Modos de citar o discurso alheio Modos de citar o discurso alheio
Quando o enunciador precisa citar, em seu discurso, um texto (falado ou escrito) de autoria de outro Quando o enunciador precisa citar, em seu discurso, um texto (falado ou escrito) de autoria de outro enunciador, pode recorrer a alguns mecanismos linguísticos, como o discurso direto, o discurso enunciador, pode recorrer a alguns mecanismos linguísticos, como o discurso direto, o discurso indireto, o discurso indireto livre e a ilha textual.
indireto, o discurso indireto livre e a ilha textual.
1. Discurso direto 1. Discurso direto
Nesse
Nesse tipo tipo de de citação, citação, o o enunciador enunciador se se exime exime de de qualquer qualquer responsabilidade, por responsabilidade, por isso, isso, ele ele reprodureprodu literalmente as falas citadas, ou se!a, o discurso apresenta"se #s vees como a exata reprodução das literalmente as falas citadas, ou se!a, o discurso apresenta"se #s vees como a exata reprodução das palavras do enunciador citad
palavras do enunciador citado.o. $xemplos%
$xemplos%
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&'m indivíduo faminto tende a salivar muito mais diante de um prato de comida do que algum comcomida do que algum com menos fome, afirma a fisiologista *ara *hammah +agnado, da
menos fome, afirma a fisiologista *ara *hammah +agnado, da 'niversidade de *ão aulo ('*).'niversidade de *ão aulo ('*). -ontrapondo"se # admiração exagerada das pessoas pela tecnologia, -ur enfatia% &/ maioria dos -ontrapondo"se # admiração exagerada das pessoas pela tecnologia, -ur enfatia% &/ maioria dos seres humanos elogia as maravilhas da tecnologia, mas não conseguem se encantar com o espet0culo seres humanos elogia as maravilhas da tecnologia, mas não conseguem se encantar com o espet0culo da construção de pensamentos que ocorre na psique humana
da construção de pensamentos que ocorre na psique humana (CURY, 2005, p. 36)(CURY, 2005, p. 36)..
-ontrapondo"se # admiração exagerada das pessoas pela tecnologia, -ur
-ontrapondo"se # admiração exagerada das pessoas pela tecnologia, -ur (2005, p. 36)(2005, p. 36) enfatia% &/ enfatia% &/
maioria dos seres humanos elogia as maravilhas da tecnologia, mas não conseguem se encantar com maioria dos seres humanos elogia as maravilhas da tecnologia, mas não conseguem se encantar com o espet0culo da construção de pensamentos que ocorre na
o espet0culo da construção de pensamentos que ocorre na psique humana.psique humana. 1arcas do discurso direto
1arcas do discurso direto
a) 2 discurso direto vem introduido por um verbo que anuncia a fala citada. 3ais verbos são a) 2 discurso direto vem introduido por um verbo que anuncia a fala citada. 3ais verbos são denominados de dier (dier, responder, retrucar, afirmar, falar, entre outros) e podem ser colocados denominados de dier (dier, responder, retrucar, afirmar, falar, entre outros) e podem ser colocados antes do discurso direto, em oração intercalada, no interior do discurso direto ou
antes do discurso direto, em oração intercalada, no interior do discurso direto ou no final do discursono final do discurso direto.
direto. $xemplo% $xemplo% 2
2 prprofofesessosor r esesclclararecece% e% &2&2s s !o!ovevens ns lelevavam m a a ssririo o o o mumundndo o dodos s susupeperr"h"herer4i4is, s, mamas s nãnãoo completamente.
completamente.
b) / fala citada aparece
b) / fala citada aparece nitidamente separada por nitidamente separada por elementos tipogr0ficos como elementos tipogr0ficos como as aspas, travess5es,as aspas, travess5es, dois"pontos e it0lico.
dois"pontos e it0lico. $xemplos%
$xemplos%
/ mulher perguntou ao marido% / mulher perguntou ao marido% 6 7
6 7oc8 bebeu9oc8 bebeu9
/ mulher perguntou ao marido% &7oc8 bebeu9 / mulher perguntou ao marido% &7oc8 bebeu9
/ opção pelo discurso direto geralmente est0 ligada ao g8nero do discurso ou #s estratgias do / opção pelo discurso direto geralmente est0 ligada ao g8nero do discurso ou #s estratgias do en
enununciaciadodor r de de cacada da tetextxto. o. /o /o esescocolhlher er esesse se momodo do de de cicitataçãção, o, o o enenununciaciadodorr, , popode de esestartar,, particularmente,
particularmente, querendo% querendo% criar criar imagem imagem de de autenticidade autenticidade do do que que reproduiu, reproduiu, indicando indicando que que asas palavras relatadas
palavras relatadas são realmente são realmente proferidas: distanciar"se% proferidas: distanciar"se% se!a se!a porque o porque o enunciador quer enunciador quer explicitar,explicitar, por intermdio do discurso direto, sua adesão r
por intermdio do discurso direto, sua adesão respeitosa ao dito, se!a porque não adere ao que dito:espeitosa ao dito, se!a porque não adere ao que dito: mostra"se ob!etivo.
mostra"se ob!etivo.
2. Discurso indireto 2. Discurso indireto
; o modo de citação do discurso alheio em que o enunciador tem uma diversidade de maneiras para ; o modo de citação do discurso alheio em que o enunciador tem uma diversidade de maneiras para traduir as falas citadas, uma ve que ele se utilia de suas pr4prias palavras para reproduir a fala traduir as falas citadas, uma ve que ele se utilia de suas pr4prias palavras para reproduir a fala do outro.
do outro. $xemplo% $xemplo%
2 carnavalesco disse que os traficantes não mandam no
2 carnavalesco disse que os traficantes não mandam no samba.samba.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE
CAMPUS
CAMPUS NATAL CIDADE ALTA / CURSO SUBSEQUENTE EM GUIA DE TURISMO NATAL CIDADE ALTA / CURSO SUBSEQUENTE EM GUIA DE TURISMO
DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
DISCIPLINA: LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO – –PROF. MARCEL MATIASPROF. MARCEL MATIAS
ALUNO (A)
1arcas do discurso indireto
a) da mesma forma do discurso direto, vem tambm introduido por um verbo de dier:
b) ao contr0rio do discurso direto, a fala citada introduida por meio de uma partícula introdut4ria% que ou se.
/ escolha do discurso indireto est0 tambm ligada ao g8nero textual e #s estratgias do enunciador em cada texto e possui o vis da an0lise, exposição de ideias, opinião.
3. Discurso ndireto !i"re
<astante usado na literatura. =eralmente ocorre quando o texto escrito em terceira pessoa e o narrador conta a hist4ria, mas as personagens t8m vo pr4pria, de acordo com a necessidade do autor de fa8"lo. *endo assim uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas voes se fundem. $xemplos%
Que vontade de voar lhe veio agora> -orreu outra ve com a respiração presa. ?0 nem podia mais. $stava desanimado. Que pena> @ouve um momento em que esteve quase... quase>
Aetirou as asas e estraçalhou"a. *4 tinham belea. $ntretanto, qualquer urubu... que raiva...
#. lha te$tual
Blha textual ou ilha enunciativa uma forma híbrida de citação. $xemplos%
2 ladrão confessou que tinha roubado para &mat0 as fome dos bruguelo.
*egundo o residente da AepCblica, & necess0rio que cada posto de gasolina se!e fiscaliado. 2 enunciador de cada um dos grupos acima isolou em it0lico e entre aspas um fragmento que, ao mesmo tempo, ele utilia e menciona, emprega e cita. /pesar de o fragmento possuir a estrutura do discurso indireto ou da modaliação em discurso segundo, h0 neles algumas palavras que são atribuídas aos enunciadores citados.
/qui a ilha indicada pelas aspas e pelo it0lico. ; o procedimento mais frequente na imprensa. ode"se tambm encontrar somente as aspas ou somente o it0lico. Nesse tipo de citação, as marcas tipogr0ficas permitem verificar que essa parte do texto não assumida pelo enunciador.
%utros aspectos...
?0 estudamos os quatro modos de citar o discurso alheio% discurso direto, discurso indireto, discurso indireto livre e ilha textual.
7amos agora observar algumas particularidades no momento de citação do discurso do outro.
/ utiliação do verbo dicendi um aspecto muito importante quando nos referimos, dentro do
sentido de um enunciado. 7e!amos os exemplos% &*ou inocente, disse. &*ou inocente, esclareceu. &*ou inocente, insistiu. &*ou inocente, alegou. &*ou inocente, mentiu.
Aepresentar a palavra alheia uma atividade que dominamos com perfeição desde nossos primeiros balbucios... de tal forma que muito difícil estabelecer a separação, em nossa linguagem, entre o
que nosso e o que dos outros. odemos mesmo dier que a nossa linguagem um fruto (Cnico) de uma colcha de retalhos de milhares de linguagens que passaram 6 e continuam passando 6 pela nossa vida.
/ representação da palavra do outro tem uma importDncia especial, porque transmitir as palavras de algum tambm marcar uma opinião sobre as palavras que transmitimos. <asta ler as ocorr8ncias
de &*ou inocente acima para perceber isso. Na linguagem oral, a simples entonação da vo pode marcar nosso ponto de vista sobre o que transmitimos% ironia, desconfiança, certea, dCvida... 1as, na escrita, são outros os recursos, que vão desde a escolha do verbo (exemplo citado) at a seleção de palavras ou express5es que queremos transmitir (no caso, principalmente, do discurso indireto). Bmaginemos que um senador diga, literalmente% &/ equipe econEmica muito boa, mas inexperiente.
3ranscriç5es possíveis%
2 senador disse que a equipe econEmica muito boa. 2 senador disse que a equipe econEmica inexperiente. &$quipe econEmica inexperiente, dispara o senador. 2 senador considera equipe econEmica muito boa.
&$quipe econEmica muito boa, mas inexperiente, sup5e o senador.
ortanto, percebemos, a partir do exemplo, que a transcrição de um discurso depende de nossas intenç5es diante da vo transcrita.
&ti"idade
2 porta"vo da resid8ncia, -l0udio @umberto Aosa e *ilva, disse ontem que a pesquisa FataGolha sobre o lano -ollor H, publicada pela folha no Cltimo s0bado, &não foi representativa. / pesquisa, feita no Aio em *ão aulo, revelou que IHJ da população sentem"se pre!udicados.
ara Aosa e *ilva, & no mínimo curioso que este instituto, quando os demais faiam pesquisas em todo o país, se limitava a de capitais. $le pretendeu ironiar ao dier% &Fa pr4xima ve, para ser mais direto, a pesquisa deve ser feita na redação. Aeferia"se # Aedação da Golha.
(Golha de *ão aulo, KLHLM)
" or que ocorre o uso das aspas9
" Qual a diferença entre Ele disse e Ele pretendeu ironizar ao dizer 9
Re'erncias
G/A/-2, -arlos /lberto e 3$OO/, -ristovão. Prática de texto para estudantes universitários. P.
ed., etr4polis% 7oes, HR.
GB2ABN, ?os +ui e */7B2+B, Grancisco latão. Lições de textos: leitura e redação. *ão aulo%
Stica, MMK.
TTTTTT. Para entender o texto: leitura e redação. U. ed., *ão aulo% Stica, MMM.