• Nenhum resultado encontrado

A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA REGULAR DE DANÇA DE SALÃO NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS SEDENTÁRIOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA REGULAR DE DANÇA DE SALÃO NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS SEDENTÁRIOS"

Copied!
15
0
0

Texto

(1)

A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA REGULAR DE DANÇA DE SALÃO NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS SEDENTÁRIOS

Karen Tavares Damasceno Aluna concluinte do CEDF/UEPA karendamasceno@ymail.com Josenaldo Mendes de Souza Professor orientador do CEDF/UEPA Josenaldo.mendes@bol.com.br

Resumo

Sabendo que o fenômeno do envelhecimento está cada vez mais presente no mundo atual torna-se necessário estudar mecanismos que possam ajudar essa crescente população, sendo assim este artigo apresenta o estudo de corte transversal que teve como objetivo investigar a qualidade de vida de idosos praticantes de dança de salão e idosos sedentários. A amostra foi composta de 30 sujeitos com idades entre 60 e 80 anos. Para realização do estudo foi utilizado o questionário SF-36 e após a sua análise verificamos que a dança de salão possibilitou benefícios nos oito domínios da qualidade de vida do teste SF-36. Palavras-chave: Envelhecimento. Dança de salão. Qualidade de Vida. Idosos.

INTRODUÇÃO

O presente artigo surge da preocupação com os problemas oriundos da idade e pelo aumento da população idosa. O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que se repete também aqui no Brasil.(IBGE, 2007). Esse interesse nasce do envolvimento com um grupo de idosos que praticam dança de salão numa academia de Belém, e que veem nesta atividade uma maneira de extravasar seus problemas e amenizar os efeitos causados pelo envelhecimento em sua vida. Notamos as inúmeras produções sobre importância da atividade física no envelhecimento.

Para entendermos a importância da atividade física regular para a qualidade de vida de idosos faz-se necessário conceituar o envelhecimento que segundo Matsudo (2001 apud HEIKKINEN, 1998): “é um fenômeno altamente complexo e variável que é comum a todos os membros de uma determinada espécie, que é progressivo e envolve mecanismos deletérios que afetam a capacidade de desempenhar um número de funções”.

O sedentarismo no idoso gera prejuízos adicionais para sua saúde, o que aumenta a sua inatividade física, criando um ciclo vicioso de deterioração da saúde e da qualidade de vida dessa população (BARBOSA, 2000).

(2)

Estes dados ajudam a inferir que o aumento da expectativa de vida vem sofrendo modificações ao longo dos anos. E isso nos faz refletir sobre a atenção especial que deve ser dada a este fato, pois, devemos conhecer quais mecanismos podem contribuir para que essa crescente população tenha uma vida mais digna e de qualidade.

O fenômeno do envelhecimento levanta algumas questões segundo Okuma (2004 apud SPIDURSO 1989, p.51) “a mais importante dentre essas questões é a de saber se o ciclo de vida aumentado pode ser vivido com qualidade, ou se tratará apenas de um período de aumento de estados patológicos e de morbidade que precede a morte”.

Nesse sentido devemos nos preocupar com a qualidade de vida dos idosos por causa das dificuldades causadas pela idade, que geram desconforto e insegurança no seu bem-estar físico e emocional durante a realização de suas atividades cotidianas.

À medida que um indivíduo envelhece, sua qualidade de vida é fortemente determinada por sua habilidade de manter autonomia e independência. Entendendo-se Qualidade de Vida como “como a percepção subjetiva do indivíduo sobre sua posição na vida dentro do contexto da cultura e dos sistemas de valores em que vive e com relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (OMS, 1998, p. 1). Podemos dizer que ela é um fator determinante para um estilo de vida saudável.

O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo e transversal, tendo como objetivo verificar a qualidade de vida de idosos praticantes de atividade física regular (dança de salão) e idosos sedentários. Para avançar na investigação, observaremos quais os indicadores de qualidade de vida tiveram alterações significativas.

A pesquisa encontra se organizada em seções, que de forma articulada busca discutir o objeto de estudo. Na primeira seção apresentamos um resgate dos elementos para compreensão do objeto de estudo. Na segunda seção explicitamos os materiais e métodos, momento em que demonstramos os instrumentos metodológicos utilizados para realizar a pesquisa. Na terceira seção demonstramos os resultados da pesquisa e na quarta sessão as discussões dos dados coletados sobre a qualidade de vida. Por fim, apresentamos a conclusão do trabalho e apontamos possibilidades de pesquisas futuras.

(3)

1 ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO

O envelhecimento é, sem duvida, um processo biológico cujas alterações determinam mudanças estruturais no corpo e, em decorrência, modificam suas funções. Porém, se envelhecer é inerente a todo ser vivo no caso do homem esse processo assume dimensões que ultrapassam o “simples” ciclo biológico, pois pode acarretar, também, consequências sociais e psicológicas (OKUMA, 1998, p.13).

Na elaboração de um programa de atividade física é importante ter o conhecimento específico sobre a faixa etária em que o indivíduo está inserido e sobre as modificações que ocorrem neste período, além de considerar também as limitações individuais.

Segundo Matsudo & Matsudo (1992) o idoso requer mais tempo para obter os benefícios de um programa regular de atividade física, devendo ser sempre estimulado e orientado com relação a essa característica, cuidando para que não se atinjam níveis de fadiga e exaustão.

Para a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a prescrição de exercícios para esta população deveria contemplar diferentes componentes da aptidão física. Okuma (2004) ressalta que:

“além do significativo impacto que a atividade física regular pode ter na manutenção da capacidade funcional do idoso, ela pode ter efeitos importantíssimos na prevenção e no tratamento de doenças crônicas que podem surgir com o envelhecimento. Isto quer dizer que ela pode diminuir a taxa de mortalidade e de morte precoce, além de preservar a qualidade de vida e o aumento da longevidade em condições ótimas de saúde” (p. 65).

Com o declínio gradual das aptidões físicas, o impacto do envelhecimento e das doenças, o idoso tende a ir alterando seus hábitos de vida e rotinas diárias por atividades e formas de ocupação pouco ativas. Os efeitos associados podem acarretar numa redução no desempenho físico, na habilidade motora, na capacidade de concentração e de coordenação, gerando processos de apatia, insegurança, perda da motivação, isolamento social e a solidão (GOBBO, 2005).

O envelhecimento está associado a uma variedade de limitações físicas e psicológicas. Frequentemente, isso torna difícil para os indivíduos desempenhar certas ações. Dependendo de sua motivação, circunstanciais ambientais e reações à incapacidade,

(4)

aqueles que são assim afetados podem também ficar inválidos (incapazes de desempenhar as atividades desejadas). A conseqüência de tal invalidez é uma deterioração na qualidade de vida. (MATSUDO. 2001, p.19).

No final da década de 90 a Oms (1998, pg.1) lançou uma política sobre envelhecimento ativo afirmando que a prática de se manter ativo pode ajudar os idosos a permanecerem tão independentes quanto possível pelo maior período possível de tempo, também ajudando, assim, na redução de riscos de quedas. Esta instituição reconhece que a atividade física possui um papel preventivo e também de reabilitação, e que quanto mais cedo o seu início na vida de um indivíduo, melhor.

Ela define atividade física como “todo movimento cotidiano, incluindo trabalho, AVDs, recreação, exercício e atividades esportivas”. Relata ainda que alguns dos benefícios da prática regular de atividade física para indivíduos com 50 anos ou mais são os diminuir ou reverter vários “perigos” físicos, psicológicos e sociais que acompanham o avançar da idade.

Um dos maiores desafios são as mudanças e consolidação de hábitos e estilos de vida saudáveis, fato este que assume características mais acentuadas nos idosos, uma vez que, provavelmente, tais hábitos e estilos estão consolidados e incorporados em suas vidas há muito tempo. Haja vista a multifatoriedade de se envelhecer com qualidade, é necessário intervir de diversas formas por diferentes profissionais.

Barbosa (2000, p. 19) aponta a importância da adaptação dessas pessoas ao seu novo estado físico, psicológico e social, pois “não estar adaptado, significa acelerar o processo de envelhecimento”.

Já para Araújo (2001, p. 34) “o envelhecimento torna-se acelerado quando o indivíduo vive em um ambiente indesejado”, trazendo à tona, então, a importância do contexto sociocultural para os idosos.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Esta pesquisa caracteriza-se por ser do tipo descritivo com abordagem qualitativa, que para Oliveira (2007, p.68) “[...] vai além do experimento: procura analisar fatos e/ou fenômenos, fazendo uma descrição detalhada da forma como se apresentam esses fatos e fenômenos [...]”.

(5)

Orientada por este tipo de estudo é que utilizo a pesquisa de campo, através de um corte transversal por entender que esta se enquadra na proposta apresentada. Ao utilizarmos este tipo de pesquisa, concordamos com Gaya (2008, p.79) onde afirma “[...] nos estudos de corte transversal, poderíamos imaginar uma série de fotos, de imagens recortadas em dado período temporal [...]”. Para, além disso, o autor considera também que isto depende do objetivo da investigação.

A amostra estudada foi constituída por 30 idosos, de ambos os sexos, sendo 15 praticantes de dança de salão (50%) e 15 idosos sedentários (50%), com idade igual ou superior a 60 anos. O primeiro grupo (Grupo A) frequenta uma academia de Belém/PA com frequência mínima de duas sessões semanais com duração de 60 minutos há pelo menos três meses e o segundo grupo (Grupo B) não pratica nenhum tipo de atividade física.

Para a coleta de dados, aplicamos o questionário em cinco dias, sendo que nos dois primeiros dias foram entrevistados os idosos praticantes de atividade física regular, e nos outros três dias foram entrevistados os idosos sedentários.

Para avaliar a qualidade de vida dos idosos foi empregado o instrumento SF-36(Medical Outcomes Study 36 – Item Short Form Health Survey). É um questionário multidimensional, composto por 36 itens, com duas a seis possibilidades de resposta objetivas, distribuídas em oito domínios, que podem ser agrupadas em dois grandes componentes: componente físico (domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor e estado geral de saúde) e o componente mental (domínios: saúde mental, vitalidade, aspectos sociais e aspectos emocionais). O individuo recebe um escore em cada domínio, que varia de 0 a 100 sendo 0 o pior escore e 100 o melhor.

Todos os voluntários assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A identidade dos voluntários foi preservada e todas as informações se mantiveram em sigilo, onde apenas os pesquisadores tinham acesso às respostas. Durante as coletas, os voluntários tiveram total liberdade para abandonar a pesquisa, sem qualquer prejuízo ou inconveniência.

Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva composta por média e desvio padrão. O Mann-Whitney Test foi utilizado para verificar se existiam diferenças significativas entre o grupo ativo e o sedentário, e a significância estabelecida foi de p≤0,05.

(6)

3 RESULTADOS

Para o questionário de qualidade de vida SF-36, os valores médios obtidos de cada domínio, na tabela 1, para cada grupo foi:

Tabela 1: Comparação do Grupo A x Grupo B DOMÍNIOS DO

SF-36

GRUPO A GRUPO B

MÉDIA D.P MÉDIA D. P. Significância Capacidade Funcional (CF) 79.33 ± 9.03 69.66 ± 21.08 P<0.05 Limitação por Aspectos Físicos (LAF) 88.33 ± 28.13 78.33 ± 15.99 P<0.05 Dor (D) 51.66 ± 9.57 45.66 ± 6.71 P>0.05 Estado Geral da Saúde (EGS) 40.33 ± 12.45 37.00 ± 4.92 P<0.05 Vitalidade (V) 53.00 ± 13.60 52.33 ± 6.51 P<0.05 Aspectos Sociais (AS) 48.33 ± 12.38 47.50 ± 8.45 P>0.05 Limitação por Aspectos Emocionais (LAE) 66.66 ± 33.33 57.77 ± 46.23 P>0.05 Saúde Mental (SM) 53.86 ± 4.98 45.86 ± 9.42 P<0.05

Com relação à capacidade funcional (CF) o grupo A apresentou média de 79,33%, o grupo B apresentou média de 69,66% sendo que os dois grupos apresentaram diferença estatisticamente significativa.

(7)

Com relação ao domínio Limitação por Aspectos Físicos (LAF) o grupo A apresentou média de 88,33%; o grupo B apresentou média de 78,33%; sendo que os dois grupos apresentaram diferença estatisticamente significativa.

Gráfico 2 – Limitação por Aspectos Físicos de Idosos

MÉDIA Grupo A Grupo B

(8)

Com relação à dor (D) o grupo A apresentou média de 51,66%; o grupo B apresentou média de 45,66%; sendo que os dois grupos não apresentaram diferença estatisticamente significativa.

Gráfico 3 – Domínio Dor de Idosos

Com relação ao Estado Geral da Saúde (EGS) o grupo A apresentou média de 40,33%; o grupo B apresentou média de 37%; sendo que os dois grupos apresentaram diferença estatisticamente significativa.

Gráfico 4 – Estado Geral da Saúde de Idosos

MÉDIA Grupo A Grupo B

(9)

Com relação à Vitalidade (V) o grupo A apresentou média de 53%; o grupo B apresentou média de 52,33%; sendo que os dois grupos apresentaram diferença estatisticamente significativa.

Gráfico 5 – Domínio Vitalidade de Idosos

MÉDIA Grupo A Grupo B MÉDIA Grupo A Grupo B

(10)

Com relação ao domínio Aspectos Sociais (AS) o grupo A apresentou média de 48,33%; o grupo B apresentou média de 47,5%; sendo que os dois grupos não apresentaram diferença estatisticamente significativa.

Gráfico 6 – Aspectos Sociais de Idosos

Com relação à Limitação por Aspectos Emocionais (LAE) o grupo A apresentou média de 66,66%; o grupo B apresentou média de 57,77%; sendo que os dois grupos não apresentaram diferença estatisticamente significativa.

Gráfico 7 – Limitação por Aspectos Emocionais de Idosos

MÉDIA Grupo A Grupo B

(11)

Já com relação à Saúde Mental (SM) o grupo A apresentou média de 53,86%; o grupo B apresentou média de 45,86%; sendo que os dois grupos apresentaram diferença estatisticamente significativa.

Gráfico 8 – Saúde Mental de Idosos

A partir dos dados coletados e da análise das informações, podemos realizar algumas ponderações sobre cada domínio.

(12)

4 REPERCUSSÕES DA DANÇA DE SALÃO SOBRE ALGUNS INDICADORES DE QUALIDADE DE VIDA

Na Tabela 1, considerando-se que os escores do SF-36 em cada domínio podem variar de zero a 100, sendo zero a pior nota e 100 a melhor, os resultados mostram que os domínios dos praticantes de dança de salão foram maiores em relação aos não praticantes de atividade física.

Conforme observamos no gráfico 1, ocorreu uma discrepância entre o grupo A e o B, tendo o primeiro alcançado maior média de pontuação. Isso pode ter ocorrido em decorrência da consciência corporal dos entrevistados, por ocasião das respostas ao questionário.

A escala ou domínio de avaliação da capacidade funcional “avalia tanto a presença como a extensão das limitações relacionadas à capacidade física” (CICONELLI, 1997, p. 18). Podemos observar que o grupo A, ou seja, o que realiza dança de salão, apresentou melhor pontuação em relação ao grupo B, com significância nos resultados.

No domínio Dor, não houve significância entre os resultados apresentados pelos dois grupos. Pode-se concluir que, para a presente amostra, a prática não alterou os níveis de dor na realização das AVD.

Já o Estado Geral da Saúde apresentou diferença significativa entre os dois grupos. Com significância entre os resultados apresentados, o grupo que pratica atividade física regular apresentou melhor pontuação que o grupo sedentário.

A escala ou domínio de avaliação de vitalidade engloba “tanto o nível de energia, como o de fadiga” (CICONELLI, 1997, p. 18). Houve significância entre os grupos, sendo as médias apresentadas quase iguais, com o grupo A superando o grupo B. Esse domínio trata dos itens que levam em consideração o nível de energia e de fadiga dos entrevistados.

O domínio Aspectos Sociais analisa como o indivíduo se integra em atividades sociais. Não houve significância entre os grupos. Ainda assim o primeiro grupo apresentou uma pequena superioridade de pontuação em relação ao grupo de pessoas sedentárias. Toscano e Oliveira (2008) identificaram que os contatos sociais entre os idosos demonstram ser componentes valiosos para boa qualidade de vida quanto ao status de saúde.

(13)

O domínio Limitação por Aspectos Emocionais também não apresentou significância entre os dois grupos. Observamos um desvio padrão com valor superior ao dos demais domínios dos grupos avaliados. Esse fato pode ser decorrente da forma como o quesito é avaliado no questionário, com um universo de respostas reduzido a sim ou não em apenas dois aspectos.

A Saúde Mental é o domínio que inclui questões sobre ansiedade, depressão alterações no comportamento e bem-estar psicológico. Pode-se verificar que houve significância nos resultados apresentados, com o grupo A destacando-se positivamente em relação ao grupo B. Esse domínio busca avaliar, em seus questionamentos, qual a medida de tempo em que o entrevistado se sente, por exemplo, calmo ou nervoso, animado ou abatido, feliz ou desanimado.

Segundo Araújo (2001, p. 28) programas adequados de atividade física ajudam o “organismo a diminuir o seu processo degenerativo, prolongando, então o tempo de vida saudável”. Ainda segundo esta autora, a atividade física ajuda também “os idosos a entender as transformações pelas quais passam dentro das esferas biológicas (limitações físicas), psíquicas (morte de pessoas conhecidas) e sociais (perdas econômicas, produto da aposentadoria, perda da família, solidão e outros)” (ARAÚJO, 2001 pg.32).

A maioria das evidências mostra que a dança de salão possibilitou benefícios aos idosos, desta forma é possível caracterizá-la como uma importante atividade em

programas voltados para terceira idade. Como afirma Santana etal. (2009, p.5) “a arte

de dançar é muito além de aprender um passo ou de melhorar o condicionamento físico, existe em sua prática, fatores intrínsecos do relacionamento social e humano”. Um envelhecimento bem sucedido está ligado à qualidade de vida do idoso, com isso a atividade física se torna de suma importância para uma melhor condição na velhice. Por este motivo faz-se necessário o estímulo à adoção de estilo de vida mais ativo, já que idoso que são fisicamente inativas apresentam mais chances de apresentarem alguma doença. Pois, a dança de salão está associada com a melhora da saúde, com a redução da morbidade e mortalidade além de proporcionar melhoras nos aspectos psicológicos e sociais das pessoas que a praticam regularmente.

(14)

No presente trabalho, fica clara a importância de se desenvolver estudos como esse, o qual visa à obtenção de dados que caracterizam a qualidade de vida e o bem-estar dos idosos. Através de estudos como esse se abre caminho para melhor atender às dificuldades específicas e dinamizar medidas adequadas a essa faixa da população, que é crescente.

Conclui-se que a prática regular de dança de salão é de fundamental importância para uma qualidade de vida saudável e ativa para pessoas idosas. Dentre os inúmeros benefícios gerados por este tipo de hábito de vida podemos citar a autonomia física, mental e social para a realização das tarefas diárias além dos ajustes fisiológicos.

Cabe aqui ressaltar a importância da continuidade de pesquisas nesse campo de estudo, através de outros protocolos e formas de pesquisas, sempre com o objetivo comum, científico, de demonstrar a real importância do exercício e do educador físico para a vida das pessoas em nossa sociedade.

THE INFLUENCE OF A REGULAR PROGRAM OF BALLROM DANCIG IN THE QUALITY OF LIFE OF ELDERLY SEDENTARY

Abstract

Knowing that the phenomenon of ageing is increasingly present in today's world and it is necessary to study mechanisms that can help this growing population is that this article presents the cross-sectional study that aimed to investigate the quality of life of elderly ballroom dance practitioners. The sample was composed of 30 subjects aged between 60 and 80 years. For completion of the study was used the SF-36 questionnaire and after his examination we found that the ballroom dancing has benefits in the eight domains of quality of life SF-36 test.

Keywords: Aging. Ballroomdance.Qualityoflife.Elderly.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, K. B. G. O resgate da memória no trabalho com idosos: o papel da educação física. Campinas, São Paulo: [s.n.], dissertação de mestrado, 2001.

BARBOSA, R. M. dos S. P. Educação física Gerontológica. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

CICONELLI, R. M. Tradução para o português e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida ‘Medical OutcomesStudy 36-item short form Health Survey (SF-36)’. Tese (Doutorado), Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal deSão Paulo, São Paulo, 1997.

(15)

GARAUDY, R. Dançar a vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.

GIL, A.C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GOBBO, D. E.A dança de salão como qualidade de vida para a terceira idade. Revista de Educação Física, Uniandrade, Curitiba, Ano I, v2, 2005.

LOPES, K. M; OLIVEIRA, R. J. Envelhecimento, depressão e exercício. In: DANTAS, E. H. M: OLIVEIRA, R. J. Exercício, Maturidade e Qualidade de Vida. 2. ed.Rio de Janeiro:Shape,2003.p.267-286.

MATSUDO, M. M. Envelhecimento e Atividade física. Londrina: Midiograf, 2001.

NANNI, D. Ensino da Dança. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

OKUMA, S. S. O Idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. 3. ed. São Paulo: Papirus, 2004. 208 p.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Versão em português dos instrumentos de avaliação de qualidade de vida (WHOQOL) 1998. Divisão de Saúde Mental Grupo WHOQOL. Disponível em:< http://www.ufrgs.br/psiq/whoqol-100.html>. Acesso em: 15 Mar. 2013.

REZENDE, M. CALDAS, C. P. A dança de salão promoção da saúde do idoso. 2003.

SANTANA, S. P. S.; CORRADINI, A. M; CARNEIRO; R. H. A dança de salão e seus benefícios motores, cognitivos e sociais. In: ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE

INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE, 15, 2009, Campinas.

TODARO, M. A. Dança: uma interação entre o corpo e a alma dos idosos. 2001.104f. Dissertação (Mestrado em Gerontologia)-Faculdade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.

TOSCANO J.J.O; OLIVEIRA A.C.C. Qualidade de Vida em Idosos com Disintos Níveis de Atividade Física. RevBrasMed Esporte – Vol. 15, Nº 3 – Mai/Jun, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 20 Abr. 2013.

Referências

Documentos relacionados

Sendo assim, esse trabalho é um estudo de caso cujo a finalidade é identificar os riscos dos principais processos de uma Indústria farmacêutica através do desenvolvimento

Como se pode perceber, ao final dessa apreciação do brincar como instrumento para o desenvolvimento sociocognitivo, os brinquedos e as brincadeiras são objetos e atividades

O presente trabalho tem como objetivo geral avaliar a precisão do Modelo Digital de Terreno - MDT, gerado a partir dos dados obtidos por imagens digitais de um Veículo Aéreo

Resumo O presente artigo tem como objetivo analisar a importância do brincar para o desenvolvimento afetivo da criança de 0 a 6 anos, como também identificar as concepções

Em relação ao Respondente4 ele já havia usado a ferramenta em outra instituição antes de iniciar suas atividades na UTFPR Campus Pato Branco e é possível creditar sua

Neste trabalho foram analisados os dados coletados em perímetro urbano e rural no município de Serranópolis do Iguaçu com a finalidade de investigar e avaliar o

Obtivemos as respostas listadas a seguir: Sujeito 1: “Brincar na educação infantil é muito importante para o desenvolvimento da criança que nessa fase tem o lúdico como elemento

No Quadro 14, está a representação da incompatibilidade número 10 onde na modelagem BIM, conforme o projeto estrutural, a passagem da eletrocalha foi projetada a 2,97m