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BANCA & SEGUROS. Banca. O risco é elevado, mas já há lucros. de empresas

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Banca.

O risco

é elevado,

mas já

há lucros

BANCA & SEGUROS

de empresas

Em 1861, Linus Yale Jr., inventou as fechaduras com combinações. Rapidamente os banqueiros adoptaram esse sistema nos seus bancos. Mais tarde, James Sar-gent — um empregado da Yale — desenvolveu o “cofre à prova de ladrão”, um cofre de combina-ção de abertura retardada.

(2)

Apesar da melhoria da atividade

económica, o nível do crédito em risco

do sector bancário permaneceu ainda

elevado em 2015. O sistema bancário

português apresentou resultados líquidos

positivos no ano passado, o que já não

acontecia desde 2010

Texto: Helena C. Peralta

A

A banca portuguesa não tem passado por momento fáceis nos últimos anos, sobre-tudo depois das ondas de contágio provo-cadas pelo crise norte-americana do sub-prime. O sistema financeiro nacional, que já atravessava algumas dificuldades, viu os seus piores receios tornarem-se realidade com a falência de alguns bancos, com espe-cial destaque para a queda do Grupo BES, que afectou praticamente toda a economia. O seu impacto foi de tal ordem que até o gi-gante PT foi completamente abalado.

Porém, em 2015, apenas um ano após a saída do programa de assistência econó-mica e financeira, o sistema bancário por-tuguês apresenta alguns sinais de melho-ria embora revele ainda vámelho-rias fragilidades de natureza estrutural quando comparado com os países da zona euro. Desde de-zembro de 2010 o sector bancário tem rea-lizado um processo de desalavancagem – imposto pelo programa de assistência – e concretizado numa redução do ativo total, sobretudo por via da redução do crédito a clientes. Segundo dados do último Over-view do Sistema Bancário Português, rea-lizado pela Associação Portuguesa de Ban-cos (APB), esta desalavancagem reflecte-se no Rácio de Transformação – rácio de crédito sobre os recursos de clientes – uma vez que o Banco de Portugal pediu aos oito maiores bancos que reduzissem este rácio para 120% até 2014.

Este processo aliado a uma procura de crédito pouco dinâmica levou a uma di-minuição de cerca de 10 pontos percen-tuais no rácio de Crédito a Clientes/PIB, em 2015, que no final do ano representa-va cerca de 123%.

Bancário (valor máximo desde 2011). Mas, não obstante a melhoria verificada em 2015, o atual contexto macroeconómico de baixas taxas de juro e de reduzido cres-cimento económico deverá continuar a condicionar negativamente a rendibilida-de dos bancos.

Risco ainda elevado

Apesar da melhoria da atividade económi-ca, o nível do crédito em risco do sector bancário permaneceu ainda elevado, o que acarreta um risco para a estabilidade fi-nanceira. Efetivamente, este indicador constitui um indício da debilidade finan-ceira com impacto na rendibilidade do sec-tor podendo potencialmente afetar a sua capacidade de concessão de crédito à eco-nomia. E ainda que os níveis de solvabili-dade do sistema bancário nacional tenham vindo a melhorar continuam abaixo da média dos países da zona euro. Convém sa-lientar que a baixa rendibilidade observa-da continua a condicionar a capaciobserva-dade de geração interna de capital pelas institui-ções.

Em 2015, o sector bancário continuou o seu processo de redução de custos, tendo o rácio cost to income atingido o valor de 59,9%, o que representou uma diminui-ção de 6 pontos percentuais em reladiminui-ção a 2014. Portugal continua a apresentar valo-res acima da maioria dos países da zona eu-ro. Face ao atual contexto de limitada ca-pacidade de geração de produto bancário que as instituições enfrentam, será fun-damental que estas continuem a desen-volver esforços no sentido de ganharem eficiência, reduzirem os seus custos e por essa via conseguirem recuperar de forma sustentada a sua rendibilidade.

Os melhores bancos nacionais

O estudo levado a cabo pela Ignios, distin-guiu o Banco Santander Totta como o Me-lhor Grande Banco de 2015, destacando-se pelo facto de ter sido aquele com menor risco e por ter sido o segundo em termos de rendibilidade, com destaque para os 26,5% de rendibilidade dos capitais próprios, e o primeiro no vector do crescimento, sobre-tudo no que diz respeito ao crédito

conce-O ano de 2015

destacou-se pela

dinâmica positiva

dos depósitos

a particulares

Em 2015, destacou-se ainda a dinâmica muito positiva dos depósitos de particula-res que cparticula-resceram 7,5 mil milhões de eu-ros. Não obstante, os recursos dos clientes mantiveram-se ao nível de 2014. Assim, a melhoria observada no rácio de transfor-mação, que atingiu os 103% em Dezem-bro de 2015, é sobretudo justificada pela redução do Crédito.

Em termos agregados, o sistema bancá-rio português apresentou resultados líqui-dos positivos em 2015, o que não aconte-cia desde 2010. Esses resultados são justi-ficados sobretudo por algumas dimensões em particular. Por um lado, assistimos à re-dução do fluxo de imparidades e provisões face a 2014, o que poderá sinalizar um pro-cesso de normalização da atividade. De-pois houve uma evolução positiva da mar-gem financeira, sobretudo por via da re-dução dos custos com os juros que mais que compensou a redução dos proveitos com juros). Por último, assistimos a au-mento dos resultados com operações fi-nanceiras que atingiram 14% do Produto

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dido a clientes, segmento onde cresceu 23%.

O Millenium BCP foi eleito o segundo melhor em 2015, salientando-se a sua classificação no vector rendibilidade, onde ficou em primeiro lugar - sobretudo por via da sua prestação ao nível do produto bancário sobre o ativo e ao nível do cost to income - e no vector risco onde ficou clas-sificado em segundo lugar. O Banco BPI fi-cou em terceiro lugar tendo-se salientado no vector do crescimento onde ficou em segundo com destaque para o crescimen-to de 50% alcançado ao nível do producrescimen-to bancário.

No que aos Médios e Pequenos Bancos diz respeito, o vencedor de 2015 foi o Ac-tivoBank, do Grupo Millenium BCP, des-tacando-se pelo facto de ter vencido no critério de crescimento, salientando-se o

BANCA & SEGUROS

crescimento ao nível dos recursos capta-dos, do produto bancário e dos seus capi-tais próprios. O Banco de Investimento Global destacou-se na segunda posição pelo facto de ter vencido no vector de me-nor risco. O Santander Consumer Portugal conquistou o terceiro lugar deste ranking, por ter sido o pequeno banco que mais crescer a seguir ao ActivoBank

A instituição financeira de média e pe-quena dimensão que obteve mais rentabi-lidade foi a Unicre, devido, sobretudo à sua prestação em termos da rendibilidade dos capitais próprios, da taxa de margem fi-nanceira e da taxa de margem de serviços e comissões. E o banco com menor risco nesta dimensão foi o Banco de Investi-mento Global tendo para tal sido assinalá-vel o valor obtido de 0,1% ao níassinalá-vel do rá-cio de crédito em incumprimento.

O

Santander Totta O banco

que mais cresceu em Portugal

O Banco Santander foi destacado pela re-vista Star Company, como o Melhor Gran-de Banco Gran-de 2015. Na base Gran-deste galardão esteve o facto de este ser considerado o banco com menor risco, ter-se posicionado em segundo lugar no critério da rendibili-dade – destaque para a rendibilirendibili-dade dos capitais próprios que atingiu os 26,5% - e por ter sido igualmente o primeiro em crescimento, sobretudo no crédito conce-dido a clientes no qual aumentou 23 por cento. Nos primeiros nove meses deste ano, o Santander Totta registou um lucro de 293,7 milhões de euros, uma subida de 66,2% em termos homólogos.

António Vieira Monteiro, presidente executivo do Santander Totta, refere ao Dinheiro Vivo que apesar do contexto di-fícil que o setor tem atravessado, “o San-tander Totta tem sido sempre o banco com mais lucros em Portugal, com base apenas na atividade doméstica, e aquele mais que tem crescido”. O mesmo responsável re-força que, do lado das receitas, há que

su-blinhar o aumento do crédito às empresas e dos depósitos, o que comprova o reco-nhecimento do mercado em relação ao banco. “Além disso, continuamos a apre-sentar os melhores rácios de capital e as melhores notações de rating e somos o banco mais eficiente”, remata. Segundo o presidente da instituição um dos aspetos que permite obter uma boa rendibilidade é uma política de concessão de crédito com um perfil de risco adequado. O que, aliado a outros fatores, como o crescimen-to orgânico que temos apresentado e uma disciplina na eficiência operacional, tem permitido ao banco evidenciar-se em mais este indicador.

Relevante, durante o ano passado, foi a aquisição dos ativos e passivos de uma par-te do Banif, o que representou um marco no percurso recente do banco. Com esta operação foi possível aumentar a quota de mercado, em complemento ao seu cresci-mento orgânico. O modelo de negócio do banco é a chave do seu sucesso, conforme

explica o presidente. “Temos noção de que para manter esse mesmo sucesso, temos de reinventar a forma como a banca faz negócio. Temos de ter uma estrutura ágil e moderna, colaboradores bem preparados e clientes satisfeitos. Começámos um pla-no de transformação multicanal, que está a mudar a forma como nos relacionamen-tos com os clientes, apostando nos meios digitais”, explica Vieira Monteiro. O ban-co instalou wi-fi em todos os balcões e inaugurou o primeiro Balcão do futuro, e esta estratégia digital já lhe valeu, até ao momento, cerca de 500 mil novos clientes digitais. A instituição concedeu, entre 2008 e 2015, 30,4 mil milhões de euros de crédito a empresas, sendo que a quota de mercado neste item cresceu 4 pontos per-centuais nos últimos três anos. O destaque vai para a produção de crédito dirigido a PME, onde o banco já representa 19%. No crédito a particulares, sobretudo do crédi-to à habitação, foram concedidos entre este período temporal de sete anos, 6,2 milhões de euros. Atualmente, ao nível da produção de crédito à habitação, cerca de um em cada cinco novos empréstimos é originado no Santander Totta. “Está ainda previsto, este ano, um investimento de 6,7 milhões de euros em responsabilidade social corporativa”, refere.

BANCO SANTANDER TOTTA, S.A. 3,83 BANCO COMERCIAL PORTUGUES, S.A. 3,50 BANCO BPI, S.A 3,33 CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A 2,33 NOVO BANCO, S.A. 2,33

BANCOS DE MAIOR DIMENSÃO

Nome 1 2 3 4 4 Banco com menor RISCO pontuação

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BANCA & SEGUROS

A

ActivoBank

Banco cresceu

cerca de 28%

em 2015

ActivoBank, instituição financeira inteira-mente detida pelo grupo Millennium BCP, foi eleita como o melhor pequeno e médio banco de 2015. Para esta distinção, a análise da Ignios teve em linha de conta o facto de este ter sido o pequeno e médio banco que mais cresceu. Este crescimento, face a 2014, atingiu uma taxa de 28,7%, destacando-se entre a sua concorrência mais direta. Este crescimento foi tanto mais visível ao nível dos recursos captados, num incremento de 30%, do produto bancário, também de 30%, e igualmente a mesma taxa de cresci-mento do capital próprio. O banco também esteve em destaque entre os pequenos e médios bancos com menor risco, durante o ano passado, salientando-se o valor de 3,2% de rácio de incumprimento. Para Luís Ma-gro, diretor de marketing, “o mais impor-tante na concessão de crédito é garantir que o cliente tem como pagar. Por isso, preferi-mos recusar uma operação de crédito que nos suscita dúvidas, explicando ao cliente muito bem qual o motivo”.

Esta instituição financeira registou, em 2015, um produto bancário de 58 milhões de euros e manteve, durante o ano de 2015, uma estratégia centrada na captação de novos clientes, estratégia esta que deu frutos, pois o banco contabilizou 96 mil clientes no final do ano. Este enfoque foi acompanhado pelo lançamento de novos produtos financeiros muitos simples e de grande transparência.

Luís Magro avança que “2016 está a correr muito bem, sendo o nosso melhor ano de sempre”. O responsável destaca sobretudo o crescimento da sua base de clientes, que já ultrapassou os 100 mil. Diz ainda que “parte do nosso sucesso está na definição da oferta de produtos, que é simples e ade-quada aos nossos clientes”. Na calha estão novos produtos e serviços, que serão lan-çados no próximo ano.

Seguros.

Atividade

seguradora

menos

rentável

do que há

10 anos

Texto: Fátima Ferrão

2015 foi um ano de retoma ara o

setor segurador, mas ainda com

muitos desafios pela frente. Apesar

da ligeira recuperação económica,

o crescimento verificado no setor

continua a ser mais lento

(5)

M

Mais qualidade nos serviços prestados e na oferta de produtos diversificados não co-locam ainda as empresas de seguros no mesmo patamar de crescimento económi-co que detinham há uma década. Apesar disso, 2015 foi um ano de retoma, mas ain-da com muitos desafios pela frente. O ano passado foi mais um período crítico para a atividade seguradora, coincidindo com uma fase complexa para a sociedade, reve-la a Associação Portuguesa de Seguradoras (APS). De acordo com os dados da associa-ção, apesar da recuperação ligeira da ativi-dade económica no país, o crescimento ve-rificado no setor continua a ser mais lento. A atividade económica em Portugal manteve, em 2015, o caminho de recupe-ração gradual que havia iniciado em 2013, registando-se um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 1,5%, em termos reais, após um aumento de 0,9% em 2014. De acordo com a APS, a recuperação da ati-vidade económica esteve alicerçada em di-versos fatores, entre os quais o aumento do investimento e a aceleração do consu-mo privado, esta última refletindo um maior crescimento do rendimento dispo-nível, fruto da melhoria das condições no mercado de trabalho. Também o consumo privado cresceu acima do rendimento dis-ponível, levando a reduções na taxa pou-pança das famílias que, no final de 2015, se encontrava em níveis historicamente bai-xos.

A associação das empresas de seguros re-vela ainda que a implementação de novas medidas não convencionais de política monetária por parte do Banco Central Eu-ropeu, contribuiu de forma genérica para uma subida da cotação dos ativos. “Este facto, conjugado com a orientação de manter as taxas de juro de referência em níveis muito baixos durante um período alargado de tempo, teve como conse-quência direta uma descida das taxas de re-muneração dos ativos, levando a uma ne-cessidade de reequilíbrio das carteiras dos investidores”, salienta a APS no retrato anual que faz da atividade em Portugal.

Como seria de esperar, o setor segurador não ficou imune a esta evolução da con-juntura económico-financeira nacional e internacional. Num contexto pouco favo-rável para os produtos financeiros do ramo

Apesar de alguma

recuperação gradual,

as seguradoras

enfrentam ainda

muitos desafios

de alguma concentração em 2015, uma tendência que já vinha de anos anteriores, e associada a um contexto de maior pru-dência.

As melhores dos seguros

O ranking elaborado pela Ignios destacou como a melhor grande seguradora do Ramo Vida, a Crédito Agrícola Vida, sendo esta considerada a seguradora que mais cresceu durante o ano de 2015. Destaca-se, nesta instituição, a sua prestação ao nível da taxa de variação dos prémios brutos (18,6%) e da melhoria da sua quota de mercado. Segue-se, neste top 3 a GNB – Companhia de Seguros Vida, distinguida com um honroso segundo lugar, sendo vencedora em dois vetores: o da rendibili-dade e o de menor risco. Para o primeiro contribuíram os resultados obtidos ao ní-vel da rendibilidade dos capitais próprios, de cerca de 21,5%, o rendimento integral sobre capitais próprios e a rendibilidade dos investimentos. Em terceira posição fi-cou a AGEAS Portugal que usufruiu de boas prestações ao nível dos vetores ren-dibilidade, risco e crescimento.

A melhor das médias e pequenas, neste ramo dos seguros, foi a Zurich, eleita ten-do em conta uma taxa de crescimento ten-dos prémios brutos emitidos de 1,5% e uma variação positiva da quota de mercado em 0,5%, e na boa rendibilidade, vencendo em praticamente todos os indicadores des-te critério. Em segunda posição surge a Cardiff, que foi a segunda mais rentável, e em terceiro ficou a AEGON Santander.

O ranking destaca ainda as melhores se-guradoras do Ramo Não Vida e neste caso a vencedora das grandes seguradoras foi a Médis, pelo facto de ter sido a que mais cresceu e aquela que registou um menor risco associado. Em segunda posição ficou a Ocidental, e em terceiro a Generali.

A melhor seguradora média e pequena no Ramo Não Vida foi a Cardiff, Assuran-ces Risques Divers, classificada como a se-gunda que mais cresceu e a sese-gunda mais rentável, seguindo-se na lista a segurado-ra Casegurado-ravela, aquela que mais cresceu em 2015. Por último, no top 3, encontramos a Popular Seguros, que se destacou pelo seu baixo nível de risco.

Vida, o volume global da produção de se-guro direto caiu 11,4% em 2015, para 12,7 mil milhões de euros, o equivalente a 7,1% do PIB português.

Ainda assim, “e apesar dos progressos que o setor segurador alcançou nos últi-mos anos, seja na qualidade dos seus ser-viços, seja na diversidade dos seus produ-tos, este nível de produção e de penetração na economia compara negativamente com o registado há 10 anos atrás, quer no segmento Vida, quer no segmento Não Vida, o que revela a dificuldade em po-tenciar este negócio num clima de insta-bilidade financeira e de reduzido desen-volvimento macroeconómico”, pode ler-se ainda no documento da APS.

Tendência à concentração

Apesar de manter uma maior dependência da evolução económica, o ramo Não Vida teve, em 2015, uma evolução positiva, quer ao nível da produção de seguro dire-to (+3,8%), quer ao nível dos resultados da conta técnica (que passaram de 11 milhões de euros em 2014 para 107 milhões de eu-ros em 2015).

Já o ramo Vida registou uma forte redu-ção de produredu-ção de seguro direto (-17,0%), com particular destaque para a quebra em produtos de poupança não ligados a fun-dos de investimento, consequência direta, não só do decréscimo da taxa de poupan-ça das famílias, mas também do clima de baixas taxas de juro.

Ainda assim, os resultados da conta téc-nica Vida evoluíram de forma favorável, com 26,5%, com relação direta com uma estratégia de gestão de investimentos que tirou partido da subida dos preços dos ati-vos em consequência da descida das taxas de juro. O setor segurador voltou a sofrer

(6)

BANCA & SEGUROS

M

CA Seguros Quando a inovação

ultrapassa a tradição

Manter a confiança dos clientes é um pres-suposto essencial para qualquer compa-nhia de seguros, ainda mais para uma orga-nização como a CA Seguros, que nasce de uma tradição empresarial de caráter solidá-rio, com mais de 500 anos. Criada no seio do Grupo Crédito Agrícola, a seguradora herda uma origem histórica associada às Santas Casas da Misericórdia – fundadas em 1498 sob a égide da Rainha D. Leonor e de Frei Miguel Contreiras, o que lhe confe-re uma visão e valoconfe-res que, acconfe-redita a ad-ministração, a distingue da concorrência. Porém, a confiança dos clientes con-quista-se com resultados sólidos, obtidos através de uma estrutura financeira ren-tável, fatores que, para a CA Seguros dis-tinguem a empresa face à concorrência, e

A

Zurich Seguradora vence na rendibilidade

A companhia de seguros Zurich desta-cou-se neste ranking das médias e peque-nas seguradoras ao vencer em diversos ve-tores de análise. Salientou-se no cresci-mento, com uma taxa de variação dos pré-mios brutos emitidos em 1,5% e uma va-riação positiva da quota de mercado de 0,5%. Ocupa ainda o primeiro lugar no que toca à rendibilidade de pequenas e médias seguradoras para o ano de 2015, salientan-do-se o facto de ter vencido em pratica-mente todos os indicadores avaliados no vetor rendibilidade.

Esta companhia, que pertence ao Grupo Zurich, orgulha-se de ser uma das mais an-tigas no mercado nacional – quase a feste-jar os 100 anos – e tem uma oferta variada para particulares e empresas. Em 2015 re-gistou um volume de 120,8 milhões de eu-ros de prémios emitidos. O Grupo Zurich,

fundado em 1872, está sedeado em Zuri-que, Suíça, tem presença global e conta com cerca de 55 mil colaboradores. En-tre os clientes do Grupo Zurich estão par-ticulares, pequenas, médias e grandes em-presas, incluindo multinacionais, em mais de 170 países.

“Em 2015, a Zurich Vida registou um crescimento de 24%, um resultado muito superior ao mercado, que apresentou um decréscimo na ordem dos 17%, e este ano o desempenho tem sido semelhante”», afirma Ana Paulo, diretora do negócio Vida da Zurich ao Dinheiro Vivo. Como explicação para o desempenho, avança que, para isso, foi essencial “o conheci-mento aprofundado do mercado, a ade-quação das soluções de seguro às atuais ne-cessidades dos consumidores, um serviço pós-venda de qualidade e uma rede

pro-RAMO VIDA

fissional de mediadores de seguros”. Acrescenta ainda que para manter a ren-dibilidade em níveis elevados, a Zurich se-gue uma política de investimentos assen-te numa estratégia de segurança, rendi-mento, liquidez e dispersão dos riscos. A Zurich tem pela frente novos desafios. Por um lado, a entrada de novas normas regu-latórias e de transparência da informação e da comunicação com os clientes irá obri-gar o setor segurador a corresponder com uma gestão mais rigorosa e com níveis de solvência mais robustos. “Também os no-vos riscos cibernéticos, alterações climáti-cas e envelhecimento implicam um novo horizonte para os seguros. Já a era digital irá continuar a impactar a vida das empre-sas e da sociedade, pelo que constitui igualmente um desafio para o setor” re-mata a responsável.

H.C.P.

ajudam a explicar a distinção que obteve neste ranking das 1000 Maiores Empresas. Pela primeira vez nesta edição, além das dimensões tradicionalmente analisadas, foi criada uma distinção para o setor da banca e dos seguros, na qual a CA Seguros de destaca entre as empresas seguradoras de grande dimensão. Neste grupo, e no ramo Não Vida, a companhia surge como a que mais cresceu no seu segmento, valor apurado a partir de taxa de variação dos prémios brutos emitidos (passivos técni-cos) e da variação da quota de mercado.

Assim, e apesar de não ser a organização com maior volume de emissão de prémios (registou 342 milhões de euros), a CA Se-guros foi, no exercício de 2015, a que apre-sentou um melhor desempenho. Apesar

desta distinção ser uma novidade no ranking das 1000 Maiores Empresas do Di-nheiro Vivo, a CA Seguros não é estreante nos prémios, sendo sido destaca por outras revistas do mercado. Para João Pedro Bor-ges, administrador executivo da empresa, estas distinções representam o reconheci-mento do trabalho de todos os colabora-dores da companhia, a quem dedica todos os prémios acumulados.

Entre 2014 e 2015, a CA Seguros Vida aumentou também a sua quota de merca-do. Se há dois anos a seguradora ocupava o último lugar de entre as seis seguradoras de grande dimensão analisadas conseguiu, o ano passado, subir à quinta posição, gra-ças à variação positiva dos prémios brutos emitidos.

Este crescimento no volume de negó-cios valeu-lhe um maior equilíbrio no que se refere à rendibilidade, equiparando-a às que mais se destacam no seu segmento - GNB, Companhia de Seguros de Vida, BPI Vida e Pensões e Ageas Portugal.

(7)

BANCA & SEGUROS

P

Médis A seguradora que

fala para os ‘super-heróis’

Prestes a completar 20 anos de atividade, a Médis, Companhia Portuguesa de Segu-ros de Saúde, apresentou-se recentemen-te ao mercado com um novo posiciona-mento que “dá resposta aos novos desafios da saúde”, como explica a empresa em co-municado.

Um serviço pessoal de saúde, que trata cada pessoa como única, é a base da nova campanha da seguradora que reforça a apos-ta na qualidade da oferapos-ta e na proximidade ao cliente. “A inovação que caracteriza a Médis assume um novo significado no âm-bito de um setor cada vez mais desenvolvi-do e onde estes elementos são fatores cha-ve”, revela a seguradora.

Estas mudanças surgem na sequência da recente alteração da sua estrutura acionista.

A

Cardif Crescer

em quota e em

rentabilidade

A Cardif Assurances Risques Divers, segu-radora do universo BNP Paribas Cardif, foi eleita a melhor pequena e média segura-dora do ramo não vida, beneficiando do facto de ter ficado classificada como a gunda seguradora que mais cresceu e a se-gunda mais rentável. Distinguiu-se igual-mente nos valores apresentados na taxa de variação dos prémios brutos emitidos e na variação da quota de mercado. O BNP Pa-ribas Cardif é uma companhia especialis-ta em distribuição de seguros de protecção pessoal presente no mercado nacional des-de 1998, através des-de duas companhias, uma para cada ramo: a Cardif Assurance Vie e Cardif Risques Divers.

H.C.P

SEGUROS DE CRÉDITO COSEC 36.339.688 CREDITO Y CAUCION, S.A 16.692.842 COFACE 7.131.033 CESCE 6.089.836

SEGUROS DO RAMO NÃO VIDA GRANDE DIMENSÃO FIDELIDADE 1.357.973.852 TRANQUILIDADE, S.A. 327.583.563 LIBERTY SEGUROS, S.A. 281.122.053 OCIDENTAL 259.662.783 AGEAS PORTUGAL 249.382.596 ZURICH INSURANCE PLC 238.316.559 MULTICARE 201.726.200 LUSITÂNIA 187.875.679 MÉDIS 171.679.051 GENERALI 132.917.668

MÉDIA E PEQUENA DIMENSÃO MAPFRE 99.996.911 CRÉDITO AGRÍCOLA 87.075.428 VICTÓRIA SEGUROS, S.A. 74.348.974 GNB 69.973.805 VIA DIRECTA 44.083.252 FIDELIDADE ASSISTÊNCIA 43.722.540 ACE EUROPEAN GROUP 42.382.933 CARAVELA 28.211.495 GROUPAMA SEGUROS, S.A. 21.763.945 SEGUROS LOGO, S.A 19.219.563 INTER PARTNER 19.031.162 CARDIF 14.962.098 AWP P&C, S.A 13.309.577 MAPFRE ASISTENCIA 13.138.051 AIDE ASSISTÊNCIA 12.841.970 N SEGUROS, S.A. 11.793.025 AEGON SANTANDER N/VIDA 10.402.830

POPULAR SEGUROS 8.371.557 RNA SEGUROS 7.249.220 METLIFE EUROPE 5.101.971 HISCOX 3.649.607 C. PORT. DE RESSEGUROS, S.A. 1.949.795 PRIMA FIJA 1.219.931 ACP - MOBILIDADE. 1.131.368

SEGUROS DO RAMO VIDA GRANDE DIMENSÃO OCIDENTAL 959.455.924 BPI VIDA E PENSÕES 609.342.440 GNB 86.013.307 CREDITO AGRICOLA VIDA 342.946.819 AÇOREANA SEGUROS, S.A. 394.814.519 AGEAS PORTUGAL - VIDA 128.717.286 MÉDIA E PEQUENA DIMENSÃO ZURICH 120.876.421 GROUPAMA 95.651.844 SANTANDER TOTTA S. VIDA 114.419.045

T-VIDA - C. DE SEGUROS, S.A. 35.435.134 GENERALI VIDA 66.490.832 EUROVIDA - VIDA 37.975.409 METLIFE EUROPE D.A.C. 68.041.533 MAPFRE 62.078.999 VICTÓRIA 40.246.831 LUSITANIA - VIDA 34.494.992 REAL VIDA SEGUROS, S.A. 11.875.365 AEGON SANTANDER VIDA 53.735.469 FINIBANCO VIDA 4.922.075 ESPANA 3.966.473 PREVOIR 9.526.399 FINANCIAL INSURANCE 15.178.906 AXA LIFE EUROPE LIMITED 0 CARDIF ASSURANCE VIE 23.112.673 PREVISION SANITARIA PRIMA FIJA-SUC.PORTUGAL 1.339.508 ACE EUROPE LIFE LIMITED 0

SEGUROS Nome 1 2 3 4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS Nome PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS Nome PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS Nome PRÉMIOS BRUTOS EMITIDOS

RAMO NÃO VIDA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

A Médis é agora detida a 100% pela segura-dora belga AGEAS, que anteriormente par-tilhava o seu capital numa joint-venture com o banco Millennium BCP. Uma revo-lução interna que não influenciou, no en-tanto, a distinção que a companhia obteve neste ranking das 1000 Maiores Empresas. Esta é, de entre o conjunto de marcas de grande dimensão que atuam no ramo Não Vida, aquela que mais se destaca, uma vez que foi a que mais cresceu entre 2014 e 2015. Além do aumento do volume de pré-mios brutos emitidos, a Médis revelou-se também a seguradora do ramo Não Vida com menor risco, segundo uma análise as-sente num quociente entre provisões téc-nicas líquidas de resseguro e prémios ad-quiridos líquidos de resseguro. F. A. F.

Referências

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