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TUDO POR UMA MAIOR ACESSIBILIDADE PARA TODOS

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TUDO

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RELATÓRIO E CONTAS 2005

03.1

CP LISBOA

03.1.1 Síntese da Actividade

O ano de 2005 foi marcado, em termos de conjuntura económica, por um baixo crescimento do PIB e um aumento do desemprego, factores que tiveram um evidente impacto na evolução da procura. A actividade operacional da CP Lisboa foi direccionada para a implementação de medidas de forma a minimizar o efeito do encerramento do Túnel do Rossio, procurando manter padrões de qualidade ao nível das expectativas dos clientes.

O Resultado Operacional da CP Lisboa apresentou uma melhoria de 45,3% face a 2004, enquanto o Cash-Flow Operacional cresceu 2%, essencialmente devido ao crescimento de 6,3% dos Proveitos Operacionais. Apesar das restrições operacionais, a CP Lisboa atingiu um grau de cobertura dos seus Custos operacionais de 93%, superior aos 87% conseguidos em 2004. A procura (passageiros transportados) decresceu 3,6%, fruto das condições de exploração impostas à linha de Sintra sem o Túnel do Rossio e das obras na estação do Cais do Sodré, que afectaram negativamente a performance da linha de Cascais.

Em Fevereiro, foi implementado um novo horário nas linhas de Sintra e Azambuja, com vista a aumentar a satisfação dos clientes. Este horário permitiu aumentar o número de comboios e de lugares disponíveis, com a redução do número de transbordos. Nas restantes linhas da CP Lisboa não houve alteração de horários. As linhas de Cascais e do Sado tiveram uma performance positiva nos índices de qualidade com um desempenho acima do previsto na generalidade dos indicadores. Quanto às linhas de Sintra e Azambuja, o seu desempenho foi afectado pelo encerramento do túnel do Rossio, em especial o da linha de Sintra, que apresentou níveis de qualidade de serviço inferiores aos desejados.

A CP Lisboa implementou um aumento tarifário em Maio e outro em Novembro, este último no âmbito da

indexação do preço dos transportes públicos ao preço dos combustíveis.

No ano de 2005 foi intensificado o combate à fraude através de acções das brigadas de fiscalização na linha de Sintra, no sentido de transformar passageiros da CP Lisboa em clientes efectivos, acção que teve resultados importantes.

Em 2005 deu-se início ao projecto PSP/CP com o lema “um amigo hoje … um futuro amanhã”, coordenado pelo Gabinete de Criminologia da PSP, visando desenvolver acções direccionadas a crianças e jovens de zonas limítrofes da linha de Sintra, de modo a proporcionar um contacto directo e de simpatia com o meio ferroviário.

Celebrou-se um Protocolo com a União Desportiva Vila-franquense para a utilização pelos clientes da CP, a preços especiais, do Parque de Estacionamento junto à estação de Vila Franca de Xira.

Com a finalidade de promover a mobilidade sustentável, no “Dia Europeu sem Carros”, a CP, em associação com outros operadores públicos de transporte, convidou os clientes a viajarem gratuitamente nas quatro linhas da CP Lisboa. Associou-se ainda à Semana Europeia da Mobilidade bem como a outros eventos (11º Festival Super Bock, Super Rock, Congresso Internacional para a Nova Envagelização e 9ª Conferência Internacional sobre Comunicação e Tecnologia).

No âmbito do reforço da segurança de pessoas e bens, foi contratada vigilância privada para a estação do Cais do Sodré, bem como para os comboios da linha de Cascais. Foram reforçados os meios de segurança disponíveis para as linhas de Sintra e Azambuja. Foi concluída a instalação de vídeo-vigilância no interior dos comboios nas linhas de Sintra e Cascais.

No âmbito do projecto “Acesso Controlado às Estações” suportado pela Bilhética sem Contacto, cuja conclusão se espera ser um contributo decisivo para o combate à fraude, foram lançados os concursos relativos a

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Equipamentos Portáteis de Venda e Controlo, Sistema de Venda Assistida e Sistema de Gestão Central. Em Outubro, a APCER renovou a certificação da CP Lisboa, considerando adequado e eficaz o Sistema de Gestão da Qualidade implementado. Foi o reconhecimento expresso que o serviço prestado pela CP Lisboa cumpre com os requisitos decorrentes do referencial NP EN ISSO 9001:2000. Nos termos do relatório de auditoria, a equipa auditora enalteceu o envolvimento da estrutura de gestão e o entusiasmo da generalidade dos colaboradores, com destaque para os níveis de empenho e motivação que os mesmos evidenciaram.

03.1.2 Procura

a) PROVEITOS

O valor dos proveitos por prestação de serviço de

tráfego de passageiros em 2005 foi de cerca de 67,6 milhões de euros, com a linha de Sintra a ter um peso de 48%.

O quadro que a seguir se apresenta não inclui 2 181 mil euros de Outros Proveitos do Tráfego, não repartidos nem por linha nem por título.

PROVEITOS DA CP LISBOA POR LINHA

Linha 2005 2004 Variação Sintra 31.210 32.003 -2% Cascais 23.321 22.792 2% Azambuja 9.496 8.692 10% Sado 1.640 * 1.627* 1% TOTAL 65.667 65.094 1%

Unidade: mil euros

* Este valor não inclui a devolução à Soflusa de proveitos, considerados na Conta de Exploração.

ESTRUTURA DOS PROVEITOS POR LINHA - 2005

Comparativamente com o ano anterior, os proveitos por linha cresceram cerca de 1%, em consequência dos aumentos tarifários verificados em todos os títulos de transporte nos meses de Maio e de Novembro. O crescimento dos proveitos da CP Lisboa foi impulsionado especialmente pela linha da Azambuja, com um aumento de 10% face a 2004.

PROVEITOS DA CP LISBOA POR TIPO DE TÍTULO

Tipo de Título 2005 2004 Variação

Bilhetes 29.091 29.775 -2% Assinaturas 10.892 10.305 6% Passe Combinado 10.412 9.478 10% Passe Intermodal 15.271 15.536 -2% SUB TOTAL* 65.667 65.094 1% Outras Rec.Tráfego 2.181 1.379 58% TOTAL 67.848 66.473 2%

Unidade: mil euros

* Este valor não inclui a devolução à Soflusa de proveitos, considerados na Conta de Exploração

Azambuja 14% Sado 02%

Sintra 48%

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RELATÓRIO E CONTAS 2005

PROVEITOS POR TÍTULO DE TRANSPORTE - 2005

Numa análise por tipo de título destaca-se o passe combinado com um crescimento de 10%. Em contrapartida, o passe intermodal continua a decrescer, evidenciando a inadequação deste título na actual realidade tarifária da Área Metropolitana de Lisboa. Por factores exógenos à CP Lisboa, não foi implementada a redefinição das quotas de repartição do passe intermodal, que havia sido prevista para 2005, com reflexos importantes ao nível dos proveitos da Unidade. As máquinas de venda automática continuaram a registar um excelente desempenho no que respeita à quantidade de bilhetes e assinaturas vendidos, 81% e 64% respectivamente. A quantidade de assinaturas vendidas nas máquinas de venda automática cresceu 42% em relação ao ano anterior.

Quanto às vendas nas bilheteiras, destacam-se as transacções dos Passes Combinados e Intermodais que, por não serem transaccionados nas máquinas de venda automática, contribuem para um maior peso deste canal de venda.

VENDAS DA CP LISBOA POR CANAIS DE VENDA

b) PASSAGEIROS

Em 2005 a procura, medida em passageiros transportados,

ascendeu a cerca de 96 milhões de passageiros/ano, menos 3,6% face a 2004, com uma evolução desfavorável nas Linhas de Sintra, Cascais e Sado.

PROCURA DA CP LISBOA POR LINHA

Linha 2005 2004 Variação Sintra 47.634 51.164 -6,9% Cascais 30.567 31.401 -2,7% Azambuja 15.102 14.170 6,6% Sado 3.033 3.156 -3,9% TOTAL 96.336 99.891 -3,6%

Unidade: mil passageiros transportados Passe Combinado 16% Passe Intermodal 23% Bilhetes 45% Assinatura 16% bILHETEIRAS MÁQuINAS DE VENDA AuTOMÁTICA JAN 100% 090% 080% 070% 060% 050% 040% 030% 020% 010% 000%

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ESTRUTURA DA PROCURA POR LINHAS / PASSAGEIROS 2005

A redução do número de passageiros transportados foi especialmente sentida na linha de Sintra, devido à diminuição do número de deslocações também como efeito do encerramento do Túnel do Rossio. A linha de Cascais apresentou um decréscimo de 2,7%, fruto das obras de remodelação na estação do Cais do Sodré. A quebra verificada na linha do Sado resulta do início de concessão à Fertagus do troço Pinhal Novo - Setúbal, concorrendo assim no acesso a Lisboa. Pela positiva destaca-se a linha da Azambuja, com uma performance superior ao previsto, apresentando uma boa resposta ao horário introduzido em Fevereiro.

c) AVALIAÇÃO DO SERVIÇO PRESTADO

Manteve-se o modelo de avaliação de Qualidade

percebida dos serviços da CP Lisboa através de dois inquéritos anuais:

ÍNDICE GLOBAL DE QUALIDADE ANO 2005/2004

Com excepção da linha de Cascais, o Índice Global de Qualidade Percebida, evoluiu favoravelmente nas linhas da CP Lisboa. Destaca-se a linha de Sintra, que no 2º barómetro de 2005, apresentou subidas na satisfação com a pontualidade e com o atendimento e informação prestada. A linha da Azambuja apresentou um decréscimo acentuado face ao 1º barómetro, devido sobretudo à deficiente informação prestada, quando ocorrem perturbações na circulação.

Os indicadores com melhor classificação foram, tal como em 2004, a Oferta de Comboios, o Atendimento e Apoio Prestado aos Clientes e a Limpeza e Estado de Conservação. Inversamente, a Segurança de Pessoas e Bens, a Ligação com Outros Meios de transporte e a Informação Prestada aos Clientes foram os indicadores valorizados de forma menos favorável.

Os indicadores considerados como mais importantes para os clientes foram a Segurança de Pessoas e Bens, a Oferta de Comboios e a Limpeza e Estado de Conservação.

Azambuja 16% Sado 03%

Sintra 49%

Cascais 32%

SINTRA CASCAIS AzAMbuJA SADO

7,40 7,20 7,00 6,80 6,60 6,40 6,20 6,00 5,80 5,60 6,19 6,35 6,33 6,55 7,14 6,85 7,05 6,85 7,01 6,86 7,24 6,62 6,24 6,42 6,67 6,54 1º bAR. 2004 1º bAR. 2005 2º bAR. 2005 2º bAR. 2004

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RELATÓRIO E CONTAS 2005

03.1.3 Oferta

Em 2005 a CP Lisboa redimensionou a sua oferta no sentido de minimizar o impacto negativo do encerramento do túnel do Rossio. Neste sentido, em Fevereiro, foi implementado um novo horário nas linhas de Sintra e Azambuja, que permitiu aumentar a frequência, reduzir o número de transbordos e aumentar os lugares disponíveis. As linhas de Cascais e do Sado não sofreram qualquer alteração aos seus horários comerciais em 2005.

SINTRA CASCAIS AzAMB. SADO TOTAL ∆ 05/04

N.º Comboios / hora de ponta / sentidos 12 12 6 3 33 -2%

N.º Circulações / Dia 328 279 163 62 832 -10%

N.º Circulações / Ano em 103 96 85 53 20 253 -2,6%

Lugares Km oferecidos* em 106 2.712 1.623 1. 893 277 6.505 7,6%

Comboios Km Comerciais em 103 2.364 1.834 2.150 614 6.962 2,5%

* lugares sentados + 3 passageiros por m2

NOTA: Antes do encerramento do Túnel do Rossio efectuavam-se 354 comboios por dia útil

Os Índices de Pontualidade Diária registaram um desempenho muito positivo nas Linhas de Cascais e do Sado. Verifica-se um forte impacto do encerramento do Túnel do Rossio nas Linhas de Sintra e Azambuja.

ESTRUTURA DA OFERTA CK’s 2005

ÍNDICE DE PONTUALIDADE

DIáRIA (<3M)* SINTRA CASCAIS AzAMBUJA SADO

Ano 2004 96% 97% 95% 81%

Ano 2005 84% 97% 93% 97%

*Média anual

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE PONTUALIDADE CP LISBOA - 2005

O Índice de Regularidade Diária das 4 Linhas da CP Lisboa atingiu 100%. Tal facto reflecte o excelente desempenho produtivo e a capacidade de cumprir com as expectativas do cliente, através da realização de todos os comboios programados.

ÍNDICE DE REGULARIDADE

DIáRIA* SINTRA CASCAIS AzAMBUJA SADO

Ano 2004 100% 100% 100% 100% Ano 2005 100% 100% 100% 100% *Média anual Azambuja 31% Sado 09% Sintra 34% Cascais 26% SINTRA CASCAIS AzAMbuJA SADO JAN 100% 090% 080% 070% 060% 050%

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03.1.4 Meios

a) FROTA

O parque de material circulante afecto à CP Lisboa a 31 de Dezembro de 2005 era constituído por 98 automotoras eléctricas totalmente equipadas com ar condicionado e informação a bordo e 7 unidade triplas diesel que efectuam serviço na Linha do Sado. Durante o ano de 2005 foram libertadas 2 UQE´s da série 2300, resultado da adequação dos meios à actividade comercial da CP Lisboa. Esta racionalização de meios iniciada em 2004 com a libertação em Dezembro de 2 unidades, permitiu melhorar os resultados.

NúMERO DE UNIDADES MOTORAS POR SéRIE A 31 DE DEzEMBRO DE 2005

Linha de Sintra 48 UQE’s Série 2300/2400 48 unidades eléctricas Linha de Cascais 34 UME’s Série 3150/3250 34 unidades

eléctricas Linha da Azambuja 4 UQE’s 12 UQE’s Série 2300/2400 Série 3500 16 unidades eléctricas Linha do Sado 7 UTD’s Série 600 7 unidades

diesel

b) RECURSOS HUMANOS

A CP Lisboa terminou o ano de 2005 com 879 colaboradores, menos 30 colaboradores que no final de 2004, essencialmente devido à centralização de funções nas Áreas de Recursos Humanos e Sistemas de Informação.

EVOLUÇÃO DO EFECTIVO A CARGO DA CP LISBOA - 2005

A Taxa de Trabalho Suplementar (10,5%) foi superior em 2,6 pontos percentuais relativamente ao ano anterior. Este acréscimo verifica-se essencialmente na carreira de Tracção, com a entrada em vigor do novo horário na linha Sintra/Azambuja com insuficiência de Maquinistas e na carreira de Revisão com o enquadramento do serviço de brigadas de fiscalização nos comboios e no acesso às gares, que se pretende intensificar, através da admissão de pessoal a título temporário.

No que se refere à taxa de absentismo verificou-se uma diminuição de 9,6% em 2004 para 8,9% em 2005. 2005 2004 960 940 920 900 880 860 840 820

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz 909 922 927 920 900 911 907 906 896 894 882 879 884 878 871 891 910 938 929 927 927 926 906 909

(10)

RELATÓRIO E CONTAS 2005

TAXA DE TRABALHO SUPLEMENTAR CP LISBOA - 2005

TAXA DE ABSENTISMO CP LISBOA - 2005

c) INVESTIMENTOS

No ano de 2005 foram realizados cerca de 406 mil euros, dos quais se destacam:

Beneficiação de Instalações - 30 mil euros destinados essencialmente à melhoria dos equipamentos de informação aos passageiros;

Aquisição de Equipamentos Comerciais - 270 mil euros, que correspondem ao lançamento de quatro concursos relativos ao Projecto Acesso Controlado às Estações suportado pela Bilhética Sem Contacto;

Informatização de Processos - 98 mil euros, respeitantes à ligação de terminais de pagamento Multibanco através de rede TCP/IP nas MVA´s.

NATUREzA DO INVESTIMENTO - 2005

PESO RELATIVO DOS INVESTIMENTOS POR NATUREzA - 2005

Em 2006, torna-se necessário concluir a primeira fase do projecto de Acesso Controlado às Estações suportado pela Bilhética sem Contacto, não só numa perspectiva de intermodalidade com as outras empresas da AML, que já trabalham nesta plataforma informática, mas também por se reconhecer que será a medida mais eficaz de combate à fraude, permitindo aumentar os proveitos e melhorar o resultado. Será, finalmente, de relevar o impacto que se espera que este projecto possa dar em termos de segurança percebida pelos clientes e pelos colaboradores que operam nas estações e comboios. 2005 2004 18% 16% 14% 12% 10% 08% 06% 04% 02% 00%

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz

2005 2004 14% 12% 10% 08% 06% 04% 02% 00%

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz

LINHA 2005 PESO (%)

Beneficiação de Instalações 30.463 08% Equipamento Infor. e Adm. 8.056 02% Equipamentos Comerciais 269.632 66% Estudos e Projectos -16.200 00% Informatização de Processos 97.820 24% TOTAL 389.771 100% Unidade: euros Informatização de Processos 24% Beneficiação de Instalações 08%

Equipamento Infor. e Adm. 02%

Equipamentos Comerciais 66%

(11)

03.2.1 Síntese de Actividade

O ano 2005 coincidiu com o arranque do programa de reestruturação da CP “Líder 2010”. Os objectivos definidos eram ambiciosos mas o ano traduziu-se numa melhoria sustentada do desempenho Económico - Financeiro. Os Proveitos Operacionais foram 13% superiores aos obtidos em 2004 enquanto os Custos Operacionais praticamente não variaram em relação ao ano anterior, a sua taxa de crescimento foi de 0.19%. Obteve-se assim um Resultado Operacional 11% melhor que no ano 2004 e o Cash Flow Operacional melhorou em 19 % em relação ao mesmo ano. Os principais projectos implementados ao longo do ano de 2005 foram:

• Introdução de uma família de comboios no percurso Granja «» Porto, em 2 de Outubro, reforçando a oferta na linha de Aveiro «» Porto com a criação de cerca de mais 6.000 lugares por dia.

• Alargamento da rede intermodal Andante ao percurso Espinho «» Porto S. Bento «» Valongo.

• Profissionalização da gestão dos espaços comerciais nas estações da área de influência da CP Porto. • Introdução de brigadas de fiscalização para melhorar o combate à fraude nas estações e comboios. • Utilização do sistema informático Synergi, para elaboração do RDO da CP.

• Lançamento de campanha de promoção dos comboios urbanos da CP Porto fomentando a experimentação junto do mercado potencial e utilizador do transporte individual.

• Renovação pela APCER do Sistema de Gestão da Qualidade implementado na CP Porto, de acordo com a Norma ISO 9001:2000.

• Prossecução da política de instalação de CCTV´s com predominância no eixo de Aveiro, com vista ao incremento da segurança de pessoas e bens.

Considerando a intermodalidade factor crítico de sucesso para o aumento da quota de mercado, a CP Porto alargou a área de influência do sistema de bilhética sem contacto “Andante” entre Coimbrões e Espinho, em 01 de Outubro 2005 tendo-se assim aumentado o percurso Valongo «» Porto S. Bento «» Espinho. Com o “Andante” os Clientes, podem, com um só título de transporte e sem os incómodos inerentes à necessidade de utilização de diversos tarifários, utilizar a rede dos comboios Urbanos do Porto, Metro do Porto, STCP e operadores privados aderentes. Neste processo de desenvolvimento da intermodalidade, que contou com uma campanha de promoção, tornou-se uma mais valia fundamental a abertura dos interfaces com as linhas do Metro do Porto em S. Bento, Campanhã e General Torres, ainda que em condições que se consideram provisórias.

No âmbito do marketing estratégico, tendo presente que o conhecimento das necessidades dos Clientes é a chave para o desenho de uma proposta de valor eficaz e complementando estudos idênticos efectuados nas restantes linhas da CP Porto no ano anterior, realizou-se um estudo de mercado na linha Porto «» Caíde para caracterização do mercado potencial.

Com o objectivo de simplificar o processo de aquisição de títulos de transporte, proporcionando maior rapidez, facilidade e disponibilidade, a CP Porto aumentou a sua rede de Máquinas de Venda automática. Contando agora com 74 máquinas, a CP Porto, valorizando a modernidade, privilegia a utilização deste canal de distribuição em franca expansão junto dos seus Clientes.

Acrescentando valor ao serviço, através de uma aplicação informática específica, a CP Porto introduziu na sua rede de vendas e Gabinete de Apoio ao Cliente um inovador processo de emissão de cartões de

03.2

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RELATÓRIO E CONTAS 2005

assinatura possibilitando a sua entrega quase imediata, bem como a recolha de útil informação relativa aos hábitos dos clientes. Igualmente, respondendo às necessidades dos Clientes e contribuindo para uma maior mobilidade e qualidade de vida, lançou um título de transporte que possibilita viajar acompanhado por bicicletas.

Promovendo as vantagens dos comboios urbanos da CP Porto e fomentando a experimentação junto do mercado potencial e utilizador do transporte individual, foi realizada em 2005 uma campanha publicitária, repartida em 2 vagas.

Sendo uma campanha destinada a uma área urbana, utilizou como principais meios a publicidade, a imprensa nacional e regional, e rádios regionais. Em complemento, foi efectuada uma forte acção de promoção com passatempos e distribuição em massa de bilhetes gratuitos nos acessos rodoviários e moradores em áreas circundantes aos eixos ferroviários, principais centros populacionais, centros comerciais, hipermercados, Universidades e zonas de praia.

A estratégia de divulgação, que se traduziu em experiências marcantes, teve como principal objectivo consolidar a utilização do comboio urbano do Porto nos hábitos de mobilidade das novas gerações. 03.2.2 Procura

a) PROVEITOS

Em 2005 os Proveitos de Tráfego cresceram cerca de 14% em relação ao ano anterior, tendo os bilhetes crescido 15%, taxa superior à tendência verificada. Assistiu-se também ao crescimento dos Combinados, onde se inserem os proveitos relativos ao Andante.

PROVEITOS TRáFEGO

PROVEITOS POR EIXO (ASSIN.+BILH.+ANDANTE)

Os passes combinados (39 milhões de euros) e as outras receitas do tráfego (713 milhões de euros) não se encontram repartidos por eixo em 2005.

Os bilhetes continuam a ser o tipo de título de transporte com maior predominância, com cerca de 67% do total dos proveitos obtidos com títulos de transporte.

2005 2004 VAR

Bilhetes 9.064 7.860 15%

Assinaturas 4.173 3.931 06%

Combinados 291 59 394%

Outros Prov. Tráfego 713 678 05%

TOTAL 14.240 12.528 14%

Unidade: Mil euros Fonte: SAP

2005 2004 VAR Aveiro 5.548 5.380 03% Braga 3.530 3.140 12% Caíde 3.396 2.854 19% Guim 1.014 418 142% Andante* 33 -100% TOTAL 13.488 11.825 14%

Unidade: Mil euros - Fonte: SAP - (Sem IVA) *em 2005 andante já se encontra repartido por eixo.

Caíde 25% Guim 08%

Aveiro 41%

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Do total de títulos vendidos, cerca de 11% são efectuados por Revisores, correspondendo a cerca de 12% do total da receita.

Os restantes títulos são adquiridos nos Pontos de Venda (28%), e com maior expressividade, (60%) nas Máquinas de Venda Automática.

b) PASSAGEIROS

Em 2005 a CP Porto transportou cerca de 16.574 milhares de passageiros com a seguinte distribuição por eixos:

PASSAGEIROS POR EIXO

ESTRUTURA DE PASSAGEIROS POR EIXO - 2005

Em 2005 registou-se um crescimento de 5,7% em passageiros face a 2004, tendo-se verificado esta tendência de crescimento na totalidade dos eixos, ainda que com taxas de crescimento diferenciadas. Comparativamente com o ano anterior, os eixos de Caíde e, também, o de Guimãraes conquistam individualmente mais um ponto percentual, ganhando

relevo na estrutura de passageiros da Unidade.

c) AVALIAÇÃO DO SERVIÇO PRESTADO

No sentido de continuar a ir de encontro às necessidades do Cliente, também em 2005, foram realizados dois Barómetros, tendo resultado os seguintes valores por eixo:

EVOLUÇÃO DO BARÓMETRO SEMESTRAL DE QUALIDADE PERCEBIDA

Em 2005, o índice global de qualidade e cada um dos indicadores, passaram a integrar para além da avaliação das diversas linhas um valor de satisfação agregado para o conjunto das 4 linhas denominado CP Porto.

Utilizando uma escala de 0 a 10, a qualidade percebida do serviço expressa pelo índice global situa-se nos 7,7 e varia nas diversas linhas entre 7,4 e 7,8. Os valores acima da média registados, denotam uma evolução positiva em todos os eixos face a anos anteriores, atingindo-se os valores mais elevados de sempre. De salientar que considerando o ano 2000, as linhas de Aveiro, Braga e Caíde, aumentaram os respectivos índices em 28%, 18% e 22% respectivamente. A linha de Guimarães, cujo estudo se efectua a partir de 2004, já regista uma evolução de 6%.

A avaliação efectuada, divulgada aos colaboradores da Unidade, tem fomentado a introdução progressiva de acções de melhoria traduzindo-se em valor acrescentado para o Cliente e organização.

2005 2004 VAR Aveiro 6.496 6.329 2,6% Braga 4.831 4.634 4,3% Caíde 4.265 3.945 8,1% Guim 981 773 27% TOTAL 16.574 15.682 5,7%

Unidade: Mil passageiros

Caíde 26% Guim 06%

Aveiro 39%

Braga 29%

AVEIRO bRAGA MARçO GuIM

10,0 08,0 06,0 04,0 02,0 00,0 6,7 7,4 7,1 7,4 7,3 7,4 7,7 7,8 6,9 7,2 7,4 7,4 7,4 7,5 7,7 7,8 1º bAR. 2004 1º bAR. 2005 2º bAR. 2005 2º bAR. 2004

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RELATÓRIO E CONTAS 2005

Na verdade, este acréscimo está essencialmente associado ao facto de os eixos de Braga e Aveiro terem atingido a sua plenitude apenas no 2º semestre 2004. Mais pormenorizadamente, deu-se a abertura do ramal de Braga em Abril 2004 e em Junho 2004 efectuou-se o prolongamento dos comboios da linha do Norte no troço Ovar-Aveiro.

A distribuição de comboios km por eixo é a seguinte:

ESTRUTURA DA OFERTA - CK’S 2005

O valor médio do Índice de Regularidade foi de 99,6% e do Índice de Pontualidade de 92,9% (comboios chegados ao destino com atraso igual ou inferior a 3 minutos).

As quebras verificadas na Pontualidade devem-se essencialmente a algumas restrições que constrangem o desempenho da linha de Braga e Guimarães nomeadamente afrouxamentos relacionados com a protecção dos trabalhos de alargamento do IC24.

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE PONTUALIDADE DIáRIA - 2005

POR EIXO AVEIRO CAÍDE BRAGA GUIM. MARCHAS+CIRC EXTRA TOTAL 2005/04

Nº Circulações 24.546 20.472 14.606 10.794 70.418 04% Nº Circulações/dia útil 91 66 48 35 240 06% CK 103 1.355 910 804 547 102 3.718 12% Percurso 106 1.449 1.036 804 583 138 4.010 11% Lugares Km Oferecidos 103 641 458 355 258 1.712 21% Lugares Oferecidos* 103 11.578 10.258 6.455 5.043 33.334 12%

*Lugares sentados + 3 pessoas/m2

03.2.3 Oferta

Durante este ano realizaram-se 70.418 circulações verificando-se, comparativamente a 2004, um acréscimo em cerca de 4%.

Caíde 25% Guim 15%

Aveiro 38%

Braga 22%

ÍNDICE PONTUALIDADE DIáRIO

AVEIRO BRAGA CAÍDE GUIM. TOTAL Ano 2004 87,7% 94,2% 97,0% 92,3% 92,6% Ano 2005 91,3% 93,1% 97,9% 86,8% 92,9%

ÍNDICE REGULARIDADE DIáRIO

AVEIRO BRAGA CAÍDE GUIM. TOTAL Ano 2004 99,4% 99,9% 99,8% 99,6% 99,7% Ano 2005 99,3% 99,8% 99,8% 99,9% 99,6% *Média Anual 95% 85% 75%

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz CAíDE

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03.2.4 Meios

a) FROTA

Ao longo de 2005 a Unidade utilizou na sua prestação de serviço um Parque de Material Circulante composto por 34 UME´s 3400 (unidades eléctricas).

b) RECURSOS HUMANOS

No âmbito da Política de Rejuvenescimento da CP Porto, a Unidade durante o ano de 2005 admitiu 18 jovens colaboradores, através de Recrutamento Externo de um total de 31 Admissões / Transferências verificadas em 2005. Paralelamente assistiu-se à saída de 44 colaboradores por vários motivos, entre os quais, 18 deles decorreram de cessações / rescisões por mútuo acordo e 7 colaboradores devido à migração de Serviços para outras UN’s/OC’s. De 292 colaboradores em Janeiro de 2005, finalizou-se o ano com 280 colaboradores, verificando-se assim, uma diminuição no Efectivo ao Serviço de 4,1%. O valor do Efectivo Médio em 2005 (283) diminuiu 2,1% face a período homólogo de 2004 (289). Sendo assim, a concretização do objectivo de rejuvenescimento em 2005 é verificável em termos de perfil etário médio, que em 2004 se situava nos 37 anos, e em 2005 diminui para os 35 anos.

EVOLUÇÃO DO EFECTIVO

A Taxa de Trabalho Suplementar decresceu 1,92 p.p., passando de 13,80% para 11,88%, sendo os seus efeitos visíveis ao nível da rubrica Custos com Trabalho Extraordinário na qual se verificou em 2005 uma diminuição de 13,5% face ao exercício de 2004, em resultado da constante monitorização, sensibilização e envolvimento de todos os intervenientes na concretização deste objectivo.

Comparativamente com 2004 (6,45%), a Taxa de Absentismo em 2005, manteve-se na casa dos 6%, verificando-se apenas um ligeiro aumento de 0,3 p.p., o que permitiu finalizar o ano de 2005 com 6,75% de Taxa de Absentismo.

TAXA DE TRABALHO SUPLEMENTAR

TAXA DE ABSENTISMO

c) INVESTIMENTOS

Em 2005 realizaram-se os seguintes investimentos: 300

290 280 270 260

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz 2004 2005 20% 15% 10% 05% 00%

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz 2004 2005 10% 08% 06% 04% 02%

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz 2004

(16)

RELATÓRIO E CONTAS 2005

O valor global dos investimentos da CP Porto foi de cerca de 409 milhares de euros, com principal destaque para:

Beneficiação, Aquisição e Construção de Instalações Fixas

instalação de CCTV´s e aquisição de expositores anti-vandalismo;

Aquisição de Equipamentos Comerciais

realizaram-se os pagamentos previstos para o 3º e 4º lote de MVA´s;

Informatização

procedeu-se à ligação de terminais Multibanco. INVESTIMENTOS REALIzADOS ESTRUTURA Beneficiação, Aquisição e Construção de Instalações Fixas 131 32% Beneficiação e Aquisição de Imóveis, Equipamentos e Viaturas 18 04% Aquisição de Equipamentos Comerciais 213 52% Informatização 46 11% TOTAL 409 100%

(17)

03.3.1 Síntese de Actividade

A CP Longo Curso, cuja actividade como Unidade autónoma se iniciou em Janeiro de 2005 (antes CP Longo Curso e Regional), oferece aos clientes CP o serviço Alfa Pendular, o serviço Intercidades e o serviço Internacional.

O desafio da CP Longo Curso assenta em torno de três vectores fundamentais:

• Crescer activamente nos vários segmentos, maximizando o valor gerado pela procura;

• Rentabilizar a Operação;

• Colocar o seu desempenho ao nível das melhores práticas em termos de produtividade e eficiência; O primeiro ano de actividade da CP Longo Curso marcou-se pela separação da actividade operativa entre o Serviço de Longo Curso e o Serviço Regional, sustentada num esquema produtivo que permite uma efectiva autonomia em termos do negócio em particular na identificação dos seus custos, associada a um desenvolvimento da oferta, racionalização de meios, melhoria na qualidade dos serviços prestados e num esforço de venda.

Deste modo, a CP Longo Curso atingiu Proveitos Operacionais na ordem dos 63,9 milhões de Euros (mais 19,5% que em 2004) e transportou mais 248 mil passageiros que no ano anterior. Os Custos Operacionais atingiram 62,8 milhões de Euros e um Resultado Operacional positivo de 1,1 milhões de Euros.

Este resultado só foi possível por a Unidade ter dado especial enfoque aos seguintes vectores: concentração na venda preferenciando os regimes de parceria, rentabilização da operação, agilização da rede de vendas e implementação do novo modelo de negócio. Neste contexto as acções que mereceram especial referência em 2005 foram:

NA ACTIVIDADE COMERCIAL

Esforço de venda em especial para o segmento de Empresas

Procurando incentivar a utilização dos serviços Alfa Pendular e Intercidades pelo segmento Profissional, a CP Longo Curso estabeleceu no ano de 2005, 24 novos protocolos CP/Empresas, os quais se vieram juntar aos cerca de 40 efectuados desde 1995. O volume de facturação associado a estes clientes ascendeu a 752 mil euros, mais 44% do que o verificado em 2004. De realçar que as maiores empresas do nosso país, já são clientes CP/Empresas .

Transporte de “Grupos” e comboios fretados Em 2005 o volume de facturação do transporte de grupos ascendeu a 365 mil euros, mais 50% do que no ano anterior. O número de passageiros transportados também verificou um acréscimo global de 39%, isto é, vendeu-se mais e a um melhor preço em termos reais.

A tipologia de grupo que mais se destacou neste acréscimo foi a do segmento empresas, com grupos de maior dimensão, interessado numa prestação de serviço de alta qualidade.

Iniciou-se já no final do ano (3.º trimestre) a venda de comboios fretados em serviço IC 1.ª cl. incorporando a carruagem VIP e serviço AP, serviços orientados para um segmento de mercado médio e médio /alto. Desenvolvimento de Parcerias Comerciais

A parceria com a AVIS foi objecto de uma acção de refrescamento no último trimestre de 2005, o que claramente se reflectiu num aumento das vendas em Novembro e Dezembro do agora denominado KIT CP/ AVIS, fruto do impacto de uma campanha publicitária junto do segmento alvo.

Este produto foi ainda alargado aos Clientes do Serviço Intercidades, proporcionando maior flexibilidade nas

03.3

(18)

RELATÓRIO E CONTAS 2005

opções de viagem e possibilitando a extensão da parceria ao interior do país.

No âmbito das facilidades de Parqueamento foram estabelecidos dois novos protocolos, desta feita com os parques das estações de Porto Campanhã e de Braga. A parceria com o Grupo Accor passou a incluir os Hotéis Sofitel, alargando-se assim o leque da oferta hoteleira aos nossos clientes mais exigentes.

Durante todo o ano foram estabelecidas várias parcerias pontuais e limitadas em termos de calendário que potenciaram a utilização dos nossos serviços. Dinamização de acções de Venda Orientada

Durante o ano de 2005 foram efectuadas mais de uma dezena de acções de venda e divulgação dos nossos produtos e serviços e estivemos presentes em feiras, congressos e acções no exterior.

O objectivo destas acções é dar a conhecer os produtos comercializados pela Unidade. Em todas as acções foram elaborados pequenos passatempos com preenchimento de um inquérito permitindo assim não só uma aproximação e uma receptividade maior por parte dos nossos clientes, como também um melhor conhecimento do mercado.

Melhorias no Serviço prestado ao Cliente

Foram redefinidos os processos de tratamento das Reclamações / Sugestões com o objectivo da sua utilização como Instrumento de Venda, através da elaboração de medidas correctivas e de prevenção, e acções de divulgação e promoção específicas. Assim, face às reclamações dos clientes com maior peso, foram, adoptadas as seguintes acções correctivas:

Acções de “charme” personalizadas

para clientes identificados em situações específicas (perturbação do tráfego, problemas na venda pela NET, etc.);

Pontualidade - Material Circulante

actuação junto do Gestor de Frota através de reuniões

periódicas;

Operadores de Venda e Controlo

acompanhamento e esclarecimento de dúvidas e elaboração de Regulamentação Comercial adaptada à venda;

Pontualidade - Infra-estrutura

insistência junto da REFER de forma a minimizar as ocorrências;

Sistemas de Venda

facilitação do acesso do cliente à venda. Diversificação da Rede de Vendas

Com o objectivo de agilizar a Rede de Vendas foi em Setembro de 2005 implementada a venda via Internet para os serviços Alfa Pendular e Intercidades que atingiu em Dezembro de 2005, 3% do volume de vendas, reduzindo assim a partir desta data, o peso da bilheteira nos referidos títulos de 85% para 83%. Foram ainda desenvolvidas as seguintes acções: • Conclusão do projecto de venda via GDS pelas Agências de Viagens (arranque da ligação on line das Agências de Viagens);

• Desenvolvimento de novas funcionalidades da Venda por Multibanco;

• Contactos/ negociações com entidades externas com objectivo de diversificação de canais.

NA ACTIVIDADE OPERATIVA

Racionalização da operação Procedeu-se:

• Ao aumento do número de circulações no Alfa Pendular em Maio de 2005 (acréscimo do n.º de quilómetros mensal por CPA em cerca de 10%);

• Ao redimensionamento da Frota (redução de 31 unidades no material motor e 13 unidades no material rebocado); • À consolidação da estrutura orgânica - separação dos depósitos de Revisão;

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• À racionalização dos meios humanos com uma redução de cerca de 50 efectivos. Importa salientar, pela negativa, os baixos índices de pontualidade dos comboios decorrentes nomeadamente de avarias na Infra-estrutura.

EM TERMOS DE RENTABILIDADE

Da análise comparada no que se refere aos dois principais vectores da actividade da Unidade - Venda e Operação, são de salientar os seguintes indicadores e sua evolução em relação a 2004:

• Grau de cobertura positiva dos custos pelos proveitos em termos operacionais (102%);

• Aumento da procura em cerca de 6% (7% retirando o efeito Euro 2004);

• Cash-flow operacional da ordem dos 14,6 milhões de €; 03.3.2 Procura

No que diz respeito aos proveitos de tráfego, a CP Longo Curso verificou uma subida de cerca de 19% e foi de novo o Serviço Alfa Pendular que mais contribuiu para esse acréscimo, com uma variação de 24% face a 2004. Relativamente ao universo dos acordos CP/ EMPRESAS, a Unidade teve um acréscimo significativo nos proveitos, cerca de 44% face a 2004, o que representa uma importante aposta na área corporate do negócio. De salientar que a estratégia seguida de dar preferência às classes “Conforto”/ “1.ª classe” e harmonizar/equilibrar as contrapartidas mútuas á medida que se consolida este segmento de mercado, está a dar os seus frutos. O montante global de proveitos operacionais ascendeu a 63,9 milhões de euros e o total de passageiros transportados foi 4,7 milhões.

PROVEITOS POR SERVIÇO

SERVIÇO 2005 2004 VARIAÇÃO Alfa Pendular 31.151 25.137 24% Intercidades 24.803 21.475 15% Internacional 7.000 6.306 11% TOTAL 62.953 52.918 19% PROVEITOS DA CP EMPRESAS mil € Serviço 2005 2004 Variação TOTAL 752 522 44%

Ao nível da procura, registou-se um acréscimo global de 5,6% de Passageiros, onde o Serviço Alfa Pendular teve o maior peso, com um aumento de 13% face ao ano anterior. Também o Serviço Intercidades transportou um maior número de passageiros (+2%) e apenas o Internacional registou uma quebra.

A distribuição dos passageiros pelos serviços foi a seguinte:

PROCURA POR SERVIÇO mil P’s

Serviço 2005 2004 Variação

Alfa Pendular 1.853 1.647 13%

Intercidades 2.599 2.549 2%

Internacional 209 218 -4%

TOTAL 4.662 4.414 5,6%

ÍNDICE DE QUALIDADE PERCEBIDA PELO CLIENTE

Verifica-se que o índice geral de satisfação dos clientes estacionou ou diminuiu ligeiramente.

ALFA NORTE 09 08 07 06 05 04 03 02 01 00 7,44 6,99 6,77 6,93 6,83 6,61 8,21 7,11 POR EIxO 1º bARóMETRO 2005 POR EIxO 2º bARóMETRO 2005 7,6 7,19 6,99 6,69 7,36 6,99 6,99 6,93 7,25 6,93 ALFA

(20)

RELATÓRIO E CONTAS 2005

Serviço Alfa Pendular

O serviço premium da Unidade voltou a registar um grande desenvolvimento em 2005, com um crescimento na ordem dos 13% ao nível dos passageiros transportados e cerca de 24% nos proveitos de tráfego. Este crescimento traduz-se em mais 206 mil passageiros e mais 6 milhões de euros, do que no ano anterior. Mais de metade deste crescimento resultou do novo serviço para o Algarve e crescimento do serviço AP já existente no eixo Braga / Lisboa, sendo o remanescente resultado do lançamento dos novos comboios AP no eixo Lisboa/Porto.

SAzONALIDADE DA PROCURA - MIL PASSAGEIROS

A oferta deste Serviço manteve-se estável durante o ano, à excepção da alteração verificada no mês de Maio, que veio oferecer aos clientes mais 12 comboios semanais dentro das mesmas faixas horárias, apostando desta forma na normalização do princípio de comboios de hora a hora. Em termos de pontualidade, o nível atingido ficou aquém do objectivo sobretudo pelo investimento realizado pelo gestor de infraestrutura na linha Lisboa-Porto.

Serviço Intercidades

No ano de 2005 este serviço cresceu cerca de 15% nos proveitos e 2% no tráfego, face ao ano anterior.

O montante de proveitos obtidos ascendeu a 24,8 milhões euros e foram transportados 2,6 milhões de passageiros.

SAzONALIDADE DA PROCURA - MIL PASSAGEIROS

No que respeita à oferta deste Serviço não se verificaram alterações significativas face ao modelo de oferta definido a partir de Julho de 2004, apenas ajustamentos pontuais face à sazonalidade do serviço (em especial o período do Verão).

Em termos geográficos, continuam a ser as Linhas do Norte, Beira Alta e Algarve as que têm maior influência no tráfego do Intercidades, enquanto as Linhas da Beira Baixa e Alentejo registaram ainda uma descida no peso relativo da Procura da Unidade. Assim, em termos percentuais:

PESO RELATIVO DA PROCURA POR EIXO

Nota: No eixo Lisboa /Guimarães não estão incluídos os Passageiros da matriz Lisboa /Coimbra e Lisboa / Entroncamento dos eixos das B. Alta e B. Baixa

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz

140 130 156 154 164 156 166 161 160 157 149 161

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz

191 179 217 215 230 214 247 270 220 212 194 209 47,2% 22,1% 7,8% 17,7% 5,2% Lx-POR GuIM-REG Lx GuARDA Lx COVILHã Lx ALGARVE Lx bEJA

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Serviço Internacional

Nos últimos anos, o tráfego internacional de passageiros, tem vindo a registar decréscimos, acompanhando o que se tem verificado em termos europeus. Esta situação permaneceu em 2005. Neste ano foram transportados cerca de 209 mil passageiros, ou seja, menos 4% do que no ano anterior.

No entanto, é de registar um acréscimo de 11% nos proveitos de tráfego, que foram em 2005 de 7 milhões de euros, dos quais cerca de 16% representa vendas de passes específicos neste domínio especialmente Inter Rail e Eurail.

SAzONALIDADE DA PROCURA - MIL PASSAGEIROS

03.3.3 Oferta

Em 2005 produziram-se cerca de 6,9 milhões de CK’s. Relativamente a 2004 verificou-se um aumento que decorre especialmente de:

• Profunda alteração do modelo de oferta ocorrida em Junho de 2004 (serviço AP);

• Aumentos pontuais de oferta em 2005 (serviços AP e IC); • Necessidade de resposta de modo sistemático ás pontas semanal de tráfego;

• Racionalização de todo o processo das marchas em regime de serviço.

Ao nível dos CK’s da CP Longo Curso a maior percentagem é detida pelo Serviço Intercidades (48%), o que representam cerca de 3,6 milhões de Ck’s/ano.

PESO DOS COMBOIOS KM POR SERVIÇO

Os índices médios de pontualidade de 2005 registaram algumas melhorias no Serviço – Alfa Pendular e estacionariedade no serviço Intercidades, comparativamente com os do ano anterior. No Serviço Internacional a pontualidade diminuiu bastante e passou de 79% para 69%.

No que respeita aos índices de regularidade, estes apresentam-se bastante elevados, praticamente de 100%.

ÍNDICE MéDIO DE PONTUALIDADE POR SERVIÇOS

JAN FEV MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz

13 11 14 13 16 22 32 31 18 14 13 13 Alfas 40% Intercidades 52% Internacional 08% 70% 79% 72% 68% 69%

VINCuLADO CARGO AO SERVIçO

2004 2005

(22)

RELATÓRIO E CONTAS 2005

03.3.4 Meios

a) FROTA

O parque da CP Longo Curso no fim do ano de 2005 era constituído por 50 unidades de material motor e automotor (em Março de 2005 eram 81 unidades):

e por 151 unidades de material rebocado (em Março de 2005 eram 164 unidades):

b) RECURSOS HUMANOS

O efectivo a cargo da CP Longo Curso após a separação foi de 588, tendo a Unidade reduzido o seu pessoal para 537 colaboradores no fim do ano de 2005.

EVOLUÇÃO MENSAL DO EFECTIVO 2005

No que diz respeito à Taxa de Trabalho Suplementar e à Taxa de Absentismo, ambas tiveram um comportamento bastante homogéneo ao longo de 2005.

EVOLUÇÃO DA TAXA DE TRABALHO SUPLEMENTAR (%) 2005

EVOLUÇÃO DA TAXA DE TRABALHO SUPLEMENTAR (%) 2005

58

04 45

CORAIL

05

MODERNIzADAS SOREFAME CAMAS FuRG. GERADORES 39 10 01 17 05 04 CPA 06 LOC.

2600 5600LOC. 1400LOC. 1930LOC. 1912LOC. LOCOTR.

07 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 000

MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz

40% 30% 20% 10%

MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz FEV JAN 40% 30% 20% 10% 00%

MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz FEV

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c) INVESTIMENTOS

Em 2005 a despesa no âmbito do orçamento de investimentos totalizou 269 milhares de euros. O valor negativo na rubrica de instalações fixas deve-se a regularizações relativas ao ano de 2004.

RUBRICAS DE INVESTIMENTOS REAL PESO%

Instalações Fixas - 58 -21,4%

Móveis, Equipamentos e Viaturas 30 11,3%

Equipamentos Comerciais 0 0%

Informatização (*) 297 110,3%

Total 269 100%

(*) Facturas de 2004 lançadas em 2005 relativas ao projecto Train-Office

d) DISTRIBUIÇÃO E VENDA

As vendas da Unidade em 2005 voltaram a reflectir o peso dominante da Bilheteira como Canal preferencial dos clientes do Longo Curso. Apesar de se ter assistido a uma ligeira diminuição da sua importância de 2003 para 2004, em 2005 registou valores ainda superiores aos de 2003.

Os Canais de Venda Alternativos às Estações, tais como o MB Bilhete, os Quiosques e a Internet têm vindo a assumir maior relevância na escolha aquando do momento da compra:

• O MB Bilhete tem tido uma evolução muito

positiva com a introdução de novas funcionalidades, constituindo já, em 2005, 9% do global das vendas da Unidade;

• Os Quiosques consolidaram a sua posição,

mantendo os 2% das vendas. Em 2005 procedeu-se a um reposicionamento geográfico dos quiosques adequando-os melhor às necessidades das estações; • Ao nível da Internet, que foi a grande inovação em 2005 possibilitada pela remodelação do site da CP, os 4 meses de funcionamento (Set. a Dez.) demonstraram

uma tendência crescente e um correcto posicionamento com vista a atingir o objectivo pretendido: 5% das vendas de Longo Curso.

Apesar do crescimento das vendas através dos canais anteriormente mencionados, manteve-se como já referido o peso dominante da Bilheteira como Canal preferencial dos clientes do Longo Curso (cerca de 87%).

POSTO DE VENDA 2005 2004 Bilheteira 87% 84% Quiosque 02% 02% VT 01% 09% MB 09% 06% Internet 01% Total 100% 100%

ESTRUTURA REDE VENDAS 2005

Bilheteira 87%

MB 09%

Internet 01%

VT 01%

(24)

RELATÓRIO E CONTAS 2005

03.4.1 Síntese de Actividade

O ano 2005 fica marcado pelo início da actividade da CP Regional enquanto Unidade de Negócios.

Com a criação desta Unidade de Negócios foram definidos objectivos estratégicos a realizar até 2010 e que estão em coerência e enquadrados pelo Plano Estratégico, “LIDER 2010”, elaborado para toda a Empresa.

Para realizar a estratégia definida para esta Unidade e sabendo que o serviço regional não é uniforme em todo o território servido, a estrutura organizacional desenhada para a Unidade baseou-se na necessidade de gerir, de forma diversa, linhas com características diversas.

Com o objectivo de gerir as diversas linhas, foram definidas as necessidades ao nível da informação de apoio à decisão. Assim, a CP Regional direccionou a sua informação de gestão para a análise por linha, tendo abandonado a anterior análise por serviço utilizada na ex-UVIR. Procura-se com esta nova abordagem, mais segmentada, permitir um melhor conhecimento do serviço regional, identificando oportunidades de melhoria, e simultaneamente fornecer os dados relevantes para a tomada de decisões em linha com a estratégia definida.

A estratégia definida para a CP Regional até 2010, e que orientou já as acções planeadas e realizadas no ano 2005, tem por base 3 linhas de actuação: • Reinventar a oferta regional, de modo a responder mais eficazmente à procura;

• Racionalizar a utilização dos meios produtivos; • Contratualizar com o estado o serviço público realizado pela Unidade;

Assim, no ano 2005, a actividade da Unidade caracterizou-se pela implementação de algumas medidas com forte impacto na racionalização da

operação e consequentemente nos custos operacionais da Unidade. Destas medidas destacam-se:

• Substituição da locomotiva e carruagem pelo material automotor e em consequência a libertação de material circulante (24 unidades motoras e 47 carruagens); • Reformulação das escalas de pessoal e consequente libertação de recursos humanos através de rescisões por mútuo acordo (saíram 224 trabalhadores); Do plano de actividades da unidade para 2005, realizou-se ainda a redução de FSE’s (-5%), a centralização da monitorização do tráfego (CAT’s), uma reunião de quadros, 8 reuniões com todos os trabalhadores e a divulgação mensal da informação de gestão da Unidade.

Neste primeiro ano de actividade, não foi ainda possível redefinir a oferta nas diversas linhas, com a implementação de um novo horário, que se espera não só vir a responder mais eficazmente às necessidades dos clientes, mas também permitir uma afectação mais racional dos recursos humanos e materiais geridos pela Unidade, de modo a melhorar a sua eficiência e consequentemente a conta de exploração das diversas linhas e da Unidade no seu conjunto.

03.4.2 Procura

Apesar dos números indicarem um decréscimo de 3,9% de passageiros e de 10,8% nos PK’s, relativamente a 2004, a Unidade considera que, globalmente, a procura teve uma evolução positiva em 2005 face ao ano anterior em resultado da supressão de cerca de 330 comboios a partir de Junho de 2004. Em 2004 realizou-se ainda o “Euro 2004”, o que terá contribuído igualmente para um aumento dos passageiros transportados nesse ano. Ainda assim, os proveitos do tráfego cresceram 4,8%, em 2005, face ao valor comparável de 2004 da ex-UVIR.

Com o apuramento da procura por linha, foi possível,

03.4

(25)

já em 2005, identificar quais as linhas que mais contribuem para a procura da Unidade, quer em quantidade de passageiros e PK’s, quer em valor. Confirma-se que é nos eixos com maior densidade populacional que se concentra a procura dos comboios regionais.

As linhas do litoral são as que mais contribuem para os proveitos do tráfego, assumindo especial relevo a Linha do Norte e o Ramal de Tomar que no seu conjunto obtiveram 11,32 milhões de euros, montante que representou 36% do total da prestação de serviços da CP Regional. Das restantes linhas, é de destacar os proveitos obtidos nas linhas do Minho (10%), do Douro (13%), do Algarve (8%), da Beira Baixa (4%), Ramal da Lousã (4%) e no Urbano de Coimbra (4%). De salientar que as linhas com mais passageiros transportados em 2005 foram a Linha do Minho, a Linha do Douro, a Linha do Norte, o Ramal de Tomar, a Linha do Algarve e o Urbano de Coimbra. Estas seis linhas representaram 73% das viagens realizadas em comboios regionais.

As restantes 9 linhas e os Serviços “Charter” contribuíram com 26% dos passageiros. Destas, as linhas do Vouga, do Oeste, da Beira Alta, da Beira Baixa e o Ramal da Lousã têm uma procura reduzida, contribuindo, cada uma, entre os 2% e os 8% para a procura da unidade. As linhas Coimbra – Figueira da Foz, do Leste, do Alentejo e do Sul registaram procuras muito reduzidas, somando no seu conjunto 431 mil Passageiros, o que representou 3% do total de passageiros. Ainda de referir que os Serviços “Charter” registaram 39 mil passageiros em 2005.

Do total de passageiros da CP Regional, 68% viajou com bilhete e 32% com assinatura. O peso das assinaturas nos PK’s reduz-se para 22% e nos proveitos este tipo de título representa apenas 14% do total da unidade. Os PK’s dos bilhetes têm um peso de 78% e os proveitos deste tipo de título correspondem a 86% do total.

03.4.3 Oferta

A actividade da Unidade em 2005 reflecte as alterações de Junho de 2004 (fim de IR’s), bem como a redução de 4 para 2 nos IR’s da Linha do Oeste, já em 2005. Os CK’s realizados, cerca de 12 milhões, corresponderam globalmente ao que tinha sido previsto para o ano 2005. O peso da oferta realizada é maior nas linhas onde há mais densidade populacional e consequentemente maior procura. Assim, a Linha do Norte e o Ramal de Tomar no seu conjunto representaram cerca de 30% dos CK’s da Unidade.

Em 2005, a Unidade realizou alterações com o objectivo de racionalizar os recursos disponíveis e em consequência foi incrementada a utilização de automotoras em detrimento das locomotivas e carruagens. Deste modo, os quilómetros realizados com material automotor já representaram 91,2% do total da Unidade, sendo os percursos realizados com locomotiva de 8,8% dos cerca de 13 370 mil quilómetros realizados.

Relativamente aos indicadores de pontualidade e a

2005

TIPO TÍTULO

TRANSPORTE MIL P’s MIL PK’s

PER-CURSO MéDIO PRESTAÇÃO SERVIÇOS MIL € BTM€ Bilhetes 8.834 469.109 53 26.963 0,057 Assinaturas 4.203 133,245 32 4.246 0,032 Total 13.037 602.354 46 31.209 0,052 PERCURSOS - VALORES EM KMS TIPO DE MATERIAL 2005 % Locomotivas Diesel 889.122 06,7% Locomotivas Eléctricas 277.674 02,1% Automotoras Diesel 6.358.116 47,6% Automotoras Eléctricas 5.835.583 43,6% Locotractores 9.323 00,1% Total 13.369.818 100%

(26)

RELATÓRIO E CONTAS 2005

03.4.4 Meios

a) FROTA

O parque da CP Regional, em Dezembro de 2005 era constituído por 130 unidades motoras e automotoras, das quais 52 com tracção eléctrica e 78 com tracção Diesel e por 59 unidades de material rebocado.

PARQUE DE MATERIAL MOTOR/AUTOMOTOR

PARQUE DE MATERIAL MOTOR/AUTOMOTOR

Estes parques não incluem o material motor (locomotivas a vapor) e rebocado (carruagens e vagão cisterna) histórico.

b) RECURSOS HUMANOS

O efectivo da Unidade foi reduzido ao longo do ano como é possível verificar no gráfico que se segue:

EVOLUÇÃO DO EFECTIVO EM 2005 MINHO 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 00% PONTuALIDADE REGuLARIDADE

regularidade global dos comboios desta Unidade é de salientar que a regularidade média dos comboios da Unidade (exceptuando os Serviços “Charter”) foi de 99% e que a quase totalidade das linhas teve 80% ou mais de pontualidade média, em 2005.

DOuRO VOuGA NORTE bEIRA

ALTA COIMbRAu. COIMbRAFOz LOuSAR. LESTE bAIxAb. OESTE ROMARR. ALEN-TEJO GARVEAL- SuL CHAR-SERV. TER

LOC.

ELÉCTRI-CAS* AuT.

ELÉCTRICAS DIESEL LOC. VL LOC. DIESEL VE AuT. DIESEL VL AuT. DIESEL VE *PARQuE PARTILHADO COM A CP LONGO CuRSO 08 51 SCHINDLER SOREFAME 60 50 40 30 20 10 00 1325 1300 1275 1250 1225 1200 1175 1150 1125

MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz FEV JAN 60% 50% 40% 30% 20% 10% 00% 02 01 50 06 14 59

(27)

Nos dois gráficos seguintes apresenta-se a evolução das taxas de trabalho suplementar e de absentismo da CP Regional durante o ano 2005. A sazonalidade da taxa de trabalho suplementar teve um comportamento normal, com valores mais baixos no início do ano e aumentando progressivamente ao longo do mesmo, com picos nos meses de verão e em Dezembro.

EVOLUÇÃO DA TAXA TRABALHO SUPLEMENTAR EM 2005

EVOLUÇÃO DA TAXA DE ABSENTISMO EM 2005

c) INVESTIMENTOS

Em 2005 a CP Regional realizou investimentos no valor de 61.411 euros. Dos investimentos realizados pela Unidade 38% resultaram de intervenções diversas realizadas em instalações fixas, como foi o caso dos depósitos de pessoal circulante, e 62% em mobiliário, equipamento informático e outros equipamentos.

VALORES EM EUROS ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS REAL PESO %

Instalações fixas 23.296 38%

Móveis, Equipamentos e Viaturas 37.845 62%

Equipamentos Comerciais 00 00% Estudos e Projectos 00 00% Informatização 00 00% Total 61.141 100% 25% 20% 15% 10% 05% 00%

MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz FEV JAN 10% 08% 06% 04% 02% 00%

MAR AbR MAI JuN JuL AGO SET OuT NOV DEz FEV

(28)

RELATÓRIO E CONTAS 2005

03.5.1 Síntese de Actividade

A CP Carga transportou em 2005, 2.422 milhões de toneladas quilómetro que se traduziram em receitas de 65 milhões de euros, mais 0,3% e menos 0,8% que no ano anterior, respectivamente. O ano de 2005 foi assim para esta Unidade fundamentalmente um ano de consolidação e estabilização geral da sua actividade.

Razões de ordem económica conjunturais e nacionais, nomeadamente a crise que o sector da construção civil e obras públicas viveu neste ano fizeram que importantes tráfegos da carteira comercial da Unidade, como sejam os de Cimento e Balastro, tivessem uma evolução muito negativa face aos valores esperados e históricos. Procurou-se, apesar de tudo, compensar estas perdas com uma maior agressividade comercial e flexibilidade operativa junto de outros segmentos detentores de maiores potencialidades de crescimento, tendo obtido resultados sobretudo nos tráfegos de Contentores, Petcoke e Cereais e Farinhas.

O ano de crise económica nacional vivido, que trouxe um acréscimo do nível da concorrência com base no preço por parte dos operadores rodoviários, obrigou ainda a internalizar grande parte do aumento dos custos de exploração induzidos pelo aumento do preço dos combustíveis de tracção. Procurou-se no entanto compensar essa perda com aumentos de eficiência na gestão da Área Operacional, ao nível da racionalização de processos e métodos de trabalho, motores do reforço da produtividade conseguida junto dos recursos produtivos, sobretudo na área do pessoal e mais concretamente na área do pessoal circulante. Isto, sem comprometer, antes pelo contrário, os níveis da qualidade de serviço indispensáveis para o reforço da fidelização da base de clientes e capaz de permitir chegar com maior competitividade junto do mercado potencial.

É também o cumprimento desta política de gestão que, sem significativos acréscimos globais de custos

operativos, permitiu alargar a oferta no sentido de a estender junto de segmentos de mercado onde a procura se dispõe de forma mais fragmentada e assim, num contexto de crise, e em termos operacionais, termos incrementado a actividade da Unidade para valores da ordem dos 7,67 milhões de comboios quilómetro (ck’s), 10,23 milhões de quilómetros e 4,84 mil milhões de toneladas quilómetro brutas rebocadas (tkbr’s), que representam acréscimos, face a 2004, de +5,9%, +5,1% e +5,4%, respectivamente.

03.5.2 Procura

a) PROVEITOS

Numa perspectiva comercial, por produto e em valor, os resultados obtidos assentaram essencialmente no bom desempenho de alguns dos mais importantes fluxos da estrutura de tráfegos da Unidade, como

sejam o tráfego de Carvão (+8,5%), o tráfego de

Petcoke (+682%), o de Contentores (+4,8%) - impulsionado principalmente pelo segmento nacional com um crescimento de 16%, e o tráfego de Cereais e Farinhas com uma contribuição de +17,4%.

03.5

CP CARGA

PROVEITOS DA CP CARGA POR PRODUTO

PRODUTO 2005 2004 VAR%

Carvão, Cinzas e Petcoke 19.532.656 16.739.027 16,7% Cimento 11.302.321 12.708.444 -11,1% Contentores 8.247.208 7.868.560 4,8% Madeira e Pasta 4.809.257 4.941.988 -2,7% Balastro e Britas 1.579.705 3.819.862 -58,6% Produtos Siderúrgicos 2.733.761 3.610.753 -24,3% Areia 3.195.563 3.411.875 -6,3% Diversos 3.351.039 2.151.126 55,8% Minérios 2.587.600 2.407.825 7,5% Cereais e Farinhas 2.398.761 2.042.520 17,4% Veículos e Peças Auto 1.774.319 1.950.946 -9,1% Fuelóleo Pesado 1.154.700 1.298.693 -11,1% Produtos Químicos 917.205 1.044.389 -12,2%

Adubos 553.511 616.127 -10,2%

Carril 514.855 467.875 10%

Vagões Part. Vazios 347.887 458.594 -24,1% Total 65.000.348 65.538.605 -0,8%

(29)

Numa análise mensal, a actividade mostra mais uma vez a sua genérica irregularidade, embora repetindo o mês de Março como o melhor mês do ano.

Numa análise produto a produto, voltamos a destacar pela positiva:

• Tráfego de Petcoke (+692% em toneladas / +682% em proveitos): resultado da consolidação deste tráfego que teve o seu lançamento no final de 2004;

• Tráfego de Carvão (+6% em toneladas / +8,5%

em proveitos): desempenho que fica a dever-se essencialmente a um acréscimo de procura para reposição de stocks;

• Tráfego de Cereais e Farinhas (+16% em toneladas / +17,4% em proveitos): Em resultado da consolidação dos projectos nacionais lançados em 2004 e da dinâmica de crescimento do segmento internacional verificada sobretudo durante o 2º semestre;

Decorrente destes maiores crescimentos absolutos, mas com evidente expressão relativa, o quadro da estrutura de tráfegos da Unidade, embora mantendo a sua habitual estabilidade, sobretudo ao nível dos grandes tráfegos, apresenta em 2005 algumas alterações pontuais, nomeadamente o tráfego da Areia que recupera uma posição em detrimento do tráfego de Produtos Siderúrgicos. O mesmo se verifica com o tráfego de Cereais e Farinhas e com o tráfego de Veículo e Peças que ganham terreno na estrutura de tráfegos contra o decréscimo da actividade do tráfego de Balastro e Britas.

1 Tx VAR 2005/2004 PESO RELATIVO 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 30,2% 17,5% 12,8% 7,4% 5,2% 4,9% 4,2% 4,0% 3,7% 2,7% 2,4% 1,8% 1,4% 0,9% 0,9% 16,7% -11,1% 4,8% -2,7% 55,8% -6,3% -24,3% 7,5% 17,4% -9,1% -58,6% -11,1% -12,2%-10,2% 10%

(1) Carvão, Cinzas e Petcoke (2) Cimento (3) Contentores (4) Madeira e Pasta (5) Diversos (6) Areia (7) Produtos Siderúrgicos (8) Minérios (9) Cereais e Farinhas (10) Veículos e Peças Auto

(11) Balastro e Britas (12) Fuelóleo Pesado (13) Produtos Químicos (14) Adubos (15) Carril

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEz 794 742 881 806 836 842 830 772 789 750 807 736 748 721 881 838 855 732 764 808 820 793 838 758

2005 2004

(30)

RELATÓRIO E CONTAS 2005

E ainda:

• Tráfego de Combustíveis (+92% em toneladas /

+124% em proveitos): consolidação deste tráfego que teve o seu lançamento no ano de 2004;

• Tráfego de Produtos Cerâmicos (+3874% em

toneladas / +3896% em proveitos): lançamento e desenvolvimento de dois novos fluxos de tráfego nacional: Louriçal / Barcelos e Louriçal / Tunes. Com sinal contrário, e dada a sua elevada expressão,

destaca-se o tráfego de Cimento, onde a Unidade

perdeu 11% em receita e 9% em tonelagem transportada, motivado pela redução do consumo do cimento, reflexo da conjuntura económica

desfavorável vivida em 2005; o tráfego de Balastro

e Britas com -59% em receita e -59% em carga transportada, em consequência da baixa execução do plano de investimentos do Gestor da Infra-estrutura Ferroviária; e o tráfego de Produtos Siderúrgicos com -24% em receita e -21% em volume transportado, devido principalmente à degradação da oferta da Rede Ferroviária vizinha, que impediu a apresentação de soluções de transporte integradas de qualidade e competitivas no mercado ibérico.

03.5.3 Oferta

Apesar de, quando comparado com 2004, em 2005

a actividade da CP Carga ter crescido à taxa de 6,2% em termos de toneladas quilómetro transportadas, os comboios quilómetro cresceram apenas em 5,9%, o que traduz um melhor aproveitamento dos comboios. Ou seja, um reforço da produtividade dos meios de tracção utilizados.

Outro dado relevante evidencia-se ao observar que para o assegurar do crescimento em 0,3% das toneladas transportadas se realizaram +6,2% em toneladas quilómetro e + 1,7% comboios realizados, ou seja, que, em 2005, os comboios da CP Carga fizeram em média trajectos mais longos, aqueles onde o transporte ferroviário têm maiores vantagens competitivas.

Isso é bem visível nos índices de produtividade obtidos na área da utilização das locomotivas, com uma melhoria de 3% face ao ano anterior.

• Tráfego de Contentores (+18% em toneladas e +16% em teus / +4,8% em proveitos): derivado da consolidação dos tráfegos já existentes no mercado nacional nomeadamente do tráfego de contentores a partir do Porto de Sines, iniciado em 2004, e do lançamento de novos projectos nacionais e internacionais, nos corredores ferroviários Lisboa/Elvas e Lisboa/Mérida.

TEU’S TONELADAS RECEITA LÍQUIDA (€)

2005 2004 VAR 2005 2004 VAR 2005 2004 VAR

Exportação 9.112 10.775 -15% 80.935 99.630 -19% 1.021.845 1.048.119 -03% Importação 8.517 10.006 -15% 115.200 149.230 -23% 868.514 1.367.974 -37% Nacional 108.624 88.518 23% 1.025.784 783.220 31% 6.356.699 5.452.467 17% Total 126.253 109.299 16% 1.221.919 1.032.081 18% 8.247.058 7.868.560 05% Vazios 47.043 42.504 11% 105.638 94.453 12% 2.717.603 2.476.539 10% Cheios 79.210 66.795 19% 1.116.281 937.624 19% 5.529.455 5.392.022 03%

VOLUME DA ACTIVIDADE OPERATIVA

2005 2004 VAR%

Nº Comboios 67.834 66.711 1,7%

Comboios KM 7.673.807 7.248.379 5,9% Comerciais 7.576.268 7.143.134 6,1% Outros Perc. Operac. 97.539 105.245 -7,3% Toneladas KM (103) 2.422.113 2.281.221 6,2% Toneladas KM Brutas

(31)

No que diz respeito à qualidade do serviço prestado, avaliada em termos do Índice da Pontualidade, observaram-se algumas melhorias face a 2004. Em 2005, 65% dos comboios de Mercadorias chegaram aos destinos com atrasos inferiores a 30 minutos, enquanto em 2004 essa percentagem foi de 61%. No patamar oposto, indica-se que 7% dos comboios chegaram aos destinos com mais de 2 horas de atraso, enquanto em 2004 essa percentagem foi de 10%. Estes resultados foram obtidos num contexto de dificuldades várias apresentadas pela qualidade de utilização da rede ferroviária nacional, onde as constantes interrupções de circulação, por motivos de intervenções / obras na via, essencialmente em períodos nocturnos, continuaram a penalizar fortemente a qualidade da oferta da Unidade.

No que se refere à regularidade, embora ainda longe do pretendido, a evolução ainda assim foi positiva, sobretudo num ano onde aumentou a flexibilidade das soluções de transporte propostas ao mercado ferroviário.

03.5.4 Meios

a) FROTA

O parque de Material Motor afecto à CP Carga no final do ano 2005 contabilizava 121 unidades, das quais 8 locotractores para serviço de manobras, portanto menos 4 unidades do que em igual período de 2004. Das 121 unidades, 49 são de tracção eléctrica e 72 de tracção diesel.

No que se refere ao parque de Material Rebocado, em Dezembro de 2005, o parque da CP Carga era constituído por 3.257 vagões, dos quais cerca de 75% integrados no parque activo. Em relação ao ano transacto libertaram-se 51 vagões, principalmente do parque não activo.

LOC KM 2005Nº MéDIO LOC* KM/LOC KM Nº MéDIO LOC*2004 KM/LOC KM/LOCVAR

Eléctricas 6.294.405 46 136.835 6.156.144 45 136.803 0,0%

Diesel 3.936.084 69 57.045 3.577.715 68 52.613 8,4%

Total 10.230.489 115 88.961 9.733.859 113 86.140 3,3%

*locomotivas com registo de quilómetros

PONTUALIDADE

ATé 30 MIN 1/2<HORA<1 1<HORAS<2 HORAS>2

2005 65% 15% 13% 07% Comboios Bloco 67% 14% 12% 07% Comboios Plano 63% 16% 14% 07% 2004 61% 14% 15% 10% REGULARIDADE 2005 77% 2004 74% 2.465 3.257 2.409 792 899

ACTIVOS N ACTIVOS TOTAL

2004 2005 3.308 5600 2550 2500 1960 1900 1550 1400 1150 24 24 14 16 11 11 12 12 10 10 19 19 23 24 08 09 2005 2004

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