LEGALE – MBA DIREITO DO TRABALHO
E PREVIDENCIÁRIO
Audiência / Técnicas de Atuação - I
Professor: Rogério Martir
Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado militante e especializado em Direito Empresarial e Direito do Trabalho, Professor Universitário, Pós Graduação e de Cursos Preparatórios Para Carreiras Jurídicas, Sócio da Martir Advogados Associados - Consultoria Jurídica
Empresarial e para o Terceiro Setor, Consultor da Revista Filantropia e Autor de Diversas Obras Jurídicas pela
BLOCO I
BLOCO I
Reflexão
Formato da Audiência
Desenvolvimento da Audiência
Postura do Advogado
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA
TRABALHISTA
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
• PRINCÍPIOS
• Princípio da Primazia da Verdade;
• Princípio da Concentração dos Atos;
• Princípio da Oralidade;
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
• A audiência trabalhista é um grande jogo onde os
adversários são a parte contrária é o JUIZ.
• A parte contrária busca realizar a prova e
neutralizar a sua prova (enfraquecer, tirar a credibilidade).
• O Juiz visa na instrução simplificar os atos para
facilitar o julgamento posterior (não é uma regra).
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
• O advogado precisa sempre estar preparado para
a audiência, conhecendo o processo e levando consigo uma estratégia de atuação.
• Conhecer muito bem o ônus probatório e sua
REFLEXÃO SOBRE A AUDIÊNCIA TRABALHISTA
• O advogado precisa ser frio e calculista, e não
deixar que a emoção domine o seu raciocínio e atuação na audiência.
• Respeitar sempre o JUIZ, mas impor sua vontade
FORMATO DA AUDIÊNCIA
FORMATO DA AUDIÊNCIA
• UNA – Conciliação, Instrução e Julgamento
• INICIAL – Conciliação e Recebimento da Defesa
• INSTRUÇÃO – Oitiva das Partes e Testemunhas
FORMATO DA AUDIÊNCIA
• CLT
• Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo
determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA
E POSTURA DO ADVOGADO
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• EM QUE LUGAR DEVO SENTAR NA MESA DE
AUDIÊNCIA?
• PORQUE??
• Diante do histórico dos Juízes Classistas na Justiça do Trabalho os advogados, em face da parte que estão representando, possuem lugar certo na
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• O advogado do Reclamante ira sentar-se sempre do lado esquerdo do Juiz (lado do coração) e a Reclamada do lado direito.
• Invertendo a visão, ao adentrar a sala de audiência a esquerda da mesa estará o advogado da
Reclamada e a direita de quem olha para a mesa o advogado do Reclamante.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• O PRIMEIRO MOMENTO
• O primeiro momento da audiência é a fase
conciliatória que estaremos estudando com maior profundidade nos próximos apontamentos, onde o advogado deverá usar todas as suas armas caso o objetivo seja um acordo (técnica).
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• O SEGUNDO MOMENTO É O INTERROGATÓRIO • Vencida a fase conciliatória é o momento do
interrogatório das partes, onde o Juiz de ofício poderá dar início, ou ainda consultar as partes.
• Neste momento o Juiz poderá interrogar a parte diretamente e posteriormente ofertar a palavra ao advogado contrário, ou ainda já inicialmente
adotar esta postura, deixando o advogado realizar o interrogatório (importante estar preparado).
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• OITIVA DAS TESTEMUNHAS
• Posteriormente inicia-se a oitiva das testemunhas, primeiramente as do Reclamante e
posteriormente as da Reclamada, isso se o Juiz diante do ônus probatório não inverter a ordem.
• O Advogado jamais poderá perguntar diretamente a parte ou testemunha, todos os questionamentos deverão ser realizados ao Juiz que decidirá por
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• PALAVRA “PELA ORDEM”
• Os advogados poderão sempre que necessário fazer uso da expressão “pela ordem” caso a
condução do interrogatório ou mesmo oitiva da testemunha fugir ao contexto fático e legal.
• De forma similar “data venia” que significa
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• O QUE NÃO EXISTE NOS AUTOS NÃO EXISTE NO
MUNDO
• Importante observar ainda a correta transcrição de tudo que foi verbalizado pelas partes e
testemunhas na ata de audiência, solicitando as inclusões quando necessário.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• PROTESTOS
• Toda vez que for indeferida uma pergunta ou praticado qualquer ato contrário a ordem
processual e ofensivo a princípios e direitos importante fazer consignar os “protestos”
• Condição para que se possa recorrer do ato em
momento oportuno (irrecorribilidade das decisões interlocutórias).
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• REQUERIMENTOS FINAIS / RAZÕES FINAIS
• Antes de encerrar a instrução processual ainda é possível formular requerimentos e após encerrada a mesma as partes poderão fazer uso do prazo
para alegações finais, o que estaremos abordando nos tópicos que seguem.
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÊNCIA E POSTURA DO ADVOGADO
• CONHECIMENTO E AUTO CONTROLE
• De máxima importância conhecer o processo a legislação que envolve o caso e a audiência,
sempre transparecendo segurança e calma, lembrando sempre que até o último minuto é
possível reverter a situação em uma audiência e, estando tranquilo, tudo fluirá melhor.
BLOCO II
BLOCO II
Técnicas de Negociação na Fase
Conciliatória
Aditamento a Inicial ou
Contestação
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE
CONCILIATÓRIA
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• IMPORTANTE TER UMA BOA TESE
• A estratégia para um bom acordo nasce no momento que se tem uma boa tese a ser
sustentada, e um bom argumento em face da parte contrária, porém, ainda existem riscos na instrução processual.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• O PRIMEIRO ADVERSÁRIO NA NEGOCIAÇÃO
• O primeiro adversário na negociação é o próprio cliente, para o mesmo o acordo tem que ser um bom negócio, ou seja perderia mais com uma
sentença desfavorável do que com os valores que estão sendo objeto do acordo.
• Nenhum cliente gosta de falar de acordo antes de entender os riscos do caso e se convencer das
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• ESTRATÉGIA PARA COM O CLIENTE
• O acordo sugerido pelo advogado ao cliente deve ser sempre com uma razoável margem para maior ou menor dependendo do lado em que se
encontra (estratégia), assim, consolidado o mesmo sempre dará um ar de vitória a conciliação.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• ESTRATÉGIA E NÃO PREJUÍZO
• Conforme relatado anteriormente o advogado deve apresentar ao cliente um verdadeiro “RAIO X” do caso, expondo os riscos em face de cada tese sustentada, assim o acordo passa a ser estratégia no processo e não prejuízo.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• NEGOCIANDO COM A PARTE CONTRÁRIA
• No tocante a parte contrária o acordo deve ser oferecido em um valor inicial, aguardando,
sempre, uma contraproposta ou ainda sugestão do Juiz. O Reclamante deve estar preparado para
descer e a Reclamada para subir os valores ali negociados.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• Jamais ofereça em juízo o seu teto ou piso para acordo, sempre deixe uma margem para aumenta ou descer a proposta se necessário, isso tem uma ação psicológica sobre o Magistrado e parte
contrária que se sentiram donos da situação.
• Para fins de acordo importante conquistar o Juiz nos primeiros momentos da audiência
demonstrando as falhas da parte contrária no processo e demonstrando o interesse no acordo.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• AS VEZES O JUIZ E ATÉ A PARTE CONTRÁRIA NÃO
CONHECEM O PROCESSO.
• Na maioria das vezes, conforme estudado
inicialmente os Juízes pré-julgam o caso e adoram um acordo, mesmo sem ter acesso aos detalhes do processo, assim como, o advogado da parte
contrária pode estar em audiência sem conhecer profundamente o caso, apenas para realizar a
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• UM JOGO DE PRESSÃO E PERSUASÃO
• O acordo é um verdadeiro jogo de pressão e
persuasão, onde aqueles que dominam o contexto do caso conseguem bons resultados, por isso,
imprescindível se preparar muito bem para esta fase da audiência.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• ATA DE AUDIÊNCIA E INFORMAÇÕES
COMPLEMENTARES
• Leia sempre a ata de audiência antes de assinar a homologação do acordo, muitas vezes o Juiz inclui situações que podem não ser favoráveis ao
contexto do acordo e que não foram combinadas entre as partes.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO NA FASE CONCILIATÓRIA
• Importante constar a quitação total do contrato de trabalho e relação jurídica.
• Atenção a incidência do INSS sobre as verbas salariais e inclusive sobre o acordo (20%)
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
ADITAMENTO A INICIAL OU A
CONTESTAÇÃO
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• MOMENTO PARA APRESENTAÇÃO DA DEFESA
• Na nova regra processual trazida pela reforma trabalhista a contestação pode ser apresentada por escrito no sistema PJE até a audiência
inaugural.
• Nestes moldes, a petição inicial poderá ser aditada até a defesa ser apresentada.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• DEFESA ORAL
• Se a opção da Reclamada for pela defesa oral nos termos do art. 847 da CLT o aditamento será
possível até antes de ser finalizada a fase de conciliação.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• POSSÍBILIDADE DE ADITAMENTO DA INICIAL
• Se possível o aditamento da inicial, de tal fato será dado ciência a Reclamada que terá prazo para
complementar sua tese de defesa e, ocorrendo o aditamento em audiência, a manifestação poderá ser realizada na própria audiência ou ainda
mediante nova designação.
• Com a nova regra processual (reforma) o
aditamento da contestação deve ser analisado por alguns ângulos, observe os dispositivos legais:
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• “Art. 841. ...
• 3o Oferecida a contestação, ainda que
eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação.”
• Dá a entender que os polos processuais estão fechados e todos os demais atos dependem de anuência das partes.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• “Art. 847. ...
• Parágrafo único. A parte poderá apresentar
defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência.”
• Faculdade para apresentação na modalidade oral em audiência ou escrita até a audiência. Exercida a faculdade o polo processual está fechado,
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• MATERIALIZAÇÃO DO ADITAMENTO
• Como a contestação no ordenamento processual trabalhista pode ser verbal (20 minutos) ou escrita, nesta última hipótese o aditamento poderá ser
consignado em ata, uma espécie de
complementação à defesa escrita de forma verbal.
• Com o PJE o juízes poderá solicitam que a parte adite a contestação digitando diretamente no corpo da ata, liberando o teclado na tela de acompanhamento.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• ADITAMENTO DA CONTESTAÇÃO
• Como o texto legal fala até a audiência,
poderíamos interpretar que até este momento a defesa poderia ser aditada.
• Mas é uma interpretação extensiva que parece muito injusta com o Reclamante, que poderá ser surpreendido dentro do processo.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• ADITAMENTO E OU EMENDA POR
DETERMINAÇÃO DO JUIZ (NCPC)
• Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial
não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
• Art. 321 ...
• Parágrafo único. Se o autor não cumprir a
ADITAMENTO A INICIAL OU A CONTESTAÇÃO
• ADITAMENTO E OU EMENDA EXPONTANEA PELA
PARTE (NCPC)
• Art. 329. O autor poderá:
• I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a
causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
• POSSIBILIDADES
• A audiência poderá ser adiada por decisão do Juiz, com ou sem requerimento (art. 765 CLT)
• A audiência deverá ser adiada ainda quando uma testemunha convidada não comparecer isso diante da necessária continuidade da instrução
processual, nos termos do Art. 825 da CLT em seu parágrafo único que relata que:
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
“Art. 825 - As testemunhas comparecerão à
audiência independentemente de notificação ou intimação.
Parágrafo único - As que não comparecerem
serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva,
além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.”
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
• No rito sumaríssimo é necessário o convite escrito em face da testemunha
Art. 852 – G,
§ 3º - Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva.
ADIAMENTO DE AUDIÊNCIA
• CASO FORTUITO / FORÇA MAIOR
• Ainda poderá ser sustentado o “caso fortuito” e a “força maior”, tudo devidamente comprovado.
• Caso fortuito. É o evento proveniente de ato
humano, imprevisível e inevitável, que impede o cumprimento de uma obrigação, tais como: a
greve, a guerra etc.
• Força maior, que é um evento previsível ou imprevisível, porém inevitável, decorrente das
BLOCO III
BLOCO III
Réplica
Representação das Partes em
Audiência
Arquivamento
Revelia
RÉPLICA
RÉPLICA
• A Réplica também é aplicada por analogia ao NCPC em seus artigos 350 e 351, onde o Juiz concede à parte contrária a oportunidade de falar
(manifestação) sobre a contestação e documentos juntados nos autos com a mesma (Contraditório).
• NCPC
• Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.
RÉPLICA
• NCPC
• Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias
enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova.
RÉPLICA
• No Rito Ordinário o Juiz poderá tanto ofertar prazo para tal manifestação, ou ainda, conceder tal
oportunidade em audiência por 10 minutos
(analogia as alegações finais), tendo em vista a audiência ser para instrução e julgamento.
• No Rito Sumario as alegações serão sempre em
audiência salvo real impossibilidade conforme
estudado anteriormente.
• No entanto com a reforma trabalhista e alteração da CLT, “em tese” nasce um novo momento. Logo após a apresentação da Contestação no PJE:
RÉPLICA
• “Art. 841. ...
• 3o Oferecida a contestação, ainda que
eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação.”
RÉPLICA
• “Art. 847. ...
• Parágrafo único. A parte poderá apresentar
defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência.”
RÉPLICA
• A RÉPLICA NA AUDIÊNCIA
• Trata-se de um momento único e que pode
conotar “confissão” pela falta de manifestação.
• Sendo em audiência a manifestação em réplica, o advogado deverá com muita atenção fixar os
pontos sustentados na defesa anotando os tópicos e realizar uma breve leitura sobre os mesmos.
RÉPLICA
• Em ato contínuo comparar os documentos juntados com os tópicos observando sua
autenticidade e veracidade, anotando todas as constatações e impugnar.
• Em último caso, não chegando a uma real
conclusão realizar manifestação genérica porém por tópicos usando frase de efeito para evitar “confissão” quanto as alegações e documentos.
RÉPLICA
• Exemplos:
• O documento de fls. é unilateral não possuindo real credibilidade em face da prova almejada;
• Os documentos de fls não se coadunam com o sustentado da Inicial e devem ser
desconsiderados;
• Não recai qualquer credibilidade em face dos documentos juntados as fls ..., devendo estes serem desconsiderados por este douto Juízo;
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM
AUDIÊNCIA
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• Este momento processual em audiência sofreu consideráveis modificações, inclusive alterando entendimento pacificado no TST em sede de Orientação Jurisprudencial (OJ) e Súmula.
• Assim sendo, a melhor forma de estudar a
representação das partes em audiência e seus efeito é através do texto legal, que segue com o
que não foi alterado e as alterações e inclusões em negrito:
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão
estar presentes o reclamante e o reclamado,
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• § 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir
pelo gerente, ou qualquer outro preposto que
tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
• § 2º Se por doença ou qualquer outro motivo
poderoso, devidamente comprovado, não for
possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• § 3o O preposto a que se refere o § 1o deste
artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.” (NR)
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• PROCURADOR (REPRESENTAÇÃO POR
PROCURAÇÃO)
• Ainda existe a possibilidade da representação por procuração:
• Sócio Pessoa Física = Constitui Procurador
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• Não há previsão legal na CLT, mas trata-se de ato civil válido.
• A procuração deve ser por instrumento público.
• Como não é uma condição de representação
unanime a mesma deve ser evitada, mesmo por que acabou sendo superada pela nova regra do
ARQUIVAMENTO
ARQUIVAMENTO
• TEXTO DE LEI ORIGINAL
• O Art. 844 da CLT não foi alterado, no entanto pode gerar dúvidas quanto a sua interpretação diante do teor de outros artigos:
• Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
RÉPLICA
• “Art. 841. ... 3o Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação.”
• “Art. 847. ... Parágrafo único. A parte poderá
apresentar defesa escrita pelo sistema de
ARQUIVAMENTO
• FACULDADE DO JUIZ
• Art. 844
• § 1o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz
suspender o julgamento, designando nova audiência.
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• PUNIÇÃO AO RECLAMANTE
• § 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este
será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta
Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo
REPRESENTAÇÃO DAS PARTES EM AUDIÊNCIA
• CONDIÇÃO PARA A PROPOSITURA DE NOVA
AÇÃO
• § 3o O pagamento das custas a que se refere o §
2o é condição para a propositura de nova
REVELIA
REVELIA
• EFEITOS DA REVELIA (Confissão ficta da matéria
de fato)
• Art. 844. ...
• § 4o A revelia não produz o efeito mencionado
no caput deste artigo se:
• I - havendo pluralidade de reclamados, algum
REVELIA
• II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
• III - a petição inicial não estiver acompanhada de
instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;
• IV - as alegações de fato formuladas pelo
reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.
REVELIA
• PRESENÇA DO ADVOGADO EM AUDIÊNCIA
• Art. 844. ...
• § 5o Ainda que ausente o reclamado, presente o
advogado na audiência, serão aceitos a
contestação e os documentos eventualmente apresentados.
EXERCÍCIO DE POSTURA EM AUDIÊNCIA
EXERCÍCIO DE POSTURA EM
AUDIÊNCIA
EXERCÍCIO DE POSTURA EM AUDIÊNCIA
• MÁXIMA
• Todo esforço para alcançarmos algo deve ser como
tomar banho. Todos os dias! Lembrando que se em algum momento ficarmos sem tomar banho
iremos cheirar mal, mesmo tomando banho constantemente por muitos anos.
EXERCÍCIO DE POSTURA EM AUDIÊNCIA
• Realizar bem uma audiência depende de muita prática e auto controle emocional.
• Domínio do processo e da legislação processual.
• O Juiz precisa ser encarado de igual para igual, com muita naturalidade.