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CARLA CALIXTO DA SILVA; MÁRCIA BATISTA DA FONSÊCA; CÁSSIA KELY FAVORETTO COSTA; SINÉZIO FERNANDES MAIA.

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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro"

Londrina, 22 a 25 de julho de 2007,

Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural

1 DETERMINANTES DOS EFEITOS DE COMÉRCIO SOBRE AS EXPORTAÇÕES DE CAFÉ E CARNE BOVINA BRASILEIRA NO MERCOEURO: UMA ANÁLISE USANDO LOGIT NO PERÍODO DE 1995-2005

CARLA CALIXTO DA SILVA; MÁRCIA BATISTA DA FONSÊCA; CÁSSIA KELY FAVORETTO COSTA; SINÉZIO FERNANDES MAIA.

UFPB, JOÃO PESSOA, PB, BRASIL. carla_calixto.s@hotmail.com

APRESENTAÇÃO ORAL

COMÉRCIO INTERNACIONAL

Título: DETERMINANTES DOS EFEITOS DE COMÉRCIO SOBRE AS

EXPORTAÇÕES DE CAFÉ E CARNE BOVINA BRASILEIRANO

MERCOEURO: UMA ANÁLISE USANDO LOGIT NO PERÍODO DE 1995-2005 GRUPO DE PESQUISA 3: COMÉRCIO INTERNACIONAL

Resumo

Este trabalho tem como objetivo pesquisar o comportamento e o impacto dos efeitos de comércio sobre as exportações de café e carne bovina do Brasil para a União Européia no período de 1995 a 2005, considerando-se a hipotética formação do Mercoeuro, a partir de índices de competitividade de vantagem comparativa revelada, do índice de contribuição ao saldo comercial e do índice de Criação e Desvio de Comércio. Para a consecução do objetivo delineado será utilizado o modelo de resposta binária denominado Logit. Os resultados obtidos indicam que tanto as exportações de café verde quanto de carne bovina in natura e industrializada apresentam vantagem comparativa revelada e contribuem significativamente ao saldo comercial brasileiro, sugerindo que o Brasil ampliou sua participação no fluxo do comércio exterior com a União Européia nestes produtos e apresenta um perfil de especialização no período analisado. Por sua vez os resultados econométricos obtidos mostraram que se pode inferir que as variáveis (renda interna, taxa de câmbio, beneficio tecnológico, gasto do governo e renda externa) são fortes determinantes sobre os efeitos de comércio gerados a partir da formação do Mercoeuro e o mercado exportador brasileiro.

Palavras-chave: Modelo Logit; Criação de comércio; desvio de comércio; Vantagem comparativa revelada; índice de contribuição ao saldo comercial.

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This work has as objective to research the behaviour and the impact of the trade effects on the exports of coffee and bovine meat of Brazil to the European Union in the period from 1995 to 2005, considering the hypothetical formation of Mercoeuro, starting from indexes of competitiveness of revealed comparative advantage, of the contribution index to the commercial balance and of the index of Trade Creation and Trade Diversion. For the attainment of the delineated objective, the model of binary answer, called Logit, will be used. The obtained results indicate that as much the exports of green coffee as of meat bovine in kind and industrialized present, revealed comparative advantage and a significant contribution to the Brazilian commercial balance, suggesting that Brazil enlarged its participation in the flow of the external trade with the European Union in these products and it presents a specialized profile in the analyzed period. For its time the econometrical obtained results showed that it can be concluded that the variables (internal income, exchange rate, technological benefit, the government's expenses and external income) are strongly decisive, regarding the trade effects created after the formation of the Mercoeuro and the Brazilian export market.

Key Words: Model Logit; Trade creation; trade diversion; Revealed comparative advantage; contribution index to the commercial balance.

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, a União Européia vem se tornando uma das principais regiões de destino dos produtos agrícolas exportados pelo Brasil e pelo Mercado Comum do Sul (Mercosul). Segundo Fonseca (2006), do total das exportações do Mercosul para os países europeus em 2004, 35% era constituído de produtos agrícolas ou alimentares. No caso do Brasil, os produtos soja, carnes, café, suco de laranja e açúcar corresponderam a 85% da pauta de exportações agrícolas do país entre 1990 a 2004.

Segundo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2006), em 2005 a União Européia absorveu 32,5% das exportações totais do agronegócio brasileiro. Destaca-se que o principal comprador de produtos agrícolas dentro desse bloco é a Holanda. Assim, a União Européia pode ser considerada como um dos principais parceiros comerciais do Mercosul e do Brasil.

Entre os principais fatores que fortalecem a relação comercial entre o Mercosul e a União Européia estão as semelhanças entre as preferências dos consumidores e a complementariedade existente na produção. A semelhança nas preferências está relacionada aos valores culturais, religiosos e aos hábitos de consumo trazidos pelos imigrantes europeus nos países da América Latina (BUREAU, 2002).

O Mercosul apresenta vantagem em termos de produtos agrícolas de baixo valor agregado, ou seja, os paises deste bloco são exportadores de produtos baseados em recursos naturais (de origem agrícola ou mineral), já os países da União Européia são especializados na produção de commodities com alto valor agregado (BUREAU, 2002).

Porém, existem algumas dificuldades nas negociações entre esses dois blocos, principalmente com relação ao setor agrícola. Entre as principais dificuldades estão os subsídios concedidos aos produtores europeus; as elevadas barreiras tarifárias em alguns

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produtos agrícolas considerados frágeis e as barreiras não-tarifárias de caráter técnico, sanitário e administrativo nos países da União Européia.

Uma questão importante nessa relação comercial é a política agrícola e de comércio exterior do Mercosul e da União Européia. No caso do Mercosul, Waquil (2004) argumenta que não existe uma política agrícola comum entre os membros desse bloco e há uma falta de coordenação no manejo dos excedentes produzidos por ele. Destaca-se que os países do Mercosul apresentam uma reduzida intervenção nos mercados agrícolas, caracterizando um elevado grau de abertura comercial.

Já para a União Européia a situação é distinta, pois existe uma política agrícola comum (PAC) entre os paises membros deste bloco. Esta política foi criada em 1962 como os seguintes objetivos: aumentar a produtividade da agricultura, por meio do progresso tecnológico e melhor uso dos fatores de produção; assegurar um nível de vida eqüitativo à população que habita no meio rural, em relação a que reside na cidade; estabilizar mercados; garantir a segurança alimentar e assegurar preços razoáveis nos fornecimentos aos consumidores.

As negociações para a formação de um acordo entre o Mercosul e a União Européia (MERCOEURO) iniciaram em dezembro de 1995 a partir do estabelecimento do Comitê Organizador Birregional. Em 1996 firmou-se o “Acordo-Quadro Inter-Regional de Cooperação”. Seus objetivos eram o de aproximação e cooperação em todas as áreas, ou seja, a intenção seria de reforçar a parceria política, de atividades de cooperação e a criação de uma zona de livre comércio, analisando a questão da sensibilidade de alguns produtos e respeitando-se o conjunto de regras e diretrizes junto a Organização Mundial do Comércio (WAQUIL, 2004).

Fonseca (2006) destaca que a partir de 2000, as negociações entre esses dois blocos se tornaram mais freqüentes. Em 2005 houve o mais recente encontro, contudo não se chegou a nenhum resultado concreto, devido às dificuldades de redução das barreiras comerciais da União Européia (protecionismo), principalmente com relação ao setor agrícola.

Neste contexto, a formação de um acordo regional entre o Mercosul e a União Européia, reduzindo ou eliminando barreiras tarifárias e não tarifárias poderá resultar em uma criação de comércio, favorecendo as exportações agrícolas brasileiras com destino a União Européia.

O principal objetivo deste artigo consiste em avaliar em que medida as variáveis supostas como determinantes do impacto total da liberalização tarifária sobre o comércio de café verde e carne bovina, contribuem para explicar o padrão de comércio entre o Brasil e União Européia a partir da formação hipotética do Mercoeuro, entre 1995-2005.

A escolha do café verde e das carnes reflete o crescimento das vendas deste produto para a EU principalmente no período estudado. As negociações para a formação do Mercoeuro foram iniciadas em 1995, a escolha do período reflete a intensificação destas discussões. Especificamente pretende-se: apresentar a análise dos Índices de Vantagem Comparativa Revelada proposto por Balassa (1969, 1979) de cada produto, do índice de Contribuição ao Saldo Comercial proposto por Lafay (1990) e do índice de Criação e Desvio de Comércio a partir do índice de Laird e Yeats (1986) para demonstrar a competividade destes produtos dentro da União Européia, mas especificadamente dentro do bloco Mercoeuro; mensurar o impacto do padrão de comércio através dos possíveis determinantes que podem afetar o

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impacto total da liberalização tarifária sobre o comércio entre o Brasil e a União Européia para os produtos agrícolas selecionados, utilizando o modelo econométrico LOGIT.

O artigo está organizado em cinco seções além desta introdução. A seção dois apresenta o referencial teórico baseado nas teorias de comércio internacional aplicada neste estudo. A seção três apresenta o modelo empírico Logit bem como a estratégia utilizada. A seção quatro apresenta os resultados e discussões. Por fim, a seção cinco aponta as considerações finais obtidas nesse trabalho e a seção seis às referências bibliográficas.

2. MODELO TEÓRICO

2.1 Teoria de Integração Econômica Internacional

Atualmente, as discussões no cenário internacional têm sido marcadas tanto pela formação de blocos regionais quanto pelo fortalecimento de alguns blocos já existentes. De acordo com Fonsêca; Hidalgo (2004), a literatura sobre integração econômica teve sua origem nos trabalhos de Viner (1950) e a análise fazia referência aos ganhos de bem-estar resultantes da criação de uma união aduaneira com base na teoria das vantagens comparativas.

Um processo de integração econômica entre países e/ou blocos também pode ser definido como a eliminação de barreiras de natureza econômica, político e de agentes sociais1 distintos entre estes, isto é, as fronteiras econômicas e políticas causam barreiras ao trânsito de mercadorias, serviços e fatores de produção entre países.

Deste modo, a integração econômica amplia o mercado através da eliminação de obstáculos propiciando preços mais baixos, melhoria da qualidade dos produtos e aumento da produtividade dos meios de produção, extraindo benefícios que um país não conseguiria alcançar isoladamente (MACHADO, 2000). De acordo com Beçak (2000), há cinco possíveis níveis de integração: Preferências Tarifárias, Zonas de Livre Comércio, União Aduaneira, Mercado Comum, e União Econômica.

As Zonas de Preferências Tarifárias podem ser estabelecidas para uma região específica ou entre dois ou mais países, adotadas para todo o universo de produtos e setores ou apenas para um determinado segmento. Neste caso, o objetivo é conceder preferências para o comércio entre os membros em detrimento dos não-membros.

Nas Zonas de Livre Comércio prevê-se mais do que uma preferência tarifária, estabelecendo uma alíquota zero no comércio entre países membros, para todos os produtos exceto aqueles setores considerados sensíveis a uma redução imediata, tendo estes produtos um prazo maior para se adaptarem a esta nova realidade tarifária. Ressalta-se que a redução de tarifas não ocorre de imediato, os paíRessalta-ses criam um cronograma fixando prazos para a redução gradativa, de forma que as economias possam se adequar ao novo mercado, que será mais competitivo devido à facilidade de entrada dos produtos similares fabricados nos países vizinhos.

A União Aduaneira ocorre quando, além do rebaixamento tarifário para zero e da livre circulação de mercadorias, o tratamento tarifário junto a países não-membros passa a ser

1Ressalta-se, que os processos de integração também podem gerar custos para os países-membro quando agentes privados ou governos nacionais cometem ações incompatíveis com os interesses dos demais países (MACHADO, 2000).

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idêntico, por meio da criação de uma Tarifa Externa Comum (TEC). Desta forma, o estabelecimento desta tarifa externa comum a todos os membros pressupõe uma avaliação prévia por parte de cada economia. O Mercado Comum ocorre quando os países decidem que o objetivo da integração deve ser mais amplo, através da eliminação de barreiras ao intercâmbio de mercadorias e fatores de produção. Destaca-se, que seu funcionamento caracteriza-se pela harmonização dos instrumentos da política comercial, fiscal, financeira e trabalhista.

Por fim, a União Econômica ocorre quando além da criação de uma Tarifa Externa Comum e da livre circulação de mercadorias é estabelecida uma moeda única. Neste sentido, é previsto o surgimento de um Banco Central único e de uma Bolsa de Valores única, entre outras entidades de responsabilidade normativa representando os países-membros.

Segundo Viner (1950) apud Fonseca; Hidalgo (2004), um dos principais argumentos contrários à criação de acordos regionais de integração comercial reside na ocorrência de desvio de comércio, ou seja, trocas de um fornecedor mais eficiente por outro menos eficiente, contudo pertencentes ao bloco e que é favorecido pelo diferencial de tarifas externas. Viner (1950) retrata que os efeitos estáticos de um processo de integração são mensurados através de alterações no volume de comércio2 dos países membros do acordo comercial (Fonsêca; Hidalgo, 2004). Neste sentido, para que um processo de integração econômica apresente resultados favoráveis3 é necessário que as economias sejam efetivamente competitivo antes do acordo, e potencialmente complementar depois que o acordo entra em vigor (FONSÊCA; HIDALGO, 2004).

Desta forma, seguindo a orientação da literatura de integração econômica, no presente estudo será abordado as principais vertentes teóricas acerca dos ganhos e benefícios com a participação do Brasil na formação do MERCOEURO, partindo inicialmente de uma abordagem das Vantagens Comparativas Reveladas (VCR), passando por um estudo da Contribuição ao Saldo Comercial (ISC) e especificamente o impacto no fluxo do comércio sob a abordagem da Criação e Desvio de Comércio, com as contribuições dos trabalhos de Bela Balassa (1965), Lafay (1990) e a ótica do equilíbrio parcial desenvolvido por Laird; Yeats (1986).

2.1.1 Vantagem Comparativa Revelada

O conceito de vantagem comparativa revelada (VCR), proposto inicialmente por Bela Balassa em 1965, deu origem aos mais difundidos indicadores de desempenho, sendo mais comumente utilizada a relação, para um determinado país (ou região), entre sua participação nas exportações de determinado país (ou região), entre a sua participação nas exportações de determinado produto ou setor, e sua participação nas exportações totais (países ou regiões).

A VCR é uma medida revelada tendo em vista que seu cálculo está baseado em dados observados do comércio, ou seja, seu cálculo especifica os preços pós-comércio e, é um

2 O volume de comercio entre paises pode ser mensurado pelo seu grau de vantagem comparativa e pela sua contribuição ao saldo comercial.

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Na literatura internacional, um resultado favorável de integração econômica pode ser retratado como criação de comércio.

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dos métodos mais utilizado para determinar a vantagem comparativa. A idéia é que o comércio possa “revelar” vantagens comparativas.

Esse índice de vantagem comparativa revelada tem sido amplamente utilizado na literatura econômica, tanto no âmbito regional, nacional como internacional, e de acordo com Hidalgo (1998), o conceito de vantagem comparativa revelada é utilizado para descrever os padrões de comércio que estão tendo lugar na economia, mas eles não permitem dizer se esses padrões são ótimos ou não.

Assim, no Brasil ele é utilizado por Hidalgo (2000), em estudo sobre a competitividade das exportações do Nordeste do Brasil. Holanda (2002) investiga o comportamento da vantagem comparativa de um grupo de países em desenvolvimento do leste asiático, Horta e Souza (2000) aplicam-no em estudo sobre a inserção das exportações do país em diferentes mercados externos no período 1980-1996 e Alves; Maia (2004), Souza; Ilha (2005), Xavier; Viana (2005) abordam em seus trabalhos essa metodologia. Neste sentido, cabe mencionar a importância dos trabalhos de Maia (2000,2004), que calculou os índices de vantagem comparativa revelada para vários setores da Paraíba na década de 90, para setores do Paraná no período 1989-2000, bem como, analisou o desempenho do comércio externo do Brasil identificando o aproveitamento de vantagens comparativas de produtos dos setores agrícolas e não-agrícolas entre o período de 1980-2004.

Assim, o indicador pode ser expresso da seguinte forma:

i i 100 i i i X M VCR X M − = • + (1) Em que:

Xi = valor das exportações do país para o mundo;

Mi = valor das importações;

(i) = o grupo de mercadorias ou setor industrial

Especificamente, quanto mais próximo de + 100 for o valor da VCR, maior será a VCR do país naquela categoria específica de produto ou setor industrial. Contudo, quanto mais próximo de –100, maior será a desvantagem comparativa, implicando que naquele setor ou produto não há exportações comparativas em relação as importações.

100 0 i i VCR ≈ − ⇔ VCR < -> desvantagem comparativa; 100 0 i i VCR ≈ + ⇔ VCR > -> vantagem comparativa.

2.1.2 Contribuição ao Saldo Comercial

Os indicadores propostos por Balassa foram aprofundados em trabalhos de Lafay a partir de 1987, que optou por conferir uma distribuição uniforme ao saldo de comércio exterior

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de um país ou região, ou seja, atribui-se igual peso tanto às exportações quanto as importações.

De acordo com Vasconcelos apud Vicente (2005), dos indicadores propostos por Lafay, o mais freqüentemente utilizado é o índice de contribuição ao saldo comercial proposto em 1990, baseado na idéia que, através da normalização dos saldos comerciais (teóricos), podem ser descontados os efeitos de fatores conjunturais, e a VCR representaria assim, a balança comercial normalizada. Desta forma, o indicador de contribuição ao saldo comercial também procuraria expressar “ex-post” as vantagens relativas de diferentes competitividades setoriais, significando que um país abundante em capital deveria apresentar um saldo comercial positivo naqueles grupos setoriais intensivos em capital. O modelo de Lafay (1990) consiste em uma comparação do saldo comercial efetivo (observado) com o saldo teórico esperado (neutro), que ocorreria caso a participação de cada produto no saldo global fosse igual à sua participação no fluxo total do comércio. Formalmente, tem-se:

(

100

)

/ 2

(

) (

(

)

)

i i i i X M ISC X M X M X M+  =  − •  + + (2)

Em que, X representa as exportações globais agregadas do país j, M é o valor das importações agregadas do país j, e Xi e Mi representam o valor das exportações e

importações, respectivamente do produto i. Assim, o primeiro termo corresponde ao saldo comercial observado para o produto i, enquanto segundo termo corresponde ao saldo comercial teórico. Desta forma, se o ISC > 0, o produto apresenta vantagem comparativa revelada e se ISC < 0, apresenta desvantagem comparativa revelada.

2.1.3 Criação e Desvio de Comércio

De acordo com Nonnenberg; Mendonça (1999), o processo de criação de comércio ocorre quando há o estabelecimento de uma zona de livre comércio, ou seja, na medida em que se anulam as tarifas de importação intra-regionais, resultantes no deslocamento da produção doméstica para importações oriundas de um dos membros do bloco. Neste caso, há um aumento de bem-estar na medida em que é trocado um produtor menos eficiente (doméstico) por um mais eficiente.

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Já o desvio de comércio pode ser observado quando há um deslocamento das importações de um país fora do bloco para um pertencente ao bloco4. Caso onde há perda de bem-estar, pois a troca foi de um produtor mais eficiente por um menos eficiente.

Em busca de identificar esses efeitos de integração econômica, surge o modelo desenvolvido por Laird e Yeats (1986), que forneceu evidências detalhadas de quais serão os efeitos provocados ao comércio entre países caso ocorra eliminação das barreiras comerciais pós-formação do bloco.

Na literatura Brasileira, destacam-se os artigos de Fônseca; Hidalgo (2004) que utilizaram as equações de Laird e Yeats para capturar os prováveis efeitos da participação do Brasil na ALCA no que diz respeito às exportações de café, cacau, soja, açúcar, suco de laranja e carnes no período 1999-2002. De acordo com Fonsêca (2004), o modelo parte da suposição de que a liberalização tarifária dentro de um bloco econômico afeta apenas os preços dos bens sujeitos à liberalização tarifária.

O modelo desenvolvido por Laird; Yeats (1986), parte inicialmente de uma análise de equilíbrio parcial do bem-estar, utilizado para tanto funções de demanda de importações isoelásticas que possam relacionar o total importado de um bem por um país com a renda real, com o preço do bem importado e com o preço do substituto doméstico medido na mesma moeda (FONSÊCA, 2006).

Parte-se inicialmente da seguinte função de demanda de importações (mijk) do país j pelo

produto i proveniente do país k:

mijk = f y p

(

j, ijj,pijk

)

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j representa o país importador e k é o país exportador que pertencem a mesma área de livre comércio; i é o produto, yi é definida como a renda do país j; pijj é o preço do bem i

produzido e vendido mo país importador j e, pijk é o preço do bem i vendido no país j, mas,

produzido pelo país k.

A função oferta de exportação (xikj) do país k para o país j do bem i, pode ser expressa da

seguinte forma:

xikj = f p

( )

ikj (4) pijj representa o preço do bem i produzido pelo país k e importado pelo país j. Desse modo,

no equilíbrio de mercado teremos:

mijk =xikj (5) Neste caso, assume-se que o preço do bem i praticado no país j será igual ao preço recebido pelos exportadores do país k, somadas às barreiras comerciais tarifárias e

4 Isso pode ocorrer em razão da eliminação das tarifas intrabloco tornar alguns produtos de um país pertencente ao bloco, e menos eficiente na sua produção, mais barato do que os produzidos em terceiros países (NONNENBERG; MENDONÇA, 1999).

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tarifárias, além dos custos com transporte e seguros. Supondo-se que sobre o bem i, importado do país k, incida uma tarifa a qual resuma todos os componentes das barreiras comerciais, ou seja, um equivalente ad valorem cobrado pelo país j (FONSÊCA, 2006), tem-se:

pijk = pikj. 1

(

+tijk

)

(6)

Assim, tijk refere-se ao nível tarifário inicial do bem i, dado por uma tarifa ad valorem,

cobrada pelo país j na importação do bem i, proveniente do país k.

Segundo Fonsêca (2006), admitindo-se possa diminuir suas barreiras de importação, esse efeito pode ser analisado com base no processo de derivação total do modelo5. Assim, a expressão para a criação de comércio

( )

TCijk é dada por:

(

)

. . 1 ijk ijk ijk ij ijk dt TC m m t

ε

  =   +     (7) ij m

ε representa a elasticidade-preço da demanda de importações. No cálculo para o desvio de comércio, esse modelo leva em consideração o uso da elasticidade de substituição, que

mede a relação entre os produtos provenientes de países beneficiados com o acordo comercial e produtos provenientes de países não beneficiados pelo acordo6 (FONSÊCA, 2006).

Deste modo, a expressão para o desvio de comércio (TDijk) pode ser dada por:

. . . i ijk ijk s i ijk i ijk ijk ijk s

i dpr m m pr TD dpr m m m pr

ε

ε

      =   + +     (8) Neste caso, i i dpr pr    

  representa a mudança relativa no preço do bem i dada à redução tarifária para os países membros do acordo, mijk representa a importação do bem i do país j

oriunda de países não membros e

ε

s é a elasticidade-substituição de Armington, definida da seguinte forma por Fonsêca (2006):

5 Para uma analise detalhada de todo o processo de derivação (substituição das equações, com a suposição que a elasticidade-oferta de exportação é infinita) ver Fonsêca (2004).

6

Destaca-se, que pela análise ser de equilíbrio parcial não existem efeitos sobre o preço dos bens produzidos domesticamente (FONSÊCA, 2006).

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(

) (

)

(

/ /

) (

// / /

)

ijk ijk ijk ijk

s

ijk ijk ijk ijk

d m m m m

d p p p p

ε

=

(9)

Neste sentido, o modelo de equilíbrio parcial proposto por Laird; Yeats (1986) utiliza-se de expressões algébricas para estimar os impactos sobre o comércio, que são divididos em duas partes: a criação e o desvio de comércio. Logo, o impacto total da liberalização tarifária sobre o comércio é mensurado da seguinte forma:

Dmijk =TCijk +TDijk (10)

3 MODELO EMPÍRICO

3.1 LOGIT: Estratégia do Modelo Teórico

O modelo econométrico utilizado nesse trabalho foi um modelo de resposta binária, em que a variável dependente é dicotômica, ou seja, as probabilidades são restringidas ao intervalo [0, 1] 7. De acordo com Lima (1996), O método de máxima verossimilhança tem

por objetivo estimar parâmetros que maximizem a probabilidade de uma determinada amostra pertencer a uma população dada.

Na literatura empírica, os modelos de respostas binárias comumente utilizados são os Modelo Linear de Probabilidade (MPL), Logit e Probit.

Segundo Lima (1996) e Gujarati (2000), o modelo linear de probabilidade apresenta alguns problemas em sua estimação pelo método clássico dos Mínimos quadrados ordinários (MQO), são eles: i) a não.normalidade dos erros; ii) variância heteroscedástica dos erros, gerando estimadores ineficientes; iii) estimativa de probabilidades fora do intervalo zero e um e iv) coeficiente de determinação (R2) questionável, com valores menores que 1. Mas estes problemas do MPL podem ser resolvidos de acordo com Lima (1996), utilizando o método dos Mínmos quadrados ponderados (MQP) e aumentando o tamanho da amostra. Contudo, Alves; Maia (2004), apresenta que o maior problema do MPL é o de que o seu efeito marginal é constante. Portanto, os modelos Logit e Probit são aternativas viáveis para a estimação de modelos de respostas binárias.

Desta forma, para examinar o efeito dos determinantes do impacto sobre o comércio entre Brasil e União Européia, a partir da hipotética formação do MERCOEURO é necessário obter um modelo que possa representar uma relação mútua entre a teoria e o padrão de comércio existente na integração econômica (Criação e o Desvio de comércio).

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De acordo com Lima (1996), a inclinação da curva será maior quando Pi está próximo a 0,5 e menor para valores próximos a 0 ou 1.

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Nesse artigo adotou-se um modelo onde a variável dependente é dicotômica ou binária. Considerou-se que Yi é a variável dicotômica, que representa se há ou não criação de

comércio entre o Brasil e o Mercoeuro para o comércio dos produtos agrícolas. Portanto Yi=1 se há Dm e Yi=0 caso contrário.

Apesar de os modelos logit e probit apresentarem resultados bastante próximos, o modelo logit foi o escolhido por possui a vantagem de ter uma forma algébrica mais simples e mais fácil de ser manipulada. Assim, o modelo logit é baseado na função de distribuição logística (acumulada), que graficamente é uma curva sigmóide (em formato de S), e garante que as estimativas de probabilidade se situarão dentro do intervalo zero e um.

' ' ' 1 Pr ( 1) ( ) ( ) 1 i i Xi ob yi F X L X e β β β = = = = + (11)

De acordo com Lima (1996), a função de máxima verossimilhança (L) é dada por:

L=P Y

( ) ( )

i .P Y2 ...P Y

( )

k (12)

Logo, os estimadores de máxima verossimilhança do modelo linear, podem ser obtidos da expressão: Yi = Xi'

β ε

+ t Considerando

( )

'

i

F X b a forma funcional do modelo de resposta binária, pode-se escrever a função de máxima verossimilhança da seguinte forma:

[ ( ' ) [1 ( ' )]1 1 y y i i L F x F x i i i β β − = − = (13)

A obtenção de estimadores para o vetor de parâmetros β é feita diferenciando-se o logaritmo natural da função acima com relação a cada elemento de β e igualando-se a zero (Lima, 1996). Ressalta-se, que os parâmetros assim estimados são consistentes e eficientes assintoticamente.

Segundo Alves; Maia (2004), nos modelos probit e logit os coeficientes estimados medem o impacto de cada variável explicativa no índice de utilidade. Neste sentido, o impacto de um acréscimo de uma unidade da variável explicativa na probabilidade de escolha é obtida estimando o efeito marginal que no modelo Logit representa a inclinação da curva logística. Logo, a expressão pode ser escrita da seguinte forma (LIMA, 1996):

' ' ( ) ' (1 ) x i e L x i k x x ik e i

β

β

β

β

= ∂ + (14)

Segundo White (1993) apud Lima (1996), outro resultado importante utilizado na inferência do modelo Logit é a elasticidade da probabilidade de um determinado evento ocorrer. Desta forma, a elasticidade representa uma mudança percentual na probabilidade em resposta à mudança percentual na variável explicativa, ou seja, permite comparar o

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efeito relativo de cada variável explicativa na probabilidade de ocorrência de um evento dicotômico. Portanto, a elasticidade no ponto é calculada da seguinte forma:

. ' ( ) X Pt ik E ik X F X ik i

β

          ∂ = ∂ (15) 3.2 Estratégia empírica

A partir de cálculos dos índices de Criação e Desvio de comércio proposto por Laird; Yeats (1986), a estratégia empírica tem como finalidade: estimar um modelo logístico para realizar um estudo da probabilidade das variáveis selecionadas apresentarem relações de causalidade sobre Dm.

Assim, tem-se que:

Dmit =

β

0+

β

1CGt+

β

2BTt +

β

3RIt +

β

4RE+

β

5Et +

ε

t

(16)

Dm é o impacto total da liberalização tarifária sobre o comercio - (Dmit =1, no caso de Criação de comércio e 0 caso contrário); CG = Consumo do governo; BT = benefício tecnológico; RI = Renda do Brasil; RE = Renda da União Européia; E = Taxa de câmbio real.

β

0,

π

0 representa o intercepto da equação ou valor médio de Dm quando as variáveis

consumo do governo, benefício tecnológico, renda interna, renda mundial, taxa de câmbio são zero, respectivamente. E os

β

is, denotam os coeficientes das variáveis explicativas, ou seja, representam a probabilidade de Dm, dada a variação nas variáveis explicativas. O termo

ε

t é o erro estocástico que tem as propriedades clássicas de média zero, variância constante e não-autocorrelacionado.

A relação funcional esperada entre os índices Dm e o consumo do governo será uma relação indireta indicando que excessos de gastos do governo, e por conseqüência resultados fiscais negativos, não são favoráveis a uma melhoria do padrão de comércio do país. Deste modo, utiliza-se como Proxy para medir tais efeitos o consumo do governo brasileiro.

No caso da variável beneficio tecnológico, utiliza-se como proxy o nível de escolaridade, visto de acordo com Negri; freitas (2000), Nonnenberg; Mendonça (2004); Silva; Maia (2006), há grande evidência empírica a respeito da relação positiva entre as exportações e o nível de qualificação da mão-de-obra, medida pelo percentual da população em idade correspondente matriculada no ensino secundário _ESCOL, isto é, predominam os efeitos positivos sobre comércio, visto que, melhorias em tecnologias (capital humano, por exemplo) tendem a aumentar o grau de produção das exportações e conseqüentemente da competitividade. Entre a DM e a renda da União Européia é esperado que um aumento da renda desta implique em uma majoração do valor das exportações e, posteriormente da criação do comércio, em virtude do crescimento da demanda por produtos brasileiros, para tanto utilizou-se a estratégia adotada por Silva; Maia (2006) .

Entre a Dm e a taxa real de câmbio, presumi-se a existência de uma relação direta, visto que uma depreciação real do câmbio (aumento de E ) eleva os produtos exportados, por i

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torná-los relativamente mais baratos no mercado internacional. No caso de uma apreciação cambial, o resultado é um aumento do preço relativo dos produtos e, conseqüentemente, queda das exportações. Com relação aos outros possíveis determinantes, como: i) renda interna, utilizou-se o PIB do Brasil, com a expectativa de uma relação positiva com a criação do comércio e, ii) para a renda externa utilizou-se como proxy o PIB da União Européia para o período de 1998 a 2005. Ressalta-se, que para o período anterior, utilizou-se como estratégia uma média ponderada desutilizou-se período.

O principal objetivo deste artigo consiste em avaliar em que medida as variáveis supostas como determinantes do impacto total da liberalização tarifária sobre o comércio, contribuem para explicar o padrão de comércio entre o Brasil e União Européia a partir da formação do Mercoeuro.

Inicialmente, pretende-se calcular os índices de Vantagem Comparativa Revelada de Balassa (1969), o índice de Contribuição ao saldo Comercial de Lafay (1990) e o efeito de Criação e Desvio de Comércio de Laird e Yeats (1986), conforme as equações do modelo teórico (1), (2), (7) e, (8).

Para o cálculo dos indicadores de vantagem comparativa, contribuição ao saldo comercial e para os efeitos de criação e desvio, utilizar-se-á a base de dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio (SECEX/MIDC), o banco de dados estatísticos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e no site do Aliceweb do MIDC para os anos de 1996 até 2005. Os valores coletados para as exportações e importações para os grupos estão em dólares correntes e ordenados de acordo com a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM) e da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Foram considerados cinco produtos (café, soja, açúcar, suco de laranja e carne) na tabela 1(em anexo) de acordo com o sistema harmonizado de classificação.

A partir dos índices calculados estima-se a regressão da equação (6) utilizando o pacote econométrico E-views 5.0, levando em consideração o índice Dm como variável de resposta binária8 dependente do modelo logístico.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Análise dos indicadores de vantagem comparativa

Antes de analisar o padrão de comércio do café verde e da carne bovina brasileira para a União Européia (UE), torna-se importante analisar a evolução das exportações do Brasil para a União Européia destes produtos (em milhões de dólares). O gráfico 1 mostra essa evolução no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2005.

8Esta variável dependente assume valores de 0 e 1 ( 1

it

Dm = , no caso da integração apresentar Criação de comércio e 0, caso contrário).

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14 .0 200000000.0 400000000.0 600000000.0 800000000.0 1000000000.0 1200000000.0 1400000000.0 1600000000.0 1800000000.0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 U S $ m il h õ e s F O B

Carne bovina Café verde

Gráfico 1 – Análise da exportação docafé verde e carne bovina para a União Européia de 1995 a 2006, em US$ milhões FOB.

Fonte: Alice web (MDIC).

Pelo gráfico 1 percebe-se que as exportações de carne bovina apresentaram uma trajetória crescente ao longo de todo o período. De acordo com Soares (2006), as exportações brasileiras de carne bovina obtiveram este desempenho positivo devido, entre outros, desvalorização do Real, em janeiro de 1999 e 2002, a doença da “vaca louca”, o fim da aftosa, o incentivo governamental, o crescimento da demanda mundial e o ciclo de baixa da pecuária.

Por outro lado, as exportações de café apresentaram uma trajetória oscilatória, entre um período de crescimento verificado até meados de 1997 e uma mudança na sua trajetória a partir de meados do ano de 1998. Esse fato pode ser explicado a priori pela crise do preço em função da oferta9 no final da década de 90, ou seja, essa mudança de trajetória das exportações do café para a União Européia coincide com a quebra de 58% dos preços entre 1998 e 2001. Contudo, a partir de 2003 verificou-se um aumento expressivo do saldo exportado do café para a União Européia, fato relacionado com a desvalorização cambial em 2002, que influenciou positivamente as exportações de café (PIRES, ET. AL., 2004).Para analisar a vantagem comparativa10 dos produtos selecionados, apresentam-se os índices de VCR de Balassa (1969) e ICSC de Lafay (1990), por meio dos gráficos 2 e 3, respectivamente. Os resultados do gráfico 2 ilustra a competitividade dos setores estudados em relação a União Européia no período de 1995 a 2006, isto é mostra a importância do café verde e da carne bovina na pauta exportadora nacional em relação as exportações da União Européia. Pelo gráfico verifica-se que ao longo do período todos os produtos considerados apresentam vantagem comparativa revelada no comércio entre Brasil e União Européia.

9

De acordo com Pires et. al. (2004), a crise foi fundamentada no excesso de produção total em relação à demanda.

10

Ressalta-se, que a vantagem comparativa revelada foi calculada com base na expressão (1), que quantifica a participação do País no comércio com a UE. Revela-se sua vantagem comparativa se este índice for próximo de 100, ou sua desvantagem se este índice for próximo de -100.

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15 99.20 99.30 99.40 99.50 99.60 99.70 99.80 99.90 100.00 100.10 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 E m ( % )

Carne bovina café verde

Gráfico 2 – Índice de Vantagem Comparativa Revelada (VCR) docafé verde e carne bovina para a União Européia de 1995 a 2006, em %.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da AliceWeb (MDIC).

No gráfico 2 é apresentada a evolução das vantagens comparativas calculada com base no índice de contribuição ao saldo comercial. De acordo com os dados, verifica-se que os produtos apresentam índices acima da unidade para todo o período de análise, o que reforça a vantagem comparativa do comércio entre o Brasil e a União Européia.

0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 E m ( % )

carne bovina café verde

Gráfico 3 – Índice de contribuição ao saldo comercial(ICSC) docafé verde e carne bovina para a União Européia de 1995 a 2006, em %.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da AliceWeb (MDIC).

De forma geral, pode-se inferir que o padrão de comércio agrícola da economia Brasileira em relação à economia da União Européia fundamenta-se em produtos com altos índices de vantagem comparativa revelada e incorpora saldos comerciais setoriais e totais relativamente superavitário evidenciando uma amplitude muito maior das exportações agrícolas para a União Européia.

4.2 Criação e Desvio de Comércio

Para avaliar o hipotético estabelecimento do Mercoeuro, postulou-se a eliminação de 100% das barreiras comerciais para as exportações brasileiras de café verde e carne bovina. Verifica-se no gráfico 411 que com o hipotético estabelecimento do Mercoeuro, o comércio

11

O valor apresentado refere-se à estimação dos impactos sobre o comércio, que são obtidos pelo somatório da criação e do desvio de comércio, realizado pelos autores.

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entre Brasil e União Européia traria um aumento substancial no volume de café verde e carne bovina brasileira exportada para a União Européia.

0 100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 600.000 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Carne bovina Café verde

Gráfico 4 – Resultado da simulação do Índice do efeito da eliminação tarifária das

exportações decafé verde e carne bovina para a União Européia pós-formação do Mercoeuro.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da AliceWeb (MDIC).

Observa-se que os resultados corroboram com os encontrados por Soares (2006) e Oliveira Jr. (2006) para as exportações de carne bovina e café verde, respectivamente. Segundo esses autores, com o estabelecimento do Mercoeuro, os países membros substituiriam a produção doméstica pelas importações do café brasileiro e pela carne bovina. Deste modo, percebe-se que os valores da criação de comércio excedem os do desvio de comércio, evidenciando o padrão de comércio entre o Brasil e o Mercoeuro.

De acordo com o cálculo da criação e desvio de comércio realizado, constata-se que em média, entre o período de 1995 a 2004, 83,41% do aumento das exportações de café verde brasileiro com destino à União Européia ocorreriam em função da criação de comércio. Contudo, o desvio de comércio representaria, em média, 16,62%.

Por outro lado, a hipotética formação do Mercoeuro traria um aumento de 53% das exportações de carne bovina brasileira para a UE devido a criação do comércio e de 48% devido ao desvio de comércio, de 1995 a 2005.

4.4 Estimativas Econométricas da hipotética formação do Mercoeuro

O comportamento da hipotética formação do Mercoeuro no mercado exportador de carnes bovina e café verde brasileiro no período estudado pode também ser explicado a priori pelo aumento da renda interna (YBR) e externa (YEU), da taxa de câmbio (E), do beneficio

tecnológico (BT) e do consumo do governo (G). Ressalta-se, que a variável dependente assume valores dicotômicos, de 1 para variação do comércio superior a 100 e 0, caso contrário.

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Esse aspecto é interessante, pois, os estímulos e as restrições que a hipotética formação do Mercoeuro colocam ao crescimento das exportações dos produtos estudados dependem, em grande parte das respostas em termos tanto de investimento local pelos agentes econômicos (famílias, empresas e governo) quanto pelas variáveis macroeconômicas de maximizar e potencializar os efeitos da geração deste comércio. Desta forma, estudar-se-á os possíveis determinantes do comércio entre Brasil e União Européia com a formação hipotética do Mercoeuro.

A estimação será realizada pelo modelo logit, no qual relaciona a probabilidade de ter efeito o comércio entre Brasil e a União Européia. Na tabela 1 são apresentadas às regressões para o logit carne bovina e logit café verde, respectivamente.

TABELA 1

Resultados das estimações dos modelos econométricos LOGIT Probabilidade da DmCB e DMCF

Variável explicativa

Equação Logit Carne Bovina (CB) Equação Logit Café (CF)

Coeficientes t Coeficientes t LnYBRt 0.986 0.09 0.010 0.21 LnYEUt 0.305* 0.26 0.048 2.23* LnBTt 0.986* 4.22 0.013 -2.45* LnCGt -0.976 -0.68 -0.048 1.24 LnTXt 1.01 0.34 0.024 0.49* Testes realizados 0.84 0.99 Durbin-Watson 1.92 1.87 Reset 0.87169(0.3933) 8.094 (0.189) J-B 0.474293 (0.788) 0.3629 (0.834)

Fonte:Dados da pesquisa. Resultados obtidos pelos autores através do pacote Eviews 5.0. Notas:*Significativo a 5%. Utilizou-se o log e um modelo ponderado pela raiz quadrada da variável BT, condicionada ao problema, para correção de heterocedasticidade, assim as estimativas indicarão as elasticidades dos parâmetros.

Observa-se na tabela 1, que todos os parâmetros foram estatisticamente significativos tanto para o logit carne bovina, quanto para o logit café verde ao nível de 1%. Com base nos resultados, pode-se afirmar que os sinais de todos os parâmetros das equações estimadas estão de acordo com o sugerido pela teoria econômica. De acordo com a análise estatística, observa-se que o modelo é aceitável. Destaca-se que nos modelos foram realizados os testes de White, Jarque-Bera, além do teste de erro de especificação de Reset e os resultados mostram-se satisfatórios ao nível de significância de 5%, indicando que o modelo está perfeitamente ajustado aos dados.

Os resultados das variáveis explicativas para a hipotética formação do Mercoeuro corroboram com as teorias de comércio internacional, com destaque o efeito das variáveis:

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i) renda interna para as exportações tanto da carne bovina quanto do café verde, onde um aumento de 1% na renda brasileira representa a probabilidade de um aumento de 0,23% e 0,01% com a formação do Mercoeuro, respectivamente;

ii) beneficio tecnológico, representado pelo nível de instrução, indica que um aumento de 1% no nível de escolaridade provocaria mais efeito no mercado exportador de carne bovina (0,98%) do que no mercado de café (0,01%). Este fato pode ser explicado pelo uso de informações educacionais para a criação e produção mais eficiente dos animais;

iii) gastos do governo, representado pelos consumo total do governo na economia, onde um aumento de 1% no gastos do governo reduziria a probabilidade de aumento do comércio destes produtos (- 0,97% e -0,04% nas exportações de carne bovina e café verde, respectivamente) com a hipotética formação do Mercoeuro;

iv) taxa de câmbio real, como esperado teoricamente um aumento de 1% na taxa de câmbio aumentaria as exportações de carne bovina e café em 1,01% e 0,02%, respectivamente com a formação do comércio com o Mercoeuro;

v) a variável renda externa, representada pelo PIB da União Européia12, indicando que um aumento de 1% na renda da União Européia aumentaria em 0,30% e 0,04% a probabilidade do comércio de exportações de carne bovina e café verde, respectivamente. Destaca-se, que nas duas regressões os dados encontram-se em um bom grau de ajuste, isto é, 84% e 99% das variações ocorridas nos determinantes do padrão de comércio hipotético entre Brasil e Mercoeuro para as exportações de carne bovina e café verde são explicadas por estas variáveis.

Desta forma, pode-se concluir de acordo com os resultados que o impacto destas variáveis no padrão de comércio do Brasil com o Mercoeuro revela-se de maneiras parecidas nos produtos especificados, porém, com um maior impacto para o mercado de café, visto que as elasticidades dos parâmetros foram inferiores menores do que o mercado bovino. Deste modo, pode-se inferir que estas variáveis são fortes determinantes na possibilidade de impacto no possível comércio entre a formação do Mercoeuro no mercado exportador brasileiro. Salienta-se, na possibilidade de existir outros fatores que tenham maior influência na probabilidade do evento binário tratado neste trabalho acontecer.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos grandes entraves das negociações entre Mercosul e União Européia são as barreiras comerciais existentes sobre os produtos agrícolas exportáveis dos países membros do Mercosul. O Brasil é o maior exportador dentro do Mercosul para a UE e entre 1996-2005 as exportações de carne bovina e café verde tiveram aumentos graças a competitividade externa destes produtos.

O objetivo do presente artigo foi de o de analisar o impacto dos efeitos de comércio para os produtos agrícolas brasileiros: café verde e carne bovina partir da formação do MERCOEURO, no período 1995-2005, admitindo-se a retirada de 100% das barreiras comerciais impostas pela UE a estas exportações.

12

Como já mencionado na seção anterior, para a proxy do PIB foi utilizado uma média ponderada do período de 1998 a 2005, para os períodos de 1995 a 1997.

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Para a consecução desse objetivo calculou-se o índice de vantagem comparativa revelada proposto por Balassa (1969, 1979) de cada produto, do índice de Contribuição ao Saldo Comercial proposto por Lafay (1990) e do índice de Criação e Desvio de Comércio a partir do índice de Laird e Yeats (1986) para demonstrar a competividade destes produtos dentro da União Européia, mas especificadamente dentro do bloco Mercoeuro.

Além disso estimou-se um modelo logit para mensurar o impacto do padrão de comércio através dos possíveis determinantes que podem afetar o impacto total da liberalização tarifária sobre o comércio entre o Brasil e a União Européia para os produtos agrícolas selecionados.

Verificou-se com os resultados que a VCR e o ICSC tiveram uma trajetória crescente para os dois produtos analisados e que o comércio entre o Brasil e a União Européia fundamenta-se em criação de comércio, identificada através da simulação do Índice do efeito da eliminação tarifária das exportações de café verde e carne bovina para a União Européia pós-formação do Mercoeuro.

Os resultados empíricos obtidos mostraram que se pode inferir que as variáveis (renda interna, taxa de câmbio, beneficio tecnológico, gasto do governo e renda externa) são fortes determinantes na possibilidade de impacto no possível comércio entre a formação do Mercoeuro no mercado exportador brasileiro. Salienta-se, na possibilidade de existir outros fatores que tenham maior influência na probabilidade do evento binário tratado neste trabalho acontecer.

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