De: Gabinete-Segunda Vara de Falências e Concordatas Para: Segunda Vara Cível.

(1)

19/06/2020 Ref: 6 - Carga

23/06/2020 Ref: 7 - Juntada de Informações

Juntada de documento protocolado pela WEB através do Sistema PEA.

(2)

JUÍZO CÍVEL DA COMARCA DE PRIMAVERA DO LESTE - MT

AUTOS N° 1980-29.2016.811.0037 (Código 163543)

VALOR ADMINISTRAÇÃO JUDICIAL - BRASIL, pessoa jurídica

especializada em processos de Falência e Recuperação

Judicial, vem, respeitosamente, por meio de seu sócio

VICTOR ANDRADE COSTA TEIXEIRA, advogado devidamente

inscrito na OAB/GO 33.374, à presença de Vossa Excelência

para apresentar atualização acerca da execução do Plano de

Trabalho da perícia designada nestes autos, bem como dos

demais trabalhos de acompanhamento mensal que são

conduzidos e executados concomitantemente.

INICIALMENTE

Esta petição objetiva apresentar a este juízo

todos os atos já realizados para consecução da perícia,

bem como requer providencias que foram impossíveis de

serem alcançadas pela via administrativa.

(3)

I-

DAS

PRIMEIRAS

PROVIDÊNCIAS

EXECUTADAS

E

DAS

CONSEQUÊNCIAS DAS PORTARIAS-CONJUNTAS Nº 247, 249 e 343 DE

2020

1. Devidamente intimada acerca da decisão proferida

em 19.02.2020, na data de 26.02.2020, esta expert entrou

em contato imediatamente com a empresa recuperanda e

realizou a primeira solicitação de documentos necessários

para a realização da perícia e confecção dos RMA’s, bem

como se programou para realizar uma visita in loco entre

os dias 25 e 27 de março do corrente ano.

2. Ato contínuo, entraram em vigência as Portarias

Conjuntas nº 247, 249 e 343 deste e. Tribunal,

determinando a suspensão do atendimento presencial e dos

prazos processuais e administrativos, a partir do dia 17

de março deste ano, o que inviabilizou o prosseguimento

das inspeções e análises nas datas inicialmente previstas.

II- DA CRONOLOGIA DOS FATOS

3. Cumpre fazer breve relato da cronologia dos fatos

ocorridos desde a nomeação da Valor Administração Judicial

para atuar nestes autos.

4. Em 09.08.2018 foi proferida decisão determinando

a intimação da Valor Judicial para apresentar proposta de

honorários para a realização da perícia já deferida nos

autos. Devidamente intimada, esta expert apresentou

(4)

proposta de honorários em 05.09.2018, aceita e homologada

por este Juízo em 14.09.2018.

5. Em 04.10.2018, as recuperandas informaram a

interposição de Agravo de Instrumento, em que fora

deferido o pedido liminar para suspender os efeitos da

decisão de nomeação desta expert e, de consequência, o

início dos trabalhos de perícia.

6. Os autos permaneceram suspensos até o julgamento

do referido recurso, cujo trânsito em julgado ocorreu

apenas em 17.06.2019.

7. Neste

interstício,

o

então

Administrador

Judicial, Dr. Rafael Dall Agnol, passou a integrar os

quadros da Valor Judicial e, de modo a conferir maior

transparência, procedeu-se à comunicação deste fato a este

Juízo, e a sua substituição por esta Administração

Judicial.

8. Pedidos formulados em 21.05.2019 e deferidos em

19.02.2020, data a partir da qual a Valor Judicial se

legitimou no encargo de Administradora Judicial e pôde,

assim, dar início a execução dos trabalhos periciais.

9. Pontue-se que a primeiro pagamento teve início em

abril de 2020, o que não impossibilitou o início dos

trabalhos.

(5)

III - DA DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA E ENTREGUE ATÉ ESTA DATA

(27/05/2020)

10. Conforme relatado, foi enviada, logo após a

publicação da decisão proferida em 19.02.2020, uma

solicitação formal da documentação inicial necessária à

realização da perícia e RMA´s:

DOCUMENTOS CONTÁBEIS PARA ANÁLISES DOS FATOS PATRIMONIAIS:

ID QUADRO SOCIETÁRIO PERÍODO

1 Contrato Social e suas alterações Desde a constituição

ID ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL PERÍODO

1 Balanço Patrimonial 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 2 Demonstração do Resultado do Exercício 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 3 Balancetes Mensais 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 4 Declaração Imposto de Renda PJ 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 5 Livro Diário 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 6 Livro Razão 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 7 Cópia extratos bancários 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 8 Livro de Registro de Entradas 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 9 Livro de Registro de Saídas 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 10 Livro de Apuração de Impostos (ICMS, IPI, etc.) 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 11 Livro Registro de Inventário 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 12 Livro CIAP – Controle do ICMS do Ativo Permanente 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 13 Cópia arquivo do Sistema Público de Escrituração

Digital – SPED

2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 14 Ficha individual de controle do ativo imobilizado 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 15 Cópia NFs bens do ativo imobilizado

16 Cópia escritura imóveis – ativo imobilizado

17 Cópia CRV- Certificado de Registro de Veículo e/ou DUT- Documento Único de Transferência – veículos integrantes do ativo imobilizado

18 Declaração Imposto de Renda PF – Altair Piovezan 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 19 Livro CIAP – Controle do ICMS do Ativo Permanente 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019 20 Relação de Inventário dos Ativos Permanentes 2013,2014,2015, 2016, 2017, 2018, 2019

(6)

RELAÇÃO DE DOCUMENTOS POR QUESITO:

ID QUESITO 1 – Avaliação dos negócios realizados entre a Primacon e Altair Piovezan, com empresa Casa Própria Incorporadora e Imobiliária EIRELI;

1 Contrato de compra e venda;

2 Contratos de operações financeiras com aval e/ou garantias entre as partes Titular Primacon

3 Contratos de operações financeiras com aval e/ou garantias entre as partes Titular Altair Piovezan

4 Contratos de operações financeiras com aval e/ou garantias entre as partes Titular Casa Própria

5 Documentos fiscais (NF de produtos e/ou serviços prestados); Emitente: Primacon

6 Títulos duplicatas – remessa bancária; 7 Contrato de sub-rogação

8 Documento de baixa da cobrança título e quitação 9 Extrato bancário – crédito em conta

10 Ficha kardex (registro de transações)

ID QUESITO 2 – Transferências de imóveis ocorridas entre a Recuperanda e a empresa Casa Própria e Imobiliária EIRELI;

Transações envolvendo imóveis destinado a comercialização 1 Contrato de compra e venda entre as partes

2 Documentos fiscais (NF de produtos e/ou serviços prestados); 3 Títulos duplicatas – remessa bancária;

4 Contrato de sub-rogação

Transações envolvendo imóveis destinados ao uso na produção, fornecimento de mercadorias ou serviços, aluguel e fins administrativos

7 Compra e venda (alienação de bem do ativo imobilizado) 8 Escritura pública devidamente registrada

9 Controle do ativo imobilizado

10 Ficha de inventário patrimonial do bem

ID QUESITO 3 – Pagamento pela empresa Casa Própria Incorporadora e Imobiliária EIRELI da obrigação no importe de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais), com sub-rogação;

1 Contrato de compra e venda e prestação de serviços

ID QUESITO 4 – A regularidade da constituição de crédito dos credores Paulo Renato Zeni, Vitalino Pertile Bombarda, Érico Piana e Neiva Piovesan;

(7)

4.1. Paulo Renato Zeni – 1ª lista – Garantia Real no valor de R$ 1.678.788,15 Natureza: Empréstimo Terceiros; Quirografário no valor de R$ 208.898,00

4.2. Vitalino Pertile Bombarda – 1ª lista – Garantia Real no valor de R$ 1.678.788,15 Natureza: Empréstimo Terceiros;

1 Contrato de empréstimo e financiamento entre as partes; 2 Títulos: duplicatas/promissórias;

3 Extrato bancário – crédito operação

ID QUESITO 5 – Averiguação de todo o acervo patrimonial da recuperanda, bem como daquele particular dos sócios, para averiguar a alegada confusão patrimonial e eventual desvio;

1 Controle do ativo imobilizado;

2 Registro de inventário ao preço de custo e valor justo (quando aplicável). 3 Documentos fiscais (NF de produtos e/ou serviços prestados);

4 Contratos de locação ou comodato de bens móveis e imóveis destinados ao uso por mais de exercício; 5 Cópia dos CRV’s e/ou DUT’s dos veículos integrantes da frota

ID QUESITO 6 – Revisão da relação de credores;

1 Relação completa dos credores (Inciso II do Art.51 da LRF) 2 Documentos comprobatórios dos créditos pendentes; 3 Habilitações

4 Registro das transações no Livro Razão contábil devidamente registrado na Junta Comercial ou pelo SPED Contábil

11. Em resposta à 1ª solicitação de documentos

realizada, foram entregues, no dia 20.03.2020, somente os

seguintes documentos:

EMPRESA CNPJ

CONTUDO MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO EIRELI 05.724.005/0001-80 DOCUMENTOS ENTREGUES PERÍODO

Balancetes Mensais, Balanços e DRE, todos extraídos da ECD 2015 a 2018 Livros Diários e Razão, todos extraídos da ECD 2015 a 2018 Obs. A ECD do ano de 2015 não consta o recibo de entrega.

(8)

12. A tabela abaixo reporta quais documentos foram

enviados no dia 19.05.2020:

13. A parca documentação enviada corresponde aos

relatos

feitos

por

seus

representantes

legais

e

procuradores, no sentido de que enfrentam grande

dificuldade em arregimentar o acervo solicitado. Ainda,

conforme tais relatos, isto se deve ao fato de que a

empresa detinha uma administração familiar e informal que,

até pouco tempo atrás, estava sob a responsabilidade do

sr. Altair Piovezan.

14. Frente à narrativa histórica apresentada, esta

especializada, desde o início dos trabalhos, colocou sua

equipe à disposição para auxílio presencial nas buscas e

separação dos documentos, em exceção às medidas de

proteção à saúde em vigência, mas tudo no intuito de

conferir maior celeridade e efetividade à questão.

15. Todavia, sem perder de vista que as recuperandas

são as detentoras da documentação solicitada e, não

(9)

obstante a condição relatada, a sua apresentação ao Juízo

ou à Administradora Judicial, quando solicitado, é um ônus

do qual deve se desincumbir, sob pena das cominações

pertinentes.

IV- DAS PROVIDÊNCIAS TOMADAS ADMINISTRATIVAMENTE PARA A

OBTENÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO SOLICITADA

16. Tendo em vista todo o contexto fático e

processual já narrado, esta Administração, após uma série

de solicitações feitas via e-mail, todas reiteradas,

conforme se comprova pela cadeia a seguir, e a escassez do

acervo documental entregue, tomou a iniciativa de marcar

uma reunião virtual entre os representantes legais e

procuradores da recuperanda.

17. Cita-se

alguns

os

e-mails

seguintes,

por

amostragem, e a titulo de exemplo:

(10)

(11)

18. Participaram da reunião virtual realizada os

representantes legais da recuperanda, Dr. Bruno de

Oliveira Castro, Dra. Emília e os srs. Albert, sra. Lenir

e os responsáveis contábeis, representados pelo sr. Adgmar

e sr. Darcy e os representantes da Valor Administração

Judicial drs. Dobson Vicentini Lemes, Victor Andrade Costa

Teixeira, Leonardo Fortaleza, Larissa Tattyane e Silva e

sra. Lêda Soares, chefe do Departamento de Auditoria desta

especializada, na data de 29.04.2020, às 11h.

19. A partir do Plano de Trabalho apresentado nestes

autos, logo após a nomeação desta expert, traçou-se um

Plano de metas e prioridades, onde se estabeleceu que a

prioridade premente seria a entrega dos documentos que

lastreiam o Quadro Geral de Credores que, conforme restou

estabelecido na reunião em comento, o envio deste acervo

deveria ser finalizado até o dia 14 do mês corrente.

20. Decorrido

o

prazo

acertado,

em

caráter

colaborativo, houve novas prorrogações, todavia, em que

pese as recuperandas retornarem os contatos realizados,

ela não realizou a entrega satisfatória de tais

documentos.

21. É importante ressaltar que tais documentos é

conditio sine qua non a viabilizar a conciliação contábil

do Quadro de Credores, linha a linha, o que evidenciará os

créditos que possuem ou não lastro jurídico o que, de

consequência, dará a resposta definitiva sobre vários dos

(12)

créditos suspeitos, haja vista que se o lastro jurídico

não for encontrado e validado pela auditoria, teriam,

s.m.j, como consequência, a exclusão de tais créditos do

Quadro de Credores.

22. Por outro lado, o envio destes documentos também

possibilitará

a

conferência

dos

julgamentos

Administrativos (art. 7

o

LRF), criando as condições

necessárias

para

a

verificação

de

03 pontos

relevantíssimos do objeto da perícia, quais sejam:



Avaliação dos negócios realizados entre a

Primacon e Altair Piovezan, com a empresa

Casa Própria Incorporadora e Imobiliária

EIRELI;



Pagamento pela empresa Casa Própria

Incorporadora e Imobiliária EIRELI da

obrigação no importe de R$ 3.000.000,00

(três milhões de reais), com sub-rogação;



A regularidade da constituição de crédito

dos credores Paulo Renato Zeni, Vitalino

Pertile Bombarda, Érico Piana e Neiva

Piovesan;



Revisão da relação de credores.

(13)

23. Tal medida, s.m.j, é o que conferirá a segurança

jurídica necessária a permitir figurar na relação de

credores apenas os reais

detentores de créditos,

excluindo-se todo aquele que está desprovido de lastro

documental, para que este não tenha legitimidade a

intervir nos Autos ou até mesmo tenham direito a voz e

voto numa futura Assembleia Geral de Credores.

V- DAS CONSTATAÇÕES PRELIMINARES E MEDIDAS PROPOSITIVAS

24. Em análise preambular e, considerando o contexto

evidenciado, convém ponderar que a revisão da relação de

credores contempla a apuração da legitimidade dos

créditos, a classificação e o real valor dos créditos

declarados pela recuperanda.

25. A análise da legitimidade dos créditos, por sua

vez, contempla o exame da existência de fato do crédito,

ou seja, se está lastreado com documentos válidos e

legalmente aceitos como prova material da existência da

relação jurídica e comercial entre as partes e dos fatos

econômicos que geraram os créditos declarados.

26. Neste

contexto,

a

indisponibilidade

dos

documentos inviabiliza as análises, pois, ainda que haja

registro de transações na contabilidade, sem os referidos

documentos não é possível validar a observância legal da

escrituração contábil.

(14)

27. Necessário se faz informar que não foram

apresentados documentos tais como notas fiscais de compra

e venda, títulos de crédito (boletos, duplicatas, dentre

outros), fichas financeiras de empregados, contratos de

empréstimos e outras avenças.

28. Por outro lado, observa-se que a realidade

financeira das empresas, aparentemente, pode não estar

refletida nas respectivas escriturações contábeis, dado os

relatos obtidos em contato com os representantes legais e

procuradores e aos entraves documentais apresentados.

29. Por fim, é de justiça ressaltar que recuperandas

sempre responderam os e-mails e ligações que lhes foram

dirigidas,

todavia,

justificam

a

dificuldade

de

apresentação dos referidos documentos no fato de que a

empresa antes mantinha uma administração informal.

30. Diante de tais circunstâncias e, considerando as

dificuldades

relatadas

pelas

autoras

quanto

à

arregimentação dos documentos solicitados, inclusive,

quanto à obtenção das microfilmagens dos cheques que

consubstanciam boa parte dos créditos arrolados no quadro

de credores, e às tentativas administrativas inexitosas

perpetradas por esta Administração Judicial, no sentido de

obter a

referida

documentação,

não

restam outras

alternativas se não trazer tais fatos à este juízo em

busca da necessária intervenção judicial nesta questão

porque, como já dito, a ausência de instrumentos

(15)

comprobatórios e de escrituração contábil inviabilizam a

conclusão da análise pericial.

VI- DOS PEDIDOS

31. Ante todo o exposto requer:

a) Sejam os representantes legais das empresas CONTUDO

MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO EIRELI e PRIMAVERDE

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA intimados a apresentar a

esta Administradora Judicial, no prazo assinalado por

Vossa Excelência, todos os documentos listados no

ITEM III desta peça e no documento que segue em

anexo.

b) Sejam as pessoas físicas de ALTAIR PIOVEZAN, MÁRCIA

CALICCHIO DA CRUZ e CATARINA ALBERTTI PIOVEZAN

intimados, pessoalmente, para apresentar a esta

Administradora Judicial, no prazo assinalado por

Vossa Excelência, todos os documentos listados abaixo

referentes também ao período compreendido entre 2013

e 2018:



Declaração de Imposto de Renda da Pessoa

Física



Extratos Bancários



Contratos

Particulares

de

Transações

Imobiliárias

(16)



Escrituras

Públicas

de

Transações

Imobiliárias



Contratos Bancários



Contratos de Mútuos



Demais Documentos Utilizados na Elaboração

da DIRPF



Documentos das Operações Realizadas com a

CONTUDO MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO EIRELI

c) Sejam requisitadas, via INJOJUD e/ou ofício à Receita

Federal, todas as Declarações de Imposto de Renda,

originárias e retificadoras das devedoras e seus

administradores,

bem

como

dos

credores,

sob

verificação, apresentadas no período de 2013 até a

presente data, quais sejam:

Contudo Materiais Para Construção Eireli 05.724.005/0001-80

Primaverde Materiais De Construção Ltda. 07.005.296/0001-82

Becker E Gonçalves Pereira Ltda. 24.568.779/0001-04

Covatti & Covatti Ltda.

04.151594/001-92 Casa Própria Const. Incorp. E Imobiliária Eireli

26.784.132/0001-45

Paulo Renato Zeni

Vitalino Pertile Bombarda Erico Pina

Neiva Piovezan Altair Piovezan

Catarina Albertti Piovezan Márcia Calicchio Da Cruz Paulo Renato Zeni

Vitalino Pertile Bombarda Erico Pina

(17)

d) Seja à ANOREG ou respectivos Cartórios de Registros

de Imóveis intimados para apresentar a este Juízo

todas

as

certidões

de

matrícula

dos

imóveis

pertencentes ou que pertenceram aos devedores, sócios

e administradores, no período de 2013 até a presente

data, das Comarcas de Campos Verdes, Várzea Grande,

Cuiabá e Primavera do Leste, todas deste Estado;

Termos em que, pede deferimento.

Primavera do Leste, 28 de maio de 2020.

VALOR ADMINISTRAÇÃO JUDICIAL - BRASIL

Victor Andrade Costa Teixeira

OAB-GO 33.374

(18)

(19)

JUÍZO CÍVEL DA COMARCA DE PRIMAVERA DO LESTE - MT

AUTOS N° 1980-29.2016.811.0037 (Código 163543)

VALOR ADMINISTRAÇÃO JUDICIAL - BRASIL, pessoa jurídica

especializada em processos de Falência e Recuperação

Judicial, vem, respeitosamente, por meio de seu sócio

VICTOR ANDRADE COSTA TEIXEIRA, advogado devidamente

inscrito na OAB/GO 33.374, à presença de Vossa Excelência

para apresentar atualização acerca da execução do Plano de

Trabalho da perícia designada nestes autos, bem como para

adequar os pedidos lá contidos.

1. Inicialmente,

cumpre

esclarecer

que

a

última

atualização acerca do Plano de Trabalho para execução da

perícia foi protocolizada em 28.05.2020, retratando a

realidade fático-processual daquele momento, requerendo,

por oportuno, as medidas que se julgavam adequadas ao

contexto que se apresentava naquela data.

(20)

Todavia, decorridos mais de 20 (vinte) dias desde

aquela manifestação é necessário trazer aos autos a

existência de fatos supervenientes que alteraram este

contexto e que ensejam a adequação das medidas requeridas

a este Juízo, porquanto houve modificação na consecução

dos trabalhos.

2. Entre a última manifestação e esta data, a linha de

comunicação com a empresa foi mantida e todas as

solicitações documentais continuaram a ser rotineiramente

reiteradas, sob alertas das possíveis consequências

processuais e de ordem técnica a serem aplicáveis ao caso,

seja para fins de elaboração do laudo e respectiva

conclusão, além dos eventuais efeitos do não atendimento

às solicitações.

3. Esta Administração Judicial obteve retorno parcial

dos requerimentos e os documentos que foram recebidos

desde então já estão todos sob fase final de análise e/ou

validação. Sobre isto, houve também várias trocas de

email’s com

os representantes legais da empresa,

atualizando o status do envio já realizado e ratificando

os requerimentos anteriores.

4. Sobreleva

dizer

que

tratativas

e

pedidos

de

esclarecimentos sobre pontos supervenientes foram feitos,

mas também atendidos parcialmente.

(21)

5. No interstício compreendido desde os fatos narrados

em 28.05.2020, esta Administração Judicial lançou mão de

todos os meios disponíveis para ter acesso ao máximo de

informações possíveis, todavia, sempre limitada às

informações que são de conhecimento público junto aos

órgãos competentes, que materializam uma nova abordagem

estratégica, a fim de reunir a documentação pertinente e

capaz de subsidiar as análises técnico-periciais.

6. Neste pormenor, informa-se que já foram realizadas

buscas cartorárias em nome da empresa recuperanda, sócios

e terceiros correlacionados às operações inquinadas

suspeitas pelo representante do Ministério Público e

credores e que vieram a culminar com a ordem de realização

da perícia, para viabilizar os devidos esclarecimentos

e/ou verificação de regularidade, conforme requisitos da

perícia.

7. Outrossim, com o objetivo de proceder ao estudo

necessário às respostas de quesitos que abordam a

regularidade e/ou questionam a finalidade de sociedades

empresárias terceiras, também se procedeu à consulta

perante à JUCEMAT, que é órgão competente para os

registros de atos constitutivos e arquivamento de

eventuais alterações posteriores, a fim de verificar a

correspondência entre os registros oficiais e a realidade

fática, econômica e contábil verificada quanto agentes

compreendidos pelo objeto pericial.

(22)

8. As respostas por cada órgão eu entidade em

particular, já começaram a se efetivar e servirão para

suprir

algumas

solicitações,

inicialmente

feitas

diretamente à recuperanda, mas que não tiveram retorno

positivo.

9. Todavia, não obstante o caráter resolutivo que as

diligências já empreendidas por esta expert terão sobre

boa parte das questões que se busca esclarecer ou

evidenciar, as providências tomadas não desincumbem à

empresa em recuperação do ônus que lhe compete e que lhe é

imposto pela própria Lei de Recuperação Judicial e

Falências, sob as cominações legais específicas.

10. Feita esta atualização acerca do Plano de Trabalho

apresentado e, diante do contexto já exposto, concernente

à deficiência documental que ainda se perpetua, e, de modo

a imprimir celeridade e resolutividade à conclusão da

perícia, esta expert sugere as seguintes medidas que

poderão, s. m. j., ser deferidas e cumpridas em caráter

sucessivo, no prazo a ser assinalado por Vossa Excelência:

a) Seja fixado, por Vossa Excelência,

prazo improrrogável para que a empresa

recuperanda proceda à finalização do envio

de toda a documentação solicitada por esta

expert;

(23)

b) Transcorrido o referido prazo, com ou

sem cumprimento, seja esta expert intimada

para informar data, horário e local para

realização da perícia, consignando o prazo

para sua confecção;

c) Ato contínuo que sejam as partes,

assistentes técnicos e demais interessados

sejam cientificados, mediante intimação, e

para que, caso queiram, acompanhem os

trabalhos

periciais,

com

antecedência

mínima de 05 (cinco) dias, a fim de cumprir

as disposições dos artigos 466, § 2º e 474

do Código de Processo Civil e artigo 189 da

Lei de Regência, evitando futuras arguições

de nulidade e a necessidade de refazimento

de atos;

d) Apresentado o laudo, que sejam as

partes e demais interessados para se

manifestarem, no prazo de 15 (quinze) dias,

conforme artigo 477, § 1º do CPC e artigo

189 da LRF.

11. Por fim, convém esclarecer que os demais pedidos

constantes da manifestação anterior, deverão ser, por ora,

sublimados, pois esta Administração entende que as

providências aqui compreendidas melhor se adequam à

realidade que ora se apresenta, à exceção de eventuais

(24)

questões supervenientes que venham a surgir no decorrer da

perícia ou de pontos de conclusão que ensejarem algum

desdobramento.

12. Termos em que, pede deferimento.

Primavera do Leste, 19 de junho de 2020.

VALOR ADMINISTRAÇÃO JUDICIAL - BRASIL

Victor Andrade Costa Teixeira

OAB-GO 33.374

(25)

(26)

JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PRIMAVERA DO LESTE -

MT,

Processo nº 1980-29.2016.811.0037 (Código 163543)

VALOR ADMINISTRAÇÃO JUDICIAL - BRASIL, pessoa jurídica

especializada em processos de Falência e Recuperação

Judicial, inscrita no CNPJ nº 32.426.616/0001-15, vem,

respeitosamente,

manifestar-se

na

condição

de

Administração Judicial.

I – DO CONTEXTO FÁTICO

1. A recuperanda compareceu às fls. 5.051/5.055,

para requer a suspensão de qualquer ato tendente à

alienação, expropriação e a consolidação em favor da Caixa

Econômica Federal dos imóveis de matrículas n° 1590, 1592,

1409, 471, 20341, 1879, 11115 e 2000 da Comarca de

Primavera do Leste e matrículas 84145 e 84144 da Comarca

de Cuiabá.

(27)

2. Acerca do referido petitório, esta Administração

Judicial se manifestou em 06.03.20, fazendo relato acerca

da situação dos imóveis em questão e demais pontos,

sugerindo, ao final, que fosse preservado o acervo

patrimonial devedora até a homologação da perícia,

sobretudo em razão das peculiaridades inerentes ao caso e

possíveis desdobramentos processuais.

3. Em petitório posterior, a recuperanda comparece

aos autos novamente, desta feita para requerer a expedição

de ordem aos Cartórios de registros de Imóveis de

Primavera do Leste e do 6º Ofício da Comarca de Cuiabá

para que “CANCELEM a consolidação dos imóveis inscritos

nas matrículas n° 1.590, 1.592, 11.115, 1.879, 2.000,

1.409, 471, 84.144 e 84.145, bem como SUSPENDAM o processo

de consolidação do imóvel de matrícula 20.341.”

4. Para tanto, fundamenta sua pretensão na sugestão

feita por esta especializada ao se manifestar sobre o

pedido constante de fls. 5.051/5.055, e no fato de que há

no processo decisão a qual a Ilma. Magistrada determinou

que os bens objeto dessa petição, permanecessem em posse

da Recuperanda durante o período de blindagem patrimonial,

que ainda está vigente.

(28)

II- DAS DECISÕES EM VIGOR ACERCA DA MANUTENÇÃO DA POSSE DE

IMÓVEIS ESSENCIAIS

5. Como já pontuado em manifestação anterior sobre o

tema, a regra do artigo 49, caput, da Lei n° 11.101/2005 é

de que “Estão sujeitos à recuperação judicial todos os

créditos existentes na data do pedido, ainda que não

vencidos”, mas que o §3° do referido artigo excepciona a

regra geral, determinando que:

“§3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo,

durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4° do art. 6° desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.”

6. Conforme se extrai, a parte final do referido

parágrafo traz uma exceção dentro da exceção, ao

estabelecer que a despeito da não submissão de tais

(29)

créditos aos efeitos da recuperação judicial, o credor, no

exercício

dos

direitos

decorrentes

da

mora

ou

inadimplemento, não poderá promover a venda ou a retirada

do estabelecimento do devedor de bens de capital

considerados essenciais à atividade empresarial.

7. De fato, conforme relatado pela recuperanda há

nos autos decisões proferidas em termos gerais e com base

nesta exceção legal, conforme transcritas em sua petição.

8. Ocorre

que,

determinada

a

constatação

da

essencialidade dos bens apontados pela autora em concreto,

esta Administração assim se manifestou preteritamente:

“Assim, em cumprimento ao múnus para o qual foi

nomeada, o representante legal da Valor Judicial

Brasil empreendeu visita em todos os imóveis

alienados no dia 27.02.2019, a fim de subsidiar a

presente manifestação.

Foi constatado que o bem imóvel objeto da

matrícula nº 20.341, representada pelo Lote 14 da

Quadra 33, integra parte da área destinada à

edificação da nova sede da Companhia na cidade de

Primavera do Leste, que atualmente encontra-se em

estágio de acabamento.

A fim de contextualizar, destaca-se que

atualmente a loja da Recuperanda está sediada no

imóvel de matrícula 7.339, representada pelo Lote

11 da Quadra 33 e que os Lotes 12, 13, 14 e 6,

todos da mesma quadra, compreendem a área

destinada à expansão da Companhia.

(...)

(30)

Quanto ao imóvel situado no Lote 13, da Quadra

39, Cidade Primavera II, de matrícula 1590 do 1º

Ofício de Primavera do Leste/MT, foi nos informado

de que se trata de um “Centro de Confraternização”

para os funcionários.

Os demais imóveis dados em garantia na Cédula

de Crédito Bancário 734-3927.003.00030615-3, de

matrícula 1592 do 1º Ofício de Primavera do

Leste/MT e matrículas 84.144 e 84.145 do 6º Ofício

de Cuiabá/MT, referem-se a lotes baldios, sendo

que os últimos situam-se em Condomínio Fechado

denominado – Condomínio Belvedere.

No que tange aos imóveis dados em garantia

fiduciária na Cédula de Crédito Bancário nº

10.3927.606.0000200/72,

tem-se

que

os

de

matrículas 1409 e 1879 do Cartório do Registro de

Imóveis de Primavera do Leste são residenciais

destinados à locação, cujo produto tem se

revertido em favor da empresa.

Já os imóveis objetos das matrículas nº 471,

11115

e

2000,

encontram-se

sem

nenhuma

edificação.”

Sendo assim, em que pese o caráter de

essencialidade ter sido constatado de forma

individual e específica nos imóveis de matrículas

20.341, 1409 e 1879, há que se melhor analisar as

questões adiante.

Como é cediço, está em andamento perícia

judicial com o objetivo de esclarecer vários

aspectos controvertidos, mas destacam-se dentre

estes a revisão do quadro de credores e a

verificação de ocorrência ou não de confusão

patrimonial.

O desdobramento lógico do trabalho pericial

passará necessariamente pela análise dos lastros

jurídicos dos créditos, pela legitimidade do polo

ativo e possíveis consequências pelos atos em

análise, inclusive patrimoniais, o que poderá

(31)

alterar

severamente

a

realidade

fática

verificada.”

9. Naquela oportunidade, em análise contextual,

pontuou-se, que “Neste átimo processual em que está sob

verificação e validação o quadro de credores e práticas da

recuperanda que podem ter desdobramentos de diversas

ordens, inclusive patrimoniais e com consequências

processuais previstas na Lei de Regência, convém,

repita-se - neste átimo processual - resguardar o acervo

patrimonial da devedora.”

10. Ocorre que em nova manifestação a parte autora

requer o cancelamento de Consolidações de Propriedade em

favor do credor fiduciário, já concretizadas e averbadas

nas matrículas dos respectivos imóveis e em alguns casos

que o procedimento extrajudicial seja suspenso, de modo a

evitar que as consolidações sejam averbadas.

11. Neste contexto, a par do parecer já juntado

nestes autos acerca da essencialidade dos bens em

discussão e, noutra vertente, as melhores práticas do Bom

Direito

autorizam

a

suspensão

dos

procedimentos

extrajudiciais correlacionados aos bens citados, no estado

em que se encontram, haja vista que, uma vez consolidada a

propriedade dos bem em favor do credor fiduciário, os atos

decorrentes são tendentes à sua alienação definitiva

(32)

através de leilão, na forma do artigo 27 e seguintes da

Lei nº 9.514/97.

12. Tal situação terminaria por causar grande

dificuldade

à

eventual

reversibilidade

da

medida,

eventualmente até demandando a conversão do ato em perdas

e danos a serem apurados, na medida em que a arrematação

poderá ser realizada por terceiro de boa-fé, alheio a esta

discussão e aos demais fatos tratados no bojo desta

recuperação judicial.

13. À oportunidade, coloca-se à disposição para

quaisquer esclarecimentos.

Primavera do Leste, 19 de junho de 2020.

VALOR ADMINISTRAÇÃO JUDICIAL - BRASIL

Victor Andrade Costa Teixeira

OAB/GO 33.374

(33)

24/06/2020 Ref: 11 - Concluso p/Despacho/Decisão

De: Segunda Vara Cível Para: Gabinete-Segunda Vara de Falências e Concordatas

13/07/2020 Ref: 12 - Decisão->Determinação

Processo nº 1980-29.2016.811.0037 (Código 163543) Ação de Recuperação Judicial

Recuperanda: Contudo Materiais para Construção EIRELI – Primacom Materiais de Construção

Vistos etc.

Trata-se de ação de recuperação judicial proposta por Contudo Materiais de Construção EIRELI, CNPJ: 05.724.005/0001-80, qualificada nos autos em epígrafe.

A recuperanda requereu, em caráter de urgência, a suspensão de qualquer ato tendente a alienação, expropriação e a consolidação da propriedade em favor da Caixa Econômica Federal, dos imóveis matriculados sob o nº 1590, 1592, 1409, 471, 20341, 1879, 11115, 2000 da Comarca de Cuiabá (MT), protestando sejam expedidos ofícios para os cartórios e leiloeiros respectivos (fls.5.051/5.055).

O Administrador Judicial apresentou manifestação, concluindo pela necessidade de preservação patrimonial, dada a importância dos bens para a atividade da empresa, em relação aos imóveis essenciais objeto das matrículas nº 20.341, 1409 e 1879, ressaltando, entretanto, a ausência de verificação de qualquer edificação nos imóveis objeto das matrículas 471, 11115 e 2000, bem como lotes baldios representados pelas matrículas imobiliárias nº 1592, 84.144 e 84.145, além de centro de confraternizações representado pela matrícula imobiliária nº 1.590 (fls.5.568/5.578).

No decorrer do procedimento, a recuperanda noticiou a consolidação dos imóveis nº 1.590, 1.592, 11.115, 1.879, 2.000, 1.409, 471, 84.144 e 84.145, bem como a realização de leilão para a matrícula 20.341, pugnando pelo cancelamento da consolidação e suspensão do leilão, tendo em vista a essencialidade dos bens, bem como a recomendação decorrente do estado de calamidade causado pelo Covid-19 (fls.5.590/5.595).

O credor Banco Santander S/A protestou pela autorização para prosseguimento com as excussões de suas garantias hipotecárias, tendo em vista a paralisação do processo por mais de 4 (quatro) anos, sendo que pretende prosseguir com a execução em face da pessoa física e não da empresa em recuperação judicial, tratando-se de personalidades distintas (fls.5.612/5.616).

O Administrador Judicial comunicou a ausência de entrega da documentação necessária à perícia na via administrativa, pugnando pela intimação para apresentação documental (fls.5.625/5.632).

Após a hibridização, o Administrador Judicial apresentou nova manifestação, registrando a pertinência na suspensão do leilão designado para data próxima, a fim de evitar a realização de ato jurídico gravoso (id.242671).

Formalizados os autos, vieram conclusos.

É A SÍNTESE. FUNDAMENTO. DECIDO.

DO PEDIDO DE CANCELAMENTO DA CONSOLIDAÇÃO DA PROPRIEDADE E SUSPENSÃO DE LEILÃO EXTRAJUDICIAL

A recuperanda pugna pelo cancelamento da consolidação da propriedade em relação aos imóveis objeto das matrículas imobiliárias nº 1.590, 1.592, 11.115, 1.879, 2.000, 1.409, 471, 84.144 e 84.145, bem como suspensão do leilão sobre a matrícula imobiliária nº 20.341.

(34)

É de se notar que o primeiro requerimento não se relaciona com a mera suspensão do leilão, mas o cancelamento da consolidação da propriedade de bens imóveis, cujo provimento exige absoluta cognição das causas e fundamentos que eventualmente ensejam tal resposta judicial.

Sobre esse particular, imperativo registrar, ab initio, a exclusão de crédito e consequente autorização de expropriação de bens decorrente do julgamento da impugnação nº 5114-64.2016.811.0037 (Código 169723), em relação aos imóveis objeto das matrículas nº 1.590, 1.592 e 20.341, cuja essencialidade não foi reconhecida.

Trata-se de decisão de mérito, sobre a qual, ademais, não foi verificada a atribuição de efeito suspensivo, restando impertinente o cancelamento da consolidação da propriedade e suspensão de leilão sobre os respectivos imóveis.

Outrossim, em relação aos bens essenciais, convêm registrar que a consolidação da propriedade já havia sido obstada pelo deferimento da providência acautelatória postulada pela recuperanda (fls.1.782/1/.783), cujos embargos de declaração opostos pelo credor pendem de apreciação.

Assim, no que tange à possibilidade de suspensão de atos expropriatórios sobre bens considerados essenciais para o soerguimento da empresa, bem assim deliberando sobre os embargos de declaração, convém registrar que a jurisprudência do STJ, que tem por base a limitação prevista na parte final do § 3º do art. 49 - que impede a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais à sua atividade empresarial - e inspirada no princípio da preservação da empresa, acabou por estabelecer hipóteses em que se abre exceção à regra da não submissão do crédito garantido por alienação fiduciária ao procedimento da recuperação judicial. De acordo com a linha seguida pelo STJ, a exceção somente é aplicada a casos que revelam peculiaridades que recomendem tratamento diferenciado visando à preservação da atividade empresarial, como, por exemplo, no caso em que o bem dado em alienação fiduciária componha o estoque da sociedade, ou no caso de o bem alienado ser o imóvel no qual se situa a sede da empresa. Em suma, justifica-se a exceção quando se verificar, pelos elementos constantes dos autos, que a retirada dos bens prejudique de alguma forma a atividade produtiva da sociedade.

Assim, conforme jurisprudência do Tribunal Cidadão (CC 131.656-PE e Informativo STJ nº 550), a interpretação do dispositivo permite a flexibilização do comando normativo quando se tratar de bem essencial ao funcionamento da empresa em recuperação judicial, permitindo-se a manutenção na posse em favor da sociedade empresária, sendo a análise conferida ao juízo recuperacional.

Nessa linha de intelecção, em relação aos bens objetos das matrículas nº 1.409 e 1.879, os quais constituem o próprio espaço de funcionamento da empresa, bem como depósito de materiais de construção, conforme conclusão do Administrador Judicial, devem ser reconhecidos como essenciais e, por conseguinte, insuscetíveis de desapropriação, enquanto durar os efeitos da recuperação judicial.

Os efeitos, a toda evidência, abarcam os prazos necessários à realização da assembleia geral de credores, bem como o período de acompanhamento judicial.

Posto isso, em relação aos imóveis respectivos, defiro o pedido de cancelamento do registro da consolidação da propriedade.

Por outro lado, não é possível reputar a essencialidade de bens subutilizados, baldios, ou com finalidade meramente recreativa, assim como verificado pelo Administrador Judicial, em relação aos bens representados pelas matrículas nº 471, 11115, 2000, 1592, 84.144, 84.145 e 1.590, motivo pelo qual indefiro o pedido correlato.

DO PEDIDO DE ALIENAÇÃO DE BENS (BANCO SANTANDER)

O decurso do prazo não constitui fundamento jurídico idôneo para a revisão do decisum, motivo pelo qual mantenho a decisão objurgada, por seus lídimos fundamentos.

(35)

DO IMPULSO OFICIAL

Intimem-se os representantes legais, conforme solicitação do Administrador Judicial (fls.5.625/5.632), para apresentação documental, no prazo de 5 (cinco) dias.

Transcorrido o prazo, vista ao Administrador Judicial para imediata conclusão dos trabalhos, em 5 (cinco) dias.

Apresentado o laudo, intimem-se as partes para manifestação, inclusive por edital, no prazo legal.

Em seguida, vista ao Ministério Público.

Após, conclusos para deliberação.

Intime-se. Expeça-se o necessário.

Cumpra-se com urgência.

Primavera do Leste (MT), 13 de julho de 2020.

Patrícia Cristiane Moreira Juíza de Direito

Documento assinado eletronicamente por 11214 - Patrícia Cristiane Moreira em 13/07/2020. Código de autenticidade C37-L112230-P163543-O13079839

Para conferir a autenticidade acesse o endereço: http://apolo.tjmt.jus.br/web/ValidadorDocumento/

13/07/2020 Ref: 13 - Carga

De: Gabinete-Segunda Vara de Falências e Concordatas Para: Segunda Vara Cível.

15/07/2020 Ref: 14 - Juntada de Petição do Autor

Juntada de documento protocolado pela WEB através do Sistema PEA. Petição do Autor, Id: 242825, protocolado em: 24/06/2020 às 17:26:06

(36)

SNS Cuiabá/MT | Av. Dom Bosco, 1.509 | Goiabeiras | 78032-065 | Tel: 65 3634-3542

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PRIMAVERA DO LESTE

URGENTE

Processo nº 1980-29.2016.811.0037 Código. 163543

CONTUDO MATERIAIS DE CONTRUÇAO EIRELI (PRIMACON MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO) e ALTAIR PIOVEZAN, devidamente qualificados nos autos epigrafados, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, EM CARÁTER DE URGÊNCIA, informar e REQUERER o que segue:

Conforme informado em petições anteriores, a Recuperanda teve seus imóveis de matrículas 1590, 1.592, 1.409, 471, 1.879, 11.115, 2.000, 20.341, 84.144 e 84.145, consolidados pela Caixa Econômica Federal.

Sobre isso, em 09/09/2019, a Recuperanda apresentou petição à este Juízo, informando que havia iminente risco de ato de constrição patrimonial pela credora CAIXA ECONÔMICA FEDERAL em face dos bens da Recuperanda, de modo que Requerendo a suspensão de possível ato de constrição pela credora.

Posteriormente ao pedido cautelar da Recuperanda a credora Caixa Econômica Federal CONSOLIDOU os imóveis de matrículas 1.590, 1.592, 11.115, 1.879, 2.000, 1.409, 471, 84.144 e 84.145, de modo que em nova petição cautelar, na data de 23/04/2020 a Recuperanda requereu o cancelamento das consolidações ocorridas.

(37)

Na oportunidade a Recuperanda informou do perigo da ocorrência iminente de um leilão, e do prejuízo que este procedimento traria à Recuperação Judicial e a todos os credores.

Pois bem!

Na data de 23/06/2020, a Recuperanda foi surpreendida com 09 (nove) notificações (DOC 01), informando que os imóveis estão à venda por meio de LEILÃO PÚBLICO 0032/2020/MT e que deverá desocupar os imóveis no prazo de 10 (dez) dias.

O leilão será realizado no dia 17/07/2020, de modo que, reitera, em caráter de urgência, a apreciação das cautelares interpostas nesse processo, para o fim de que sejam canceladas as consolidações realizadas, assim como os atos expropriatórios designados.

Importante salientar que, o Conselho Nacional de Justiça, no ATO NORMATIVO - 0002561-26.2020.2.00.0000, apresentou recomendações aos Juízos com competência para o julgamento de ações de recuperação empresarial e falência a adoção de medidas para a mitigação do impacto decorrente das medidas de combate à contaminação pelo novo coronavírus causador da Covid-19.

Entre as recomendações, destacam-se para o presente caso:

Art. 6o Recomendar, como medida de prevenção à crise econômica decorrente das medidas de distanciamento social implementadas em todo o território nacional, que os Juízos avaliem com especial cautela o deferimento de medidas de urgência, decretação de despejo por falta de pagamento e a realização de atos executivos de natureza patrimonial em desfavor de empresas e demais agentes econômicos em ações judiciais que demandem obrigações inadimplidas durante o período de vigência do Decreto Legislativo nº 6 de 20 de março de 2020, que declara a existência 9 de estado de calamidade pública no Brasil em razão da pandemia do novo coronavírus Covid-19.

(38)

Portanto, impõe-se com URGÊNCIA, o deferimento do pedido de providência acautelatória para determinar ao Cartório do 1° Ofício da Comarca de Primavera do Leste/MT ao 6° Registro Notarial e de Imóveis da Comarca de Cuiabá/MT que, CANCELE a consolidação dos imóveis inscritos nas matrículas n° 1.590, 1.592, 11.115, 1.879, 2.000, 1.409, 471, 84.144 e 84.145, inclusive, as datas designadas de leilão (17/07/2020 e 30/07/2020), bem como SUSPENDA o processo de consolidação do imóvel de matrícula 20.341 a fim de preservar o patrimônio da Recuperanda e garantir o pagamento de todos os credores!

Ante o exposto REITERA os pedidos da Cautelar,

1) Requer o deferimento da cautelar para determinar ao Cartório do 1° Ofício da Comarca de Primavera do Leste/MT que cancele a consolidação da propriedade em favor da Caixa Econômica Federal dos imóveis matriculados sob os números 1590, 1.592, 1.409, 471, 1.879, 11.115, 2.000, inclusive, as datas designadas de leilão (17/07/2020 e 30/07/2020), bem como suspenda o processo de consolidação do imóvel matriculado sob número 20.341 .

2) Requer o deferimento da cautelar para determinar ao 6° Registro Notarial e de Imóveis da Comarca de Cuiabá/MT, que cancele a consolidação da propriedade em favor da Caixa Econômica Federal dos imóveis matriculados sob os números 84.144 e 84.145, inclusive, as datas designadas de leilão (17/07/2020 e 30/07/2020), 3) tendo em vista que o PROCEDIMENTO EXTRAJUDICIAL FERE

DE PRONTO A DETERMINAÇÃO JUDICIAL DE

MANUTENÇÃO DOS BENS SOB A POSSE DA

RECUPERANDA, DEVENDO AGUARDAR PERÍCIA

JUDICIAL, QUE AINDA NÃO OCORREU, restando evidente o caráter pernicioso do procedimento extrajudicial promovido pela Credora Caixa Econômica Federal, razão pela qual mostra-se crível e necessário o deferimento do presente pedido para determinar ao Cartório do 1° Ofício de Primavera do Leste/MT e ao 6° Registro Notarial e de Imóveis da Comarca de Cuiabá/MT que CANCELEM a consolidação dos imóveis inscritos nas matrículas n° 1.590,

(39)

1.592, 11.115, 1.879, 2.000, 1.409, 471, 84.144 e 84.145, inclusive, as datas designadas de leilão (17/07/2020 e 30/07/2020), bem como SUSPENDAM o processo de consolidação do imóvel de matrícula 20.341.

4) com base no Art 6° da recomendação do CNJ, requer seja deferido o pedido liminar para determinar ao Cartório do 1° Ofício de Primavera do Leste/MT e ao 6° Registro Notarial e de Imóveis da Comarca de Cuiabá/MT que, CANCELEM a consolidação dos imóveis inscritos nas matrículas n° 1.590, 1.592, 11.115, 1.879, 2.000, 1.409, 471, 84.144 e 84.145, inclusive, as datas designadas de leilão (17/07/2020 e 30/07/2020), bem como SUSPENDAM o processo de consolidação do imóvel de matrícula 20.341.

5) Requer por fim, sejam expedidos os respectivos ofícios aos endereços abaixo indicados:

a) cartório do 1° Ofício da Comarca de Primavera do Leste/MT - Cartório de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos, localizado à Av. Porto Alegre, 1.669, Bairro Primavera II - Primavera do Leste – MT, 78850-000;

b) 6° Registro Notarial e de Imóveis da Comarca de Cuiabá/MT, localizado à Av. Tancredo de A. Neves, 250 - Jardim Kennedy, Cuiabá - MT, 78065-200.

Nestes Termos, com URGÊNCIA, Pede Deferimento.

De Cuiabá para Primavera do Leste, 24 de Junho de 2020.

CARLOS EDUARDO SILVA E SOUSA OAB/MT 7.216

HERMES BEZERRA DA SILVA NETO OAB/MT 11.405

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15/07/2020 Ref: 15 - Juntada de Petição do Autor

Juntada de documento protocolado pela WEB através do Sistema PEA. Petição do Autor, Id: 243412, protocolado em: 15/07/2020 às 09:12:26

(59)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DIRECEU DOS SANTOS DA 3ª CAMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MATO GROSSO.

URGENTE LEILÃO IMINENTE

CONTUDO MATERIAIS DE CONTRUÇAO EIRELI (PRIMACON MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n° 05.724.005/0001-80, com a matriz estabelecida na Rua Rondonopolis, 180, Centro, no município de Primavera do Leste-MT, CEP 78850-000; neste ato, representada por ALTAIR PIOVEZAN, brasileiro, separado judicialmente, empresário, portador do RG n° 20986220 SSP/PR e CPF n° 357.630.009-00, residente e domiciliado na Rua Espírito Santo, 285, Primavera II, na cidade de Primavera do Leste-MT, CEP 78850-000, com endereço eletrônico altair@primacon.com.br, por meio de seus advogados ao final firmados (instrumento procuratório anexo), nos termos do artigo 1.015, parágrafo único, c/c artigo 1.019, inciso I, ambos do Código de Processo Civil, e demais disposições aplicáveis à espécie, interpor, tempestivamente, o presente recurso de

AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

Em face da decisão proferida pela MM. Juíza da 2ª Vara Cível da Comarca de Primavera do Leste - MT, disponibilizada nos autos do processo de Recuperação Judicial, nº 1980-29.2016.811.0037 e Código 163543 na data de 13/07/2020 e ainda não publicada.

(60)

Desde já a Agravante oferece cópia das seguintes peças:

• Cópia da Petição Inicial;

• Cópia das petições que ensejaram a decisão agravada; • Cópia da r. decisão agravada;

• Cópia da certidão de intimação da decisão agravada e comprovação mediante disponibilização site TJMT;

• Procuração dos patronos da Agravantes; • Procuração dos patronos da Agravada; • Preparo recursal.

As cópias dos documentos acima mencionados estão conforme o original, atestando os advogados que este subscreve a autenticidade das referidas cópias, o que fazem sob sua inteira responsabilidade pessoal, na conformidade com o disposto no inciso IV do artigo 425 do Novo Código de Processo Civil.

Em cumprimento ao inciso IV do artigo 1.016 do NCPC, a Agravante informa os nomes e os endereços dos advogados da parte recorrente e recorrida:

Agravante: CARLOS EDUARDO SILVA E SOUSA, brasileiro, casado, inscrito na

OAB/MT 7.216 e HERMES BEZERRA DA SILVA NETO, brasileiro, casado, inscrito na OAB/MT 11.405, todos com escritório profissional na Avenida Dom Bosco, nº 1509-A, Goiabeiras, Cuiabá/MT, tel.: (65) 3358-4126.

Agravado: JAILTON ZANON DA SILVEIRA, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/RJ 77.366, com endereço profissional no Setor Bancário Sul, Quadra 4, Lote ¾, 18º andar, Brasilia/DF e CHRISSY LEÃO GIACOMETTI, advogada, inscrita na OAB/MT 15.596.

Dado ao crivo da tempestividade, ad cautelam, informa-se que a decisão agravada datada de 13/07/2020, ainda não foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico, dessa forma, conforme se pode compulsar dos fatos, o presente recurso revela-se manifestamente TEMPESTIVO, mormente porque o Código de Processo Civil garante, por meio do artigo 218, §4º1_{, que os atos processuais realizados antes}

1_{Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.}

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do termo inicial do prazo são considerados tempestivos, razão pela qual se considera o presente recurso tempestivo.

Por fim, a Agravante oferece as anexas guias comprobatórias do preparo deste recurso e requer a formação do instrumento, a imediata remessa dos autos à distribuição e ao Exmo. Desembargador Relator do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso para o qual o presente recurso seja distribuído, a fim de que este possa apreciar o pedido formulado nas razões anexas.

Nestes Termos, Pede Deferimento.

Cuiabá, 14 de Julho de 2020.

(assinado eletronicamente) (assinado eletronicamente)

CARLOS EDUARDO SILVA E SOUSA HERMES BEZERRA DA SILVA NETO OAB/MT 7.216 OAB/MT 11.405

§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

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RAZÕES DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

Agravante: CONTUDO MATERIAIS DE CONTRUÇAO EIRELI (PRIMACON MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO)

Agravado: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MATO GROSSO – TJMT

COLENDA CÂMARA

EMINENTES JULGADORES

Em que pese a respeitável decisão do juízo a quo, que INDEFERIU em parte a cautelar requerida, a mesma não pode prosperar pelo fato de ser flagrantemente injusta, fato que trará dano irreversível, possibilitando inclusive a falência da Agravante. Sendo assim, comprova-se pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

Assim, pretende a Agravante buscar, pela via recursal, decisão em sede de tutela de urgência e à posteriori, no aspecto meritório que se possa verificar a justiça no deslinde da demanda em tela.

Para tanto, respeitosamente, vem expor suas razões, articuladamente, como segue.