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GLAUCIA SILVANO ROCHA

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Academic year: 2021

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GLAUCIA SILVANO ROCHA

IMPLICAÇÕES DO ESTRESSE OXIDATIVO SOBRE OS ERITRÓCITOS E DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM ADULTOS COM SÍNDROME

DE DOWN

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GLAUCIA SILVANO ROCHA

IMPLICAÇÕES DO ESTRESSE OXIDATIVO SOBRE OS ERITRÓCITOS E DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR EM ADULTOS COM SÍNDROME

DE DOWN

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Fisioterapia, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Universidade do Sul de Santa Catarina

Orientador Especialista Professor: Aderbal Silva Aguiar Junior.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho as pessoas que lutam diariamente ao meu lado, transmitindo fé, amor, alegria, determinação, paciência, e coragem, tornando os meus dias mais felizes e bonitos. Aos meus pais, Antônio Carlos e Eva, ao meu irmão, Silvano e ao meu namorado, Diego. Sem vocês eu não seria nada!

“O amor é o único nexo permanente válido nas relações familiares. Amar e ser amado é um desejo de todos. E também um direito que a sociedade deveria proteger e estimular.” (Knobel, 1992).

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Agradecimentos

Ao todo criador, Deus, que está acima de todas as coisas deste mundo. Concebendo sempre os nossos desejos e vontades, mesmo quando de forma oculta.

Aos meus pais, Antônio Carlos e Eva, pela confiança, amor, cuidado, e sabedoria. Ao meu irmão, Silvano, que mesmo longe, sempre esteve tão perto.

Ao meu amigo e namorado, Diego, por toda caminhada que fizemos juntos até o dia de hoje, e as pelas próximas que virão. Pela paciência e pela compreensão, por me aturar, me ajudar e me fazer feliz, pelos dias estudando juntos e dias passados sem namorar.

A todos os meus amigos e colegas de sala, que com certeza plantaram um pedaço de si em meu coração. Mas, especialmente à Aline, pela surpresa em ser uma pessoa tão maravilhosa, à Cândida, pelas caronas, pelo tradutor, e pelas risadas, à Cris, pela paciência em seus ensinamentos, à Monique, pelos momentos de alegria, à Mirella, por sempre me ajudar, à Sara, pela simpatia e felicidade que me transmite, à Simone, pela ajuda, gargalhadas e pelos dias que dormi em sua casa. Pessoas antes desconhecidas e tão diferente de mim, que me fizeram ver a vida com outros olhos, obrigada pela amizade!

Ao professor Aderbal, pela paciência, ensino, e confiança e a todos de sua equipe pelo empenho e dedicação nos ensaios bioquímicos.

Á Grasiella e Maria Helena membros da APAE de Jaguaruna, e a Elenir da APAE de Tubarão, que em todos os momentos que precisei estavam à disposição para ajudar.

A Marlene técnica em enfermagem que coletou o sangue de todos os participantes de Tubarão, se disponibilizando nos dias de folga. E a Analise, farmacêutica bioquímica que em meu momento de desespero, cedeu suas funcionárias para a coleta de sangue do participante de Jaguaruna.

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E a todos os participantes, que quando convidados aceitaram participar desta pesquisa, arranjando tempo para a realização dos testes, e para a coleta de sangue. Mas, principalmente aos portadores de Síndrome de Down, que se mostram muito empenhados e colaborativos, na realização dos testes, e pela coragem ao enfrentar o medo da coleta de sangue.

O meu muito obrigado, sem todos vocês esta pesquisa não poderia ser concluída. “Eu pedi Força e Deus me deu dificuldades para me fazer forte. Eu pedi Sabedoria e Deus me deu Problemas para resolver. Eu pedi Prosperidade e Deus me deu Cérebro e Músculos para trabalhar. Eu pedi Coragem e Deus me deu Perigo para superar. Eu pedi Amor e Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar. Eu pedi Favores e Deus me deu Oportunidades. Eu não recebi nada do que pedi, mas eu recebi tudo de que precisava.” (autor desconhecido)

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Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar,

por simples medo de arriscar.

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RESUMO

A síndrome de Down (SD) é a alteração patológica cromossômica mais encontrada. O fenótipo desta trissomia pode ser pela duplicação da região 21q22, onde se localiza o gene que codifica a enzima superóxido dismutase (SOD). As espécies reativas de oxigênio (EROS) são produzidas naturalmente em nosso organismo através de processos metabólicos oxidativos, a alteração entre a produção e a remoção das EROS, promovem o estresse oxidativo, que pode ser causado principalmente pelo aumento da atividade da SOD, nestes indivíduos. Esta atividade enzimática aumentada produz uma agressão endógena constante, pela aceleração da reação de formação de peróxido de hidrogênio e pelo desequilíbrio entre a atividade da SOD e glutationa peroxidase, com a conseqüente oxidação dos grupos sulfídricos e a peroxidação dos lipídios insaturados causando dano celular, tecidual, lipídico, levando a um envelhecimento precoce e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Esta pesquisa foi experimental, tendo como objetivos analisar a atividade da enzima SOD, analisar os níveis de peroxidação de lipídeos através das Espécies Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS), verificando assim o estresse oxidativo, e avaliar o desenvolvimento motor através da escala Gross Motor Function Measure (GMFM). A amostra consistiu em um grupo controle (GC) de 8 adultos normossômicos, IMC 26 ± 1,2 kg/m², idade de 23,33 ± 2,13 anos, e um grupo experimental (GE) em 8 adultos com trissomia do 21, IMC 32 ± 1,5 kg/m², idade de 27 ± 3,67 anos, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Jaguaruna e Tubarão, residentes da Associação dos Municípios da região de Laguna (AMUREL). As avaliações foram: aplicação da Escala de Desenvolvimento Neuropsicomotor de Gross Motor Function Measure (GMFM), amostras de sangue venoso, para a obtenção, da atividade da SOD, índice de peroxidação de lipídeos através das Espécies Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS) e determinação de proteínas. Foram encontrados uma maior atividade da SOD nas hemácias, um índice de peroxidação de lipídios nas hemácias e um menor desenvolvimento motor nos indivíduos com síndrome de Down. Estes resultados sugerem que os portadores de SD possuem um estresse oxidativo, o que pode ser a causa um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Sendo assim, mostra-se de suma importância a detectação dos produtos da atividade da SOD e da peroxidação lipídica como evidência indireta na importância das EROS na patogenia desta doença.

Palavras chaves: estresse oxidativo, síndrome de Down, superóxido dismutase, peroxidação de lipídeos, desenvolvimento motor.

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ABSTRACT

Down Syndrome (DS) is the most found chromosomic pathological alteration. The phenotype of this trissomy can be caused by duplication of 21q22 region, where it located the gene that encodes superoxide dimutase enzyme (SOD). The reactive oxygen species (EROS) are naturally produced in our body through oxidative metabolic processes, the alteration between production and removal of EROS promotes oxidative stress, that can be caused mainly by the increasing of SOD’s activity in these individuals. This increased enzyme activity produces constant endogenous aggression, caused by acceleration of reaction of hydrogen peroxide formation and by unbalance between SOD’s activity an glutathione peroxidase, with consequent oxidation of sulphidric and insaturated lipid peroxidation causing cellular, tissue and lipid damage, inducing precocious aging and delay of neurophysicomotor development. This research was experimental, and has as objectives to analyze the activity of SOD, to analyze the levels of lipoperoxidation through thiobarbituric acid-reactive substances (TBARS), verifing the oxidative stress, and to evaluate motor development through Gross Motor Function Measure (GMFM). The sample was constituted by a control group (CG) with 8 normosomic adults, IMC 26 ± 1,2 kg/m², 23,33 ± 2,13 years old, and an experimental group (EG) with 8 adults with 21 trissomy, IMC 32 ± 1,5 kg/m², 27 ± 3,67 years old, of Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) of Jaguaruna and Tubarão, that live in Associação dos Municípios da região de Laguna (AMUREL). The evaluations were: application of Neurophycomotor Development Scale of Gross Motor Function Measure (GMFM), samples of venous blood to obtention of SOD activity, lipoperoxidation rate through thiobarbituric acid-reactive substances (TBARS) and determination of proteins. A larger SOD activity was found in erythrocyte, a lipoperoxidation rate in erythrocytes and a lesser motor development in individuals with Down syndrome. These results suggest thar DS carriers have an oxidative stress, that can be the cause of a neurophsycomotor development delay. So, it’s showed the importance of detection of products of SOD activity and lipoperoxidation like an indirect evidence in importance of EROS in this disease’s pathology. Key-words: oxidative stress, Down syndrome, superoxide dimutase, lipoperoxidation, motor development.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Atividade da enzima SOD no grupo controle e no grupo com síndrome de Down, indicando um aumento significativamente (p<0,05) da enzima neste último grupo... 38 Gráfico 2 – Lipoperoxidação no grupo controle e no grupo com síndrome de Down, mostrando uma significância (p<0,05) maior de peroxidação de lipídios nos Down, através do TBARS ...39 Gráfico 3 – Quociente motor de Gross está significativamente (p<0,05) diminuído em pacientes com síndrome de Down, acarretando um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor ...41

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Os valores obtidos da atividade enzimática da SOD, peroxidação de proteínas através do TBARS e da escala de desenvolvimento motor de GROSS, no grupo controle e no grupo com síndrome de Down. * p< 0,05, teste de Stundet ... 37

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LISTA DE ABREVEATURAS

AMUREL – Associação dos Municípios da região de Laguna CAT – catalase

EPM – padrão médio

EROS – espécies reativas de oxigênio GC – grupo controle

GE – grupo experimental

GMFM – Gross Motor Function Measure, GPx – glutationa peroxidase

MDA – malondialdeído

SD – síndrome de Down SOD – superóxido dismutase

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Corrida ... 32

Figura 2 – Trote ... 32

Figura 3 – Salto para a frente ... 32

Figura 4 – Salto o obstáculo ... 32

Figura 5 – Salto em distância ... 32

Figura 6 – Deslizar ... 32

Figura 07 – Golpeando uma bola estacionária ... 33

Figura 08 – Drible estacionário ... 33

Figura 09 – Pegar... 34

Figura 10 – Chute ... 34

Figura 11 – Arremesso com a mão... 34

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 14

2.1 SÍNDROME DE DOWN... 17

2.1.1 A síndrome de Down: um breve histórico... 17

2.1.2 As formas de alteração cromossômica na síndrome de Down ... 18

2.1.3 Características fenotípicas e distúrbios mais comuns da síndrome de Down ... 20

2.1.4 Patogenia da síndrome de Down ... 21

2.1.5 O papel patogênico do estresse oxidativo na síndrome de Down ... 23

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ... 27

3.1 Tipo de pesquisa ... 27

3.1.1 Tipo de pesquisa quanto ao nível ... 27

3.1.2 Tipo de pesquisa quanto à abordagem... 27

3.1.3 tipo de pesquisa quanto ao procedimento utilizado na coleta de dados ... 28

3.2 População / Amostra ... 28

3.2.1 População ... 28

3.2.2 Amostra ... 29

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3.2.4 Critérios de exclusão ... 29

3.3Instrumentos utilizados na coleta de dados... 30

3.4 Procedimentos utilizados na coleta de dados ... 30

3.4.1 Avaliação da escala de desenvolvimento motor... 30

3.4.2 Análise Bioquímica ... 34

3.5 Cálculo de tamanho da amostra... 35

3.5 Procedimentos e instrumentos utilizados no tratamento de dados... 35

4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS ... 36

4.1 Apresentação dos resultados ... 36

4.2 Análise dos dados e discussão dos resultados... 37

4.2.1 Aumento da atividade enzimática da SOD nos pacientes com Down... 37

4.2.2 Aumento dos níveis de lipoperoxidação na síndrome de Down ... 39

4.2.3 Atraso no desenvolvimento motor na síndrome de Down ... 40

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 42

REFERÊNCIAS ... 43

ANEXOS ... 46

ANEXO A – Consentimento livre e esclarecido ... 47

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1 INTRODUÇÃO

A Síndrome de Down (SD) ou trissomia do par 21, segundo Silva e Aguiar (2003), Mancini et al (2003), Silva e Dessen (2002) foi a primeira anormalidade genética descrita pelo homem e constitui a aberração cromossômica mais comumente encontrada.

A deficiência mental tem sido considerada uma das características mais constantes da SD, que constitui conforme Moreira, El-Hanib e Gusmão (2000) como uma causa mais freqüente de deficiência mental, compreendendo cerca de 18% do total de deficientes mentais em instituições especializadas.

Moreira, El-Hanib e Gusmão (2000), Voivodic e Storer (2002), Tecklin (2002), Silva e Dessen (2003), Mancini et al (2003), afirmam que em torno de 15% a 18% dos portadores de SD possuem deficiência mental, devido, provavelmente, a um atraso global no desenvolvimento, que varia de criança para criança.

É uma doença cromossômica que consiste na presença e expressão de três cópias de genes localizados no cromossomo 21. O fenótipo nesta trissomia pode ser pela duplicação da região 21q22, onde se localiza o gene que codifica a superóxido dismutase (SOD). A cópia extra desse gene causa aos portadores da Síndrome de Down uma atividade da enzima aumentada em 50% em diferentes tipos de células – eritrócitos, leucócitos, plaquetas e fibroblastos, ocasionando danos celulares, levando a envelhecimento precoce, dano cerebral e demência.

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Os indivíduos trissômicos possuem características do dano oxidativo como o envelhecimento precoce, dano cerebral e modificações bioquímicas o que poderia ser conseqüência desse desequilíbrio genético-bioquímico.

O metabolismo celular produz espécies reativas de oxigênio (EROS) em condições fisiológicas que possuem vários efeitos úteis, conforme Schneider e Oliveira (2004), nas situações em que há necessidade de ativação do sistema; na desintoxicação de drogas; e na produção do fator relaxante derivado do endotélio, o óxido nítrico, extremamente importante nos processos que desencadeiam o relaxamento dos vasos sangüíneos.

A EROS é produzida sob o controle de estímulos e sinais moleculares e também pode ser formada a partir de várias células do organismo. Para Ramos, Ramos e Domingues (2000) podem ser induzidas por fontes exógenas (radiações ionizantes, toxinas, drogas, produtos químicos, agentes poluidores ambientais, etc.) e em várias outras situações patológicas, neste caso produzindo dando celular.

Em condição normal, o organismo dispõe de sistemas antioxidantes de defesa, que são os antioxidantes não-enzimáticos e enzimáticos, este último é composto por enzimas capazes de metabolizar as EROS, como a superóxido dismutase (SOD), a catalase (CAT) e a glutationa peroxidase (GPx). Ramos, Ramos e Domingues (2000) citam ainda a glutationa redutase (GRed). O equilíbrio entre estes sistemas é necessário para o bom funcionamento celular, caso os índices de próoxidantes estejam aumentados nas células acarretará em um estresse oxidativo, ou seja, a EROS causará dano celular, tecidual, protéico, lipídico, e no próprio DNA.

A SOD em condições normais catalisa a reação de conversão dos ânions superóxidos (O2) em peróxidos de hidrogênios (H2O2), que é eliminado pela ação das enzimas catalase e glutationa peroxidade. O aumento da atividade desta enzima produz uma agressão endógena constante, pela aceleração da reação de formação de peróxido de hidrogênio (H2O2) e pelo

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desequilíbrio entre a atividade da SOD-1 e glutationa peroxidase (GSH-Px), com a conseqüente oxidação dos grupos sulfídricos e a peroxidação dos lipídios insaturados causando dano celular.

Pueschel (1999) cita que crianças com SD possuem todas as etapas do desenvolvimento motor iguais a de uma criança normal, entretanto de uma forma mais lenta, ou seja, as aquisições motoras dar-se-ão de forma mais tardias.

O presente trabalho teve como objetivo geral avaliar o índice de estresse oxidativo sobre eritrócitos e desenvolvimento neuropsicomotor em adultos com trissomia do cromossomo 21 e em adultos normossômicos. E como objetivos específicos, analisar a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD), analisar os níveis de peroxidação de lipídeos através das Espécies Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS), verificando assim o estresse oxidativo, e avaliar através da escala de GROSS o desenvolvimento neuropsicomotor.

Em suma, o trabalho está distribuído em: introdução, onde pode-se verificar os objetivos. O capítulo 2 possui a fundamentação teórica sobre a síndrome de Down; um breve histórico, as alterações cromossômicas, características fenotípicas e distúrbios, patogenia, patogenia do estresse oxidativo e desenvolvimento motor nos portadores de síndrome de Down. O capítulo 3 é formado pelo delineamento da pesquisa, o tipo de pesquisa, a população e amostra do trabalho, os procedimentos e instrumentos utilizados na coleta de dados, o cálculo e tamanho da amostra, e os procedimentos utilizados no tratamento de dados. O capítulo 4 é referente aos resultados dos dados coletados. O capítulo 5 é referente à discussão dos dados. O capítulo 6 as considerações finais. E por último encontram-se as referências bibliográficas e os anexos.

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2 SÍNDROME DE DOWN

2.1 A síndrome de Down: um breve histórico

A síndrome de Down é caracterizada, de acordo com Mancini et al (2003), “como condição genética, que leva seu portador a apresentar uma série de características físicas e mentais específicas.”

Ambrosano et al (2005) cita que essa síndrome não é uma doença, mas sim um acidente genético caracterizado na maioria dos casos pela trissomia do par 21. É também conhecida como mongolismo ou trissomia cromossomo 21.

O reconhecimento da síndrome de Down como uma manifestação clínica só ocorreu com o trabalho de John Langdon Down, em 1866, que foi influenciado pelos conceitos revolucionistas da época. Em seu trabalho Langdon Down afirma a existência de raças superiores a outras, sendo a deficiência mental característica de raças inferiores. Além disso, a tuberculose presente nos genitores de crianças com síndrome de Down daquela época, era considerada como um fator etiológico, onde chamou a condição inadequadamente de idiotia mongolóide, por serem parecidos com o povo Mongol, sendo excluído em 1960 por ofensa racial. (MOREIRA, EL-HANI, GUSMÃO, 2000)

Silva e Dessen (2002) relata que após este trabalho, vieram muitos outros, onde a denominação de síndrome de Down só foi proposta após várias outras denominações terem

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sido usadas como: imbecilidade mongolóide, idiotia mongolóide, cretinismo furfuráceo, criança mal – acabada, criança inacabada, dentre outras, sendo que a partir de 1965, prevaleceu à denominação de síndrome de Down, como forma de homenagear John London Down.

Garcias et al (1995), Gonzalez (2003) afirmam que a incidência da síndrome de Down é de 1 para cada 600 nascidos vivos. De acordo com Silva e Aguiar (2003) “[...] é a primeira anormalidade autossômica descrita pelo homem e constitui a aberração cromossômica mais comumente encontrada.”

2.2 As formas de alteração cromossômica na síndrome de Down

Em um indivíduo “normal” existe em cada célula do organismo um total de 46 cromossomos, que são iguais, sendo divididos em duplas de 23 pares. Na síndrome de Down ocorre de maneira diferente, o indivíduo possui 47 cromossomos, onde há um cromossomo extra. Para Silva e Aguiar (2003) esta síndrome “[...] ocorre por aberração cromossômica, na fase de desenvolvimento dos gametas ou ao redor da fase da fecundação, de três maneiras, decorrentes de trissomia regular, mosaiscismo ou translocação.” Rincon (2000) cita que em 94% dos portadores são decorrentes da trissomia simples, 2,4% do mosaicismo, e em 3,3% dos portadores da translocação.

Na trissomia regular ou trissomia simples existe um cromossomo 21 extra em todas as células, conseqüente da não disjunção cromossômica de um dos genitores durante a gametogênese, ou seja, a meiose, que pode ocorrer também na primeira clivagem da célula ovo, produzindo assim, uma célula trissômica e outra monossômica, conforme Schwartzman (1999) “[...] o cariótipo 47, XX, + 21 ou 47, XY, + 21 está presente em cerca de 95% dos casos da composição cromossômica das pessoas com síndrome de Down.”

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A translocação cromossômica ocorre aproximadamente em 3 a 4% dos casos de síndrome de Down, o cromossomo 21 adicional está fundido a um outro cromossomo; sendo mais comum ao cromossomo 14 e 21.

A trissomia simples e translocação possuem relação com a idade materna, de acordo com Gusmão, Tavarez e Moreira (2003) onde estimou-se em 43,6% o percentual de síndrome de Down dependente da idade materna, sendo estimado que em 56,4% dos casos não estavam associados à idade materna, porém o estudo demonstrou um percentual bem menor que o indicado por Penrose (1961 apud GUSMÃO; TAVAREZ; MOREIRA, 2003) que é de 75% o percentual de síndrome de Down que depende da idade materna.

No mosaicismo, a alteração cromossômica ocorre em um número menor sendo em torno de 2 a 4%. Nesse caso, os afetados irão apresentar dois tipos de células, um com número normal de cromossomos (46), e outro com 47 cromossomos pela trissomia do 21, portanto será em parte das células do indivíduo, e não em todas. A causa principal nesta translocação é a não disjunção do cromossomo 21 durante o processo de mitose (divisão das células somáticas) no embrião. Quando a não disjunção do cromossomo 21 ocorre numa célula, as células derivadas desta serão trissômicas. O resultado final será uma proporção entre células normais e trissômicas. Quanto menor o número de células trissômicas, menor será o envolvimento fenótipo, e assim o comprometimento. Esta alteração não possui relação com a idade materna, por ser uma aberração do embrião.

Conforme Boherer (1997 apud ASHTON-PROLLA; FÉLIX, 1997) a investigação citogenética dos portadores de síndrome de Down faz-se necessário, mesmo em casos onde através do exame clínico já é possível a detectação da síndrome. Ela é importante para definir-se o tipo de síndrome de Down, e definir-se há necessidade de investigação do cariótipo dos pais, neste caso, para cálculo de risco de recorrência para futuros filhos do casal com a síndrome.

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A translocação é o tipo de síndrome de Down que se faz mais necessário a investigação do cariótipo dos pais, porque de acordo com Boherer (1997 apud ASHTON-PROLLA; FÉLIX, 1997) “ a probabilidade de uma criança com síndrome de Down com uma mãe abaixo de 30 anos ser portadora de uma translocação é de 9%, e a chance de um de seus pais ser portador de uma translocação balanceada é de ⅓.”

2.3 Características fenotípicas e distúrbios mais comuns da síndrome de Down

As crianças com síndrome de Down, segundo Pueschel (1993), igualmente a outras crianças possuem características físicas por influência dos genes de seus pais, devido ao material genético adicional no cromossomo 21 extra. Estas crianças possuem características corporais que lhe dão aparências diferentes a dos seus pais e irmãos. A adição ao cromossomo 21 faz com que crianças com síndrome de Down sejam muito semelhantes entre si, possuindo assim características típicas em todas as crianças com esta síndrome, tornando fácil o diagnóstico pós-parto.

Pode-se destacar as seguintes manifestações clinicas, segundo Tecklin (2002) a parte posterior da cabeça é bastante achatada (braquicefalia), e as fontanelas são maiores que as normais levando mais tempo para se fecharem. Pode haver áreas de perda de cabelo, pele áspera, face achatadas devido aos músculos faciais subdesenvolvidos, nariz pequeno, olhos estreitos, com pálpebras oblíquas e com cantos com dobras epicantais. Boca pequena e língua protusa, dentição em geral, atrasada e irregular, hipotonia muscular, o abdômen pode ser protuberante, as mãos e os pés tendem a ser pequenos e o quinto dedo é curvado para dentro. Em 50% das crianças uma única prega é observada na palma da mão em uma ou nas duas mãos, e os dedos dos pés são normalmente curtos e com espaço entre o primeiro e os segundo dedo, com uma prega correndo entre eles na sola do pé.

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Ratliffe (2000), os portadores de SD tem inteligência gravemente afetada para média baixa, sendo a maioria classificada na faixa de retardo leve a moderado, 35% possuem cardiopatia congênita, sendo comuns problemas visuais, como estrabismo, nistagmo, astigmatismo, miopia e cataratas, deteriorização auditiva, e também deficiência imunológica que ocasiona infecções respiratórias freqüentes e outras infecções, possuem maior incidência de leucemia, disfunção da tireóide e desenvolvimento sexual tardio ou incompleto.

Tecklin (2002) diz que estas crianças possuem uma frouxidão ligamentar e uma hipotonia muscular generalizada, que é encontrada em todos os grupos musculares das extremidades, do pescoço e do tronco, sendo o principal fator contribuinte para o atraso no desenvolvimento motor.

A deficiência mental tem sido considerada uma das características mais constantes da SD. Voivodic (2002), Tecklin (2002), Moreira, El-Hani e Gusmão (2000), Silva e Dessen (2003), Mancini et al (2003), afirmam que em torno de 15% a 18% das crianças com SD, possuem uma deficiência mental, devido, provavelmente, a um atraso global no desenvolvimento, que varia de criança para criança.

2.4 Patogenia da síndrome de Down

Conforme Pueschel (1993) normalmente há 46 cromossomos em cada célula, que estão dispostos em pares, formando assim 23 pares, são 22 pares de cromossomos autossômicos e um par, ou seja, dois cromossomos, que estão ligados ao sexo, se for feminino terá o último cromossomo XX, e se for masculino XY. Metade dos cromossomos são derivados do pai e a outra metade da mãe. No momento da concepção entre o espermatozóide e o ovócito II haverá o total de 46 cromossomos, mas se alguma célula tiver um cromossomo

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extra, o indivíduo passará a ter 47 cromossomos, e se o cromossomo extra for o 21, a criança nascerá com síndrome de Down.

Segundo Moreira, El-Hanib e Gusmão (2000) o cromossomo 21 é o menor dos autossomos humanos, contém cerca de 255 genes, de acordo com os dados do Projeto Genoma Humano. Conforme Moreira, El-Hanib e Gusmão (2000) e Jorde et al (2000) a parte principal do cromossomo 21 responsável por esta síndrome está reduzida na banda cromossômica 21q22 do braço longo distal, referente a 1/3 desse cromossomo, onde tem sido relacionada às características da síndrome. O referido segmento cromossômico apresenta, nos indivíduos afetados, as bandas características da eucromatina correspondente a genes estruturais e seus produtos em dose tripla.

Moreira, El-Hanib e Gusmão (2000) diz que dos genes mapeados no segmento cromossômico, apenas 22 foram clonados e poucos demonstraram relação com a SD, dentre eles se encontraram os genes que comandam a formação de enzimas que podem estar ligadas a alterações neurológicas, como a SOD.

Tecklin (2002) descreve que a principal causa de distúrbios no sistema nervoso central (SNC) em crianças com SD é devido à anormalidades encefálicas, como o peso total do encéfalo que é 76% do normal, com peso combinado do cerebelo e tronco encefálico de 66% do normal, sendo que há microcefalia, onde o encéfalo é anormalmente arredondado e pequeno, com um diâmetro antero-posterior diminuído, ele possui uma diminuição dos sulcos, dos neurônios pequenos e das sinaptogênese, e uma migração defeituosa dos neurônios pequenos. Há também uma anormalidade nos dentritos espinais dos tratos talâmicos do córtex motor, provocando principalmente uma descoordenação motora nessas crianças.

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2.5 O papel patogênico do estresse oxidativo na síndrome de Down

As espécies reativas de oxigênio (EROS), segundo Schneider e Oliveira (2004) são produzidos naturalmente em nosso organismo através de processos metabólicos oxidativos, sendo útil, nas situações em que há necessidade de ativação do sistema imunológico (como exemplo, os macrófagos utilizam o peróxido de hidrogênio para destruir bactérias e outros elementos estranhos); na desintoxicação de drogas; e na produção do fator relaxante derivado do endotélio, o óxido nítrico, extremamente importante nos processos que desencadeiam o relaxamento dos vasos sangüíneos.

Koury e Donangelo (2003) dizem que nos organismos aeróbicos, o oxigênio consumido é reduzido à água na mitocôndria. A enzima catalizadora desta reação é a citocromo oxidase, a qual impede a produção elevada de espécies reativas de oxigênios nas mitocôndrias das células. Floyd (1999) ressalta que aproximadamente cerca de 2% do oxigênio que respiramos é necessário para produzir EROS nestas organelas com a formação do íon superóxido e de peróxido de hidrogênio.

Roskoski Júnior (1997) diz que a reação do oxigênio com um só elétron resulta na formação do radical superóxido. O superóxido é uma substância reativa que pode causar a modificação de proteínas e ácidos nucléicos das células e lipídeos das membranas. Uma dismutação é uma reação nas quais duas moléculas idênticas entre si são transformadas em substâncias diferentes. A superóxido dismutase catalisa a transformação de dois ânions de superóxido em oxigênio e peróxido de hidrogênio.

A superóxido dismutase segundo Stryer (1996) e Roskoski Júnior (1997) está presente em todos os organismos aeróbicos. Para Stryer (1996) “[...] a superóxido dismutase é uma adaptação molecular essencial ao desafio imposto por uma atmosfera contento oxigênio.” Conforme Roskoski Júnior (1997) ela exerce um papel central na proteção contra a toxidez do

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oxigênio, transformando uma espécie altamente reativa em forma menos danosa às células. A redução de oxigênio molecular por dois elétrons produz o peróxido de hidrogênio, que é transformado em oxigênio e água pela catalase ou pela glutationa peroxidase. O peróxido de hidrogênio (água oxigenada) é também gerado por leucócitos e macrófagos, ajudando a combater bactérias invasoras. Outro derivado tóxico do oxigênio é o radical hidroxila que reage com macromoléculas celulares modificando-as, pode ser destruído. As EROS são formadas pelo ânion superóxido (O2· -), peróxido de hidrogênio (H2O2), e o radical Hidroxila (OH-). PASTOR et al (1998, apud HALLIWELL; GUTTERIDGE, 1984).

Para combater as EROS o organismo dispõe de mecanismo de defesa antioxidante, que segundo Koury e Donangelo (2003) tem como principal função inibir ou reduzir os danos causados às células pelas EROS. O sistema possui dois mecanismos de defesa: não-enzimático e não-enzimático. Este último é formado, de acordo com Schneider e Oliveira (2004) pela “superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), e a glutationa peroxidase (GPx)”. Conforme o mesmo autor, a CAT e a GPx evitam o acúmulo de radical superóxido e de peróxido de hidrogênio para que não haja produção de radical hidroxila.

A alteração entre a geração e remoção de EROS é denominado de estresse oxidativo e pode ser um evento significante nas patologias de um número de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Síndrome de Down. (ZANA et al, 2006).

A harmonia entre as enzimas antioxidantes é importante para a manutenção da integridade celular. Quando há um desequilíbrio entre os sistemas próoxidantes e antioxidantes ocorrerá um dano celular, e o organismo não conseguirá manter o estado redox celular, de acordo com Halliwell e Gutteridge (1985, apud PASTOR et al 1998) este desequilíbrio ocasionará oxidação de estruturas celulares importantes como membranas de lipídeos, mudança na estrutura e funcionamento de proteínas e mutações do DNA.

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como cita Koury (2003) “[...] isquemia, inflamação, trauma, doenças degenerativas e morte celular por ruptura da membrana (lipoperoxidação) e inativação enzimática.” Kinochi (1991) relata a dificuldade de mensurar a quantidade de EROS que provocam isquemia cerebral.

Há várias evidências que mostram que indivíduos com síndrome de Down estão sob nível de estresse oxidativo. Eles envelhecem prematuramente e muitos desenvolvem demência. Além disso eles sofrem de um começo prematuro de patologias degenerativas, tais como cataratas e doenças auto-imunes. O estresse oxidativo pode ser causado devido principalmente, a atividade de SOD encontrar-se aumentada nos indivíduos com SD em até 50%, fazendo com que a razão de SOD para CAT e GPx seja alterada, significando que mais peróxido de hidrogênio é gerado por SOD, que CAT e GPx podem neutralizar, conduzindo ao desequilíbrio severo de oxidação (JOVANOVIC; CLEMENTS; MACLEOD; 1998), e acúmulo de peróxido de hidrogênio no cérebro, danificando-o, contribuindo assim para a neurodegeneração (BUSH; BEAIL, 2004, apud HAAN; IANNELLO; KOLA, 1997).

O aumento do estresse oxidativo nos pacientes com SD pode causar o aparecimento de doenças diferentes, tais como o arteriosclerose, do envelhecimento acelerado das células, mutação celular, e das desordens neurológicas que ocorrem frequentemente nestes pacientes. (PASTOR et al, 1998, apud FLOYD, 1990).

O desenvolvimento motor é uma série de transformações, caracterizadas pelos processos de maturação que irão acontecer ao longo da vida através de interação entre o biológico e o social. "A motricidade possibilita ao homem o confronto com o meio ambiente. Para a criança, a melhora constante das capacidades motoras significa a aquisição da sua independência e a capacidade de adaptar-se a fatos sociais" (FLEHMIG, 2000, p. 2).

A criança com síndrome de Down possuirá todas as etapas do desenvolvimento motor normal, porém de forma mais lenta quando comparada a de uma criança normal, ela terá um atraso em todo o desenvolvimento neuropsicomotor. Sendo, portanto, a principal

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característica da patologia, a deficiência mental ocorre pela duplicação da região 22q 21, onde está à enzima SOD.

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3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

3.1 Tipo de pesquisa

3.1.1 Tipo de pesquisa quanto ao nível

Quanto ao nível de pesquisa é classificada do tipo explicativa, onde, de acordo com Gil (2002, p. 42), “[...] têm como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos [...].”

De acordo com Heerdt e Leonel (2005, p. 73) “[...] identifica fatores que contribuem ou agem como causa para a ocorrência de determinados fenômenos. É o tipo de pesquisa que explica a razão, ou os porquês das coisas.”

No presente trabalho foram analisados as implicações do estresse oxidativo sobre os eritrócitos e desenvolvimento neuropsicomotor de adultos com síndrome de Down.

3.1.2 Tipo de pesquisa quanto à abordagem

Quanto à abordagem utilizada a pesquisa se classifica do tipo quali-quantitativa devido aos instrumentos e métodos utilizados na coleta de dados. A pesquisa do tipo quantitativa para

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Luciano (2001, p.12) “[...] é o conhecimento obtido de modo quantificável, ou seja, o conhecimento traduzido em números, opiniões e informações com vista à análise.”

E a do tipo qualitativa fundamenta-se segundo Chizzotti (1998, p.52) “em dados coligidos nas interpretações interpessoais, na co-participação das situações dos informantes, analisadas a partir da significação que estes dão aos seus atos. O pesquisador participa, compreende e interpreta.”

3.1.3 Tipo de pesquisa quanto ao procedimento utilizado na coleta de dados

A pesquisa quanto ao procedimento utilizado na coleta de dados trata-se do tipo experimental. Na pesquisa experimental, segundo Köche (1997), o investigador analisa o problema, constrói suas hipóteses e trabalha manipulando os possíveis fatores, as variáveis, que se referem ao fenômeno observado, para avaliar como se dão suas relações preditas pelas hipóteses. A manipulação das variáveis na qualidade e quantidade permite relação entre causas e efeitos para controlar e avaliar os resultados.

3.2 População / Amostra

3.2.1 População

A população estudada trata-se de indivíduos adultos, do sexo masculino, matriculados regularmente na APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – de Jaguaruna – Santa Catarina e Tubarão – Santa Catarina, com diagnóstico de Síndrome de Down (SD), residentes da Associação dos Municípios da região de Laguna (AMUREL).

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3.2.2 Amostra

A amostra consistiu em dois grupos, o grupo controle (GC) com 8 adultos normossômicos, IMC 26±1,2 kg/m², com idade 23,33±2,13 anos, e o grupo experimental (GE) em 8 adultos com síndrome de Down, IMC 32±1,5 kg/m², com idade 27 ± 3,67 anos.

3.2.3 Critérios de inclusão

A amostra foi selecionada pelos seguintes critérios: Grupo controle:

• Adultos com idade entre 19 e 30 anos; • Normossômicos;

• Gênero masculino; Grupo experimental:

• Adultos com idade entre 19 e 30 anos; • Gênero masculino;

• Trissomia do par 21;

3.2.4 Critérios de exclusão

Os critérios para exclusão foram de ordem de outras doenças de qualquer etiologia.

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3.3Instrumentos utilizados na coleta de dados

Os instrumentos utilizados na coleta de dados foram: agulhas descartáveis, seringas descartáveis, tubos de ensaio, materiais de laboratório e reagentes químicos, e fitas de análise Boehringer Mannheim®, balança Filizola®, dois cones, fita adesiva, uma bola de futebol, uma bola de basquete, uma bola de tênis, uma mesa, taco de beisebol, suporte para bola, saco de areia e câmera digital Canion®.

3.4 Procedimentos utilizados na coleta dos dados

Primeiramente, foram realizados os devidos esclarecimentos sobre os objetivos e procedimentos a todos os sujeitos da pesquisa, e estes responsáveis assinaram o Termo de Consentimento livre e esclarecido (Anexo A) e o Termo de Consentimento para fotografias, vídeos e gravações.

3.4.1 Avaliação da escala de desenvolvimento motor

A avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor foi através da aplicação da Escala de Desenvolvimento Neuropsicomotor de Gross Motor Function Measure (GMFM) (PALLSANO, 1997, p. 39-42) tanto no grupo controle quanto no grupo experimental. (Anexo B). Todos os indivíduos possuem uma ficha para preenchimento dos dados de identificação e das pontuações de cada teste, sendo utilizada para a análise dos dados. A ficha de avaliação consta de três seções. Na primeira são preenchidos os dados de identificação do paciente, como: nome, escolaridade, gênero, data de nascimento, idade cronológica, escola, nome do examinador. Na segunda seção são preenchidos a pontuação total dos testes de locomoção e

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de controle de objetos (pontuação bruta, pontuação padrão, porcentagem e idade equivalente), somando a pontuação padrão e quociente do teste motor grosseiro, sendo que cada teste é realizado duas vezes. E a terceira seção é a condição do teste (local do teste, nível de barulho, interrupções, distrações, luz, temperatura) onde se pontua de 1 à 5, se estes fatores interferiram ou não no teste. Onde de 1 à 4 interfere e 5 não interfere.

Os testes são divididos: em teste de locomoção e teste de controle de objetos. O teste de locomoção é composto pelos seguintes testes:

• Corrida: marca-se 18 metros (m) no chão, coloca-se 2 cones separados a 15 m de distância um do outro, é necessário que haja aproximadamente 2,5 m a 3 m para uma parada segura. Dizer para o indivíduo correr rapidamente de um cone ao outro (Figura 1).

• Trote: colocar 2 cones separados a 8 m um do outro. Galopar do primeiro cone ao segundo, a volta para o primeiro cone já é a repetição do teste (Figura 2).

• Salto para a frente: colocar dois cones separados a uma distância de aproximadamente 1,20 m, saltar três vezes com o pé dominante e três com o pé não-dominante (Figura 3). • Salto o obstáculo: colocar um saco de areia no chão e marcar uma distância do obstáculo

de 3 m. A pessoa fica na marcação, corre e pula sobre o saco de areia (Figura 4).

• Salto em distância: marcar uma linha no chão, a pessoa fica nesta linha e pula o mais longe que conseguir (Figura 5).

• Deslizar: colocar um cone separado a 8 m de outro. Dizer para o indivíduo andar de lado de um cone ao outro (Figura 6).

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Figura 1 – Corrida. Figura 2 – Trote.

Figura 3 – Salto para a frente. Figura 4 – Salto o obstáculo.

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No teste de controle de objetos, são executados os seguintes itens:

• Golpeando uma bola estacionária: uma bola amarrada por uma linha a um bastão, é o alvo para a pessoa bater na bola com um bastão (Figura 7).

• Drible estacionário: uma bola de basquete em cima de uma superfície plana, mover a bola 4 vezes com apenas uma mão, sem mover o pé, e parar segurando a bola (Figura 8). • Pegar: marcar duas linha de 4,5 m separadas, numa linha fica o participante e na outra o

arremessador, lançar a bola de forma rápida e direta no peito do participante que pega a bola com ambas as mãos (Figura 9).

• Chute: colocar a bola em cima do saco de areia, em uma linha a 6 m da parede, a pessoa fica na linha de 9 m, corre e chuta a bola o mais forte que conseguir (Figura 10).

• Arremesso com a mão: uma fita no chão a 6 m de uma parede, a pessoa fica parada atrás da linha e joga a bola de tênis na parede (figura 11).

• Rolar a bola: colocar dois cones na parede, separados um do outro a 1,20 m. A pessoa fica a 6 m da parede e rola a bola entre os dois cones (Figura 12).

Figura 07 – Golpeando uma bola estacionária.

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Figura 09 – Pegar. Figura 10 – Chute.

Figura 11 – Arremesso com a mão. Figura 12 – Rolar a bola.

3.4.2 Análise Bioquímica

As amostras de sangue venoso foram obtidas dos pacientes e controles colocados em uma posição que se sentissem confortáveis, e retirado 8 ml de sangue sem anticoagulante. Alíquotas de eritrócitos foram obtidas após a centrifugação do sangue sem anticoagulante a 1.500g e 4oC durante 10 minutos. Todas as alíquotas foram armazenadas a -80oC até o momento das análises.

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a) Superóxido Dismutase (SOD): A atividade da SOD foi determinada segundo Bannister e Calabrese (1987). A atividade enzimática foi estimada pela inibição da auto-oxidação da adrenalina medida espectrofotometricamente (480ηm).

b) Espécies Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS): Como índice de peroxidação de lipídeos foi verificado a formação de substâncias reativas ao aquecimento do ácido tiobarbitúrico medido espectrofotometricamente (532nm) e foram expressos como

equivalentes de malondialdeído (MDA) (ηmol/mg proteína), conforme descrito por Draper e Hadley, (1990) foi determinado espectrofotometricamente em 370ηm usando um

coeficiente 22.0000 Molar.

c) Determinação de Proteínas: A atividade da SOD e os níveis de TBARS foram ponderados através da determinação da proteína (albumina sérica bovina), utilizando a partir da técnica descrita por Lowry et al (1951).

3.5 Cálculo de tamanho da amostra

Considerando o estudo de Aguilar-da-Silva, Moraes e Moraes (2003), encontrando valores médios de atividade da SOD de 3.245,20 U/g de Hb, e o poder de teste 80%, o tamanho de amostra para cada grupo é 7,6.

3.6 Procedimentos e instrumentos utilizados no tratamento de dados

Os valores foram expressos em média ± erro padrão médio (EPM). O teste de hipótese utilizado foi a distribuição de student, sendo a diferença significante quando p< 0,05.

(37)

4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS

A presente pesquisa caracteriza-se pela análise da atividade enzimática da superóxido dismutase (SOD), dos níveis de peroxidação de lipídeos através das Espécies Reativas ao Ácido Tiobarbitúrico (TBARS) verificando assim o estresse oxidativo, e dos testes de desenvolvimento motor em adultos normossômicos e trissômicos, através da escala de desenvolvimento motor de GROSS. Os resultados seguem, em uma única tabela para todos os dados, mostrando a média e o desvio padrão, nos grupo controle e no grupo de portadores de síndrome de Down. E a seguir, os dados são correlacionados com outros estudos, sendo apresentados os valores da nossa pesquisa, sob a forma de gráficos.

4.1 Apresentação dos resultados

Os indivíduos portadores de síndrome de Down apresentaram significativamente (p<0,05) maior atividade da SOD nas hemácias do que os indivíduos do grupo controle, com os valores respectivamente, de 38,4±7,0 U SOD/mg proteína e de 22,1±2,1 U SOD/mg proteína. (Tabela I)

O índice de peroxidação de lipídeos, verificado através dos níveis de TBARS e expressos como equivalentes de MDA nos eritrócitos foi significativamente maior (p<0,05) nos indivíduos com síndrome de Down com os valores de 1,34±0,10 nmol MDA/mg proteína,

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e 0,69±0,03 nmol MDA/mg proteína no grupo controle (Tabela I).

A aplicação da escala de desenvolvimento neuropsicomotor de Gross Motor Function Measure (GMFM), tanto no grupo controle, quanto no grupo de Down, obtiveram os valores respectivamente, de 116,0 ±1,3 e 65,5 ± 0,6. Estes valores mostram que o grupo Down apresentou significativamente (p<0,05) menor desenvolvimento motor que o grupo controle,

indicando atraso no desenvolvimento motor (Tabela 1).

Tabela 1: Os valores obtidos da atividade enzimática da SOD, peroxidação de proteínas através do TBARS e da escala de desenvolvimento motor de GROSS, no grupo controle e no grupo com síndrome de Down. * p< 0,05, teste de Stundet.

Controle Down

SOD (U SOD/mg proteína) 22,1±2,1 38,4±7,0* TBARS (nmol MDA/mg proteína) 0,69±0,03 1,34±0,10*

GROSS 116,0 ±1,3 65,5 ± 0,6*

4.3 Análise dos dados e discussão dos resultados

4.2.1 Aumento da atividade enzimática da SOD nos pacientes com Down

Em nosso estudo houve um aumento da atividade da SOD nas hemácias (Gráfico 1) o que também foi encontrado por Pastor (1998) onde determinou nas hemoglobinas a atividade da SOD em 72 pacientes com SD, comparando com 72 pacientes controles saudáveis, também foi encontrado um aumento desta enzima, nos portadores de síndrome de Down.

Pastore et al (2003) realizou um estudo com 46 crianças com SD e em 64 crianças normais, encontrando uma atividade da SOD nas hemoglobinas aumentadas nos pacientes com síndrome de Down.

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Gráfico 1 – Atividade da enzima SOD no grupo controle e no grupo com síndrome de Down, indicando um aumento significativamente (p<0,05) da enzima neste último grupo.

O estudo realizado por Aguilar-da-Silva, Moraes e Moraes (2003) com 24 amostras de sangue, divididas em dois grupos, sendo 12 em portadores com Down da APAE e 12 no grupo controle, apresentou valores na hemoglobina para uma atividade da SOD aumentada nos pacientes com SD.

O aumento da enzima superóxido dismutase (SOD) nos portadores de síndrome

de Down, conforme Moreira, El-Hanib e Gusmão (2000), Pastore et al (2003),

Aguilar-da-Silva, Moraes e Moraes (2003), Zana, Janka e Kálmán (2006) se dá pelo fato da enzima

localizar-se no cromossomo onde ocorre a trissomia, ou seja, no segmento distal do

cromossomo 21 da região 21q22, referente a ⅓ deste cromossomo, e portanto terá uma

duplicação desta região, como a SOD catalisa a reação de conversão dos ânions superóxidos

(O2· -) em peróxidos de hidrogênios (H2O2), que é eliminado pela ação das enzimas catalase e glutationa peroxidase, quando aumentada a sua atividade causará um desequilíbrio entre as enzimas antioxidantes e oxidantes, produzindo uma agressão endógena constante, o que

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acarretará em espécies reativas de oxigênio (EROS) pela aceleração da reação de formação de peróxido de hidrogênio (H2O2) reagindo com o ânion superóxido, produzindo o radical hidroxila , causando danos oxidativo.

4.2.2 Aumento dos níveis de lipoperoxidação na síndrome de Down

Em nossos pacientes com síndrome de Down, a concentração dos níveis de lipídios nas hemácias, mostraram-se maiores, em relação ao grupo controle, o que indica uma lipoperoxidação nesta população (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Lipoperoxidação no grupo controle e no grupo com síndrome de Down, mostrando uma significância (p<0,05) maior de peroxidação de lipídios nos Down, através do TBARS.

Os nossos resultados foram semelhantes de Jovanovic, Clements e MacLeod (1998) que encontraram, em um estudo com portadores de síndrome de Down e controle,

avalizando o TBARS em creatina um aumento de lipoperoxidação no grupo Down. Pastore et

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lipoperoxidação no grupo com Down, revelam níveis elevados de marcadores de estresse

oxidativo de TBARS.

Capone et al (2002) em seu estudo com 46 SD e 43 controles, também

encontraram um aumento de lipoperoxidação em amostras de plasma no TBARS, nos

indivíduos com síndrome de Down.

4.2.3 Atraso no desenvolvimento motor na síndrome de Down

Os indivíduos portadores de síndrome de Down apresentaram uma diminuição do quociente motor Gross, o que indica um atraso no seu desenvolvimento neuropsicomotor (Gráfico 3). 0,0 40,0 80,0 120,0 160,0 Controle Down Q u o c ie n te M o to r d e G R O S S ( a d im e n s io n a l)

*

Gráfico 3 – Quociente motor de Gross está significativamente (p<0,05) diminuído em pacientes com síndrome de Down, acarretando um atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

Segundo Schwartzman (1999), os portadores de síndrome de Down possuem um atraso inevitável em todas as áreas do desenvolvimento e um estado permanente de

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deficiência mental. Voivodic e Storer (2002) afirmam que o desenvolvimento cognitivo desta população não é somente mais lento, mas também se processa de forma diferente. Capone et al (2002) mostram uma capacidade cognitiva menor nos pacientes com a trissomia.

Bush e Beail (2004) em seus estudos encontraram uma incidência alta no grupo com síndrome de Down a desenvolver demência, principalmente do tipo Alzheimer. O mecanismo patológico do atraso neuropscicomotor pode ser explicado, através da união dos dois resultados acima.

O cérebro consome grandes quantidades de oxigênio, e é suscetível ao estresse oxidativo, o metabolismo dos principais neurotransmissores, geram as EROS que são capazes de consumir as defesas antioxidantes. As membranas neuronais contêm níveis elevados de lipídios polinsaturados capazes de sofrer peroxidação lipídica, e algumas células glias são capazes de produzir superóxido e peróxido de hidrogênio, e consequentemente o radical hidroxila. As EROS geradas oxidam assim lipídios de membrana, proteínas ou do próprio DNA (ZANA, JANKA, KÁLMÁN, 2006).

Embora a SOD possa ser um importante componente no mecanismo da proteção de encontro aos radicais do oxigênio, pode também ter um efeito negativo (BUSH; BEAIL, 2004). Os autores, Druzhyna et al (1998), Capone et al (2002), explicam que o envelhecimento precoce ocorre pelo excesso de informação genética da SOD, onde produz efeitos cumulativos de radicais de oxigênio, de ânions superóxidos, radicais hidroxilas e de peróxido de hidrogênio. Massaccesi et al (2006) afirma que o peróxido de hidrogênio não completamente metabolizado causa o estresse oxidativo, prejudicando o estado redox do SNC, diminuindo as funções corticais.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo chegou ao final obtendo-se como resultados:

• Uma maior atividade da SOD nas hemácias nos indivíduos com síndrome de Down do que nos indivíduos controles.

• Uma maior concentração dos níveis de peroxidação de lipídeos nas hemácias nos portadores de síndrome de Down do que no grupo controle, indicando uma lipoperoxidação.

Uma diminuição do quociente motor de GROSS nos portadores de síndrome de Down, mostrando um atraso do desenvolvimento neuropsicomotor nesta população.

Sendo assim, estes resultados sugerem que os portadores de síndrome de Down possuem um estresse oxidativo, o que pode ser a causa do atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. E que os eritrócitos são marcadores biológicos das agressões tóxicas em nosso organismo.

Observou-se uma escassez de publicações nacionais ficando como sugestão a realização novos estudos sobre o estresse oxidativo, em indivíduos com síndrome de Down, uma vez, quanto mais informações sobre a patologia melhor pode ser seu tratamento.

Por fim, este trabalho mostrou-se de suma importância na detectação dos produtos da atividade da SOD e da peroxidação lipídica como evidência indireta na importância das espécies reativas de oxigênio na patogenia desta doença.

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ROSKOSKI JÚNIOR, R. Bioquímica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

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STRYER, L. Bioquímica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996. TECKLIN, J. S. Fisioterapia pediátrica. Porto Alegre: Artmed, 2002.

(47)

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ZANA, M.; JANKA, Z.; KÁLMÁN, J. Oxidative stress: A bridge between Down’s syndrome and Alzheimer’s disease. Neurobiology of Aing, 2006.

(48)

ANEXOS A

(49)

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA

COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA

COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA

COMISSÃO DE ÉTICA EM PESQUISA ---- CEP UNISUL

CEP UNISUL

CEP UNISUL

CEP UNISUL

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

ESCLARECIDO

ESCLARECIDO

ESCLARECIDO

Título do Projeto: Implicações do estresse oxidativo sobre os eritrócitos e desenvolvimento neuropsicomotor.

Gostaria de obter todas as informações sobre este estudo: a- tempo que terei de ficar disponível;

b- quantas sessões serão necessárias (com dia e horário previamente marcados); c- detalhes sobre todos os procedimentos (testes,

tratamentos, exercícios, etc.); d- local onde será realizado; e- equipamentos ou instrumentos que serão utilizados;

f- se preciso vestir alguma roupa ou sapato apropriado;

a. Aproximadamente 15 minutos; b. 1 sessão;

c. Será tirado sangue com os adultos, e serão guardadas em um vidro a – 80°C até o momento das análises.

Será avaliado o desenvolvimento motor pela aplicação de uma escala, que se chama “Escala de Desenvolvimento Neuropsicomotor de Gross Motor Function Measure (GMFM)”.

d. Será realizado na própria escola da criança, na APAE e na Escola de Educação Básica

Marechal Luz de Jaguaruna.

e. Utilizaremos uma agulha esterilizada, um vidro para colocar o sangue tirado, escala de desenvolvimento e uma filha de papel para anotar os resultados.

f. Não será preciso nenhuma roupa ou sapato específico, apenas com a roupa que estiver vestindo na hora.

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e quaisquer outras informações sobre o procedimento do estudo a ser realizado em mim.

Quais as medidas a serem obtidas?

Será retirado o sangue e analisado, onde

veremos a quantidade de uma enzima que temos no sangue a antioxidante SOD. Esta enzima demais no sangue acaba diminuindo o desenvolvimento em adultos, por isso

aplicaremos uma escala de desenvolvimento.

Quais os riscos e desconfortos que podem ocorrer?

O único desconforto da pesquisa é o medo da agulha porque a agulha pica, mas não há segredos em tirar sangue porque vai ser tirado por uma pessoa que tem experiência e formação neste assunto.

Quais os meus benefícios e vantagens em fazer parte deste estudo?

As vantagens será um melhor tratamento para os portadores de síndrome de Down, porque será realizado um teste para seu desenvolvimento e estudado seu sangue.

Quais as pessoas que estarão me acompanhando durante os

procedimentos práticos deste estudo?

Pesquisador responsável Aderbal Silva Aguiar Junior, co-orientador Marcos Oliveira Machado e orientando do estudo Glaucia Silvano Rocha.

Existe algum questionário que preciso preencher? Sou obrigado a responder a todas as

perguntas?

Sim. Sim.

PESSOA PARA CONTATO: Aderbal Silva Aguiar Junior (pesquisador responsável)

NÚMERO DO TELEFONE: (0xx48) 9986-8070

ENDEREÇO:

Rua Simeão Esmeraldino de Menezes, 68. Tubarão SC. CEP: 88704-090

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TERMO DE CONSENTIMENTO

TERMO DE CONSENTIMENTO

TERMO DE CONSENTIMENTO

TERMO DE CONSENTIMENTO

Declaro que fui informado sobre todos os procedimentos da pesquisa e que recebi, de forma clara e objetiva, todas as explicações pertinentes ao projeto e que todos os dados a meu respeito serão sigilosos. Eu compreendo que neste estudo as medições dos experimentos/procedimentos de tratamento serão feitas em mim.

Declaro que fui informado que posso me retirar do estudo a qualquer momento.

Nome por extenso : _______________________________________________

RG : _______________________________________________

Local e Data: _______________________________________________

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Adaptado de: (1) South Sheffield Ethics Committee, Sheffield Health Authority, UK; (2) Comitê de Ética em pesquisa - CEFID - Udesc, Florianópolis, BR.

ANEXOS B

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Referências

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