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Sincronização em Redes Neurais

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Academic year: 2021

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(1)

Sincroniza¸c˜

ao em Redes Neurais

Prof. Dr. Fabiano A.S. Ferrari

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)

13 de abril de 2016

(2)

Sum´

ario

Sincroniza¸c˜ao e o C´erebro

Sincroniza¸c˜ao de Fase

Sincroniza¸c˜ao de Frequˆencias

Supress˜ao de Sincroniza¸c˜ao

(3)

Neurˆ

onios como reguladores do ritmo respirat´

orio

Os ritmos de inspira¸c˜ao e expira¸c˜ao nos mam´ımeferos est˜ao

as-sociados com a atua¸c˜ao dos neurˆ

onios do pre-B¨otzinger complex

(preB¨

otC) e parafacial respiratory group (pFRG) [1].

Intera¸c˜oes entre estes dois grupos de neurˆ

onios s˜ao respons´aveis

pela emergˆencia de ritmos sincronizados na respira¸c˜ao de mam´ıferos

rec´em nascidos [1].

[1] S Wittmeier, G Song, J Duffin e CS Poon. Pacemakers handshake

synchronization mechanism of mammalian respiratory rhythmogenesis. PNAS,

v. 105,n. 46, 2008.

(4)

Sincroniza¸c˜

ao e o ciclo circadiano

Nos mam´ıferos, o ciclo circadiano ´e controlado por neurˆ

onios do

ucleo supraquiasm´atico [2].

Pesquisas em roedores mostraram que a luz induz sincroniza¸c˜ao dos

ritmos circadianos, mesmo para roedores cegos [2].

[2] MMA Silva, AM Albuquerque e JF Araujo. Light-dark cycle synchronization

of circadian rhythm in blind primates. Journal of Circadian Rhythms, v.3, n.

10, 2005.

(5)

Sincroniza¸c˜

ao e o Mal de Parkinson

Em portadores do mal de Parkinson, os neurˆ

onios do Basal

Ganglia, respons´aveis pelo controle dos movimentos, podem exibir

sincroniza¸c˜ao [3].

[3] DS Andres, F Gomez, FAS Ferrari, D Cerquetti, M Merello, R Viana, R

Stoop. Multiple-time-scale framework for understanding the progression of

Parkinson’s disease. Physical Review E, v. 90, p. 062709, 2014.

(6)

Deep Brain Stimulation - supress˜

ao de sincroniza¸c˜

ao

O medicamento mais usado para tratamento do mal de Parkinson

´e a Levodopa, medicamento capaz de se transformar em dopamina

no c´erebro. O uso prolongado do medicamento pode levar a

movimentos involunt´arios (dyskinesias). Uma estrat´egia para aliviar

estes sintomas ´e atrav´es de estimula¸c˜ao cerebral [4].

[4] Site: National Institute of Neurological Disorders and Stroke, Deep Brain

Stimulation for Parkinson’s Disease...

https://www.ninds.nih.gov/disorders/all-disorders/deep-brain-stimulation-parkinsons-disease-information-page.

(7)

Modelo de Rulkov

10000 12500 15000 n -4 -3 -2 -1 0 1 2 x 10000 12500 15000 n -4 -3 -2 -1 0 1 2 x 10000 12500 15000 n -4 -3 -2 -1 0 1 2 x 10000 12500 15000 n -4 -3 -2 -1 0 1 2 x

(a)

(b)

(c)

(d)

Figura 1: S´erie temporal da vari´avel r´apida. (a) comportamento quiescente, α = 1.75, (b) spike regular, α = 2.25, (c) burst triangular, α = 3.99 e (d) burst quadrado, α = 4.1.

O modelo de Rulkov:

x

n+1

=

α

1 + (x

n

)

2

+ y

n

(1)

y

n+1

= y

n

− η(x

n

− σ)

(2)

Considerando η = 0.001 e σ = −1.

α < 2.0 a vari´avel r´apida apresenta

comportamento quiescente.

2.0 < α < 2.58 spikes peri´

odicos

s˜ao observados.

2.58 < α < 4.0 observa-se bursts

triangulares.

4.0 < α < (8

3)/3 observa-se

bursts

quadrados.

(8)

Fase Geom´

etrica em Bursts

44000-3 45000 46000 -2 -1 0 1 2

x

n 44000 45000 46000 -2.85 -2.8 -2.75 -2.7

y

n 44000 45000 46000

n

-1 -0.5 0 0.5 1

cos(

ϕ

n

)

nk

(a)

(b)

(c)

Figura 2: S´erie temporal: (a) vari´avel r´apida -x, (b) vari´avel lenta - y e (c) cosseno da fase.

Os bursts se iniciam sempre que a

vari´avel lenta atinge um valor m´aximo.

Pode-se definir uma fase considerando

como um per´ıodo o tempo entre dois

bursts

sucessivos.

Assim a fase fica

definida como:

ϕ

n

= 2πk + 2π

n − n

k

n

k+1

− n

k

,

(3)

onde n

k

´e o tempo em que o k-´esimo

(9)

Sincroniza¸c˜

ao e o Parˆ

ametro de ordem de Kuramoto

0 0.01 0.02 0.03 0.04 ε 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 <R> N=1000 N=2500 N=5000 N=10000

Figura 3: Parˆametro de ordem de Kuramoto (< R >) em fun¸c˜ao do acoplamento (ε). O parˆametro αj´e variado uniformemente no intervalo

[4.1 : 4.3].

Considerando uma rede de neurˆonios de Rulkov globalmente acoplados:

xn+1(j) = α (j) 1 + xn(j) + yn(j)+ ε N N X i=1 xn(i), (4) yn+1(j) = yn(j)− σxn(j)− β. (5) A fase de cada neurˆonio ser´a dada por:

ϕ(j)n = 2πk + 2π n− n

(j) k

n(j)k+1− nk(j)

. (6)

O parˆametro de ordem de Kuramoto ser´a:

rn = 1 N| N X j=1 ei ϕ (j) n |, (7) < R > = 1 n′ n′ X n=0 rn. (8)

(10)

Sincroniza¸c˜

ao em Rede de Neurˆ

onios

0 0.020.040.060.08 0.1

ξ

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

R

0

0.005

0.01

ε

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

R

0.01 0.02 0.03 0 0.4 0.8 0.001 0.002 0.0030 0.4 0.8

(a)

(b)

Figura 4: Parˆametro de ordem de Kuramoto m´edio ¯Rpara neurˆonios de Rulkov: (a) rede de acoplamento global com N = 1000. (b) Rede aleat´oria com N= 1000 e 5000 conex˜oes aleat´orias. Em preto distribui¸c˜ao uniforme, em vermelho distribui¸c˜ao de Cauchy truncada, linhas tracejadas em verde ´e o ajuste.

A transi¸c˜ao do estado

n˜ao sincronizado para

o estado parcialmente

sincronizado obedece

pode ser aproximada

como:

R ≈ [1 − (

σ

σ

c

)

r

]

s

, (9)

onde

r

e

s

s˜ao

parˆametros que

po-dem

ser

ajustados

de acordo com as

propriedades da rede.

(11)

Sincroniza¸c˜

ao em Redes de Neurˆ

onios

Figura 5: Parˆametro de ordem de Kuramoto m´edio ¯Rpara neurˆonios de Rulkov: (a) Rede Small-World, p = 0.001,k = 20. (b) Rede Scale-Free, decaimento exponencial na conectividade γ = 2.9. As linhas em preto representam a solu¸c˜ao apra uma rede de neurˆonios de Rulkov, em vermelho a solu¸c˜ao para osciladores de Kuramoto. A distribui¸c˜ao utilizada neste caso foi a distribui¸c˜ao uniforme. Redes de tamanho N = 1000.

(12)

Modelo de Kuramoto Generalizado

O modelo ´e descrito por:

d

θ

i

dt

= ω

i

+ σ

N

X

j=1

A

ij

sin(θ

j

− θ

i

),

(10)

onde ω

i

´e a frequˆencia natural. A transi¸c˜

ao do estado dessincronizado para o

estado parcialmente sincronizado ocorre em [5]:

σ

c

=

2

πg (0)λ

max

,

(11)

onde g (ω) ´e a distribui¸c˜

ao de probabilidade das frequˆencias ω. Para matrizes

ao ponderadas ent˜

ao λ

max

=< k

2

> / < k >.

[5] G Restrepo, E Ott and BR Hunt. Onset of synchronization in large networks of

coupled oscillators. Physical Review E, v. 71, p. 036151, 2005.

(13)

Distribui¸c˜

oes

-0.020 -0.01 0 0.01 0.02 10 20 30 40

ρ

uniform

(x)

-0.02 -0.01 0 0.01 0.02

x

0 10 20 30 40 50

ρ

Cauchy

(x)

(a)

(b)

Figura 6: Fun¸c˜ao densidade de probaibilidade: (a) distribui¸c˜ao normal, (b) distribui¸c˜ao de Cauchy truncada. a = 0.017. As linhas em preto repre-sentam a solu¸c˜ao anal´ıtica e em vermelho est´a o histograma do gerador de n´umero aleat´orio.

Para distribui¸c˜ao uniforme:

g

(ω)

=

1

2a

,

(12)

g

(0)

=

1

2a

.

(13)

Para distribui¸c˜ao de Cauchy truncada (caso

γ = a):

g

(ω)

=

2

πγ(1 + (

x

γ

)

2

)

,

(14)

g

(0)

=

2

πa

(15)

(14)

Aproxima¸c˜

ao de neurˆ

onios de Rulkov `

a osciladores de

Kuramoto

Figura 7: Parˆametro de ordem de Kuramoto ¯Rem termos da intensidade de acoplamento. (a) Rede Global, (b) Rede Aleat´oria, (c) Rede de Pequeno Mundo e (d) Rede Sem Escala. Neurˆonios de Rulkov: distribui¸c˜ao uniforme (preto), distribui¸c˜ao de Cauchy (vermelho). Osciladores de Kuramoto: distribui¸c˜ao uniforme (verde), distribui¸c˜ao de Cauchy (azul).

(15)

Frequency-splitting bifurcation

Figura 8: Frequency-splitting bifurcation: (a) osciladores de Kuramoto,

(b) neurˆonios de Rulkov.

[6] Y Maistrenko, O Popovych, O Burylko e PA Tass. Mechanism of Desynchronization in the Finite-Dimensional Kuramoto Model. Physical Review Letters, v. 93, 084102 (2004).

(16)

Sincroniza¸c˜

ao de Frequˆ

encias: osciladores de Kuramoto

Figura 9: Frequˆencias (ω) convergindo para o valor m´edio para trˆes

diferentes tipos de rede a medida que a intensidade do acoplamento

(17)

au-Sincroniza¸c˜

ao de Frequˆ

encias: neurˆ

onios de Rulkov

Figura 10: Decr´escimo da frequˆencia m´edia ω com a intensidade do

acoplamento ε para trˆes diferentes tipos de rede. N = 1000.

(18)

Bifurca¸c˜

oes no modelo de Rulkov

Figura 11: Curvas de bifurca¸c˜ao: linhas verdes representam os pontos de crise, linhas pretas as bifuca¸c˜oes sela-n´o, linhas vermelhas as bifurca¸c˜oes do tipo flip.

Os pontos de bifurca¸c˜

ao podem ser obtidos

quando tranforma-se a dinˆ

amica bidimensional

em uma sequˆ

encia de eventos unidimensionais,

onde a vari´

avel lenta (y ) torna-se um parˆ

ametro

γ, onde

(19)

Frequˆ

encias e bifurca¸c˜

oes no modelo de Rulkov

0 0,1 0,2 0,3 ε 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 ω α=4.1 α=4.2 α=4.3 α=4.4 α=4.5 0,5 1 1,5 2 2,5 |γsn1-γsn2| 0,003 0,0035 0,004 0,0045 0,005 0,0055 ω α=2.7 α=2.9 α=3.1 α=3.3 α=3.5 α=3.7 0 0,1 0,2 0,3 0,4 ε 0,003 0,004 0,005 0,006 0,007 ω α=2.7 α=2.9 α=3.1 α=3.3 α=3.5 α=3.7 0 0,1 0,2 0,3 | γsn2-γcs2| 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 ω α=4.1 α=4.2 α=4.3 α=4.4 α=4.5 (b) (a) (c) (d)

Figura 12: Comportamento das frequˆencias em termos das distˆancias entre os pontos de bifurca¸c˜ao e da intensidade do acoplamento.

(20)

Tipos de Perturba¸c˜

ao

Sinal peri´odico externo.

I

ext

= I0

sin(˜

ωt),

(17)

onde I

0

´e a amplitude do sinal e ˜

ω ´e a frequˆencia.

Sinal feedback com atraso.

I

feed

= ε

feed

[X (t − τ) − X (t)],

(18)

onde εfeed

´e a intensidade do feedback, X ´e o valor m´edio da

(21)

Dessincroniza¸c˜

ao devido a um sinal feedback

Figura 13: Decaimento do parˆametro de ordem em fun¸c˜ao do tempo de atraso. PRE 87 042713 (2013).

(22)

Considera¸c˜

oes Finais

Para uma rede de neurˆ

onios acoplados com bursts regulares ´e

poss´ıvel construir uma rede de osciladores de Kuramoto com a

mesma transi¸c˜ao de fase para a sincroniza¸c˜ao.

A sincroniza¸c˜ao de frequˆencia dos osciladores de Kuramoto ´e

diferente da sincroniza¸c˜ao de frequˆencia em neurˆ

onios de

Rulkov. Nos neurˆ

onios de Rulkov a frequˆencia m´edia do

sistema decai com a intensidade do acoplamento, a taxa com

que a frequˆencia diminui depende dos parˆametros da dinˆamica

local.

Sinais feedback s˜ao mais apropriados para dessincroniza¸c˜ao

em seres vivos pois a intensidade do sinal ´e da mesma ordem

das oscila¸c˜oes neuronais. Enquanto que ao utilizar sinais

peri´odicos, se n˜ao for utilizada uma amplitude apropriada,

pode-se causar les˜oes.

(23)

Agradecimentos

Prof. Ricardo Viana Prof. Ruedi Stoop

Prof. Antˆonio M Batista Prof. S´ergio R Lopes Prof. Carlos AS Batista

Dr. Daniela Andres Dr. Florian Gomez Msc. Tom Lorimer

Agrade¸co `a CAPES e CNPq pelo financiamento do doutorado conclu´ıdo em 2015.

Referências

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