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MÍDIA E POLÍTICA: ANÁLISE DO DISCURSO DO

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MÍDIA E POLÍTICA: ANÁLISE DO DISCURSO DO

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Resumo: A análise do discurso de um jornal impresso se baseia principalmente na linguagem utilizada, nos títulos, nos subtítulos, na página, na localização dessa matéria, no uso de entrevistas, nas fotografias, nas citações, nos gráficos, nas tabelas, nos infográficos e no conteúdo das matérias. O objeto do estudo em questão trata-se do jornal A Folha, que circula na cidade de Jequié. Como se trata de um jornal semanal, o corpus de análise da pesquisa analisou as edições do período de junho até o início de outubro de 2004, culminando na primeira edição publicada no dia 4 de outubro, após as eleições municipais para prefeito no dia 3 de outubro, num total de 20 edições. O objetivo do trabalho é a análise do discurso do jornal A Folha para evidenciar o comportamento editorial do periódico e comprovar que o jornal esteve vinculado ao grupo político dos senadores baianos Antônio Carlos Magalhães e César Borges e do governador Paulo Souto, ambos do Partido da Frente Liberal (PFL-Ba), que apoiavam o candidato de oposição no município Valdomiro Borges Filho, o “Borginho”. Os resultados comprovaram a parcialidade na cobertura jornalística e o apoio político que o jornal A Folha concedeu aos representantes do PFL baiano

Palavras-Chave Palavras-Chave Palavras-Chave Palavras-Chave

Palavras-Chave: Análise do discurso; Jornal impresso, Eleições. Abstract:

Abstract: Abstract: Abstract:

Abstract: The analysis of discourse of a printed newspaper is based mainly on the language used in titles, in subtitles, on the page, the location of this report, on the use of or interviews, the photographs, in the citations, in graphics, in tables, in infographics and content of the material. The object of study in question is the newspaper A Folha, which circulates in the city of Jequié. Because this is a weekly newspaper, the corpus of analysis of the research examined the issues of the period of June to early October 2004, culminating in the first edition published on 4 October, after the municipal elections for mayor on 3 October for a total of 20 editions. The objective is to analyze of discourse of the newspaper A Folha and from there it shows the behavior of the journal editorial and prove that the newspaper was linked to the group of senators Bahia Antonio Carlos Magalhães and Caesar Borges and the Governor Paulo Souto, both from the Liberal Front Party (PFL-BA), which supported the candidate of opposition in the council Valdomiro Borges Filho, the “Borginho.” The results showed a partiality in the coverage and political support to the newspaper Folha gave to the representatives of the PFL Bahia.

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1 A ANÁLISE DO DISCURSO ENQU

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METODOLÓGICA

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Desenvolver a análise do discurso em um veículo jornalístico nunca é uma tarefa simples. O campo do jornalismo é permeado por vários discursos que se entrecruzam. As enunciações são variadas e complexas, e cada enunciatário compreende de forma peculiar o que lê, ouve ou vê. Daí a importância da noção de contrato de leitura na imprensa escrita desenvolvida por Eliséo Verón (1985). O autor parte do princípio de que a imprensa escrita funciona em um universo de concorrência bastante fechado, entre o enunciador (quem fala) e o enunciatário (quem a fala é endereçada), ou seja, “em recepção, a leitura não reside somente nos conteúdos, reside nos conteúdos sempre tomados a cargo por uma estrutura enunciativa onde alguém (o enunciador) fala, e onde um lugar preciso lhe é proposto enquanto é destinatário”(p. 210). Ou ainda:

O conceito de contrato é uma espécie de espaço imaginário onde percursos múltiplos são propostos ao leitor, paisagens onde o leitor pode escolher um caminho mais ou menos de liberdade, onde zonas nas quais ele possa se perder, ou seja, perfeitamente balizado. Ao longo da estrada o leitor encontra personagens diversos que lhe propõem atividades várias, através das quais se vêm possíveis traços de relações, segundo as imagens que estes lhes passam. Um discurso é um espaço habitado de atores, de objetos e ler é colocar em movimento este universo, aceitando ou recusando, indo mais além à direita ou à esquerda, investindo mais esforços [...] Ler é fazer (VERÓN, 1983, p.54-55).

Assim, a enunciação editorial em um jornal impresso constrói a imagem daquele que fala (o local que ele se atribui, a relação àquilo que ele diz), e a daquele a quem o discurso é endereçado (o público), e a relação entre o enunciador e o enunciatário que é proposta dentro e para o discurso. Os diferentes modos de se dirigir ao leitor (empatia, distanciamento, tom lúdico, etc.) criam um efeito de relação interpessoal entre o jornal ou a revista e o leitor, ou seja, um contrato de leitura.

Nesse sentido, o trabalho de pesquisa que temos desenvolvido orienta-se, em direção a uma sócio-etnografia do discurso que interroga a pluralidade dos discursos colocados em prática na produção de informações. Trata-se de conceber o jornalismo como espaço discursivo complexo, onde entram em interação diversas enunciações. No caso desta pesquisa, o objeto do estudo se trata de um jornal impresso, A Folha de Jequié-BA.

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discurso é um objeto de estudo, mas ele é também um conceito, e é justamente nisso que reside o ponto de ruptura com a análise de conteúdo. O conceito de discurso implica dois componentes, o enunciado e a enunciação. O enunciado corresponde à “história contada”, ao que é dito. A enunciação corresponde à maneira de contar a história, a forma de dizer. Enunciado e enunciação estabelecem uma relação de pressuposição recíproca: não existe enunciado sem enunciação e vice-versa. A enunciação é também definida como o ato de enunciar, ato que instala um enunciador e um enunciatário, como foi dito anteriormente. Partindo desse ponto, a análise de discurso trabalha sobre a relação entre enunciado e enunciação, e sobre a construção das figuras do discurso: os sujeitos do enunciado e os sujeitos da enunciação.

No caso do discurso jornalístico, trata-se de analisar além daquilo que conta o jornal (A Folha), mas ainda como estão posicionados os que o escrevem e os que o leem, trabalhando sobre os dispositivos enunciativos e as formas de disponibilizar a informação.

2 IDENTIDADE EDITORIAL DO JORNAL

2 IDENTIDADE EDITORIAL DO JORNAL

2 IDENTIDADE EDITORIAL DO JORNAL

2 IDENTIDADE EDITORIAL DO JORNAL

2 IDENTIDADE EDITORIAL DO JORNAL

Para Ringoot (2004), a análise da identidade editorial de um periódico jornalístico corresponde ao estudo exaustivo dos produtos editoriais, levando em conta o plano do enunciado e o da enunciação. Trata-se de fazer uma semiótica do jornal, ou seja, evidenciar o sentido relacionado à forma e ao conteúdo do jornal, demonstrar sua política de identificação, localizar a política de objetivação da informação, identificar a gestão do discurso reportado. A identidade editorial é construída sobre uma gama de elementos constitutivos, tais como:

os elementos de superfície e de volume: formato, segmentação, cadernos, suplementos, relação entre o redacional e a fotografia, relação entre a informação e a publicidade;

a disponibilização da informação nas manchetes e a primeira página consideradas como as interfaces do jornal (gramática espacial e visual, valorização dos fatos, elementos variáveis e invariáveis);

os sinais que traduzem as escolhas do jornal quanto à visibilidade dos atores.

as marcas que significam a categorização da informação;

os títulos, que dão destaque à designação dos acontecimentos e dos autores;

os gêneros jornalísticos utilizados, pois estes pré-constroem a organização da informação, induzindo a relação entre fontes e leitores;

os ângulos, que constituem os enquadramentos da apreensão e da interpretação da informação;

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– as modalidades recorrentes do discurso relacionado, como a citação, o discurso indireto, a alusão, que exprimem, segundo Patrick Charaudeau (1989), o distanciamento, a aprovação, a refutação ou a apropriação da palavra da fonte.

A análise do discurso de um texto jornalístico se baseia principalmente na linguagem utilizada, nos títulos, nos subtítulos, na página e na localização dessa matéria, no uso de “aspas” ou entrevistas, nas fotografias, nas citações, nos gráficos, nas tabelas e nos infográficos, ou seja, “do recurso aos sinais de marcação da remitência ao real” (GOMES, 2000, p. 24).

O trabalho de diagnóstico editorial necessita da elaboração de um corpus fundado numa sequência de jornais dentro de um período longo, de maneira a detectar o que é ou não variável na publicação. Trata-se, portanto, de cruzar o estudo da categoria informativa retida e o estudo das políticas editoriais próprias aos periódicos. No caso do jornal A Folha de Jequié, foram selecionadas todas as edições que circularam no período de junho a outubro de 2004, totalizando 20 edições do periódico, com periodicidade semanal. Esse recorte compreende ao período eleitoral municipal para os cargos do Executivo e Legislativo na cidade de Jequié. Buscou-se perceber como o jornal se comportou durante os meses de campanha eleitoral na cidade.

Ringoot e Ruellan (2007) chamam a atenção para a complexidade do discurso jornalístico e lançam mão do conceito de “dispersão” para explicar essa complexidade. Para os autores, em torno dos formatos da expressão jornalística se junta uma produção discursiva heterogênea sobre o jornalismo, que condiciona as práticas de informação e os quadros de interpretação da atividade jornalística. Isso demonstra que um discurso se sedimenta no tempo, integrando as mudanças, as racionalidades distintas, as enunciações plurais, as ancoragens múltiplas. No caso da análise do jornal A Folha, estas questões foram levadas em consideração, especialmente a relação do periódico com os grupos e partidos políticos locais, bem como o perfil do responsável pelo jornal, o jornalista Ari Moura, personalidade muito popular no município.

O discurso é sempre “atravessado por vários discursos” (Ringoot; Ruellan, 2007). Nesse contexto, a formação discursiva jornalística ultrapassa o discurso do jornal, e considera-se, por um lado, que o jornalismo produz um discurso e um saber específicos, destacáveis particularmente pela formas enunciativas recorrentes, porém, por outro lado, é o produto de vários discursos que o elaboram e o estruturam. A tensão entre ordem e desordem do discurso, a priori paradoxal, é o que explica o conceito de dispersão.

A noção de dispersão permite definir o jornalismo como espaço discursivo complexo, onde interagem várias enunciações: a dos jornalistas, mas também aquelas das fontes e dos públicos. Dito de outra forma, os discursos do legislador,

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do político, do professor, do pesquisador, do sindicalista, dos empresários da imprensa ou do anunciante interferem sobre a definição social do jornalismo. Esses atores agem sobre a definição da informação, do seu modo de produção e sobre os valores que lhe são atribuídos.

Assim, chega à idéia de interdiscurso proposta por Pêcheux (1990), de que não há ‘discurso’ sem ‘interdiscurso’, pois a identidade discursiva não é proveniente de um discurso social fechado em si mesmo, mas quase sempre da sua “porosidade”. A circulação dos discursos alimenta a identidade discursiva do jornalismo e implica em sua renovação permanente.

Para Normam Fairclough (2001), em seu livro Discurso e MudançaDiscurso e MudançaDiscurso e MudançaDiscurso e MudançaDiscurso e Mudança Social

Social Social Social

Social, o autor busca uma síntese centrada na análise de discurso, assim como fez Pêcheaux, no conceito de discurso. “Discurso é um conceito difícil, principalmente porque há tantas definições conflitantes e sobrepostas, formuladas de várias perspectivas teóricas e disciplinares” (p.21). Dentre essas várias definições, fica com a da linguística, que ,na sua interpretação, “discurso é usado algumas vezes com referência a amostras ampliadas de diálogo falado, em contraste com textos escritos” (p.21). Nesse sentido, análise textual e análise de discurso não partilham a limitação tradicional da análise linguística a frases ou unidades gramaticais menores, procura entender a organização do diálogo: tomada de turno, a estrutura das aberturas e dos fechamentos conversacionais, no caso da linguagem falada. Ou a estrutura de uma reportagem de jornal, como exemplo de estudo das propriedades organizacionais do discurso escrito.

Por fim, para uma compreensão dos discursos produzidos no jornal A Folha, lançou-se mão, também, do método de análise de discurso proposto por Fairclough (2001) que busca uma abordagem mais ampla, baseando-se em diversos conceitos como a abordagem linguística de Bakhtin (1986); com as categorias de hegemonia e contra-hegemonia de Gramsci (1981) e com os conceitos de prática e de ordem discursiva na mesma linha de Foucault (1996). Baseado nestes autores, Fairclough discute não só a compreensão dos textos, mas a forma de analisá-los e interpretá-los, como um modo particular do uso da linguagem e de outras expressões simbólicas. Daí, a preocupação sócio-etnográfica em procurar entender os discursos produzidos pelo jornal A Folha, sem desprezar os atores sociais envolvidos diretamente na produção da notícia. Portanto, de acordo com Fairclough, o discurso é simultaneamente texto, interação e prática social.

3 ANÁLISE DO JORNAL A FOLHA

3 ANÁLISE DO JORNAL A FOLHA

3 ANÁLISE DO JORNAL A FOLHA

3 ANÁLISE DO JORNAL A FOLHA

3 ANÁLISE DO JORNAL A FOLHA

O jornal A Folha publicado na cidade de Jequié possui edições semanais, com uma tiragem em torno de mil exemplares e tem como responsável o jornalista e radialista

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Ari Moura. O corpus de análise da pesquisa, como foi supracitado, procurou analisar todas as edições que circularam no ano de 2004, referentes aos meses de junho até início de outubro, culminando na primeira edição publicada no dia 04 após as eleições municipais para prefeito no dia 3 de outubro.

A hipótese inicial, e que foi comprovada, era que o jornal estava vinculado ao grupo político dos senadores baianos Antônio Carlos Magalhães e César Borges e do governador da Bahia Paulo Souto, do Partido da Frente Liberal (PFL-BA), que apoiavam o candidato da oposição em Jequié, Valdomiro Borges Filho, o “Borginho”, que é irmão do então senador César Borges e ex-governador do Estado.

Na edição do dia 28 de maio a 3 de junho de 2004, o jornal estampou na primeira página uma contagem regressiva, em letras grandes, com uma campanha para saída do atual prefeito Roberto Britto: “CONTAGEM REGRESSIVA: FALTAM 7 MESES PARA O PREFEITO ROBERTO BRITTO DEIXAR O CARGO”. Esta estratégia passou a aparecer em praticamente todas as edições seguintes e foi até a edição de dezembro de 2004, em que dizia – “FALTAM 7 DIAS PARA O PREFEITO ROBERTO BRITTO DEIXAR O CARGO”.

As edições dos meses de junho a outubro traziam em suas capas manchetes informando muitos problemas relativos à cidade de Jequié, sempre relacionados à administração do prefeito Roberto Britto. Ou, contrariamente, traziam boas notícias, sempre relacionadas às ações do governo do estado, lideradas pelo governador Paulo Souto e os senadores César Borges e Antônio Carlos Magalhães. A edição do período de 28 de maio a 3 de junho trazia na capa a seguinte manchete: “Segurança e trânsito pioram em Jequié”. A matéria chama a atenção para o crescente número de roubos, assaltos, assassinatos e acidades de trânsito no município. O jornal buscou responsabilizar a administração municipal pelos problemas, mesmo sabendo que parte deles são de responsabilidade dos governos estadual e federal.

Na edição do período de 4 a 10 de junho, o jornal trazia duas manchetes, uma apontando novamente problemas com a segurança e com serviços públicos em Jequié e outra apontando problemas com a Saúde no município – “Avaliação: Embasa e Segurança na frente”; “Gripe ataca população”. A primeira matéria diz respeito às recorrentes queixas para os serviços públicos, especialmente os oferecidos pela empresa baiana de abastecimento de água, Embasa, que estava na frente no ranking de reclamações. Mais uma vez, os problemas eram atribuídos à prefeitura municipal de Jequié, embora a Embasa seja uma empresa ligada ao governo do Estado.

Na edição do período de 11 a 17 de junho, o jornal trouxe como manchete de capa: “Governador visita Manoel Vitorino”. Manoel Vitorino é um município vizinho a Jequié, e a visita do governador foi para anunciar obras. A intenção do jornal foi

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mostrar que quem tinha o apoio do governo do Estado, teria obras para a cidade. A mesma edição apresentou também uma notícia de destaque, que dizia: “César vai relatar salário mínimo no Senado”. A matéria informava que o senador baiano do PFL seria o relator da Medida Provisória 182/04, que tratava do reajuste do salário mínimo, e que estava sugerindo um aumento do salário mínimo maior do que o proposto pelo governo Lula e pelo PT. Ainda nessa edição, havia mais uma notícia referente ao senador César Borges, a sua visita a Jequié durante os festejos de Santo Antônio, padroeiro do município – festa popular de Jequié, que se inicia com os festejos do padroeiro e vai até as festas juninas. De forma recorrente, o jornal vai construindo uma imagem positiva do grupo do PFL.

A última edição do período de 25 de junho a 1º de julho do jornal publicou como destaque as convenções dos partidos que iriam disputar as eleições municipais e buscou apresentar um grupo forte e unido em torno da figura do candidato a prefeito pelo PFL, Borginho, e o apoio irrestrito dos senadores César Borges, Antônio Carlos Magalhães e do governador, inclusive com a presença do senador César Borges. Havia uma ausência de notícias referentes à convenção do partido do atual prefeito Roberto Britto e do seu candidato, Reinaldo Pinheiro, visto que a data-imite de realização das convenções eleitorais era até dia 30 de junho. Mais uma vez, o jornal evidenciava o seu apoio político ao grupo carlista e o seu desafeto com o grupo do prefeito Roberto Britto.

A edição do período de 9 a 15 de julho, apresentou as seguintes manchetes: “Jequié tem 4 candidatos” – essa matéria mostrou quem iria disputar as eleições municipais em Jequié e, mais uma vez, o destaque foi para a candidatura de Waldomiro Borges Filho. A outra manchete de capa trouxe a seguinte notícia: “Novas Viaturas” – fazia referência às novas viaturas policiais que o governo da Bahia tinha enviado para Jequié. A entrega dos veículos contou ainda com a presença do Secretário de Segurança Pública do Estado. Mais uma vez, o reforço de uma imagem positiva do grupo carlista. As edições dos períodos de 16 a 22 de julho e 23 a 29 de julho destacaram ainda os principais fatos das convenções, apresentando os apoios políticos que cada grupo conseguiu aglomerar. Novamente, o grupo de Borginho recebeu mais destaque na cobertura.

A edição do período de 6 a 12 de agosto trouxe como destaque os principais candidatos que disputavam a prefeitura de Jequié. A manchete dizia: “Borges X Lomanto X Roberto: a consolidação de força política”. A forma como a manchete foi estruturada expunha as intenções do jornal A Folha, pois a disposição dos nomes dos candidatos coloca Borges numa posição de destaque, como se fosse um possível resultado para as eleições, ou seja, Borges em 1º, Lomanto em 2º e o candidato de Roberto Britto em 3º. É importante salientar que em todas as edições analisadas até aqui, nenhuma delas trouxe o nome de Reinaldo Pinheiro, candidato a prefeito

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naquele momento, nas manchetes. Esta foi mais uma estratégia da Folha para não divulgar o nome e a imagem do candidato de Roberto Britto.

Nessa mesma edição, o periódico apresentou ainda a manchete: “Governo Municipal: mau inquilino”. A matéria era sobre um imóvel que foi alugado pela prefeitura de Jequié, ainda no governo de Lomanto Júnior, em 1995. Tratava-se de uma casa no bairro Jequiezinho, destinada a ser a Casa de Recolhimento Noturno. No entanto, o governo de Lomanto Júnior deixou dívidas de aluguel, energia e água. O governo do atual prefeito, Roberto Britto, também não havia cumprido com os compromissos, levando o dono do imóvel a mover uma ação na Justiça para receber o aluguel do imóvel, que já acumulava uma dívida de 50 mil reais com a Embasa. A estratégia do jornal foi desacreditar a imagem dos dois grupos rivais, tanto o grupo de Lomanto quanto o de Roberto Britto, passando a imagem para o povo de que ambos não mereciam confiança e não estavam aptos a governar Jequié.

Já a edição do período de 13 a 19 de agosto, tocava num ponto crucial, a questão da geração de empregos. A manchete dizia: “Jequié sumiu do mapa de empregos da Bahia”. Mesmo se tratando de um problema nacional, a matéria mostrava que em Jequié esse problema se agravava a cada dia. Nessa mesma edição, A Folha trazia a imagem de Roberto Britto cabisbaixo e com a possibilidade do prefeito ser cassado por irregularidades. O periódico, mesmo sem ter algo concreto, especulava quanto à possibilidade de Roberto Britto ser impedido de continuar no cargo.

Uma novidade na primeira página da edição do dia 20 a 26 de agosto foi de que a contagem regressiva contra o prefeito Roberto Britto ganhava uma nova roupagem. Agora a campanha “CONTAGEM REGRESSIVA: faltam 5 meses para o prefeito Roberto Britto deixar o cargo” ganhou mais destaque e passou a ser ilustrada com uma charge, em que o prefeito aparece abraçado com uma mulher e dançando. O jornal apresentou uma imagem irônica e desacreditada do governante. A manchete principal da edição estampava: “Sociedade se mobiliza”, com a foto do governador Paulo Souto, que anunciava investimentos na faixa de 20 milhões de dólares por um grupo italiano na cidade de Jequié. O jornal trazia outra manchete de capa que informava “Violência: moradores do Km-4 revoltados”, com uma foto de um homem brutalmente assassinado, sem nenhum retoque, remetia a mais um problema social do município.

A edição seguinte, do período de 27 de agosto a 2 de setembro, retomou a questão dos investimentos no município por parte da vinda de empresas italianas. A manchete dizia “Borges viabiliza vinda de empresas italianas” e o texto da matéria informava: “Numa franca demonstração do interesse pelo desenvolvimento de Jequié, os Borges continuam lutando pela consolidação do projeto de instalação das empresas italianas em Jequié”. Essa edição saiu exatamente há um mês antes

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das eleições. A imagem do grupo carlista era proclamada como a melhor opção para os eleitores, que, de fato, se encontravam descontentes com a atual administração, de acordo com o jornal.

A edição do período de 3 a 9 de setembro, estampou na capa duas notícias diretamente ligadas ao governador Paulo Souto e ao candidato a prefeito de Jequié, Borginho. As manchetes diziam: “Paulo Souto Inaugura BA-250”; “Carreata: Borginho no páreo”. Mas, na página 3, o jornal trazia outra manchete, que dizia o seguinte: “Ataque ao meio ambiente”, cujo conteúdo da matéria informava: “Um péssimo exemplo vem sendo dado pela equipe do candidato a prefeito Roberto Britto: moradores da avenida Tote Lomanto, do bairro Joaquim Romão, ficaram indignados com o corte de uma frondosa árvore ali plantada há pouco tempo. Sabe por quê? Apenas para dar lugar a um outdoor com propaganda do candidato Reinaldo Pinheiro! Incrível, mas é verdade”. A escolha do título e a forma como a matéria foi escrita mostraram qual é a imagem que o jornal A Folha pretende formar do atual prefeito. A matéria vinha acompanhada da foto do outdoor do candidato Reinaldo Pinheiro e, ao lado, a árvore cortada, que não chegava a ser uma “frondosa” árvore, como dizia o texto da matéria, mas evidenciava o crime ambiental.

O jornal trouxe ainda mais uma notícia ressaltando as qualidades do candidato de oposição, Borginho. Com a manchete “Vontade de servir”, o conteúdo da matéria dizia que logo após ser escolhido o candidato do PFL, Valdomiro Borges Filho, faria uma retrospectiva de todas as ações que a sua família tinha feito em benefício de Jequié, e que ele não faria diferente. Assim, o jornal esboçava uma imagem de um governo do Estado bem-sucedido, empreendedor, afirmando que todos deveriam votar em Borginho para prefeito de Jequié, e passando uma imagem negativa do atual prefeito e de seu candidato, que não respeitavam o meio ambiente, que não respeitavam a sociedade.

A edição do período de 10 a 16 de setembro dava conta dos altos gastos com as campanhas eleitorais em Jequié e ao mesmo tempo destacava que uma boa parte dos eleitores ainda estava indecisa. A manchete principal da edição informava: “Trem da Alegria em Jequié”, com o seguinte texto “A campanha eleitoral desse ano em Jequié está sendo marcada nos últimos dias pelos altos gastos, principalmente por parte do candidato do prefeito RB”. A estratégia do jornal de não mencionar o nome do candidato a prefeito da situação, Reinaldo Pinheiro, continuou mantida em praticamente todas as edições, bem como a construção de uma imagem negativa do prefeito de Jequié, que segundo o jornal estava gastando demais na campanha. A charge com a contagem regressiva estava lá mais uma vez, estampada na primeira página, e pouco destaque era dado às outras candidaturas.

A edição de 17 a 23 de setembro destacava as seguintes notícias: “Governo Municipal abandona patrimônios” – nessa matéria o jornal aponta uma série de

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espaços na cidade que estavam abandonados pela administração, a exemplo do aeroporto, da barragem de pedra, dentre outros prédios públicos e monumentos; já a outra matéria, “Transito caótico” informava que “já está incluído entre os piores setores de atividades do município de Jequié: o trânsito, que mais uma vez entra em colapso”. Contrariamente, a imagem negativa que essas matérias creditavam a atual administração, a notícia que trazia informações sobre a oposição dizia: “Luiz Amaral chega para apoiar Borginho”. O foco da matéria relatava a chegada do ex-prefeito de Jequié, Luiz Amaral, para apoiar a candidatura de Borginho, ou seja, demonstrando que Borginho tinha apoio de todos os lados.

A edição de 24 a 30 de setembro trazia como destaque pela primeira vez a foto do candidato Reinaldo Pinheiro na capa do jornal. No entanto, a manchete de destaque do dia afirmava: “Jequié enfrenta sérios problemas”, com o seguinte relato: “A conta pode ser até maior, mas somente no centro da cidade a população está contabilizando 11 sérios problemas que não são resolvidos pelo Governo Municipal”. Em diversos setores a irresponsabilidade pública municipal está trazendo sérios prejuízos para a população e o comércio, de um modo geral [...] semáforos com defeito, falta de faixas para pedestres, enormes buracos funcionando como arapucas, um posto médico desativado há vários meses, juntamente com o texto, o jornal estampava uma fotografia de uma rua suja e com um enorme buraco.

Logo abaixo, outra manchete de destaque: “Reinaldo Pinheiro vence nas pesquisas” – o texto dizia o seguinte: “Se as eleições deste ano em Jequié para prefeito dependessem dos resultados de algumas pesquisas que foram anunciadas no horário eleitoral gratuito em rádios e nos carros de som, o candidato do Partido Popular Reinaldo Pinheiro já estaria eleito, mas a verdade pode ser outra (...)”. O jornal A Folha utiliza-se de duas estratégias, primeiro aponta uma série de problemas que o município está passando. Segundo, coloca em cheque a credibilidade das pesquisas de intenção de voto divulgadas pelo candidato Reinaldo Pinheiro. O jornal induz o eleitor a pensar que essas pesquisas não seriam confiáveis e que a população é quem vai decidir as eleições no momento do voto.

A última edição do dia 3 de outubro, dia da eleição, destacou a manchete “Quem será o futuro Prefeito?” A matéria traz uma fotografia com uma montagem, onde aparecem os quatro candidatos enfileirados lado a lado, na frente da prefeitura de Jequié. No entanto, a matéria de destaque do jornal estava na página 4, com o título “Missão cumprida”. A matéria chamava atenção para o fato “novo” de que dois irmãos estavam disputando eleições para prefeito em dois importantes municípios da Bahia. “Neste ano de 2004 o senador Cêsar Borges foi convocado pelo seu partido, o PFL, para ser o candidato a prefeito de Salvador. Aceitou o desafio como bom soldado na luta em defesa dos interesses maiores do povo. Waldomiro Borges Filho, “Borginho”, sempre militou na política, mas nos bastidores,

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procurando coordenar as campanhas do seu pai, que foi prefeito de Jequié e deputado estadual e ajudando o seu irmão em todos os cargos que já ocupou”.

A tendenciosidade e parcialidade da matéria é evidente na forma como situa os dois candidatos, no uso de adjetivos para qualificar os dois políticos, no enquadramento da matéria, na localização da matéria na parte superior da página do jornal, no tamanho das letras da matéria que foram aumentadas para chamar a atenção e facilitar a leitura e no destaque dado pela edição ao assunto em questão. Relacionar a candidatura de César Borges para prefeito de Salvador e de Waldomiro Borges Filho para prefeito de Jequié, foi a última estratégia do jornal A Folha em defesa do grupo carlista.

Com o resultado das eleições já no dia 3 de outubro, o jornal A Folha lança uma edição especial no dia 4 de outubro, para dar a seguinte notícia: “Roberto Britto vence Borges, Lomanto e o PT”. Como uma forma de não reconhecer a vitória do candidato Reinaldo Pinheiro, seu nome é omitido na manchete, pois qualquer jornal noticiaria, por exemplo, “Reinaldo Pinheiro vence as eleições” ou coisa parecida. A outra estratégia do jornal foi lançar essa edição com a capa do jornal nas cores preta e branca (PB)preta e branca (PB)preta e branca (PB)preta e branca (PB)preta e branca (PB), uma forma de negar a vitória do prefeito em exercício e do futuro prefeito de Jequié. O fato do jornal noticiar que Roberto Britto vence as eleições deixa transparecer que o candidato eleito, Reinaldo Pinheiro, só ganhou as eleições devido o uso da máquina administrativa da prefeitura e que não tinha um reconhecimento político por parte da sociedade. No entanto, o resultado contrariou as pretensões da Folha e comprovou a atividade e independência do leitor do jornal.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Durante todas as edições analisadas, o jornal A Folha mostra-se como um grande opositor do atual prefeito, Roberto Britto, e seu candidato à sucessão municipal, Reinaldo Pinheiro, que viria a ganhar as eleições.

Não é difícil comprovar a parcialidade e o apoio político que o jornal A Folha dispensou aos representantes do PFL baiano, pois em todas as edições que antecederam as eleições municipais de 2004 foram publicadas matérias que diretamente promoviam a imagem dos senadores Antônio Carlos Magalhães e César Borges e do então governador da Bahia, Paulo Souto, pertencentes ao mesmo grupo político. As reportagens buscavam expressar uma visão positiva e bem-sucedida do governo de Paulo Souto na Bahia, em especial, na região sudoeste.

Contrariamente a essa postura, o jornal A Folha procurou também cobrir todos os passos do prefeito Roberto Britto, porém, mostrando todos os pontos fracos da sua administração. A primeira estratégia do jornal foi desenvolver uma

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campanha durante os últimos sete meses de mandato do prefeito, com uma contagem regressiva na maioria das edições que circularam de junho a dezembro de 2004. A contagem regressiva para a saída do prefeito Roberto Britto começou com uma caixa de texto no canto inferior esquerdo da primeira página de cada edição do periódico, com a seguinte informação: “CONTAGEM REGRESSIVA, faltam 7 meses para o prefeito Roberto Britto deixar o cargo”, a partir das edições de agosto, esta frase passou a ser sempre ilustrada com uma charge, em que o prefeito aparecia abraçado com uma mulher, dançando. A imagem da charge ilustrava a figura de um prefeito desajeitado, com a camisa amarrotada e com uma aparência de barrigudo. A intenção do jornal era desqualificar a administração do prefeito Roberto Britto, além de criar uma imagem de um político festeiro, descompromissado e “fanfarrão”. Esta estratégia permaneceu até a última edição de dezembro de 2004, em que o jornal A Folha dizia “CONTAGEM REGRESSIVA: faltam 7 dias para o prefeito Roberto Britto deixar o cargo”.

Quase todas as matérias em que a prefeitura de Jequié aparecia eram apenas para desqualificar a administração local, apontando problemas sociais como a falta de segurança, saúde, emprego, educação escolar, além das más condições de infraestrutura urbana no município. Enquanto que o grupo carlista aparecia no jornal sempre de forma positiva, o mesmo não acontecia com Roberto Britto e o seu sucessor, que até o lançamento oficial da sua candidatura era o então secretário de Educação de Jequié. Além do sucessor não aparecer na cobertura do jornal, quando aparecia era para se explicar ou justificar os problemas vivenciados pela administração.

É importante ter a compreensão de que ‘texto linguístico’ engloba outras forma simbólicas, que não só a palavra escrita ou a fala, mas também as imagens e expressões visuais. Estas, combinadas, compõem o discurso presente tanto na publicidade como no jornalismo como nos demais produtos midiáticos.

Portanto, o foco da análise de discurso está na compreensão das diferentes posturas, nos diferentes discursos posicionados pelos atores sociais. Também focaliza as mudanças históricas dos discursos, que criam novos discursos. Assim, a pesquisa apresenta quais foram os discursos usados pelo jornal A Folha e comprova qual foi o posicionamento editorial e político adotado pelo periódico durante os quatro meses que antecederam as eleições municipais de 2004 em Jequié. Evidenciou-se que A Folha não se preocupou em desenvolver um jornalismo com isenção e objetividade, deixando transparecer de forma direta e indireta o apoio à candidatura do senhor Waldomiro Borges Filho, o “Borginho,” e também do seu irmão César Borges, que disputava a prefeitura de Salvador.

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MESTRE – UFBA. PROFESSORECOORDENADORDO CURSODE COMUNICAÇÃO SOCIAL/JORNALISMOE

COORDENADORDO NÚCLEODE ACOMPANHAMENTODE AÇÕES ACADÊMICAS – NAAC DA FACULDADEDE

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