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CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FARMÁCIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

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TÍTULO: MODULADOR SELETIVO DE RECEPTORES DE ESTROGÊNIO TÊM EFEITOS

CARDIOPROTETORES COM BASE NA MELHORA DA MODULAÇÃO AUTONÔMICA EM UM MODELO DE RATAS MENOPAUSADAS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: FARMÁCIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): GABRIELLY MINGUTA SANTOS COSTA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): FILIPE CONTI, IRIS CALLADO SANCHES, KÁTIA DE ANGELIS, SARAH CRISTINA FERREIRA FREITAS

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1. RESUMO

O risco elevado de doenças cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa está associada à pressão arterial (PA) aumentada. Neste sentido, a terapêutica com estrogênios parece melhorar a função cardíaca em ratos submetidas à ooforectomia. No entanto, os estudos clínicos demonstram efeitos paradoxais, no qual a substituição de estrogênio e progesterona tem um aumento do risco cardiovascular. Com o objetivo de avaliar o efeito do tamoxifeno, um modulador seletivo do receptor de estrogênio, nos parâmetros hemodinâmicos (PA e da frequência cardíaca, FC), na modulação autonômica do coração e de estresse oxidativo cardíaco em um modelo experimental de menopausa, foram utilizadas 18 ratas Wistar (200-220g) divididas em 3 grupos (n=6 cada): fêmeas controle (FC), fêmeas ooforectomizadas (FO) e fêmeas ooforectomizadas tratadas com tamoxifeno (FOT). Depois do protocolo de tratamento de 8 semanas, os animais foram canulados na artéria carótida para registro direto AP (2 KHz, CODAS) e a modulação autonômica cardiovascular foi avaliada. Estresse oxidativo cardíaco foi avaliado por técnicas bioquímicas. O teste estatístico Anova One Way foi aplicado para comparação de dados, seguido de post-hoc de Student Newman-Keulls, p <0,05. Como resultados, as ratas ooforectomizadas tratadas com tamoxifeno apresentaram redução da PA média (FC: 116±1,20; FO: 112±3,17; FOT: 99±7.05 mmHg), PA sistólica (PAS, FC: 133±0,29; FO: 129±2,77; FOT: 114 ± 7,56 mmHg) e PA diastólica (PAD, FC: 96,9±1,55; FO: 92,2±2,95; FOT: 84,0±5,0 mmHg) em relação ao grupo FC. Além disso, o grupo FOT mostrou bradicardia de repouso, em comparação com o grupo de fêmeas ooforectomizadas (FC: 375±7,55; FO: 385±17,96; FOT: 360±7.75 bpm), associado com um aumento do intervalo de impulso (IP, FC: 165±2,16; FO: 158±7,30; FOT: 181±4.79 ms) e da variância do IP

(FC: 46,6±7,35; FO: 33,8±14,00; FOT: 194±61.89 ms2) (vs. FC e FO). O grupo FOT

também apresentou maiores valores de parâmetros de modulação parassimpática em comparação com os outros grupos estudados, como a raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre os intervalos RR normais adjacentes (RMSSD, FC: 8,03±0,32; FO: 6,1±1,61; FOT: 15.66±1.52 ms) e a banda de alta frequência do

IP (AF-IP, FC: 14,50±1,12; FO: 9,31±1,94; FOT: 35,80±8.94 ms2). Em relação à

variância da PAS, o tratamento com tamoxifeno conseguiu restaurar o aumento dessa variável que ocorreu no grupo FO (FC: 14,19±0,49 e FOT: 14,55±1,57 vs. FO:

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18,45±1,11 mmHg2). A redução da PAS foi correlacionada com um aumento da

modulação parassimpática, evidenciado pela banda de AF-IP (R2=0,663; P<0,0013),

RMSSD (R2=0,781; P<0,0001) e desvio padrão da PAS (R2=0,781, P<0,0001). Além

disso, a banda de baixa frequência da PAS, um parâmetro que mostra modulação

simpática vascular, foi positivamente correlacionada com a PAS (R2=0,557,

P<0,008). Em relação ao estresse oxidativo, a diminuição da atividade da superóxido dismutase (SOD) encontrada no grupo FO em comparação ao grupo FC, não conseguiu ser normalizada com o tratamento por tamoxifeno (FC: 14,44±1,44; FO: 9,46±0,50; FOT: 9,58±0,99 Usod/mg). Desta forma, concluímos que os presentes resultados sugerem que o tamoxifeno induz uma redução da PAS, não só por produção de fatores locais, como NO, mas também devido a uma melhor modulação autonômica e aumento da modulação parassimpática, entretanto, ainda assim esse tratamento não foi capaz de normalizar estresse oxidativo cardíaco. Este estudo indica que os efeitos cardioprotetores de estrogênio são dependentes de seus receptores e sua estimulação por moduladores seletivos como o tamoxifeno, pode ser uma abordagem promissora para proteção cardíaca no período pós-menopausa.

2. INTRODUÇÃO

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo tanto em homens quanto mulheres, principalmente através de doença isquêmica do coração e acidente vascular cerebral (Hale et al., 2015; Piskorz e Brzostek, 2015).

Sabe-se que mulheres tipicamente apresentam a pressão arterial (PA) menor do que homens de mesma idade (Yanes et al., 2011), no entanto, esse padrão tende a se alterar com o avançar da idade e a chegada da menopausa. A menopausa apesar de ser um estado fisiológico é considerada um fator de risco para aumento da pressão arterial independente de índices como idade e massa corporal (Zanchetti et al., 2005).

O risco elevado de doenças cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa está associado à pressão arterial (PA) aumentada (Yanes et al., 2011). Neste sentido, a terapêutica com estrogênios parece melhorar a função cardíaca em ratas submetidas à ooforectomia. No entanto, os estudos clínicos demonstraram efeitos paradoxais, nos quais a substituição de estrogênio e progesterona tem um

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aumento do risco cardiovascular e também aumento do risco de incidência de câncer (Khalil et al., 2003; HERS, 1998; WHI, 2012).

O tamoxifeno é uma droga da classe dos moduladores específicos de receptores de estrogênio, conhecidos como SERMs, são moléculas esteroidais conhecidas como “antiestrogênicas” em referência a sua função primária como inibidoras do crescimento de câncer de mama (Tremolliere et al., 2002). Estudos clínicos randomizados que foram feitos com tratamento por tamoxifeno em mulheres com câncer de mama foi observado redução de eventos cardiovasculares (Osborne, 1998). Tamoxifeno assim como raloxifeno, outra droga da classe dos SERMs, demonstraram capacidade de reduzir disfunção endotelial e inflamação no plasma em ratas ooforectomizadas (Lamas et al., 2015).

3. OBJETIVOS

Avaliar o efeito do tratamento com tamoxifeno, um modulador seletivo do receptor de estrogênio, em um modelo experimental de menopausa; nos seguintes parâmetros:

- hemodinâmicos (PA e frequência cardíaca, FC); - de modulação autonômica do coração e

- de estresse oxidativo cardíaco

4. METODOLOGIA

Animais

Dezoito ratas Wistar foram obtidas do biotério da Universidade Nove de Julho, pesando 200-220 g. Elas receberam ração padrão e água ad libitum. Elas foram alojados em gaiolas contendo 4-5 animais/cada para 22-24ºC com o ciclo claro/escuro de 12 horas. Os animais foram distribuídos aleatoriamente para um dos três grupos (n=6/cada grupo): fêmeas controle tratadas com o veículo durante 8 semanas (FC), fêmeas ooforectomizadas tratados com veículo para 8 semanas (FO) e fêmeas ooforectomizadas tratadas com tamoxifeno durante 8 semanas (FOT).

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As ratas dos grupos ooforecotmizados, FO e FOT, foram anestesiadas (i.p.) com cloridrato de cetamina (50 mg/kg) e cloridrato de xilazina (12 mg/kg) e colocadas em posição supina. Uma pequena incisão (1 cm) foi feita paralela à linha de corpo sobre a pele e os músculos na região abdominal. Os ovários foram localizados e a ligadura das tubas uterinas foi feita, incluindo vasos sanguíneos. Os ovidutos foram seccionados e ovários removidos. Os músculos e a pele foram suturados e uma dose de antibiótico (i.m.) foi administrada (Benzetacil 40000 U / kg).

Tratamento por gavagem

Os animais tratados com citrato de tamoxifeno (Nolvadex, AstraZeneca, Macclesfield, Reino Unido) receberam o fármaco por gavagem na dose única de 10 mg/kg/dia (6 dias por semana). Cada comprimido de tamoxifeno (20 mg) foi dissolvido em 2 ml de solução fisiológica. Foi administrado 0,1 ml da solução para cada 100 g de animal no grupo tratado com tamoxifeno (FOT). O mesmo cálculo foi considerado para a administração de veículo nos grupos FC e FO.

Canulação e gravação da pressão arterial

Após 8 semanas de tratamento, todos os animais foram anestesiados com cloridrato de cetamina (50 mg/kg) e cloridrato de xilazina (12 mg/kg) e foi implantada uma cânula de polivinila na artéria carótida para o registro direto da pressão arterial. Vinte e quatro horas após a canulação, os animais foram colocados individualmente em uma caixa padrão durante as avaliações hemodinâmicas sistêmicas. A cânula arterial foi ligada a uma extensão com comprimento de 20 cm com animal acordado e permitindo livre circulação do mesmo pela caixa durante o período de gravação. Esta extensão foi ligada a um transdutor de pressão eletromagnético (Kent Instruments) o qual, por sua vez, está ligado a um pré-amplificador (Stemtech). Os sinais da PA foram registrados ao longo de um período de 30 minutos em um microcomputador equipado com um sistema de aquisição de dados (CODAS, DATAQ Instruments) permitindo a análise dos pulsos de pressão, batimento a batimento, com uma frequência de amostragem de 2 KHz por canal para o estudo dos valores de PA e FC.

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A partir do registro basal dos animais acordados foi possível utilizar a ferramenta de análise tempo-frequência da variabilidade da PAS. Os parâmetros para análise no domínio do tempo consistiram em calcular os valores médios da PAS, sendo a sua variabilidade quantificada pela variância da PAS. A análise no domínio da frequência consistiu da decomposição do sistograma pela Transformada Rápida de Fourier (FFT). Após esse remodelamento matemático, foram obtidas as potências absolutas da banda de baixa frequência (BF: 0,20-0,75 Hz) (Soares et al., 2004).

A variabilidade do intervalo de pulso foi obtida pela análise do tacograma a partir do registro da PAS, no qual a frequência dos batimentos foi determinada pelo intervalo entre dois picos sistólicos. Para essa análise foram utilizados registros estáveis, de no mínimo 5 minutos e com frequência de amostragem de 2.000 Hz. Também dois componentes foram obtidos na análise espectral: muito baixa frequência (MBF: banda de muito baixa frequência), baixa frequência (BF: 0,20-0,75 Hz) e alta frequência (AF: 0,75-3,0 Hz). O componente BF foi usado como um índice da atividade simpática. O componente AF foi usado como um índice da atividade parassimpática. Além disso, avaliará também as variáveis % BF (banda de baixa frequência do intervalo de pulso), %AF (banda de alta frequência do intervalo de pulso), RMSSD (raiz quadrada da média dos quadrados das diferenças entre os intervalos R-R normais sucessivos) e VAR-IP (variância do intervalo de pulso) (Ishise & Asanoi et al., 1998).

Análise de estresse oxidativo Homogeneização

Um dia após as avaliações hemodinâmicas, os animais foram sacrificados e o coração (ventrículo esquerdo) foi imediatamente removido, enxaguado em solução salina e foi removido o tecido de gordura e tecido conjuntivo visível. O tecido cardíaco foi cortado em pequenos pedaços, colocado em tampão gelado e homogeneizado num misturador Ultra80 Turrax (UltraStirrer, Pilatusstrasse, Muri, Suíça) com 1 g de tecido por 4 mL de KCl 120 mM e 20 nM de tampão de fosfato de sódio, pH 7,4. O homogenato foi centrifugado a 600xg durante 10 minutos a -26 ° C.

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Lipoperoxidação (LPO) foi avaliada por ensaio de quimiluminescência (QL) realizada com LKB Rack Beta liquid scintillation spectrometer 1215 (LKB Producer AB) em modo out-of-coincidence à temperatura ambiente (25oC-27oC). Os sobrenadantes foram diluídos em 140 mmol/L de KCl e 20 mmol/L de tampão fosfato (pH 7,4) e adicionado a tubos de vidro, os quais foram colocados em frascos de

cintilação; 3 mmol/L de terc-butil-hidroperóxido foi adicionado e a

quimioluminescência foi determinada até ao nível máximo de emissão [21]. (Gonzalez-Flecha et al., 1991)

Atividade das enzimas antioxidantes

A quantificação da atividade de superóxido dismutase (SOD) baseou-se na inibição da reação entre O2⋅- e pirogallol (Marklund et al., 1985). A atividade da catalase (CAT) foi determinada medindo a diminuição da absorbância a 240 nm de H2O2. A concentração de CAT foi expressa como micromoles de H2O2 reduzido por minuto por miligrama de proteína (Aebi et al., 1984). A atividade de glutationa peroxidase (GPx) foi expressa como nanomoles de peróxido por hidroperóxido reduzido por minuto por miligrama de proteína com base no consumo de nicotinoamida-adenina dinucleotídeo fosfato reduzida (Flohe et al., 1984).

Análise estatística

O teste de Kolmogorov-Smirnov foi utilizado para verificar a normalidade das variáveis. A análise com o teste de variância (ANOVA) de duas vias, seguido do post-hoc Student Newman-Keuls foram adequadamente aplicado para a análise dos dados. Os resultados foram apresentados como média ± erro padrão da média. As diferenças foram consideradas significativas quando P<0,05.

5. DESENVOLVIMENTO

Apesar da visão de que doenças cardiovasculares era uma doença do homem, sabe-se hoje em dia que as mulheres sofrem com dados epidemiológicos de morbidade e mortalidade cardiovascular de forma semelhante da população masculina e até mesmo, em alguns casos, mais severa, como mostrado na população de mulheres diabéticas comparadas a homens diabéticos após acidente

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vascular cerebral (Policardo et al., 2014). Desta forma, muitos estudos têm se voltado para entender as diferenças resultantes do gênero sobre as patologias cardiovasculares.

De fato, os efeitos do estrogênio in vitro e em estudos experimentais parecem ser de grande importância para a proteção da função cardiovascular, mas isso não se refletiu quando foram observados os efeitos da reposição hormonal em mulheres em grandes ensaios clínicos randomizados. Desta forma, estimular especificamente os receptores de estrogênio a nível cardiovascular, evitando a ação hormonal do estrogênio em outros sistemas se tornou um alvo de pesquisa promissor para os estudiosos da saúde da mulher.

6. RESULTADOS

Avaliações metabólicas Peso do animal

No início do protocolo, os animais dos três grupos não apresentavam diferença no peso corporal (FC: 230,00±5,81; FO: 236,66±6,69; FOT: 242,50±6,55 g). Este padrão se manteve após 8 semanas de protocolo (FC: 281,25±6,09; FO: 286,66±9,54; FOT: 260,83±5,38 g).

Avaliação hemodinâmica

As ratas ooforectomizadas tratadas com tamoxifeno (grupo FOT) tinham reduzido PA média (FC: 116±1,20; FO: 112±3,17; FOT: 99±7.05 mmHg), PA sistólica (PAS, FC: 133±0,29; FO: 129±2,77; FOT: 114 ± 7,56 mmHg) e PA diastólica (PAD, FC: 96,9±1,55; FO: 92,2±2,95; FOT: 84,0±5,0 mmHg) em relação ao grupo FC. Além disso, o grupo FOT mostrou bradicardia de repouso, em comparação com o grupo de fêmeas ooforectomizadas (FC: 375±7,55; FO: 385±17,96; FOT: 360±7.75 bpm).

Modulação autonômica cardíaca

Em associação com a redução da FC em ratos FOT, quando os parâmetros de variabilidade da FC foram analisados, se observou um aumento no intervalo de pulso (IP, FC: 165±2,16; FO: 158±7,30; FOT: 181±4.79 ms) e da variância do IP (FC: 46,6±7,35; FO: 33,8±14,00; FOT: 194±61.89 ms2) em comparação aos outros dois

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grupos (FC e FO). O grupo FOT também apresentou maiores valores de parâmetros de modulação parassimpática em comparação com outros grupos estudados, como a raiz quadrada da média do quadrado das diferenças entre os intervalos RR normais adjacentes (RMSSD, FC: 8,03±0,32; FO: 6,1±1,61; FOT: 15.66±1.52 ms) e a banda de alta frequência de PI (AF-IP, FC: 14,50±1,12; FO: 9,31±1,94; FOT: 35,80±8.94 ms2).

Em relação à variância da PAS, o tratamento com tamoxifeno conseguiu restaurar o aumento dessa variável que ocorreu no grupo FO (FC: 14,19±0,49 e FOT: 14,55±1,57 vs. FO: 18,45±1,11 mmHg2). A redução da PAS foi correlacionada com um aumento da modulação parassimpática, evidenciado pela banda de AF-IP (R2=0,663; P<0,0013), RMSSD (R2=0,781; P<0,0001) e desvio padrão da PAS (R2=0,781, P<0,0001). Além disso, a banda de baixa frequência da PAS, um parâmetro que mostra modulação simpática vascular, foi positivamente correlacionada com a PAS (R2=0,557, P<0,008).

Análise de estresse oxidativo

Não foi encontrada diferença significativa na atividade das enzimas CAT e GPx entre os três grupos estudados (CAT, FC: 0,60±0,23; FO: 0,70±0,11; FOT: 0,69±0,12 nmol/mg e GPX, FC: 0,023±0,003; FO: 0.030±0,003; FOT: 0,030±0,003 umol/min/mg). Entretanto, quando avaliada a atividade da SOD, observou-se que houve uma diminuição no grupo FO em relação ao grupo FC e esse prejuízo não conseguiu ser evitado pelo tratamento com tamoxifeno no grupo FOT (FC: 14,44±1,44; FO: 9,46±0,50; FOT: 9,58±0,99 Usod/mg).

Em relação à LPO, também não foi observada diferença significativa entre os grupos (FC: 3851,94±481,51; FO: 3544,44±164,40; FOT: 3074.98±332.87 cps/mg).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados do presente trabalho sugerem que o tamoxifeno induz uma redução da PAS, não só por produção de fatores locais, como NO, mas também devido a uma melhor modulação autonômica e aumento da modulação parassimpática, entretanto, ainda assim esse tratamento não foi capaz de normalizar estresse oxidativo cardíaco, observado pela diminuição da atividade da enzima SOD

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nos grupos ooforectomizados, o que permaneceu mesmo após tratamento com tamoxifeno.

Este estudo indica que os efeitos cardioprotetores de estrogênio são dependentes de seus receptores e sua estimulação por moduladores seletivos como o tamoxifeno, pode ser uma abordagem promissora para proteção cardíaca no período pós-menopausa.

8. FONTES CONSULTADAS

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