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Programa Operacional de Sanidade Florestal

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RELATÓRIO 2016

DATA 20/ 07 / 2017

TÍTULO

Programa Operacional de Sanidade Florestal

RELATÓRIO DE EXECUÇÃO - 2016

Grupo de Acompanhamento de Sanidade Florestal

(GASF)

(2)

RELATÓRIO 2016

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

INDÍCE

1. Enquadramento 3

2. Execução do POSF 3

2.1. Objetivos estratégicos e operacionais (Capítulo 2) 4

2.2. A fitossanidade florestal em Portugal (Capítulo 3) 4

2.3. Sistema de informação FITO (capítulo 5) 7

2.4. Bases para operacionalização de ações de prevenção e controlo (Capítulo 7) 7

2.4.1. Planos de atuação 8

2.4.2. Prospeção de agentes bióticos nocivos 8

2.4.3. Controlo de agentes bióticos nocivos 13

2.5. Prioridades de investigação e desenvolvimento (Capítulo 8) 19 2.6. Informação, comunicação, sensibilização e formação (Capítulo 9) 22

2.7. Mecanismos financeiros (Capítulo 10) 33

2.7.1. Cofinanciamento comunitário 33

2.7.2. Programa de Desenvolvimento Rural 34

2.8. Metas e indicadores (Capítulo 11) 35

3. Grupos de trabalho 59

3.1. GASF 59

3.2. GT Eucaliptal 62

3.3. GT do Montado e GT do pinhal manso 63

3.4. GT do pinhal bravo 63

4. Secção Especializada de Fitossanidade Florestal (SEFF) 64

5. Relatório de execução 68 6. Apreciação final 69 6.1. Aspetos positivos 70 6.2. Constrangimentos 70 6.3. Oportunidades de melhoria 70 7. Glossário 73 8. Acrónimos 74 9. Anexos 75

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

1. Enquadramento

O Programa Operacional de Sanidade Florestal (POSF), aprovado através da Resolução de Conselho de Ministros n.º 28/2014, de 7 de abril, estabelece medidas e ações de prevenção e controlo, definindo as bases de intervenção para a redução dos riscos de introdução, de dispersão e de danos provocados por agentes bióticos nocivos. Define também as entidades com competências na implementação dessas medidas e ações, perspetivadas para os vários grupos de agentes bióticos nocivos e para os diferentes sistemas florestais.

A atribuição de apoios financeiros a integrar no âmbito dos mecanismos de financiamento estabelecidos para o período 2014/2020 encontra-se enquadrada com a observância e cumprimento das medidas e ações previstas no POSF.

O POSF prevê a existência do Grupo de Acompanhamento de Sanidade Florestal (GASF), o qual tem por função reunir as entidades relevantes nesta área e representativas do setor na concretização de uma estratégia consistente de proteção da floresta contra agentes bióticos nocivos.

O GASF, coordenado pelo ICNF, I.P., tem como principais objetivos:

 Assegurar um planeamento político e operacional consistente, que salvaguarde os interesses dos agentes do setor e de Portugal em termos de proteção fitossanitária;

 Discutir e avaliar o avanço das medidas previstas e executadas, mantendo uma avaliação anual, à escala nacional e local;

Propor novas estratégias de atuação, sempre que necessário.

A referida Resolução de Conselho de Ministros prevê a revisão do POSF no prazo de 3 anos a contar da data de entrada em vigor desta Resolução, o que motivou o processo de revisão deste programa em 2016, com apresentação aos parceiros do GASF, em dezembro de 2016, de uma proposta de revisão do POSF.

No âmbito das funções e atividades atribuídas ao GASF, nos “Princípios de organização e funcionamento”, está prevista a elaboração de um relatório anual sobre a execução do POSF. Assim, o presente relatório pretende refletir as intervenções das entidades que constituem o GASF, durante o ano de 2016, e que contribuíram para a concretização dos objetivos, indicadores e metas vertidos no POSF.

2. Execução do POSF

À semelhança dos relatórios elaborados nos anos anteriores, a apresentação das ações executadas pelas diferentes entidades em 2016 vai ser enquadrada com os principais capítulos constituintes do POSF.

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

2.1. Objetivos estratégicos e operacionais (Capítulo 2)

No âmbito da proposta de revisão do POSF, mantiveram-se os 4 objetivos estratégicos com ajuste de alguns objetivos operacionais, conforme indicado no quadro 1.

Quadro 1 – Objetivos operacionais e proposta de alteração. Objetivos

estratégicos

Objetivos operacionais iniciais Atuação Novos objetivos operacionais 1. Aumentar o conhecimento sobre a presença de agentes bióticos nocivos

1.2.Conhecer a distribuição geográfica e o grau de perigosidade dos principais agentes

bióticos nocivos por sistema florestal. Integrar num único objetivo operacional

Conhecer os impactes reais e potenciais da presença dos agentes bióticos nocivos por sistema florestal

1.3.Conhecer os impactes reais e potenciais da ação dos agentes bióticos nocivos. 2. Reduzir os danos nos ecossistemas florestais e consequentes perdas económicas.

Sem alterações Sem alterações Não aplicável

3. Reduzir o potencial de introdução e instalação de novos agentes bióticos nocivos Mantem os iniciais Adicionar novo objetivo proveniente do objetivo estratégico 4 Promover a realização de avaliações de risco a potenciais Pragas. 4. Aumentar o conhecimento científico sobre os agentes bióticos nocivos

4.2.Promover a realização de avaliações de risco a potenciais Pragas.

Passar para o objetivo estratégico 3

- Adicionar novo objetivo

Promover a atualização do conhecimento científico que for sendo adquirido e/ou disponibilizado

2.2. A fitossanidade florestal em Portugal (Capítulo 3)

No âmbito da aplicação do regime de proteção fitossanitária, a implementação gradual do Quadro

Orgânico da Inspeção Fitossanitária no ICNF,I.P., permitiu orientar de forma harmonizada a

atuação dos inspetores fitossanitários (IF) do ICNF, I.P. com vista à melhoria da atividade de inspeção fitossanitária e de prospeção e monitorização de agentes bióticos nocivos. Em 2016

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participaram na atividade inspetiva e nas ações de prospeção 29 inspetores fitossanitários dos diferentes DCNF e também dos serviços centrais (quadro 2).

Com a função de coordenação e de planeamento estiveram ainda envolvidos mais 5 inspetores fitossanitários dos serviços centrais.

Quadro 2 – Número de inspetores fitossanitários envolvidos nas ações de inspeção e de prospeção. DCNF Norte DCNF Centro DCNF LVT DCNF Alentejo DCNF Algarve Serviços Centrais Total

8 6 6 5 2 2 29

No âmbito da ação inspetiva o ICNF, I.P. realizou 740 inspeções fitossanitárias aos operadores económicos (70% de execução), 3407 inspeções fitossanitárias à importação/exportação e 73 ações de supervisão.

Acrescem ainda 60 inspeções realizadas à importação de toros de carvalho (Quercus L.) com casca, proveniente dos Estados Unidos da América, de acordo com a Decisão da Comissão 2005/359/CE, de 29 de abril, que devido à complexidade da inspeção e do seu resultado justificar a autorização ou não, pela Comissão Europeia, da importação daquele material, são apresentadas em relatório próprio.

Por outro lado, a inspeção à importação, com utilização de “frequência reduzida” também tem tratamento diferenciado, dado que os seus resultados condicionam igualmente as autorizações à sua realização, revistas, anualmente pela Comissão Europeia.

Relativamente às inspeções à importação foram vistos 1076 contentores, num total de quase 25 mil toneladas de material lenhoso de várias espécies (quadro 3).

Quadro 3 – Inspeções à importação por espécie. Espécies importadas Quantidade de material

lenhoso (ton) Acer spp. 212,5 Fraxinus spp. 1.351 Larix spp. 425,5 Picea spp. 224 Pinus spp. 8.551 Populus spp. 311,6 Quercus spp. 13.744,5 Thuja spp. 21 Total 24.841.1

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No que se refere à inspeção às importações e à circulação de material vegetal não foram registadas interceções de NMP em casca de coníferas, havendo no entanto outras interceções essencialmente em material de embalagem e também em madeira. Em 2016 o ICNF, I.P. registou 64 interceções:

 25 interceções implicaram a destruição do material lenhoso associado a algumas espécies florestais (Pinus spp., Quercus spp., Fraxinus spp. e Picea spp.);

16 interceções foram de natureza documental associadas a várias espécies florestais (Pinus spp., Quercus spp., Acer spp., Populus spp. e Picea spp.);

 14 interceções resultaram na remoção e destruição das superfícies naturais arredondadas;

 9 interceções implicaram a realização de tratamentos adequados ao material lenhoso inspecionado.

No que se refere às inspeções à exportação, foram emitidos 2680 certificados fitossanitários referentes a diferentes produtos:

 Cortiça (aglomerada, granulada, virgem, em prancha e rolhas);

 Folha de madeira;

 Madeira/toros;

 Madeira processada (soalho, parquê, móveis, portas, aros de portas);

 Barris;

 Casas flutuantes desmontadas.

Ainda no âmbito do quadro orgânico, foram criados 5 grupos de trabalho (quadro 4) com participação de inspetores fitossanitários de todos os DCNF e dos serviços centrais, dos quais 4 desenvolveram atividade em 2016.

Quadro 4 – Grupos de trabalho criados no âmbito do Quadro Orgânico.

Grupo de trabalho Tema Reuniões

GRUPO 1 Importação/exportação 14 e 15/06/2016

GRUPO 2 Inspeção aos materiais florestais de reprodução 10/11/2016 GRUPO 3 Prospeção e amostragem de outros agentes bióticos nocivos 10/11/2016 GRUPO 4 Aplicação do Decreto-Lei n.º 95/2011, de 8 de agosto, com a

redação dada pelo Decreto-Lei n.º 123/2015, de 3 de julho 23, 24, 25 e 27/05/2016

GRUPO 5 Prospeção e amostragem de NMP

De salientar ainda a deteção pela primeira vez em Portugal e respetiva notificação à Comissão Europeia do fungo Scirrhia acicola (Dearn.) Siggers (syn Lecanosticta acicola (Thüm.) Syd) (syn. Mycosphaerella dearnessii M.E. Barr), detetado num povoamento de Pinus radiata produtor de semente.

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

SIST EMA DE IN FO RMA ÇÃ O FITO MÓDULOS Inspeção a Operadores Económicos Locais de Produção e de Comercialização Locais de Transformação COMPONENTES Prospeção e

Amostragem Cancro Resinoso do Pinheiro Outros Agentes Bióticos Nemátodo Madeira do Pinheiro Registo de Operadores Económicos Inspeção à Importação MÓDULOS Material Lenhoso Materiais Florestais de Reprodução COMPONENTES Destinos Autorizados Interceções e Medidas Aplicadas Locais de Entrada Inspeção à Exportação ESTATÍSTICAS

2.3. Sistema de informação FITO (capítulo 5)

O sistema de informação sobre fitossanidade florestal (FITO) pretende acomodar informação sobre as ações de prospeção, controlo e monitorização de agentes bióticos nocivos e de inspeção fitossanitária, permitindo também a obtenção de informação estatística sobre a atividade. Este sistema de informação incorpora vários módulos, cada um deles relacionado com um conteúdo funcional específico e que é constituído por todos os componentes que congregam, geram e disseminam a informação de cariz fitossanitário, conforme esquematizado na figura 1.

Figura 1 – Estrutura (módulos e componentes) do sistema de informação FITO.

Durante 2016 continuaram apenas a funcionar alguns módulos (assinalados a verde na figura 1), sendo por isso necessário atualizar esta estrutura para responder ao registo de informação de novos agentes bióticos nocivos e das inspeções fitossanitárias.

2.4. Bases para operacionalização de ações de prevenção e controlo (Capítulo 7)

No sentido de harmonizar procedimentos de prospeção e amostragem realizou-se em junho uma reunião de articulação entre INIAV, I.P., DGAV e ICNF, I.P., onde foram estabelecidos os períodos mais adequados para recolha de amostras e as quantidades que devem ser entregues semanalmente no laboratório.

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

Planos de ação

Nemátodo-da-madeira-do-pinheiro Cancro-resinoso-do-pinheiro Vespa-das-galhas-do-castanheiro

Planos de

contingência

Chalara fraxinea Anoplophora chinensis Phytophthora ramorum Xylella fastidiosa

Planos de

controlo

Gorgulho-do-eucalipto Thaumastocoris peregrinus 2.4.1. Planos de atuação

Foram implementados todos os planos de atuação aprovados (figura 2), encontrando-se em fase final de elaboração o plano de contingência para insetos nocivos não presentes em Portugal, o plano de controlo para o sugador-das-pinhas (Leptoglossus occidentalis) e o plano de contingência para os insetos Anoplophora chinensis e Anoplophora glabripennis para o período 2016-2021. O plano de controlo para o inseto Gonipterus platensis iniciou o seu processo de revisão para a 3.ª fase (2016 a 2020).

Figura 2 – Planos de atuação implementados em 2016.

Informação sobre os resultados obtidos com a implementação dos planos acima referidos encontra-se disponível no sitio do ICNF, I.P. (http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/plan-rel/rel) e da DGAV (http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?Genérico=10855974 &cboui=10855974).

2.4.2. Prospeção de agentes bióticos nocivos

No âmbito do Programa Nacional de Prospeção, coordenado pela DGAV, efetuou-se a prospeção de 15 agentes bióticos nocivos (quadro 5), a maior parte dos quais com cofinanciamento comunitário para a sua prospeção. Os resultados destas prospeções estarão disponíveis no site do ICNF, I.P. durante o ano de 2017.

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Quadro 5 – Agentes bióticos nocivos prospetados em 2016 no âmbito do Programa Nacional de Prospeção. Agente biótico nocivo Principais hospedeiros Apoio financeiro comunitário

SIM NÃO

Agrilus anxius (inseto)

Ausente em Portugal e na UE Betula spp. X

Agrilus planipennis (inseto)

Ausente em Portugal e na UE Fraxinus spp. X

Anoplophora chinensis (inseto) Ausente em Portugal Acer spp. Alnus spp. Betula spp. Fagus spp. Platanus spp. Populus spp. Prunus spp. Salix spp. Ulmus spp. X

Anoplophora glabripennis (inseto) Ausente em Portugal

X

Bursaphelencus xylofagus (nemátodo)

Presente em Portugal Coníferas X

Chalara fraxinea (fungo)

Ausente em Portugal Fraxinus spp. X

Dendrolimus sibiricus (inseto) Ausente em Portugal e na UE Picea spp. Abies spp. Pinus spp. Larix spp. Tsuga spp. X

Dryocosmus kuriphilus (inseto)

Presente em Portugal Castanea spp. X

Fusarium circinatum (fungo) Presente em Portugal Pinus spp. Pseudotsuga menziesii X Monochamus spp.(não-europeias) Ausente em Portugal e na UE Pinus spp. Pseudotsuga menziesii Picea spp. Abies spp. X

Phytophtora ramorum (cromista) Ausente em Portugal Quercus spp. Quercus suber Quercus ilex Arbutus unedo Castanea spp. Fagus spp. X

Popilia japonica (inseto)

Ausente em Portugal (exceto nos Açores) e na UE Betula spp. Castanea spp. Acer spp. Salix spp. Platanus spp. Populus spp. Juglans spp. Ulmus spp. Tilia spp. X

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0% 20% 40% 60% 80% 100% A. anxius A. planipennis Dendrolimus sibiricus Monochamus spp. A. chinensis A. glabripennis Popilia japonica Xylosandrus crassiusculus Xilella fastidiosa Previsto Executado Thaumastocoris peregrinus (inseto)

Presente em Portugal Eucalyptus spp. X

Xylella fastidiosa (bactéria)

Ausente em Portugal Quercus spp. X

Xylosandrus crassiusculus (inseto) Ausente em Portugal Alnus spp. Ceratonia siliqua, Eucalyptus spp. Populus spp. Prunus avium Salix spp. Quercus spp. X

No âmbito da prospeção realizada com cofinanciamento comunitário, registou-se uma atuação distribuída por todo o país, apresentando-se no anexo 1os concelhos abrangidos, para cada um dos agentes bióticos nocivos prospetados. No total realizaram-se 26.934 observações visuais tendo sido ultrapassadas as metas inicialmente previstas (20.841 observações), distribuídas pelos diferentes agentes bióticos nocivos (figuras 3 e 4). Recolheram-se 11.994 amostras (97% associadas ao NMP, 2,5% ao cancro-resinoso-do-pinheiro e 0,5% à bactéria Xylella fastidiosa).

Figura 3 – Prospeção de agentes bióticos nocivos 2016, objeto de apoio financeiro pela Comissão

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12979 13040 0% 20% 40% 60% 80% 100% NMP Fusarium circinatum Previsto Executado 0% 20% 40% 60% 80% 100% Chalara fraxinea Dryocosmus kuriphilus P. ramorum T. peregrinus Previsto Executado

Figura 4 – Prospeção de agentes bióticos nocivos 2016: Bursaphelencus xylofagus e Fusarium circinatum.

Foram também prospetados 4 agentes bióticos nocivos (figura 5) que não foram objeto de cofinanciamento comunitário, tendo-se obtido uma execução de 81%. No anexo 2 apresentam-se os concelhos abrangidos pela prospeção de pragas que não foram objeto de financiamento.

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Informação mais detalhada sobre os resultados obtidos com todas as ações de prospeção irá ser disponibilizada em relatórios específicos disponíveis em:

http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/plan-rel/rel.

No que se refere ao inseto Thaumastocoris peregrinus e ao trabalho desenvolvido pelo RAIZ e pela Altri Florestal, tem sido efetuada uma monitorização desta praga desde 2012 (figura 6). Em 2016, acompanhou-se a distribuição do percevejo, entre outubro e novembro, após o pico de atividade da praga, que ocorreu entre julho e setembro. Observou-se uma expansão da área de presença do inseto relativamente a 2015, tendo sido detetado pela primeira vez em 2016 na região Norte, em Trás-os-Montes.

Figura 6 - Mapa de distribuição da presença de Thaumastocoris peregrinus a nível nacional, entre 2012 e

2016.

Observou-se bronzeamento e/ou desfolha sobretudo em eucaliptos híbridos e espécies muito suscetíveis (como Eucalyptus viminalis). A ocorrência de desfolha em E. globulus foi rara, mas encontraram-se de forma generalizada picadas e descoloração parcial das copas nas regiões Sul, Vale do Tejo e Interior.

No que se refere à vespa-das-galhas-do-castanheiro, em 2016 a praga continuou a expandir-se com muita rapidez e intensidade, sobretudo na região de Entre Douro e Minho onde está dispersa em quase todo o território. Na Região do Alto de Trás-os-Montes - Chaves, Montalegre e Valpaços, e Nordeste Transmontano - Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais, têm aparecido focos em plantações realizadas no Inverno, ou seja, em plantas que vieram do viveiro já infestadas, que foram imediatamente destruídas. Estas medidas têm sido eficazes o que tem impedido a instalação da vespa nestas zonas, e os focos consideram-se controlados, pois nestes locais já não se encontra a

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presença da praga, pelo que também não estão assinalados nos números totais. Quanto à Região do Douro, já existem soutos com árvores de grande dimensão muito infestados, onde foi iniciada a luta biológica recorrendo ao seu inimigo natural Torymus sinensis, como Lamego, Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião. Em Sabrosa apareceu um foco que foi de imediato destruído. Na Primavera de 2016, na Região de Entre Douro e Minho e no Douro, foram verificados ataques de grande severidade, ou seja, em muitos casos os castanheiros não chegaram a brotar, tendo sido observadas, na fase de rebentação, apenas as galhas vermelhas penduradas nas árvores.

Em resumo, na região Norte o inseto Dryocosmus kuriphilus encontra-se presente em 41 concelhos em 244 freguesias (dados resultantes das prospeções realizadas em 2014, 2015, até Julho de 2016, conforme ilustrado na figura 7.

Fonte: DRAP Norte Figura 7 - Mapa de distribuição da presença de Dryocosmus kuriphilus na região Norte.

2.4.3. Controlo de agentes bióticos nocivos

No sentido de promover o controlo biológico da vespa-das-galhas-do-castanheiro e do gorgulho-do-eucalipto, foram desenvolvidas por diferentes entidades diversas ações de controlo, nomeadamente a largada de parasitoides, devidamente autorizadas e enquadradas com a legislação que regulamenta a introdução destes organismos.

Vespa-das-galhas-do-castanheiro

Tendo em vista manter em execução o plano de luta biológica já iniciado, com base nos resultados da prospeção realizada até ao final de 2015, foi elaborado pela DRAPN, DRAPC, ICNF, UTAD, IPB, IPCV e REFCAST o plano de largadas do parasitóide Torymus sinensis, para a Primavera de 2016.

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

O plano anual de largadas do parasitóide T. sinensis, com a identificação do número e localização dos pontos de largada e cuja aplicação teve lugar na Primavera de 2016, foi elaborado com base na localização das áreas infestadas, tipo de povoamento (soutos ou castanheiros dispersos), grau de infestação de cada um dos focos, tendo também em consideração as distâncias aos locais onde foram realizadas as largadas em 2015 e as taxas de parasitismo verificadas nesses mesmos locais. Assim, no período de 21 de abril a 25 de maio de 2016 foram realizadas pela DRAP Norte e pela DRAP Centro, com apoio técnico da REFCAST e a presença de técnicos das Câmaras Municipais contribuidoras largada do parasitóide em 61 locais de 19 concelhos de Entre Douro e Minho e Trás-os-Montes (região Norte) e 42 locais de 5 concelhos na região Centro. Nos Quadros 6 e 7 listam-se os concelhos e freguesias da região Norte e os concelhos da região Centro, onde estão situados os locais de largada do parasitóide, respetivamente.

Quadro 6 – Proposta de largadas de Torymus sinensis em abril 2016 na região Norte

CONCELHO N.º de LARGADAS FREGUESIA

Amarante 2

Gouveia (São Simão)

União das freguesias de Bustelo, Carneiro e Carvalho de Rei

Arcos de Valdevez 3

União das freguesias de Jolda (Madalena) e Rio Cabrão União das freguesias de Távora (Santa Maria e São Vicente)

Arouca 5

Rossas Moldes Sta Eulália

União das freguesias de Arouca e Burgo

Baião 3

Gestaçô

União das freguesias de Loivos da Ribeira e Tresouras

Valadares

Barcelos 2

União das freguesias de Creixomil e Mariz

União das freguesias de Campo e Tamel (São Pedro Fins)

Braga 3

Mire de Tibães Palmeira

União das freguesias de Escudeiros e Penso (Santo Estêvão e São Vicente)

Cinfães 3

Oliveira do Douro

São Cristóvão de Nogueira; Santiago de Piães

Felgueiras 1 União das freguesias de Vila Cova

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Guimarães 4

União das freguesias de Sande Vila Nova e Sande São Clemente Silvares

Peso da Régua 10

Sedielos Loureiro

União das freguesias de Moura Morta e Vinhós

Ponte da Barca 2

União das freguesias de Crasto, Ruivos e Grovelas

União das freguesias de Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães

Ponte de Lima 2 Facha

Rebordões de Sta. Maria

Póvoa de Lanhoso 2 S. João de Rei

Travassos

Resende 3

Resende

São João de Fontoura

União das freguesias de Anreade e São Romão de Aregos

Lamego 2 Avões

Samodães

Mesão Frio 1 Vila Marim

Marco de Canaveses 2 Penha Longa e Paços de Gaiolo

Marco de Canaveses (Tongobriga)

Stª Marta de Penaguião 3 Fontes

Medrões

Sernancelhe 8

Arnas Granjal Quintela

União das freguesias de Sernancelhe e Sarzeda

Quadro 7 – Proposta de largadas de Torymus sinensis em abril 2016 na região Centro.

CONCELHO N.º de LARGADAS Aguiar da Beira 2 Fundão 7 Gouveia 3 Tondela 1 Trancoso 29

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Gorgulho-do-eucalipto

As largadas de Anaphes inexpectatus realizadas em 2016 deram continuidade às largadas já efetuadas em anos anteriores (desde 2012). Entre 2012 e 2016, o RAIZ e a Altri Florestal realizaram largadas experimentais de A. inexpectatus em campo, tendo sido libertados cerca de 230.000 insetos (quadro 8). Em 2016 foram realizadas largadas de A. inexpectatus em 12 locais, num total de quase 100.000 parasitóides libertados.

Quadro 8 – Síntese das largadas experimentais de A. inexpectatus (número estimado de insetos) em

Portugal, entre 2012 e 2016.

Local 2012 2013 2014 2015 2016

Águeda (Altri) - - - - 13.400

Arouca (RAIZ) 4.800 10.800 47.500 - -

Barcelos (RAIZ) - - - 15.300 8.750

Castelo Branco (Altri) - - - - 5.700

Celorico de Basto (Altri) - - - - 7.400

Felgueiras (RAIZ) - - - - 9.000

Góis (Altri) - - - - 5.450

Mortágua (Altri) - - - - 4.600

Oleiros (Altri) - - - - 15.300

Pampilhosa da Serra (RAIZ) - - - - 9.400

Paredes de Coura (Altri) - - - - 3.900

Penela (Altri) 5.000 10.000 a 13.000 43.500 - 6.200

Tábua (Altri) - - - - 4.500

Total 9.800 20.800 a 23.800 91.000 15.300 93.600

Desde as primeiras libertações, em 2012, têm sido feitas monitorizações periódicas dos locais de largada de A. inexpectatus, dependendo da disponibilidade, em campo, de ootecas viáveis. Em cada local foram definidos cinco pontos fixos de monitorização: um ponto central, onde foram feitas as largadas, e quatro pontos a cerca de 500 m de distância, em quatro quadrantes. Cada monitorização inclui a recolha de ootecas de campo (200 ootecas por ponto; máximo de 10 ootecas por árvore), para determinação do parasitismo em laboratório.

Também se realizaram estudos de biologia e especificidade de A. inexpectatus:

Biologia: Foram estudadas as caraterísticas biológicas de A. inexpectatus por comparação com

A. nitens, parasitoide já presente em Portugal, a seis temperaturas (5, 10, 15, 20, 25 e 30⁰C). Os resultados obtidos indicaram que, globalmente, o parasitoide A. nitens produziu mais descendência e viveu mais tempo do que A. inexpectatus. No entanto, as taxas de crescimento populacional de A. inexpectatus foram superiores às de A. nitens a temperaturas baixas (10 e 15⁰C), em parte porque o seu desenvolvimento de ovo a adulto é mais rápido. Às temperaturas mais elevadas (25 e 30⁰C), A. inexpectatus demonstrou também maior tolerância do que A. nitens, sendo o único a conseguir desenvolver-se a 30⁰C. Assim, os resultados obtidos em

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laboratório indicaram que A. inexpectatus pode complementar a ação de A. nitens em campo, sobretudo no final do inverno e início da primavera, quando as temperaturas são baixas. Adicionalmente, a tolerância de A. inexpectatus a temperaturas elevadas sugere que este parasitóide apresenta elevada probabilidade de persistir nas condições de campo portuguesas. Este estudo deu origem a um artigo científico: Valente C, Gonçalves CI, Reis A, Branco, M (2017) Pre-selection and biological potential of the egg parasitoid Anaphes inexpectatus for the control of the Eucalyptus snout beetle Gonipterus platensis. Journal of Pest Science doi:10.1007/s10340-017-0839-y.

Especificidade: Os testes de especificidade hospedeira em laboratório constituem uma

prática standard em estudos pré-introdutórios. Para avaliar o risco de introdução de A. inexpectatus em Portugal foram selecionadas 19 espécies não-alvo presentes na Península Ibérica com base nos seguintes critérios: (1) ocorrência na área alvo; (2) proximidade filogenética com G. platensis (com o apoio científico de Miguel Alonso-Zarazaga, especialista em taxonomia da família Curculionidae); (3) semelhança ecológica (presença em eucaliptal, incluindo vegetação de sobcoberto); (4) morfologia dos ovos; (5) estatuto de conservação; (6) valor económico (insetos auxiliares); e (7) disponibilidade e/ou possibilidade de obter ovos em laboratório. O estudo permitiu concluir que a libertação na natureza do parasitóide A. inexpectatus coloca um risco negligenciável para a fauna nativa, muito inferior ao potencial benefício do aumento do controlo de G. platensis. No seguimento dos trabalhos realizados, foi realizada uma apresentação em Congresso e foi produzido um artigo científico (aceite para publicação, mas ainda não publicado):

Afonso C, Gonçalves C, Branco M, Reis A, Alonso-Zarazaga M, Marques C, Valente C (2016) Selection of non-target species for host specificity testing of Anaphes inexpectatus (Hymenoptera: Mymaridae), natural enemy of the Eucalyptus pest Gonipterus platensis (Coleoptera: Curculionidae). XVII Congresso Ibérico de Entomologia. 5-8 de setembro de 2016. Lisboa (apresentação oral).

Valente C, Afonso C, Gonçalves CI, Alonso-Zarazaga MA, Reis A, Branco M. Environmental risk assessment of the egg parasitoid Anaphes inexpectatus for classical biological control of the Eucalyptus snout beetle, Gonipterus platensis. BioControl (in press).

Estão também em curso estudos sobre outros parasitóides. Com base nos estudos de prospeção de inimigos naturais de G. platensis realizados na Austrália, foi produzido um artigo científico, relativo à deteção na Tasmânia do parasitóide oófago Centrodora damoni:

 Ward SE, Valente C, Gonçalves C, Polaszek A (2016) Rediscovery and redescription of Centrodora damoni (Girault) (Hymenoptera: Aphelinidae) from Australia, an egg parasitoid of Gonipterus spp. (Coleoptera: Curculionidae), after nearly a century. Biodiversity Data Journal doi:10.3897/BDJ.4.e7766.

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Em outubro de 2016, iniciou-se uma nova prospeção de parasitóides de Gonipterus spp. na Austrália, para tentar encontrar outros parasitóides óofagos e larvares de G. platensis. Este estudo insere-se num trabalho de doutoramento realizado no ISA-UL, orientado pela Prof. Manuela Branco, e com o apoio do RAIZ e da Altri Florestal.

Em dezembro de 2016 foram importadas da Austrália as ootecas e larvas recolhidas em campo no âmbito deste trabalho, as quais ficaram a incubar em laboratório. As espécies de parasitóides que emergirem (em 2017) serão objeto de estudos para avaliar a sua viabilidade em Portugal. Os estudos previstos incluem: (1) definição das condições para criação artificial do(s) parasitóide(s) em laboratório; (2) avaliação do potencial para controlo de G. platensis do(s) parasitóide(s) que se consiga(m) estabelecer, através de estudos de eficácia em laboratório; (3) caracterização da biologia e da ecologia da(s) espécie(s) com maior potencial, se existirem; e (4) realização de estudos de especificidade hospedeira da(s) espécie(s) com maior potencial, se existirem. Após realização dos estudos, será possível avaliar a viabilidade de um programa de controlo biológico clássico com a(s) espécie(s) identificada(s), se existirem, com base no risco de introdução versus benefícios potenciais.

Thaumastocoris peregrinus

No que se refere a inimigos naturais e controlo biológico, até ao momento foram encontrados em árvores infestadas pelo percevejo alguns predadores generalistas nativos da fauna portuguesa, sobretudo crisopídeos, sirfídeos e antocorídeos, mas cuja atividade não parece ser suficiente para manter as populações do percevejo em níveis economicamente aceitáveis.

O parasitóide de ovos Cleruchoides noackae, nativo da Austrália, é atualmente considerado a opção mais viável para o controlo do percevejo, a nível mundial. Assim, em 2016, foi submetido o pedido de autorização para a sua importação, para fins de investigação em meio confinado, tendo em vista a sua introdução em Portugal, caso se demonstre ser um inimigo natural específico do percevejo e que não coloque risco para organismos não-alvo e o ambiente. Prevê-se importar o parasitóide e iniciar os estudos em laboratório em 2017.

Relativamente ao controlo químico, ao abrigo de uma autorização excecional de emergência emitida pela DGAV, foram realizadas aplicações do inseticida EPIK SG (substância ativa acetamiprida) em áreas onde foram detetados focos intensos do percevejo. Nestas áreas, obteve-se redução das populações do percevejo de 76%, por comparação com áreas de controlo (não tratadas com inseticida), 10 dias após a aplicação.

As populações do percevejo foram monitorizadas em duas regiões onde a praga está bem estabelecida (Abrantes e Setúbal). A abundância do percevejo foi avaliada quinzenalmente por contagem de indivíduos nos ramos das árvores e por captura em armadilha cromotrópica amarela. O primeiro método não foi adequado, uma vez que a variação das condições climatéricas (temperatura, exposição solar) afeta fortemente a atividade do percevejo, não permitindo obter padrões de variação coerentes com os estragos observados.

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0 10 20 30 40 50

1-jan 1-fev 1-mar 1-abr 1-mai 1-jun 1-jul 1-ago 1-set 1-out 1-nov 1-dez

Númer o de per ce vejo s Setúbal 0 100 200 300 400 500

1-jan 1-fev 1-mar 1-abr 1-mai 1-jun 1-jul 1-ago 1-set 1-out 1-nov 1-dez

Númer o de per ce vejo s Abrantes

Através da contagem de insetos em armadilhas cromotrópicas foi possível acompanhar a densidade populacional do percevejo ao longo do tempo (Figura 7). Embora a informação apresentada seja preliminar, parece claro que o percevejo tem um pico de atividade relativamente curto, concentrado no verão/ início do outono, mas este não parece ser simultâneo em todas as regiões de Portugal.

Figura 7 - Evolução da densidade populacional de T.

peregrinus por captura em armadilha cromotrópica, em

duas regiões.

2.5. Prioridades de investigação e desenvolvimento (Capítulo 8)

No âmbito do PDR 2020 - Rede Rural Nacional para apoio à constituição e funcionamento de

Grupos Operacionais (GO), que desenvolvam em cooperação, um plano de ação para realizar

projetos de inovação que respondam a problemas concretos ou oportunidades que se coloquem à produção e que contribuam para atingir os objetivos e prioridades do Desenvolvimento Rural, nas áreas temáticas consideradas prioritárias, foram submetidos diversos projetos ao anúncio de abertura para apresentação de candidaturas n.º 01 / ação 1.1 / 2016, que decorreu entre 8 de agosto e 30 de novembro, conforme indicado no quadro 9.

Quadro 9 – Projetos para constituição de Grupos Operacionais apresentados em 2016, na área da

fitossanidade.

Designação do GO

Data de submissão

Coordenador Objetivo Parceiros

GI(PiN) Gestão Integrada do Pinhal/NMP

30/11/2016 FNAPF

Transpor os constrangimentos causados pelo NMP, conjugando novas formas de gestão, meios de diagnóstico e de luta e diminuir o seu impacte, controlar a expansão e contribuir para um retorno da confiança no pinheiro-bravo. Centro PINUS Florgénese, Lda. ICNF, I.P. INIAV, I.P. Firemap, Lda. Univer. de Coimbra TRANSPINUS, Transporte mais seguro, mais Pinhal 30/11/2016 Centro PINUS

Desenvolver solução operacional para colocação da “rede inseticida” que permite a minimização do risco de dispersão do NMP associado ao transporte rodoviário de madeira.

Unimadeiras, S.A. ANEFA, UNAC e FNAPF INESC TEC - INESC ICIEMEI

Gestão integrada

de agentes 30/11/2016 ISA

Desenvolver estratégias de gestão integrada de pragas que afetam a

UNAC, FCT / UNL e DGAV

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bióticos associados à perda de produção do pinhão

produção de pinhão, com destaque para L. occidentalis, visando a implementação de tecnologias inovadoras de

diagnóstico, monitorização e controlo.

Florgénese, Lda ICNF, I.P. INIAV, I.P. Herdade da Comporta SA Fitoglobulus 30/11/2016 FORESTIS

Desenvolver soluções eficientes e sustentáveis para mitigar e combater danos e perdas de produtividades na floresta de eucalipto devido ao Gorgulho-do-eucalipto. Esta iniciativa pretende operacionalizar e testar um conjunto de ações de controlo e

monitorização, no sentido de acelerar os impactos desejáveis que estas terão no território, transferir o conhecimento já produzido e identificar novas soluções de atuação.

Navigator Forest Portugal, S.A., FCT da Universidade Nova de Lisboa, ISA, INIAV, I.P., ICNF, I.P., Associação Florestal do Baixo Vouga, CELPA, RAIZ e Universidade de Coimbra. Desenvolvimento de estratégias integradas para prevenção do Cancro-resinoso-do-pinheiro (+PrevCRP) 30/11/2016 ICNF, I.P.

Desenvolver estratégias integradas de tratamento de sementes hospedeiras, desinfeção de substratos, contentores e água de rega, que potenciem a

eliminação de Fusarium circinatum e minimizem o risco de dispersão, visando a sua implementação em larga escala pelos fornecedores de MFR. As

estratégias de minimização do risco vão integrar o sistema de produção de plantas, visando também a obtenção de substratos sustentáveis, sem casca de pinheiro, obtidos a partir de materiais disponíveis localmente e que não sejam hospedeiros do fungo, representando por isso um menor risco de dispersão.

ISA, Centro PINUS, Florgénese, Lda., INIAV, I.P., DGAV, Instituto Pedro Nunes, UTAD, Viveiros do Furadouro, ANSUB, APFC, Germiplanta, Pombalverde e BIOCHEM IBÉRICA. BioChestnut IPM Implementar estratégias de luta eficazes contra doenças do castanheiro e amendoeira 30/11/2016 Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos

Implementar o Programa de Luta Biológica contra o Cancro do

Castanheiro pela aplicação do produto biológico DICTIS já autorizado pela DGAV e gestão integrada de doenças nos pomares de amendoeira e castanheiro

AFLODOUNORTE, INIAV, I.P, IPB, PRORURIS, UTAD, ARA Terras de Montenegro, IPVC, ARBOREA, REFCAST Agro Rio Bom, Lda., Filipe R. Pereira, EM de Desenvol. Rural de Vinhais. Coop. Agrícolas de: Penela da Beira, Alfândega da Fé, Lavradores do Centro e Norte e Produtores de amêndoa de TMAD.

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No âmbito de outros apoios nacionais e comunitários, tiveram o seu início, em 2016, alguns projetos de investigação enquadrados na área da fitossanidade (quadro 10).

Quadro 10 – Projetos de investigação associados à área da fitossanidade.

Designação do projeto

Duração Descrição Participantes nacionais

URGENTpine Estudo das interações hospedeiro-fungo (Fusarium circinatum) Maio de 2016 a maio de 2019

Este projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pelo programa COMPETE 2020, conta com a participação de 6 parceiros oriundos de Portugal, Espanha e Escócia. Coordenado pelo Laboratório de Biologia dos Fungos e Plantas da Universidade de Aveiro, visa estudar a resposta das plantas às alterações climáticas e à ação das pragas, nomeadamente Fusarium circinatum, através de:

- Identificação de isolados de F. circinatum em plantações nacionais de Pinus spp.;

- Avaliação das interações hospedeiro-fungo e teste das estratégias amigas do ambiente para biocontrolo deste fungo;

- Estudo da resposta dos hospedeiros à infeção do fungo para melhorar o conhecimento sobre o seu comportamento e estratégias de prevenção e controlo a adotar.

O estudo centra-se no pinheiro-bravo pela importância económica e ecológica que tem em Portugal e pelo pouco conhecimento existente associado ao cancro-resinoso-do-pinheiro, do qual o pinheiro-bravo é hospedeiro.

Universidade de Aveiro – Departamento de Biologia/ Centro de Estudos do Ambiente e do Mar PLURIFOR - Planos de gestão de risco transnacionais visando os espaços rurais florestais sensíveis a riscos bióticos e abióticos (SOE1/P4/F0112). Julho de 2016 a junho de 2019

Este projeto enquadra-se no programa INTERREG SUDUOE e é financiado pelo FEDER. Conta com a participação de 11 beneficiários e 21 parceiros associados, reunindo unidades de investigação, universidades, organizações florestais e entidades governamentais de Portugal, Espanha e França. Visa incorporar as últimas descobertas científicas sobre os riscos florestais no Sudoeste da Europa em planos civis para a gestão destes riscos e do seu impacto. A transferência de conhecimentos entre os países e parceiros envolvidos permitirá desenvolver planos de gestão dos riscos com informação atualizada e comprovada. Tem como principal objetivo ajudar o desenvolvimento regional e transnacional dos

Instituto Superior de Agronomia e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária como beneficiários e Altri

Florestal, RAIZ e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas como parceiros associados. A FORESTIS apresentou contributos no âmbito deste projeto nas temáticas do NMP, do Gunipterus scutellatus e de pragas emergentes.

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planos de gestão dos riscos nas áreas florestais sensíveis aos riscos abióticos e bióticos, incluindo nemátodo-da-madeira-do-pinheiro (Bursaphelenchus xylophilus), vespa-das-galhas-do-castanheiro (Dryocosmus kuriphilus), gorgulho-do-eucalipto (Gonipterus scutellatus), Fusarium circinatum e outras pragas emergentes.

LIFE “Montado & Climate: A need to Adapt” Setembro de 2016 a setembro de 2021

Este projeto, que envolve 17 parceiros oriundos de Portugal, Espanha e Países Baixos, visa implementar o modelo ILU (Integrated Land Use) para apoio a agricultores de 11 áreas piloto, em Espanha e Portugal, no desenvolvimento de mecanismos de adaptação às alterações climáticas que têm sido sentidas no Sul da Península Ibérica.

A adaptação às alterações climáticas é muito importante em áreas onde o projeto vai decorrer, visto a zona Mediterrânica estar a lidar com efeitos cada vez mais negativos a nível ambiental (secas e incêndios), mais que outras regiões da Europa, o que permitirá que os parceiros do projeto melhorem os sistemas de gestão tradicional do montado português e da dehesa espanhola, produzindo e valorizando outros produtos para além dos tradicionais, integrando os eco-serviços e a valorização da biodiversidade. Está prevista a disseminação de resultados e práticas, através de um conjunto de eventos de intercâmbio e o desenvolvimento de ferramentas e materiais direcionados a diferentes públicos-alvo.

A Associação de Defesa do Património de Mértola, é a entidade coordenadora do projeto, participando o ICNF, I.P. com 3 áreas piloto, localizadas na MN de Cabeção, MN de Valverde e Área Florestal de Sines.

O Centro de Competências do Pinheiro Bravo (CCPB) constituiu o grupo temático “Agentes bióticos e abióticos”, cuja atividade em 2016 foi produzir um documento para detalhar a sua Agenda de Investigação.

2.6. Informação, comunicação, sensibilização e formação (Capítulo 9)

Foram desenvolvidas diversas ações de informação, sensibilização e formação, tanto para o público em geral como para grupos específicos, nomeadamente operadores económicos, proprietários e produtores florestais e técnicos florestais.

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Ações de comunicação e sensibilização a desenvolver junto do público generalista. Objetivo

operacional Tipo de ação Descrição

Entidades participantes Ações realizadas em 2016 Ex e cução

Ação Data Responsável Descrição

Promover ações de sensibilização para transferência de conhecimento científico atualizado e divulgação de métodos de monitorização e controlo Publicitação nos meios de comunicação social nacionais (TV e rádio)

Ação de largo espectro, desenvolvida essencialmente junto dos meios de comunicação social nacionais, tendo por base a emissão de spots

audiovisuais para os agentes bióticos nocivos de maior relevância

ICNF,I.P. DGAV INIAV, I.P.

Ação de médio/longo prazo, a concretizar até 2020

Publicitação nos meios de comunicação social regionais (rádio e imprensa escrita)

Divulgação junto da comunicação social, essencialmente local, de informação sobre os riscos de dispersão dos agentes bióticos nocivos, de boas práticas para utilização dos recursos e dos espaços florestais, através de spots,

reportagens sobre situações relevantes em matéria de gestão, defesa ou utilização dos espaços florestais, entrevistas com personalidades relevantes, etc.

Ação de médio/longo prazo, a concretizar até 2020

Distribuição de material informativo (folhetos, flyers)

Utilização dos locais de atendimento ao público do MAM, dos Municípios, de Centros de Saúde, farmácias, estações de CTT e outros locais públicos. ICNF, I.P., DGAV, DRAP, Municípios, ARS, CTT, Associação Nacional de Farmácias - - - - Divulgação de informação em formato digital

Utilização dos sites do ICNF,I.P, da DGAV e de outras entidades públicas e privadas para divulgar conteúdos técnicos e legais relacionados com

ICNF, I.P., DGAV, DRAP, INIAV, I.P., Municípios, Divulgação de 8 folhetos Em

contínuo ICNF, I.P.

Disponíveis em

http://www.icnf.pt/portal/ agir/boapratic/prag-doenc: ► Proteja o seu pinhal - nemátodo

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prevenção e controlo de agentes bióticos nocivos Federações, ANEFA, CELPA, GNR, Centro PINUS,OPF e AIMMP da madeira do pinheiro; ► Receção e armazenamento de resinosas - regras e boas práticas; ► Corte e transporte de resinosas - regras e boas práticas;

► Sugador das pinhas, Leptoglossus occidentalis; ► Gorgulho do eucalipto, Gonipterus platensis;

► Murchidão do freixo, Chalara fraxinea;

► Cancro resinoso do pinheiro, Fusarium circinatum; ► Processionária-do-pinheiro ou lagarta-do-pinheiro, Thaumetopoea pytiocampa. Apresentações Ao longo

do ano ICNF, I.P.

Disponíveis em http://www.icnf.pt/portal/ florestas/prag-doe/divulg: ► Pragas Florestais -prospeção 2016 março ICNF, I.P., DGAV, Raiz, Altri Florestal, INIAV, I.P., The Navigator Campany, Celpa, Associação Disponíveis em http://www.icnf.pt/portal/ florestas/prag-doe/ag-bn/gorg-eucal/divul: Apresentações integradas no seminário sobre o gorgulho-do-eucalipto, que decorreu em Santa Cruz da Trapa.

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Florestal VerdeLafões

Fitonotícias Ao longo

do ano ICNF, I.P.

Disponíveis em http://www.icnf.pt/portal/ florestas/prag-doe/divulg: ► 3 boletins quadrimestrais Informação sobre fitossanidade florestal Ao longo

do ano ICNF, I.P.

Notas informativas em

http://www.icnf.pt/portal/florestas /prag-doe/divulg:

 Problemas Fitossanitários Associados aos Incêndios Florestais;

 Medidas de proteção fitossanitária nos parques de madeira - NMP ;  Aplicação de produtos fitofarmacêuticos em madeira de coníferas;  Instalação de Armadilhas em Parques de Madeira. Ao longo do ano FORESTIS Disponível em http// www.forestis.pt: Disponibilização e atualização de informação sobre sanidade florestal.

Novembro CAP

Informação relativa ao worshop sobre "a importância da silvicultura na sanidade dos povoamentos de eucalipto” disponível em:

http://www.cap.pt/noticias/florest

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a/2154-cap-promove-workshop-RELATÓRIO 2016

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

sobre-silvicultura.html. Relatórios

anuais de execução

Ao longo

do ano ICNF, I.P.

Relatórios anuais de execução disponíveis no site do ICNF, I.P. (http://www.icnf.pt/portal/floresta s/prag-doe/plan-rel). Articulação com outras entidades locais ou nacionais para desenvolvimento de ações de sensibilização Fornecimento de conteúdos informativos para o site das entidades envolvidas,

estabelecimento de parcerias locais para potenciar iniciativas de sensibilização da população e publicitação dessas ações

ICNF, I.P., câmaras municipais e juntas de freguesia.

Ação de médio/longo prazo, a concretizar até 2020

Execução:

Indicador executado Indicador para execução futura Indicador parcialmente

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

Ações de comunicação e sensibilização a desenvolver junto de grupos específicos. Objetivo

operacional Tipo de ação Descrição

Entidades participantes Ações realizadas em 2016 Ex e cução

Ação Data Responsável Descrição

Promover ações de sensibilização para transferência de conhecimento científico atualizado e divulgação de métodos de monitorização e controlo Sessões de esclarecimento para população rural e proprietários e produtores florestais

Estas sessões podem ser em sala ou integradas em visitas de campo a situações de

referência. Deverá existir um contacto direto entre os técnicos e a população com distribuição de material informativo. Divulgação de informação técnica e legal sobre gestão de povoamentos, prevenção e controlo de agentes bióticos nocivos e circulação de material de risco.

ICNF, I.P., DGAV, Federações de âmbito nacional dos proprietários e produtores florestais e dos compartes de baldios, OPF, GNR, GTF 1 Seminário sobre gorgulho do eucalipto 17 de março ICNF.,I.P. em colaboração com DGAV, INIAV, I.P., CELPA e Câmara Municipal de São Pedro do Sul

Pretendeu divulgar informação sobre o estado da praga em Portugal e os meios de luta existentes ao dispor de produtores e proprietários florestais para o seu controlo atempado e integrado. O seminário, onde intervieram diversas entidades públicas e privadas, contou com a presença de técnicos e proprietários florestais da região. O Pinheiro Manso e o Pinhão - Ciclo de sessões: da investigação à aplicação 30 de

março CEF - ISA

O Centro de Estudos Florestais (CEF) pretende percorrer novos caminhos de disseminação do conhecimento para os gestores florestais e industriais, descodificando as componentes científicas da investigação e mostrando a sua aplicação potencial, pelo que iniciou em 2014 um ciclo de sessões ‘Da investigação à aplicação’ no sentido de mostrar os resultados da investigação aos utilizadores.

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

Nesta sessão foram apresentados os resultados da investigação recente em Pinheiro-manso desenvolvida pela equipa do CEF no que diz respeito à ecologia, gestão e fitossanidade dos ecossistemas de pinhal manso, assim como à formação dapinha e pinhão. Esta sessão contou com a colaboração do INIAV, I.P., tendo sido abordados os temas ligados à fitossanidade: - O sugador de pinhas, Leptoglossus occidentalis: conhecer para controlar

- Suscetibilidade do pinheiro-manso à processionária do pinheiro. Seminário "Sustentabilidade da floresta: pragas e doenças" 31 de março Forestis

O seminário pretendeu debater o estado sanitário das florestas portuguesas, abordando as principais pragas e doenças, suas

consequências e principais aspetos a considerar na identificação,

monitorização, prevenção e meios de luta. Foram abordados os seguintes temas:

Plano Operacional de Sanidade Florestal, ICNF, I.P.

Principais pragas e doenças: identificação e monitorização, prevenção e meios de luta

Pragas e doenças do Pinheiro-bravo,

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Pragas e doenças do castanheiro,

DRAPN

Pragas e doenças do Eucalipto,

CELPA

Apoios à fitossanidade, Forestis

Seminário “Ameaças à fileira florestal” 3 de setembro Centro PINUS com uma comunicação intitulada “A Sanidade do Pinhal” Altri Florestal com uma comunicação intitulada “O gorgulho do eucalipto” A necessidade de dotar os

produtores e proprietários florestais de conhecimento e dos mecanismos fundamentais à gestão adequado do espaço florestal, num quadro de gestão equilibrada do território, de competitividade e de

responsabilidade social, conduziu à formatação por parte do Município de Penela e da FLOPEN do X Seminário Florestal subordinado ao Tema "Ameaças à Fileira Florestal”.

Workshop "A importância da silvicultura na sanidade dos povoamentos de eucalipto” 15 de novembro CAP

O workshop teve como objetivo promover junto dos produtores florestais uma melhor compreensão sobre as razões de muitos dos problemas sanitários que afetam os nossos principais sistemas de produção florestal se encontram frequentementenas insuficiências da silvicultura praticada, e não tanto em causas externas alheias à gestão dos povoamentos, como tão generalizadamente se pensa. Este

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

workshop integrou um conjunto de intervenções sobre os seguintes aspetos:

- A importância da silvicultura na sanidade dos povoamentos de eucalipto, Altri Florestal - Nutrição vegetal e maneio dos povoamentos jovens, Navigator Forest Portugal

- Principais problemas sanitários, atuais e emergentes, do eucaliptal em Portugal, INIAV, I.P.

- A fitossanidade dos povoamentos de eucalipto - Enquadramento Político e Institucional, ICNF, I.P.

Distribuição de material informativo (folhetos, flyers)

Utilização dos locais de atendimento ao público do MAM, dos Municípios, de Centros de Saúde, farmácias, estações de CTT e outros locais públicos.

ICNF, I.P., DGAV, DRAP, ARS Municípios, CTT, Associação Nacional de Farmácias, Cooperativas e OPF 3 Feiras de âmbito nacional 31 de março a 3 de abril; 22 a25 de abril; 27 a 29 de maio FORESTIS

Distribuição de material informativo e disseminação de informação sobre sanidade florestal a proprietários florestais, agentes do setor e público em geral, integrada na participação da FORESTIS em 3 Feiras: Braga, Pombal e Mortágua.

Elaboração de informação técnica

Criação de boletins

fitossanitários para as principais pragas e doenças

ICNF, I.P., DGAV e

INIAV, I.P. - - - -

Divulgação de informação

Utilização dos meios de comunicação (site, newsletters, revistas, mailing list) das

ICNF, I.P., DGAV, DRAP, INIAV, I.P., Municípios,

Fitonotícias Ao longo

do ano ICNF, I.P.

Disponível em

http://www.icnf.pt/portal/ florestas/prag-doe/divulg:

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

entidades com

responsabilidades nesta área

Federações, ANEFA, CELPA, GNR, Centro PINUS, OPF e AIMMP - 3 boletins quadrimestrais, amplamente distribuídos via email.

15 Newsletters informativas para as associadas da FORESTIS Ao longo do ano FORESTIS Elaboração e disseminação de 15 Newsletters informativas para as associadas, no âmbito da sanidade florestal, nomeadamente, sobre pragas e doenças como a doença da tinta e a vespa-das-galhas-do-Castanheiro, fitofármacos e apoios PDR 2020. Assegurar a formação dos agentes do setor Ações de formação dirigidas a técnicos florestais

Realização de sessões em sala e sessões demonstrativas para que os técnicos fiquem habilitados a identificar potenciais novos focos, promover um melhor

conhecimento sobre as Pragas, fornecer informação aos proprietários e produtores florestais e operadores económicos.

ICNF, I.P., ANEFA, GTF, OPF e Federações Palestra "Gestão dos pinhais afetados pelo nemátodo da madeira do pinheiro na Coreia do Sul"

17 de maio FNAPF, INIAV, I.P. e CAULE

Encontro realizado no auditório da Biblioteca Municipal de Oliveira do Hospital, entre técnicos sul coreanos e portugueses sobre a Doença da Murchidão dos Pinheiros causada pelo nemátodo. Contou com uma intervenção da Dra. Han Hyerim, uma das principais investigadoras da Divisão de Pragas e Doenças

Florestais do Instituto de Ciências Florestais da Coreia do Sul. Seguiu-se um período de questões e troca de conhecimentos e experiências sobre o trabalho de erradicação do nemátodo da madeira do pinheiro. 20 ações de formação sobre Aplicação de produtos fitofarmacêuticos Ao longo do ano FORESTIS.

Foram realizadas 20 Ações de Formação de aplicação de produtos fitofarmacêuticos, para 436 formandos.

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RELATÓRIO 2016

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

3 ações de formação – Prospeção de agentes bióticos nocivos 2016 26 e 29 de abril e 3 de maio 2016 ICNF, I.P.

Dirigidas para vigilantes da natureza técnicos e inspetores fitossanitários, tiveram como objetivo apresentar informação sobre diversos agentes bióticos nocivos com impacto nos ecossistemas florestais e

procedimentos de prevenção e controlo para minimizar os efeitos negativos desses agentes bióticos.

Execução:

Indicador executado Indicador para execução futura Indicador parcialmente

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RELATÓRIO 2016

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

2.7. Mecanismos financeiros (Capítulo 10) 2.7.1. Cofinanciamento Comunitário

Foi apresentada e aprovada candidatura a cofinanciamento comunitário ao abrigo do regulamento financeiro, Reg. (UE) nº 652/2014, de 15 de maio, para 2017/2018. Esta candidatura, coordenada pela DGAV, foi aprovada para ações de prospeção para 14 agentes bióticos nocivos: Agrilus anxius, Agrilus planipennis, Anoplophora chinensis, Anoplophora glabripennis, Atropellis spp., Bursaphelenchus xylophilus, Dendrolimus sibiricus, Fusarium circinatum, Monochamus spp. (não europeias), Pissodes spp. (não europeias), Pomacea, Popilia japonica, Xylella fastidiosa, e Xylosandrus crassiusculus. Esta candidatura, que compreende ações de prospeção no terreno (observação visual de sintomas) e colheita de amostras e despistagem laboratorial, quando aplicável, inclui também organismos nocivos para as espécies agrícolas, tem um valor global anual de 1,7 milhões €, sujeita a cofinanciamento de 75% das despesas elegíveis. Envolve nos programas de prospeção, além da DGAV, o ICNF, I.P., o INIAV, I.P., a UTAD, as cinco direções regionais de agricultura do continente, as direções regionais de agricultura e desenvolvimento rural dos Açores e da Madeira e a Direção Regional de Florestas e Conservação da Natureza da Madeira.

Foram executadas as ações de prospeção previstas e aprovadas para o ano de 2016, para 11 agentes bióticos nocivos, designadamente, para além do NMP e do fungo Fusarium circinatum: Agrilus anxius, Agrilus planipennis, Anoplophora chinensis, Anoplophora glabripennis, Dendrolimus sibiricus, Monochamus spp. (não europeias), Popilia japónica, Xylella fastidiosa e Xylosandrus crassiusculus, que compreenderam ações de monitorização no terreno e colheita de amostras e despistagem laboratorial, quando aplicável. As ações em questão desenvolveram-se durante todo o ano de 2016, estando os relatórios com os principais resultados disponíveis no site do ICNF, I.P. durante 2017, em http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/plan-rel/rel.

Em julho, Portugal foi objeto de uma auditoria financeira por parte da Comissão Europeia, com o objetivo de efetuar o controlo de despesas referentes às ações de prospeção realizadas em 2015 (inspeções visuais, colheita de amostras, colocação e recolha de armadilhas e testes laboratoriais). Foi a primeira missão de auditoria sobre os programas fitossanitários de prospeção, sendo Portugal o terceiro maior beneficiário de cofinanciamento.

Realizaram-se reuniões de auditoria com a DGAV, o ICNF, I.P., o INIAV, I.P. e a DRA-RAA dos Açores, entidades que, no total, representam 80% do montante pedido.

O resultado da auditoria permitiu obter uma primeira perspetiva da gestão financeira dos programas de prospeção levada a cabo por Portugal, sendo de salientar as seguintes conclusões:

 Na fase de candidatura, não existiam orientações em matéria de elegibilidade aplicáveis às prospeções. A discrepância entre as informações técnicas e financeiras continua a ser um problema na fase de elaboração e apresentação dos relatórios;

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 Tal como exigido pelo modelo financeiro da DG SANTE (calcular os custos e o tempo dedicado por tipo de medida e por cada praga), Portugal envidou esforços consideráveis no sentido de afetar as despesas às (sub)categorias técnicas;

 Verificou-se que neste programa foram tidas em devida conta as recomendações das auditorias anteriores. Foram identificados custos elegíveis não imputados, que entretanto foram incluídos e verificou-se uma melhoria objetiva da elaboração e apresentação de relatórios;

 O número total de amostras testadas e declaradas é suficientemente fiável, não obstante deva ser melhorado o sistema de rastreabilidade;

 O cálculo do custo unitário por teste é objeto de um exercício minucioso. Porém, o valor apresentado deve basear-se tanto quanto possível nos custos reais incorridos, e não em médias estimadas;

 Portugal alertou para os encargos administrativos acrescidos (em termos de tempo e pessoal) e para o nível de pormenor exigido nos relatórios técnicos, e manifesta a sua crescente preocupação com a necessidade de uma abordagem mais eficiente dos requisitos aplicáveis à elaboração e apresentação de relatórios bem como dos modelos utilizados.

2.7.2. Programa de Desenvolvimento Rural

No âmbito do PDR 2020, decorreu entre 8 de agosto e 30 de novembro, o primeiro período de apresentação de candidaturas para a constituição de Grupos Operacionais, conforme já referido neste relatório no ponto 2.4.

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Programa Operacional de Sanidade Florestal

2.8. Metas e Indicadores (Capítulo 11)

Objetivo estratégico

1. Aumentar o conhecimento sobre a presença de agentes bióticos nocivos

Objetivos operacionais Indicadores de realização Metas Responsabilidade de execução Ações realizadas em 2016 Ex e cução R e fo rm ul açã o

Ação Data Responsável Descrição

1.1. Estabelecer procedimentos uniformizados de prospeção de Pragas 1.1.1. Divulgar procedimentos pelos agentes do setor Até final de 2014

ICNF, I.P., DGAV e

INIAV, I.P. - - - - 1.2. Conhecer a distribuição geográfica e o grau de perigosidade dos principais agentes bióticos nocivos por sistema florestal 1.2.1. % de sistemas florestais avaliados 50% até final de 2017 100% até final de 2020 ICNF,I.P., INIAV, I.P., DGAV, DRAP, Municípios e Agentes do setor Prospeção e monitorização dos diversos agentes bióticos nocivos Todo o ano DGAV, ICNF, I.P., DRAP, INIAV, I.P. e agentes do setor

Em execução com a implementação dos planos de atuação.

Para o pinhal existe conhecimento sobre a distribuição geográfica do NMP e do cancro-resinoso-do pinheiro, informação que pode ser consultada nos respetivos relatórios anuais de execução disponíveis no site do ICNF, I.P. (http://www.icnf.pt/portal/florestas/prag-doe/plan-rel).

Para o castanheiro existe informação relativa à vespa-das-galhas-do-castanheiro, cuja

indicação das áreas infestadas está disponível em

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