• Nenhum resultado encontrado

TEMPORADA 2014 ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ASSINATURAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TEMPORADA 2014 ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO ASSINATURAS"

Copied!
85
0
0

Texto

(1)

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO TEMPORADA 2014 ASSINATURAS 32 144

TEMPORADA

2014

MIN

(2)

A

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo prepara uma temporada inesquecível para celebrar, em 2014, seus 60 anos de existência.

É uma oportunidade especial para desfrutar da beleza e da técnica desta que é a melhor orquestra sinfônica do Brasil e, por sua excelência, reconhecida internacional-mente como uma das melhores do mundo.

Num testemunho da força e do acerto do modelo de gestão implantado pela Fundação Osesp, a orquestra vê fortalecida sua vocação de promover transformações culturais e sociais profundas.

Têm destaque, em sua programação, os concertos a preço popular, os concertos ma-tinais gratuitos e as apresentações ao ar livre. E é motivo de grande orgulho o Osesp Itinerante e os programas educativos da Fundação.

Toda vez que nossos músicos se apresentam na Sala São Paulo ou nos grandes palcos do país e do mundo, é nosso Estado que está representado na forma de um trabalho coletivo da mais alta qualidade. Mas, ao sair dos grandes palcos, em maratona itinerante por cidades de nosso interior, muitas das vezes em regiões com poucas opções culturais, a orquestra cumpre a no-bre missão de fomentar cultura e disseminar música clássica por todo o Estado.

Em 2013, a Osesp Itinerante passou por 50 municípios e reuniu, desde sua criação em 2008, em suas atividades e atrações mais de 228 mil pessoas: paulistas de todas as idades, com ou sem conhecimento musical.

Já os programas de iniciação musical da Fundação Osesp trazem 120 mil crianças e ado-lescentes por ano à Sala São Paulo, além de cerca de 900 professores das redes pública e privada, que recebem formação para orientar seus alunos.

Com essas iniciativas, a Osesp contribui para desmistificar a ideia de que o concerto sin-fônico é “para poucos”. O que queremos é justamente o contrário: cultura de qualidade ao alcance de nossa população.

O Governo do Estado e a Secretaria de Estado da Cultura convidam, mais uma vez, a po-pulação paulista para vivenciar e aplaudir esses momentos inesquecíveis com a Osesp, um dos mais extraordinários patrimônios da cultura de São Paulo e do Brasil.

GERALDO ALCKMIN

GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO

É

com grande satisfação, e plena certeza da importância em dar continuidade ao tra-balho desta entidade, que me dirijo ao público da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, pela primeira vez, na condição de presidente do seu Conselho Administrativo.

Não é missão fácil suceder o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, que, ao longo dos últimos oito anos desempenhou esta função com muito empenho e competência.

Uma coisa é certa: daremos continuidade ao amparo, criação e fomento de novas ideias que ampliem a visibilidade da instituição e fortaleçam seu vínculo com a socie-dade. Seguiremos com o propósito de excelência e disseminação da cultura, que per-meia o dia-a-dia dos músicos, do corpo diretivo e dos colaboradores da Fundação.

É certamente um grande desafio, um tanto facilitado pelo fato de se tratar de uma institui-ção consolidada e respeitada e com inúmeros feitos e conquistas ao longo dos últimos anos.

E por falar em tempo, nada mais significativo que assumir esta posição exatamente no ano em que a Osesp completa 60 anos de atividades. Anos bem vividos, e construídos à base de muito esforço, perseverança, coragem, dedicação e do sonho visionário de atingir patamares jamais imaginados para uma instituição cultural brasileira.

O orgulho em fazer parte deste projeto, que conta com um público tão prestigioso quanto seus profissionais – tanto os músicos quanto a equipe administrativa -, me acom-panhará ao longo dos próximos anos e, com o apoio dos meus companheiros do Conselho e de toda a comunidade Osesp, juntos, vamos prosseguir na consolidação dessa orquestra que é de toda a sociedade.

FÁBIO COLLETTI BARBOSA

(3)

A

inda não tendo chegado à quadra dos 50, ostento a honra de ter participado de metade da existência da Osesp. Visar essa bela senhora sexagenária já me traz um turbilhão de lembranças. O tempo é uma medida incerta sem o tempero dos fatos e, quando me pergunto o que foi mais relevante nessa epopeia, não tenho dúvida de que foram as pessoas que fizeram da Osesp um caso de sucesso, orquestra tão querida dos paulistas e dos brasileiros.

Tenho um olhar privilegiado dessa história. Um olhar for-mado a partir das visões de tantos e bons fautores da nossa causa. Como não lembrar do olhar enérgico e autossuficiente de Eleazar de Carvalho, olhar general e força da natureza, que soube instilar nos jovens de minha geração a missão da música sinfônica como um bem a ser protegido pela humanidade. O olhar corajoso de Mário Covas que, sob os olhares incrédulos de tantos melômanos castigados pelos anos de desesperança, idea-lizou uma sala de concertos como jamais se sonhou. O olhar urgente de John Neschling, olhar perseverante que deu azo a essa utopia. O olhar maduro e ubíquo do presidente Fernando Henrique Cardoso e seus companheiros que, nas crises do cres-cimento, trouxeram-nos ao eixo, mostrando o norte e confe-rindo estabilidade e vida institucional ao que era apenas projeto. Hoje celebramos uma realidade plena de novas possibilidades, inspirados pelo olhar instigante de Marin Alsop e sob o abrigo dos olhares argutos do Conselho, pessoas que entendem os si-nais do nosso tempo.

Mas, de todos os olhares, dois sempre foram insuperáveis. O olhar úmido e transbordante do público ao fim dos concertos, olhar de recompensa que acompanha a orquestra, anos a fio, com paixão incondicional pela música clássica, dos momentos inglórios nas salas de concerto improvisadas aos dias de farto da jubilosa Sala São Paulo. E, por fim, mas sobretudo, o olhar de cada músico, olhar de sacerdote, de esperança e de renún-cia, olhar vigilante de soldado, companheiro de trincheira que, nos tempos e contratempos de cada ano, nos acelerandos e ritardandos da vida, cumpre sua missão de erguer a cada dia as catedrais da música que a tantos emociona. A esses, meus olhares de agradecimento.

MARCELO LOPES

DIRETOR EXECUTIVO - 30 ANOS DE OSESP EM 2014

UM OLHAR FEITO DE OUTROS OLHARES

E

stou muito feliz por fazer parte da família Osesp no mo-mento em que a orquestra inicia a temporada de cele-bração de seus 60 anos de existência. E certamente há muito o que comemorar em relação a esta orquestra de re-nome internacional, que incorpora e sintetiza o espírito do sé-culo xxi no Brasil. Apaixonada, entusiasta, capaz e enérgica, a Osesp é a orquestra do futuro, cujo tempo é agora.

Fazer parte de uma organização cujo governo compreende e apoia o valor do acesso às artes para todos os cidadãos é ins-pirador em si mesmo; isto associado à oportunidade de tocar numa das mais belas salas de concerto do mundo, para o pú-blico mais caloroso e receptivo que já conheci, faz de minha estada aqui um sonho tornado realidade.

É profundamente gratificante trabalhar com pessoas que de-dicam tamanho zelo a sua orquestra, cidade e país. Sinto um imenso orgulho de fazer parte desta excepcional orquestra, neste momento especial de sua história.

Meus sinceros agradecimentos a todos pelo seu apoio e envolvimento.

MARIN ALSOP

(4)

APRESENTAÇÃO

(5)

E

m 1954, a população do Brasil atingia 57 milhões de pessoas, pouco mais de um quarto do que temos hoje. A cidade de São Paulo contava três milhões e meio de habitantes, no ano em que o presidente Getúlio Vargas dava serenamente o primeiro passo “no caminho da eternidade” e saía da vida “para entrar na História”. Menos de um mês de-pois daquele fatídico evento, o governador Lucas Nogueira Garcez promulgava, no dia 13 de setembro, a Lei de criação da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

Vivia-se um momento de grande comoção política. A insta-bilidade só começaria a ser aplacada com a eleição de Juscelino Kubitschek para a presidência da República, no ano seguinte, dando início, então, a um dos mais extraordinários períodos de desenvolvimento do país.

Vale ressaltar o quanto, em 1954, nem tinham surgido ainda muitas daquelas que hoje estão entre as marcas mais expressi-vas da nossa identidade. Grande Sertão: Veredas é de 1956. Pelé e Garrincha jamais tinham feito uma partida pela seleção, que só venceria sua primeira Copa em 1958, encantando o mundo com um estilo “brasileiro” de jogar. Brasília foi inaugurada em 1960, com as espantosas curvas de Niemeyer. Vinicius de Moraes e Tom Jobim se conheceram em 1956, para com-por as canções de Orfeu da Conceição, inaugurando, para todo efeito, o que viria a ser conhecido como “bossa nova”, em es-pecial depois do LP Chega de Saudade, de João Gilberto (1959). Desenhava-se em tudo isso nada menos que um ideal de civili-zação brasileira, ao mesmo tempo modernizadora, cosmopo-lita e ancorada em raízes fundas da nossa cultura.

Dona Flor e Seus Dois Maridos apareceu um tempo depois, em

1966, já durante o regime militar; é nesse momento também que surgem nomes como Chico Buarque e Caetano Veloso, entre tantos outros inventores de uma extraordinária arte da canção. O Tropicalismo entraria em cena logo, colado à bossa nova – embora falar de uma e outra escola hoje sugira a distância entre a Renascença e o Barroco. No campo da música clássica, para além de nomes já atuantes como Villa--Lobos, Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Guerra--Peixe, Radamés Gnattali e Claudio Santoro, surgia em 1962 o Festival Música Nova, dirigido por Gilberto Mendes.

Muito mais poderia ser mencionado como evidência do caráter extraordinário daquele instante para a cultura do Brasil: desde romances e contos de Clarice Lispector até os afro-sambas de Baden Powell, sem esquecer do cinema novo de Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, do neoconcretismo de Lygia Clark e dos primeiros trabalhos de Helio Oiticica, do Teatro Oficina de Zé Celso Martinez Corrêa, e dos poemas de João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e dos concretis-tas paulisconcretis-tas. Naquele breve interregno democrático, entre o Estado Novo getulista e o golpe militar de 1964, uma década marcada por incentivos inéditos à industrialização (com conse-quências mistas, vendo as coisas em retroespecto), assim como por avanços na educação pública (interrompidos não muito de-pois), o Brasil punha em ação potências até então represadas. E a Osesp nascia justamente às vésperas dessa brevíssima era, cujas repercussões e desdobramentos definem até hoje tanto do que nos caracteriza.

Nessa Temporada 2014 comemoramos, então, os 60 anos da Osesp. Que ela própria tenha se tornado, agora, uma marca da identidade paulista e paulistana, que a Osesp concretize ideais brasileiros há tanto tempo imaginados, é resultado de uma longa história, relatada aguda e sucintamente no texto de Luiz Marques (p.16). Na paisagem dos 60, há muito o que ver e muito o que celebrar, para trás; e muito o que fazer, pela frente.

Uma série de concertos e outras atividades comemoram di-retamente essa ocasião. Antes mesmo de começar a Temporada de Assinaturas, faremos concertos a preço popular na Sala São Paulo e uma turnê pelo interior do Estado. Tudo isso na sequên-cia de nossas duas primeiras gravações para a Decca, expressivo passo não só para a Osesp, mas para a música brasileira como um todo. A primeira delas celebra também os 70 anos do pia-nista brasileiro Nelson Freire, parceiro desde sempre da Osesp e aqui parceiro também do jovem regente Marcelo Lehninger, representando com brio a nova geração; a outra terá repertó-rio só de obras brasileiras, sob o comando da nossa regente ti-tular Marin Alsop, para distribuição internacional, às vésperas da Copa do Mundo. Falando em Copa: teremos três progra-mas muito especiais em junho-julho: um verdadeiro festival Villa-Lobos, regido por Isaac Karabtchevsky, com participa-ção do violoncelista Antonio Meneses; uma versão de concerto

(6)

MARIN ALSOP

da opereta Candide, de Leonard Bernstein; e a Nona Sinfonia de Beethoven, essas duas regidas por Marin Alsop com participa-ção do barítono Paulo Szot. Mais adiante, em agosto, faremos uma turnê por meia dúzia de capitais brasileiras, com repertó-rio que inclui o Concerto Para Saxofone Contralto e Orquestra, de John Adams – reconhecido por consenso como um dos maio-res, senão o maior compositor da atualidade –, peça essa enco-mendada pela Osesp em parceria com as Sinfônicas de Sidney, Baltimore e da Northwestern University. Ao longo do ano, ou-viremos também uma breve seleção de obras de autores brasilei-ros compostas no ano de 1954.

CELSO ANTUNES

Como de hábito, teremos uma prestigiosa lista de mais de 70 regentes e solistas, a começar por Marin Alsop e pelo re-gente associado Celso Antunes, e a continuar pelo artista em residência Jean-Efflam Bavouzet – com quem vamos gravar as obras completas para piano e orquestra de Stravinsky, regidas por Yan Pascal Tortelier (para o selo Chandos). Amigos que retornam incluem, entre muitos outros, o regente Stanislaw Skrowaczewski, o flautista Emmanuel Pahud e a contralto Nathalie Stutzmann. Entre os que vêm tocar com a Osesp pela primeira vez, estão nomes como o do violinista Christian Tetzlaff, dos maestros Eivind Gulberg Jensen e Andrew Manze e da mezzo Christianne Stotijn, sem falar no do violinista bra-sileiro Luiz Fílip. Teremos um ciclo dos quatro concertos para piano e orquestra de Rachmaninov, com os solistas Garrick Ohlsson, Nikolai Lugansky, Olga Kern e Lukáš Vondráček. “Villa-Lobos em Foco” apresentará um panorama de obras do nosso maior compositor, seja para orquestra, seja para grupos de câmara ou coro.

Continuaremos fazendo a integral das sinfonias de Sibelius (dessa feita com a nº 3 e a nº 5); já o ciclo “Stravinsky: Além da Sagração” trará duas peças para Coro e Orquestra e um concerto para cordas, sem falar nas obras para piano e orques-tra já citadas. Leonard Bernstein será o “compositor orques- trans-versal” – com obras interpretadas pela orquestra, pelo coro, pelo Quarteto Osesp e outros grupos de câmara, ao longo da

(7)

CORO DA OSESP

Temporada –; e o prestigiado escocês James MacMillan será o “compositor visitante”, acompanhando a preparação de um programa regido por Marin Alsop em outubro, além de reger, ele mesmo, um concerto do Coro da Osesp.

Vale abrir um parágrafo para salientar que o Coro da Osesp, dirigido por Naomi Munakata, completa 20 anos em 2014. Além de quatro concertos na sua própria série, da participação em vários concertos da orquestra e de um extenso programa de itinerância pela capital e pelo interior do estado, na manhã do domingo, 13 de abril, o Coro canta um programa de Páscoa, só de autores brasileiros e latino-americanos, com transmissão ao vivo pela Rádio Cultura FM para mais de 180 emissoras ao redor do mundo. E a musicista homenageada dessa Temporada será a contralto Mariana Valença, integrante do Coro desde 1994.

As encomendas a autores brasileiros somam nada menos do que seis obras, abrindo espaço para criadores de variadas ten-dências e de diferentes gerações. Nossa editora, Criadores do Brasil, segue firme e forte, lançando mais de uma dúzia de partituras. Também segue adiante o projeto de restauro e gra-vação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Karabtchevsky, assim como os lançamentos de compositores e intérpretes brasileiros para o novo Selo Digital Osesp, com download gra-tuito. Seguimos tocando e gravando a integral das Sinfonias de Prokofiev, regidas por Marin Alsop, com distribuição nacio-nal e internacionacio-nal da Naxos. Um projeto especial para crian-ças reunirá a Osesp (regida por Wagner Polistchuk) e Adriana Calcanhotto, para apresentar Pedro e o Lobo, de Prokofiev, e

Canções de Partimpim (orquestradas por André Mehmari).

CAPAS DE PARTITURAS EDITORA CRIADORES DO BRASIL

(8)

Os projetos educativos de formação de plateia estão entre as atividades mais importantes da Fundação Osesp. Repetindo números de 2013, nesta Temporada esperamos receber nova-mente cerca de 120 mil crianças e adolescentes, e aproxima-damente mil professores, a grande maioria da rede pública de ensino. Os concertos a preço popular e os concertos ao ar li-vre sempre atraem milhares de pessoas, para nossa alegria. As transmissões pela Rádio e TV Cultura e os concertos digitais ampliam a plateia muito além dos limites da Sala São Paulo. A Academia da Osesp oferece formação musical de alto nível para 20 jovens instrumentistas, a quem se somam, desde o iní-cio de 2013, os 20 jovens cantores do Coro Acadêmico.

PROGRAMA EDUCACIONAL

Tudo isso é só um resumo breve do que temos preparado para uma Temporada tão significativa. Nada seria possível sem a colaboração direta de cerca de 400 pessoas, entre artistas, funcionários, administradores e conselheiros da Fundação Osesp, mais outras centenas de apoiadores e colaboradores que participam da rede nacional e internacional de projetos, sem falar nos milhares de assinantes e muitos mais que isso quando se pensa nas apresentações populares, nas transmis-sões pela TV, rádio e internet, no Brasil e no exterior. Cabe sempre lembrar que o que somos hoje é fruto de seis décadas de trabalho, subvencionado continuamente pelo Governo do Estado, desde a criação da Osesp no nascedouro da cultura moderna do Brasil. Que milhares de pessoas tenham conver-gido para este projeto, afinal, por amor à música, que tantos tenham dedicado energia e amizade à Osesp pela crença no seu valor humanitário e cultural, é algo que nos comove e nos ins-pira, ao chegar cheios de gás aos 60. E é bem nesse espírito que se pode ler, agora, um poema inédito de Carlos Drummond de Andrade, que parece feito sob medida para a ocasião (trocando apenas “setenta” por “sessenta”):

Na paisagem dos [sessenta], Minha alma canta, comovida, O milagre da amizade, Que renova minha vida.¹

ARTHUR NESTROVSKI É O DIRETOR ARTÍSTICO DA OSESP.

1. Enviado pelo poeta ao editor Maurício Rosenblatt, em 25/06/1972, agradecendo os votos pelo seu aniversário.

(9)

ELEAZAR DE CARVALHO NO FESTIVAL DE INVERNO DE CAMPOS DE JORDÃO, EM 1984

(10)

C

orria o ano do Quarto Centenário de São Paulo, efe-méride que a cidade, em desenfreado crescimento, pretendia comemorar com pompa e circunstância. O cineasta Lima Barreto realizou seu documentário São Paulo

em Festa e foram inaugurados nada menos que o Monumento

às Bandeiras, de Victor Brecheret, o obelisco Mausoléu ao Soldado Constitucionalista de 1932, de Galileo Emendabili, a nova Catedral da Sé e a restauração do Pátio do Colégio. É nesse contexto que se deve entender a criação da Orquestra Sinfônica Estadual, primeira denominação da nossa Osesp.

Embora já estivesse em funcionamento desde 1953, sua cer-tidão de nascimento foi lavrada pela Lei nº 2733 e promulgada pelo governador Lucas Nogueira Garcez em 13 de setembro de 1954. O primeiro regente titular da “Estadual” foi o pianista, maestro e compositor João de Souza Lima (1898-1982), figura onipresente do Novecentos musical brasileiro, amigo de Villa--Lobos e Darius Milhaud. Sua experiência como regente já se firmara à frente da Orquestra da Rádio Tupi e da Orquestra da Rádio Gazeta, às quais chegara pelas mãos, respectivamente, de Assis Chateaubriand e Cásper Líbero.

Na banca das primeiras audições, estavam figuras como Camargo Guarnieri e Eleazar de Carvalho, que seleciona-ram um contingente inicial de 56 instrumentistas, den-tre os quais alguns nomes que marcariam a história da músi-ca no Brasil: Nathan Schwartzmann (spalla), George Olivier Toni, Yoshitame Fukuda, João Dias Carrasqueira e os irmãos Régis e Rogério Duprat. No dia 18 de julho de 1953, a or-questra realizou seu primeiro concerto, no Theatro Municipal de São Paulo, com participação do célebre pianista Alexander Brailowsky. Com ensaios regulares, o grupo se apresentou

pelo menos mais quatro vezes, ainda naquele mesmo ano. LEI DE CRIAÇÃO DA OSESP

Apesar de a orquestra ter sido criada por lei, os concertos de 1953 não tiveram continuidade no ano seguinte. Nem mesmo a mobilização dos músicos, recebidos em audiência pelo go-vernador, foi suficiente para garantir a manutenção do projeto.

(11)

É

preciso um salto de dez anos para reencontrar a orques-tra novamente em atividade. Em 1964, ela foi pratica-mente recriada. O maestro Bruno Roccella tornou-se seu novo regente e diretor artístico. Nascido em Pozzuoli, uma província de Nápoles, em 1936, mudou-se para o Brasil aos doze anos e naturalizou-se brasileiro em 1960. Filho do maes-tro Giovanni Roccella, um dos fundadores do Conservatório Carlos Gomes, em Campinas, o músico mora em São Paulo até hoje e segue dando aulas e orientando cantores líricos. O maes-tro assistente era Marcelo Mechetti – pai de Fabio Mechetti, atual regente da Filarmônica de Minas Gerais.

Cerca de quatro anos de atividade compuseram este se-gundo capítulo da história de nossa orquestra. Com um con-tingente de 81 músicos, entre os quais Benito Juarez e José Eduardo Gramani, a orquestra apresentou-se pelo menos 22 vezes na capital e 38 vezes no interior do estado. Em 1967, às vésperas de outra longa hibernação, um evento memorável: Camargo Guarnieri rege a Estadual na interpretação do seu extraordinário Concerto nº 3 Para Piano (1964), com a solista Laís de Souza Brasil (a quem ele dedicaria seu Concerto nº 5).

MAESTRO ELEAZAR DE CARVALHO

E

m 1973, após um recesso de mais de cinco anos, a Estadual passa por nova reestruturação, conduzida pelo célebre maestro Eleazar de Carvalho (1912-96). O se-gundo renascimento da orquestra é indissociável do Festival de Campos de Jordão, concebido por Eleazar nos moldes do Festival de Verão de Tanglewood (Massachusetts, EUA), que ele conhecia a fundo. Entre 1947 e 1973, Eleazar fora re-gente e diretor musical de várias orquestras no Brasil e nos Estados Unidos: a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Sinfônica do Recife, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e a Saint Louis Symphony. Responsável por aulas de regência na Hofstra University e na Juilliard School, respectivamente no estado e na cidade de Nova York, Eleazar fora professor de Claudio Abbado, Charles Dutoit, Zubin Mehta e Seiji Ozawa.

Em 1975, a orquestra atravessou mais uma grande crise, supe-rada graças à mobilização da comunidade musical e de um abai-xo-assinado de iniciativa de Olivier Toni, com mais de duzentos assinaturas, entre as quais as de Guiomar Novaes, Ruy Mesquita, Caio Pagano e Leon Spierer, spalla da Filarmônica de Berlim.

Em 1978, o conjunto tomou enfim seu nome atual: Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. No início dos anos 1980, fa-zendo um balanço de seu primeiro decênio de atividade, Eleazar escreveu: “Durante essa década de trabalho, a Osesp somou um nome que a projeta como uma das maiores instituições de cultu-ra artística do Estado de São Paulo e uma das melhores orques-tras sinfônicas brasileiras”.

Depois de temporadas memoráveis no Teatro Cultura Artística, a orquestra viu-se em situação muito precária: sem sede adequa-da, sem recursos e com o salário de seus músicos muito reduzido. Malgrado tudo, o empenho do maestro não arrefeceu: progra-mou o ciclo completo das Sinfonias de Beethoven e, por três vezes, o monumental ciclo das Sinfonias de Mahler. Em 1987, no auge da crise, Eleazar mais uma vez superou as adversidades para celebrar com a Osesp o centenário de nascimento de Heitor Villa-Lobos.1

Em 1996, Eleazar deu início à integral das Sinfonias de Bruckner, vindo a morrer pouco após reger a Sinfonia nº 4. O velório teve lugar no Theatro Municipal de São Paulo. Em seu emocionado discurso de despedida, Gilberto Siqueira, trompetista da Osesp desde 1973, lembrou que “o maestro não tinha conseguido ver realizado seu maior sonho: ter um lugar para a orquestra crescer e florescer”. O governador Mário Covas estava presente e, a partir daquele momento, não abandonou a ideia da criação de uma sede própria e da reestruturação da orquestra.

1 Pessoalmente, presen-ciei dois ensaios abertos do maestro e posso apenas dizer que a maneira severa (e não sem humor) como infundia energia à sua orquestra é algo inesquecível.

(12)

E

m 1997, a convite de Marcos Mendonça, então secre-tário de Estado da Cultura, John Neschling conduziu o processo de reestruturação, pautado pelas diretrizes formuladas por Eleazar. Estas incluíam, além da nova sede, melhores salários para os músicos – dos quais se esperava uma reavaliação mediante concurso interno. Dos 97 instrumentis-tas, 68 aceitaram fazer os testes e 44 foram aprovados, entre os quais os dois primeiros clarinetes, os oboés, uma primei-ra flauta, uma primeiprimei-ra trompa, os trompetes, os trombones, seis contrabaixos, a primeira viola, o spalla e o naipe de per-cussão. Vinte e seis músicos foram contratados em Nova York, Paris, Bucareste e Sófia. A banca desses concursos internacio-nais era composta por Roberto Minczuk, maestro assisten-te da Osesp, e membros de orquestras como a Filarmônica de Viena e a Gewandhaus de Leipzig, além de solistas como o violoncelista Antonio Meneses e o violinista Régis Pasquier.

São Paulo deve a magnífica sede da Osesp ao governador Mário Covas, que a inaugurou em 9 de julho de 1999. O projeto da reforma da Estação Júlio Prestes foi de Nelson Dupré, que, com a colaboração da empresa nova-iorqui-na Artec, especializada em acústica, realizou o impen-sável: transformou uma ruidosa estação de trem em uma das mais elogiadas salas de concertos do mundo: a Sala São Paulo. Em uma noite memorável, a orquestra interpretou a

Sinfonia nº 2, de Mahler, cujo título, Ressurreição, era uma

óbvia referência ao momento.

Claudia Toni assumiu a direção executiva da orquestra em 1998 e foi responsável pela estruturação do funciona-mento operacional (até 2002). Foram criados o Centro de Documentação Musical Eleazar de Carvalho, coordenado durante mais de dez anos por Maria Elisa (Milly) Pasqualini – hoje em dia dirigido pelo maestro Antonio Carlos Neves –;

CONVITE PARA O LANÇA-MENTO DO PROJETO DA SALA SÃO PAULO

OSESP NO JARDIM DA SOROCABANA, ONDE ATUALMENTE É A SALA DE CONCERTOS

(13)

e a editora de partituras Criadores do Brasil, que promove a recuperação e a publicação do repertório musical brasilei-ro – do Hino Nacional às Sinfonias de Villa-Lobos, passando pelas dezenas de obras encomendadas anualmente pela pró-pria Osesp.

O Serviço de Assinaturas, criado em 2000 sob coordena-ção de Eneida Monaco, imediatamente ganhou a adesão de mais de dois mil ouvintes apaixonados – número que de lá pra cá multiplicou-se por cinco.

John Neschling e Roberto Minczuk realizaram importan-tes gravações com a Osesp, como a integral das Sinfonias de Camargo Guarnieri e dos Choros e Bachianas, de Villa-Lobos, lançadas no Brasil pela Biscoito Fino e, no mercado interna-cional, pelo selo sueco BIS. Com esses registros, a Osesp co-meçava a documentar musicalmente a nova fase de sua história. Como publicou a revista Gramophone em reportagem de de-zembro de 2008, “nos doze anos em que esteve à frente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Neschling elevou o grupo a níveis internacionais, tornando-o reconhecido pela crítica internacional como uma das orquestras a serem notadas entre as melhores do mundo”.

Antes disso, em 2005, fora dado um importantíssimo pas-so na história da orquestra, com a criação da Fundação Osesp, seguindo o novo modelo de Organização Social. Presidida por Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, a Fundação tem contrato quinquenial (já renovado) com o Governo do Estado para a gestão de todas as atividades da Osesp e da Sala São Paulo, e se tornou referência de adminis-tração cultural para muitas outras instituições no país.2

A partir desse momento, cabe ressaltar também o tra-balho de Marcelo Lopes, que assumiu a direção executi-va. Economista e advogado, além de trompetista veterano da Orquestra, ele era a figura talhada para isso. Afinal, o dire-tor executivo de uma instituição como a Osesp deve ser não apenas proficiente em administração, economia e direito, mas também em música – e conhecer as prioridades artísticas e necessidades práticas do conjunto. Ao longo dos últimos oito anos, Marcelo Lopes tem conduzido a orquestra com compe-tência e fibra, contornando as dificuldades com ânimo e guian-do a Osesp sempre à frente.

2 Os membros institui-dores da Fundação Osesp fo-ram: Fernando Henrique Cardoso, Pedro Moreira Salles, Alberto Dines, Carlos Rauscher, Horácio Lafer Piva, John Neschling, José Ermirio de Moraes Neto, Luiz Schwarcz, Marcelo Lopes, Pedro Malan, Pérsio Arida e Rubens Barbosa.

A

pós a saída do maestro John Neschling, em janei-ro de 2009, abriu-se para a orquestra um momen-to importante de transição. Consoante o consenso do Conselho Diretor, fortalecido por seus consultores in-ternacionais – Timothy Walker (diretor da Filarmônica de Londres) e Henry Fogel (reitor da Faculdade de Artes da Universidade de Roosevelt, em Chicago, ex-presidente da Liga das Orquestras Americanas e ex-diretor da Sinfônica de Chicago) –, era chegada a hora de contratar um regente internacional, capaz de conferir ímpeto à já crescente proje-ção da Osesp fora das fronteiras nacionais. Baseada em mui-ta pesquisa e nas indicações de um comitê de busca formado especialmente para a ocasião, a escolha para assumir interi-namente o posto de regente titular recaiu sobre Yan Pascal Tortelier, não por acaso um dos nomes mais votados pelos músicos da orquestra.

Pertencente a uma família de músicos, o maestro Tortelier é filho de Paul Tortelier (1914-90), mestre legendário do violoncelo. Depois de uma longa carreira como virtuose do violino, Tortelier acumulou enorme experiência como re-gente titular e diretor artístico da Ulster Orchestra (1989--92), regente titular da Sinfônica de Pittsburgh (2005-8) e re-gente titular da Filarmônica da BBC (1992-2003), da qual é hoje regente laureado, título ao qual se associa o de principal regente convidado da Royal Academy of Music, de Londres.

Entre 2009 e 2011, Tortelier contribuiu de maneira sig-nificativa para a confirmação mundial da Osesp, liderando--a na turnê europeia de 2010, que incluiu apresentações em Salzburgo e na Musikverein, em Viena, e realizando grava-ções para os selos Biscoito Fino e Chandos. Tortelier segue como regente convidado de honra até o final de 2013 e, em 2014, será responsável pela gravação, com a Osesp, da obra completa para piano e orquestra de Stravinsky para o selo Chandos, tendo Jean-Efflam Bavouzet como solista.

A atuação do maestro foi complementada pela do diretor artístico da orquestra, a quem estão confiadas a elaboração conceitual e prática da programação, a promoção de suas gravações e a interação com outras orquestras e com com-positores contemporâneos, além da direção de sua atividade

(14)

editorial e da comunicação com a sociedade e com outras instituições de cultura. Este conjunto de responsabilida-des foi assumido em 2010 pelo músico, professor, escritor e crítico musical Arthur Nestrovski. O dinamismo e o entu-siasmo de Nestrovski põem em valor uma sólida formação ao mesmo tempo musical, literária e acadêmica, obtida nas Universidades de York, na Inglaterra (Bachelor of Arts), e de Iowa, nos Estados Unidos (Ph.D.). Entre os méritos maiores de sua atividade, destaca-se uma percepção amadurecida das possibilidades de intersecção entre a música e outras esferas da vida cultural.

Outras iniciativas importantes marcaram a transição para a atual situação da Osesp. Em 1999, o Coral Sinfônico do Estado – sempre sob a regência de Naomi Munakata – teve suas estruturas integradas às da orquestra, passando em 2001 a se chamar Coro da Osesp. Foram também criados os coros de Câmara,3 Juvenil e Infantil, além dos Programas

Educacionais – que hoje atingem nada menos do que 120 mil crianças e adolescentes e cerca de 1.000 professores, majo-ritariamente da rede pública de ensino – e da Academia de Música, com 20 jovens instrumentistas, a quem se somam os 20 jovens cantores do Coro Acadêmico4 a partir de 2013.

A missão desta última, criada em 2007 à imagem das acade-mias das orquestras de Viena e de Berlim, é a formação de alto nível de músicos que comporão a massa crítica para as orquestras sinfônicas brasileiras e que fornecerão também instrumentistas para a própria Osesp.

3 Em 2013, os Coros fo-ram unificados no Coro da Osesp.

4 A aréa educativa desde 2012 está a cargo de Rogério Zaghi. O Coro Infantil está sob os cuidados de Teruo Yoshida, o Coro Juvenil é comandado por Paulo Celso Moura, e o Coro Acadêmico é dirigido por Marcos Thadeu.

PÁGINA DA REVISTA

GRAMOPHONE, 2012

A partir de 2012, a nova-iorquina Marin Alsop assumiu a posição de regente titular da Osesp, cargo ao qual acrescen-ta hoje o de diretora musical. Marin vem de uma família de músicos e é formada pela Universidade de Yale. Discípula de Leonard Bernstein, seu nome se projetou internacionalmen-te ao vencer em 1989 o prestigiado Koussevitzky Conducting Prize, do Tanglewood Music Center. Em 2003, foi a primei-ra artista a receber, no mesmo ano, o Conductor’s Award, da Royal Philharmonic Society, e o título de Artista do Ano, da revista Gramophone. Em 2005, foi a primeira regente a re-ceber a prestigiosa bolsa da Fundação MacArthur.

Em 2007, tornou-se regente e diretora musical da Sinfônica de Baltimore, uma das grandes orquestras nor-te-americanas, com um contrato renovado que se estende até a temporada de 2020-21. Em 2008, foi eleita fellow da American Academy of Arts and Sciences. Sua carreira flo-resceu igualmente fora dos Estados Unidos, notadamente no Reino Unido, à frente de orquestras como a Sinfônica de Londres e a Sinfônica de Bournemouth, de que foi regen-te titular de 2002 a 2008. Recenregen-temenregen-te, em seregen-tembro de 2013, foi ela a primeira mulher a reger a BBC Symphony Orchestra e solistas na “Last Night of the Proms”, celebrado evento de encerramento do mais importante festival de mú-sica da Europa, transmitido por rádio, internet e TV ao re-dor do mundo.

Sobre o indefectível comentário a respeito de seu pio-neirismo como mulher em tantas conquistas e honrarias, Marin tem uma frase lapidar: “Sinto-me muito orgulhosa, mas também acho deplorável que estejamos no século xxi ainda comemorando as ‘primeiras vezes’ para as mulheres”. Atualmente, Marin Alsop fica de 13 a 15 semanas por ano no Brasil, o mesmo tempo que dedica à Sinfônica de Baltimore. Em parceria com ela, a Osesp alcançou o que se pode considerar um novo patamar de prestígio internacio-nal. Em 2012, a orquestra apresentou-se com Nelson Freire no Festival BBC Proms, num histórico concerto no Royal Albert Hall, assistido por seis mil ouvintes e retransmitido pela BBC para toda a Europa. No mesmo ano, apresentou--se, com Antonio Meneses, no Concertgebouw de Amsterdã.

(15)

Em outubro de 2013, Marin regeu a Osesp numa turnê de 15 concertos, incluindo primeiras apresentações na Salle Pleyel de Paris, no Royal Festival Hall, de Londres, e na espetacular Berliner Philharmonie, sede da Filarmônica de Berlim. Para o selo Naxos, a orquestra está gravando com Marin a integral das Sinfonias de Prokofiev e, sob a batuta de Isaac Karabtchevsky, a integral das Sinfonias de Villa-Lobos. Este prestígio internacional é uma via de mão dupla, pois se reflete igualmente no número de excepcionais ar-tistas, regentes e solistas que incluem a Sala São Paulo em suas temporadas. Em 2013, a programação da Osesp teve a participação de nada menos que 85 regentes e solistas con-vidados, dentre os mais prestigiados no cenário nacional e internacional; e, para 2014, a perspectiva é a mesma, con-firmando a estatura atingida.

Ao lado de Marin, o regente associado da Osesp, Celso Antunes, assume anualmente a responsabilidade por dois programas de assinatura, além de um programa com a Orquestra de Câmara e um programa do Coro, terreno de sua predileção. Formado como regente na Musikhochschule de Colônia, Antunes é professor de regência coral da pres-tigiosa Haute École de Musique de Genebra. Foi regente ti-tular da Nova Orquestra de Câmara da Renânia (1994-8), do Coro da Rádio da Holanda (2008-12) e do conjunto belga

CONCERTO DA OSESP COM MARIN ALSOP E NELSON FREIRE, NO FESTI-VAL BBC PROMS, ROYAL ALBERT HALL (LONDRES), 2012

de música contemporânea Champ d’Action (1994-7), além de diretor artístico e regente titular do National Chamber Choir, da Irlanda, entre 2002 e 2007, anos considerados pelo Irish Times como “uma idade de ouro para o canto pro-fissional na Irlanda”.

Alsop, Antunes e Nestrovski compartilham uma particu-lar afinidade com a música do nosso tempo, em suas muitas vertentes. Como diretor artístico, Arthur Nestrovski enco-menda todos os anos pelo menos seis obras a compositores brasileiros, sejam elas para orquestra, quarteto ou coro. Em 2012, Marin Alsop estreou a primeira encomenda interna-cional da Osesp: Magnetar – Concerto Para Violoncelo Elétrico e

Orquestra, do compositor mexicano Enrico Chapela. A

par-tir de então, além das encomendas a compositores brasilei-ros, a Osesp passou a desenvolver também encomendas in-ternacionais, em associação com outras orquestras. Assim, em novembro de 2013, Lera Auerbach, jovem compositora russa radicada em Nova York, estará na estreia latino-ame-ricana de Post Silentium, uma encomenda em parceria com a Staatskapelle Dresden. Para os 60 anos da Osesp, a enco-menda, em conjunto com as sinfônicas de Sydney, Baltimore e da Northwestern University, foi feita ao grande composi-tor norte-americano John Adams, que criou um concerto para saxofone e orquestra.

(16)

N

ão foi por acaso que uma enquete com internau-tas no blog sobre música clássica do crítico Norman Lebrecht situou a Osesp em quarto lugar entre as dez orquestras de maior destaque no ano de 2012. Eis uma realida-de que talvez supere os mais tresloucados sonhos realida-de Eleazar realida-de Carvalho. O termo que define essa realidade é maturidade ar-tística, que significa saber beneficiar-se de sua memória e de suas condições atuais de trabalho. Clareza, equilíbrio entre os naipes, potência dos tutti, musicalidade de fraseado, vitalidade e susten-tação do ritmo, perfeitos uníssonos das cordas e, sobretudo, o virtuosismo de cada músico são as evidências dessa maturida-de. O resultado é o desfrute de uma sonoridade própria – uma maneira Osesp, internacionalmente reconhecida, de interpretar seu já imenso repertório.

Mas a Osesp é tanto uma orquestra sinfônica, com tudo o que isso comporta de especialização, quanto uma usina a servi-ço da cultura em São Paulo. Marcelo Mattos Araújo, secretário de Estado da Cultura, ressaltou recentemente a relevância so-cial desse trabalho, ao afirmar que “como corpo estável manti-do pelo Governo de São Paulo, a Osesp faz um trabalho educati-vo importantíssimo para a formação de plateias, buscando atrair cada vez mais um público novo e diversificado para as salas de concerto e teatros do estado”.

Nada menos que 62% do público da Osesp não paga ou paga até 15 reais por ingresso. Aos domingos de manhã, a orquestra e seus parceiros oferecem concertos gratuitos, sem falar que, a cada temporada, todos os seus programas sinfônicos são trans-mitidos pela Rádio e pelo menos uma dezena pela TV Cultura também, além de serem acessíveis via internet, assim como suas gravações pelo selo digital Osesp. Desde 2008, o programa Osesp Itinerante leva música da mais alta qualidade a uma série de cidades do interior do estado. Em 2013, os programas educa-tivos da Fundação Osesp acolheram mais de 120.000 crianças e adolescentes e cerca de novecentos professores das redes públi-ca e privada. Seguem florescendo, enfim, suas demais ativida-des: o Centro de Documentação Musical Eleazar de Carvalho, os Programas Educacionais, a Academia da Osesp e a editora Criadores do Brasil, as entrevistas para o novo Acervo Osesp de História Oral, os encontros pelas séries “Música na Cabeça” e “Falando de Música” e as edições da Revista Osesp.

A força dessa instituição repousa sobre um tripé. Em pri-meiro lugar, uma estrutura institucional que serve de modelo para a gestão da cultura no país. Ela é assegurada pela Fundação Osesp, que hoje tem à frente de seu Conselho de Administração Fábio Colletti Barbosa, presidente da Abril S.A.5 A

chega-da de Barbosa foi acompanhachega-da pela criação de um Conselho de Orientação,6 encarregado de indicar 55% dos membros do

Conselho de Administração e cuja mais alta missão é zelar pela continuidade do projeto e pela manutenção de sua identidade. Em 2013, Fernando Henrique Cardoso tornou-se presidente de honra da Fundação Osesp.

O segundo elemento do tripé sobre o qual se assenta o suces-so da Osesp é a diretoria executiva, a cargo do já citado Marcelo Lopes, que pilota efetivamente o navio, empregando seus re-cursos da maneira mais eficiente. Administra hoje uma institui-ção com recursos públicos e privados, empregando cerca de 420 pessoas entre funcionários administrativos, técnicos, músicos e bolsistas.

O terceiro elemento, naturalmente, é a dupla formada pe-las direções artística e musical, a cargo de Arthur Nestrovski e Marin Alsop, com suas equipes. Em conjunto, lideram a or-questra com entusiasmo, sensibilidade e profundo saber artísti-co, abrindo-lhe incessantemente novas perspectivas de trabalho e de aperfeiçoamento. Seu grande desafio é jamais se permitir deitar sobre os louros, mas aprofundar a relação da orquestra com seu contexto local e nacional, além de trabalhar para que ela ocupe uma posição cada vez mais expressiva na cena musi-cal internacional.

Nesse tripé se assenta a estrutura administrativa e artística da instituição. Mas os grandes protagonistas do sucesso da Osesp são, evidentemente, seus músicos, o coração pulsante da orques-tra. Sem eles, a mágica não acontece. Toda a equipe de profissio-nais e beneméritos acima nomeada existe apenas e tão somente em função deles. São eles que, na prática, escrevem a história da Osesp. E ninguém mais que esse corpo maravilhoso de músicos merece colher, junto com seu público, os frutos dessa história. 5 O Conselho de

Administração é compos-to por Fábio Colletti Barbosa (Presidente), Heitor Martins (Vice-Presidente), e pe-los Conselheiros: Alberto Goldman, Antonio Quintella, Eliana Cardoso, Helio Mattar, José Carlos Dias, Lilia Moritz Schwarcz, Manoel Corrêa do Lago e Sávio Araújo (represen-tante dos funcionários).

6 O Conselho de Orientação é composto por Fernando Henrique Cardoso (Presidente), Pedro Moreira Salles, Horacio Lafer Piva e José Ermírio de Moraes Neto.

LUIZ MARQUES

PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UNICAMP E COORDE-NADOR DO MARE - MUSEU DE ARTE PARA A PESQUISA E A EDUCAÇÃO.

(17)
(18)

Ao longo dessa Temporada, a Osesp apresenta vários ciclos, que o assinante mais assíduo terá chance de acompanhar.

As comemorações pelo aniversário da Orquestra co-meçaram com a Turnê Europa, em outubro de 2013. Foram 15 concertos, em seis países: França, Alemanha, Suíça, Áustria, Inglaterra e Irlanda, incluindo apresentações da Osesp pela primeira vez na Salle Pleyel (Paris), na Philharmonie (Berlim) e no Royal Festival Hall (Londres), entre outras grandes salas. Regida por Marin Alsop, a Osesp teve como so-listas Nelson Freire e os Swingle Singers (Londres).

Também em outubro, fizemos um concerto digital especial¸ com repertório da turnê. Solista: Nelson Freire. Regente: Marin Alsop.

Em fevereiro de 2014, marcando os 60 anos de modo muito significativo, faremos nossas primeiras gravações para o selo Decca: um CD com o solista Nelson Freire (que completa 70 anos) e o jovem regente brasileiro Marcelo Lehninger, num repertório que inclui a fantasia Momoprecoce, de Villa-Lobos; e outro disco só de peças brasileiras, regidas por Marin Alsop, para distribuição internacional antes da Copa do Mundo.

Em fevereiro, fazemos também uma Turnê pelo Estado de São Paulo (capital + cinco cidades); e, em agosto, uma Turnê Brasil (seis capitais). Marin Alsop rege a Osesp nas duas turnês.

Teremos um concerto especial dia 14/8, com a estreia latino-americana do Concerto Para Saxofone, Contralto e Orquestra, de John Adams (coencomenda Osesp).

Foram programados três programas especiais para a Copa do Mundo: um Festival Villa-Lobos, com regência de Isaac Karabtchevsky e participação do violoncelista Antonio Meneses;

Candide, de Leonard Bernstein, regida por Marin Alsop, com

participação do barítono Paulo Szot e outros cantores; e a Nona

Sinfonia de Beethoven, também regida por Marin Alsop, com

participação do barítono Paulo Szot e outros cantores.

OSESP 60

27 DOM

ABR

11H

QUARTETO OSESP CLAUDIO SANTORO Quarteto de Cordas nº 3

JUL

31 QUI

GIANCARLO GUERRERO

21H

REGENTE CLAUDIO SANTORO Brasiliana

01 SEX

02 SÁB

21H

16H30

AGO

SET

18 QUI

19 SEX

20 SÁB

CELSO ANTUNES FABIO MARTINO

21H

21H

16H30

REGENTE HEITOR VILLA-LOBOS

Concerto nº 5 Para Piano

ARMANDO ALBUQUERQUE

Suíte Breve

[EDIÇÃO CRIADORESDO BRASIL] PIANO

DEZ

07 DOM

QUARTETO OSESP

16H

HEITOR VILLA-LOBOS Quarteto de Cordas nº 15

Ao longo da Temporada, teremos ainda uma breve seleção de obras brasileiras compostas em 1954:

Claudio Santoro, Quarteto de Cordas nº 3

Armando Albuquerque, Suíte Breve, para orquestra Claudio Santoro, Brasiliana, para orquestra Villa-Lobos, Concerto nº 5 Para Piano e Orquestra Villa-Lobos, Quarteto de cordas nº 15

(19)

VILLA-LOBOS EM FOCO

Extenso panorama da obra do nosso maior compositor, abran-gendo peças sinfônicas, concertos, música de câmara e obras para coro (a cappella, com grupos instrumentais e com orquestra).

FEV

28 SEX

ISAAC KARABTCHEVSKY

19H30

REGENTE HEITOR VILLA-LOBOS Sinfonia nº 1 - O Imprevisto Sinfonia nº 12 Uirapuru

01 SÁB

19H30

MAR

ABR

13 DOM

NAOMI MUNAKATA CORO DA OSESP

11H

REGENTE HEITOR VILLA-LOBOS Tantum Ergo

MAR

23 DOM

CELSO ANTUNES CORO DA OSESP

16H

REGENTE HEITOR VILLA-LOBOS Quatuor Noneto - Impressão Rápida de Todo o Brasil

JUN

19 QUI

20 SEX

21 SÁB

ISAAC KARABTCHEVSKY ANTONIO MENESES

CORO INFANTIL DA OSESP CORO DA OSESP

21H

21H

16H30

REGENTE HEITOR VILLA-LOBOS Uirapuru

Fantasia Para Violoncelo e Orquestra Fantasia Concertante Para 32 Violoncelos Mandú-Çarará VIOLONCELO

MAI

29 QUI

31 SÁB

[A DEFINIR] RICARDO BARBOSA SÉRGIO BURGANI ROMEU RABELO JOSÉ COSTA FILHO

19H

14H45

FLAUTA

HEITOR VILLA-LOBOS

Quinteto em Forma de Choros

OBOÉ CLARINETE FAGOTE TROMPA

FEV

MARCELO LEHNINGER NELSON FREIRE

19H30

HEITOR VILLA-LOBOS Momoprecoce Fantasia Para Piano e Orquestra

06 QUI

REGENTE PIANO

FEV

MARIN ALSOP

19H30

19H30

HEITOR VILLA-LOBOS Bachianas Brasileiras nº 4: Prelúdio e Dança (Miudinho) Bachianas Brasileiras nº 5

14 SEX

15 SÁB

REGENTE

SET

18 QUI

19 SEX

20 SÁB

CELSO ANTUNES FABIO MARTINO

21H

21H

16H30

REGENTE HEITOR VILLA-LOBOS

Concerto nº 5 Para Piano

PIANO

GIANCARLO GUERRERO MANUEL BARRUECO

REGENTE

HEITOR VILLA-LOBOS

Concerto Para Violão e Pequena Orquestra VIOLÃO

JUL

31 QUI

21H

01 SEX

02 SÁB

21H

16H30

AGO

DEZ

04 QUI

05 SEX

06 SÁB

CELSO ANTUNES JOHN SNIJDERS CORO DA OSESP

21H

21H

16H30

REGENTE HEITOR VILLA-LOBOS Rudepoema

[ORQUESTRAÇÃODE RICHARD RIJNVOS] PIANO

DEZ

11 QUI

12 SEX

13 SÁB

MARIN ALSOP

21H

21H

16H30

REGENTE HEITOR VILLA-LOBOS Bachianas Brasileiras nº 2

DEZ

07 DOM

QUARTETO OSESP

16H

HEITOR VILLA-LOBOS Quarteto de Cordas nº 15

(20)

MAI

15 QUI

16 SEX

17 SÁB

MARIN ALSOP OLGA KERN

21H

21H

16H30

REGENTE

Concerto nº 1 Para Piano em Fá Sustenido Menor, Op.1

PIANO

RACHMANINOV:

CONCERTOS PARA PIANO E ORQUESTRA

Quatro concertos para piano e orquestra de Rachmaninov, com os solistas Garrick Ohlsson, Nikolai Lugansky, Olga Kern e Lukáš Vondráček, e a Osesp regida por Marin Alsop e Isaac Karabtchevsky. Mais outras obras do autor: Danças Sinfônicas, regidas por Eiji Oue; Treze Prelúdios, Op.32, interpretados por Nikolai Lugansky; e a Sonata nº 1, por Dmitry Mayboroda.

ABR

22 TER

NIKOLAI LUGANSKY

21H

PIANO

Treze Prelúdios, Op.32

ABR

24 QUI

25 SEX

26 SÁB

ISAAC KARABTCHEVSKY NIKOLAI LUGANSKY

21H

21H

16H30

REGENTE

Concerto nº 3 Para Piano em Ré Menor, Op.30 PIANO Š

MAR

13 QUI

14 SEX

15 SÁB

MARIN ALSOP GARRICK OHLSSON

21H

21H

16H30

REGENTE

Concerto nº 2 Para Piano em Dó Menor, Op.18 PIANO

AGO

10 DOM

DMITRY MAYBORODA

16H

PIANO

Sonata nº 1 Para Piano em Ré Menor, Op.28

OUT

16 QUI

17 SEX

18 SÁB

EIJI OUE

21H

21H

16H30

REGENTE

Danças Sinfônicas, Op.45

DEZ

11 QUI

12 SEX

13 SÁB

MARIN ALSOP LUKÁŠ VONDRÁCEK

21H

21H

16H30

REGENTE

Concerto nº 4 Para Piano em Sol Menor, Op.40

PIANO

(21)

STRAVINSKY: ALÉM DA SAGRAÇÃO

Obra Completa Para Piano e Orquestra e outras peças

Em 2013, celebramos o centenário da Sagração da Primavera¸ que deu mote à Temporada como um todo. Agora continua-mos explorando a música do grande compositor russo, por ou-tros caminhos menos conhecidos. Começamos tocando e gra-vando a obra completa para piano e orquestra, com o solista Jean-Efflam Bavouzet – artista em residência – e o regente Yan Pascal Tortelier (para o selo Chandos). Bavouzet participa ainda tocando a parte de piano em Petrouchka e falando sobre esse re-pertório num encontro da série “Música na Cabeça”.

Para além dessas peças, apresentaremos também duas ex-traordinárias obras para coro e orquestra: Canticum Sacrum e

Requiem Canticles, com solistas, Coro da Osesp e a Osesp regidos

por Celso Antunes. Por fim, a orquestra de Câmara da Osesp toca o Concerto em Ré, para cordas (“Concerto de Basel”), regida por Cláudio Cruz.

SET

21 DOM

CLÁUDIO CRUZ

16H

REGENTE Concerto em Ré (Concerto de Basel)

ABR

03 QUI

04 SEX

05 SÁB

YAN PASCAL TORTELIER JEAN-EFFLAM BAVOUZET

21H

21H

16H30

REGENTE

Concerto Para Piano e Sopros Petrouchka (1947)

PIANO

ABR

10 QUI

11 SEX

12 SÁB

YAN PASCAL TORTELIER JEAN-EFFLAM BAVOUZET

21H

21H

16H30

REGENTE

Capricho Para Piano e Orquestra Movimentos Para Piano e Orquestra

PIANO

MAR

27 QUI

28 SEX

29 SÁB

CELSO ANTUNES ROBIN JOHANNSEN STELLA DOUFEXIS MARCUS ULLMANN MARK STONE

CORO ACADÊMICO DA OSESP CORO DA OSESP

21H

21H

16H30

REGENTE

Canticum Sacrum ad Honorem Sancti Marci Nominis Requiem Canticles SOPRANO MEZZO SOPRANO TENOR BAIXO SINFONIAS DE SIBELIUS

Dando continuidade ao ciclo iniciado em 2013, e que será completado em 2015, a Osesp toca as Sinfonias nº 3 e nº 5.

MAI

01 QUI

02 SEX

03 SÁB

ARVO VOLMER

21H

21H

16H30

REGENTE JEAN SIBELIUS

Sinfonia nº 3 em Dó Maior, Op.52

MAI

22 QUI

23 SEX

24 SÁB

EIVIND GULLBERG JENSEN

21H

21H

16H30

REGENTE JEAN SIBELIUS Sinfonia nº 5 em

Mi Bemol Maior, Op.82

(22)

A Osesp inaugurou em 2012 um programa de Artista em Residência. A cada temporada, o artista escolhido fará dois programas distintos com a Orquestra, mais dois programas de música de câmara e uma aula.

Neste ano, teremos conosco o francês Jean-Efflam Bavouzet, um dos pianistas mais renomados da sua geração, vencedor de vários prêmios por suas gravações da obra completa para piano de Debussy, das sonatas de Haydn, dos concertos de Bartók e de obras de Ravel e Debussy (com a BBC Symphony Orchestra, regida por Yan Pascal Tortelier). Bavouzet se une pela terceira vez à Osesp, agora como Artista em Residência. Durante a Temporada 2014, vai tocar e gravar a obra completa para piano e orquestra de Stravinsky, sob regência de Tortelier (para o selo Chandos); fará também um recital solo, um programa de câmara com o Quarteto Osesp – incluindo a estreia mundial de uma Homenagem a Leonard Bernstein, encomendada ao compositor gaúcho Celso Loureiro Chaves – e ainda uma masterclass, além de um encontro com o público pela série “Música na Cabeça”.

JEAN-EFFLAM BAVOUZET

03 QUI

04 SEX

05 SÁB

ABR

YAN PASCAL TORTELIER JEAN-EFFLAM BAVOUZET JOSEPH HAYDN

Sinfonia nº 88 em Sol Maior

IGOR STRAVINSKY

Concerto Para Piano e Sopros Petrouchka (1947)

21H

21H

16H30

REGENTE PIANO

03 QUI

ABR

Encontro com JEAN-EFFLAM BAVOUZET

19H30

MÚSICA NA CABEÇA

Vale notar aqui especial afeto de Bavouzet não só pela nossa orquestra, mas pela Sala São Paulo. Apaixonado por trens, vir-tuose na construção de modelos em miniatura, para ele não existe melhor lugar no mundo para estudar piano do que no se-gundo andar da Sala, com a vista dos trens de carga passando.

10 QUI

11 SEX

12 SÁB

ABR

YAN PASCAL TORTELIER JEAN-EFFLAM BAVOUZET CORO DA OSESP

JEAN-PHILIPPE RAMEAU

Dardanus: Suíte [ORQUESTRAÇÃODE VINCENT D’INDY]

IGOR STRAVINSKY

Capricho Para Piano e Orquestra Movimentos Para Piano e Orquestra

MAURICE RAVEL

Daphnis et Chloé: Suítes nº 1 e nº 2

21H

21H

16H30

REGENTE PIANO

04 QUA

SET

QUARTETO OSESP JEAN-EFFLAM BAVOUZET SAMUEL BARBER

Quarteto de Cordas, Op.11

CELSO LOUREIRO CHAVES

Homenagem a Leonard Bernstein

CÉSAR FRANCK

Quinteto Com Piano em Fá Menor

21H

PIANO QUARTETO OSESP ENCOMENDA OSESP

02 TER

SET

21H

JEAN-EFFLAM BAVOUZET LUDWIG VAN BEETHOVEN

Sonata nº 22 Para Piano em Fá Maior, Op.54 Sonata nº 23 Para Piano em Fá Menor,

Op.57 - Appassionata

MAURICE RAVEL

Miroirs

BÉLA BARTÓK

Sonata Para Piano

PIANO

(23)

LEONARD BERNSTEIN

A cada ano, os vários grupos musicais da Osesp apresen-tam uma série significativa de obras de determinado autor, espalhadas ao longo da programação. Em 2011, foi a vez de Arvo Pärt; em 2012, de Alfred Schnittke; em 2013, Witold Lutoslawski; e agora será Leonard Bernstein o nosso com-positor transversal.

Só agora, pouco mais de vinte anos depois de sua morte, o renome de Bernstein como compositor começa a ganhar uma distinção mais justa. O fato é que, a despeito do enorme su-cesso de obras como o musical West Side Story (1957) e a opereta

Candide (de um ano antes), o Bernstein compositor em boa

me-dida acabou ficando à sombra do Bernstein regente, sem falar no Bernstein professor, comunicador e polemista. À distância dos anos, sua música não para de crescer, e ele vai assumindo seu posto como um dos maiores compositores do século xx.

A série de obras que vamos escutar ao longo da Temporada – so-madas à lembrança das Sinfonias nos 1, 2 e 3, que a Osesp tocou em

2012 – demonstram bem a força desse grande compositor ameri-cano, oferecendo um panorama compacto, mas abrangente, que inclui desde peças camerísticas da juventude (como a Sonata Para

Clarinete e Piano e o Trio) até música sinfônica da maturidade (como a

suíte On the Waterfront) e uma extraordinária peça coral (Missa Brevis, abrindo a Temporada), sem falar em Candide – um de nossos progra-mas especiais para o período da Copa do Mundo –, que será regida pela aluna dileta de Bernstein, nossa regente titular Marin Alsop.

13 QUI

14 SEX

15 SÁB

MAR

MARIN ALSOP PAULO MESTRE CORO DA OSESP Missa Brevis

21H

21H

16H30

REGENTE CONTRATENOR MÚSICA NA CABEÇA

27 SEX

JUN

Encontro com MARIN ALSOP

sobre Leonard Bernstein

19H30

27 QUI

29 SEX

MAR

DANIEL ROSAS DANA RADU

Sonata Para Clarinete e Piano

19H

14H45

CLARINETE PIANO SOLISTAS DA OSESP MARIN ALSOP PAULO SZOT KEITH JAMESON LAUREN SNOUFFER KEITH PHARES JOYCE CASTLE MARIE LENORMAND

CORO ACADÊMICO DA OSESP CORO DA OSESP

Candide [VERSÃOPARACONCERTO 1993] REGENTE

JUN

21H

21H

19H30

27 SEX

28 SÁB

29 DOM

MEZZO SOPRANO BARÍTONO MEZZO SOPRANO TENOR SOPRANO BARÍTONO

OUT

CAROLINA KLIEMANN DOUGLAS KIER KARIN FERNANDES

19H

14H45

Trio Com Piano

16 QUI

18 SÁB

PIANO VIOLONCELO VIOLINO

JUL

GIANCARLO GUERRERO

21H

On The Waterfront - Suíte Sinfônica

31 QUI

REGENTE

AGO

21H

16H30

01 SEX

02 SÁB

OUT

EIJI OUE

21H

21H

16H30

Divertimento Para Orquestra

16 QUI

17 SEX

18 SÁB

(24)

Todos os anos, a Osesp recebe um compositor, que fica em São Paulo durante uma semana, para um (ou mais de um) programa incluindo número significativo de obras de sua autoria, além de palestras e entrevistas. Já estiveram conosco, entre outros, Sofia Gubaidulina, Peter Maxwell Davies, Krzysztof Penderecki, John Corigliano, Tan Dun e Osvaldo Golijov. Em 2011, foi a vez de Thomas Adès; em 2012, Magnus Lindberg; em 2013, Lera Auerbach; e agora vamos receber o compositor escocês James

MacMillan.

A Osesp tem apresentado regularmente, nesses últimos anos, a música do compositor escocês James MacMillan (1959). Autor de extenso catálogo, que inclui obras para orquestra – como O Exorcismo do Rio Sumpul (regida por Celso Antunes em 2012) e Mulher do Apocalipse (estreada em 2012 no Festival de Cabrillo, sob regência de Marin Alsop) –, concertos (como Veni,

Veni, Emmanuel, para percussão e orquestra, que a Osesp tocou na

turnê pelos EUA em 2008, com a solista Evelyn Glennie, e que já teve mais de 400 apresentações ao redor do mundo), óperas (como O Sacrifício, cujos “Interlúdios” a Osesp tocou em 2013, re-gidos por Stéphane Denève) e música de câmara (como o Quarteto

de Cordas nº 2, recentemente apresentado pelo Quarteto Osesp),

sem falar na música coral, da qual ele é talvez o maior expoente da atualidade, MacMillan é também um regente de ponta, atual “convidado permanente” da Filarmônica de Câmara da Rádio da Holanda e prestes a reger o prestigiado coro The Sixteen numa turnê por 34 cidades, interpretando seus Strathclyde Motets.

Na semana que passará conosco em São Paulo, como compositor visitante, ele acompanhará a preparação de Mulher

do Apocalipse e da abertura Britannia, regidas por Marin Alsop;

faz uma palestra sobre sua música e também rege um programa do Coro da Osesp, interpretando peças de sua autoria e também obras do compositor barroco espanhol Tomás Luís de Victoria e do modernista francês Francis Poulenc. Uma chance rara de conviver de perto e apreciar as artes de um dos maiores compo-sitores do nosso tempo.

JAMES MACMILLAN

09 QUI

10 SEX

11 SÁB

OUT

MARIN ALSOP

21H

21H

16H30

REGENTE JAMES MACMILLAN Britannia Mulher do Apocalipse JOHANNES BRAHMS

Sinfonia nº 1 em Dó Menor, Op.68

12 DOM

OUT

JAMES MACMILLAN

16H

REGENTE

TOMÁS LUIS DE VICTORIA

Tenebrae Responsories JAMES MACMILLAN Sun Dogs FRANCIS POULENC Três Motetos JAMES MACMILLAN Màiri O Bone Jesu CORO DA OSESP

08 QUA

OUT

Encontro com JAMES MACMILLAN MÚSICA NA CABEÇA

19H30

(25)

Serão cinco encomendas a compositores brasileiros, de diferentes gerações e variadas tendências, que estreiam nesta Temporada:

ALEXANDRE LUNSQUI

Tenerife, para coro e grupo de câmara

Inspirado em dois poemas de Haroldo de Campos, “A Poesia Explicada em Tenerife” (1 e 2), o compositor paulista, profes-sor de composição na Unesp, vai criar uma peça para o Coro da Osesp, acompanhado por conjunto de oito instrumentos.

EGBERTO GISMONTI

Adágio, para orquestra de cordas

Um dos maiores nomes da música instrumental brasileira, re-conhecido mundo afora há mais de quatro décadas, Gismonti transita sem embaraço entre os mais diversos idiomas musicais. Para a Osesp, o antigo aluno da lendária Nadia Boulanger vai compor um Adágio para cordas.

RONALDO MIRANDA

Variações Temporais, para orquestra

Professor de composição na USP, autor de obra extensa e va-riada, que inclui óperas, música sinfônica, música de câmara e pe-ças para piano, Ronaldo Miranda é um dos mais respeitados com-positores brasileiros da atualidade. Essas Variações são Temporais nos dois sentidos da palavra: tempo e tempestade. Incluem alu-sões à cena da tempestade e outras passagens da Sinfonia Pastoral, de Beethoven, que será tocada no mesmo programa.

CELSO LOUREIRO CHAVES

[Homenagem a Leonard Bernstein], para piano e quarteto de cordas

O CD Balada Para o Avião que Deixa um Rastro de Fumaça no Céu, com obras do compositor gaúcho Celso Loureiro Chaves, foi um dos destaques da música contemporânea brasileira no ano que passou. Sua homenagem ao “compositor transversal” da Temporada Osesp 2014 será interpretada pelo artista em resi-dência, Jean-Efflam Bavouzet, com o Quarteto Osesp.

SERGIO ASSAD

[Peça para corne-inglês e cordas]

Um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tem-pos, Sergio Assad vem se tornando cada vez mais conhe-cido também como compositor. Especialmente para um concerto da Orquestra de Câmara da Osesp, com o solista Natan Albuquerque Jr., ele compõe uma espécie de “Cisne de Tuonela” brasileiro, traduzindo as melancolias de Sibelius para outra terra e outro sol.

DORIVAL CAYMMI, ARRANJO DE DORI CAYMMI

Suíte: História de Pescadores

No ano em que se comemora o centenário de nascimento de Caymmi, uma de suas criações mais amadas, a Suíte: História de

Pescadores ganha um arranjo orquestral, a cargo de seu filho Dori

– ele mesmo um dos maiores nomes da nossa música e renomado orquestrador.

JOHN ADAMS

Concerto Para Saxofone Contralto e Orquestra.

O Concerto é uma coencomenda internacional, com a Sydney Symphony Orchestra, a Baltimore Symphony Orchestra e a Northwestern University Orchestra. O solista será Timothy McAllister (professor na Northwestern University), que fez a es-treia mundial do Concerto no ano passado em Sydney.

Nos concertos especiais em agosto, quando vamos comemorar nosso aniversário de 60 anos, e também ao longo da turnê que faremos pelo Brasil, teremos o privilégio de apresentar a estreia latino-americana de uma obra coencomendada pela Osesp, espe-cialmente para esse momento, àquele que, por consenso, é um dos maiores compositores vivos de música orquestral:

(26)

23 DOM

MAR

CELSO ANTUNES CORO DA OSESP

16H

REGENTE ALEXANDRE LUNSQUI Tenerife

17 QUI

18 SEX

19 SÁB

JUL

MARCELO LEHNINGER

21H

21H

16H30

REGENTE RONALDO MIRANDA Variações Temporais

DEZ

11 QUI

12 SEX

13 SÁB

MARIN ALSOP

21H

21H

16H30

REGENTE DORIVAL CAYMMI

Suíte: História de Pescadores [ARRANJODE DORI CAYMMI]

04 QUI

SET

QUARTETO OSESP JEAN-EFFLAM BAVOUZET

16H

PIANO

CELSO LOUREIRO CHAVES

Homenagem a Leonard Bernstein

21 QUI

SET

CLÁUDIO CRUZ NATAN ALBUQUERQUE JR

16H

CORNE-INGLÊS SERGIO ASSAD

Peça para Corne–Inglês e Cordas

REGENTE

AGO

14 QUI

15 SEX

16 SÁB

MARIN ALSOP TIMOTHY MCALLISTER

21H

21H

16H30

REGENTE JOHN ADAMS

Concerto Para Saxofone Contralto e Orquestra [COENCOMENDA OSESP]

(27)

Prestigiados solistas da atualidade, presentes na Temporada da Orquestra, apresentam recitais solo e programas de câ-mara, em formato original: cadeiras no palco aproximam o público dos artistas, criando uma verdadeira sala de câmara dentro da Sala São Paulo.

22 TER

ABR

NIKOLAI LUGANSKY

21H

PIANO CÉSAR FRANCK

Prelúdio, Coral e Fuga

SERGEI PROKOFIEV

Sonata nº 4 em Dó Menor, Op.29

SERGEI RACHMANINOV

Treze Prelúdios, Op.32

AGO

DMITRY MAYBORODA

16H

PIANO

FRÉDÉRIC CHOPIN

Balada nº 1 em Sol Menor, Op.23 Noturno, Op.27 nº 2 em Ré Bemol Maior Noturno, Op.32 nº 2 em Lá Bemol Maior Noturno, Op.48 nº 1 em Dó Menor Valsa, Op.34 nº 1 em Lá Bemol Maior Polonaise nº 6 em Lá Bemol Maior, Op.53

SERGEI RACHMANINOV

10 DOM

30 QUA

ABR

JEREMY DENK

21H

PIANO CHARLES IVES Concord Sonata

EOBRASDEOUTROSAUTORES

VENCEDOR DA MACARTHUR FELLOWSHIP 2013

02 TER

SET

JEAN-EFFLAM BAVOUZET

21H

PIANO

LUDWIG VAN BEETHOVEN

Sonata nº22 Para Piano em Fá Maior, Op.54 Sonata nº23 Para Piano em Fá Menor,

Op.57 - Appassionata

MAURICE RAVEL

Miroirs

BÉLA BARTÓK

Sonata Para Piano

ARTISTA EM RESIDÊNCIA

23 DOM

NOV

STEPHEN HOUGH

16H

PIANO CLAUDE DEBUSSY

La Plus Que Lente Estampes

FRÉDÉRIC CHOPIN

Balada nº 2 em Fá Maior, Op.38 Balada nº 1 em Sol Menor, Op.23 Balada nº 3 em Lá Bemol Maior, Op.47 Balada nº 4 em Fá Menor, Op.52s

CLAUDE DEBUSSY

Children’s Corner L’Isle Joyeuse

Além desses concertos da série Recitais, nesta Temporada há um recital do premiado jovem pianista brasileiro Fabio

(28)

A Orquestra de Câmara da Osesp, com formação variada, faz quatro concertos ao longo do ano.

Merecem destaque: a participação do nosso spalla Emmanuele Baldini regendo a Orquestra de Câmara (com a harpista Liuba Klevtsova como solista); um programa regido pelo maestro con-vidado Ragnar Bohlin, alternando peças do jovem composi-tor americano Nico Muhly, inspiradas nos elizabetanos Byrd e Gibbons, com arranjos do mesmo Muhly para peças originais des-ses dois autores renascentistas; uma composição de Sergio Assad, para corne-inglês e cordas (com o solista Natan Albuquerque Jr.), em programa para orquestra de cordas regido pelo nosso ou-tro spalla (licenciado) Cláudio Cruz; e um programa para sopros, regido por Celso Antunes, que inclui ainda o Concerto de Câmara de Alban Berg, com participação do pianista Lars Vogt e do violinista Christian Tetzlaff (também solistas da Osesp nas semanas antes e depois desse concerto).

ABR

EMMANUELE BALDINI LIUBA KLEVTSOVA

21H

REGENTE WOLFGANG A. MOZART Divertimento nº 1 em Ré Maior, KV 136 RADAMÉS GNATTALI

Concerto Para Harpa e Orquestra de Cordas

NIKOS SKALKOTTAS

Cinco Danças Gregas

EDVARD GRIEG

Suíte Holberg, Op.40

15 TER

HARPA

CLAUDIO CRUZ REGE ORQUESTRA DE CÂMARA

MAI

RAGNAR BOHLIN

16H

REGENTE WILLIAM BYRD

Miserere Mei, Deus [ARRANJODE NICO MUHLY]

NICO MUHLY

Motion

ORLANDO GIBBONS

Suíte: This is The Record of John [ARRANJODE NICO MUHLY]

NICO MUHLY

By All Means

WILLIAM BYRD

Bow Thine Ear, o Lord [ARRANJODE NICO MUHLY]

MAX RICHTER

As Quatro Estações: Inverno

GEORG FRIEDRICH HÄNDEL

Música Aquática: Suíte nº 1

25 DOM

NOV

CELSO ANTUNES CHRISTIAN TETZLAFF LARS VOGT

16H

REGENTE ALBAN BERG Concerto de Câmara RICHARD STRAUSS

Serenata em Mi Bemol Maior, Op.7

WOLFGANG A. MOZART Serenata nº 12 em Dó Menor, KV 388

02 DOM

VIOLINO PIANO

SET

CLÁUDIO CRUZ NATAN ALBUQUERQUE JR

16H

REGENTE PETER WARLOCK Suíte Capriol SERGIO ASSAD

Peça Para Corne-Inglês e Cordas

IGOR STRAVINSKY

Concerto em Ré - Concerto de Basel

PYOTR I. TCHAIKOVSKY

Souvenir de Florence, Op.70

21 DOM

CORNE-INGLÊS

(29)

No ano em que completa 20 anos de atividade, sempre sob a di-reção de Naomi Munakata, o Coro da Osesp apresenta uma série dominical com quatro concertos, cada um regido por um maestro diferente: Celso Antunes (regente associado da Osesp e professor de regência coral em Genebra), Ragnar Bohlin (regente do coro da Ópera de São Francisco), James MacMillan (compositor visitante) e Naomi Munakata. O Coro também participa de vários concertos da orquestra e grande número de apresentações a cappella na capi-tal e pelo interior do estado. Merece destaque especial a abertura da Temporada; nessa ocasião, regido por Marin Alsop, nosso Coro abrirá o programa com a Missa Brevis, de Leonard Bernstein, que gravou recentemente para lançamento internacional (pelo selo Naxos), num CD em parceria com a Sinfônica de Baltimore. Fora da série de assinaturas, o Coro também faz um concerto matinal de Páscoa, regido por Naomi Munakata, no domingo, dia 13 de abril, com transmissão ao vivo pela Rádio Cultura FM, para todo o Brasil e mais de 180 países ao redor do mundo.

MAR

CELSO ANTUNES

16H

REGENTE HEITOR VILLA-LOBOS Quatuor CHARLES IVES Salmo 100 ALEXANDRE LUNSQUI Tenerife ELLIOTT CARTER Mad Regales HEITOR VILLA-LOBOS

Noneto - Impressão Rápida de Todo o Brasil

23 DOM

ENCOMENDA OSESP

ESPECIAL 20 ANOS

MAI

RAGNAR BOHLIN

16H

REGENTE ERIC WHITACRE

Leonardo Dreams of His Flying Machine

When David Heard

MINDAUGAS URBAITIS

Lacrimosa

VACLOVAS AUGUSTINAS

Hymne à Saint Martin

ARVO PÄRT

...Which Was The Son of...

FREDRIK SIXTEN O Sacrum Convivium TINA ANDERSSON The Angel ANDERS HILLBORG Mouyiyuom

18 DOM

NOV

NAOMI MUNAKATA

16H

REGENTE CARLO GESUALDO

Dolcissima Mia Vita Itene, o Miei Sospiri Se tu Fuggi, io Non Resto T’Amo, Mia Vita

Felicissimo Sonno O Dolorosa Gioia

CLAUDIO MONTEVERDI

Lamento d’Arianna Baci, Soavi e Cari Luci Serene e Chiare

A un Giro Sol de’ Belli Occhi Lucenti Io mi Son Giovinetta

Ecco Mormorar l’Onde

16 DOM

OUT

JAMES MACMILLAN

16H

REGENTE

TOMÁS LUIS DE VICTORIA

Tenebrae Responsories JAMES MACMILLAN Sun Dogs FRANCIS POULENC Três Motetos JAMES MACMILLAN Màiri O Bone Jesu

12 DOM

CORO DA OSESP

Referências

Documentos relacionados

A Lei nº 2/2007 de 15 de janeiro, na alínea c) do Artigo 10º e Artigo 15º consagram que constitui receita do Município o produto da cobrança das taxas

Os métodos classificadores Support Vector Machine (SVM) e Análise de Componentes Principais (ACP), foram avaliados mediante análise visual, destacando as

O objetivo deste trabalho foi avaliar épocas de colheita na produção de biomassa e no rendimento de óleo essencial de Piper aduncum L.. em Manaus

Neste estudo foram estipulados os seguintes objec- tivos: (a) identifi car as dimensões do desenvolvimento vocacional (convicção vocacional, cooperação vocacio- nal,

Os principais objectivos definidos foram a observação e realização dos procedimentos nas diferentes vertentes de atividade do cirurgião, aplicação correta da terminologia cirúrgica,

Os principais resultados obtidos pelo modelo numérico foram que a implementação da metodologia baseada no risco (Cenário C) resultou numa descida média por disjuntor, de 38% no

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

47 O diagnóstico da babesiose é realizado a partir da história clínica, sinais clínicos, hemograma, esfregaço sanguíneo com pesquisa de hemoparasita, exames