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Ministério da Administração Interna Autoridade Nacional de Proteção Civil

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Academic year: 2021

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________________________________________________________________________________________________ Em cerimónia pública, passo a partir de hoje a desempenhar as funções de Presidente da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), cargo que assumo, neste momento perante Vossas Excelências e o País, com espírito de missão, sentido do dever e orgulho pessoal.

Senhor Ministro da Administração Interna

Para Vossa Excelência uma palavra de reconhecimento pela sua presença neste ato que entendo como sinal de confiança institucional e pessoal na minha escolha para esta função de elevada responsabilidade, complexidade e sensibilidade.

É uma missão que aceito com honra e entendo como de singular privilégio.

A assunção de funções de comando e direção sempre representaram, para mim, a aceitação das maiores responsabilidades dentro do mais devotado espírito de bem servir. Assim continuará a ser.

Aproveito o ensejo para cumprimentar todos os presidentes da ANPC e das Instituições que a precederam, alguns deles aqui presentes.

Senhor Ministro da Administração Interna

Minhas Senhoras e Meus Senhores, Excelências

Conheço da ANPC o suficiente para poder afirmar que é uma Instituição determinante no Estado de Direito Democrático, vital para a segurança, tranquilidade e bem-estar dos portugueses, dos seus bens, das suas memórias e em particular das suas vidas, valor supremo que importa acautelar e que iremos acautelar.

Estou ciente das dificuldades e obstáculos que irei enfrentar, mas também sei que posso contar com o indispensável apoio político de V. Ex.as e, permitam-me que o releve, com esse valor precioso e único que são os homens e mulheres que servem o País na Proteção Civil.

É com V. Ex.as, lídimos representantes do poder executivo e com essa força humana que comigo irá trabalhar, que espero levar por diante o projecto de mudança que fará da ANPC uma Instituição mais ágil, mais próxima, mais qualificada e mais apta a servir os interesses de Portugal e dos portugueses.

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Falar de mudança não significa, necessariamente, que tudo o que existe esteja mal, significa apenas que, continuamente, é preciso aprender, inovar, melhorar, adaptar, corrigir, por vezes até reconstruir, para responder com oportunidade e eficácia às questões novas que, a todo o tempo, nos são colocadas, nos dias que vivemos e naqueles que se avizinham.

As sociedades do mundo livre nunca como hoje viram os seus valores fundamentais tão ameaçados. A insegurança individual e colectiva parece pôr em causa o exercício, sem constrangimentos, dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, ao ponto de temermos pelo nosso próprio modo de vida. Precisamos, por isso, de Instituições fortes e coesas, Instituições em que as pessoas confiem e nelas se revejam, enquanto resposta às suas necessidades e garantes dos seus anseios e expectativas.

Em democracia, os objetivos do Estado, dos órgãos de soberania e das instituições que o integram têm de ser coincidentes com os das populações. Nesse sentido, o caminho da ANPC só pode ser um: o caminho da identificação plena com o querer e o sentir das comunidades, em natural consonância com as definições e orientações do poder político.

A grande reforma que é necessário promover no Sistema de Proteção Civil não pode basear-se na simples exigência e afectação de mais meios!

O vector estruturante deve ser o da utilização mais racional, inteligente e em rede dos recursos que já temos à nossa disposição, e daí partir para a aquisição do que é prioritário e indispensável para o cumprimento da Missão.

Para isso, não basta apenas a vontade do Comando da Proteção Civil. É fundamental um apoio concreto do poder político, criando as condições indispensáveis e atempadas para que esse objetivo possa ser alcançado.

Estou seguro do empenhamento pessoal e político de Vossas Excelências na urgente reformulação orgânica da ANPC e no esforço de dignificação profissional e funcional daqueles que a servem.

Os homens e mulheres da Proteção Civil têm de sentir absoluta confiança no Comando e na Administração. De certa forma, têm de sentir também, eles próprios, o conforto da proximidade e afetividade que se pretende levar até às populações que servimos.

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Só assim poderá ser consolidado um clima de confiança e de motivação individual e colectiva, capaz de garantir o sucesso do projeto de mudança que queremos implementar, a partir da melhoria contínua dos modelos organizacionais, de gestão, de comando e direção, e de emprego operacional dos meios.

Em Instituições com a dimensão, complexidade organizacional e dispersão de atuação da Proteção Civil, as grandes reformas são feitas com a mudança de CERTAS PEQUENAS COISAS, desde que sejam as COISAS CERTAS, no TEMPO CERTO, aquelas que

mudamos.

Independentemente da sofisticação organizacional, científica e tecnológica que caracteriza a sociedade da informação, do conhecimento e da comunicação do mundo em que vivemos, a mola real da mudança está na ATITUDE. Mesmo nas

situações mais críticas, a diferença entre o medo e a confiança pode estar num gesto, numa palavra, ou num simples sorriso.

É por aí que pretendemos ir.

Vamos desenvolver e aprofundar a cultura do rigor, do profissionalismo e da exigência, tendo como objetivo a qualidade e a excelência. Qualidade e excelência na formação dos saberes e competências, na organização e gestão dos meios e na relação entre todos os que servem na Proteção Civil.

Em suma... Qualidade no serviço prestado às pessoas.

Estou convencido de que é possível fazer mais e melhor e que a Proteção Civil, no seu todo, comunga desse sentimento. É com todos, todos sem excepção, que quero trabalhar no sentido de uma ANPC moderna, voltada para o futuro, sem fantasmas nem preconceitos, de bem consigo mesma, para melhor servir os outros.

Estamos em condições de dar continuidade e aprofundar o excelente trabalho que vem sendo feito nos Institutos Públicos, nas Universidades e Centros de Investigação, nas Comissões Especializadas e Grupos de Trabalhos, nas Empresas e Associações que se vêm dedicando ao estudo das alterações climáticas e suas consequências, ao ordenamento do território e à floresta, ao despovoamento do interior, à economia rural, ao comportamento do fogo e seus efeitos.

É perante esta realidade que temos de nos posicionar, promovendo as mudanças exigidas pelos novos contextos, tais como, a integração do elemento científico em

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articulação entre todas as entidades envolvidas.

A prevenção, contenção e combate aos fenómenos com que a Proteção Civil tem de lidar exigem, não só, experiência, vontade, coragem e voluntarismo, têm de ser orientados pelo conhecimento científico, articulação e capacitação técnica.

A subordinação ao princípio da unidade de comando e de articulação estruturada e a adesão incondicional aos interesses da missão, por parte dos diferentes agentes de Proteção Civil, são condições indispensáveis para o sucesso de qualquer operação no âmbito das responsabilidades que nos estão cometidas.

Tenho a convicção de que todas as instituições com responsabilidades e participação no Sistema de Proteção Civil partilham desta conceção como um imperativo ético e operacional e não deixarão de o prosseguir, afastando interesses corporativos e de protagonismo mediático.

É um longo caminho que ainda temos de percorrer, todos, Governo, autarquias, entidades e cidadãos, para enfrentar com pleno sucesso essa grande tragédia que são os incêndios, privilegiando a prevenção e melhorando o combate.

Respeitando as responsabilidades decorrentes da missão cometida a cada uma das entidades integrantes do Sistema de Proteção Civil, importa encontrar plataformas de entendimento e denominadores comuns, capazes de funcionar como instrumentos catalisadores da ideia de coordenação e cooperação entre as diferentes Instituições. Perante as dificuldades, os obstáculos e as ameaças que se colocam ao País no âmbito mais alargado do Sistema de Proteção Civil, só uma postura nos é admitida: a de superação e desafio, de modo a podermos transformar as contrariedades em oportunidades de mudança.

De forma sistemática e permanente, faremos a avaliação responsável das necessidades e proporemos as medidas a adotar, tendo sempre presente que, mais importante do que a multiplicação dos meios, é saber usá-los de maneira inteligente, criando as sinergias necessárias para valorizar o produto operacional, um sentido bem expresso na Resolução do Conselho de Ministros n.º 157-A/2017, de 27 de outubro, que aprova alterações estruturais na prevenção e combate a incêndios florestais.

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Senhor Ministro da Administração Interna Excelências

Animado pela mais forte motivação pessoal e profissional, encaro esta nomeação com entusiasmo e determinação, esperando estar à altura do honroso cargo que agora assumo e não defraudar as expectativas daqueles que em mim confiam - os cidadãos que sirvo e os colaboradores que chefio.

Permitam-me que as últimas palavras sejam dirigidas aos homens e mulheres, civis ou militares, bombeiros profissionais ou voluntários, profissionais das Forças Armadas ou das Forças e Serviços de Segurança, a todos quantos dão o melhor de si, muitas vezes com o sacrifício da própria vida, pela proteção das pessoas e bens colocados em perigo pela ação humana ou da natureza.

Todos juntos, cada um bem ciente das suas responsabilidades e tarefas, saberemos estar à altura da Missão que nos está cometida e, com trabalho, abnegação, disciplina e competência, oferecer a Portugal e aos portugueses a defesa e proteção que merecem e lhes é devida.

A todos os que se dignaram acompanhar-me nesta cerimónia, nos quais incluo os representantes dos órgãos da comunicação social, um grande bem hajam e a expressão do meu respeito e simpatia.

DISSE.

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