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o anglo resolve a 2ª fase da GV-SP Economia dezembro de 2005

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(1)

o

anglo

resolve

a

fase

da GV-SP

Economia

dezembro de

2005

É trabalho pioneiro.

Prestação de serviços com tradição de confiabilidade.

Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras em sua tarefa de

não cometer injustiças.

Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante no processo de

aprendizagem, graças a seu formato: reprodução de cada questão, seguida da

resolução elaborada pelos professores do Anglo.

No final, um comentário sobre as disciplinas.

Para o curso de Economia, a FGV-SP realiza um vestibular anual em duas fases.

1

ª

FASE

Consta de provas com testes de múltipla escolha das seguintes disciplinas:

Classificam-se para a 2

ª

fase os 200 candidatos com as melhores médias

arit-méticas simples das notas estatisticamente padronizadas. Os candidatos que

emparatem na 200

ª

posição serão todos classificados para a 2

ª

fase.

2

ª

FASE

Consta de três provas discursivas (cujo número de questões não é previamente

divulgado):

A média de cada candidato na 2ª fase é a média ponderada das notas

estatis-ticamente padornizadas.

A média final (MF) é dada pela seguinte fórmula:

MF = (0,4

×

média da 1

ª

fase) + (0,6

×

média da 2

ª

fase)

Observações

1. Zero em qualquer disciplina elimina o candidato.

Duração

Disciplina

Peso

2 horas

Raciocínio Matemático

3

Língua Portuguesa

1

2 horas e meia

...

...

Redação em Língua Portuguesa

1

Horário

Disciplina

Quantidade

Manhã

Matemática

30

(das 8 às 12h)

Língua Portuguesa

15

História

15

Geografia

15

Tarde

Inglês

15

(das 13 às 17h)

Química

15

Biologia

15

Física

15

(2)

A seguir, estão representadas as quatro primeiras figuras de uma seqüência infinita, onde cada quadrado tem 10 cm de lado.

a) Chame de n o número de ordem e de A a área da superfície pintada de cinza de uma figura qualquer dessa seqüência. Determine uma função, por meio de uma equação, que descreva como a área da parte cinza dessas figuras varia com seu número de ordem na seqüência.

b) Construa um gráfico cartesiano da função obtida na parte a.

Considere a figura de ordem n (n ∈IN*), cotada em cm, em que o conjunto de pontos {P1, P2, P3, ...., Pn} está contido no lado RSdo quadrado RSTU:

a) A área A(n)pedida, em cm2, é tal que:

Logo, A(n)= 50. Resposta: A(n)= 50, n ∈IN* A( )n =10 –(a +a +a + +... an)⋅10 ∴ A( )n = – ⋅ 2 100 10 10 2 2 1 2 3 10 U T a1 a2 a3 an 10 P1 R P2 P3 Pn S Resolução

1ª- figura 2ª- figura 3ª- figura 4ª- figura

Questão 1

M

M

M

Á

Á

Á

III

C

C

C

A

A

A

E

E

E

A

A

A

M

M

M

T

T

T

T

T

T

(3)

b) Do item anterior, o gráfico pedido é:

Nota: Observamos imprecisões nas figuras de ordem 2, 3 e 4.

Observe as alturas de 10 crianças nascidas num mesmo dia, numa maternidade. Criança Altura (cm) Mariana 52 Jorge 48 Paulo 51 Mário 47 Tarsila 47 Priscila 51 Silvana 53 Alberto 47 Vítor 47 Ricardo 48

a) Elabore um gráfico de colunas que descreva a freqüência das alturas dos recém-nascidos da tabela.

b) Calcule e interprete o percentual que a diferença entre as alturas médias das meninas e dos meninos repre-senta em relação à altura média dos meninos.

a) Do enunciado, temos a seguinte tabela:

Resolução Questão 2

A(n) 50 0 1 2 3 n n altura (cm) freqüência 47 4 48 2 51 2 52 1 53 1

(4)

Resposta:

b) A altura média das meninas e a dos meninos é dada, nessa ordem, por: , isto é, 50,75 cm;

, isto é, 48 cm. O percentual pedido é dado por:

, ou seja, 5,73%.

Assim, nesse dia, a altura média das meninas nascidas é 5,73% maior que a altura média dos meninos nascidos.

Considere a receita R de uma indústria como a quantia em dinheiro recebida por ela com a venda dos milhares de litros de suco que produz e o custo de produção C como a quantia gasta por ela para produzir esse suco. Chamamos de lucro dessa empresa a diferença, quando positiva, entre a receita e o custo de produção, e de prejuízo, essa diferença, quando negativa. Sabendo que a receita R e o custo de produção C, referentes à quantidade x em milhares de litros de suco produzidos e vendidos por essa empresa, variam de acordo com as leis R = 2x e C = x + 3, em milhares de reais,

a) Represente R e C num mesmo sistema cartesiano. b) Interprete o significado:

— do ponto P = (xP, yP), comum às duas curvas;

— da posição relativa das duas curvas para x xPe para x xP, de acordo com a situação apresentada.

a) x R = 2x x C = x + 3 0 0 0 3

3 6 3 6

Resposta:

b) O ponto P = (xp, yp), comum às duas curvas, é dado pelo par (3, 6) e pode ser obtido pela equação 2xp= xp+ 3.

Resposta:

— O ponto P representa o caso em que a receita R é igual ao custo C. Logo, nesse caso não há lucro, nem prejuízo.

— Para x xp(x 3), temos R C. Logo nesse caso há prejuízo. — Para x xp(x 3), temos R C. Logo nesse caso há lucro.

P y 6 3 3 x 0 R = 2x C = x + 3 Resolução Questão 3

50 75 48 48 0 0573 , – , ≈ 2 48 3 47 51 6 48 ⋅ + ⋅ + = 52 47 51 53 4 50 75 + + + = , 1 2 3 4 47 48 49 50 51 52 53 altura (cm) freqüência . . .

(5)

Dois dados com a forma de tetraedro regular têm as faces numeradas de 1 a 4 e de 7 a 10, respectivamente. Combina-se que ao lançá-los, a face sorteada é a que fica virada para a mesa. Os dois dados são lançados. a) Calcule a probabilidade de serem sorteados dois números cujo produto é par.

b) Represente, num gráfico de setores, as probabilidades de se obter produto par e de se obter produto ímpar, no lançamento desses dois dados.

a) A probabilidade pedida será dada por:

ímpar e ímpar

Resposta:

b) Do enunciado e do item (a), temos: probabilidade graus

1 360

α ∴ α= 270°

Assim:

Prova simples, cujas questões exigiram do candidato apenas conhecimentos teóricos superfíciais e pouca criatividade. produto par produto ímpar 3 4 3 4 1 2 4 2 4 3 4 – ⋅ = Resolução Questão 4

T

T

T

N

N

N

E

E

E

M

M

M

Á

Á

Á

O

O

O

O

O

O

C

C

C

R

R

R

III

(6)

Considere o texto seguinte, para responder às questões de números 1 e 2.

Não existe liberdade sem independência financeira. Ter um currículo turbinado ou uma rede de relaciona-mentos em dia pode perder o valor se você não tiver também uma reserva financeira para sobreviver num momento de transição de emprego.

( Você s/a, setembro de 2005.)

a) Reescreva a primeira oração do texto, substituindo liberdade por perspectivas de futuro e o verbo existir pela locução poder haver.

b) A palavra turbinado está empregada, no contexto, em sentido figurado. Reescreva o trecho — Ter um

currí-culo turbinado — substituindo a palavra em questão por termo ou expressão de sentido não figurado. a) Não pode haver perspectivas de futuro sem independência financeira.

b) A reescrita do trecho, substituindo-se a palavra turbinado por outra de sentido não figurado, poderia ser, por exemplo: Ter um currículo potencializado.

Outros equivalentes, também aceitáveis, poderiam ser os adjetivos: reforçado, incrementado,

desen-volvido, enriquecido.

Reescreva o trecho — se você não tiver também uma reserva financeira para sobreviver —, substituindo a) o conectivo se por

a.1. caso;

a.2. a menos que;

b) o verbo ter pelo verbo dispor.

a) Substituindo a conjunção se, temos respectivamente:

a.1. Caso você não tenha uma reserva financeira para sobreviver. a.2. A menos que você tenha uma reserva financeira para sobreviver. b) Substituindo o verbo ter por dispor, temos:

Se você não dispuser também de uma reserva financeira para sobreviver.

Leia o fragmento a seguir, para responder às questões de números 3 a 5.

Por erro ou má-fé, prefeitos que deixaram contas em desordem podem até acabar na cadeia.

(Época, 10 de janeiro de 2005.)

A posição em que se encontra o trecho em destaque cria uma ambigüidade no texto. Explique em que consiste essa ambigüidade.

Questão 3

Resolução Questão 2

Resolução Questão 1

U

U

U

N

N

N

P

P

P

O

O

OR

R

R

T

T

T

U

U

U

G

G

G

U

U

U

E

E

E

S

S

S

A

A

A

ÍÍÍ

L

L

L

G

G

G A

A

A

(7)

A expressão “por erro ou má-fé” (adjunto adverbial de causa), pela posição em que se encontra, pode es-tar associada tanto a “deixaram” quanto a “podem até acabar”, causando, assim, a ambigüidade no texto.

Ainda considerando o trecho em destaque, responda: a) qual é a circunstância que esse trecho expressa?

b) qual é o dado fornecido pelo fragmento que, pelo sentido, se mostra coerente com a informação contida no trecho?

a) Uma circunstância de causa.

b) Presume-se que a Banca queira saber quais dos dados fornecidos pelos predicados do fragmento são compatíveis com os traços semânticos contidos no adjunto adverbial “por erro ou má-fé”. Sendo assim, pode--se dizer que esse adjunto indica os motivos possíveis de os prefeitos terem deixado suas contas em desor-dem, bem como sugere que esses atos podem ser passíveis de punição. De fato, tanto “erro” quanto “má-fé” pos-suem traços que podem provocar desordem ou motivar uma prisão.

Reescreva o fragmento, colocando o trecho destacado em posição adequada para desfazer a ambigüidade.

Levando em consideração a presumível intenção do enunciador da revista Época, há duas possibilidades de reescritura:

• Prefeitos que, por erro ou má-fé, deixaram contas em desordem podem até acabar na cadeia. • Prefeitos que deixaram, por erro ou má-fé, contas em desordem podem até acabar na cadeia.

80% dos professores são mestres e doutores — índice similar às melhores faculdades públicas brasileiras. (Texto de anúncio publicitário.) O trecho em destaque nesse texto é marcado por quebra de paralelismo entre os termos relacionados pela noção de similaridade.

a) Explique em que consiste essa quebra de paralelismo no contexto dado. b) Reescreva o trecho, eliminando essa impropriedade.

a) A quebra de paralelismo no texto marcado consiste em, ao invés de estabelecer relação de similaridade entre um índice e outro, estabelecer-se relação de similaridade entre “índice” e “faculdades”.

b) ... — índice similar ao das melhores faculdades públicas brasileiras.

Leia o texto, para responder às questões de números 7 a 10.

A China detonou uma bomba e pouca gente percebeu o estrago que ela causou. Assim que abriu as portas para as multinacionais oferecendo mão-de-obra e custos muito baratos, o país enfraqueceu as relações de tra-balho no mundo. Em uma recente análise, a revista inglesa The Economist mostra que a entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial dobrou a força de trabalho. Com isso, o poder de barganha de sindicatos do mundo inteiro teria se esfacelado. Provavelmente por isso, diz a revista, salários e benefícios tenham crescido apenas 11% desde 2001 nas empresas privadas dos Estados Unidos, ante 17% nos cinco anos anteriores.

(Você s/a, setembro de 2005)

Resolução Questão 6

Resolução Questão 5

Resolução Questão 4

Resolução

(8)

a) Transcreva uma oração do texto introduzida pelo pronome relativo que. b) Qual é o antecedente desse pronome, isto é, a palavra a que ele se refere? c) Qual é a função sintática desse pronome na oração em que se encontra?

a) O pronome relativo “que” está introduzindo a seguinte oração subordinada adjetiva: “... que ela causou.” b) Esse pronome relativo está recuperando o substantivo “estrago”.

c) A função sintática exercida é a de objeto direto do verbo causar: ... que (o estrago) ela (China) causou

↓↓ ↓↓

objeto direto sujeito ou

... ela (China) causou o estrago

↓↓ ↓↓

sujeito objeto direto

Transcreva dois trechos do texto em que há emprego de figura de linguagem e informe de que figura se trata, em cada caso.

Na frase “A China detonou uma bomba”, podem ser apontadas duas figuras de linguagem: uma sinédo-que (tipo especial de metonímia) e uma metáfora. A primeira decorre da referência ao país em vez do agente (natural do mesmo país) que, supostamente, haveria acionado o detonador de uma bomba. A segunda se mos-tra no sintagma “detonou uma bomba”, cujo sentido metafórico evoca a semelhança entre a destruição pro-vocada por um artefato explosivo e o efeito devastador para “as relações de trabalho no mundo”, decorrente do ingresso da China na economia globalizada contemporânea.

“Abriu as portas” é expressão metafórica para a política econômica chinesa, desde que permitiu a ação de empresas multinacionais no país.

Em “o país enfraqueceu”, ocorre também sinédoque (ou metonímia), na medida em que o país (o todo) é indicado no lugar da política econômica de abertura ao capital internacional (a parte).

O vocábulo “esfacelado”, referido ao “poder de barganha dos sindicatos do mundo inteiro”, por sua vez, também constitui uma metáfora, pois é empregado no sentido de “destruído” ou “desmantelado”, sabendo-se que, em sentido próprio, significa “gangrenado”.

Finalmente, a expressão “mundo inteiro” constitui uma hipérbole, pois implica a noção de exagero.

Comente o efeito de sentido produzido pelo emprego do futuro do pretérito em — o poder de barganha ...

teria se esfacelado — e do advérbio provavelmente (parte final do texto).

A forma verbal “teria se esfacelado”, que está no futuro do pretérito composto, indica uma ação futura em relação a um marco de referência pretérito: “a entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na eco-nomia mundial dobrou a força de trabalho”. Esse emprego do futuro do pretérito composto produz um efeito de possibilidade, de hipótese, na medida em que não foi possível comprovar esse esfacelamento, conforme a previsão da revista The Economist.

Resolução Questão 9

Resolução Questão 8

Resolução Questão 7

(9)

O advérbio “provavelmente” também produz um efeito de possibilidade, de hipótese, com o objetivo de apresentar uma conseqüência, nos Estados Unidos, do possível esfacelamento do “poder de barganha dos sindicatos do mundo inteiro”. Assim, a diminuição do ritmo de crescimento de “salários e benefícios” nos Esta-dos UniEsta-dos justificaria, em parte, a previsão da revista The Economist.

Considere o seguinte trecho do texto:

Em uma recente análise, a revista inglesa The Economist mostra que a entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial dobrou a força de trabalho.

Redija duas novas versões desse trecho, adotando a voz passiva, a) com agente da passiva expresso em todo o trecho;

b) empregando pronome apassivador, somente na passagem — Em uma recente análise, a revista inglesa The

Economist mostra.

a) A redação com agente expresso em todo o trecho é: Em uma recente análise, é mostrado pela revista inglesa The Economist que a força de trabalho foi dobrada pela entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial.

b) A redação com o pronome apassivador é: Em uma recente análise, mostra-se que a entrada da China, da Índia e da ex-União Soviética na economia mundial dobrou a força de trabalho.

Resolução Questão 10

(10)

Os textos a seguir servem de subsídio para o desenvolvimento de sua redação. Leia-os atentamente. TEXTO 1

Nós, o vexame mundial

A ONU acaba de lançar novo relatório sobre a situação social no mundo. De cara, traz uma notícia incômoda. Afirma que crescimento econômico não reduz, por si só, a desigualdade social. Diz que, se um país cresce, mas não tem programas específicos de combate à desigualdade, os frutos do crescimento acabam na mão dos ricos — e isso, em vez de reduzir, aumenta a desigualdade. A ONU não elege o campeão mundial do mau exemplo. Mas, como também não esconde os dados sobre o Brasil, fica claro que o mau exemplo mundial, de novo, somos nós mesmos. Debulhando os números do relatório, fica-se sabendo que o Brasil é um recordista em desigualdade de renda. Os mais ricos ganham 32 vezes mais que os mais pobres.

A ONU aponta para outro drama mundial da desigualdade — o desemprego. No mundo, há 186 milhões de desempregados. No Brasil, a taxa oficial está em cerca de 10%. O desemprego é sempre mais alto entre os jovens e é uma das explicações para o aumento da criminalidade.

(André Petry, Veja, 31.08.2005. Texto editado.)

TEXTO 2

Entrevista: Peter Lindert

O Brasil gasta mal

O professor americano diz que no país são os mais pobres que contribuem para ajudar os ricos. Somos o avesso de Robin Hood.

Veja: O Brasil destina 25% de seu Produto Interno Bruto para a área social, mas não consegue reduzir a pobreza.

Isso significa que o país deveria gastar mais?

Lindert: Não. Na verdade, o investimento já é muito alto. O problema é que os programas sociais não atendem os

mais pobres. Quase todo o dinheiro é usado para custear o sistema previdenciário dos mais ricos. É um mecanismo distorcido, em que se gasta muito e mal. Essa situação não é uma marca do Brasil ou mesmo da América Latina, a Índia tem problema semelhante. As castas mais baixas pagam impostos para que as mais altas usufruam educação e saúde.

Veja: Qual é a saída para efetivamente ajudar os mais pobres? Criar um sistema em que os gastos sociais sejam

direcionados a grupos específicos? Ou o regime de universalização, utilizado no Brasil, em que todos têm acesso a programas sociais?

Lindert: Essa é uma questão difícil. Para atingir os mais pobres, o Brasil deveria focalizar os gastos diretamente nas

camadas menos favorecidas. Alguns programas brasileiros fazem isso, especialmente os que exigem que a ajuda financeira seja condicionada a algumas exigências, como é o caso do Bolsa-Escola. Para receber o benefício, as famílias têm de matricular os filhos no colégio. Esse é o melhor sistema de direcionamento de gastos sociais que vi no Brasil, mas tem de funcionar corretamente. É importante criar mecanismos para que o sistema funcione.

(Veja, 31.08.2005. Texto editado.)

PROPOSTA

Tomando por referência as idéias expostas nos textos acima e suas próprias informações sobre o assunto, desenvolva uma dissertação a partir do seguinte tema:

DESIGUALDADE SOCIAL: O MAL CRÔNICO DE NOSSO PAÍS

Instruções:

• Não copie nem parafraseie os textos 1 e 2.

• No desenvolvimento do tema, procure utilizar seus conhecimentos e experiências de modo crítico. • Exponha argumentos e fatos para sustentar seu ponto de vista.

• Faça uso da modalidade escrita culta da língua portuguesa.

O

O

O

R

R

R

E

E

E

D

D

D

A

A

Ç

Ç

Ã

Ã

Ã

(11)

Análise da proposta

A Banca solicitou a elaboração de uma dissertação de cerca de 60 linhas, fornecendo um tema explícito:

DESIGUALDADE SOCIAL: O MAL CRÔNICO DE NOSSO PAÍS. Como subsídio para a elaboração da redação,

for-neceu dois fragmentos retirados da mesma edição da revista Veja (31/08/2005).

No primeiro — editado de um texto de André Petry — analisam-se dados recentemente divulgados pela ONU que reafirmam, embora implicitamente, a posição do Brasil como campeão mundial em má distribuição de renda. O relatório da organização noticia que o crescimento econômico não basta para a redução da desigualdade social: a ausência de programas adequados destina os frutos do crescimento aos mais ricos, o que acaba por surtir efeito contrário. O desemprego também é apontado como um grave problema a ser combatido e como uma das principais causas da criminalidade.

O segundo fragmento é um trecho de entrevista concedida por Peter Lindert. Segundo o professor americano, os recursos destinados aos programas sociais em nosso país são suficientemente elevados, mas mal aplicados, não favorecendo quem precisa realmente deles. O Bolsa-Escola é citado como um contra-exemplo bem sucedido, por condicionar o recebimento do dinheiro ao cumprimento de certas exigências, podendo, dessa forma, contribuir para a reeducação e, por extensão, para o efetivo combate à desigualdade.

Encaminhamentos possíveis

Com base na análise da proposta, dois encaminhamentos distintos se mostram viáveis:

• Condenar a utilização dos recursos destinados a programas sociais no Brasil, deixando clara a necessidade de revisão no formato dos já existentes. Para comprovar esse ponto de vista, o candidato poderia citar por exemplo, a criticável valorização de um sistema previdenciário que favorece os mais ricos e ainda a construção de escolas e hospitais que acabam não sendo utilizados por quem mais precisa. Assumir esse posicionamento significa admitir o valor de um certo assistencialismo necessário para a superação de gravíssimos problemas estruturais, como a indigência. Nesse sentido, o assistencialismo deve ser visto como um mal necessário, tratamento de emergência dentro de um processo contínuo de superação gradual.

• Discutir a idéia de que a desigualdade é um mal crônico e, portanto, incurável. Para tal, o candidato poderia refutar as possibilidades assistencialistas oferecidas pelos fragmentos e defender a aplicação de medidas mais drásticas para o rearranjo econômico — por exemplo, uma revolução nacional que estimulasse o capital produtivo e freasse a especulação financeira — como única maneira de obter o efetivo desenvolvimento social.

A Banca da GV mostrou uma boa fórmula para avaliar conhecimento de Língua Portuguesa: solicitar certas operações de reescritura ou de análise de fragmentos recortados de contextos mais amplos.

Por meio de comandos bem elaborados, propôs reescritura de frases, para adaptá-las a certas alterações pro-movidas em algum item da cadeia; permuta de palavras ou expressões por seus equivalentes semânticos; iden-tificação de procedimentos geradores de ambigüidade e sua neutralização por meio de reescritura da frase; reconhecimento de fatos gramaticais no interior do texto; reconhecimento de figuras de linguagem ao longo do texto.

Com isso, procurou-se avaliar o domínio da norma culta escrita; a competência de operar com diferentes mecanismos de construção de sentido; a sensibilidade para reconhecer o uso de recursos retóricos e interpre-tar seus efeitos de sentido.

Como se vê, foi uma prova elaborada por quem sabe o que está fazendo.

T

T

T

N

N

N

E

E

E

M

M

M

Á

Á

Á

O

O

O

O

O

O

C

C

C

R

R

R

III

Referências

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