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PERGUNTE AO CARDIOLOGISTA

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Academic year: 2021

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(1)

PERGUNTE AO CARDIOLOGISTA

 Quais os melhores critérios para o diagnóstico de cardiopatia  Quais os melhores critérios para o diagnóstico de cardiopatia

grave?

 Basta o ecocardiograma em repouso ou devo sempre fazer avaliação funcional?

 E se a avaliação funcional incorrer em risco para o paciente?

(2)

Arquivos Brasileiros de Cardiologia

Arq. Bras. Cardiol. vol.87 no.2 São Paulo Aug. 2006

II Diretriz Brasileira de Cardiopatia Grave

Editor: Oscar P. Dutra

Co-Editores:

Henrique W. Besser, Humberto Tridapalli, Tiago Luiz Luz Leiria Membros:

Abrahão Afiune Neto, Antonio Felipe Simão, Antonio S. Sbissa, Enio Casagrande, Gustavo G. de Lima, Iran Castro, Iseu Gus, Ivo A. Nesralla, Nelson C. de Nonohay, Nestor Daudt, Maria Claúdia Irigoyen, Renato A. K. Kalil

Coordenador de Normatizações e Diretrizes da SBC: Jorge Ilha Guimarães

(3)

CARDIOPATIA GRAVE



HISTÓRICO

– Lei n.º 1711 (item III, do Artigo 178) do Estatuto dos Funcionários Civis da União – 28/10/1952

– Lei 7713/88, incluindo AIDS – 01/01/1989

– Em 30/12/2004 - a inclusão das hepatopatias graves, – Em 30/12/2004 - a inclusão das hepatopatias graves,

nefropatias graves, doenças causadas por radiação ionizante e a doença de Parkinson.

Em 1952, uma comissão multidisciplinar de médicos

enunciou o conceito de Cardiopatia Grave: doença que leva, em caráter temporário ou permanente, à redução da capacidade funcional do coração, a ponto de acarretar risco à vida ou impedir o servidor de exercer as suas atividades.

(4)

CARDIOPATIA GRAVE

CARDIOPATIA GRAVE

CONCEITUAÇÃO I

CONCEITUAÇÃO I



O conceito de cardiopatia grave engloba tanto doenças

cardíacas crônicas, como agudas. São consideradas

cardiopatias graves:



a) cardiopatias agudas rápidas em sua evolução, que se

tornam crônicas, caracterizadas por perda da capacidade

física e funcional do coração;



b) as cardiopatias crônicas, quando limitam,

progressivamente, a capacidade física e funcional do

coração (ultrapassando os limites de eficiência dos

mecanismos de compensação), apesar de tratamento

clínico e/ou cirúrgico adequado;

(5)

CONCEITUAÇÃO II

CONCEITUAÇÃO II

…São consideradas cardiopatias graves:



c) cardiopatias (crônicas ou agudas) com dependência total

de suporte inotrópico farmacológico (como dobutamina,

dopamina) ou mecânico (ex: BIA)

d) cardiopatia terminal: expectativa de vida extremamente



d) cardiopatia terminal: expectativa de vida extremamente

reduzida, geralmente não responsiva à terapia

farmacológica máxima ou ao suporte hemodinâmico

externo. São pacientes inoperáveis para correção do

distúrbio de base (valvopatia, isquemia, congênita...) ou

transplante cardíaco, devido à severidade do quadro clínico

ou comorbidades associadas (hipertensão arterial pulmonar,

disfunção renal severa, neoplasia avançada).

).

(6)

CONCEITUAÇÃO III

CONCEITUAÇÃO III

A limitação da capacidade física e funcional é definida,

habitualmente, pela presença de uma ou mais das

seguintes síndromes:



insuficiência cardíaca,



insuficiência coronariana,



arritmias complexas,



hipoxemia e manifestações de baixo débito cerebral,

(7)

Avaliação da capacidade funcional do coração

(NYHA)

 a) GRAU I: pacientes portadores de doença cardíaca sem limitação

da atividade física. A atividade física normal não provoca sintomas de fadiga acentuada, nem palpitações, nem dispnéias, nem angina de peito, nem sinais e sintomas de baixo fluxo cerebral;

 b) GRAU II: pacientes com leve limitação da atividade física.  b) GRAU II: pacientes com leve limitação da atividade física.

Sentem-se bem em repouso, porém os grandes esforços provocam fadiga, dispnéia, palpitações ou angina de peito;

 c) GRAU III: pacientes com nítida limitação da atividade física.

Estes pacientes sentem-se bem em repouso, embora acusem fadiga, dispnéia, palpitações ou angina de peito, quando efetuam pequenos esforços;

 d) GRAU IV: pacientes portadores de doença cardíaca que os

impossibilita de qualquer atividade física. Estes pacientes, mesmo em repouso, apresentam dispnéia, palpitações, fadiga ou angina de

(8)

DIAGNÓSTICO



 História Clínica (dados evolutivos) e exame clínico;História Clínica (dados evolutivos) e exame clínico; 

 ECG; ECGD (Holter); TE; Teste de caminhada de 6 minutos; <300m ECG; ECGD (Holter); TE; Teste de caminhada de 6 minutos; <300m

-->400 m; Ergoespirometria (VO2 pico < 14ml/kg/min) >400 m; Ergoespirometria (VO2 pico < 14ml/kg/min)



 Ecocardiograma, em repouso ou associado a esforço ou Ecocardiograma, em repouso ou associado a esforço ou

procedimentos farmacológicos; procedimentos farmacológicos;

Ecocardiograma, em repouso ou associado a esforço ou Ecocardiograma, em repouso ou associado a esforço ou procedimentos farmacológicos;

procedimentos farmacológicos;



 RX de tórax (mínimo de duas incidências)RX de tórax (mínimo de duas incidências) 

 Cintilografia miocárdica, c/ TE ou estresse fármacológico;Cintilografia miocárdica, c/ TE ou estresse fármacológico; 

 Cinecoronarioventriculografia;Cinecoronarioventriculografia; 

 Angiotomografia computadorizadaAngiotomografia computadorizada 

 AngioAngio--Ressonância e Ressonância magnética cardíaca …. Ressonância e Ressonância magnética cardíaca …. biópsia

(9)

CARDIOPATIA GRAVE



cardiopatia isquêmica,



cardiopatia hipertensiva,



miocardiopatias,

valvopatias,



valvopatias,



cardiopatias congênitas,



arritmias,



pericardiopatias,



aortopatias

(10)

Cardiopatia Grave

I. Cardiopatia Isquêmica

Forma aguda (IAM/angina instável) Forma aguda (IAM/angina instável)

 Síndromes coronarianas agudas sem supradesnivelamento de

segmento ST com

- Sinais de baixo débito; sinais de insuficiência cardíaca aguda;

presença de arritmia ventricular complexa; sinais de disfunção

ventricular; e/ou em paciente já revascularizado, sem condições de tratamento cirúrgico ou percutâneo.

tratamento cirúrgico ou percutâneo.

 Síndromes coronarianas agudas com supradesnivelamento do

segmento ST ou BRE novo

- Choque cardiogênico (Killip IV); sinais de insuficiência cardíaca aguda (Killip II-III); presença de arritmia ventricular maligna; complicação mecânica do IAM (ruptura de parede livre, CIV,

disfunção de músculo papilar); IAM anterior extenso (V1-V6 DI aVL); presença de BAV II, grau Mobiz II, BAVT, ou distúrbio de condução intraventricular; infarto perioperatório de CRM; quadro clínico de IAM, em paciente já com infarto prévio de grande extensão, ou com IC já estabelecida.

(11)

Cardiopatia Grave

Cardiopatia Grave

I. Cardiopatia

I. Cardiopatia Isquêmica

Forma crônica (angina estável)



Quadro clínico de forma crônica

- Angina classes III e IV da CCS (Canadian Cardiovascular Society), apesar da terapêutica máxima adequadamente

Society), apesar da terapêutica máxima adequadamente usada; manifestações clínicas de insuficiência cardíaca,

associada à isquemia aguda nas formas crônicas, a presença de disfunção ventricular progressiva; arritmias graves

associadas ao quadro anginoso, principalmente do tipo

ventricular (salvas de extra-sístoles, taquicardia ventricular não sustentada ou sustentada (devem-se associar dados do ECG e Holter).

(12)

Cardiopatia Grave

I. Cardiopatia Isquêmica



Eletrocardiograma (repouso)

- Zona elétrica inativa (localização e magnitude),

- alterações permanentes e significativas na repolarização ventricular; - alterações permanentes e significativas na repolarização ventricular; - alterações isquêmicas de ST-T(tipo segmento ST permanentemente

elevado, configurando a possibilidade de aneurisma ventricular);

- distúrbios da condução AV e IV (QRS maior que 120 ms); - hipertrofia ventricular esquerda de grande magnitude; - fibrilação atrial crônica;

(13)

Cardiopatia Grave

I. Cardiopatia Isquêmica



Radiografia do tórax

- Cardiomegalia; congestão venocapilar pulmonar; derrame pleural bilateral ou unilateral importante.



Teste ergométrico



Teste ergométrico

- Limitação da capacidade funcional (<5 MET); angina em carga baixa (<5MET); infradesnível do segmento ST: precoce (carga

baixa), acentuada (>3mm), morfologia horizontal ou descendente, múltiplas derivações, duração prolongada (>6 min no período de recuperação). Supradesnível de ST, sobretudo em área não

relacionada a infarto prévio; comportamento anormal da pressão arterial diastólica: queda de PAS >30mmHg; insuficiência

cronotrópica (elevação inadequada da freqüência cardíaca,

descartado o uso de drogas que possam alterar o cronotropismo); sinais de disfunção ventricular esquerda associada ao esforço;

(14)

Cardiopatia Grave

I. Cardiopatia Isquêmica



Cintilografia miocárdica associada a teste

ergométrico (tálio, MIBI)

-- Defeitos de perfusão múltiplos ou áreas extensas (áreas

hipocaptantes definitivas ou transitórias); dilatação da cavidade

ventricular esquerda ao esforço; hipercaptação pulmonar; fração de ventricular esquerda ao esforço; hipercaptação pulmonar; fração de ejeção (FE) em repouso ou esforço < (40 %); comportamento anormal da FE ao exercício (variação da FE<5%); mobilidade parietal regional ou global anormal.



Cintilografia miocárdica associada a dipiridamol e

outros fármacos

- Interpretação semelhante à definida para a cintilografia com teste ergométrico.

(15)

Cardiopatia Grave

I. Cardiopatia Isquêmica



Ecocardiograma (em repouso)

-- Fração de ejeção <0,40 . Alterações segmentares de grande Fração de ejeção <0,40 . Alterações segmentares de grande magnitude ou vários segmentos que modificam a contratilidade magnitude ou vários segmentos que modificam a contratilidade ventricular, levando à redução da fração ventricular; dilatação das ventricular, levando à redução da fração ventricular; dilatação das câmaras esquerdas, especialmente se associadas à HVE;

câmaras esquerdas, especialmente se associadas à HVE;

ventricular, levando à redução da fração ventricular; dilatação das ventricular, levando à redução da fração ventricular; dilatação das câmaras esquerdas, especialmente se associadas à HVE;

câmaras esquerdas, especialmente se associadas à HVE; complicações associadas: disfunção dos músculos papilares, complicações associadas: disfunção dos músculos papilares, insuficiência mitral, CIV, pseudo

insuficiência mitral, CIV, pseudo--aneurismas, aneurismas, trombos aneurismas, aneurismas, trombos intracavitários; complicações associadas ao esforço ou aos

intracavitários; complicações associadas ao esforço ou aos

procedimentos farmacológicos; aparecimento de alterações da procedimentos farmacológicos; aparecimento de alterações da contratilidade segmentar inexistentes no ecocardiograma em contratilidade segmentar inexistentes no ecocardiograma em

repouso. Anormalidades em dois segmentos da parede ventricular repouso. Anormalidades em dois segmentos da parede ventricular em repouso ou induzidas com doses baixas de dobutamina; resposta em repouso ou induzidas com doses baixas de dobutamina; resposta inotrópica inadequada ao uso de drogas cardioestimulantes;

inotrópica inadequada ao uso de drogas cardioestimulantes; acentuação das alterações de contratilidade preexistentes; acentuação das alterações de contratilidade preexistentes; comportamento anormal da FE ao exercício.

(16)

Cardiopatia Grave

I. Cardiopatia Isquêmica



Eletrocardiografia dinâmica (Holter)

- Alterações isquêmicas dinâmicas (ST-T--t), associadas ou não à dor

anginosa, com ou sem sintomas de disfunção ventricular esquerda; isquemia miocárdica silenciosa; arritmias ventriculares complexas, transitórias ou não; fibrilação atrial e flutter atrial associados à

isquemia; distúrbios de condução atrioventricular e intraventricular relacionados à isquemia – bloqueios de ramos induzidos pelo esforço físico.

físico.



Cinecoronarioventriculografia

- Lesão de tronco de coronária esquerda > 50%; lesões em 3 vasos, moderadas a importantes (>70% em 1/3 proximal ou médio) e, eventualmente, do leito distal, dependendo da massa miocárdica envolvida; lesões em 1 ou 2 vasos de > 70%, com grande massa miocárdica em risco; lesões ateromatosas extensas e difusas, sem

viabilidade de correção cirúrgica ou por intervenção percutânea; fração de ejeção < 0,40; hipertrofia e dilatação ventricular esquerdas; áreas extensas de acinesia, hipocinesia e discinesia; aneurisma de ventrículo esquerdo; complicações mecânicas: Insuf. Mitral, CIV.

(17)

Cardiopatia Grave

I. Cardiopatia Isquêmica



Fatores de risco e condições associadas

- Idade >70 anos, hipertensão, diabetes,

hipercolesterolemia familiar; vasculopatia aterosclerótica

importante em outros territórios, como carótidas, membros

inferiores, renais, cerebrais.



Pós-infarto do miocárdio

-

Cintilografia ou RNM para pesquisa de viabilidade e

demarcação de necrose, pois a extensão de necrose é

marca de gravidade; disfunção ventricular esquerda (áreas

de acinesia, hipocinesia e discinesia); isquemia à distância

(em outra área que não a do infarto); arritmias

ventriculares complexas; idade avançada (> 70 anos);

comorbidades associadas, como diabetes mellitus; doença

pulmonar obstrutiva severa, neoplasias, doença arterial

periférica, comprometendo vários leitos arteriais.

(18)

Cardiopatia Grave

I. Cardiopatia Isquêmica



Quando o tratamento adequado – clínico,

intervencionista ou cirúrgico – melhorar ou

abolir as alterações acima descritas, o conceito

de gravidade deve ser reconsiderado e

de gravidade deve ser reconsiderado e

reavaliado.



Manutenção na Condição de Cardiopatia Grave:

– FE permanece < 40%

– área de necrose valor >20%

– arritmias malignas.

(19)

Cardiopatia Grave

II. CARDIOPATIA HIPERTENSIVA





Níveis tensionais + Lesões em Órgãos

Níveis tensionais + Lesões em Órgãos--Alvo

Alvo

– pressão diastólica < 110mmHg + danos a órgão(s)-alvo = cifra baixa complicada

– pressão diastólica > 110mmHg + dano a órgão(s)-alvo = cifra alta complicada

 cardiopatia hipertensiva, a gravidade: HVE pelo ECG com ARV

ou ecocardiograma ou ecocardiograma

 cérebro: isquemia cerebral transitória, acidente vascular

cerebral isquêmico ou hemorrágico.

 rins: creatinina >3,0mg/dl, ou DCE abaixo de 30ml/min; presença de

albuminúria e/ou sinais de insuficiência renal crônica (redução do

tamanho dos rins, disfunção plaquetária, anemia crônica, distúrbio do equilíbrio ácido básico, hiperazotemia).

 Artérias periféricas: aneurisma e/ou dissecção da aorta, trombose

arterial periférica, estenose de carótida >70% assintomática e > 50% com sintomas.

(20)

Cardiopatia Grave III. MIOCARDIOPATIAS



Miocardiopatias hipertróficas



Miocardiopatias dilatadas (primárias ou

secundárias)

secundárias)



Miocardiopatia restritiva (endomiocardiofibrose,

fibroelastose, miocardiopatias

infiltrativas-amiloidose)

(21)

Cardiopatia Grave III. MIOCARDIOPATIAS



Miocardiopatias hipertróficas

Presença de um ou mais fatores abaixo:

- pte sintomático c/ história de síncope, angina, IC e embolia sistêmica; - diagnóstico na infância (baixa idade);

- hipertrofia moderada ou severa, com alterações isquêmicas de ST-T; - hipertrofia moderada ou severa, com alterações isquêmicas de ST-T; - cardiomegalia;

- disfunção ventricular esquerda sistólica, com FE < 40%; - fibrilação atrial;

- síndrome de Wolff-Parkinson-White associada; - arritmias ventriculares complexas;

- regurgitação mitral importante;

- doença arterial coronariana grave associada;

- forma obstrutiva com gradiente de via de saída >50mmHg; - perfil citogenético de alto risco.

(22)

Cardiopatia Grave

III. MIOCARDIOPATIAS



Miocardiopatias dilatadas (primárias ou

secundárias)

Presença de um ou mais fatores abaixo:

-

história de fenômenos tromboembólicos sistêmicos; - cardiomegalia importante;

- ritmo de galope (B3);

- insuficiência cardíaca CF III e IV; - FE < 0,40;

- fibrilação atrial ou arritmias ventriculares complexas;

- distúrbios da conduçãoIV com complexos QRS >120mms ou presença de assincronia ventricular demonstrada por ecocardiograma, com

(23)

Cardiopatia Grave

III. MIOCARDIOPATIAS



Miocardiopatias restritivas (endomiocardiofibrose,

fibroelastose, miocardiopatias

infiltrativas-amiloidose)

Presença de um ou mais fatores abaixo::

Presença de um ou mais fatores abaixo::

-- história de fenômenos tromboembólicos;história de fenômenos tromboembólicos; -- cardiomegalia acentuada;cardiomegalia acentuada;

-- insuficiência cardíaca classe funcional III e IV;insuficiência cardíaca classe funcional III e IV; -- envolvimento do ventrículo direito;envolvimento do ventrículo direito;

-- fibrose miocárdica acentuada;fibrose miocárdica acentuada;

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Cardiopatia Grave

III. MIOCARDIOPATIAS



Cardiopatia chagásica crônica

- História de síncope;

- fenômenos tromboembólicos; cardiomegalia acentuada;

- fenômenos tromboembólicos; cardiomegalia acentuada;

- insuficiência cardíaca classe funcional III e IV;

- fibrilação atrial ou arritmias ventriculares complexas;

- bloqueio bi ou trifascicular sintomático

(25)

Cardiopatia Grave

III. VALVOPATIAS





Lesões Válvula Mitral (incluindo PVM)

Lesões Válvula Mitral (incluindo PVM)





“ Válvula Aórtica

“ Válvula Aórtica





“ Válvula Aórtica

“ Válvula Aórtica





“ Válvula Pulmonar

“ Válvula Pulmonar



(26)

Cardiopatia Grave

III. VALVOPATIAS



Insuficiência mitral

Quadro clínico

- insuficiência cardíaca classe funcional III e IV; frêmito

sistólico palpável na região da ponta; primeira bulha inaudível ou acentuadamente hipofonética no foco mitral; sopro

holossistólico no foco mitral, de intensidade > 3/6, com

irradiação em faixa ou círculo; segunda bulha hiperfonética no foco pulmonar; desdobramento amplo e constante da segunda irradiação em faixa ou círculo; segunda bulha hiperfonética no foco pulmonar; desdobramento amplo e constante da segunda bulha no foco pulmonar; insuficiência mitral aguda associada ou não a processo isquêmico.

ECG - Sinais de ↑ AE e VE, com alt. RV; Fibrilação Atrial ECO -- jato regurgitante de grande magnitude;

comprometimento progressivo da função ventricular sistólica; aumento significativo do diâmetro sistólico do ventrículo

esquerdo; inversão do fluxo sistólico em veia pulmonar; sinais de hipertensão pulmonar.

(27)

Cardiopatia Grave

III. VALVOPATIAS

 Estenose mitral

Quadro clínico

- História de comissurotomia mitral prévia; tromboembólismo; IC c/ CF III e IV; episódios de EAP; escarros hemópticos; fibrilação atrial;

estalido precoce de abertura da valva mitral; impulsão sistólica de ventrículo direito; B2 hiperfonética no FP; sinais de Insuf.Tricúspide. ECG - Fibrilação atrial; sinais de sobrecarga de câmaras direitas. ECG - Fibrilação atrial; sinais de sobrecarga de câmaras direitas. RX - Inversão do padrão vascular pulmonar; sinais de H. Pulmonar. ECO - Área valvar <1,0cm2; gradiente transvalvar mitral médio >15 mmHg; sinais de hipert. pulmonar (PSAP > 50mmHg); trombo em AE. Hemodinâmica - Área valvar <1,0 cm2; gradiente diastólico mitral médio >15 mmHg; pressão média de capilar pulmonar ou de átrio esquerdo >20 mmHg; pressão sistólica da artéria pulmonar >50 mmHg.

(28)

Cardiopatia Grave

III. VALVOPATIAS

 Prolapso valvar mitral

História familiar de morte súbita; história de síncope; fenômenos tromboembólicos; síndrome de Marfan associada; arritmias

ventriculares complexas; fibrilação atrial; disfunção ventricular esquerda; regurgitação mitral importante; prolapso valvar

esquerda; regurgitação mitral importante; prolapso valvar tricúspide associado; cardiomegalia (aumento de câmaras esquerdas); rotura de cordoalhas tendíneas.

 Pacientes portadores de prótese cardíaca

Presença de hemólise com necessidade de hemoterapia; sinais de disfunção protética aguda ou crônica; história de endocardite

pregressa ou atual; presença de gradiente não funcional, acarretando disfunção/dilatação ventricular.

(29)

Cardiopatia Grave

III. VALVOPATIAS

 Estenose aórtica

Quadro clínico - Sintomas de baixo débito cerebral (tontura, lipotimia, síncope); angina; presença de B3; insuficiência cardíaca; pressão

arterial diferencial reduzida; pico tardio de intensidade máxima do sopro; desdobramento paradoxal da segunda bulha; fibrilação atrial. Eletrocardiograma - SVE importante, com infra ST e onda T negativa em precordiais esquerdas; SAE; FA; arritmias ventriculares complexas; em precordiais esquerdas; SAE; FA; arritmias ventriculares complexas; bloqueio atrioventricular total.

ECO - Área valvar < 0,75 cm2; gradiente médio de pressão transvalvar aórtica > 50 mmHg; gradiente máximo > 70 mmHg; sinais de

hipocinesia ventricular esquerda.

Hemodinâmica - Área valvar <0,75 cm2; hipocinesia ventricular esquerda; coronariopatia associada.

Situação pós-cirúrgica - é de consenso que a obstrução permanece, embora com um gradiente menor, mantendo, portanto, a condição

fisiopatológica. A permanência da definição de cardiopatia grave dependerá do gesto profissional.

(30)

CONCLUSÃO 1

 "É preciso não confundir gravidade de uma cardiopatia com

Cardiopatia Grave, uma entidade médico-pericial“ (Besser, HW).

 Essencialmente, a classificação de uma Cardiopatia Grave não é

baseada em dados que caracterizam uma entidade clínica, e sim, nos aspectos de gravidade das cardiopatias, colocados em

baseada em dados que caracterizam uma entidade clínica, e sim, nos aspectos de gravidade das cardiopatias, colocados em

perspectiva com a capacidade de exercer as funções laborativas e suas relações como prognóstico de longo prazo e a sobrevivência do indivíduo.



 Tratamento pode modificar a evolução/gravidade (reversibilidade).Tratamento pode modificar a evolução/gravidade (reversibilidade). 

(31)

CONCLUSÃO 2



… nunca devemos achar, de antemão, que

pacientes submetidos a quaisquer das

intervenções mencionadas têm a condição

médico-pericial de Cardiopatia Grave, como

erroneamente interpretado por muitos.

erroneamente interpretado por muitos.

Considera-se portador de Cardiopatia Grave,

quando existir uma doença cardíaca que

acarrete o total e definitivo impedimento das

condições laborativas, existindo, implicitamente,

uma expectativa de vida reduzida ou diminuída,

baseando-se o avaliador na documentação e no

diagnóstico da cardiopatia.

(32)

PERGUNTA:



Quais os melhores critérios para o

diagnóstico de cardiopatia grave?



Basta o ecocardiograma em repouso ou

devo sempre fazer avaliação funcional?



E se a avaliação funcional incorrer em

(33)

Avaliação da capacidade funcional do coração

(NYHA)



a) GRAU I: pacientes sem limitação da atividade física. A

atividade física normal não provoca sintomas.



b) GRAU II: pacientes com leve limitação da atividade

física. Sentem-se bem em repouso,sintomas aos grandes



b) GRAU II: pacientes com leve limitação da atividade

física. Sentem-se bem em repouso,sintomas aos grandes

esforços;



c) GRAU III: pacientes com nítida limitação da atividade

física. Estes pacientes sentem-se bem em repouso,

sintomas aos pequenos esforços;



d) GRAU IV: impossibilitados de qualquer atividade

(34)
(35)

O B R I G A D O

José Carlos Dias Carneiro

jccarneiro@esame.com.br www.esame.com.br

Referências

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