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Parecer do Tribunal Intermédio do Povo N.º 2 de Xangai sobre a Revisão e Aplicação Judicial
de Casos de Arbitragem relativamente às Normas de Arbitragem da Zona Piloto de
Comércio Livre da China (Xangai)
O Tribunal Intermédio do Povo N.º 2 (o "Tribunal") foi nomeado por um tribunal de
instância superior para proceder à revisão judicial de casos de arbitragem pela Comissão de Arbitragem Comercial e Económica Internacional de Xangai (Shanghai International Arbitration Centre, "SHIAC").De modo a servir efectivamente a criação e deenvolvimento da Zona Piloto de Comércio Livre da China (Xangai) ("ZCL"), com plenos poderes no
processo do sistema de arbitragem na resolução de litígios e a desempenhar, legalmente, as
suas funções de revisão judicial de arbitragem e aplicação de sentenças, o Tribunal pronuncia-se seguidamente expressando os seguintes pareceres de acordo com a Lei de
Arbitragem da República Popular da China (a "Lei da Arbitragem"), a Lei do Processo Civil da República Popular da China (a "Lei do Processo Civil") e disposições relevantes
das interpretações judiciais decorrentes, em concomitância com as suas actuais práticas (os
"Pareceres"). 1. Âmbito de Aplicação
Este parecer deverá ser seguido pela revisão e aplicação judicial do Tribunal das arbitragens relativas às Normas de Arbitragem da Zona Piloto de Comércio Livre da China (Xangai) (as
"Normas ZCL") elaboradas pela SHIAC (esses casos serão doravante mencionados como "Casos das Normas ZCL").Os tipos de casos incluem pedidos para preservação de
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património, confirmando a validade e efeitos do acordo de arbitragem, revogação de sentenças, aplicação de
sentenças e recusa de aplicação de sentenças.
2. Princípios Gerais
A revisão e aplicação judicial dos Casos das Normas ZCL devem aderir aos princípios de
observação das leis, apoiando o desenvolvimento e inovação do sistema de arbitragem,
respeitando a autonomia da vontade das partes, assim como os princípios de imparcialidade,
conveniência e eficiência.
3. Mecanismo de Acções Concertadas para Trabalho Específico
Deve ser criado um mecanismo de acções concertadas para apresentação de queixas, audiências e aplicação, mantendo o canal comercial aberto e assegurando que os casos relevantes são ouvidos e aplicados de uma forma justa, conveniente e eficaz. Deve ser criado
um mecanismo específico de apresentação e aceitação, configurando identificações no hall
de apresentação do caso para indicar janelas especificamente para aceitação dos Casos de Normas ZCL. Deverá ser disponibilizado pessoal especializado para tratar da aceitação e revisão do pedido de aceitação. Deverá ser criado um tribunal especial para a revisão judicial, cujo presidente irá agir como juiz presidente no julgamento especial designado para os Casos de Normas ZCL. E devem ser criadas equipas especiais são responsáveis pela aplicação e veredicto para aplicar os Casos de Normas ZCL.
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4. Revisão de apresentação de casos em Casos de Arbitragem a correr Processo num Tribunal de Pequena Instância
Se uma parte pedir a entrada de um processo de caso relativamente a uma sentença proferida por um Tribunal a aplicar os procedimentos para pequena instancia, o pedido deve ser revisto no próprio dia e o caso será aceite nesse mesmo dia se as condições exigidas forem satisfeitas.
5. Revisão de entrada de processos de caso sobre a Consolidação de Arbitragens
Se uma parte solicitar a entrega de um processo de caso relativamente a uma sentença proferida por um tribunal a aplicar os procedimentos de arbitragens consolidadas, o caso deve ser particularmente assinalado e classificado aquando da sua entrada.
6. Revisão de Pedido para Preservações
Se uma parte solicitar a preservação antes ou durante a arbitragem, esse pedido deve ser imediatamente aceite. Em casos urgentes, se os requisitos correspondentes dispostos na legislação forem satisfeitos, deverá ser tomada uma decisão no prazo de vinte e quatro horas e depois imediatamente transitada para aplicação. Qualquer parte que solicite a segurança de património em arbitragem poderá ser ordenada que providencie a segurança. Falando em termos gerais, as partes devem fornecer segurança monetária não inferior a 30% do valor dos activos a serem preservados; onde o valor dos activos a serem preservados exceder a quantia de 50 milhões de RMB, a segurança monetária exigida poderá ser reduzida de acordo com as circunstâncias, mas não deve ser inferior a 10% do valor dos activos a serem preservados. A segurança de crédito será, geralmente, permitida se essa segurança for fornecida por uma
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terceira parte, a qual será uma grande e reconhecida empresa ou instituição financeira com activos bastantes. Se a parte que solicita a preservação for uma grande
e reconhecida empresa ou instituição financeira com activos bastantes, a segurança de crédito para si mesma deverá ser permitida.
7. Limite Temporal para a Revisão Judicial
Quando as partes solicitarem a confirmação da validade ou eficácia de um acordo de arbitragem ou a revogação de uma sentença, em geral, será realizada uma audiência ou as partes serão consultadas no prazo de quinze (15) dias após o caso dar entrada e a determinação será proferida no prazo de trinta (30) dias após o caso dar entrada.
8. Revisão Judicial dos Casos de Arbitragem a correr Processo num Tribunal de Pequena Instância
Quando as partes solicitarem a revogação de uma sentença apresentando um processo num tribunal de pequena instância, será realizada uma audiência ou as partes serão consultadas no prazo de dez (10) dias após o caso dar entrada e a determinação será proferida no prazo de vinte (20) dias após o caso dar entrada.
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9. Revisão Judicial dos Árbitros Nomeados exteriormente ao Painel
Quando uma parte/partes recomendar/recomendar conjuntamente árbitros ou a presidência (única) de um árbitro exterior ao Painel de Árbitros, tal será reconhecido mediante revisão judicial, se a nomeação tiver sido confirmada pelo Presidente da SHIAC, as pessoas
nomeadas satisfaçam os critérios de qualificação determinados no Artigo 13.º da Lei de
Arbitragem e os procedimentos de nomeação são legítimos nos termos das Normas ZCL e
disposições relevantes das leis chinesas.
10. Revisão Judicial da Consolidação das Audiências Arbitrais
Quando as partes requererem a revogação ou a a definição de sentenças separadas respectivamente proferidas pelo tribunal em arbitragens consolidadas, o Tribunal pode, com o consentimento conjunto das partes, ouvir os casos conjuntamente e proferir decisões em separado.
11. Litisconsórcio da Revisão Judicial de Terceiros
O litisconsórcio será reconhecido nos termos da revisão judicial se as partes terceiras se juntarem voluntariamente aos procedimentos de arbitragem, com o pedido ou consentimento escrito de ambas as partes e conforme aprovado pelo Tribunal ou pelo Secretariado da SHIAC e se os procedimentos do litisconsórcio estiverem de acordo com as Normas ZCL e não violarem as leis chinesas
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12. Revisão Judicial de Provas
Sempre que o Tribunal, por sua iniciativa, empreender investigações, reunir provas, realizar reuniõe pré-audiência e chamar testemunhas especialistas para testemunhar, esta acção do Tribunal pode ser assim reconhecida na revisão judicial se estiverem a cumprir as Normas ZCL e não violarem as disposições obrigatórias nos termos das leis chinesas.
13. Revisão Judicial da Sentença ex aequo et bono
Quando o Tribunal proferir uma sentença ex aequo et bono, os processos podem ser reconhecidos em revisão judicial, se o mesmo for acordado conjuntamente pelas partes por escrito, não violar as disposições obrigatórias das leis chinesas e a sentença proferida no processo estiver conforme com as Normas ZCL.
14. Aplicação de Medidas de Conservação
As medidas de conservação devem ser implementadas no prazo de quarenta e oito (48) horas após a determinação ser proferida. Se as partes procurarem prorrogar ou terminar as medidas de conservação, em caso de emergência, podem primeiramente solicitar directamente ao Tribunal e submeter os documentos relevantes através da instituição de arbitragem em tempo.
15. Aplicação Rápida
Regra geral, a revisão do pedido de aplicação deve ser concluída no mesmo dia em que o
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indícios de activos da pessoa a ser aplicada, os quais são fornecidos pelas partes ou outras
pessoas. Se os indícios de património forem claros, os processos de investigação devem
começar dentro de vinte e quatro (24) horas, se os indícios de património não forem claros, as
partes serão informadas em tempo para submeter mais material. Quando necessário, o Tribunal pode agir na sua capacidade de autoridade para investigar. Relativamente ao património de uma pessoa contra a qual foi solicitada a aplicação de uma sentença que tenha sido coberta, congelada ou confiscada, medidas obrigatórias como a transferência, avaliação, leilão e venda devem ser tomadas em devido tempo. Os fundos que pertençam à parte aplicante devem, regra geral, ser transferidos para a sua conta no prazo de três (3) dias após o recibo ser emitido.
16. Aplicação
A investigação e aplicação será realizada intensa e colectivamente. Os activos das pessoas a
serem aplicados incluindo imobiliário, veículos, poupanças, acções e obrigações devem ser
prontamente investigados e controlados. As medidas incluindo restrições sobre o elevado consumo e partida, a ordem de rastreamento e exposição na Internet serão impostas àqueles que não cumpram as sentenças. Para as pessoas de má-fé sujeitas à aplicação consoante tenham sido oficialmente divulgadas pelas Disposições Várias do Supremo Tribunal do Povo
sobre o Anúncio da Lista de Pessoas Desonestas sujeitas a Aplicação, estas serão
prontamente tornadas públicas e será imposta uma punição de crédito de acordo com a legislação. Se a pessoa a ser alvo de aplicação da lei transferir ou remover os seus activos, fornecer relatórios financeiros falsos ou recusar-se a desempenhar as suas obrigações conforme decidido por sentença arbitral, o Tribunal deverá fortalecer as medidas de punição incluindo a investigação, multa punitiva e inclusivamente a detenção. Se qualquer um desses comportamentos constituir um crime, a responsabilidade criminal será apurada nos termos da lei.
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17. Resolução para Aplicação da Lei
O Tribunal deve, ao mesmo tempo que protege os legítimos direitos das partes de acordo com
a legislação, encorajar as partes a alcançar uma resolução para a Aplicação da lei e supervisionar as partes para que cumpram as obrigações especificadas pelo acordo de mediação.
18. Revisão da Contestação para Aplicação da Lei
Se as partes ou partes interessadas contestarem por escrito a aplicação da lei com base em que a aplicação se encontra em violação da lei, ou se um terceiro contestar por escrito a
matéria a ser aplicada, regra geral, o Tribunal deverá terminal a investigação e tomar uma decisão no prazo de dez (10) dias após tais contestações escritas terem sido apresentadas.
19. Processo de Revisão Sumária
O procedimento sumario aplica-se na revisão judicial de arbitragens se: a arbitragem a ser alvo de revisão for realizada em processo sumário ou processo de pequena instância e os factos forem simples com pouca dúvida ou se a parte solicitar a recusa de uma sentença com base nas mesmas razões que já tenham sido levantadas no pedido para revogação da mesma sentença e tenham sido rejeitadas. A decisão será tomada dentro de quinze (15) dias após o caso ter dado entrada.
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20. Aplicação durante a Revisão Judicial
A aplicação será suspensa quando a revisão judicial de uma sentença se encontrar pendente. Contudo, a cobertura, congelamento, confisco e outras medidas de controlo sobre os activos de uma pessoa contra a qual é pedida uma aplicação não serão suspensos. O processo de aplicação irá continuar se o requerente tiver mantido a segurança própria.
