Juventude e Trabalho
Aline da Silva Freitas
alisf04@yahoo.com.br 07 de novembro de 2014
Que é ser jovem?
Imagem relacionada com Juventude, fonte Imagens
Tempo Perdido – Legião Urbana
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo
Todos os dias
Antes de dormir Lembro e esqueço Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder
Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo E tão sério
E selvagem, selvagem Selvagem!
Juventude = Poder?
Veja o solDessa manhã tão cinza A tempestade que chega É da cor dos teus olhos Castanhos
Então me abraça forte
E diz mais uma vez Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo Temos nosso próprio tempo
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes Acesas agora
O que foi escondido É o que se escondeu E o que foi prometido Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido Somos tão jovens
Tão Jovens Tão Jovens!
Curiosidade: Em entrevista, na década de
60, John Lennon, afirmou que:
“A América costumava ser o lugar da
juventude na imaginação de todos.
A América tinha teenagers e o resto do
mundo, só pessoas.”
(Fonte: SAVAGE, Jon. A Criação da
Juventude)
Olhares sobre a Juventude –
Helena Wendel Abramo
Juventude como período preparatório
Juventude como etapa problemática
Jovem
como
ator
estratégico
do
desenvolvimento (e do capitalismo??)
Jovem cidadão: sujeito de direitos,
demandando políticas públicas diante a
singularidade da condição juvenil.
1944 – termo teenager, nos EUA, para jovens
entre 14 e 18 anos. Jovens visto como consumidores, com especificidades, direitos e exigências próprios.
No Brasil, até 1960 – jovem e seu papel nos
movimentos estudantis, contracultura e engajamento em partidos políticos; geralmente da classe média.;
Depois, foco nas crianças e adolescentes;
Apenas no final da década de 90 em diante, um
olhar diferente sobre a juventude.
Marco Jurídico: Art. 227, CF.
CF, Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) Olhares histórico, econômico, jurídico, político e psicológico.
Criança: 0-12 anos incompletos; Adolescente: 12 – 18 anos incompletos. Jovem: 15-29 anos.
Estatuto da Criança
e do Adolescente
(Lei 8.069/1990)
Estatuto da Criança
e do Adolescente
Estatuto da
Juventude
Dupla proteção: 15-18 incompletos.Políticas Públicas à Juventude
◦ http://www.juventude.gov.br/documentos/cartilha-politicas-publicasVER
JULGAR
AGIR
-
Secretaria
Nacional
de
Juventude
(Secretarias e Coordenadorias Estaduais e
Municipais)
-
Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE)
e Conselhos Estaduais e Municipais
-
Conferência Nacional de Juventude
-Plano Nacional da Juventude
-
Fóruns de Juventude
Juventude e Trabalho
-Visões
sobre o
Trabalho:
-Histórica
-Jurídica
-Econômica
-Política
-Psicológica
Tarsila do Amaral
Segundo Marilena Nakano e Elmir de
Almeida:
“Antes, a representação dominante sobre a
juventude era a da fase da vida em que o sujeito se preparava para a entrada no mundo do
trabalho e a posterior passagem para a vida adulta. Hoje, mesmo que essa representação
ainda tenha força, muitos jovens se vêem obrigados a trabalhar, combinando ou não esta
atividade com a escolar, e o desemprego e o trabalho precário os atingem fortemente...”
Mas também há o “nem-nem”!!! E múltiplas realidades!
Ipea – Boletim de Mercado –
Agosto 2013
“A pobreza e a exclusão social dela decorrente
são as principais razões pelas quais a juventude brasileira não vive plenamente sua
cidadania, e um desses fatores é a qualidade de sua inserção no mercado de trabalho. (...)
pode-se observar que a inserção no
mercado de trabalho está fortemente marcada pelas características sociais estruturantes da
desigualdade em nosso país, sejam elas o sexo,
a idade, a cor e o território.” (LOBATO; Ana Laura; e LABREA, Valéria Viana).
Resultado da Conferência:
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D41032A78014118FD3 C857B5A/Relatorio%20da%20CNETD.pdf
Como o trabalho é visto no Brasil atualmente?
Um bom referencial: I Conferência Nacional de
Emprego e Trabalho Decente (Brasília, agosto de 2012), que apresentou as seguintes prioridades:
Gerar mais e melhores empregos, com igualdade de
oportunidades e de tratamento;
Erradicar o trabalho escravo e o trabalho infantil,
especialmente nas suas piores formas; e
Fortalecer os atores tripartites e o diálogo social como
Estatuto da Juventude e Prática
Ver artigos 14-16;
Prevê e exige ação do Poder Público.
Em andamento: valorização do salário
mínimo;
transferência
de
renda;
Pronatec; ProUni; ProJovem; Juventude
Viva etc.
“Não quero lhe falar Meu grande amor Das coisas que aprendi Nos discos
Quero lhe contar como eu vivi E tudo o que aconteceu comigo Viver é melhor que sonhar Eu sei que o amor
É uma coisa boa Mas também sei Que qualquer canto É menor do que a vida De qualquer pessoa
Por isso cuidado, meu bem Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal Está fechado pra nós Que somos jovens
Para abraçar seu irmão E beijar sua menina na rua É que se fez o seu braço O seu lábio e a sua voz
Você me pergunta Pela minha paixão
Digo que estou encantada Como uma nova invenção Eu vou ficar nesta cidade Não vou voltar pro sertão Pois vejo vir vindo no vento Cheiro de nova estação Eu sinto tudo na ferida viva Do meu coração
Já faz tempo Eu vi você na rua Cabelo ao vento Gente jovem reunida Na parede da memória Essa lembrança
É o quadro que dói mais
Minha dor é perceber Que apesar de termos Feito tudo o que fizemos Ainda somos os mesmos E vivemos
Ainda somos os mesmos E vivemos
Como os nossos pais Nossos ídolos
Ainda são os mesmos E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer Que eu tô por fora Ou então
Que eu tô inventando Mas é você
Que ama o passado E que não vê
É você
Que ama o passado E que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia De uma nova consciência E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus Contando o vil metal Minha dor é perceber Que apesar de termos Feito tudo, tudo
Tudo o que fizemos Nós ainda somos Os mesmos e vivemos Ainda somos Os mesmos e vivemos Ainda somos Os mesmos e vivemos Como os nossos pais”
Referências e dicas de Sites
Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criançae do Adolescente – SNPDCA
http://www.direitoshumanos.gov.br/spdca
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
http://www.direitoshumanos.gov.br/conselho/conanda/
Secretaria Nacional da Juventude
http://www.secretariageral.gov.br/Juventude
Ministério Público
http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/home/interna/infanci a_juventude
Referências e sugestões de Leitura
ABRAMO, Helena Wendel; BRANCO, Pedro Paulo Martoni (orgs).
Retratos da Juventude Brasileira: análises de uma pesquisa nacional.
São Paulo: Perseu Abramo, 2008.
ABRAMO, Helena Wendel. Considerações sobre a tematização social
da juventude no Brasil. Disponível em:
http://anped.org.br/rbe/rbedigital/RBDE05_6/RBDE05_6_05_HELENA_W
ENDEL_ABRAMO.pdf. Acesso em nov. 2014.
FREITAS, Aline da Silva (org. et all). Estatuto da Criança e do
Adolescente: 20 anos. São Paulo: LTr, 2009.
LÉPORE, Paulo Eduardo (et all). Estatudo da Juventude Comentado.
São Paulo: Saraiva, 2014.
NAKANO, Marilena; ALMEIDA, Elmir de. Reflexões acerca da busca de
uma nova qualidade da educação: relações entre juventude, educação e trabalho. In Educação e Sociedade: Revista de Ciência da
Educação. Vol. 28. n. 100. Especial, 2007. Campinas: Cortez, 2007.
OLYMPIO, Cleber. Estatuto da Juventude Comentado. Rideel, 2013. SAVAGE, Jon. A Criação da Juventude. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.
“... todos nós somos ou fomos jovens (há mais ou menos tempo), convivemos com
jovens em relações mais ou menos próximas...” (Helena Wendel Abramo)