerada das pessoas pela tecnologia, -ur (2005, p. 36)(2005, p. 36) enfatia% &/ enfatia% &/

maioria dos seres humanos elogia as maravilhas da tecnologia, mas não conseguem se encantar com maioria dos seres humanos elogia as maravilhas da tecnologia, mas não conseguem se encantar com o espet0culo da construção de pensamentos que ocorre na

o espet0culo da construção de pensamentos que ocorre na psique humana.psique humana. 1arcas do discurso direto

1arcas do discurso direto

a) 2 discurso direto vem introduido por um verbo que anuncia a fala citada. 3ais verbos são a) 2 discurso direto vem introduido por um verbo que anuncia a fala citada. 3ais verbos são denominados de dier (dier, responder, retrucar, afirmar, falar, entre outros) e podem ser colocados denominados de dier (dier, responder, retrucar, afirmar, falar, entre outros) e podem ser colocados antes do discurso direto, em oração intercalada, no interior do discurso direto ou

antes do discurso direto, em oração intercalada, no interior do discurso direto ou no final do discursono final do discurso direto.

direto. $xemplo% $xemplo% 2

2 prprofofesessosor r esesclclararecece% e% &2&2s s !o!ovevens ns lelevavam m a a ssririo o o o mumundndo o dodos s susupeperr"h"herer4i4is, s, mamas s nãnãoo completamente.

completamente.

 b) / fala citada aparece

 b) / fala citada aparece nitidamente separada por nitidamente separada por elementos tipogr0ficos como elementos tipogr0ficos como as aspas, travess5es,as aspas, travess5es, dois"pontos e it0lico.

dois"pontos e it0lico. $xemplos%

$xemplos%

/ mulher perguntou ao marido% / mulher perguntou ao marido%  6 7

 6 7oc8 bebeu9oc8 bebeu9

/ mulher perguntou ao marido% &7oc8 bebeu9 / mulher perguntou ao marido% &7oc8 bebeu9

/ opção pelo discurso direto geralmente est0 ligada ao g8nero do discurso ou #s estratgias do / opção pelo discurso direto geralmente est0 ligada ao g8nero do discurso ou #s estratgias do en

enununciaciadodor r de de cacada da tetextxto. o. /o /o esescocolhlher er esesse se momodo do de de cicitataçãção, o, o o enenununciaciadodorr, , popode de esestartar,,  particularmente,

 particularmente, querendo% querendo% criar criar imagem imagem de de autenticidade autenticidade do do que que reproduiu, reproduiu, indicando indicando que que asas  palavras relatadas

 palavras relatadas são realmente são realmente proferidas: distanciar"se% proferidas: distanciar"se% se!a se!a porque o porque o enunciador quer enunciador quer explicitar,explicitar,  por intermdio do discurso direto, sua adesão r

 por intermdio do discurso direto, sua adesão respeitosa ao dito, se!a porque não adere ao que  dito:espeitosa ao dito, se!a porque não adere ao que  dito: mostra"se ob!etivo.

mostra"se ob!etivo.

2. Discurso indireto 2. Discurso indireto

; o modo de citação do discurso alheio em que o enunciador tem uma diversidade de maneiras para ; o modo de citação do discurso alheio em que o enunciador tem uma diversidade de maneiras para traduir as falas citadas, uma ve que ele se utilia de suas pr4prias palavras para reproduir a fala traduir as falas citadas, uma ve que ele se utilia de suas pr4prias palavras para reproduir a fala do outro.

do outro. $xemplo% $xemplo%

2 carnavalesco disse que os traficantes não mandam no

2 carnavalesco disse que os traficantes não mandam no samba.samba.

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE

CAMPUS 

CAMPUS  NATAL CIDADE ALTA / CURSO SUBSEQUENTE EM GUIA DE TURISMO NATAL CIDADE ALTA / CURSO SUBSEQUENTE EM GUIA DE TURISMO

DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO – –PROF. MARCEL MATIASPROF. MARCEL MATIAS

ALUNO (A)

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1arcas do discurso indireto

a) da mesma forma do discurso direto, vem tambm introduido por um verbo de dier:

 b) ao contr0rio do discurso direto, a fala citada  introduida por meio de uma partícula introdut4ria% que ou se.

/ escolha do discurso indireto est0 tambm ligada ao g8nero textual e #s estratgias do enunciador  em cada texto e possui o vis da an0lise, exposição de ideias, opinião.

3. Discurso ndireto !i"re

<astante usado na literatura. =eralmente ocorre quando o texto  escrito em terceira pessoa e o narrador conta a hist4ria, mas as personagens t8m vo pr4pria, de acordo com a necessidade do autor  de fa8"lo. *endo assim  uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas voes se fundem. $xemplos%

Que vontade de voar lhe veio agora> -orreu outra ve com a respiração presa. ?0 nem podia mais. $stava desanimado. Que pena> @ouve um momento em que esteve quase... quase>

Aetirou as asas e estraçalhou"a. *4 tinham belea. $ntretanto, qualquer urubu... que raiva...

#. lha te$tual

Blha textual ou ilha enunciativa  uma forma híbrida de citação. $xemplos%

2 ladrão confessou que tinha roubado para &mat0 as fome dos bruguelo.

*egundo o residente da AepCblica, & necess0rio que cada posto de gasolina se!e fiscaliado. 2 enunciador de cada um dos grupos acima isolou em it0lico e entre aspas um fragmento que, ao mesmo tempo, ele utilia e menciona, emprega e cita. /pesar de o fragmento possuir a estrutura do discurso indireto ou da modaliação em discurso segundo, h0 neles algumas palavras que são atribuídas aos enunciadores citados.

/qui a ilha  indicada pelas aspas e pelo it0lico. ; o procedimento mais frequente na imprensa. ode"se tambm encontrar somente as aspas ou somente o it0lico. Nesse tipo de citação, as marcas tipogr0ficas permitem verificar que essa parte do texto não  assumida pelo enunciador.

%utros aspectos...

?0 estudamos os quatro modos de citar o discurso alheio% discurso direto, discurso indireto, discurso indireto livre e ilha textual.

7amos agora observar algumas particularidades no momento de citação do discurso do outro.

/ utiliação do verbo dicendi   um aspecto muito importante quando nos referimos, dentro do

sentido de um enunciado. 7e!amos os exemplos% &*ou inocente, disse. &*ou inocente, esclareceu. &*ou inocente, insistiu. &*ou inocente, alegou. &*ou inocente, mentiu.

Aepresentar a palavra alheia  uma atividade que dominamos com perfeição desde nossos primeiros  balbucios... de tal forma que  muito difícil estabelecer a separação, em nossa linguagem, entre o

que  nosso e o que  dos outros. odemos mesmo dier que a nossa linguagem  um fruto (Cnico) de uma colcha de retalhos de milhares de linguagens que passaram 6 e continuam passando 6 pela nossa vida.

/ representação da palavra do outro tem uma importDncia especial, porque transmitir as palavras de algum  tambm marcar uma opinião sobre as palavras que transmitimos. <asta ler as ocorr8ncias

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de &*ou inocente acima para perceber isso. Na linguagem oral, a simples entonação da vo pode marcar nosso ponto de vista sobre o que transmitimos% ironia, desconfiança, certea, dCvida... 1as, na escrita, são outros os recursos, que vão desde a escolha do verbo (exemplo citado) at a seleção de palavras ou express5es que queremos transmitir (no caso, principalmente, do discurso indireto). Bmaginemos que um senador diga, literalmente% &/ equipe econEmica  muito boa, mas inexperiente.

3ranscriç5es possíveis%

2 senador disse que a equipe econEmica  muito boa. 2 senador disse que a equipe econEmica  inexperiente. &$quipe econEmica  inexperiente, dispara o senador. 2 senador considera equipe econEmica muito boa.

&$quipe econEmica  muito boa, mas inexperiente, sup5e o senador.

ortanto, percebemos, a partir do exemplo, que a transcrição de um discurso depende de nossas intenç5es diante da vo transcrita.

&ti"idade

2 porta"vo da resid8ncia, -l0udio @umberto Aosa e *ilva, disse ontem que a pesquisa FataGolha sobre o lano -ollor H, publicada pela folha no Cltimo s0bado, &não foi representativa. / pesquisa, feita no Aio em *ão aulo, revelou que IHJ da população sentem"se pre!udicados.

ara Aosa e *ilva, & no mínimo curioso que este instituto, quando os demais faiam pesquisas em todo o país, se limitava a de capitais. $le pretendeu ironiar ao dier% &Fa pr4xima ve, para ser  mais direto, a pesquisa deve ser feita na redação. Aeferia"se # Aedação da Golha.

(Golha de *ão aulo, KLHLM)

" or que ocorre o uso das aspas9

" Qual a diferença entre Ele disse e Ele pretendeu ironizar ao dizer 9

Re'erncias

G/A/-2, -arlos /lberto e 3$OO/, -ristovão. Prática de texto para estudantes universitários. P.

ed., etr4polis% 7oes, HR.

GB2ABN, ?os +ui e */7B2+B, Grancisco latão. Lições de textos: leitura e redação. *ão aulo%

Stica, MMK.

 TTTTTT. Para entender o texto: leitura e redação. U. ed., *ão aulo% Stica, MMM.

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Referências

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