Franklin Ferreira
P
ARA
ONDE
CAMINHA
CONCEITUAÇÕES
Fundamentalismo evangélico: literalismo bíblico,
dispensacionalismo, cismático, rejeição do diálogo acadêmico.
Liberalismo teológico: ruptura com a fé cristã –
negação da inspiração das Escrituras, do nascimento virginal de Cristo, de sua morte expiatória, de sua
ressurreição corporal e segunda vinda.
Reforma protestante: afirmação do sola Scriptura,
Ausência de referências à Escritura nos debates
contemporâneos.
Propostas de revisões radicais e de ruptura com a
tradição cristã na doutrina de Deus e da salvação sem referências às Escrituras.
Um dos principais exemplos é o teísmo aberto, mas
isso se aplica também a alguns debates ligados à eclesiologia e à ética cristã.
Em alguns segmentos da igreja assume-se que a
Escritura pode até ser um livro importante, uma
coletânea de bons conselhos, ou mesmo que contenha uma mensagem vagamente piedosa em meio a histórias de guerras, traições e matanças, mas que, por meio da razão ou intuição pode-se alcançar e descobrir a Deus acima e além da Escritura.
A adoração centrada na Palavra e nos sacramentos foi
transformada em entretenimento e reforma social, criando um culto às celebridades ‘evangélicas’.
Na vida pública o reino de Cristo foi confundido com o
reino deste mundo, e supõe-se que o reino de Cristo pode ser tornado visível por meio de atividades sociais, morais e políticas.
É o mesmo esforço religioso e idolátrico presente na
construção da torre de Babel.
Mas o relato bíblico é claro: Deus despreza a ação religiosa,
bagunçando-a e repelindo-a, posto ela ser somente isto: esforço e idolatria.
Karl Barth estava certo ao dizer certa vez que existem apenas
duas maneiras de se obter conhecimento de Deus e sobre ele: a primeira é começar pelo homem e elevar a razão; e a segunda é começar por Deus e aceitar sua revelação a nós.
Para os cristãos, quando as Escrituras falam, é Deus mesmo
quem fala, e fala a nós.
E nas Escrituras aprendemos que, do começo ao fim, é o
Senhor Deus todo poderoso quem busca os seus, por pura misericórdia, em Cristo Jesus.
Os fundamentalistas usavam a Escritura como
texto-prova. Podiam praticar uma hermenêutica literalista ou ingênua, no entanto havia uma genuína preocupação em citar o texto bíblico, de remeter seus ensinos para a
Escritura.
Em certos círculos liberais os métodos críticos na
interpretação da Escritura tornou sem razão afirmar algo a partir das Escrituras, já que esta, para muitos dos que seguem tais metodologias não é mais inspirada, mas mero produto humano.
As supostas novas revelações ligadas aos bispos e
apóstolos neo-pentecostais tornaram a Escritura um mero acessório em suas comunidades.
Por isto, no âmbito eclesiástico, basta unir alguns
chavões piedosos à linguagem religiosa, e qualquer ideia passará facilmente por “cristã”. Tais clichês e lendas são consideradas pelos fiéis como muito espirituais.
O que se tem é o ressurgimento do velho gnosticismo,
mais uma vez tentando se parecer com o cristianismo. Mas gnosticismo não é cristianismo, assim como “o liberalismo não é cristianismo” (J. Gresham Machen).
Uma nova casta sacerdotal surgiu, composta de
apóstolos, bispos e certos teólogos acadêmicos que apelam à falácia do argumento da autoridade.
Vive-se o absurdo onde abandonar a Escritura,
desprezar a igreja, transformar Jesus num curandeiro ou mestre inofensivo é ser de vanguarda
Em vez do puro evangelho oferece-se: pelagianismo,
mensagem da prosperidade, teísmo aberto ou marxismo cultural.
Qualquer crítica feita a esta nova classe sacerdotal
equivale à blasfêmia.
Todos estes pervertem a mensagem cristã, seguindo não
mais o evangelho, mas correndo atrás de outro tipo de anúncio, não mais a boa nova da salvação de Deus em Cristo, que justifica, redime, reconcilia e adota ímpios pela fé somente, regenerando-os por meio da obra do Espírito Santo.
“Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos
pregue um evangelho diferente do que já vos pregamos, seja maldito. Conforme disse antes, digo outra vez
agora: Se alguém vos pregar um evangelho diferente daquele que já recebestes, seja maldito” (Gl 1.8-9).
“Deus não concedeu ao cristianismo americano nenhuma reforma. Ele lhe concedeu vigorosos pregadores
reavivalistas, pastores e teólogos, mas
nenhuma reforma da igreja de Jesus Cristo por meio da Palavra de Deus. Qualquer
coisa das igrejas da Reforma que chegou à América ou está em exclusão consciente e afastada da vida geral da igreja ou foi
vítima do protestantismo sem reforma… A teologia americana e a igreja americana como um todo nunca foram capazes de compreender o significado da ‘censura’ pela Palavra de Deus e tudo o que isso significa.
Do primeiro ao último, eles não entendem (...) que Deus fundou sua igreja para além da religião e para além da
moralidade. Um sintoma disso é a adesão geral à teologia natural. Na teologia americana, o cristianismo ainda é
essencialmente religião e moralidade. Por causa disso, a
pessoa e a obra de Cristo, na teologia, vão permanecer em segundo plano e, por longo tempo, ficar incompreendidas, porque não são reconhecidas como o único fundamento do julgamento e do perdão radical. A principal tarefa na
atualidade é o diálogo entre o protestantismo sem reforma e as igrejas da reforma” (Dietrich Bonhoeffer).
Para grande parte dos evangélicos contemporâneos,
o cristianismo é essencialmente sobre o que se faz para Deus.
A fé bíblica ensina o que Deus faz por nós por meio
do Cristo crucificado e ressurreto, dando prioridade à graça livre e soberana, agindo em meio ao nosso
pecado, vício e escravidão existencial, redimindo-nos e tornando-nos novas criaturas.
A mensagem do evangelho não é um recurso para
melhorar nossa autoestima ou para nos ajudar a ascender socialmente, ou fazer a igreja crescer em cinco passos ou qualquer outra coisa deste gênero.
É sobre crer na mensagem
revelada na Escritura sobre a graça de Deus em Cristo crucificado e
ressurreto: “A nós que cremos
naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue por causa das
nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação”
(Rm 4.24-25).
É sobre nossa morte e
ressurreição, nossa morte e ressurreição diária, enquanto aguardamos novos céus e nova terra.
“A Reforma da Igreja é obra de Deus e tão independente de esperanças e
opiniões humanas quanto a
ressurreição dos mortos ou qualquer
milagre dessa espécie. Portanto, no que tange à possibilidade de fazer algo em favor dela, não se pode ficar esperando pela boa vontade das pessoas ou pela alteração das circunstâncias da época, mas é preciso irromper por entre o
desespero. Deus quer que seu evangelho seja pregado. Vamos
obedecer a este mandamento, vamos para onde Ele nos chama. O sucesso não é da nossa conta” (João Calvino).
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