DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO
DE JOSÉ DA PENHA
Setembro/2005
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
RIO GRANDE DO NORTE
PROJETO CADASTRO
DE FONTES DE
ABASTECIMENTO POR
ÁGUA SUBTERRÂNEA
CPRM
Ser vi ço Geológi co do Brasi l Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral Secretaria de Desenvolvimento Ener géti co Mi nistério de Minas e Energia
CPRM - SE RV I ÇO G EOLÓ GIC O DO BR AS I L P ROD EE M - PRO G RAM A DE DESEN VOL VIM ENTO ENERGÉTICO DOS ESTADOS E M UNI CÍPI OS
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
Silas Rondeau Cavalcante Silva
Ministro de Estado
SECRETARIA EXECUTIVA
Nelson José Hubner Moreira
Secretário Executivo
SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E
DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO
Márcio Pereira Zimmermam
Secretário
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO
E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
Cláudio Scliar
Secretário
PROGRAMA LUZ PARA TODOS
Aur élio Pav ão
Diretor
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ENERG ÉTICO DOS ESTADOS E
MUNICÍPIOS PRODEEM
Luiz Carlos Vieira
Diretor
SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM
Agamenon S érgio Lucas Dantas
Diretor-Presidente
Jos é Ribeiro Mendes
Diretor de Hidrologia e Gest ão Territorial
Manoel Barretto da Rocha Neto
Diretor de Geologia e Recursos Minerais
Álvaro Rog ério Alencar Silva
Diretor de Administra ção e Finan ças
Fernando Pereira de Carvalho
Diretor de Rela ções Institucionais e Desenvolvimento
Frederico Cl áudio Peixinho
Chefe do Departamento de Hidrologia
Fernando Antonio Carneiro Feitosa
Chefe da Divisão de Hidrogeologia e Explora ção
Ivanaldo Vieira Gomes da Costa
Superintendente Regional de Salvador
Jos é Wilson de Castro Tem óteo
Superintendente Regional de Recife
H élbio Pereira
Superintendente Regional de Belo Horizonte
Darlan Filgueira Maciel
Chefe da Resid ência de Fortaleza
Francisco Batista Teixeira
Ministério de Minas e Energia
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético
Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
Programa Luz Para Todos
Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEM
Serviço Geológico do Brasil - CPRM
Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial
PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR
ÁGUA SUBTERRÂNEA
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE JOSÉ DA PENHA
ORGANIZA ÇÃO DO TEXTO
Breno Augusto Beltrão Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha
João de Castro Mascarenhas Luiz Carlos de Souza Junior Saulo de Tarso Monteiro Pires Valdecí lio Galvão Duarte de Carvalho
Recife
Setembro/2005
CPRM - Serviç o Geoló gico do Brasil
Projeto cadastro de fontes de abastecimento por á gua subterrâ nea. Diagnó stico do municí pio de José da Penha, estado do Rio Grande do Norte / Organizado [por] Joã o de Castro Mascarenhas, Breno Augusto Beltrã o, Luiz Carlos de Souza Junior, Saulo de Tarso Monteiro Pires, Dunaldson Eliezer Guedes Alcoforado da Rocha, Valdecí lio Galvã o Duarte de Carvalho. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005.
11 p. + anexos
“ Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrâ nea, estado do Rio Grande do Norte.”
1. Hidrogeologia – Rio Grande do Norte - Cadastros. 2. Água subterrâ nea – Rio Grande do Norte - Cadastros. I. Mascarenhas, Joã o de Castro org. II. Beltrã o, Breno Augusto org. III. Souza Jú nior, Luiz Carlos de org. IV. Pires, Saulo de Tarso Monteiro org. V. Rocha, Dunaldson Eliezer Guedes Alcoforado da org. VI. Carvalho, Valdecí lio Galvã o Duarte de org. VII. Tí tulo.
CDD 551.49098132
COORDENA ÇÃO GERAL
Frederico Cláudio Peixinho - DEHID
COORDENA ÇÃO T ÉCNICA
Fernando Ant ônio C. Feitosa - DIHEXP
COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
Jos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP
APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVO
Sara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP
COORDENA ÇAO REGIONAL
Jaime Quintas dos S. Colares - REFO Francisco C. Lages C. Filho - RESTE Jo ão Alfredo C. L. Neves - SUREG-RE Jo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-RE Jos é Alberto Ribeiro - REFO
Jos é Carlos da Silva - SUREG-RE Luiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SA Oderson A. de Souza Filho - REFO
EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO SUREG-RE
Ari Teixeira de Oliveira Breno Augusto Beltr ão Cícero Alves Ferreira Cristiano de Andrade Amaral Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha Franklin de Moraes
Frederico Jos é Campelo de Souza Jardo Caetano dos Santos Jo ão de Castro Mascarenhas Jorge Luiz Fortunato de Miranda Jos é W ilson de Castro Temoteo Luiz Carlos de Souza J únior Manoel Julio da Trindade G. Galv ão Saulo de Tarso Monteiro Pires S érgio Monthezuma Santoianni Guerra Simeones N éri Pereira
Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho Vanildo Almeida Mendes
SUREG-SA
Edmilson de Souza Rosas Edvaldo Lima Mota
Hermínio Brasil Vilaverde Lopes Jo ão Cardoso Ribeiro M. Filho Jos é Cl áudio Viegas Luis Henrique Monteiro Pereira Pedro Ant ônio de Almeida Couto V ânia Passos Borges
SUREG-BH
Ang élica Garcia Soares Eduardo Jorge Machado Sim ões Ely Soares de Oliveira Haroldo Santos Viana
Reynaldo Murilo D. Alves de Brito
REFO
Ân gelo Tr évia Vieira Felicíssimo Melo Francisco Alves Pessoa J áder Parente Filho
Jos é Roberto de Carvalho Gomes Liano Silva Veríssimo
Luiz da Silva Coelho Rob ério B ôto de Aguiar
RESTE
Antonio Reinaldo Soares Filho Carlos Ant ônio Luz Cipriano Gomes Oliveira Heinz Alfredo Trein Ney Gonzaga de Souza
EM DESTAQUE
Almir Ara újo Pacheco- SUREG-BE Ana Cl áudia Vieiro – SUREG-PA Bráulio Rob ério Caye - SUREG-PA Carlos J. B. Aguiar - SUREG-MA Geraldo de B. Pimentel – SUREG-PA Paulo Pontes Ara újo – SUREG-BE Tom ás Edson Vasconcelos - SUREG-GO
RECENSEADORES
Ac ácio Ferreira Júnior Adriana de Jesus Felipe Alerson Falieri Suarez Almir Gomes Freire – CPRM Ân gela Aparecida Pezzuti Antonio Celso R. de Melo - CPRM Antonio Edílson Pereira de Souza Antonio Jean Fontenele Menezes Antonio Manoel Marciano Souza Antonio Marques Honorato Armando Arruda C. Filho - CPRM Carlos A. G óes de Almeida - CPRM Celso Viana Marciel
Cícero Ren é de Souza Barbosa Cl áudio Marcio Fonseca Vilhena Claudionor de Figueiredo Cleiton Pierre da Silva Viana Cristiano Alves da Silva Edivaldo Fateicha - CPRM Eduardo Benevides de Freitas Eduardo Fortes Cris óstomos Eliomar Coutinho Barreto Emanuelly de Almeida Le ão Emerson Garret Menor Emicles Pereira C. de Souza Ér ika Peconnick Ventura Erval Manoel Linden - CPRM Ewerton Torres de Melo F ábio de Andrade Lima F ábio de Souza Pereira F ábio Luiz Santos Faria Francisco Augusto A. Lima Francisco Edson Alves Rodrigues Francisco Ivanir Medeiros da Silva Francisco Jos é Vasconcelos Souza Francisco Lima Aguiar Junior Francisco Pereira da Silva - CPRM Frederico Antonio Araújo Meneses Geancarlo da Costa Viana Genivaldo Ferreira de Ara újo Gustavo Lira Meyer Haroldo Brito de Sá Henrique Cristiano C. Alencar Jamile de Souza Ferreira Jaqueline Almeida de Souza Jeft é Rocha Holanda Jo ão Carlos Fernandes Cunha Jo ão Luis Alves da Silva Joelza de Lima En éas Jorge Hamilton Quidute Goes Jos é Carlos Lopes - CPRM Joselito Santiago Lima Josemar Moura Bezerril Junior Julio Vale de Oliveira K ênia Nogueira Di ógenes Marcos Aurélio C. de G óis Filho Matheus Medeiros Mendes Carneiro Michel Pinheiro Rocha
Narcelya da Silva Ara újo Nic ácia D ébora da Silva Oscar Rodrigues Acioly Júnior Paula Francinete da Silveira Baia Paulo Eduardo Melo Costa Paulo Fernando Rodrigues Galindo Pedro Hermano Barreto Magalh ães Raimundo Correa da Silva Neto Ramiro Francisco Bezerra Santos Raul Frota Gon çalves
Saulo Moreira de Andrade -CPRM S érvulo Fernandez Cunha Thiago de Menezes Freire Valdirene Carneiro Albuquerque Vicente Calixto Duarte Neto - CPRM Vilmar Souza Leal – CPRM Wagner Ricardo R. de Alkimim Walter Lopes de Moraes Junior
TEXTO
ORGANIZA ÇÃO
Breno Augusto Beltr ão
Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha Jo ão de Castro Mascarenhas Luiz Carlos de Souza Junior Saulo de Tarso Monteiro Pires Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO E DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS
Breno Augusto Beltr ão
Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha Jo ão de Castro Mascarenhas Luiz Carlos de Souza J únior Saulo de Tarso Monteiro Pires Valdecílio Galv ão Duarte de Carvalho
ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS
Breno Augusto Beltr ão
FIGURAS ILUSTRATIVAS
Aloízio da Silva Leal
Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino Jaqueline Pontes de Lima
N úbia Chaves Guerra Waldir Duarte Costa Filho
MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUA
Robson de Carlo Silva
Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino
BANCO DE DADOS
Desenvolvimento dos Sistemas
Josias Barbosa de Lima Ricardo C ésar Bustillos Villafan
Coordena ção
Francisco Edson Mendonça Gomes
Administra ção
Eriveldo da Silva Mendon ça
EDITORA ÇÃO ELETR ÔN ICA
Aline Oliveira de Lima
Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino Jaqueline Pontes de Lima
SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃO
Claudio Scheid Jos é Pessoa Veiga Junior Manoel J úlio da T. Gomes Galv ão
ANALISTA DE INFORMA ÇÕE S
Dalvanise da Rocha S. Bezerril
APRESENTAÇÃ O
A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir
conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do
Brasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia,
ações visando o aumento da oferta hí drica, que estão inseridas no Programa de
Água Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas do
governo federal.
Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial,
desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa e
interdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão social
e redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outras
instituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular,
dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas da
região nordestina.
É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes de
Abastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, que
engloba os estados do Piauí , Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espí rito Santo. Embora com
múltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades do
PRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições de
receber sistemas de bombeamento por energia solar.
Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério de
Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e
Transformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para dar
suporte aos programas de desenvolvimento da região, com informações
consistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsí dios ao Programa Fome Zero, no
tocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome das
comunidades sertanejas do semi-árido nordestino.
José Ribeiro Mendes
Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial
CPRM – Serviço Geológico do Brasil
SUMÁ RIO
APRESENTAÇÃO
1. INTRODU ÇÃO
1
2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA
1
3. METODOLOGIA
2
4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍ PIO DE JOS É DA PENHA
2
4.1 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO
2
4.2 - ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS
3
4.3 - ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
3
4.4 - GEOLOGIA
4
5. RECURSOS HÍ DRICOS
5
5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS
5
5.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
5
5.2.1 - DOMÍ NIOS HIDROGEOL ÓGICOS
5
6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS
6
6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS
9
7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES
10
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS
11
ANEXOS
1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO
2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de José da Penha Estado do Rio Grande do Norte
1
1. INTRODU ÇÃO
O Polígono das Secas apresenta um regime pluviom étrico marcado por extrema irregularidade de chuvas, no tempo e no espa ço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave ao desenvolvimento socioecon ômico e, at é mesmo, à subsist ência da popula ção. A ocorr ência cíclica das secas e seus efeitos catastr óficos s ão por demais conhecidos e remontam aos prim órdios da hist ória do Brasil.
Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regi ões, atrav és de uma gest ão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterr âneos. Entretanto, a car ência de estudos de abrang ência regional, fundamentais para a avaliação da ocorr ência e da potencialidade desses recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gest ão eficiente. Al ém disso, as decis ões sobre a implementa ção de a ções de conviv ência com a seca exigem o conhecimento b ásico sobre a localiza ção, caracteriza ção e disponibilidade das fontes de água superficiais e subterr âneas.
Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contexto emergencial, como é o caso das secas, merece aten ção a utilização das fontes de abastecimento de água subterr ânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da população e dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos os setores, tanto do n úmero quanto da situa ção das captações existentes, fato este agravado quando se observa a grande quantidade de captações de água subterr ânea no semi- árido, principalmente em rochas cristalinas, desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casos passíveis de serem solucionados com a ções corretivas de baixo custo.
Para suprir as necessidades das institui ções e demais segmentos da sociedade atuantes na regi ão nordestina, no atendimento à popula ção quanto à garantia de oferta hídrica, principalmente nos momentos críticos de estiagem, a CPRM est á executando o Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dos prop ósitos apresentados pelo Minist ério de Minas e Energia.
Este Projeto tem como objetivo a realiza ção do cadastro de todos os po ços tubulares, po ços
amazonas representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km2 da regi ão Nordeste do
Brasil, excetuando-se as áreas urbanas das regi ões metropolitanas.
2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA
A área de abrang ência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados do Piauí, Cear á, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo.
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de José da Penha Estado do Rio Grande do Norte
2
3. METODOLOGIA
O planejamento operacional para a realização desse projeto teve como base a experi ência da CPRM nos projetos de cadastramento de po ços dos estados do Cear á e Sergipe, executados com sucesso em 1998 e 2001, respectivamente.
Os trabalhos de campo foram executados por microrregi ão, com áreas variando de 15.000 a
25.000 km2. Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois t écnicos da CPRM e
composta, em m édia, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos de Geologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM.
O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterr ânea (po ço tubular, poço escavado e fonte natural), com determinação das coordenadas geogr áficas pelo uso do
Global Positioning System (GPS) e obtenção de todas as informações passíveis de serem coletadas
atrav és de uma visita t écnica (caracterização do poço, instalações, situa ção da captação, dados operacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geol ógicos e hidrol ógicos).
Os dados coletados foram repassados sistematicamente á Divis ão de Hidrogeologia e Explora ção da CPRM, em Fortaleza, para, ap ós rigorosa an álise, alimentarem um banco de dados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, possibilitaram a elabora ção de um mapa de pontos d’ água, de cada um dos municípios inseridos na área de atua ção do Projeto, cujas informa ções s ão complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio e compreens ão acessível a diferentes usu ários.
Na elabora ção dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartogr áfica os mapas municipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartas topogr áficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dados referentes aos po ços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final e impress ão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limites municipais foi cedida pelo IBGE.
H á municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapa municipal. Tais casos ocorrem devido à imprecis ão nos tra çados desses limites, seja pela pequena escala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentes na cartografia estadual, ou talvez devido a informa ções incorretas prestadas aos recenseadores ou, simplesmente, erro na obten ção das coordenadas.
Al ém desse produto impresso, todas as informa çõe s coligidas est ão disponíveis em meio digital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualiza ção.
4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE JOS É DA PENHA 4.1 - Localiza ção e Acesso
O município de Jos é da Penha situa-se na mesorregi ão Oeste Potiguar, limitando-se com os municípios de Riacho de Santana, Paran á, Major Sales, Marcelino Vieira e Luis Gomes, abrangendo uma área de 96 km², inseridos na folha Pau dos Ferros (SB.24-Z-A-II), na escala 1:100.000, editada pela SUDENE.
A sede do município tem uma altitude m édia de 264 m e coordenadas 06°19’01,2” de latitude sul e 38°16’51,6” de longitude oeste, distando da capital cerca de 416 km, sendo seu acesso, a partir de Natal, efetuado através das rodovias pavimentadas BR-304 e BR-405.
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de José da Penha Estado do Rio Grande do Norte
3 Paraíba Ceará Ceará Paraíba Paraíba Oceano A tlântico Escala Grá fica 0 16 32 48 64km Legenda Sede do município Rodovi a Federal Rodovi a Estadual Limite Municipal Limite Estadual N
Figura 2 - Mapa de acesso rodovi ário
4.2 - Aspectos Socioecon ômicos
O município de Jos é da Penha foi criado pela Lei n° 2.351, de 31/12/1958, desmembrado de Luís Gomes.
Segundo o censo de 2000, tem uma população total residente de 5.908 habitantes, dos quais 2.891 s ão do sexo masculino (48,90%) e 3.017 do sexo feminino (51,10%), sendo que 3.287 vivem na área urbana (55,60%) e 2.621 na área rural (44,40%). A população atual estimada é de 6.144
habitantes (IBGE/2005). A densidade demogr áfica é de 61,67 hab/km2.
A rede de sa úde disp õe 01 Hospital, 01 Centro de Sa úde e 01 Posto de Sa úde. Na área educacional, o município possui 19 estabelecimentos de ensino, sendo 01 de ensino Pr é-escolar, 17 de ensino fundamental e 01 de ensino m édio. Da popula ção total, 58,80% s ão alfabetizados.
O município possui 1.488 domicílios permanentes, sendo 877 na área urbana e 611 na área rural. Destes, 902 est ão conectados à rede geral de água, 223 são abastecidos atrav és de po ço ou nascente e 363 por outras fontes. Existem apenas 83 domicílios ligados à rede geral de esgotos e 718 t êm coleta regular de lixo.
As principais atividades econ ômicas s ão: agropecu ária, extrativismo e com ércio. Em rela ção à infra-estrutura, o município possui 01 Ag ência dos Correios e 45 empresas com CNPJ atuantes no com ércio atacadista e varejista.(Fonte: IDEMA – 2001).
No ranking de desenvolvimento, Jos é da Penha est á em 90º lugar no estado (90/167 municípios) e em 4.145º lugar no Brasil (4.145/5.561 municípios) Fonte: (www.desenvolvimentomunicipal.com.br).
O IDH-M=0,629 (Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil – www. FJP.gov.br/produtos/cees/idh/Atlas_idh.php).
4.3 - Aspectos Fisiográficos Clima
Tipo: clima muito quente e semi- árido, com esta ção chuvosa atrasando-se para o outono.
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de José da Penha Estado do Rio Grande do Norte
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observada: 478,4 mm desvio: -382,6 mm Período Chuvoso: fevereiro a maio
Temperaturas M édias Anuais: m áxima: 36,0 °C m édia: 28,1 °C mínima: 21,0 °C Umidade Relativa M édia Anual: 66%
Horas de Insola ção: 2.700
Forma ção Vegetal
Caatinga Hiperxer ófila - vegeta ção de car áter mais seco, com abund ância de cact áceas e plantas de porte mais baixo e espalhadas. Entre outras esp écies destacam-se a jurema-preta, mufumbo, faveleiro, marmeleiro, xique-xique e facheiro.
Floresta Caducif ólia - vegeta ção que apresenta esp écies e folhas pequenas e caducas que caem no período seco.
Solos
Solos predominantes e características principais:
Bruno n ão C álcico - fertilidade m édia a alta, textura arenosa / argilosa e m édia / argilosa, fase pedregosa, bem drenados, relevo suave ondulado.
Uso: pecu ária extensiva, algumas culturas de palma forrageira, culturas que resistam a um longo período de estiagem e culturas de ciclo bem curto que possam produzir colheitas no período de chuvas. O controle da eros ão deve ser intensivo.
Aptid ão Agrícola: regular e restrita para pastagem natural. Apta para culturas de ciclo longo como algod ão arb óreo, sisal, caju e coco e regular para lavouras.
Sistema de Manejo: m édio e baixo nível tecnol ógico as pr áticas agrícolas dependem do trabalho bra çal e tra ção animal com implementos agrícolas simples.
Relevo
De 400 a 800 metros de altitude. Serra: do Camelo.
Depress ão Sertaneja - terrenos baixos situados entre as partes altas do Planalto da Borborema e da Chapada do Apodi.
4.4 – Geologia
O município de Jos é da Penha encontra-se inserido, geologicamente, na Província Borborema, sendo constituído pelos litotipos do Complexo Jaguaretama (PP2j) e da Suíte Serra do Deserto, como podem ser observados na figura 3.
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de José da Penha Estado do Rio Grande do Norte
5 36 °16’ 36 °18’ 36 °20’ 6° 18’ 6° 20’ 6° 22’ 6° 18’ 6° 20’ 6° 22’ 36 °16’ 36 °18’ 36 °20’ PP2j PP4 s José da P enha BR405 N
PP2j Comp lexo Jaguaretama (j):o rtognaisse mig mati zado tonal íticoa gran odioríticos e granítico, mi gmatito, restos de supracrustais PP4 s Suíte Serra do D eserto: ortogn aisse granodio rítico e gran ítico(175 0 Ma U -Pb)
Paleoproteroz óico Contato geol ógico Fa lha ou f ratu ra
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS CONVENÇÕES GEOLÓGICAS
Limites Int ermuni ci pais Rios e ri ach os Sede Mun icipal
Açude/b arra gem Rodovia s UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS RN073 Paran á Majo r Sal es Lu is Gomes Ri acho de Santana
Figura 3 - Mapa Geol ógico
5. RECURSOS HÍDRICOS 5.1 - Águas Superficiais
O município de Jos é da Penha encontra-se totalmente inserido na Bacia Hidrogr áfica Apodi-Mossor ó, sendo banhado apenas por cursos d’ água secund ários e intermitentes, dos quais os mais importantes s ão: Rio das Flechas e os riachos P é de Jatob á, do Catolezinho, da Baixa do Fogo.
O município possui alguns a çudes de m édio porte, destacando-se: A çude de Angicos
(3.500.000m3/p úblico), Barragem da Ema (1.500.000m3/p úblico), Baixa do Fogo
(2.060.880m3/p úblico), Catolezinho (243.000m3/p úblico) e Flechas (8.950.000m3/p úblico). O padr ão
de drenagem é o dendrítico.
5.2 - Águas Subterrâneas
5.2.1 - Domínios Hidrogeol ógicos
O município de Jos é da Penha est á totalmente inserido no Domínio Hidrogeol ógico Fissural .O Domínio Fissural é composto de rochas do embasamento cristalino que englobam o sub-domínio rochas metam órficas constituído do Complexo Jaguaretama e o sub-domínio rochas ígneas da Suíte Serra do Deserto.
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de José da Penha Estado do Rio Grande do Norte
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6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS
O levantamento realizado no município registrou a exist ência de 12 pontos d’ água, sendo todos po ços tubulares, conforme mostra a fig.6.1.
Poços tubulares
100%
Poços tubulares
Fig.6.1 – Tipos de pontos d’ água cadastrados no município
Com rela ção à propriedade dos terrenos onde est ão localizados os pontos d’ água cadastrados, podemos ter: terrenos p úblicos, quando os terrenos forem de serventia p ública e; particulares, quando forem de uso privado. Conforme ilustrado na fig.6.2, existem 01 ponto d’ água em terreno p úblico e 11 em terrenos particulares. Particulares 92% Públicos 8% Particulares Públicos
Fig.6.2 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem po ços tubulares.
Quanto ao tipo de abastecimento a que se destina a água, os pontos cadastrados foram classificados em: comunit ários, quando atendem a v árias famílias e; particulares, quando atendem apenas ao seu propriet ário. A fig.6.3 mostra que 03 pontos d’ água destinam-se ao atendimento comunit ário e, em 09 pontos, a finalidade do abastecimento n ão foi definida.
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de José da Penha Estado do Rio Grande do Norte
7 Indefinidos 75% Comunitários 25% Indefinidos Comunitários
Fig.6.3 – Finalidade do abastecimento dos po ços.
Quatro situa ções distintas foram identificadas na data da visita de campo: poços em opera ção,
paralisados, n ão instalados e abandonados. Os poços em operação s ão aqueles que funcionavam
normalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemas relacionados à manuten ção ou quebra de equipamentos. Os n ão instalados representam aqueles po ços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas n ão foram ainda equipados com sistemas de bombeamento e distribui ção. E por fim, os abandonados, que incluem po ços secos e po ços obstruídos, representam os po ços que n ão apresentam possibilidade de produ ção.
A situa ção dessas obras, levando-se em conta seu car áter p úblico ou particular, é apresentada em n úmeros absolutos no quadro 6.1 e em termos percentuais na fig.6.4.
Quadro 6.1 – Situa ção dos po ços cadastrados conforme a finalidade do uso
Natureza do Poço Abandonado Em Operação Não Instalado Paralisado Indefinido
Comunitário - 3 - - -Particular - - - - -Indefinido 2 4 2 1 -Total 2 7 2 1 -Abandonado 17% Em Operação 58% Não Instalado 17% Paralisado 8% Abandonado Em Operação Não Instalado Paralisado
Fig.6.4 – Situa ção dos po ços cadastrados
Em rela ção ao uso da água, 23% dos pontos cadastrados s ão destinados ao consumo dom éstico prim ário ( água de consumo humano para beber), 38% s ão utilizados para o consumo dom éstico secund ário ( água de consumo humano para uso geral), 8% para a agricultura e 31% para dessedenta ção animal, conforme mostra a fig.6.5.
Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de José da Penha Estado do Rio Grande do Norte
8 Doméstico Secundário 38% Doméstico Primário 23% Animal 31% Agricultura 8% Agricultura Animal Doméstico Primário Doméstico Secundário
Fig.6.5 – Uso da água
A fig.6.6 mostra a rela ção entre os po ços tubulares atualmente em opera ção e os po ços inativos (paralisados e n ão instalados) que s ão passíveis de entrar em funcionamento. Verificou-se a exist ência de 03 po ços particulares n ão instalados ou paralisados e, portanto, passíveis de entrar em funcionamento, podendo vir a somar suas descargas àquelas dos 07 po ços que est ão em opera ção.
0 1 2 3 4 5 6 Particular 6 3 Público 1 0
Em Operação Paral/N. Instalado
Fig.6.6 – Rela ção entre po ços em uso e desativados
Com rela ção à fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos po ços, a fig.6.7 mostra que 02 po ços particulares utilizam energia el étrica, enquanto 06 po ços utilizam outras fontes de energia, sendo 05 particulares e 01 p úblico.
0 1 2 3 4 5 Particular 2 5 Público 0 1
Energia Elétrica Outras Fontes
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6.1 - Aspectos Qualitativos
Com rela ção à qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidas de condutividade el étrica, que é a capacidade de uma subst ância conduzir a corrente el étrica estando diretamente ligada ao teor de sais dissolvidos sob a forma de íons.
Na maioria das águas subterr âneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator, que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos s ólidos totais dissolvidos (STD) na água. Para as águas subterr âneas analisadas, a condutividade el étrica multiplicada pelo fator 0,65 fornece o teor de s ólidos dissolvidos.
Conforme a Portaria no 1.469/FUNASA, que estabelece os padr ões de potabilidade da água
para consumo humano, o valor m áximo permitido para os s ólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/l.
Teores elevados deste par âmetro indicam que a água tem sabor desagrad ável, podendo causar problemas digestivos, principalmente nas crian ças, e danifica as redes de distribui ção.
Para efeito de classifica ção das águas dos pontos cadastrados no município, foram considerados os seguintes intervalos de STD (S ólidos Totais Dissolvidos):
0 a 500 mg/l água doce
501 a 1.500 mg/l água salobra
> 1.500 mg/l água salgada
Foram coletadas e analisadas amostras de 10 pontos d’ água. Os resultados das an álises
mostraram valores oscilando de 646,10 e 2743,00 mg/l, com valor m édio de 1398,47 mg/l.
Observando o quadro 6.2 e a fig.6.8, que ilustra a classifica ção das águas subterr âneas no município, verifica-se a predomin ância de águas salobras e salinas, com 100% dos po ços amostrados.
Quadro 6.2 – Qualidade das águas subterr âneas no município conforme a situa ção do po ço
Qualidade da água Em Uso Não Instalado Paralisado Indefinido Total
Doce - - - - 0 Salobra 5 1 - 1 7 Salina 2 1 - - 3 Total 7 2 0 1 10 Salobra 70% Salina 30% Doce 0% Salina Salobra Doce
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7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES
A an álise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d´ água executado no município permitiu estabelecer as seguintes conclusões:
• A situa ção atual dos po ços tubulares existentes no município é apresentada no quadro 7.1 a
seguir:
Quadro 7.1 – Situa ção atual dos po ços cadastrados no município.
Natureza
do Poço Abandonado
Em Operação
Não
Instalado Paralisado Indefinido Total Público - 1 (100%) - - - 1 (8%) Particular 2 (18%) 6 (55%) 2 (18%) 1 (9%) - 11 (92%) Indefinido - - - 0 (0%) Total 2 (17%) 7 (58%) 2 (17%) 1 (8%) - 12 (100%)
• Os 12 pontos d’ água cadastrados s ão todos po ços tubulares, sendo que 07 (58,00%)
encontram-se em opera ção e 02 foram descartados (abandonados) por estarem secos ou obstruídos (17%). Os 03 pontos restantes, (25%) incluem os n ão instalados e os paralisados, por motivos os mais diversos. Estes po ços representam uma reserva potencial substancial, que pode vir a refor çar o abastecimento no município se, ap ós uma an álise t écnica apurada, forem considerados aptos à recupera ção e/ou instala ção. Cabe à administra ção municipal promover ou articular o processo de an álise desses po ços, podendo aumentar substancialmente a oferta hídrica no município.
• Foram feitos testes de condutividade em 10 amostras d´’agua (83,30%), das quais todas
apresentaram águas salobras ou salgadas (100,00%), evidenciando a necessidade de uma urgente intervenção do poder p úblico, principalmente no que concerne aos po ços comunit ários, visando a instala ção de dessalinizadores, para melhoria da qualidade da água oferecida à popula ção e redu ção dos riscos à sa úde existentes.
• Po ços paralisados ou n ão instalados em virtude da alta salinidade e que possam ter uso
comunit ário, tamb ém devem ser analisados em detalhe (vazão, an álise físico-química, no de
famílias atendidas, etc) para verifica ção da viabilidade da instala ção de equipamentos de dessaliniza ção.
• Com rela ção ao item anterior, deve ser analisada a possibilidade de treinamento de
moradores das proximidades dos po ços, para manuten ção de bombas e dessalinizadores em caso de pequenos defeitos, ou ainda, para serem os responsáveis por fazer a comunica ção à Prefeitura Municipal, em caso de problemas mais graves, para que sejam tomadas ou articuladas as medidas cabíveis.
• Importante chamar a aten ção para o lan çamento inadequado dos rejeitos dos
dessalinizadores (geralmente direto no solo). É necess ário que as prefeituras se empenhem no sentido de dotar os po ços equipados com dessalinizadores, de um recept áculo adequado, evitando a polui ção do aq üífero e a saliniza ção do solo.
• Todos os po ços deveriam sofrer manuten ção peri ódica para assegurar o seu pleno
funcionamento, principalmente em tempos de estiagem prolongada; por manuten ção peri ódica entende-se um período, no mínimo anual, para retirada de equipamento do po ço e sua manuten ção e limpeza, al ém de limpeza do po ço como um todo, possibilitando a recupera ção ou manuten ção das suas vaz ões originais.
• Para assegurar a boa qualidade da água, do ponto de vista bacteriol ógico, devem ser
implantadas em todos os po ços ativos e paralisados, possíveis de recupera ção, medidas de proteção sanit ária tais como: selo sanit ário, tampa de proteção, limpeza permanente do terreno, cerca de prote ção, etc. O que pode ser articulado entre a Prefeitura Municipal e a pr ópria popula ção benefici ária do po ço. Quanto aos poços abandonados, devem ser tomadas medidas de conten ção, como a coloca ção de tampas soldadas ou aparafusadas, visando evitar a contamina ção do len çol fre ático por queda acidental de pequenos animais e introdu ção de corpos estranhos, especialmente por crian ças, fato muito comum nas áreas visitadas.
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8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS
ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p.
BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – Servi ço Geol ógico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema de Informa ções Geogr áficas SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponível em 04 CD’s.
FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia do Brasil. Regi ão Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD.
FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dos municípios do Estado do Rio Grande do Norte.
RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barros da et al [CD ROM] Zoneamento Agroecol ógico do Nordeste do Brasil: diagn óstico e
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ANEXO 1
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Diagnóstico do Municí pio de José da Penha – Estado do Rio Grande do Norte
C ÓDIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZ ÃO SITUA ÇÃO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STD PO ÇO LOCALIDADE S W ÁGUA DO TERRENO (m) (L/h) DO PO ÇO BOMBEAMENTO DE ENERGIA DO USO (mg/L) CJ303 CATOLEZINHO 061657,1 381629,3 Po ço tubular Particular Em Opera ção Catavento Doméstico Secund ário, Animal, 1332,5 CJ369 MATA DE BAIXO 061854,2 381643,3 Po ço tubular Particular Em Opera ção Bomba submersa Trif ásica Animal, Agricultura, 1145,95 CJ370 MATA DE BAIXO 061854,2 381643,1 Po ço tubular Particular Abandonado N ão equipado , 1006,85 CJ371 SITIO MATA DE CIMA 061916,1 381700,2 Po ço tubular Particular N ão Instalado N ão equipado , 1644,5 CJ372 SITIO MATA DE BAIXO 061822,5 381648,7 Po ço tubular P úblico Em Opera ção Catavento Dom éstico Prim ário, Dom ést ico Secund ário, 1040 CJ373 SITIO CATOLEZINHO 061702,8 381604,9 Po ço tubular Particular Em Opera ção Catavento Doméstico Secund ário, Animal, 2743 CJ374 SITIO PEJOABA DE BAIXO 061904,6 381804,8 Po ço tubular Particular Em Opera ção Catavento Doméstico Secund ário, Animal, 646,1 CJ375 SITIO PAPAGAIO 061958,3 381823,1 Po ço tubular Particular Paralisado Catavento ,
CJ376 SITIO MATA DE CIMA 062001,0 381734,6 Po ço tubular Particular Em Opera ção Catavento Dom éstico Prim ário, Dom ést ico Secund ário, 1197,95 CJ378 SITIO RECANTO 062325,6 381554,1 Po ço tubular Particular 50 N ão Instalado N ão equipado , 887,9 CJ379 SITIO EMA 062327,6 381527,5 Po ço tubular Particular 51 Em Opera ção Bomba submersa Trif ásica Dom éstico Prim ário, 2340 CJ380 SITIO GERIMUM 062218,9 381504,0 Po ço tubular Particular Abandonado Catavento ,
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