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ConsU cju,c o qivíso acima, vac str caUocudo a

tt*trada. da Aij-anâccjct

Ca au*- Je dtprtWcnd*. olm noticie**

officictts dada, por.todos vjorvut* solrrt «s

(2)

EXPEDIENTE

PREÇO DAS ASSIGNATURAS

CAPITAL ESTADOS

Anno 25$000 I Anno 30$000

Semestre ... 14$000 ! Semestre .... 16$000

: '

Os senhores assignantes dos Estados podem enviar-nos x importância das assignaturas, em cartas registradas ou em vales postaes.

DON QUIXOTE

Rio, 28 de Novembro de 1896.

I

¦ ¦ * ' A-A . ¦'¦¦'¦ '

g SITUAÇÃO é de

duvida, apezar

de toda a esperança que o talento

íè a actividade do illustre

vice-presidente da Republica possam

inspi-rar aos Brazileiros.

Ninguém nega que o chefe do

Es-tado possua qualidades de governo, e

em geral a nação faz justiça ao

pro-gramma patriótico que

desde os

pri-meiros dias de sua administração foi

apresentado. Por isso mesmo a

sym-pathia popular acolheu-o francamente,

— iamos dizer enthusiasticamente, — e

tão forte foi essa corrente que até se

transformaram em seus incensadores

Incondicionaes os mesmos que poucos

dias antes accentuaram divergências

-^pe-Hticas.

Infelizmente, porém, o

Sr. Dr.

Manuel Victorino não poude ou não

jqiiiz^gir--Gei-n--a^sohita:

independência-no primeiro e mais significativo de

seus actos: a substituição dos

minis-tros

'demissionários da fazenda, da

industria e da marinha.

O que todos vimos foi mais uma

vez a degeneração do systema

presi-«dencial, tão esquecido por amor das

velhas praticas parlamentaristas.

Con-ferencias sobre conferências e

cônsul-tas aos chefes das bancadas da Câmara,

aos membros do directorio de uma

convenção que se chrismou a si

pro-pria de partido para empolgar posições

<e illudir o paiz, barretadas a um

apre-goado leader que não commanda

maio-ias sinão para ser derrotado por ellas.

E ao cabo de todos esses

concilia-"bulos,

um verdadeiro caso de dystocia

•ministerial.

Que significam os novos

secreta-rios de Estado, como garantias de um

renascimento administrativo?

O novo ministro da industria é

sem duvida professor de grandíssimo

talento e um homem de brilhantes

tra-dições scientificas; mas não traz para o

governo sinão uma

idéa: o

arrenda-mento das estradas de ferro do Estado,

a favor do qual deu ha bem pouco

tempo um luminoso voto ao Senado.

Terá pulso para realizar o seu

pro-gramma ?

O novo ministro da marinha, aliás

profissional distineto

e homem de

tra-balho, nunca exerceu funeção politica

nem tomou parte na alta administração

dos negócios públicos ; circumscripto

aos labores de sua especialidade

te-clinica, teve por isso mesmo de

arre-dar-se da vida do mar, conhece

imper-feitamente o pessoal da nossa marinha

de guerra, e portanto carece de alguns

dos requisitos indispensáveis para o

governo. Assumindo a pasta,

traz uma

idéa generosa e saneia no seu

pro-gramma: o congraçamento

definitivo

da sua gloriosa classe, a extirpação

completa dos ódios e das rivalidades

suscitadas pela revolta de 1893. Mas

conseguil-o-ha, preso como se acha

por laços estreitos ao florianismo que

o amparou? Si o almirante Eliziario

Barbosa, certamente mais apto para

esta missão e desejoso tambem de a

cumprir, não

obteve o almejado

in-tuito, será mais íeliz o seu suecessor ?

Oxalá que o seja; nossos applausos

sin-ceros acompanhal-o-hão eternamente,

si realizaro indicado programma; mas

nas alfândegas é facto demonstrado e

notório; o ex-ministro da fazenda nada

fez para punir os culpados, e o Sr.

Ber-nardino de Campos, que é seu

prolon-gamentogenuino, nada

ou pouquíssimo

fará provavelmente para corrigir o

abuso. Não é que lhe faltem predicados

individuaes para revoltar-se contra a

rapina que devasta as nossas

alfan-degas; S. Ex. é de certo um homem

honrado. Mas é que as prisões da

poli-ticagem funesta hão de manietal-o, e

n'este sentido não ha esperança de

re-forma.

Ahi estão portanto os auxiliares

que o famoso P. R. F. impoz

ao Sr.

vice-presidente da

Republica,

estatelado

deante da carência de bons

orçamen-tos e da mais ou menos próxima volta

do presidente ás suas funeções

gover-namentaes: dois espectros que

forçosa-mente o amedrontam.

Por isso dissemos ao começar que

a situação é de duvidas. Não temos o

direito de condemnar um governo que

aindaliã^friãduziu suas idéa^era~actõ"sT

não temos o direito de desanimar

total-mente do futuro. Os acontecimentos

podem desmentir estes pavores.

Mas

o horizonte não está limpo de nuvens,

e d'ellas a mais sombria é a

desorien-tação do Congresso, que ainda não deu

até hoje ao governo as leis annuas.

Saberá ao menos morrer quem

viver não soube?

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TTícíto duvidar que as circumstancias

e os amigos fataes o permitiam.

Chegamos ao ministro da fazenda

chamado á suecessão do Sr. Dr.

Rodri-gues Alves ; quer isto dizer: chegamos

á chave da abobada, porque a situação

financeira do paiz é o grande mal da

Republica, e nada de útil se fará

em-quanto não houvermos remediado o

descalabro da receita e as demasias da

despeza publica. O Sr. Bernardino de

Campos, em quepeze ás suas honradas

tradições republicanas, representa por

ventura no governo algum

d'estes

principios ?

A verdade é o contrario d'isso ; o

illustre paulista si alguma cousa

repre-senta de mais accentuado é a

quieta-ção deante de escândalos

administra-ti vos..

A defraudação das rendas publicas

A redacção do D. Quixote passa

~sèmlTõvTã^ãdr~em-i^^

— apenas um pouco magoada com

aquel-les ingratos

assignantes (e muito são

elles!) que até agora, quasi fim do anno,

não quizeram explicar-se comnosco...

Noticias recentes dadas pela Agencia

Favas, affirmam que o general Weyler

depois de não conseguir victoria contra

os revolucionários cubanos, voltou para

a Havana e ahi espera pelos

aconteci-mentos.

Interrogado por um repórter o

il-lustre general declaro-u que fora a

lia-vana forçado por uma necessidade ...

E ao mesmo tempo o telegrapho

annun-ciava que S. Ex. estava attacado de

dysenteria — o que confirma aquella

as-serção.

* *

Ha tres mezes e dias o Sr. Rozendo

Muniz, poeta e philosopho, está fazendo

a viagem d'esta capital a Lisboa, pelas

(3)

DON QUIXOTE

columnas tio Pai:, e até agora ainda não chegou uo íim do seu destino.

Que diabo! Nem em 1500. e cm na-vios tlc vela, era tito demorada a via* gem... Quem sabe sc o illustre poeta nao esttí viajando pelo cabo submarino

que serve á Agencia Favas?*.

A idéa do Sr. Manuel Victorino de nomear para a pasta da viação um me-dico, e liomceopata, tem sido geralmente

louvada.

A todos os serviços públicos des-conjunetados c enfermiços, o illustre disci-pulo de Halinemann vai applicar as tin-turas mais, e tudo da 30.a dyn ami sação, nao esquecendo de applicar ás despezas, o mesmo systema de doses homoeopa-thicas.

Dizia-se que a situação do Brazil era irremediável: está provado que não — e que quando Deus quer, até agua fria

é remédio !

* *.

(O Sr. paginador faça separar o ul-timo paragrapho acima, dos outros dous primeiros. Isto de agua fria nada tem de commum com a sciencia applicada â pastada viação !.).

cos do Sr. Lúcio de Mendonça, do Sr. Me* deiros de Albuquerque e do Sr. Valentim Magalhães, que com tanto talento e tão notável sagacidade descobriram esse ex-cellente meio de guindar o nivel intel-lcctual do Brasil! Sim ! já que não po-demos levantar o cambio, levantemos o Espirito ! Nem só <le cambio favorável

ca-rece a vida das nações.

Bebatamos, pois, de uma em uma, todas as aceusações pérfidas que se teem

feito contra a nascedoura instituição.

*3Af

Segundo referem telegrammas de Lon-dres, o general Blanco tem mandado exe-cutar todos os insurrectos que nas Phi-lippinaslhe cahemnasmãos, sujeitando-os âs maiores atrocidades ; inanclando-os amarrar em grupos de cinco e atirando-os ao rio ; fazendo-atirando-os morrer asphyxiadatirando-os em quartinhos hermeticamente fecha-dos, etc.

Que homemzinho bom perdeu a finada Legalidade, para acabar de salvar a Be-publica no Paraná e em Santa Catha-íina ! "v

No dia em que cahiu um raio no Jornal do Brasil, o agente Bastos, da í£5tn^r_4â_ili_^^ manhã:* «Más raios te prtaT^

Sr. Frontin fazia cahir sobre a cabeça d'elle Bastos, um raio ainda mais formi-davel, em forma de inquérito...

Não desejes o mal ao teu próximo— dizem as Escripturas.

Os repórter s, ESCENA & MONTRY.

Dizem que é ridículo, em primeiro logar, estar o Sr. Alberto Torres a lazer de Eichelieu americano... Mas quem foi que disse que S. Ex. tem necesidade de ser Eichelieu? Pois, para gruparam torno de sou nome, todas as admirações, precisa S. Ex. de deixar de ser o que é ; doutor Alberto de Seixas Martins Torres, filho cVesse abençoado Eio de Janeiro, tão fecundo em cafés como em talentos ? Se S Ex. tivesse mais alguns annos de eda-de e se, em vez eda-de vestir a sua moeda-desta sobrecasaca negra, apparecesse na Secre-taria do largo do Eocio embrulhado n uma ampla e purpurea tuuica de cardeal, nao sei que outra superioridade ainda teria sobre S. Ex. esse tão fallado Eichelieu ! A pouca edade de um homem não pode de inodo nenhum prejudicar a sua missão civilisadora na terra. Christo, aos trinta annos, fundou uma religião, que, subdivi-dida em tres religiões diversas, tem hoje quinhentos milhões de adeptos. Porque não pode S. Ex., que é um pouco mais velho que Christo, fundar um clan sagra-do de quarenta sábios?

Dizem que c ridiculo, em segundo lo-gar querer-se transplantai:..para o solo democratissimo da America a arvore su-mamente aristocrática da Academia Fran-ceza. Outra ballela! A Academia Franceza não é aristocrática por si mesma : é ans-tocratica porque toda a França, apezar do seu affectado republicanismo, está mais livre do democratismo de que nós de bom senso !• Quem diz que sejam eleitos mem-bros do nosso Instituto o Sr. barão de Pedro Affonso, o Sr. Conde de Motta Maia o Sr. marquez de Tamandaré, o Sr. visconde de Silva, ò Sr. barão das Ceoulas, o Sr. commendador Malvino Eeis, o Sr. barão de Paranapiacaba, e outros conspicuos representantes da aristocracia hrisileira *?

Não, senhor ! Queremos uma Acacle-mia democrática, de gente modesta e sóbria, simples e despretenciosa, sem pergaminhos mas com saber, sem títulos mas com bom senso ! Pois não temos ahi, como jornalista o nosso mestre Quintino Bo^ayuva, tão democrata, que, mesmo ^^Totnõmeado-^inistro, não deixou

diz, pois, que a Academia de Lettras terá a necesidade do ser um gallinheiro de viscondes, um pombal de commenda-dores, um curral de conselheiros?

Creio eu que o que mais arrepia esses desvairados inimigos da Academia é a idéia de qne essa Associação seja uma cópia fiel da França,—um conclave do homens impertigados, envergando íardões bordados, reunidos com solemnidade,

debaixo de uma cupola imponente... Mas, Santo Deus! a nossa Academia poderá, reunir-se n'um theatro, jvuma rua, n!uma casinha da rua da Conceição, no Pavilhão do Largo de Lapa, na praça do Mercado r e os seus membros poderão comparecer ás sessões vestindo paletots de alpaca, oil mesmo em mangas de camisa, ou mesmo em ceroulas,—ou mesmo sem paletot-sem camisa, sem ceroulas, sem nada !

Uma ultima objecção habitual, con-stantemente empregada pelos detractores da formosa idéia do Sr. Alberto Torres. Dizem elles: «A Academia de Eichelieu foi creada para crear o Diccionario da Lm-o*ua Franceza. Ebavendojá tantos c tao perfeitos diecionarios da Lingua Portu-gueza, para que havemos nós de crear uma Academia Brazileira ? »

Que futilidade !

E' verdade que já temos o Moraes, te-mos o Aulete, tete-mos o Vieira, tete-mos o Constancio... Mas, então, é preciso que uma Academia, fatalmente, só oecupe o seu tempo em fazer diecionarios ?*

Demos de barato que assim seja, e

vede

.

Já que é preciso fazer um Dicionário, porque não ha-de a Academia fazer o Diccionario Geographico do bacharel te-nente-coronel Moreira Pinto %

Esse preclaro cidadão queixa-se con-tinuame nte de que não o deixam fazer o seu diccionario ! Pois, não será uma obrameritoria fundar-se a Academia, no-mear presidente cVella o Sr. Moreira Pinto, e encarregal-o de fabricar esse Dicctona-rio que ha-de ser o Espanto do Mundo e a Delicia dosPovcs?

Que o Sr. Dr. Alberto Torres cerre os ouvidos ao clamor dos detractores da sua idéia ! Isso, excellentissimo senhor é despeito, é inveja, é miséria ! Avante ! Faça-se a Academia,— pois sobre a sua fachada a Posteridade agradecida escre-verá estas palavras ternas, ímmortalisa-do ras ímmortalisa-do nome de V. Ex. :

« Quem isto fez foi Alberto de Seixas Martins Torres, bom filho,, bom pai, bom fluminense, Protector das Lettras e Defen-sor Perpetuo das Artes. Honra ao mento »L

¦

A ACADEMIA

Sim! é preciso que tenhamos,-(como a gloriosa França, coração da raça latina) I nossa Academia de Lettras, o. nosso Instituto, o nosso pequeno mas fijlçman-tissimo foco de Saber e Prudência, de onde, desmanchado em rios ardentes, par-ta a Luz Civilisadora para todos os pontos do Brasil ! E' preciso que o despeito, a inveja, a maldade de alguns desequih-brados se não metta a annullar os

esfor-nunca o seu leque de papel e as suas pa lestras do café de Londres ! Não temos,

como dramaturgos, os Srs. Moreira Sam-paio e Vicente Eeis, que fixam no estylo de ouro das suas peças as locuções mais democráticas da nossa rua, como sejam o Não venhas, o~Eu sou de bronze, oSai, sujo"1 Não temos, como historiador, o Sr Mello Moraes Filho, que em vez de fixar na Historia e na legenda Pedro o Grande e Catharina, Nero e Lycurgo, prefere estudar os typos mais democrati-cos da nossa urbs, como sejam o 29, o Tangerina, o Maranhense, o cidadão Polycarpo* o Padre Kelé% Não temos, como politicos, como poetas, como roman-cistas, como criticos, como economistas, como philosophos, tantos escriptores ge-nuinamente filhos do povo, amando única-mente o povo, unicaúnica-mente estudando o povo, nos seus livros immortaes? Quem

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Impressões de viagem

; (Continuação)

No dia seguinte ás exéquias, os meus col-legas da imprensa fluminense tomaram o pri-meiro trem que ia a S. Paulo e eu deixei-mfr ficar em Campinas, onde tinha de cumprir uma promessa: almoçar em casa do amigo Ge*

noud, nosso agente do D. Quixote.

Depois de entrar na sua importante loja. e ter percorrido vários compartimentos e nu-merosos corredores, formados por pilhas de mercadorias e objectos de fantasia de toda es-pecie, virando ora para a direita, ora para a

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6

DON QUIXOTE

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querda, sahi d'esse labyrintho commercial,

re-ceptáculo de innu meros e variados produetos da industria europea e nacional o deparei com a mesa de jantar ou antes de almoço, pois que do dito e* que se tratava.

Inútil dizer que honrei-o do melhor modo, nfto fazendo a menor cerimonia e regando-o com um excellente vinho branco da Saboia, que o Genoud teve a boa lembrança de impor-tar para seu uso pessoal e de alguns amigos, como na presente occasifto.

Depois de uma longa conversa em que veiu a pello tratar-se dos meus mais amáveis assi-gnantes do Estado de S. Paulo, o amigo Ge-noud prometteu auxiliar-me na cobrança dos retardatarios no pagamento de suas assignatu-ras, e que nfto são poucos.

Como suas relações commerciaes estendem-se por muitas localidades d'esestendem-se Estado, appro-veito a occasifto para o seguinte e importante

aviso

« A todos os distinetos cavalheiros que nos honraram com sua assignatura e que se acham em atrazo desde janeiro on julho do corrente anno, pedimos o obséquio de honrar-nos tam-bem com a importância da mesma, que será re-cebidá com especial agrado.

«O cumprimento d'este acto digno de todo louvor, pode ser feito por meio de vales postaes ou em cartas registradas com o valor declarado no enveloppe, e dirigidas ao hosso escriptorio, rna do Ouvidor n. 109, ou ao nosso agente

Genoud, em Campinas.

«Devendo regularísaí a nossa tiragem sobre O numero de exemplares da ediçfto de 1897, pede-se igualmente, aos que nfto quizerem con-tinuar, a bondade de mandarem suspender a remessa de nossa folha antes do mez de janeiro. » Meus leitores acharão talvez fóra de uso que n'um artigo intitulado Impressões de Via-gem eu intercale o. aviso acima, que parece nada ter com o assumpto. E' um engano. Nada ha como ser positivo e pratico, e eu lhes ga-ranto que uma das melhores impressões que poderia sentir cia minha viagem ao Estado de S. Paulo seria ver os paulistas abarrotarem o nosso cofre com a importância de todas essas assignaturas em atrazo.

E assim eleve ser. Os habitantes do mais bello e rico estado do Brazil devem estar á altura do mesmo. Não podem portanto deixar de corresponder com todo o cavalheirismo á confiança que n'eneq depositfl™^ ^nvimid-lhes o nosso jornal.

Depois de uma tirada d'estas não ha que duvidar e desde jfi o Sancho abre as portas da

burra.

; Dado este recado, que para nós é de

ma-xima importância, continuo a expor as minhas impressões.

Sahi de Campinas depois de ter ido despe-dir-me dos çollegas do Diário e Correio de Campinas, que durante, toda a nossa estada na terra de Carlos Gomes foram da maior gentileza para com todos os representantes da imprensa fluminense.

Poucas horas depois achei-me em S. Paulo

na estacfto da Luz, onde tomei um tllbury quo levou-me som o menor bolóo nem abalo ato o Grande Hotel.

Quanto 6 ?

Oprezzò delia tabeliã, ecellcnza.

Paguei o dito preço, juntei-lhe umafgorgeta e saltei do tilbury, ouvindo a voz do cocheiro

que dizia repetidas vezes: Mille grazzic, mio

buon sicjnore.

Ao subir as escadas do hotel nfto pude dei-xar de comparar a differença que ha entre esses cocheiros e os do Eio de Janeiro, e entre as ruas de S. Paulo e as d'esta Capital Federal e triangular do Sr. Werneck e do P. R. F. Líi ao menos respeita-se a tabeliã e o regula-mento policial sobre os carros de praça. Aqui no Rio nfto se respeita uem tabeliã nem regulamento, nem policia, nem o próprio passageiro. E, o que é horrível; devido ao péssimo estado do nosso calçamento, trocamos innumeras cabeçadas com o cocheiro, que ainda por cima exige e com in-solencia um preço fabuloso por essa capoeira-gem medonha e involuntária, que nos deixa o corpo contuso e as algibeiras esfoladas!

Mas a culpa nfto 6 d'elles. A mutua im-becilidade do publico e da policia é que é a principal causa d'esse abuso.

Como ia dizendo, cheguei ao Grande Hotel,

que o Governo de S. Paulo tinha posto á

disposição da comitiva fluminense, composta dos representantes dà imprensa, e de diversos

cavalheiros que já se achavam sentados ã

mesa e que me receberam debaixo de uns-Ohs ! e ahs ! expansivos, não sõ devidos a mi-nha presença, como também — creio — á

per-spectiva de um bom jantar.

Sentei-me ao lado do Sr. Ponciano de... (não me lembro mais de que) que agregou-se aos representantes da imprensa fluminense, como redactor chefe do obituario do Diário Official e representante das classes laboriosas j operárias, artisticas, beneficentes, typographi-cas, etc. etc. etc.

Era geralmente na mesa que toda a co-mitiva se achava reunida no exercicio de uma das mais importantes funeções da vida: almoçar e. jantar. Ahi todos os queixos trabalhavam simultaneamente, com igual maestria em tri-turar as delicadas iguarias que nos eram ser-vidas por garçons, que conhecem muito me-lhor o seu oftieio de que os que temos aqui no Rio* E não eram só os queixos que tra-balhavam; as linguas dos illustres amphitriões

rubras_e_Jiiimeii^^ vinhos

que escorregavam muito regularmente, desem-volviam bella e animada prosa.

O Dr. Pederneiras, presidente da com-missão da imprensa e unanimamente votado

orador official da mesma, em nada ficava

atraz dos mais jovens na espirituosa palestra. Notando eu a facilidade e o brilhantismo com. que o nosso veneravel orador respondia a todos os discursos e brindes em improvisos bem inspirados, o collega Oscar Guanabarino procurou tirar-me d'èssa illusão, pedindo ao Dr. Pederneiras o discurso n. 235, que elle julgava apropriado á. resposta que tinha de dar a um brinde pessoal que lhe fizera um collega paulista sentado á nossa mesa. Vendo o nosso espanto, o Guanabarino não hesitou

cm declarar que o nosso illustre orador oflícial trazia comsigo 350 discursos ja" engatilhados

para toda o qualquer circumstancia !

Apezar d'essa indiscriçfto imprópria de um bom collega, o Dr. Pederneiras nfto pestanejou mas também nfto lhe entregou o n. 235.

A' noite costumávamos ir ao theatro Po-lytheama,construído todo de madeira, mas

bas-tante elegante e espaçoso.

A empreza da companhia Tomba, que ahi trabalhava n'essa occasifto, tinha posto á nossa disposição vários camarotes. O mesmo fizera o Celestino no theatro S. José, onde a companhia Taveira representava com suecesso o Hotel do Livre Cambio.

A' sahida do espectaculo tratávamos de confortar os nossos estômagos com uma li-geira refeição acconipanhada de vários chopps. Os ares de S. Paulo abrem de tal modo o appetite e a cerveja é tfto boa...

A' uma hora mais ou menos da madrugada, o grupo dos retardatarios, do qual eu sempre fazia parte, voltava para o hotel, subia as es-cadas e pé ante pé, sem o menor rumor, per-corria os corredores até a porta dos quartos que

nos eram destinados e... momentos depois

todos dormiam o somno dos justos.

Se este somno denotava nos meus çollegas uma consciência tranquilla pelo cumprimento de seus deveres de reportagem telegraphica,. nem por isso elle deixava de ser terrivelmente

insupportavel para quem, -orno eu, não cahia.

logo de vez nos braços de Morpheo.

Uma symphonia das mais phantasticas,. composta de sons os mais estrambolicos, em

que o rabecão e a clarineta, o ophclide e a

gaita tomavam parte das mais activas, assim como outros instrumentos, que deviam ser de sopro ou de vento, e cujos sons variados ora agudos, ora graves, é impossível definir, for-mavam um concerto de tal modo desconcer-tado que me era impossível pregar os olhos.

E' bom notar-se que no vasto quarto em que nos achávamos haviam seis camas e no con-tiguo, cuja porta ficava aberta, quatro ditas.

Eram portanto dez músicos ou antes nove; pois que estando eu infelizmente accordado,. era o unico espectador ou ouvinte. Verdade é* que de vez em quando parecia-me ouvir um ruido ou espécie de resmungação rmquart lado e acompanhadajde-^raiTdés"suspiros.

!stõ~~Õué pulga ou mosquito, ou a tal symphonia que não deixa dormir esse collega nervoso e resmungante. Fiquei calado, pois desejando dormir não me convinha estabelecer conversa sobre tal assumpto.

Creio que afinal consegui o meu desiratum. De manhft quando abri os olhos, de-parei logo com o collega Pederneiras todo de branco, preparando-se a enfiar a calça e o tal Ponciano, redactor-chefe do Obituario, todo de preto e já de chapéo na cabeça, prompto a sahir para ouvir missa.

Soube mais tarde, e por elle mesmo, que todas as manhas elle tinha essa mania.

Que grande patusco! Nfto creio que fosse por devoção mas sim pelo receio da volta ao Rio de Janeiro, que devia ser na Estrada de Ferro

Central '•

¦

(6)

DON QUIXOTE

Pouco a pouco todos os collegas accordaram. Uns ainda conservavam-se deitados ou sentados na cama, outros procuravam roupa nas malas ou lavavam o rosto e tudo, isto debaixo de uma palestra animada sobro os tolegramraas en-viados as redacções dos jornaes da Capital, ou sobre as nossas impressões dos diversos passeios ou visitas feitas aos bellos estabelecimentos e palácios que tanto embellezam S. Piuilo.

Tudo isto lembrava-me com saudade a minha mocidade. Julgava-me no dormitório de um collegio ; e a iIlusão ainda se tornava mais perfeita, olhando para o^Pederneiras que iigurava-me ser o bedel.

Estava pois mergulhado n- essas saudosas recordações, quando de repente appareceu, vindo do quarto ao lado, o Oscar Guanabarino em

tra-ges menores.

— Senhores, disse o representante artístico d' O Paiz: Eu sou victima do mais terrível dos attentados ! Um concerto diabólico e horrível-mente desafinado —o que nào perdôo —veio «sta noite perturbar-me o somno e ferir

atroz-mente meus ouvidos}

O Teixeira da Cidade do Bio roncava feito clarineta e em som de sí-bemol. O Machado, rabecão do Liberdade, resonava em sol-maior, o que prejudicava o si, que nao podia ser natural nem bemol ao mesmo tempo. O Beau-repaire do Jornal do Brasil, com som de flautim, soltava o lá menor. O João Cha-ves da Gazeta de Noticias...

— Perdão; este nao está comnoscoe só pode roncar duettos. Em todo caso dissemos ao Os-car: isto só pôde interessar o Luiz de Castro e >elle nao está aqui para responder technicamente. O que se pôde garantir éque houve desa-finaçao. Nem podia ser de outro modo. Sup-ponhamos que o representante do Liberdade sonhasse com a volta de D. João VI e o da Cidade do Bio com a resurreiçao de Tiraden-tes; podia lâ haver harmonia? A desafinaçao impõe-se, isto 6 lógico, observou o "Bousquet, representante litterario d' O Paiz.

Ao terminar este trecho das minhas im-pressões, que concerne á imprensa fluminense, declaro com o maior prazer que, emquanto es-tivemos accordados, reinou sempre a maior cordialidade e harmonia entre todos, dando assim o mais bello exemplo de boa câmara-dagem.

(Continua.)

A-Foram dois que resistiram Foram dois, não sei porquê; Mas creio que não sahiram Contentes, pelo seu pé.

A pasta tem sempre encantos, A Central também os tem; Isto dizem sempre quantos. Apreciaram tal bem.

Bernardo adora o pennacho, Jardim adora o bastão,

E vir de cima p-ra baixo Da noite p'ra o dia, não! Só a morte os tiraria, Quem os podia obrigar ?

—No entretanto chega um dia Quem os manda passear.

Adeus, pasta, adeus, Bernardo ! Adeus, marechal Jardim! Contentai-vos com este bardo, Tudo no mundo tem fim.

¦*'.' '

Não vale niais

ser delegado, Para apertado Alguém so vor, Soltando ais, E ameaçado Do esfaqueado

N-iima hora ser. Assim di/ia. Inda assustado. Inda assombrado, Garanto eu, No outro dia, Dia damnado, O meu amado Barlliolomeu.

—tt-Antes ser como o Vicente, Que é delegado feliz

E' decidido, é valente. Diz que faz, faz o que diz.

E cerca roletas, E multa almirantes Com liei ias c dados

Trombones e o mais. As coisas vão pretas. Porém não te espantes, Leitor, se acabados

Os casos fataes, Do jogo os amantes Adiarem (pie tudo Ficou eomo dantes.

F. Mendes.

Foi-se a companhia Sansone, levando o berrador Vilalta, um cavalheiro que suppõe ser tenor, o Sr. Archangeli um bom barytono de pernas elephantiacas, e a

Sra. Bassidas caretas e esgares.

Ao que parece, a troupe lyrica não levou grandes saudades do nosso publico, que evidentemente deu-lhe as costas e abandonou o Apollo, desde que percebeu que aquilio, mesmo por preços baratos, era caro.

Nem lhe valeram as sueccessivas lio-menaçjens a Carlos Gomes, nem os elogios incondicionaes da imprensa — Jornal do Brasil. á frente : a compauhia teve de emigrar para S. Paulo, onde Deus a con-serve por muitos e bons annos.

x

Nos outros theatros continuam em scena as mesmas peças, excepção feita do Éecreio, onde a companhia Tomba exhibiu a D. Jaanita, cujo desempenho foi si Men qui mal, e do Variedades, que anuunciou para hontem a estréa da Sra. Helena Ca-vallier, que ha 8 annos estava retirada do theatro, e com o drama Estatua de Carne, que ha pelo menos 28 annos fez as delicias das nossas platéias.

N^^-^0"iJois7ir"e^ürêãntê~e ar^*eça, novidades verdadeiras, novinhas do trin-que...

X

A divina Pepa e o popularissimo Bran-dão cançaram de büontrar, e volveram definitivamente ao Rio Nu, que é o tira-duvidas da empreza Silva Pinto e o seu salvaterio para os momentos difficeis. ¦

No SanfAnna, o Amapá continua a dar boas casas.

Annuncia-se para breve a Cigarra e a Formiga, para o inicio dos trabalhos da nova companhia de que fazem parte a Lopiccollo, a Ismenia Matteos, o Peixoto, o Mattos e mais alguns artistas de mérito, e que constituirão com aquelles um bom elenco, capaz de proporcionar-nos noites agradáveis — isso se os inevitáveis can-cans de bastidores não entornarem o caldo em breve tempo.

Também prepara-se para a chegada do ministro portuguez, Sr. Antônio Ennes, a representação de duas das suas peças que

pouco deliciosas recordações para o Sr. barão de Parauaqueuãoacaba, outr ora João Censura.

Estão tratando de montar essas peças, e levarem-n-as á sceua com todo o escru-pulo e cuidado, o iutelligente actor Maia e o provecto ensaiador Furtado Coelho. Quer isso dizer que teremos obra fina no desempenho, e que o Sr. Ennes não se desgostará de ver como tratam os seus trabalhos os artistas cá d'estes Brasis.

Tony.

RABISCOS

Cahiu um raio sobro o ediíicio do Jornal do Brasil, e horas depois cahiu o Marechal -Jardim da administração da Estrada Funerária Oaveirai do Brasil. „„„Lí

Quer isto dizer que. se perdemos anos»aiei: tura quotidiana e profundamente amena do òcra Verdade? ganhámos alguma cousa no negocio o na troca, por isso que ficamos ao mesmo tempo livres do marechal— e d~aquella caeetissima per-günta.

Com a sahida do marechal que tanto se dis-tinguiu pelo grande numero de desastres com que nos felicitou durante tempo, abriu-se a porta da administração a um moro instruído, enérgico e operoso, dotado de uma õrganisação térrea, como a estrada que vai dirigir, e de um tempe-ramento de antes quebrar (pie torcer... e no que não jâ sc pôde comparar com nenhum tios materiáes da mesma via, pois o Sr. Frontin o que não encontrar alii quebrado—torcido ha de achar por força. . .

Agora já se pôde. entretanto, tomar um br-lhete de passagem para a Barra do Pirahy sem ser preciso ir previamente ao vigário da fregue-zia receber a extrama-uneção e ao tabellião da nossa sympathia pedir que nos confeccione o testamento. .'"., ¦¦.. _ Renasce a confiança no espirito publico, ü serviço parece ter melhorado por si mesmo, e os primeiros actos do Dr. Frontin revelam o seu desejo de attender ao interesse e á commodi-dade dos passageiros, cousa essa que nao estava definitivamente nos intuitos da passada admi-nistrâção. Antes pelo contrario... __ t

E entretanto o Sr. Frontin nao e otncial de cousa nenhuma.—nem marechal como o Sr. Jar-dim, nem coronel como o Sr. Vespasiano, nem tenente-coronel como o Sr. Aguiar !

Tomo a liberdade de lembrar ao governo do Sr general Glvcerio, que ordene ao Sr. Manoel Viclorino que" faça o Sr. Frontin alferes pelo

menos . _

Pois será possível que a nossa primeiraterro-via não tenha nm militar â frente do sua direc-ção ?! Palpita-me que isto não pôde ser.

E por fallar era palpitar, aqui estou lanien-tando o caso gi-avissiítío da policia andar a vare-iar as casas "de jogo, e a reprimir o vicio que avassalla a nossa população, não lhe permittmdo um palpite, nem sequer no bicho.

Lamento-o, não por mim, mas pelos meus

omio-ng riPiP.cvnrlns rle eircumscripcões, — tenho a

fortuna de contar alauns em taes circumstancias, —e os quaes hão sido alvo de uma hcçao tre-menda do delegado auxiliar, o qual lhes tem dado quináo de mestre.

O Sr. Neiva. delegado, tem feito o mais pos-si vel c conseguiu por agora espantar os jogado-res e impedir a jogatina...

E já que é questão de palpite, c de jogo, per-mittam que eu lhes proponha uma aposta, sim-pies como um bom dia:

A apostar cem contra dez que o arreganlio não passa de uma pilhéria, e que dentro em pouco poderemos ir todos francamente aos clubs cio Rocio e circumvisinhos e ahi perdermos em fichas o que ganhámos com o suor de nosso rosto, sem que a policia se intrometta em nossa

vida...

Sim, meus caros senhores, as eleições batem á porta, o Triângulo move-se, trata-se de reele-ger os actuaes intendentes e...

.. .E eu já aposto cem contra um em como a bem organisada comedia antes de trinta dias está fora de scena e mais ninguém d'ella se re-corda—nem o auctor, nem os comparsas, nem a platéia.

Se tudo isto é para inglez ver e para o Sr. Thomaz Delfino gozar! Se sò ha um caso sub sole novwn—e é que em tempos de eleições não ha nada como tudo mais são historias... I

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Felix.

_IMMh-l*_~~k_M**-MMMMM-~ WWWMMMMAMM

-*-mais agradaram no Eio de Janeiro : os _ .; „________

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^^MÍ#^.'fí ^M^tWá^^mmmmmmW^ ' ^W*^^^ '••".;.- ? IJm&tJ •-^^.'.'•''-••¦v.,-,-- . ***><1^ii_s_íffi&fe-s>--..--íÉí«

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