PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Graduação em Ciências Contábeis com Ênfase em Controladoria
Aline Fernanda de Oliveira Castro Michelle de Lourdes Santos
A IMPORTÂNCIA DO COSIF NA REGULAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NAS IFS
Belo Horizonte 2012
Aline Fernanda de Oliveira Castro Michelle de Lourdes Santos
A IMPORTÂNCIA DO COSIF NA REGULAÇÃO DAS PUBLICAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS NAS IFS
Trabalho interdisciplinar apresentado ao Curso de Ciências Contábeis com Ênfase em Controladoria da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito parcial de avaliação nas disciplinas:
Contabilidade Avançada
Contabilidade de Instituições Financeiras e Mercado de Capitais
Direito Tributário
Ética Geral e Profissional
Belo Horizonte 2012
SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 7 1.1 Justificativa ... 7 1.2 Objetivos ... 8 1.2.1 Objetivo Geral ... 8 1.2.2 Objetivos Específicos ... 8 1.3 Problema de Pesquisa ... 8 2 REFERENCIAL TEORICO ... 9 2.1 Instituições Financeiras ... 9
2.1.1 Obrigações das Instituições Financeiras ... 9
2.2 Sistema Financeiro Nacional ... 10
2.2.1 Divisão do Sistema Financeiro Nacional ... 10
2.2.2 Subsistema Normativo e Supervisor ... 10
2.2.3 Subsistema Operacional ... 11
2.3 Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) 12 2.3.1 Escrituração ... 12
2.3.2 Estrutura do Cosif ... 13
2.4 Demonstração Intermediária ... 14
2.4.1 Componentes mínimos da demonstração contábil intermediária ... 14
2.4.3 Eventos e transações significativos ... 15
2.4.4 Períodos para os quais demonstrações contábeis intermediárias devem se apresentada ... 15
2.5 A Responsabilidade do Contador perante as Instituições Financeiras ... 16
3 METODOLOGIA ... 17
3.1 Tipo de Pesquisa ... 17
4 DESENVOLVIMENTO ... 18
4.1 A empresa: Banco Santander S.A. ... 18
4.2 Apresentação das Demonstrações Financeiras Intermediárias(CPC 21)do Banco SantanderS.A. ... 18
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30
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1 INTRODUÇÃO
Pode-se dizer que o plano de contas multiusuário utilizado por todas as instituições do sistema financeiro nacional e demais instituições fiscalizadas pelo banco do Brasil (COSIF) é a principal, fonte de orientação para a contabilização das varias operações efetuadas pelas instituições financeiras. Dessa forma, a estrutura elaborada pelo COSIF é de grande interesse para todos os profissionais envolvidos com a contabilidade de instrumentos financeiros no Brasil.
O objetivo deste foi demostrar a importância da regulação pelo Cosif para a padronização na publicação das demonstrações financeiras nas IFs dentro da concepção da ideia das Demonstrações Financeiras Intermediárias, para tanto serão apresentadas inicialmente conceitos de Instituições Financeiras apresentando o Sistema Financeiro Nacional e o Plano Contábil dessas Instituições (COSIF). Em seguida serão apresentadas as principais características das Demonstrações Intermediárias juntamente com a responsabilidade do profissional contábil perante as instituições financeiras.
Através de pesquisas bibliográficas foi realizado o desenvolvimento onde optamos por realizar este estudo no banco Santander S.A., que é controlado indiretamente pelo Banco Santander, e a instituição líder dos conglomerados financeiro e econômico-financeiro perante o BACEN, constituído na forma de sociedade anônima. Foram levantadas as apresentações das demonstrações financeiras intermediárias do Banco Santander, o balanço patrimonial, e as demonstrações: do resultado do exercício, das mutações do Patrimônio Liquido, edos Fluxos de Caixa.
1.1 Justificativa
A realização deste trabalho sobre o aplicação do COSIF nas instituições financeiras através das publicações das demonstrações contábeis se dá pelo intuito de estar estudando o plano de contas a qual as instituições financeiras operame como o mesmo ajuda na elaboração das demonstrações o que contribui para tomar as decisões corretas no momento das negociações entre empresa e instituição financeira. Para o aluno do curso de ciências contábeis, o estudo irá propiciar um
momento oportuno de alinhar as teorias acerca de avaliação de empresas, contribuindo para o seu desenvolvimento profissional, visto que a este estudo pode ser ainda melhor explorado em um futuro bem próximo, caracterizando-se como meio de aprofundar e aprimorar os conhecimentos obtidos durante todo o curso e servindo como base para estudos futuros.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
O presente trabalho tem como objetivo geral demostrar a importância da regulação pelo Cosif para a padronização na publicação das demonstrações financeiras nas IFs dentro da concepção da ideia das Demonstrações Financeiras Intermediárias.
1.2.2 Objetivos Específicos
• Conceituar Instituições Financeiras;
• Apresentar o Sistema Financeiro Nacional e o Plano Contábil dessas Instituições (COSIF);
• Descrever as principais características das Demonstrações Intermediárias;
• Expor a responsabilidade do profissional de Contabilidade perante as instituições financeiras.
1.3 Problema de Pesquisa
Qual a importância da regulação pelo Cosif para a padronização na publicação das demonstrações financeiras das IFs?
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2 REFERENCIAL TEORICO
2.1 Instituições Financeiras
Consideram-se instituições financeiras, conforme Lei 4.595/64 (BRASIL, 1964) Art. 17;
Art. 17 as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerça qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou eventual. (BRASIL, 1964)
As normas que regem as Instituições Financeiras do Sistema Financeiro estão contidas na Lei 4.595/64 (BRASIL, 1964).
As instituições financeiras somente poderão funcionar no País mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras. (Lei 4.595/64, art. 18).
2.1.1 Obrigações das Instituições Financeiras
As Instituições Financeiras como qualquer outra empresa tem obrigações sociais, trabalhistas, tributarias referentes a sua atividade econômica, pois o país tem necessidade de adquirir recursos para financiar suas despesas, receitas essas decorrentes de contratos administrativos, multas, indenizações, fianças, adjudicações e tributos conforme descreve Melo (2002).
Os tipos de tributos são: impostos, taxas e contribuições sociais conforme descreve Melo (2002).
a) Imposto: é um tributo que tem como fato gerador situação independente de sua atividade estatal, representando fato próprio do contribuinte sem obrigação do Estado para com ele, conforme descrito no Código Tributário Nacional.
b) Taxa: está diretamente ligada ao contribuinte, devido a sua característica de contraprestação, representada por serviços prestados ao contribuinte ou posto a sua disposição e em função do poder de policia. As taxas não podem ter base de cálculo igual a dos impostos de acordo com o Constituição Federal.
c) Contribuição de Melhoria: são cobradas em função de obras públicas que garantam valorização imobiliária, a cobrança é limitada ao valor
total da obra, limite total e como limite individual o valor de acréscimo que da obra resultar a cada imóvel.
d) Contribuição Social: criadas no interesse da seguridade social, são financiadas por toda sociedade de forma direta ou indireta, incidindo sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho conforme exposto na Constituição Federal. (MELO, 2002, p. 44).
2.2 Sistema Financeiro Nacional
Segundo Assaf Neto (2006):
O Sistema Financeiro Nacional foi regulado e estruturado pela Lei de reforma bancária, de 1964, pela lei do Mercado de Capitais, em 1965, e, mais recentemente, pela lei de criação dos Bancos Múltiplos, de 1988. É formado por todas as instituições financeiras, públicas ou privadas do país.(ASSAF NETO, 2006, p.45).
Fortuna (2008) conceitua sistema financeiro como “Um conjunto de instituições que dedicam, de alguma forma, ao trabalho de propiciar condições satisfatórias para a manutenção do movimento de recursos entre poupadores e investidores.” (FORTUNA, 2008, p.16).
Assaf Neto define o Sistema Financeiro Nacional como “um sistema constituído de instituições financeiras, que, através dos instrumentos financeiros, visam a transparência dos recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para deficitários.” (ASSAF NETO, 2003, p.57)
2.2.1 Divisão do Sistema Financeiro Nacional
O sistema Financeiro Nacional é dividido em subsistemas: os normativos e supervisores e operativos.
De acordo com Lopes e Rossetti:
O Sistema Financeiro Nacional é composto por um conjunto de instituições, classificadas em normativas, supervisoras e operacionais que realizam a intermediação financeira, sendo sua principal função a de viabilizar e facilitar o processo de intermediação financeira. (LOPES E ROSSETTI, 2002, p.437).
11 O subsistema normativo e supervisor é uma subdivisão constituída por instituições que determinam de alguma maneira, caminhos de atuação das instituições financeiras operativas e controle de mercado.
As instituições que compõem os subsistemas normativos e supervisor são:
a) Órgãos Normativos: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC).
b) Órgãos Supervisores: Banco Central do Brasil (BACEN), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), Secretaria de Previdência Complementar. (BACEN, 2012)
Segundo Assaf Neto (2003):
O Subsistema normativoé responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de suas instituições,fiscalizando e regulamentando suas atividades por meio principalmente do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (BACEN). A comissão de valores Mobiliários (CVM) é um órgão normativo de apoio do sistema financeiro, atuando mais especificamente no controle e fiscalização do mercado de valores imobiliários. (ASSAF NETO, 2003, p.77).
2.2.3 Subsistema Operacional
Segundo Assaf Neto (2003) O sistema operacional se classifica como operativo por ser composto por instituições bancárias e não bancárias que operam nas intermediações financeiras.
2.2.3.1 Instituições Financeiras Bancárias
De acordo com Fortuna (2008) Instituições financeiras Bancárias “são instituições que possuem depósitos à vista e, portanto, multiplicam a moeda”. (FORTUNA, 2008, p. 28).
Ainda segundo Fortuna (2008) As Instituições Financeiras Bancárias compreende os Bancos Comerciais, Bancos Múltiplos, Caixa Econômica Federal, Cooperativas de Credito.
De acordo com Pinheiro (2008), as Instituições Financeiras não bancárias são aquelas que operam com ativos financeiros não monetários, pertencendo assim ao subsistema não monetários do Sistema Financeiro Nacional. Não apresentam capacidade de emitir moeda ou meios de pagamento, como os bancos comerciais. As instituições financeiras não bancárias são: Agências de Fomento, Associações de Poupança e Empréstimos e Sociedades de Crédito imobiliário, Bancos de Desenvolvimento, Bancos de Investimentos, Companhias Hipotecárias, Sociedades de Crédito, Investimento e Financiamento.
2.3 Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF)
De acordo com o BACEN (2012):
O Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) foi criado com a edição da Circular 1.273, em 29 de dezembro de 1987, com o objetivo de unificar os diversos planos contábeis existentes à época e uniformizar os procedimentos de registro e elaboração de demonstrações financeiras, o que veio a facilitar o acompanhamento, análise, avaliação do desempenho e controle das instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. (BACEN, 2012).
São de uso obrigatório às padronizações estabelecidas pelo COSIF pelos:
Bancos Comerciais;
Bancos de Desenvolvimento Caixas Econômicas
Bancos de Investimentos
Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento;
Sociedade de Credito Imobiliário e Associações de Poupança e Empréstimo;
Sociedade de Arrendamento Mercantil;
Sociedades Corretoras de Títulos e valores Mobiliários e Câmbio; Sociedades distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários; Cooperativa de crédito;
Administradora de consórcios; Bancos Múltiplos;
Agências de Fomento ou desenvolvimento; Instituições em Liquidação Extrajudicial; Companhias Hipotecárias;
Sociedade de Crédito ao microempreendedor. (BACEN, 2012)
2.3.1 Escrituração
13 É competência do Conselho Monetário Nacional expedir normas gerais de contabilidade e estatísticas a serem observadas pelas instituições financeiras. Tal competência foi delegada ao Banco Central do Brasil, em reunião daquele conselho, de 19.07.78.
“A escrituração deve ser completa, mantendo-se em registros permanentes todos os atos e fatos administrativos que modifiquem ou venham a modificar, imediatamente ou não, sua composição patrimonial.” (BACEN, 2012).
Ainda de acordo com o BACEN (2012) “O simples registro contábil não constitui elemento suficientemente comprobatório, devendo a escrituração ser fundamentada em comprovantes hábeis para a perfeita validade dos atos e fatos administrativos.” (BACEN, 2012).
Segundo o BACEN (2012), observam-se, ainda, os princípios fundamentais de contabilidade, cabendo à instituição:
a) Adotar métodos e critérios uniformes no tempo, sendo que as modificações relevantes devem ser evidenciadas em notas explicativas, quantificando os efeitos nas demonstrações financeiras;
b) Registrar as receitas e despesas no período em que elas ocorrem e não na data do efetivo ingresso ou desembolso, em respeito ao regime de competência;
c) Fazer a apropriação mensal das rendas, inclusive mora, receitas, ganhos, lucros, despesas, perdas e prejuízos independentemente da apuração de resultado a cada seis meses;
d) Apurar os resultados em períodos fixos de tempo, observando os períodos de 1º de janeiro a 30 de junho e 1º de junho a 31 de dezembro;
e) Proceder às devidas conciliações dos títulos contábeis com os respectivos controles analíticos e mantê-las atualizadas, devendo a respectiva documentação ser arquivada por, pelo menos, cinco anos. (BACEN, 2012).
2.3.2 Estrutura do Cosif
Para facilitar a consulta do usuário o Cosif se apresenta em quatro capítulos, sendo:
a) No capítulo 1, Normas Básicas, estão consolidados os princípios, critérios e procedimentos contábeis que devem ser utilizados por todas as instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.
b) No capítulo 2, Elenco de Contas, são apresentadas as contas integrantes do plano contábil e respectivas funções.
c) No capítulo 3, Documentos, são apresentados os modelos de documentos de natureza contábil que devem ser elaborados pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.
d) No capítulo 4, Anexos, são apresentadas as normas editadas por outros organismos (CPC, IBRACON etc.) que foram recepcionadas para aplicação às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar por este Banco Central do Brasil. (BACEN, 2012)
2.4 Demonstração Intermediária
De acordo com o CPC 21 “Demonstração contábil intermediária significa uma demonstração contábil contendo um conjunto completo de demonstrações contábeis ou um conjunto de demonstrações contábeis condensadas de períodointermediário.” (CPC 21, 2012).
Este Pronunciamento não determina quais entidades devem divulgar ou publicarsuas demonstrações contábeis intermediárias, ou com qual frequência ou prazo apartir do encerramento do período intermediário. Entretanto, governos,reguladores de mercado, bolsas de valores e órgãos contábeis frequentementerequerem que as entidades, cujos títulos de dívida ou patrimoniais sejamnegociados publicamente, divulguem ou publiquem suas demonstrações contábeis intermediárias. (CPC21, 2012).
Ainda segundo o CPC21 “Cada demonstração contábil, anual ou intermediária, deve ser avaliadaindividualmente com relação à conformidade com os Pronunciamentos do CPC.” (CPC 21, 2012).
2.4.1 Componentes mínimos da demonstração contábil intermediária
A demonstração contábil intermediária deve incluir, pelo menos, os seguintescomponentes:
a) Balanço patrimonial condensado;
b) Demonstração condensada do resultado do exercício; c) Demonstração condensada do resultado abrangente;
d) Demonstração condensada das mutações do patrimônio líquido; e) Demonstração condensada dos fluxos de caixa; e
f) Notas explicativas selecionadas. (CPC 21, 2012).
2.4.2 Forma e conteúdo da demonstração contábil intermediária
Conforme o CPC 21 (2012):
Caso a entidade divulgue ou publique o conjunto completo de demonstrações contábeis no seu relatório intermediário, a forma e o
15 conteúdo dessasdemonstrações devem estar em conformidade com os requisitos do Pronunciamento Técnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, para o conjunto completo de demonstrações contábeis. (CPC 21, 2012).
Ainda conforme CPC 21 (2012):
Se a entidade divulga ou publica o conjunto de demonstrações contábeiscondensadas nos seus relatórios intermediários, tais demonstrações condensadasdevem incluir, no mínimo, cada um dos grupos ou subgrupos de contas e seustotais que foram apresentados nas demonstrações contábeis anuais mais recentese as notas explicativas selecionadas como requeridas por este Pronunciamento. (CPC 21, 2012). “A demonstração contábil intermediária deve ser elaborada em basesconsolidadas se as demonstrações contábeis anuais mais recentes da entidadeforem consolidadas.”(CPC 21, 2012).
2.4.3 Eventos e transações significativos
Segundo CPC 21 (2012):
A entidade deve incluir em suas demonstrações contábeis intermediárias umaexplicação dos eventos e transações que sejam significativos para a compreensãodas mudanças patrimoniais, econômicas e financeiras da entidade e seudesempenho desde o término do último exercício social.
“A informaçãodivulgada com relação a esses eventos e transações deve ser utilizada paraatualização de informações relevantes apresentadas nas demonstrações contábeisanuais mais recentes.” (CPC 21, 2012).
2.4.4 Períodos para os quais demonstrações contábeis intermediárias devem se apresentada
Segundo o CPC 21 as Demonstrações contábeis intermediárias devem incluir as demonstraçõescontábeis (condensadas ou completas) para os seguintes períodos:
a) Balanço patrimonial ao fim do período intermediário corrente e o balançopatrimonial comparativo do final do exercício social imediatamente anterior;
b) Demonstração do resultado e demonstração do resultado abrangente doperíodo intermediário corrente e acumulado no exercício social corrente,comparadas com as dos períodos intermediários do exercício social anterior(corrente e acumulado no ano). Conforme permitido no PronunciamentoTécnico CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, ademonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou incluída dentro das mutações do patrimôniolíquido;
c) Demonstração das mutações do patrimônio líquido acumuladas no ano, comdemonstração comparativa também acumulada do exercício social anterior;
d) Demonstração dos fluxos de caixa acumulados no ano, com demonstraçãocomparativa também acumulada do exercício social anterior. (CPC 21, 2012).
2.5 A Responsabilidade do Contador perante as Instituições Financeiras
De acordo com o site do BACEN (2012):
O profissional habilitado, responsável pela contabilidade, deve conduzir a escrituração dos padrões exigidos, com observância dos princípios fundamentais de contabilidade, atentando, inclusive, à ética profissional e ao sigilo bancário, cabendo ao Banco Central providenciar comunicação ao órgão competente, sempre que forem comprovadas irregularidades, para que sejam aplicadas as medidas cabíveis. (BACEN, 2012).
Diversos problemas são enfrentados pelos profissionais da contabilidade no dia a dia de seu trabalho, alguns deles são encontrados nasinstituições financeiras como a negligência, a fraude e a corrupção.
Segundo o Código de Ética Profissional do Contabilista (2010) este tem como objetivo “fixar a forma pela qual se devem conduzir os Profissionais da Contabilidade, quando no exercício profissional e nos assuntos relacionados à profissão e à classe.”
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3 METODOLOGIA
3.1 Tipo de Pesquisa
A pesquisa metodológica seguida conforme Vergara (2005) é bibliográfica “É o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral. (VERGARA, 2005, p.48)
Para a classificação da pesquisa, Vergara (2011) classifica em relação a dois aspectos:
Quanto aos fins: Este trabalho tem como objetivo geral demonstrar a importância
das demonstrações financeiras nas IFs dentro da concepção da ideia das Demonstrações Financeiras Intermediárias.
A principal característica da pesquisa é o caráter exploratório, que de acordo com Vergara (2011, pag. 42), “não tem hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar mais informação sobre determinado assunto de estudo”.
Quanto aos meios: a pesquisa é Bibliográfica: “É o estudo desenvolvido com
base em material publicado em livros, revistas, jornais, internet, isto é, material acessível ao público em geral”. (VERGARA 2011, pág.43).
A pesquisa é documental, realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas (Vergara 2011, pag. 42).
4 Desenvolvimento
4.1 A empresa: Banco Santander S.A.
De acordo com o site do Banco Santander (Banco Santander, 2012), esta instituição é controlada indiretamente pelo Banco Santander S.A. com sede na Espanha (Banco Santander Espanha), é ainstituição líder dos conglomerados financeiro e econômico-financeiro perante o Banco Central do Brasil (BACEN),constituído na forma de sociedade anônima. Opera como banco múltiplo e desenvolve asoperações através das carteiras comercial, de cambio, de investimento, de crédito e financiamento, de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e através de empresasligadas.
Ainda segundo o site do Banco Santander (Banco Santander, 2012) a instituição atua também nos mercados de seguros, previdência privada, capitalização,arrendamento mercantil, administração de fundos de terceiros e corretagem de valoresmobiliários e de seguros. As operações são conduzidas no contexto de um conjunto deinstituições que atuam integralmente no mercado financeiro.
4.2 Apresentação das Demonstrações Financeiras Intermediárias(CPC 21)do Banco SantanderS.A.
Todos os dados constantes nesta seção foram extraídos do relatório das Demonstrações Financeiras Intermediárias do Banco Santander em 30 de Junho de 2012.
As demonstrações financeiras intermediárias consolidadas do Banco Santander foram elaboradas de acordo com o IAS 34 - Demonstrações Financeiras Intermediárias oriundas dasNormas Internacionais de Contabilidade (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações do Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRIC).
De acordo com o IAS 34, as informações financeiras intermediárias destinam-se somente a fornecer uma atualização do conteúdo das últimas demonstraçõesfinanceiras consolidadas autorizadas para emissão, com foco em
19 novas atividades, eventos e circunstâncias ocorridas no período, em vez de duplicar informaçõesrelatadas nas demonstrações financeiras consolidadas anteriormente apresentadas. Consequentemente, essas demonstrações financeiras intermediárias nãoincluem todas as informações exigidas nas demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com o IFRS conforme adotado pelo IASB, assim sendopara obter o devido entendimento das informações incluídas nessas demonstrações financeiras intermediárias, as mesmas devem ser lidas juntamente com asdemonstrações financeiras consolidadas do Banco referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011.
As políticas e os métodos contábeis utilizados na preparação dessas demonstrações financeiras intermediárias consolidadas são os mesmos que os aplicados nasdemonstrações financeiras consolidadas para 2011.
No parágrafo 10 do IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras são apresentadas as possibilidades de mudanças de nomes das demonstraçõesfinanceiras. A terminologia a ser utilizada para referir-se as demonstrações financeiras são:
a) O balanço patrimonial torna-se a demonstração da posição financeira;
b) As demonstrações de receitas e despesas reconhecidas torna-se demonstrações de resultado abrangente; e
c) O fluxo de caixa demonstrado torna-se a demonstração dos fluxos de caixa.
O Banco optou por apresentar as receitas e despesas em duas demonstrações separadas. Adicionalmente, na preparação das demonstrações financeirasintermediárias consolidadas, o Banco manteve os nomes das demonstrações financeiras utilizados nas demonstrações financeiras consolidadas de 2011 e de2010. O Banco passou a adotar a terminologia demonstrações do resultado abrangente, a partir de 31 de março de 2012.
O Banco ainda não adotou os seguintes IFRS ou interpretações novas ou revisadas, que foram emitidas, mas cuja entrada em vigor ocorrerá após a data destasdemonstrações financeiras:
a) IFRS 9 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração – As principais mudanças do IFRS 9 em comparação com o IAS 39 são: (i) Todos os ativosfinanceiros reconhecidos que estão atualmente no escopo do IAS 39 serão mensurados pelo custo amortizado ou pelo valor justo; (ii) IFRS 9 não possui o mesmoconceito de derivativos embutidos para contratos híbridos do IAS 39 se o contrato principal é um ativo financeiro dentro do escopo do IFRS 9; (iii) a orientação doIFRS 9 manteve a classificação do critério para os passivos financeiros que estavam no IAS 39. No entanto, tem duas diferenças principais, relacionados aapresentação e mensuração em comparação do IAS 39: (a) a apresentação dos efeitos nas mudanças no valor justo atribuível para o risco de crédito do passivo;e (b) a eliminação da isenção do custo para os passivos derivativos que serão liquidados pela entrega de instrumentos de patrimônio não cotados.
b) Alteração do IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações - Incentiva a melhoria das divulgações qualitativas no contexto de requerimento de divulgaçõesquantitativas para auxiliar os usuários na comparação das Demonstrações Financeiras.
c) Alteração do IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras - O IASB emitiu também a “Apresentação de Itens de Resultado Abrangente”. As alteraçõessão o resultado de um projeto em conjunto com o Financial Accounting Standards Board (FASB) e fornece orientações sobre a apresentação dos itens contidos nademonstração do resultado abrangente e sua respectiva classificação.
d) IFRS 10 – Demonstrações Financeiras Consolidadas, substitui a orientação de consolidação no IAS 27 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas(2008) e SIC-12 Consolidação - Entidades de Propósitos Específicos, introduzindo um modelo de consolidação único para todas as entidades com base emcontrole, independentemente da natureza da investida (ou seja, se uma entidade é controlada através de direitos de voto dos investidores ou através de outrosarranjos contratuais como é comum em sociedades de propósito específico). Segundo o IFRS 10, o controle é baseado na avaliação se um investidor possui: i) opoder sobre a investida; ii) a exposição, ou direitos, para retornos variáveis de seu envolvimento com a
21 investida, e iii) a capacidade de usar seu poder sobre ainvestida afetando seu retorno.
e) IFRS 11 – Empreendimentos Conjuntos - o IASB emitiu uma nova norma para contabilização de empreendimentos conjuntos, que substitui o IAS 31 -Participações em Empreendimentos em Conjunto (Joint Ventures). De acordo com o IFRS 11, será obrigatório o uso do método de equivalência patrimonial e serávedada a opção pelo método de contabilização de entidade controladas em conjunto. O princípio fundamental do IFRS 11 é que as partes de um acordo deempreendimento conjunto devem determinar o tipo de empreendimento comum em questão, com base na avaliação dos direitos e obrigações e, ascontabilizando de acordo com o tipo de empreendimento conjunto. Existem dois tipos de empreendimentos conjuntos:
Operações conjuntas (Joint operations): Direitos e obrigações sobre os ativos e passivos relacionados ao acordo. As partes reconhecem seus ativos, passivos eas correspondentes receitas e despesas.
Empreendimento conjunto (Joint venture): Direitos ao ativo líquido do acordo. As partes reconhecem seus investimentos pelo método de equivalênciapatrimonial.
f) IFRS 12 - Divulgações de Envolvimento com Outras Entidades, requer divulgações sobre as entidades consolidadas e entidades não consolidadas em que umaentidade tem envolvimento. O objetivo da IFRS 12 é permitir que os usuários das demonstrações financeiras possam avaliar a base de controle, as restriçõessobre os ativos e passivos consolidados, a exposição a riscos decorrentes de envolvimentos com entidades estruturadas não consolidadas e o envolvimento denão controladores nas atividades de entidades consolidadas.
g) IAS 27 - Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas (2011) - mantém as exigências relativas às demonstrações financeiras separadas. As demaispartes do IAS 27 (2008) são substituídas pelo IFRS 10.
h) IAS 28 - Investimentos em coligadas (2011) - alterou o IAS 28 Investimentos em Coligadas (2008) para confirmar mudanças com base na emissão de IFRS 10,IFRS 11 e IFRS 12.
i) IFRS 13 - Mensuração ao Valor Justo - Em 12 de maio de 2011, o IASB emitiu também o IFRS 13, que substitui a orientação sobre a mensuração do valor justona literatura existente de contabilidade em IFRS com um único padrão. O IFRS 13 define valor justo, fornece orientação sobre como determiná-lo e exigedivulgações sobre mensurações de valor justo. No entanto, IFRS 13 não altera os requisitos em relação aos itens que devem ser mensurados ou divulgados pelovalor justo.
j) IAS 19 – Benefícios aos Empregados (2011) - Em 16 de junho de 2011, o IASB emitiu uma nova versão do IAS 19 o qual determina principalmente alterações nacontabilização de planos de benefícios definido eliminando a opção do modelo atual de aplicação do método do corredor para reconhecimento dos ganhos eperdas atuariais.
Com a eliminação da aplicação do método do corredor, todos os ganhos e perdas atuariais passam a ser imediatamente reconhecidos no Patrimônio Líquido daentidade patrocinadora, na rubrica de Outros Resultados Abrangentes e as Demonstrações Financeiras da entidade passam a refletir integralmente o superávit oudéficit dos planos de benefícios definido.
Com exceção ao IFRS 9 e respectivos itens de divulgação transitória previstos nas alterações do IFRS 7 para os quais o IASB postergou em 16 de dezembro de2011 a adoção obrigatória para janeiro de 2015 e a alteração do IAS 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras - Esclarecimentos sobre Demonstração doResultado Abrangente com adoção das alterações a partir de 1 de julho de 2012, as normas mencionadas acima têm efetividade para períodos anuais com inícioem janeiro de 2013, com aplicação antecipada permitida. A adoção antecipada para as instituições financeiras no Brasil está sujeita à emissão dospronunciamentos pelo IASB, traduzidos para a língua portuguesa por entidade brasileira credenciada pela InternationalAccounting Standards CommitteeFoundation (IASC Foundation). No entanto, as entidades estão autorizadas a incorporar qualquer dos requisitos de divulgação do IFRS 12 em suas
23 demonstraçõesfinanceiras, sem tecnicamente aplicação antecipada das demais disposições do IFRS.
A administração entende que a adoção das normas e interpretações anteriormente mencionadas não terá efeito significativo sobre as demonstrações financeirasconsolidadas como um todo, exceto para o IFRS 9, para o qual o Banco está analisando os impactos decorrentes da adoção desta norma e a nova versão do IAS19 cujos efeitos da primeira adoção será registrado como mudança de prática contábil no Patrimônio Líquido do Banco na rubrica de Outros Resultados
4.2.1 Balanço Patrimonial do Banco Santander
TABELA1 - Balanço Patrimonial Consolidado do Banco Santander
(continua) ATIVO 30 de junho de 2012 (não auditado) 31 de dezembro de 2011
DISPONIBILIDADES E RESERVAS NO BANCO CENTRAL DO
BRASIL 59.405.014 65.938.003
ATIVOS FINANCEIROS PARA NEGOCIAÇÃO 27.197.680 29.901.495
Instrumentos de Dívida 21.454.382 25.298.804
Instrumentos de Patrimônio 350.924 448.209
Derivativos 5.392.374 4.154.482
OUTROS ATIVOS FINANCEIROS AO VALOR JUSTO NO
RESULTADO 1.285.517 665.369
Empréstimos e outros valores com Instituições de Crédito 17.768 60.813
Instrumentos de Dívida 226.746 230.037
Instrumentos de Patrimônio 1.041.003 374.519
ATIVOS FINANCEIROS DIPONÍVEIS PARA VENDA 41.925.111 44.608.201
Instrumentos de Dívida 41.169.877 43.300.354
Instrumentos de Patrimônio 755.234 1.307.847
EMPRÉSTIMOS E RECEBÍVEIS 217.415.413 202.757.191
Empréstimos e outros valores comInstituições de Crédito 25.686.489 19.628.861
Empréstimos e adiantamentos a clientes 191.468.582 183.066.268
Instrumentos de Dívida 260.342 62.062
DERIVATIVOS UTILIZADOS COMO HEDGE 79.066 80.708
ATIVOS NÃO CORRENTES MANTIDOS PARA VENDA 136.306 132.388
PARTICIPAÇÕES EM COLIGADAS 436.649 422.225 ATIVO TANGÍVEL 5.200.480 5.008.306 ATIVO INTANGÍVEL 32.001.136 31.435.080 Ágio 27.217.565 27.217.565
Outros ativos intangíveis 4.783.571 4.217.515
CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS 19.290.051 16.250.373 Correntes 3.315.335 2.077.224 Diferidos 15.974.716 14.173.149 OUTROS ATIVOS 2.838.818 2.686.743 TOTAL DO ATIVO 407.211.241 399.886.082
25
(conclusão)
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
30 de junho de 2012 (não auditado)
31 de dezembro de 2011
PASSIVOS FINANCEIROS PARA NEGOCIAÇÃO 5.657.450 5.047.288
Derivativos 5.506.652 4.709.660
Posição vendidas 150.798 337.628
PASSIVOS FINANCEIROS AO CUSTO AMORTIZADO 294.966.526 291.451.686
Depósitos do Banco Central do Brasil e depósitos de
Instituições de Crédito 37.965.352 51.527.021
Depósitos de clientes 177.839.935 174.473.891
Obrigações por títulos e valores mobiliários 49.479.893 38.590.423
Dívida subordinadas 11.453.607 10.908.344
Outros passivos financeiros 18.227.739 15.952.007
DERIVATIVOS UTILIZADOS COMO HEDGE 133.048 36.071
PROVISÕES 9.142.874 9.515.295
Provisões para fundos de pensões e obrigações similares 1.301.830 1.246.040
Provisões para processos judiciais e administrativos,
compromissos e outras provisões 7.841.044 8.269.255
PASSIVOS FISCAIS 13.733.922 11.875.899 Correntes 9.633.544 8.127.795 Diferidos 4.100.378 3.748.104 OUTRAS OBRIGAÇÕES 3.369.258 3.927.851 TOTAL DO PASSIVO 327.003.078 321.854.090 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 78.717.214 77.044.886 Capital Social 62.634.585 62.634.585 Reservas 14.545.382 9.950.144 Ações em tesouraria (167.538) (112.768)
Lucros do período atribuível à controladora 3.174.785 7.747.925
Menos: dividendos e remuneração (1.470.000) (3.175.000)
OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES 1.466.156 968.146
PARTICIPAÇÕES NÃO CONTROLADORAS 24.793 18.960
TOTAL DO PATRIMONIO LIQUIDO 80.208.163 78.031.992
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMONIO LIQUIDO 407.211.241 399.886.082
4.2.2 Demonstração do Resultado do Exercício
TABELA2 - Demonstração Consolidadas do Resultado do Banco Santander
Três meses acumulados 30 de junho de
Seis meses acumulados 30 de junho de
2012 2011 2012 2011
Receita com juros e similares 13.525.403 12.683.080 27.198.223 24.485.171
Despesas com juros e similares (5.270.746) (5.923.410) (11.206.083) (11.086.574)
RECEITA LIQUIDA COM JUROS 8.254.657 6.759.670 15.992.140 13.398.597
Receitas de instrumentos de patrimônio 39.468 44.750 41.787 49.517
Resultado de equivalência patrimonial 17.820 15.256 36.254 33.449
Receitas de tarifas e comissões 2.318.195 2.166.504 4.705.618 4.255.651
Despesas de tarifas e comissões (481.727) (300.532) (934.416) (607.425)
Ganhos (perdas) com ativos e passivos financeiros (líquidos) (1.475.140) 635.145 (429.752) 1.135.968
Ativos financeiros para negociação (1.672.762) 498.890 (1.030.583) 951.338
Outros instrumentos financeiros ao valor justo no resultado 76.923 (1.691) 287.892 2.419
Instrumentos financeiros não mensurados
pelo valor justo no resultado 116.933 143.676 318.911 183.898
Outros 3.766 (5.730) (5.972) (1.687)
Variações cambiais (líquidas) 429.011 141.467 184.492 113.019
Outras receitas (despesas) operacionais (165.720) (147.354) (342.819) (175.703)
TOTAL DE RECEITAS 8.936.564 9.314.906 19.253.304 18.203.073
Despesas administrativas (3.198.616) (2.966.882) (6.426.585) (5.926.364)
Despesas com pessoal (1.728.129) (1.581.235) (3.477.355) (3.197.051)
Outras despesas administrativas (1.470.487) (1.385.647) (2.949.230) (2.729.313)
Depreciação e amortização (433.745) (357.096) (863.455) (695.249)
Ativo tangível (156.084) (146.337) (309.678) (273.651)
Ativo intangível (277.661) (210.759) (553.777) (421.598)
Provisões (líquidas) (609.350) (624.055) (1.141.608) (1.253.767)
Perdas com ativos financeiros (líquidas) (4.323.253) (2.300.843) (7.894.361) (4.359.502)
Empréstimos e recebíveis (4.323.253) (2.300.843) (7.894.361) (4.359.502)
Perdas com outros ativos (líquidas) (2.560) (4.767) 8.210 (13.963)
Outros ativos intangíveis (1.200) (1.283) 1.677 (8.950)
Outros ativos (3.760) (3.484) 6.533 (5.013)
Resultado na alienação de ativos não classificados
como ativos não correntes como operações descontinuadas 421 (58) 1.921 1.487
Resultado na alienação de ativos não correntes mantidos
para venda não classificados como operações descontinuadas 7.075 (22.403) 12.754 4.819
LUCRO OPERACIONAL ANTES DA TRIBUTAÇÃO 376.536 3.038.802 2.950.180 5.960.534
Impostos sobre renda 1.082.580 (956.059) 232.144 (1.806.620)
LUCRO LIQUIDO DO PERIODO 1.459.116 2.082.743 3.182.324 4.153.914
Lucro atribuível à Controlada 1.456.118 2.082.747 3.174.785 4.151.446
Lucro atribuível às participações não controladas 2.998 (4) 7.539 2.468
LUCRO POR AÇÃO (em Reais - R$)
Lucro básico por 1.000 ações (em Reais - R$)
Ações ordinárias 3,50 4,99 7,62 9,94
Ações preferenciais 3,84 5.49 8,38 10,93
Lucro diluído por 1.000 ações (em Reais - R$)
Ações ordinárias 3,49 4,99 7,61 9,94
Ações preferenciais 3,84 5,49 8,38 10,93
Lucro atribuído - Básico (em Reais - R$)
Ações ordinárias 742.073 1.061.368 1.617.941 2.115.577
Ações preferenciais 714.045 1.021.379 1.556.844 2.035.869
Lucro líquido atribuído - Diluído (em Reais - R$)
Ações ordinárias 742.067 1.061.368 1.617.925 2.115.577
Ações preferenciais 714.050 1.021.379 1.556.860 2.035.869
Média ponderada das ações emitidas (em milhares) - Básica
Ações ordinárias 212.316.277 212.841.732 212.358.722 212.841.732
Ações preferenciais 185.724.699 186.202.385 185.763.285 186.202.385
Média ponderada das ações emitidas (em milhares) - Diluída
Ações ordinárias 212.396.418 212.841.732 212.469.143 212.841.732
Ações preferenciais 185.797.555 186.202.385 185.863.668 186.202.385
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4.2.3 Demonstração do Resultado Abrangente
TABELA 3 - Demonstração do Resultado Abrangente do Banco Santander
Três meses acumulados 30 de junho de Seis meses acumulados 30 de junho de 2012 2011 2012 2011
LUCRO LIQUIDO DO PERIODO 1.459.116 2.082.743 3.182.324 4.153.914
OUTROS RESULTADOS ABRANGENTES 381.369 (113.237) 498.010 (241.755)
Ativos financeiros disponíveis para venda 916.598 (134.362) 1.304.272 (380.001)
Ajuste ao valor de mercado 1.033.531 9.314 1.623.183 (196.103)
Valores transferidos para a conta de resultado (116.933) (143.676) (318.911) (183.898)
Hedges de fluxo de caixa (302.854) (7.394) (440.409) (2.270)
Ajuste ao valor de mercado (302.853) (7.394) (440.246) (2.270)
Valores transferidos para a conta de resultado (1) - (163) -
Hedges de investimento liquido (100.096) - (204.315) -
Variação cambial de investidas localizadas no
exterior 100.096 - 204.315 -
Imposto de renda (232.375) 28.519 (365.853) 140.516
TOTAL DO RESULTADO ABRANGENTE 1.840.485 1.969.506 3.680.334 3.912.159
Atribuível à controladora 1.837.487 1.969.510 3.672.795 3.909.691
Atribuível às participações não controladoras 2.998 (4) 7.539 2.468
TOTAL 1.840.485 1.969.506 3.680.334 3.912.159
4.2.4 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Liquido
TABELA 4 - Demonstração Consolidada das Mutações do Patrimônio Líquido do Banco Santander Capital Social Reservas Ações em Tesouraria Lucro atribuído à Controladora Dividendos e Remuneração Total Patrimônio Líquido Outros Resultados Abrangentes Total Saldos em 31 de dezembro de 2010 62.634.585 6.094.885 - 7.382.093 (3.540.000) 72.571.563 783.755 73.355.318 Total do resultado abrangente - - - 4.151.446 - 4.151.446 (241.755) 3.909.691 Outras mutações do patrimônio líquido Apropriação do lucro líquido - 7.382.093 - (7.382.093) - - - -
Dividendos e juros sobre
o capital próprio - (3.540.000) - - 1.540.000 (2.000.000) - (2.000.000) Pagamento baseado em ações - 4.674 - - - 4.674 - 4.674 Outros - - - - Saldos em 30 de junho de 2011 62.634.585 9.941.652 - 4.151.446 (2.000.000) 74.727.683 542.000 75.269.683 Saldos em 31 de dezembro de 2011 62.634.585 9.950.144 (112.768) 7.747.925 (3.175.000) 77.044.886 968.146 78.013.032 Total do resultado abrangente - - - 3.174.785 - 3.174.785 498.010 3.672.795 Outras mutações do patrimônio líquido Apropriação do lucro líquido - 7.747.925 - (7.747.925) - - - -
Dividendos e juros sobre
o capital próprio - (3.175.000) - - 1.705.000 (1.470.000) - (1.470.000) Pagamento baseado em ações - 22.952 - - - 22.952 - 22.952 Ações em tesouraria - (51) (54.770) - - (54.821) - (54.821) Outros - (588) - - - (588) - (588) Saldo em 30 de junho de 2012 62.634.585 14.545.382 (167.538) 3.174.785 (1.470.000) 78.717.240 1.466.156 80.183.370
29
4.2.5 Demonstrações dos Fluxos de Caixa
TABELA 5 - Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa do Banco Santander
30 de junho de
2012 2011
1. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido consolidado do período 3.182.324 4.153.914
Ajuste ao Lucro 9.626.815 6.026.977
Depreciação do ativo tangível 309.678 273.651
Amortização do ativo intangível 553.777 421.598
Perdas com outros ativos (líquidas) (8.210) 13.963
Provisões e Perdas com ativos financeiros (líquidas) 9.035.969 5.613.269
Ganhos líquidos na alienação do ativo tangível, investimentos
e ativos não correntes mantidos para venda (14.675) (6.306)
Participação no resultado de equivalência patrimonial (36.254) (33.449)
Mudanças nos créditos tributários e passivos fiscais diferidos (227.786) (260.423)
Outros 14.316 4.674
(Aumento) decréscimo líquido nos ativos operacionais (5.275.109) (38.726.422)
Disponibilidades e Reservas no Banco Central do Brasil 6.783.727 (6.037.159)
Ativos financeiros para negociação 2.703.815 (6.578.754)
Outros ativos financeiros ao valor justo no resultado (620.148) (462.016)
Ativos financeiros disponíveis para venda 3.987.319 (8.854.355)
Empréstimos e recebíveis (14.463.161) (14.335.940)
Outros ativos (3.666.661) (2.458.198)
Aumento (decréscimo) líquido nos passivos operacionais (3.334.876) 19.614.271
Passivos financeiros para negociação 610.162 552.148
Passivo financeiro ao custo amortizado (4.949.283) 17.403.320
Outros passivos 1.004.245 1.658.803
Impostos pagos (1.382.159) (1.444.375)
Total do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais (1) 2.816.995 (10.375.635)
2. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO
Investimentos (1.447.118) (824.458)
Ativo tangível (502.382) (407.526)
Ativo intangível (944.736) (416.932) (944.736) (416.932)
Alienação 25.532 25.768
Ativo tangível 7.754 19.805
Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio Recebidos 17.778 5.936
Total do fluxo de caixa líquido das atividades de investimento (2) (1.421.586) (798.690)
3. FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Aquisição de ações próprias (54.770) -
Emissão de outros passivos exigíveis a longo prazo 15.891.017,00 17.946.308,00
Dividendos pagos e juros sobre capital próprio (1.117.354) (2.095.095)
Pagamentos de outros passivos exigíveis a longo prazo (7.779.540) (6.283.417)
Aumento/decréscimo em participações não-controladoras (1.706) (303)
Total do fluxo de caixa líquido das atividades de financiamento (3) 6.937.647 9.567.493
REDUÇÃO LÍQUIDA NAS DISPONIBILIDADES (1+2+3) 8.333.056 (1.606.832)
Caixa e equivalentes de caixa no início do período 9.017.406 9.346.899
Caixa e equivalentes de caixa no final do período 17.350.462 7.740.067
Componentes do caixa e equivalentes de caixa
Disponibilidades 3.793.988 3.289.731
Empréstimos e outros valores 13.556.476 4.450.336
Total de caixa e equivalentes de caixa 17.350.464 7.740.067
Transações não monetárias
Execuções de empréstimos e outros ativos transferidos para ativos não
correntes mantidos para venda 3.062 16.590
Dividendos e juros sobre o capital próprio declarados mas não pagos 1.470.000 1.899.797
Informações complementares
Juros recebidos 28.116.832 23.982.857
Juros pagos 12.127.548 10.797.529
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir do estudo realizado, ficou evidenciado a importância do COSIF e sua correlação no que tange a publicação das demonstrações financeiras das respectivas Instituições Financeiras.
O COSIF é obrigatoriamente usado pelas instituições financeiras. As estruturas bem como o modelo dos documentos elaborados são feitos de acordo com o plano contábil.
Ele é importante na regulação das demonstrações financeiras nas IF´s, pois unifica os lançamentos trazendo mais clareza ás análises contábeis, padroniza os registros possibilitando ao seu órgão normatizador o BACEN um melhor controle das transações efetuadas pelas Instituições financeiras. O COSIF é de extrema importância na publicação das demonstrações financeiras pelas instituições que deverão estar de acordo com o plano de contas.
Sendo assim, conclui-se que o plano de contas – COSIF é de grande importância para as instituições financeiras por proporcionar um melhor controle nas transações realizadas evitando fraudes ou quaisquer atos que possam vir a prejudicar o verdadeiro histórico econômico- financeiro da instituição.
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REFERÊNCIAS
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BANCO CENTRAL DO BRASIL. Disponível em:
<http://www4.bcb.gov.br/NXT/gateway.dll?f=templates&fn=default.htm&vid=nmsDen orCosif:idvDenorCosif> Acesso em: 19 de outubro de 2012.
BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Pronunciamento Técnico CPC 21 (R1).
Demonstração intermediária. Disponível em:
<http://www.cpc.org.br/pdf/CPC21_R1.pdf> Acesso em: 24 de outubro 2012.
BRASIL, Lei 4.595 de 1964, disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4595.htm> Acesso em: 20 de outubro de 2012.
CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DE MINAS GERAIS: Código de
Ética Profissional do Contador. Disponível em:
<http://www.crcmg.org.br/arquivos/servicos/codigo_de_etican.pdf> Acesso em: 25 de outubro de 2012.
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro: Produtos e Serviços. 17ª. Ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.
LOPES, José do Carmo, ROSSETTI, José Paschoal. Economia Monetária. 8ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MELO, José Eduardo Soares de. Curso de Direito Tributário. 3ª Ed. São Paulo: Dialética, 2002.
PINHEIRO, Juliano Lima. Mercado de capitais: fundamentos e técnicas. 4ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. Pró-reitora de Graduação. Sistema de Bibliotecas. Padrão PUC Minas de Normalização: normas da ABNT para apresentação de projetos de pesquisa. Belo Horizonte, 2012. Disponível em <http://www.pucminas.br/ biblioteca/>. Acesso em: 17 de outubro de 2012.
SANTANDER S.A. Relatório Gerencial das Demonstrações Financeiras Intermediárias. Disponível em:
<http://www.santander.com.br/document/wps/DFS_IFRS_PORT_2T12d.pdf>. Acesso em: 22 de outubro. 2012.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 2005.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 13ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.