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Encontro Internacional: Imigração Subsariana na Europa 23 de Junho de 2006

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Encontro Internacional:

Imigração Subsariana na Europa

23 de Junho de 2006

As imagens de centenas de migrantes subsarianos, às portas dos enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, tentando por essa via alcançar destinos mais ricos, correram mundo. Glosando o mote da ‘Europa fortaleza’ em versões mais ou menos apaixonadas, os títulos da imprensa ocuparam primeiras páginas durante dias a fio.

Qual a dimensão real desses fluxos? Qual a sua composição exacta? Qual o peso das relações históricas na sua produção? Haverá razões para esperar efeitos positivos, nas origens como nos pontos de chegada? E que sinergias poderemos daqui esperar em termos de novas arquitecturas de articulação global?

Este encontro destina-se a todos os que se interessam pela temática das migrações em geral, e, muito particularmente, aos que se dedicam, nas suas áreas de actividade (academia, esfera política, administração pública, terceiro sector, jornalismo, crítica de arte, etc.), ao estudo e ao acompanhamento das populações provenientes do continente africano e dos fluxos post-coloniais de uma forma geral.

I. Objectivos

Para além dos investigadores, também os decisores políticos, das esfera central e local, os técnicos das ONG, os activistas das associações, os jornalistas e outros interessados, não necessariamente enquadrados em estruturas organizadas, têm produzido reflexões sobre a matéria, que reflectem pontos de vista necessariamente distintos da mesma realidade. O Encontro visa dar a conhecer ao público em geral os resultados da investigação científica actual sobre a matéria, mas também possibilitar o diálogo entre essas perspectivas distintas e, eventualmente, a produção de espaços de discussão para o futuro.

Assim, são três os objectivos que norteiam a realização deste encontro:

• Problematizar e enquadrar a questão da ‘Imigração Subsariana na Europa’, incluindo a dimensão histórica dos fluxos post-coloniais;

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• Divulgar a produção académica acerca destas migrações, promover o contacto entre investigadores interessados na mesma temática, visando possibilitar os estudos comparativos;

• Promover o encontro e a discussão entre as esferas académica, política (decisores), do terceiro sector (ONG, associações, organizações religiosas, etc.) e dos mass media, no âmbito da temática.

II. Estrutura e Programa

Estão previstos dois tipos de painéis de discussão: sessões plenárias, com apresentação de duas perspectivas distintas sobre uma mesma temática, introduzida por um moderador, que terá ainda a seu cargo a moderação da discussão final; e sessões de debate, em forma de workshop, coordenadas por um presidente de mesa que apresentará os comunicantes e fará a gestão da sessão de perguntas e respostas.

As participações nos workshops temáticos serão seleccionadas de entre as propostas submetidas ao call for papers.

MIGRANTES SUBSARIANOS NA EUROPA

23 de Junho de 2006

Horário Função Local

9h00 – 10h00 Recepção / Entrega de documentação Recepção/ Hall 10h00 – 11h10 Sessão Plenária 1:

Imigração Subsariana na Europa: efeitos na origem Anfiteatro

11h15-11h45 Intervalo / pausa café Recepção/ Hall

11h50 – 13h00 Sessão Plenária 2:

Imigração Subsariana na Europa: efeitos na Europa Anfiteatro 13h00 – 14h15 Almoço

Participação cívica Sala 1 14h30 – 15h50 Workshops temáticos em

simultâneo Segundas gerações

post-coloniais

Sala 2

15h50-16h10 Intervalo / pausa café Recepção/ Hall

Produção cultural Sala 1 16h10 – 17h30 Workshops temáticos em

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a) Sessões plenárias

Estão previstas duas sessões plenárias visando equacionar os efeitos das migrações em termos de ganhos e perdas, para os países de emigração, como para os países de imigração. A primeira sessão concentrar-se-á nos países de partida: para além da perda de capital humano e dos consequentes efeitos sobre as dinâmicas locais, serão de esperar benefícios reais das remessas e das ligações transnacionais que decorrem dos fluxos de saída?

Na segunda sessão, o foco incidirá sobre os efeitos nos países de acolhimento: haverá riscos reais de ameaça à identidade nacional, ou os ganhos económicos, demográficos e culturais contribuem para o desabrochar de novas identidades cosmopolitas?

Para discutir estas questões, em cada sessão plenária serão convidados dois intervenientes: um proveniente do mundo académico e outro da esfera política, do terceiro sector ou dos mass media.

1ª Sessão Plenária – Imigração Subsariana na Europa: efeitos na origem.

Convidados: Victor Borges (MNE de Cabo Verde) e Aristide Zolberg (professor na

New School for Social Research, Nova Iorque, EUA).

Victor Borges tem tido vários cargos públicos em Cabo Verde, que cobrem desde a

área da Educação à esfera dos Negócios Estrangeiros – de que é actual titular enquanto Ministro. Nesta qualidade, também tutela a área das migrações e das relações com a comunidade de origem caboverdeana residente no estrangeiro.

Aristide Zolberg é cientista político e professor na New School for Social Research

em Nova Iorque (EUA). É Director do Internacional Center for Migration, Ethnicity and Citizenship e tem uma vasta publicação sobre migrações internacionais e refugiados; sobre a formação do estado e da nação - numa perspectiva histórica; sobre nacionalismo e etnicidade, e ainda sobre políticas de diversidade. O seu trabalho incide sobre os EUA, a Europa e a África Subsariana.

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2ª Sessão Plenária – Imigração Subsariana na Europa: efeitos na Europa.

Convidados: David Justino (professor da FCSH/UNL, Lisboa, com experiência em cargos de responsabilidade política) e Marco Martiniello (professor da Universidade de Liège, Bélgica)

David Justino é professor universitário e tem importante experiência enquanto

responsável político. Foi Ministro da Educação e Vereador do executivo municipal de Oeiras. Neste último cargo, lançou um vasto programa de realojamento de populações de origem migrante, ensaiando uma experiência de integração de referências republicanas, i.e., recusando tratar as questões da imigração concelhia como questões autónomas, adoptando, em vez disso, políticas abrangentes, centradas na procura de soluções para problemas de âmbito municipal.

Marco Martiniello é investigador na Universidade de Liège, Bélgica, e tem uma vasta

lista de publicações dedicadas às temáticas das políticas migratórias na Europa, a gestão da diversidade cultural e os problemas do racismo e da xenofobia nas sociedades europeias. É autor do documento How to combine integration and diversity para o EUMC (Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia). Recentemente, tem vindo a trabalhar sobre a mercantilização da diversidade e os seus efeitos sobre a incorporação cívica das populações oriundas da imigração na Europa.

b) Workshops Temáticos (a ocorrer em simultâneo)

Nestes workshops, pretende-se divulgar a produção académica específica e criar espaços de discussão entre académicos, decisores políticos, jornalistas e outros interessados nas temáticas em análise.

A investigação científica em Portugal tem associado migrações subsarianas a exclusão e marginalidade – em termos laborais, residenciais e de estatuto legal. Neste encontro, pretende-se reflectir sobre a segunda fase da fixação destas populações e estabelecer pontes com as investigações em curso noutros países europeus.

Estão previstos quatro workshops temáticos: participação cívica, segundas gerações post-coloniais, produção cultural e género e integração.

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Participação cívica

No primeiro, pretende-se discutir a incorporação dos migrantes a partir de uma atenção especial à sua participação cívica. As políticas sociais europeias estão, desde os anos 90, orientadas para o desenvolvimento de programas territorializados e estribados na formação de parcerias locais. Neste contexto, as populações migrantes são potenciais interlocutores (enquanto parte interessada) dos programas de desenvolvimento local (URBAN, EQUAL, etc.) e cabe às autoridades municipais um papel da maior relevância no desenvolvimento das parcerias com vista a um eficaz desenvolvimentos das políticas sociais. Assim, é de admitir que, em contextos municipais diversos, e independentemente das orientações traçadas a nível nacional, se desenvolvam políticas de incorporação também elas diversas. É também de admitir que os actores sociais com intervenção relevante na esfera pública possam divergir: maior diversidade e presença mais significativa de ONG, associações, organizações religiosas, etc., em contextos de fraca intervenção pública; menor e mais controlada, em contextos de forte presença e intervenção dos poderes públicos. Da mesma forma, é de esperar que as populações migrantes se organizem de formas e em torno de objectivos muito distintos, em função dos actores sociais com que, em cada envolvimento institucional concreto, se deparam; e que essas formas organizacionais possam evoluir à medida que os próprios contextos concretos de incorporação económica e social evoluem.

Assim, as questões que pretendemos discutir neste workshop são as seguintes: em que medida as associações locais que se multiplicaram nas zonas de fixação das populações migrantes de origem africana têm contribuído para a formação de um novo campo de articulação de interesses em torno da questão da imigração?; como se relaciona esse campo de articulação de interesses com a emergência de novas elites provenientes da imigração?; qual o grau de autonomia dessas elites em relação aos dirigentes provenientes do período colonial?; qual o papel dos imigrantes qualificados na formação das novas elites post-coloniais?; qual o papel das elites post-coloniais na formação de um campo transnacional de articulação de interesses?

O moderador, José Leitão, foi o primeiro Alto Comissário para a Imigração e as Minorias Étnicas, cargo que desempenhou entre 1996 e 2002, é docente do curso de Mestrado em Migrações, Minorias Étnicas e Transnacionalismo (FCSH/UNL) desde a sua criação em 2003, e tem colaborado em várias iniciativas cívicas relacionadas com a temática.

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As quatro comunicações a apresentar serão seleccionadas de entre as propostas submetidas ao call for papers.

Moderador: José Leitão, ex-ACIME, professor do curso de mestrado em Migrações, Minorias Étnicas e Transnacionalismo (FCSH/UNL).

Comunicações: 4 participantes, 12 minutos cada; discussão: 30 minutos.

Segundas Gerações Post-coloniais

Os acontecimentos recentes protagonizados por vastos grupos de jovens de origem migrante, em França e na Austrália, vieram relançar os debates sobre as chamadas segundas gerações. Em contextos institucional e historicamente muito distintos, os tumultos urbanos deram expressão e visibilidade públicas a alguns dos problemas básicos com que se defrontam as sociedades de imigração, e particularmente os limites das políticas de integração pensadas a partir de conceitos de Estado e de nação herdados do passado.

Com efeito, seria de esperar que os jovens socializados nos países escolhidos como lugar de fixação pelos progenitores se adaptassem melhor do que estes às condições de vida desses contextos. Pelo contrário, o que estes eventos vieram trazer a lume foi uma reserva colectiva relativamente a projectos de sociedade institucionalmente consagrados e o enquistamento em, quando não tentativa de imposição de, posições identitárias particulares, contrárias ao institucionalmente definido.

Por outro lado, as mudanças ocorridas no tecido produtivo, mercê das dinâmicas da globalização, parecem impor novos desafios que desafiam a lógica tradicional (fordista) da mobilidade inter-geracional. As importantes taxas de desemprego registadas entre jovens de origem migrante, contrastando com o relativo êxito económico das gerações pioneiras, assim o sugerem. As novas oportunidades, na economia de serviços, requerem uma mão-de-obra preparada para produzir e trabalhar com símbolos. A nova economia urbana alimenta-se da rápida renovação simbólica e favorece, por essa via, a produção de identificações particulares, assim contrariando a lógica da integração do Estado-nação de antanho – supostamente uniforme e homogéneo.

Embora os estudos disponíveis consensualmente apontem para uma grande diversidade de modalidades de incorporação dos descendentes de imigrantes, as expressões de desvio merecem reflexão atenta.

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A herança histórica da experiência imperial de algumas nações europeias, mormente a presença significativa de segundas gerações de origem post-colonial nas antigas metrópoles, sugere, para além disso, que se procurem estabelecer pontes entre investigadores sediados nos diferentes contextos nacionais, com vista a, comparativamente, produzir resultados relevantes sobre a situação no contexto europeu.

Neste worshop pretende-se explorar a questão das ‘segundas gerações’ de imigrantes subsarianos considerando três sub-temas: (1) identidades e processos de integração, (2) nação e cidadania e (3) contextos post-coloniais: semelhanças e diferenças.

As questões chave que pretendemos ver discutidas são as seguintes:

- De que modo as identidades/identificações assumidas pelas segundas gerações estão associadas a processos de integração?

- Como é que a emergência de segundas gerações de imigrantes subsarianos levanta a questão da redefinição da ideia de nação?

- Será possível encontrar paralelismos significativos entre as situações post-coloniais verificadas nos diferentes países europeus?

A moderadora, Mies van Niekerk, é antropóloga e investigadora no Institute for Migration and Ethnic Studies, da Universidade de Amesterdão (Holanda), e membro da rede de excelência europeia IMISCOE (Immigration, Integration and Social Cohesion in Europe). Tem uma vasta publicação sobre a integração e a mobilidade social de populações post-coloniais na Holanda, com especial atenção às experiências dos jovens.

As quatro comunicações a apresentar serão seleccionadas de entre as propostas submetidas ao call for papers.

Moderadora: Mies van Niekerk (investigadora do IMES, Universidade de Amesterdão). Comunicações: 4 participantes, 12 minutos cada; discussão: 30 minutos.

Produção Cultural

A efervescente celebração de África e das suas culturas um pouco por toda a Europa, traduzida na realização de eventos como o Africa 05 em Londres, do Echos d’Afrique em diversas cidades francesas ou do Maio, Mês de África em Lisboa, ilustra, por um lado, a exploração de um lado mais positivo da imigração em que os migrantes são apresentados como agentes sociais e culturais, protagonistas de enriquecimento cultural das cidades europeias; por outro, o papel assumido pelas populações

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post-coloniais na Europa no sentido da construção de referências de África que desafiam as assimetrias culturais herdadas do passado colonial.

Embora muitas vezes esquecidos ou puramente negligenciados, os imigrantes subsarianos ou os seus descendentes têm vindo a produzir nos países europeus, particularmente nas antigas metrópoles coloniais, um considerável conjunto de materiais sobre África: livros, revistas, jornais, cd, programas de rádio e de televisão, assim como sitíos na internet, filmes, peças de teatro, etc.. A multiplicidade de vozes com que se exprimem terá certamente que ser associada à diversidade de origens destas populações; mas não só: as especificidades institucionais e culturais dos contextos de acolhimento, e as complexas redes de interacção transnacional em que se encontram envolvidas são factores a ter igualmente em conta.

Uma boa parte das populações de origem subsariana na Europa é já de segunda ou terceira geração; o facto de, em termos de referências culturais, elegerem os países dos seus progenitores como pontos de referência merece, pois, reflexão. Não seria de esperar que, tendo sido socializados na Europa, adoptassem as suas referências, que conhecem, em detrimento de referências das gerações mais velhas, que lhes são estranhas?

Assim sendo, este workshop propõe-se estudar como, em contexto europeu, os imigrantes subsarianos e seus descendentes produzem e reproduzem o seu conhecimento e compreensão de África. Paralelamente, importará analisar o aproveitamento mercantil da diversidade étnica associada à imigração subsariana, os constrangimentos institucionais ao seu desenvolvimento e explorar como este fenómeno afecta a regulação política em diferentes países de acolhimento.

Para o efeito, debater-se-á: a) Como é que as expressões artísticas/culturais das populações subsarianas são e estão representadas e simbolizadas no espaço público urbano?; b) Serão estes imigrantes protagonistas, formalmente reconhecidos pelas autoridades locais, na promoção cosmopolita das cidades europeias?; c) Como é que, em diferentes países europeus, é apreendida e acompanhada, na esfera política, a produção cultural dos imigrantes subsarianos?; d) Apesar das diferenças que caracterizam os diferentes países europeus, será possível encontrar elementos transversais na produção cultural dos imigrantes subsarianos?

A moderadora, Inocência Mata, é professora universitária na Universidade de Lisboa, onde tem orientado seminários na área das Literaturas de Língua Portuguesa (Brasileira e Africanas), tendo vários trabalhos publicados na área das Literaturas

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Africanas de Língua Portuguesa. É membro de associações cívicas, tendo uma intervenção activa na rádio, na imprensa escrita e na internet.

As quatro comunicações a apresentar serão seleccionadas de entre as propostas submetidas ao call for papers.

Moderador: Inocência Mata (professora universitária na Universidade de Lisboa). Comunicações: 4 participantes, 12 minutos cada; discussão: 30 minutos.

Género

São ainda recentes e pouco frequentes as perspectivas de género aplicadas ao estudo dos fenómenos migratórios. A génese feminista dos primeiros trabalhos é ainda hoje um obstáculo à sua adopção pela academia. No entanto, é cada vez mais pertinente e urgente que as perspectivas de género penetrem na teoria mainstream como forma de perceber as especificidades dos processos migratórios e dos impactos das políticas públicas sobre homens e mulheres.

Os recentes desenvolvimentos desencadeados pelo uso do véu por parte de jovens estudantes em França vieram chamar a atenção para a importância dos símbolos associados ao modo como a mulher usa o seu corpo. Porque traduzem de facto valores culturais nucleares, são objecto de negociação; em casos excepcionais, como o revelado no caso francês, quando os símbolos põem em causa princípios ideológicos nacionais, essa negociação pode ser inviabilizada, daí resultando situações de conflito social. O sucedido deixou ainda perceber o impacto específico que determinadas políticas podem propositadamente apresentar: para além do mote da universalidade das regras, a assimetria entre os indivíduos dos dois sexos transparece nas consequências da decisão.

São igualmente cada vez mais frequentes as notícias que dão conta de redes organizadas de tráfico de mulheres para o trabalho e a exploração sexuais, nomeadamente proveniente de determinados países da África subsariana. Também neste caso se constata a especificidade de género. A intervenção junto destes fluxos exige da parte dos decisores políticos e de todos os parceiros sociais um conhecimento e acção ajustados à especificidade deste fenómeno.

Finalmente, as situações de mutilação genital feminina, recorrentes junto de determinadas populações de origem subsariana, colocam em evidência os limites das soluções que consagram a excepção. A especificidade de género, neste caso, requer uma

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intervenção baseada no direito universal à integridade física, contrariando lógicas particulares.

Neste workshop pretende-se desenvolver os seguintes temas a partir de uma perspectiva de género: (1) As políticas estatais e as alianças intergovernamentais [de lógica pós-colonial ou outra] como condicionantes da imigração feminina (exemplo: políticas de reunificação familiar); (2) o papel da mulher nas sociedades da África subsariana e o modo como os seus capitais sociais específicos afectam os processos de imigração e de integração; (3) nacionalidade, identidade e cidadania: memórias coloniais e ligações estratégicas e identitárias entre país de origem e país de acolhimento.

Algumas questões-chave propostas são as seguintes e devem ser entendidas também numa perspectiva de género: De que forma os Estados podem influenciar os números e as características da imigração feminina?; Pode o capital social das imigrantes ser usado como recurso para a integração?; Quais as circunstâncias que permitem o uso estratégico desse capital?; O que nos dizem os fenómenos de mobilização cívica entre mulheres de origem imigrante, sobre a sua relação com o país de origem e o país de acolhimento?; Serão as mulheres de origem imigrante actores privilegiados de promoção de fenómenos transnacionais?

A moderadora, Monica Goracci, é chefe de missão da Organização Internacional para as Migrações (OIM) em Portugal desde Dezembro de 2004. Esteve envolvida no desenvolvimento de projectos na região do Mediterrâneo Ocidental a partir da missão regional da OIM em Roma, Itália. Antes de chegar a Roma trabalhou dois anos e meio no escritório da OIM no Kosovo. Entre outras temáticas a OIM tem dedicado uma especial atenção às questões de género nas migrações.

As quatro comunicações a apresentar serão seleccionadas de entre as propostas submetidas ao call for papers.

Moderadora: Monica Goracci (chefe de missão da OIM em Portugal). Comunicações: 4 participantes, 12 minutos cada; discussão: 30 minutos.

Como apresentar uma proposta?

As propostas de comunicação devem ser submetidas, até ao dia 30 de Abril, por email para: info@socinovamigration.org ou socinova@fcsh.unl.pt.

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As propostas não devem ultrapassar uma página A4 (Arial, tamanho 10, a espaço 1,5) e devem incluir as seguintes informações:

1. Identificação do autor (nome, instituição e posição que nela ocupa);

2. Dados de contacto (endereço de correio electrónico, endereço postal, telefone e fax);

3. Título da comunicação;

4. Workshop temático a que se propõe; 5. Resumo da comunicação.

Referências

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