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Resumos TRibuTáRios iob PrinciPais OPerações na LegisLaçãO do icms VOLuMe ii

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P

rinciPais

O

Perações

na

L

egisLaçãO

dO

icMs

(3)

Fabiana Zecchin Montanari Marastoni

Advogada, formada pela UniFMU; Pós Graduada em Gestão Empresarial, pela Uni-versidade Nove de Julho; Consultora de Impostos há 16 anos pela IOB (Informações Objetivas)/Folhamatic/SAGE - Especializada em ICMS/IPI/ISS; Instrutora e palestrante pela mesma instituição, ministrando curso sobre diversos temas da área tributária. Co-autora dos livros Manual Prático de Preenchimento da EFD (ICMS/IPI e

(4)

Este é mais um livro da série “Resumos Tributários IOB” que tem

como objetivo servir como um guia de referência rápida para estudantes

e analistas fiscais que precisam conhecer sobre as diversas operações

pre-vistas na legislação de ICMS, facilitando desta forma a sua aplicação no

dia a dia de cada empresa.

Tratando-se de um tributo de competência Estadual, a legislação de

cada Unidade da Federação poderá conter suas particularidades, mesmo

existindo o Convênio s/nº de 1970, espinha dorsal das regras e condições

de aplicação de das operações fiscais.

Este Resumo foi elaborado pelo enfoque da legislação de São Paulo,

contudo, no último capítulo, trazemos uma tabela com referências federais.

(5)

S

umário

Preâmbulo ... 5

1. Introdução ... 15

1.1. Por que estudar as principais operações previstas na legislação de ICMS? ... 15

1.2. Dos sujeitos passivos das operações de ICMS ... 16

1.2.1. Exemplos de contribuintes de ICMS ... 17

1.3. Principais características do ICMS ... 18

1.3.1. Principais características do ICMS no tocante a sua base de cálculo... 18

1.3.1.2. Cálculo do ICMS por dentro ... 19

1.3.1.3. Definição de local para pagamento do imposto 20 1.2. Código de Situação Tributária ... 24

1.2.1. Origem da mercadoria ou serviço ... 24

1.2.2. Tributação do ICMS ... 25

1.2.3. Tabela consolidada ... 25

1.2.4. Notas explicativas ... 26

2. oPerações com armazém Geral ... 27

2.1. Conceitos ... 27

(6)

2.3. Saída do Armazém Geral ... 28

2.3.1. Entrega a estabelecimento de terceiro inclusive do mes-mo titular do depositante ... 29

2.4. Entrega Direta no Armazém Geral ... 30

2.4.1. Emissão do Documento Fiscal pelo remetente ... 30

2.4.2. Procedimentos do armazém geral ... 30

2.4.3. Procedimentos do estabelecimento depositante ... 31

2.5. Transmissão de Propriedade de Mercadorias que Permanecerem no Armazém Geral ... 31

2.5.1. Procedimentos adotados pelo estabelecimento deposi-tante e transmitente ... 32

2.5.2. Providências exigidas do armazém geral ... 32

2.5.3. Obrigações do estabelecimento adquirente ... 33

2.6. Armazém Geral - Operações Interestaduais ... 34

2.6.1. Tratamento fiscal ... 34

2.7. Procedimento no Recebimento de Mercadoria ... 34

2.7.1. Emissão de notas fiscais pelo estabelecimento remeten-te para realização da operação ... 35

2.7.2. Providências a serem adotados pelo estabelecimento destinatário e depositante ... 36

2.7.4. Procedimentos exigidos do armazém geral ... 36

2.8. Procedimento na saída da mercadoria em retorno ao depositante 37 2.8.1. Procedimento na saída de mercadoria para estabeleci-mento de terceiro ... 37

2.8.2. Obrigações do armazém geral nesta operação ... 38

2.8.3. Exigências legais do estabelecimento destinatário nesta operação ... 39

2.9. Transmissão de propriedade de mercadorias que permanecerem no armazém geral ... 40

2.9.1. Procedimentos adotados pelo estabelecimento deposi-tante e transmitente para realizar esta operação ... 40

2.9.2. Responsabilidades do armazém geral ... 41

(7)

Resumos Tributários IOB • Principais Operações na Legislação do ICMs - Volume II 9

3. oPerações com dePósIto Fechado ... 43

3.1. Conceito ... 43

3.1.2. Tratamento fiscal ... 44

3.2. Operações realizáveis com Depósito Fechado ... 44

3.2.1. Trâmite de documentos fiscais na remessa para depósi-to fechado ... 44

3.2.2. Trâmite de documentos fiscais no retorno de depósito fechado ... 45

3.2.3. Trâmite de documentos fiscais no envio direto pelo for-necedor ... 45

3.2.4. Procedimentos do estabelecimento depositante ... 46

4. remessa de amostra GrátIs ... 49

4.1. Conceito ... 49

4.1.2. Âmbito de aplicação ... 49

4.2. Tratamento Fiscal ... 49

4.2.1. Amostra grátis de medicamentos ... 50

4.3. Trâmite de Documentos Fiscais ... 50

4.4. Estorno do Crédito ... 51

4.5. Amostra Grátis Tributada ... 51

4.6. Base de Cálculo ... 51

4.7. Inclusão do IPI ... 52

5. mercadorIa em bonIFIcação ... 53

5.1. Considerações ... 53

5.2. Bonificação Concedida em Mercadorias ... 53

5.2.1. Tratamento fiscal ... 53

5.2.1.1. Posicionamento do Fisco do Rio Grande do Sul 54 5.2.1.2. Interpretação do Fisco de São Paulo ... 54

5.2.1.3. Exemplo de cálculo na operação de bonificação 56 6. oPeração de brInde ... 57

6.1. Conceito ... 57

(8)

6.3. Direito ao Crédito Fiscal por Ocasião das Aquisições ... 57

6.3.1. Trâmite da escrituração da nota fiscal de aquisição ... 58

6.4. Procedimentos para Distribuição dos Brindes ... 59

6.4.1. Distribuição pelo próprio adquirente ... 59

6.5. Entrega de Brinde por intermédio de outro estabelecimento do mesmo contribuinte ... 60

6.5.1. Estabelecimento adquirente ... 60

6.5.1.1. Exemplo ... 61

6.5.2. Estabelecimento destinatário (filial, sucursal, agência, concessionário ou qualquer outro) ... 62

6.6. Distribuição por Conta e Ordem de Terceiros ... 62

6.6.2. Procedimentos do adquirente de mercadoria quando contribuinte do imposto ... 63

7. consIGnação mercantIl ... 65

7.1. Conceito ... 65

7.2. Consignação Mercantil & Substituição Tributária ... 66

7.3. Trâmite de Documentos e Escrita Fiscal ... 66

7.3.1. Procedimentos pelo consignante ... 66

7.3.2. Procedimentos pelo consignatário ... 67

7.3.2.1. Venda da mercadoria ... 67

7.3.2.2. Procedimentos pelo consignatário ... 67

7.3.2.3. Procedimentos pelo consignante ... 68

7.4. Reajuste de Preço ... 68

7.4.1. Procedimentos pelo consignante ... 69

7.4.2. Procedimentos pelo consignatário ... 69

7.5. Devolução da Mercadoria Não Comercializada ... 69

7.5.1. Procedimentos pelo consignatário ... 69

7.5.2. Procedimentos fiscais adotados pelo consignante ... 70

8. consIGnação IndustrIal ... 71

8.1. Conceito ... 71

(9)

Resumos Tributários IOB • Principais Operações na Legislação do ICMs - Volume II 11

8.3. Trâmite de Documentos e Escrita Fiscal por parte do

consig-nante ... 71

8.3.1. Reajuste de preço ... 72

8.3.1.1. Faturamento das mercadorias consumidas ... 72

8.3.2. Trâmite de documentos e escrita fiscal por parte do consignatário ... 73 8.3.2.1. Escrituração fiscal ... 73 8.4. Devolução Física ... 74 9. remessa em demonstração ... 75 9.1. Conceito ... 75 9.2. Tratamento Fiscal ... 75 9.2.1. Âmbito de aplicação ... 75

9.3. Remessa para não contribuinte ... 76

9.3.1. Retorno da mercadoria ... 77

9.3.2. Procedimentos na transmissão de propriedade ... 78

9.3.3. Inobservância do prazo de 60 dias para a transmissão de propriedade ou para o retorno das mercadorias ... 78

9.4. Remessa para Contribuintes ... 79

9.4.1. Retorno da mercadoria ... 79

9.4.2. Transmissão de propriedade no prazo de 60 dias ... 80

9.4.3. Transmissão de propriedade depois de 60 dias ... 81

9.4.4. Inobservância do prazo de 60 dias para a transmissão de propriedade ou para o retorno das mercadorias ... 82

9.5. Inobservância do Prazo - Acréscimos Legais ... 82

10. consIGnação IndustrIal ... 83

10.1. Conceito ... 83

10.2. Consignação - Âmbito de Aplicação ... 83

10.3. Trâmite de Documentos e Escrita Fiscal por Parte do Consig-nante ... 83

10.3.1. Reajuste de preço ... 84

(10)

10.3.2. Trâmite de documentos e escrita fiscal por parte do

consignatário ... 85

10.3.2.1. Escrituração fiscal ... 85

10.4. Devolução Física ... 86

11. oPeração de doação de mercadorIas ... 87

11.1. Conceito ... 87

11.2. Base de Cálculo ... 87

11.3. Doações de Mercadorias Amparadas por Benefício Fiscal ... 88

11.3.1. Doações efetuadas por organização internacional ou es-trangeira ... 89

11.3.2. Banco de alimentos (food bank) ... 89

11.3.3. Importação por órgãos da administração pública ... 90

11.3.4. Doações à Secretaria da Educação do Estado ... 90

11.3.5. Doações a órgãos públicos para assistência às vítimas da seca ... 90

11.3.6. Programa Fome Zero ... 91

11.4. Trâmite de Nota Fiscal ... 92

12. exPortação de mercadorIas ... 93

12.2. Exportação de Mercadorias ... 93

12.2. Exportação Direta ... 93

12.2.1. Embarcação de bandeira estrangeira ... 94

12.3. Documento Fiscal na Exportação Direta ... 95

12.4. Exportação Indireta ... 96

12.4.1. Hipóteses de recolhimento do imposto ... 96

12.4.2. Liberação da mercadoria... 97

12.4.3. Descaracterização da operação de remessa com o fim específico de exportação ... 97

12.4.4. Exoneração do remetente ... 97

12.4.5. Desfazimento do negócio ... 98

(11)

Resumos Tributários IOB • Principais Operações na Legislação do ICMs - Volume II 13

12.4.7. Procedimentos para exportação indireta ... 99

12.4.8. Ato Declaratório Executivo ... 100

12.5. Manutenção de Créditos ... 102

12.6. Remessa para Formação de Lote na Exportação Direta ... 103

12.6.1. Remessa para formação de lote na exportação indireta .. 104

12.6.1.2. Procedimento pela comercial exportadora ... 106

12.6.1.3. Emissão de nota fiscal em nome do recinto al-fandegado ou do Redex ... 107

12.6.2. Obrigação acessória ... 107

12.7. Hipótese que não é considerada exportação (venda a turista) .... 109

12.8. Entrega em país diverso ... 109

13. mostruárIo de Venda ... 111

13.1. Conceito ... 111

13.2. Tratamento Fiscal ... 112

13.3. Base de Cálculo ... 112

13.4. Emissão do Documento Fiscal ... 112

13.5. Remessa de Mostruário para Treinamento ... 113

13.6. Trâmite de Escrituração Fiscal ... 113

13.6.1. Retorno do mostruário ... 114

13.6.2. Promovido por não contribuinte ... 114

13.6.3. Promovido por contribuinte ... 114

13.6.4. Trâmite da escrituração fiscal no retorno ... 114

13.7. Crédito ... 115

14. oPerações com atIVo Permanente ... 117

14.1. Introdução ... 117

14.2. Conceito de Ativo Imobilizado para Fins de Apropriação de Crédito de ICMS ... 117

14.3. Partes e Peças Destinadas ao Ativo Imobilizado com Finalidade de Apropriação de Crédito de ICMS ... 119

(12)

14.5. Alienação de Bens do Ativo Permanente antes do Final dos 48

Meses ... 120

14.6. Venda de Ativo Imobilizado ... 120

14.7. Saída de Bem do Ativo em Comodato ... 121

15. oPerações em transFerêncIa ... 123

15.1. Transferência de Mercadoria ... 123

15.2. Transferência de Ativo e Material de Uso e Consumo... 124

16. oPerações com sucata ... 125

16.1. Conceito de Sucata de Resíduo de Materiais ... 125

16.2. Benefício Aplicado à Operação com Sucata... 126

17. remessa Para IndustrIalIzação - asPectos do Icms ... 129

17.1. Industrialização sob Encomenda, Mediante Aplicação pelo In-dustrializador de Matérias-primas e Produtos Intermediários Adquiridos de Terceiros no Mercado Nacional ... 131

17.2. Procedimento perante a Legislação do ICMS ... 132

18. Venda à ordem ... 135

18.1. Conceito ... 135

18.2. Visualizando a Operação ... 136

(13)

1.

introdução

1.1. POR quE EStuDAR AS PRInCIPAIS OPERAçõES PREvIStAS

nA LEGISLAçãO DE ICMS?

As normas que regem um país não são estáticas, ou seja, evoluem

conforme as modificações e anseios da coletividade. Costumes se

modifi-cam, necessidades surgem, ideias se modernizam e para que a legislação

continue servindo como instrumento de justiça e equidade na nação as

leis precisam ser constantemente revistas e atualizadas.

O ICMS (Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de

Mer-cadoria e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual,

In-termunicipal e Interestadual e de Comunicação) tem o seu fato gerador

vinculado principalmente à prática mercantil.

O comércio de mercadorias envolve por um lado o

comerciante/em-presário e, de outro, sua clientela. Na competição de mercado aquele que

oferta os melhores produtos, com preços competitivos e ainda consegue

atender à logística de seu cliente, sai na frente. A economia de transporte

é um fator primordial, assim como organizar e aprimorar as parcerias

vi-sando um processo industrial mais adequado.

Operações como amostra grátis e remessa para demonstração

per-mitem que os produtos sejam conhecidos pelo propenso destinatário e

funcionam como mecanismo de conquista de mercado. Outras

opera-ções apesar de tributadas possibilitam que o faturamento seja

poster-gado ou mesmo antecipado, como a remessa em consignação mercantil

ou industrial e a venda para entrega futura (operação que implica em

(14)

antecipar recursos, mas a mercadoria apenas será entregue em momento

futuro determinado pelas partes).

Estes são alguns dos exemplos de operações permitidas e muito

úteis no planejamento tributário e estratégico dos contribuintes do ICMS.

No entanto, o analista fiscal deve tomar cuidado, pois nem tudo que

é requerido pelo departamento comercial tem previsão na legislação, e os

abusos sujeitam o infrator a penalidades.

O departamento fiscal deverá sempre partir da premissa de que é

vedado entregar a mercadoria em local diverso do consignado no

docu-mento fiscal exceto os casos previamente disciplinados nos respectivos

Regulamentos de cada Estado que, em regra, encontrará amparo no

Con-vênio s/nº de 1970, objeto principal do nosso estudo.

1.2. DOS SujEItOS PASSIvOS DAS OPERAçõES DE ICMS

Como regra geral, podemos definir contribuinte (sujeito passivo da

obrigação principal) como sendo qualquer pessoa, física ou jurídica, que

realize operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviço

des-crita como fato gerador do ICMS.

Por sua vez, o fato gerador do ICMS será a circulação de mercadoria

a qualquer título, inclusive fornecimento de refeição, bem como a

presta-ção de serviço de transporte de natureza intermunicipal e interestadual e

comunicação onerosa.

Observar que a caracterização como contribuinte do ICMS independe

de ele estar constituído ou registrado, bastando que pratique com

habitua-lidade ou em volume que caracterize intuito comercial as prestações ou

operações sujeitas ao ICMS. Assim, como exemplo, uma pessoa física que

seja parada na barreira fiscal de um determinado Estado com grande

quan-tidade de mercadoria ficando claro o intuito comercial, poderá ser impedida

de transitar no Estado antes do acerto do imposto. O ICMS, neste caso, será

devido ainda que haja a alegação de não possuir inscrição estadual.

O elemento “habitualidade”, um dos indicadores do conceito de

contribuinte, nem sempre é esclarecido pela legislação de cada Estado. O

Estado de Minas Gerais, contudo, nos traz uma definição interessante e

que vale a pena ser citada:

(15)

Resumos Tributários IOB • Principais Operações na Legislação do ICMS - Volume II 17

Art. 55. ... “§ 2º Entende-se por habitualidade, para fins de tributação, a prática de operações que importem em circulação de mercadorias ou de prestações de serviços de transporte, interestadual ou intermunicipal, ou de comu-nicação, a qual, pela sua repetição, induz à presunção de que tal prática constitui atividade própria de contribuinte regular.” (RICMS/MG-2002, Parte Geral).

Há situações, entretanto, que independem do requisito habitualidade

e que o imposto estadual poderá ser exigido:

a) saída de mercadoria em hasta pública;

b) entrada, no Estado, decorrente de operação interestadual, de

petróleo, lubrificante e combustível líquido ou gasoso dele

de-rivados ou de energia elétrica, quando não destinados à

comer-cialização ou à industrialização do próprio produto;

c) entrada de mercadoria ou bem importado do exterior, inclusive

quando objeto de contrato de arrendamento mercantil (leasing)

com opção de compra ao arrendatário, por pessoa física ou

jurí-dica, ainda que não seja contribuinte regular do imposto,

qual-quer que seja a sua destinação;

d) aquisição, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja

contribuinte regular do imposto, em licitação promovida pelo

poder público, de mercadoria ou bem importados do exterior

apreendidos e abandonados.

1.2.1. Exemplos de contribuintes de ICMS

a) Comerciante;

b) Industrial;

c) Produtor rural (pessoa física ou jurídica)

(16)

e) Prestador de serviço de transporte, interestadual ou

intermuni-cipal;

f) Prestador de serviço de comunicação onerosa

1

.

1.3. PRInCIPAIS CARACtERÍStICAS DO ICMS

Por ocasião da realização das operações de ICMS, o contribuinte

deverá sempre observar as principais características do ICMS, ou seja, as

regras gerais que norteiam este tributo:

• o imposto será não cumulativo, compensando-se o que for

de-vido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores,

pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;

• a isenção ou não incidência do ICMS, salvo previsão na

legisla-ção, não implicará crédito para compensação com o montante

anteriormente cobrado ou acarretará anulação do crédito, se

apropriado;

• o imposto poderá ser seletivo em função da essencialidade do

produto;

• as alíquotas interestaduais e de exportação devem ser fixadas

por Resolução do Senado Federal (Resolução do Senado

Fede-ral nº 22/89 e 13/2012).

1.3.1. Principais características do ICMS no tocante a sua base de

cálculo

A base de cálculo é o valor da operação ou prestação, devendo ser

incluídas as despesas cobradas ao destinatário, como cobrança de taxa de

emissão de boleto ou embrulho para presente.

Nas saídas de produtos industrializados ou importados pelo

estabe-lecimento, além do ICMS, temos a incidência do IPI (Imposto incidente

sobre a circulação de mercadoria industrializada ou importada). O IPI

1. Não incide nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifu-são sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; (Art. 155, X, d da CF/88)

(17)

Resumos Tributários IOB • Principais Operações na Legislação do ICMS - Volume II 19

repercutirá na base de cálculo do ICMS quando a venda for para

consumi-dor final, ou seja, não haverá uma nova industrialização ou revenda por

parte do contribuinte adquirente.

Quando na operação o fornecedor oferecer descontos, mas estes

fo-rem condicionados não poderão ser deduzidos da base de cálculo. Desta

forma, dar desconto apenas para pagamento à vista quer dizer exigir uma

contraprestação e, portanto, condicionar a existência do desconto.

O custo de frete, mesmo quando cobrado separadamente, também

deverá ser incluído na base de cálculo, bem como as mercadorias

bonifi-cadas e a cobrança da montagem ou instalação.

Alertamos que pode haver pequenas variações na redação da

legisla-ção interna de cada Unidade da Federalegisla-ção e Distrito Federal.

1.3.1.2. Cálculo do ICMS por dentro

O ICMS é um imposto por dentro o que equivale dizer que integra a

sua própria base de cálculo, constituindo o respectivo destaque no

docu-mento fiscal mera indicação para fins de controle.

Portanto, no valor da operação/prestação, deverá estar embutido o

valor do ICMS de tal forma que a aplicação da alíquota seja sobre o valor

da mercadoria e demais valores acessórios somados ao valor do próprio

ICMS, inclusive nas importações.

Demonstrativo de Cálculo - ICMS “Por Dentro”

(Fórmula = P: 100 - AL : 100) = Base de Cálculo do ICMS

Onde:

P = preço sem o ICMS;

AL = alíquota do imposto (4%, 7%, 12%, 18%, 25%, etc.)

Exemplo:

R$ 100,00 : (100 - 18) : 100 =

R$ 100,00 : (100,00 - 18) : 100 =

R$ 100,00 : (82:100) =

(18)

R$ 100,00 : 082 = R$ 121,95 (preço da mercadoria com o ICMS e

base de cálculo do ICMS), onde:

R$ 121,95 X 18% = R$ 21,95 (valor do ICMS a ser destacado).

Assim, poderá ser utilizado o seguinte percentual para efeito de cálculo

do ICMS (QUADRO 1):

Alíquota da mercadoria para apuração da Fator a ser dividido com o preço base de cálculo 4% 0,96 7% 0,93 12% 0,88 18% 0,82 25% 0,75

1.3.1.3. Definição de local para pagamento do imposto

Nos moldes do artigo 155 da Constituição Federal de 1988,

cou-be aos Estados a competência para instituir Imposto sobre as Operações

Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviço de

Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as

operações e as prestações se iniciem no exterior.

Desta forma, o ICMS pertence aos Estados. Mas a pergunta que

te-mos que fazer é: para qual Estado?

Quando a operação inicia e termina em uma mesma Unidade da

Federação e Distrito Federal, não restam dúvidas sobre a quem atribuir

a arrecadação, no entanto, as relações comerciais ultrapassam as barreiras

estaduais e, para que não haja conflito de competências, se faz necessário

definir o que vem a ser local para fins de pagamento do ICMS.

A Lei Complementar nº 87/1996 nos dá o subsídio necessário para

responder à tal pergunta. Em seu artigo 11, temos a seguinte disciplina:

“Art. 11. O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é:

(19)

Resumos Tributários IOB • Principais Operações na Legislação do ICMS - Volume II 21

I - tratando-se de mercadoria ou bem:

a) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador;

nota:

O fato gerador neste caso é a saída, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro do mesmo titular, assim em regra o imposto será devido ao estado onde a operação teve o seu início (origem).

b) onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documen-tação fiscal ou quando acompanhado de documendocumen-tação inidônea, como dispuser a legislação tributária;

nota:

Imaginemos que uma transportadora saia de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro, carregado de mercadorias, mas com nota fiscal modelo 1 para acobertar a venda,modelo de documento fiscal não mais aceito em operações interesta-duais. A empresa é parada na barreira fiscal, o documento l é declarado inidô-neo e o fisco fluminense poderá baseado neste dispositivo exigir o tributo.

c) o do estabelecimento que transfira a propriedade, ou o título que a re-presente, de mercadoria por ele adquirida no País e que por ele não tenha transitado;

d) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física;

nota:

Uma empresa ao promover importação de mercadorias poderá optar por rea-lizar o desembaraço aduaneiro em qualquer dos portos/aeroportos do país, contudo, esta prática muitas vezes gera conflitos de competência entre os Esta-dos. Isto decorre do fato de, muitas vezes, na importação a mercadoria sair do local onde se processou o desembaraço aduaneiro seguindo diretamente para o cliente do importador. Neste caso, a primeira entrada física é no estabeleci-mento do cliente que pode estar em estado diverso do importador.

e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não esta-belecido;

f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de merca-doria importada do exterior e apreendida;

(20)

g) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de mer-cadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; h) o do Estado onde estiver localizado o adquirente, inclusive consumidor final, nas operações interestaduais com energia elétrica e petróleo, lubrifi-cantes e combustíveis dele derivados, quando não destinados à industria-lização ou à comerciaindustria-lização;

i) o do Estado de onde o ouro tenha sido extraído, quando não considera-do como ativo financeiro ou instrumento cambial;

nota:

Temos aqui uma regra especial em que ao invés do ICMS ser devido na origem será devido para a Unidade da Federação em que o produto for consumido. Isto decorre do fato que temos poucos Estados produtores de energia e com-bustível e muitos Estados consumidores. Caso fosse mantida a regra geral ha-veria uma grande discrepância na arrecadação deste tributo.

j) o de desembarque do produto, na hipótese de captura de peixes, crus-táceos e moluscos;

II - tratando-se de prestação de serviço de transporte:

a) onde tenha início a prestação;

nota:

Uma empresa prestadora de serviço de transporte não necessita possuir ins-crição estadual em todas as Unidades da Federação para poder executar ser-viços em local diverso do domicílio da empresa. Contudo, ficará subordinado à regra de que o ICMS neste caso deve ser pago ao Estado em que iniciou o transporte (carregou o caminhão ou outro veículo). Nesta hipótese, observará a alíquota do estado favorecido.

b) onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhada de documentação inidônea, como dispuser a legislação tributária;

nota:

As transportadoras podem ser responsabilizadas pelo ICMS devido referente às mercadorias que estejam em seu poder sem documento fiscal regular.

Referências

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