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Audiências públicas na Alesp debatem reforma e contratação da Categoria O

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Academic year: 2021

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Edição: 14 páginas DELFIM

O ex-ministro de governos militares, ex-deputado federal, diplomata e economista Antonio Delfim Netto garante que, em 2022, “Lula será eleito no pri-meiro turno”, afirma o criador do “milagre brasileiro” da déca-da de 1.970. Difícil discordéca-dar do professor emérito da USP e, ao mesmo tempo, também difícil não sentir o clima político-elei-toral em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

SECRETARIAS — I O projeto de lei 31/2021, do Executivo, que prevê a junção de secretarias municipais está colo-cando em posições antagônicas os vereadores Laércio Trevisan Jr. (PL) e Pedro Kawai (PSDB). En-quanto o parlamentar com base no bairro São Dimas defende a aprovação da proposta encami-nhada pelo prefeito Luciano Al-meida (Democratas), o tucano quer “entender melhor a proposta”.

SECRETARIAS — II Trevisan Jr. disse, durante a reunião de segunda-feira (24), que há quatro anos, quando o então prefeito Barjas Negri (PSDB) en-viou a proposta de unificação da Secretaria de Turismo com a Se-cretaria de Ação Cultural, que a tornou SemacTur, ele foi contra. “Porque o turismo é uma fábrica sem chaminé, precisa estar liga-do ao desenvolvimento econômi-co do município”, defendeu.

SECRETARIAS — III Kawai (PSDB) disse que não é necessariamente contrário à uni-ficação, mas que não só ele, como representantes de outras três co-missões permanentes da Casa, querem entender melhor como fi-cará a Administração. "O projeto mexe na estrutura de cinco secre-tarias. São três comissões que es-tão querendo ouvir o prefeito e o secretário, e a audiência pública vai trazer essa questão", disse.

ZEZINHO — I

Sempre questionado em fa-zer o papel de liderança do go-verno na Câmara, o vereador Zezinho Pereira (Democratas) demonstrou preocupação em tro-car empresa de limpeza por uma com um custo maior por “ques-tões muito pequenas”. São coi-sas mínimas? A intervenção foi logo após a crítica de Gustavo Pompeo (Avante) ao fato do con-trato atual não incluir limpeza das guias das calçadas. Zezinho conhece o tema de cor e salteado.

ZEZINHO — II

A fala de Zezinho foi duran-te a reunião de segunda (24), quando ele defendeu que a po-pulação tem direito de que a Pre-feitura faça o seu papel. “A em-presa que pega o serviço do setor público tem que cumprir o con-trato, tem que fazer o serviço cor-reto, o que realmente está no con-trato”, afirmou. Certo, Zezinho.

da Prefeitura informações sobre o contrato para fornecimento de lanche às equipes das UPAs (Uni-dades de Pronto Atendimento) de Piracicaba. Godoy quer saber qual é a empresa que fornece os lanches, por qual modalidade e como se deu o processo de contratação e quais são as datas de início e término do contrato em vigência. A propositu-ra foi aprovada na 12ª reunião or-dinária, nesta segunda-feira (24).

TUCANO

O vereador Pedro Kawai (PSDB) disse que “nem todo tu-cano concorda com estes apertos de mãos que estão por aí”, em re-ferência ao recente encontro en-tre os dois ex-presidentes, Fer-nando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. A foto, his-tórica e que marcou posição con-trária ao presidente Jair Bolsona-ro, ocorreu dias depois de FHC declarar que votará em Lula no segundo turno de 2022. Kawai (e outros tucanos) não gostou.

ÔNIBUS

O Departamento de Transpor-tes Públicos da Semuttran (Secre-taria Municipal de Mobilidade Urbana, Trânsito e Transportes), informou à TUPi que realizou um estudo técnico para ampliar o aten-dimento aos moradores da região do Novo Horizonte. A ampliação, prevista para iniciar em junho, irá melhorar o deslocamento dos mo-radores de vários bairros, entre eles; o Novo Horizonte, Sabiás, Santa Fé e Santa Clara, que atual-mente são atendidos pela linha 322-Novo Horizonte. Que assim seja! Faz tempo que Piracicaba precisa melhorar o transporte coletivo.

TRINDADE

O ex-candidato a prefeito por diversas vezes Wilson Trindade está fazendo barulho, depois das caminhadas para manter a forma. Por isso, domingo (30), a partir das 9h, saindo da rua Silva Jar-dim, esquina com a rua São José, ele e seus amigos farão carreata com objetivo de arrecadar fundos, visando reunir alimentos a serem entregues ao Fussp (Fundo Social de Solidariedade de Piracicaba). A doação será de 50% dos alimen-tos ao Fussp. O término será no União Porto, na área de lazer.

VIAGENS

Secretaria de Turismo e Via-gens do Estado de São Paulo é o novo nome da pasta, anunciado durante encontro do governador João Doria com os prefeitos dos 140 MITs (Municípios de Interes-se Turístico) do Estado. “Ao incor-porar Viagens ao já tradicional Secretaria de Turismo, São Paulo reconhece, chama a atenção e de-monstra a importância de um se-tor que é fundamental em diver-sas economias mundiais”, lembra Vinicius Lummertz, secretário.

ALERTA

Como o turismo movimenta muito dinheiro — em São Paulo, em 2019, foram R$ 222 bilhões de faturamento, representando 9,3% do PIB (Produto Interno Bruto) paulista— é bom que re-nasça e este idoso e cansado Ca-piau alerta para que as pessoas mantenham os protocolos sani-tários em todas as circunstânci-as. E viva o turismo local, regio-nal, estadual, nacional e mundial.

reforma e contratação da “Categoria O”

A Apeoesp (Sindicato dos Pro-fessores do Ensino Oficial de Ensi-no do Estado de São Paulo) e o mandato da deputada estadual Professora Bebel (PT) promovem audiências públicas na Alesp (As-sembleia Legislativa de São Paulo) para debater a PEC 32, da refor-ma administrativa, e a contrata-ção justa dos professores da “Ca-tegoria O” pelo governo estadual. A audiência que debaterá a

refor-ma administrativa, proposta pelo presidente Jair Bolsonaro, através da PEC 32, que tramita na Câma-ra dos Deputados FedeCâma-rais, será às 15 horas desta quinta (27), en-quanto que a contratação justa dos professores da “Categoria O” será abordada em audiência pública marcada para sexta (28), às 10 horas, ambas em ambiente vir-tual e transmitidas pelos canais de comunicação da Alesp. A4

Audiências serão em ambiente virtual

e transmitidas pelos canais de

comunicação da Alesp, hoje, às 15

horas, e nesta sexta (28), às 10 horas

A deputada Professora Bebel coordenará as audiências públicas Divulgação

Aldo Guimarães

COMISSÕES DA ALESP

Das 21 Comissões Perman e Perman t e s d a A l e s p ( A s s e m -bleia Legislativa do Estado de São Paulo), atualmente, o deputado Alex de Madu-reira (PSD) participa

efeti-v a m e n t e d e s e i s c o m o membro titular, sendo su-plente de uma sétima. De-putado também é coorden a d o r d e P r o j e t o s P a r l a -mentares da Alesp. A11

Divulgação

PEDÁGIO DO EIXO SP-309

O deputado estadual Rober-to Morais (Cidadania), mem-bro efetivo da Comissão de T r a n s p o r t e s e C o m u n i c a -ções da Alesp, solicitou, em reunião nesta terça (25), a

suspensão do início da co-brança de pedágio do eixo SP-309 – Piracicaba/Char-queada - SP 204 - Piracica-ba/São Pedro e SP 191 – Ipe-úna/Santa Maria da Serra. A5

GALERIA DO

GABINETE

O secretário Adolpho Queiroz (esquerda) e o prefeito Lucia-no Almeida, com a tela Festa do Divino Espírito Santo, de Denise Storer, que fica na Ga-leria do Gabinete do Prefeito, e a Semac convida os artistas que desejarem a participar. A8

TURISMO EM

SÃO ROQUE

Parada há mais de 10 anos, a Maria Fumaça, locomotiva da antiga Estação Ferroviária São Roque, na Região de Soroca-ba, voltou a funcionar sábado (22), na presença do prefeito da cidade, Marcos Augusto (Guto) Issa, do Partido Podemos. A4

Divulgação

(2)

A2 Quinta-feira, 27 de maio de 2021

Data da fundação: 01 de agosto de 1.974

(diário matutino - circulação de terça-feira a domingo)

Fundador e diretor: Evaldo Vicente COMERCIALIZAÇÃO Gerente: Sidnei Borges

SB – Jornais Regionais – EIRELI - 27.859.199/0001-64 Rua Madre Cecilia, 1770 - Piracicaba/SP - CEP 13.400-490

- Tel (19) 2105-8555

IMPRESSÃO: Jornais TRP Ltda, rua Luiz Gama, 144 – CEP 13.424-570

Jardim Caxambu - Piracicaba-SP, tel 3411-3309

Coluna Espírita

Coluna Espírita

Coluna Espírita

Coluna Espírita

Coluna Espírita

A reencarnação sempre promove

a evolução dos espíritos?

Alvaro Vargas

D

e acordo com o mo, fomos criados por Deus como espíritos sim-ples e ignorantes, e reencarna-mos continuamente de modo a evoluirmos nos aspectos moral e intelectual, até nos tornarmos espíritos puros. Com este objeti-vo, temos todo o tempo da eter-nidade, e nossas reencarnações sempre nos oferecem múltiplas oportunidades de aprendizado, que ocorrem conforme a lei de ação e reação, na qual as experi-ências das existexperi-ências passadas, influenciam nas provas que te-mos de superar em cada nova reencarnação. Nunca retroagi-mos e sempre aprimoraretroagi-mos o nosso intelecto em cada roma-gem terrena. Entretanto, devido ao nosso livre arbítrio, podemos fazer escolhas equivocadas, con-traindo débitos morais, ou mes-mo, nada produzir de útil, per-manecendo estacionado em nos-sa evolução moral. Para que isso seja evitado, os espíritos superi-ores atuam nos dois planos da vida (material e espiritual), po-dendo nos conduzir para as reencarnações compulsórias, em expiações dolorosas, em que a dor, gradativamente des-perta a nossa espiritualidade.

Entretanto, conforme a situação, os espíritos podem per-manecer por um longo período na erraticidade, sem evoluir. Di-valdo Franco, em uma palestra, comentou que durante um des-dobramento espiritual (com a alma consciente, fora do corpo físico), encontrou-se com o espí-rito Nabucodonosor II, que na última reencarnação foi Camilo Rodrigues Chaves, um dedicado servidor na seara espírita em MG. Redimido através das reen-carnações, Camilo verificou que milhares de espíritos, que foram suas vítimas na época de seu rei-nado na Babilônia há 2.500 anos, permaneciam imantadas ao ódio por ele, nas regiões purgatoriais do mundo espiritual. Tendo sido orientado pelo espírito Adolfo Bezerra de Menezes a interceder por eles, entrou em contato com o médium baiano para progra-mar a reencarnação de dez espí-ritos babilônicos. Embora exista a injustiça humana, não existem injustiçados. Todos aqueles que sofreram no reinado de Nabu-codonosor II, colhiam a experi-ência dolorosa da lei de ação e reação, relacionadas com as exis-tências pregressas. Esses espíri-tos, ao desencarnar, estavam quites com a justiça divina e

poderiam ter seguido rumo a planos espirituais mais eleva-dos. Entretanto, ao se deixa-rem levar pelo ódio, anularam a prova expiatória que viven-ciaram, agravando o seu rotei-ro evolutivo ao entrarem em um estado de perturbação mental que os estacionou nessas regi-ões trevosas até os dias atuais. O processo evolutivo não dá saltos. Geralmente o desenvolvi-mento de nossa inteligência pre-cede a evolução de nossos senti-mentos. Ao reencarnarmos, nos deparamos com a necessidade de desenvolvermos as nossas habi-lidades para sobrevivermos no mundo material. Os desafios que enfrentamos, são agentes catali-sadores para o desenvolvimento de nossa inteligência e sentimen-tos, mas muitos espíritos são re-fratários à modificação de seu comportamento, optando por estacionar nas regiões de sofri-mento do mundo espiritual. O mentor espiritual Eusébio (No Mundo Maior, Chico Xavier e André Luiz), ao analisar a nossa sociedade, citou que “embora re-tornemos constantemente ao planeta, em reencarnações suces-sivas, há milênios, nossos com-promissos com a religiosidade têm sido praticamente nulos”. Tudo depende de cada indivíduo; uma existência bem aproveitada, pode significar um avanço em nossa rota evolutiva, libertando-nos do ciclo doloroso das provas e expiações. Para isso, conside-rando o nível intelectual de nos-sa humanidade, a doutrina mais eletiva para atender aos anseios do homem moderno é o Espiritismo. Fundamentado nas bases morais da Boa-nova de Jesus, apresenta a fé racioci-nada, esclarecendo a lógica da justiça divina, na qual a reen-carnação funciona como uma oportunidade de resgate e repa-ração de nossos débitos pretéri-tos. Deus é um Pai justo e bom e ninguém é submetido a experi-ências aqui na Terra, superiores à sua capacidade de superação.

———

Alvaro Vargas, enge-nheiro agrônomo, PhD, presidente da USE-Pi-racicaba, palestrante e radialista espírita

Nunca retroagimos

Nunca retroagimos

Nunca retroagimos

Nunca retroagimos

Nunca retroagimos

e sempre

e sempre

e sempre

e sempre

e sempre

aprimoramos o

aprimoramos o

aprimoramos o

aprimoramos o

aprimoramos o

nosso intelecto

nosso intelecto

nosso intelecto

nosso intelecto

nosso intelecto

em cada

em cada

em cada

em cada

em cada

romagem terrena

romagem terrena

romagem terrena

romagem terrena

romagem terrena

Crônica Piazzolada

Porque – como já

Porque – como já

Porque – como já

Porque – como já

Porque – como já

disse há tempos

disse há tempos

disse há tempos

disse há tempos

disse há tempos

idos – e

idos – e

idos – e

idos – e

idos – existir

xistir

xistir

xistir

xistir,,,,,

sem música,

sem música,

sem música,

sem música,

sem música,

não faz sentido

não faz sentido

não faz sentido

não faz sentido

não faz sentido

Alê Bragion

L

ento. Calmo e lento. Um brato-hiato-aberto vai e vem. Vai e vem. Vai e vem. Gra-ve. Muito graGra-ve. E lento. Gravilento. Sento-me à alma-vo-luta – vagarosa e

bre-ve, semi-breve – e traço no ar, com o arco, um movimento baço. Arco-baço. A correr sozinho pela corda-cobra-sonora-e-sombra como uma ave densa que ecoa lenta (e grave) pelo vento, incer-to e leve, entre as árvores. Uma corda é certa. Uma coisa é feita. Olho a fresta da rua que anuncia o dia, o dia-tarde que sobe em oitavas-frias – nebli-nas da manhã desfeita. A nota longa se encerra e encerra tam-bém a sesta que se dorme à margem, em sonho. Então, como num hino que exalta a luta, correm ao meu violino cem dedos em peleja bruta. Em es-tocadas fundas, troco arcos em planos-sequência – enquanto, com violência, a janela bate suas folhas ribombando notas a cra-vejar os muros em cadência.

Pés. Chão. Pés. Chão. Trí-plice, lúgubre, ácido. Pés. Chão.

Pés. Chão. Vívido, lívi-do, cálido. Pés. Chão. Pés. Chão. Pausa. Um acidente. Um estra-nhamento. Retomo a rota. Pés. Chão. Pés. Chão. Desvãos em de-sejos, memórias, re-cordações. Pés. Chão. A dança avança pela pauta, pela porta, em letras sem canções cantadas em movimento. Pés. Chão. Ora rápi-do, ora lento. Pés. Chão. Pés. Chão. Marcha que não mais tem volta. Pés. Chão. Tempo-terno-ternário. Ora simples-composto. Ora falso-binário. Pés. Chão. Pés. Chão. Marca-passo, coração. Respiro-vibro em meio ao tango que tenho nas mãos – a rebentar posições e a calejar meus dedos-tentáculos colados sob a embarcação em que me levo ao alto-mar harmônico. Agarro-me, então, todo torto a esse braço-espaço – e me sus-tento. Madeiro-me em veios an-tigos – anan-tigos mastros. Velo-me em marés de acordes, em ondas de arpejos, em vagalhões de ligaduras, de claves, de an-seios e pejos. Dedilho-me em frases estanques, em células rít-micas alquebradas, em triste-zas solfejadas em silêncios

mo-mentâneos e breves. Depois, volto novamente à vida – com-posição difícil de ser ouvida.

Às vezes, tomo poções capri-chadas de alucinógenos-do-exis-tir e deixo a alma cocha voar frouxa pelas sérias árias do sen-tir. Sinto depois que toquei de-mais as canções do amor-dede-mais que pouco e tanto conheci. E paro. Deito o violino sobre o es-tojo claro – mais claro do que tudo o que já vivi – e descanso a música que nele espera. E espero. Junto dele e junto dela espero. Es-pero por novas eras que hão de vir. Espero por novas forças que hão de vir. Espero por novas no-tas, por novas rono-tas, por novos meios – por novos seios de onde partir. Depois, sem mais ter o que esperar – e, às vezes, sem acredi-tar que posso esperar por mais outro algo-nada – deito novamen-te o arco sobre a corda inanima-da e intento fazer dela a ânima-alma do sentir. E a crônica-em-canção, piazzolada, vibra outra vez e outra, outra vez e outra.

Desço nuvens, aporto em céus medonhos. Encontro abis-mos solares, interestelares con-jugações, advérbios sem sopro, adjetivos sem ópio. Traço e re-traço as linhas no encalço de ru-bras preposições de colcheias, em flexíveis grupetos de síncopes, em enxurradas de fusas difusas, di-áfanas. Acelero o passo, astro, laço nuvem. Movem-se as metas, cruzam-se as reta e arestas im-perfeitas. Respiro, respeito, no peito um momento se crê porte-nho. Depois, novamente acelero. E peço pressa. E chego ao ápice, ao vórtice veloz das profusões. Agora, pouco há para ser dito-tocado e feito. Em efeito, arco imaginado retorna a seu esta-do, ao estojo, justo e perfeito.

E num redescobrir-me as-sim calmo e por fim tranquilo, entendo com o ouvidos que a acreditar é seguir caminho. Afi-nal, que tem fundo musical que se faça ouvir. Porque – como já disse há tempos idos – existir, sem música, não faz sentido.

———

Alê Bragion, doutor em Teoria e História Literá-ria pela Unicamp, editor do portal Diário do En-genho e cronista des-ta Tribuna desde 2017

A CPI dos mortos e infectados

Almir Pazzianotto Pinto

O

Senado Federal é órgão político integrante do Poder Legislativo, composto por três re-presentantes de cada Estado e do Distrito Federal, eleitos

segun-do o princípio majoritário, inves-tidos de mandato de oito anos. A representação será renovada de quatro em quatro anos, al-ternadamente, por um e dois terços (Constituição, artigo 46). Como na Câmara dos Depu-tados, também no Senado a com-posição é dividida entre alto e bai-xo clero. Existem senadores privi-legiados pela inteligência, cultura e eloquência; outros são apenas ladinos, que lutaram e gastaram muito para se eleger. A maioria permanece na penumbra. Não faz discursos memoráveis. De-sempenha trabalho anônimo nas comissões permanentes, com redu-zidas chances para se destacar.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), dotada de “po-deres de investigação próprio das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regi-mentos internos das respectivas Casas”, é uma das raras ocasi-ões que o baixo clero tem opor-tunidade de se manifestar e

Os negacionistas

Os negacionistas

Os negacionistas

Os negacionistas

Os negacionistas

adeptos da

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adeptos da

adeptos da

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política de

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política de

política de

política de

repulsa à vacina,

repulsa à vacina,

repulsa à vacina,

repulsa à vacina,

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à máscara (...),

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à máscara (...),

à máscara (...),

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não ficarão

não ficarão

não ficarão

não ficarão

não ficarão

impunes

impunes

impunes

impunes

impunes

atrair o foco das

câ-meras de televisão. O Regimento In-terno do Senado (RIS) tem mais de 50 anos de vida. Foi aprova-do pela Resolução In-terna nº 93 de 1970 e editado segundo de-terminação da Reso-lução nº 18, de 1989. Sucessivas Comissões Parla-mentares de Inquérito mal con-duzidas, mal instruídas e qua-se qua-sempre mal concluídas, le-vam o povo a temer que termi-nem em pizza, no jargão popular. Qual o papel do senador esco-lhido para relatar a CPI? Relator, nos julgamentos por órgão colegi-ado do Poder Judiciário, é o ma-gistrado incumbido de elaborar breve texto contendo a síntese dos aspectos principais do processo, para formular a proposta de voto, escorado na peça denominada fundamentação. O presidente, o relator e os senadores integrantes da CPI interrogam sobre fatos de-terminados no requerimento de instauração. O depoente, seja au-toridade, testemunha ou indicia-do, não será consultado a propó-sito de opinião, isto é, sobre o modo de pensar a propósito de determi-nado assunto, porque pensamen-to não concretizado não conduz à absolvição ou à condenação.

Em benefício da

objetivida-de dos trabalhos, o Regimento Interno deveria ser reformado e limitar o número de senadores com o direito de interpelar. O histórico das comissões de inqu-érito revela ser momento propí-cio para que o baixo clero se ins-creva, desejoso de aparecer em rede nacional. Não estudou o caso. Ocupará tempo precioso para repetir perguntas já respon-didas. Contribuirá para a moro-sidade e ajudará aqueles que bus-cam o malogro da investigação.

Até a tomada de depoimen-tos dos ex-ministros Henrique Mandetta e Nelson Treich, do al-mirante Antônio Barra Torres, de Fábio Wajngarten e de Carlos Murillo, presidente da Pfizer na América Latina, os trabalhos se desenvolviam razoavelmente bem. No momento, porém, em que o ex-Ministro da Saúde, ge-neral Eduardo Pazuello, com calculada frieza procurou obs-truir CPI, calando, mentindo ou entrando em contradição, pas-sou a haver receio da

transfor-mação do inquérito em mero es-petáculo televisivo, para garantir a impunidade dos responsáveis pelo alastramento da pandemia.

Repetidas declarações alusi-vas ao presidente Jair Bolsonaro tornam necessário que seja cha-mado a depor. S. Exa. não poderá reivindicar o direito ao silencio para se recusar a comparecer. Pes-soas invioláveis, sagradas, isentas de responsabilidade foram os im-peradores Dom Pedro I e Dom Pedro II, amparados pelo artigo 99 da Carta Imperial de 1824. Os ar-tigos 85 e 86 da atual Constitui-ção tratam da responsabilidade do presidente da República e fo-ram aplicados aos presidentes Fer-nando Collor e Dilma Roussef.

A CPI não malogrará. Os ne-gacionistas adeptos da política de repulsa à vacina, à máscara, ao prudente isolamento social, não ficarão impunes. Centenas de mi-lhares de mortos, de milhões de infectados e sequelados, de órfãos, de viúvos e de famílias dizimadas, não cairão no limbo do esqueci-mento. Serão testemunhas cala-das, porém eloquentes, presentes no plenário para exigir justiça.

———

Almir Pazzianotto Pin-to, advogado, foi ministro do Trabalho, presiden-te do Tribunal Superior do Trabalho (TST), autor de A Falsa República

Pinóquio: ficção ou realidade?

Ricardo Viveiros

H

á certos temas que são como certos senti-mentos, embora ocor-rentes tornam-se re-correntes. Portanto, diante do que está acontecendo na CPI da Covid-19 no

Sena-do Federal, voltamos toSena-dos a fa-lar sobre algo que se faz presen-te e causa indignação a quem, como muitos de nós, não tem esse péssimo hábito: mentir.

Foi na Itália que um jornalis-ta chamado Carlo Lorenzini, nas-cido em Florença em 1826, escre-vendo histórias infantis sob o pseu-dônimo de "Collodi" (o vilarejo de sua mãe, na Toscana) criou um personagem que - para a

eternida-Não existe

Não existe

Não existe

Não existe

Não existe

régua de medir

régua de medir

régua de medir

régua de medir

régua de medir

mentira, se

mentira, se

mentira, se

mentira, se

mentira, se

pequena ou

pequena ou

pequena ou

pequena ou

pequena ou

grande; mentira

grande; mentira

grande; mentira

grande; mentira

grande; mentira

é mentira

é mentira

é mentira

é mentira

é mentira

de - se tornaria

símbo-lo dos que contam mentiras. Em 1881, nascia o travesso "Pi-nocchio", com suas histórias escritas por Collodi e desenhadas por Eugenio Mazzanti. Dizem que o jorna-lista e escritor era mui-to solitário, assim teria imaginado um velho marceneiro desejoso de ser pai, "Gepeto", que ao encontrar um belo pedaço de madeira idealizou fazer uma mari-onete para ter companhia. Sua von-tade que o boneco tomasse vida foi tão forte, que o sonho aconteceu.

O pequeno Pinóquio, que significa pinhão em italiano, tem o hábito de contar mentiras. Mas, toda vez que faz isso, seu nariz cresce e é descoberto. Além

de mentiroso, também desobedi-ente foge e se perde embarcando em uma aventura repleta de mis-térios, que o leva a descobrir os perigos do mundo. Se você ain-da não leu, procure conhecer porque o livro é bem interessante. Meu saudoso pai desde cedo educou-me a sempre falar a ver-dade. E me fazia ler a história do Pinóquio lembrando que a menti-ra tem pernas curtas, mas nariz grande. A imagem ficou para sem-pre. No ofício de jornalista, depa-rei com vários "pinóquios" da vida real. Em todas as profissões; mui-to mais na política. Segundo a Psi-cologia, as pessoas mentem para protegerem a si mesmas, para evi-tar confrontos, polêmicas, confu-sões; como também, para se faze-rem importantes ou se incluífaze-rem em um grupo. São problemas relacio-nados com a falta de autoestima.

Há mentiras históricas que não se consegue apagar: o homem veio do macaco; raios não caem duas vezes no mesmo lugar;

pala-vra saudade não tem equivalente em nenhum outro idioma; mura-lha da China pode ser vista do es-paço; foram os ingleses que inven-taram o futebol; o tango é argen-tino ou uruguaio; a Amazônia é o pulmão do Mundo. E por aí vão as mentiras que se tornaram "verda-des" por terem sido repetidas muitas vezes, e sem contestação. Nestes tempos em que a de-magogia tem estado mais pre-sente do que nunca - com as fakes news sendo usadas pelo populismo irresponsável -, ao ver a pandemia sendo relativi-zada e o negacionismo gerar graves problemas no combate à real doença que já matou em torno de 450 mil pessoas no Brasil, nem temos o direito de, como é tradição, brincar com as pessoas contando mentiras. Não há mentira "perdoá-vel", como se costuma justificar o erro. Não existe régua de me-dir mentira, se pequena ou gran-de. Mentira é mentira. Além do que, já temos um grande menti-roso que está causando muita tragédia, ao invés de apenas educar de maneira lúdica como o genial Pinóquio faz há 140 anos.

———

Ricardo Viveiros, jorna-lista, professor e escritor

(3)

Micaele Bariotto

D

e acordo com as determinações estabelecidas na Lei 11.947 do Pro-grama Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), visando o de-senvolvimento dos agricultores da

Agri-cultura familiar da região e tam-bém, constante melhoria na ali-mentação dos alunos matricula-dos na rede pública de ensino.

A Divisão de Alimentação e Nutrição adquire diversos gêne-ros da Agricultura Familiar, como itens de hortifrúti (horta-liças folhosas, alguns legumes e banana), arroz agulhinha, feijão carioca, iogurte, suco e leite. Com a aquisição desses gêneros, o município de Piracicaba já aten-de ao previsto em lei, aten-de, no mí-nimo, 30% da verba repassada pelo Fundo Nacional de Desen-volvimento da Educação (FNDE) ser destinada à aquisição de gê-neros da Agricultura Familiar.

Vale ressaltar que a priorida-de são as Cooperativas locais, mas, devido o número pequeno de Cooperativas em nosso muni-cípio e a falta de documentação e exigências da Lei, as chamadas públicas recebem propostas de Cooperativas de várias regiões.

Além dos itens listados

ante-A oscilação na

A oscilação na

A oscilação na

A oscilação na

A oscilação na

compra de todos

compra de todos

compra de todos

compra de todos

compra de todos

os gêneros

os gêneros

os gêneros

os gêneros

os gêneros

adquiridos pela

adquiridos pela

adquiridos pela

adquiridos pela

adquiridos pela

Divisão deve-se

Divisão deve-se

Divisão deve-se

Divisão deve-se

Divisão deve-se

ao cenário atual

ao cenário atual

ao cenário atual

ao cenário atual

ao cenário atual

da pandemia

da pandemia

da pandemia

da pandemia

da pandemia

Covid-19

Covid-19

Covid-19

Covid-19

Covid-19

Merenda Escolar em Piracicaba

através da agricultura familiar

riormente, também foi feita a Chamada Públi-ca de hortifrúti orgâni-co para o exercício de 2021, porém a mesma fracassou devido à irre-gularidade na docu-mentação das Coopera-tivas concorrentes. No dia de ontem, 25 de maio de 2021, ocorreu a Chamada Pública para aquisi-ção de leite em pó integral, com a participação de quatro Cooperati-vas. De acordo com os critérios da Legislação PNAE, que teve como classificada a Cooperativa de Pro-dução, Industrial e Comercializa-ção Agropecuária dos Assentados e Agricultores da Região Noroeste do Estado de São Paulo (Coapar), sediada na cidade de Andradi-na/SP. A próxima Chamada Pú-blica que a Divisão de Alimentação e Nutrição – DAN, está prepa-rando é para aquisição de suco. Devido ao término do contra-to com a empresa terceirizada no dia 29 de março de 2021, a Divi-são de Alimentação e Nutrição – DAN após o último travão emer-gencial que aconteceu em nossa cidade, por necessidade o seu sis-tema de autogestão absorveu toda a demanda, passando a oferecer legumes, verduras, frutas e de-mais itens supra citado para to-das as escolas estaduais e munici-pais, onde aumentou a solicitação

destes produtos aos fornecedores, dentre eles a Coopihort — Coo-perativa Piracicabana de Horti-cultores que tem como presiden-te o Senhor Vanderlei Sanches. Além dos procedimentos pa-dronizados já realizados, a Divi-são tem trabalhado em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Sema) realizando reuniões para o levantamento de um diagnóstico dos produtos que necessitamos no cardápio das nossas crianças, onde a secretaria desenvolve um traba-lho juntamente com a Cooperativa e os 41 agricultores ativos, com o objetivo de ampliar cada vez mais os tipos de produtos adquiridos a partir da Agricultura Familiar.

A oscilação na compra de to-dos os gêneros adquirito-dos pela Divisão deve-se ao cenário atu-al da pandemia Covid-19, uma vez que, como medida de com-bate, há a redução de apenas 35% dos alunos frequentando as unidades escolares, resultando,

consequentemente, na redução de utilização de insumos e pro-dução de refeições aos alunos.

A distribuição do kit de itens frescos (“cesta verde”) ocorreu apenas em novembro de 2020, pois, apesar da suspensão das au-las presenciais a partir de março até o final do ano, por conta da Pandemia do Novo Coronavírus, foi possível utilizar praticamente integralmente o contrato existen-te para o ano letivo de 2020, fir-mado para atender nossas cri-anças dentro das unidades es-colares. O que nos diferencia nes-te ano letivo de 2021, é que as aulas presenciais foram suspen-sas apenas por 15 dias, no perío-do perío-do Travão Emergencial, e a retomada com apenas 35% do efetivo, e sendo assim, temos que garantir a alimentação das nos-sas crianças dentro das escolas. Os processos licitatórios, e as chamadas públicas, demandam um período mínimo para conclu-são de aproximadamente 4 meses, e é sempre iniciado considerando uma segurança de tempo, para que seja concluído em período há-bil, suprindo então a necessidade do ano vigente. Além disso, pre-cisamos considerar a reserva or-çamentária pré definida destina-da a alimentação dos alunos.

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Micaele Bariotto, pro-fessora

Homicídio culposo x

dolo eventual

conduta culposa pre-vista pelo tipo é origi-nada de uma situação de negligência, impru-dência ou imperícia na direção do veículo.

O crime de homi-cídio culposo no trân-sito não possui agra-vante para casos de embriaguez, desde a re-vogação do inciso V do artigo 302, pela Lei 11.705/08.

Desta forma, aos casos de homicídio no trânsito, só se-ria possível a punição agrava-da com a cumulação dos arti-gos 302 (homicídio culposo) e 306 (embriaguez) do CTB.

No entanto, não é razoável, uma vez que, em concurso, o cri-me do art. 302, que é de dano, absorve totalmente a conduta do artigo 306, de perigo, impedindo assim a cumulação dos dois.

Assim, em casos de morte no trânsito, causadas supostamente por embriaguez do condutor, tem sido recorrente a aplicação do dolo eventual, para incriminar na for-ma dolosa o agente causador da morte e aumentar sua punição.

Sabe-se que o dolo é a inten-ção consciente de praticar certo crime. Para que uma conduta seja dolosa, basta que se verifi-que a vontade e a consciência (pre-visão de resultado) do agente.

No que atine ao dolo even-tual, trata-se de uma aceitação do possível resultado de uma conduta, ou seja, o agente pre-vê o dano (resultado), sabe que este é provável e o aceita, mas não há intenção (vontade) dire-ta de alcançar dire-tal resuldire-tado.

De acordo com a teoria que vem sendo aplicada, o condutor de veículo que ingere a bebida al-coólica ou outra substância que altera sua capacidade psicomo-tora, ou que dirige em alta velo-cidade, apesar de não ter a von-tade de cometer homicídio, sabe que poderia causá-lo e assume todos os riscos conscientemente. Desta maneira, aplicado o dolo eventual, o crime deixa de ser tratado pelo CTB, que não admite crimes dolosos, e passa a ser imputado ao agente o ho-micídio doloso, do artigo 121 do CP, cumulado com o artigo 18, I, ou, a lesão corporal seguida de morte, prevista pelo artigo 129, § 3º, do mesmo diploma.

Vejam que a mudança é ex-trema, visto que se responde pelo crime do Código de Trânsito, o agente sofreria a detenção máxi-ma de 4 (quatro) anos. No entan-to, ao responder pelo homicídio doloso na modalidade eventual, o condutor poderá ser julgado pelo Tribunal do Júri, e ser pena-lizado com reclusão de até 20 (vin-te) anos. Ao mesmo passo, se res-ponder pela lesão corporal segui-da de morte, será punido com re-clusão de até 12 (doze) anos.

O Estado, que na seara jurí-dica atua através dos legisladores e aplicadores do Direito, vê-se muitas vezes movido pelo clamor social diante das inúmeras mor-tes no trânsito, e é natural que em consequência disso, tome medidas mais severas para diminuir os ris-cos à segurança pública no trânsi-to. Porém, não é justo ou razoá-vel promover a punição exacerba-da do indivíduo como forma de acalmar os ânimos da sociedade. A punição ao condutor que causa acidente com vítima, deve sim ser aplicada, mas para tanto, a legislação de trânsito deve ser alterada, para tratar de agravan-tes nas situações específicas como embriaguez, direção perigosa e outros casos. O que não é aceitá-vel, e causa enorme insegurança jurídica, é o desvirtuamento do dolo eventual para classificação do crime de trânsito como doloso, im-putando prática do artigo 121 (ho-micídio simples) ou do artigo 129, § 3º (lesão corporal seguida de morte) do CP, sob a frágil afirma-ção de que há a consciência e acei-tação do resultado pelo agente.

Para que se alcance a verda-deira Justiça, devem ser analisa-das toanalisa-das as circunstâncias do crime, bem como deve ser respei-tada a legislação aplicável, até su-perveniência de novas alterações. Comente deixando sua opi-nião acerca deste polêmico as-sunto nos prestigiando em nos-sa página e também comparti-lhando assim disseminando o conhecimento a terceiros.

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Leonardo Marianno, ad-vogado criminalista, pós graduado em processo penal pela Escola Paulis-ta da Magistratura, sócio de Ferreira & Marianno Sociedade de Advogados Leonardo Marianno

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ebruçando-se com afinco so-bre o tema em testilha é possível veri-ficar que o mesmo é ge-rador de polêmica e ce-leuma na sociedade brasileira. Numa aná-lise compulsória acerca dos crimes de trânsito,

vislumbra-se que têm tratamento legal previsto pelo Código de Trân-sito Brasileiro, qual seja a Lei 9503/ 97, recentemente alterada pela Lei 12.760/12, esta última conhecida popularmente como “Lei Seca”.Verificando-se mais de per-to, vê-se que, em razão da periodi-cidade com que ocorrem aciden-tes no trânsito, causados muitas vezes em razão de embriaguez ou direção perigosa, houve uma pre-ocupação do legislador em dar mais rigor às regras regentes do trânsito.Foi neste intuito, que a lei 12.760/12, dentre outras altera-ções, modificou o artigo 306:

“Art. 306. Conduzir veícu-lo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:

Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e sus-pensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:

I - concentração igual ou su-perior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álco-ol por litro de ar alveálco-olar; ou

II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capa-cidade psicomotora.”

Ou seja, vê-se que para ca-racterizar a embriaguez, antes da mudança na lei, era necessá-ria apenas constatação da con-centração alcóolica além do li-mite tolerado, de 6 decigramas de álcool por litro de sangue, re-cordando que o condutor não era e não é ainda obrigado a produzir a prova da alcoolemia. Após a alteração do referido diploma legal mencionado, tem-se que para caracterizar a embria-guez, deve ser constatada altera-ção psicomotora em razão do uso do álcool ou substância análoga, o que por consequência lógica, faz necessário, que além da pro-va de alcoolemia, faça-se propro-va de que aquela substância provo-cou alteração psíquica significa-tiva no condutor do veículo que o incapacitou de dirigir sem cau-sar risco a si mesmo ou à outrem. Isto é, com a interpretação do artigo 306, não é razoável que o Estado, sem indícios e provas ma-teriais suficientes, puna o indiví-duo que conduz veículo, que se prontifica ao teste de alcoolemia, unicamente em razão do resulta-do resulta-do exame. Da mesma forma, não é correta a imputação criminal do condutor que, se recusando ao exame do bafômetro, é avaliado pelo agente de fiscalização como embriagado por apresentar “olhos vermelhos” ou “hálito etílico”.

Vejamos, se o próprio legis-lador fala acerca da exigibilida-de da comprovação da alteração psicomotora para caracterização do crime de perigo, não pode esta ser constatada só pela concen-tração alcoólica verificada no teste, nem só pelos sinais que o agente fiscalizador entende como sinais de embriaguez, mas sim por um conjunto de circunstân-cias que demonstre a efetiva alte-ração da capacidade do agente.

Pois bem, ultrapassada a aná-lise crítica do novo artigo 306, dá-se início ao tema proposto, direta-mente ligado à questão da embri-aguez, como será visto a seguir.

Os crimes de homicídio no trânsito tem tipo previsto pelo CTB em seu artigo 302:

“Art. 302- Praticar homi-cídio culposo na direção de veículo automotor:

Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permis-são ou a habilitação para diri-gir veículo automotor.

Parágrafo único. No homi-cídio culposo cometido na di-reção de veículo automotor, a pena é aumentada de um ter-ço à metade, se o agente:

I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;

III - deixar de prestar socor-ro, quando possível fazê-lo sem ris-co pessoal, à vítima do acidente;

IV - no exercício de sua profissão ou atividade, esti-v e r c o n d u z i n d o esti-v e í c u l o d e transporte de passageiros.”

Em prima análise temos em estudo um crime material (exige o resultado morte) de modalidade culposa, ou seja, não há intenção do agente ou consciência de que tal resultado poderia ocorrer. A

Sabe-se que o

Sabe-se que o

Sabe-se que o

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dolo é a intenção

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consciente

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de praticar

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certo crime

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certo crime

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Resposta aos filhos da nova década

João Guilherme Sabino Ometto

E

m 2021, nasce-rão 140 milhões de crianças no mundo, sendo 2,5 mi-lhões no Brasil. Já no primeiro dia de 2021, a Terra recebeu 371.504 habitantes, os

primei-ros filhos da década que se inicia. Em nosso país, foram 6.935. Os dados são do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Multiplicam-se, portanto, os desa-fios e a responsabilidade da civili-zação de prover vida de qualidade às presentes e às novas gerações, em um cenário econômico abala-do pela Covid-19, que aumentou a pobreza, empurrando cerca de 150 milhões de pessoas para pa-tamar abaixo do nível da miséria, segundo estimativas da ONU.

Os números mostram que, apenas com o crescimento vegeta-tivo de 2,5 milhões de habitantes, teremos no Brasil um novo con-tingente equivalente à população de Belo Horizonte (MG). A compa-ração dimensiona a premência de promovermos amplo processo de

Está na hora de o

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Está na hora de o

Está na hora de o

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Brasil tornar-se

Brasil tornar-se

Brasil tornar-se

Brasil tornar-se

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sujeito de sua

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sujeito de sua

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própria história

própria história

própria história

própria história

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e protagonista

e protagonista

e protagonista

e protagonista

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global

global

global

global

global

inclusão, recuperação de empregos perdidos, geração de novos pos-tos de trabalho e reto-mada do crescimento econômico em níveis mais elevados do que antes da pandemia.

Temos, assim, com-promissos relevantes a serem cumpridos, que incluem, necessariamente, um plano eficaz de vacinação de nos-so povo contra o novo coronaví-rus, essencial para a normaliza-ção plena das atividades. São inadiáveis, também, as reformas estruturais, como a tributária e administrativa, fundamentais para destravar investimentos, proporcionar mais equilíbrio fis-cal e viabilizar a expansão do PIB. E em grau compatível com nosso potencial demográfico, de recur-sos naturais, do agronegócio e de setores industriais e de serviços que, apesar de todos os obstácu-los, são bem-estruturados e com-petentes. É de se esperar, assim, que a Câmara dos Deputados e o Senado, que contam com novas mesas diretoras este ano, o Exe-cutivo e o Judiciário trabalhem

de modo mais sinérgico e asserti-vo para o bem maior do País.

Afinal, a retomada do cres-cimento econômico em níveis ca-pazes de resgatar do desalento os cerca de 14 milhões de desem-pregados e de prover educação, trabalho digno e melhor vida às presentes e futuras gerações exi-girá políticas públicas eficazes. Temos plenas condições de ven-cer os desafios da nova década, promovendo a inclusão socioe-conômica dos brasileiros, por meio de um projeto eficaz de de-senvolvimento sustentado.

Possuímos indústria sólida e meios privilegiados para culti-var alimentos sem desmatar. Somos um dos líderes mundiais na produção de etanol e o séti-mo país em energia eólica, que agora será impulsionada com a geração off shore. Estamos

en-trando de maneira competitiva na solar e dispomos de recursos hídricos abundantes. Basta, agora, inteligência para traba-lhar em um modelo que proteja o ambiente e gere renda para a população. Numa perspectiva de responsável otimismo, temos tudo para ser um dos líderes globais na agenda ambiental e na retomada da economia, res-pondendo de maneira muito competente a essas duas deman-das prioritárias da humanidade. Muitos haverão de alegar as dificuldades de se realizar, em ple-na pandemia, o que não temos conseguido fazer de modo efici-ente nas últimas décadas. Porém, é nas grandes crises que as na-ções têm a oportunidade de de-monstrar sua verdadeira capaci-dade de mobilização, luta, reação às adversidades e poder de supe-ração. Está na hora de o Brasil tornar-se sujeito de sua própria história e protagonista global.

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João Guilherme Sabino Ometto, engenheiro, empresário, membro da Academia Nacional de Agricultura (ANA)

Pessoas em situação de rua em Piracicaba

Adriano Camargo

L

i que foi protoco-lado te na Câmara de Vereadores de Piraci-caba, o Projeto de De-creto Legislativo que cria o “Fórum Perma-nente para o Desen-volvimento de

Políti-cas para atendimento da Popu-lação em Situação de Rua de Pi-racicaba”. Parabenizo os auto-res por essa iniciativa importan-te para discutir essa questão, que atinge não só Piracicaba, mais a maioria das cidades brasileiras. Infelizmente hoje observa-mos um aumento significativo de pessoas que deixam suas casas e suas famílias sendo muito difícil quantificar o número de pessoas em situação de rua no Brasil. O que sabemos é que a maioria so-fre com a violência, a falta de sa-neamento básico e higiene, falta de alimentação, e que vão as ruas pela consequência da crise eco-nômica no país, a perda de em-prego, os conflitos familiares, a moradia, saúde, migração, saí-da do sistema penitenciário e de problemas com álcool e drogas.

Um dos maiores problemas enfrentados é a violência e só como exemplo: Em agosto de 2004 na Praça da Sé – São Paulo, 15 pesso-as em situação de rua foram co-vardemente espancadas, sendo que 07 delas vieram a óbito e 08 ficaram gravemente feridas. E

Sabemos é que a

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maioria sofre

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com a violência,

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a falta de

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saneamento

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básico e higiene,

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falta de

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alimentação (...)

alimentação (...)

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sempre deparamos com

situações de violação de direitos dessas pessoas que vivem a margem da nossa sociedade.

Além da violência sofrida, existe o desres-peito por parte de al-guns governantes, que enxergam as pessoas em situação de rua ape-nas como algo que incomoda, sem apresentar ações e políticas públicas concretas para enfren-tar de frente essa problemática de nossas cidades. Temos casos de governantes que carregam essas pessoas em transportes municipais e levam embora de suas cidades, descarregando como fardos em outras, em uma total falta de humanidade, e trans-ferindo a responsabilidades que deveria ser do seu município.

Em Piracicaba, essa questão foi no governo anterior, tratada com seriedade pelo Prefeito Bar-jas Negri (PSDB). Piracicaba conta hoje com o Centro de Refe-rência Especializado para Popu-lação em Situação de Rua – Cen-tro POP, local socioassistencial que oferece serviços para os usu-ários da Assistência Social em situação de rua, oferecendo ali-mentação, lavanderia, banho, guarda de pertences, encaminha-mento para outras áreas do se-tor público, sobretudo a saúde.

Foi implantado o Núcleo de Apoio Social Novos Caminhos, no Bairro Pompéia, e o Núcleo Vida

Nova, na antiga Usina Modelo, serviços de acolhimento 24 horas, projetos que executados em parce-ria com a Associação Presbiteparce-ria- Presbiteria-na de Filantropia, e mantidos com recursos públicos, os usuários são encaminhados pelo Centro POP ou pela equipe do Serviço Especializa-do de Abordagem Social (SEAS), que fazem um processo de traba-lho planejado de aproximação, es-cuta qualificada e construção de vínculo de confiança com pessoas e famílias em situação de risco pes-soal e social nos espaços públicos para atender, acompanhar e medi-ar acesso a rede de proteção social. Umas das ações que merece destaque foi o Abrigo provisório “Lar das Ruas”, importante e acertada decisão de acolher as pessoas em situação de rua no Ginásio do Jaraguá, devido a pandemia. O Lar das Ruas foi destaque nacional graças ao em-penho e envolvimento da socie-dade civil, através de voluntári-os, e principalmente dos profissi-onais da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e Secretaria Municipal de

Saúde, que juntamente com ou-tras secretarias formaram uma grande rede de proteção as pes-soas em situação de rua que esta-vam totalmente expostas ao vírus da Covid-19, cumprindo o papel emergencial. Passaram pelo Lar das Ruas entre abril e setembro cerca de 160 usuários (134 ho-mens e 26 mulheres). Lá foi ofer-tado atendimento socioassisten-cial, quatro refeições diárias, e acompanhamento médico e odon-tológico. Sensível, o Prefeito Bar-jas Negri, determinou que após a desativação desse espaço um novo e permanente fosse criado, sendo criado o Acolhimento Vida Nova. Ressalto também que a im-portância de diálogo perma-nente entre a Secretaria Muni-cipal de Assistência e Desenvol-vimento Social, a Promotoria Pública, Câmara de Vereadores e outros órgãos de garantia de direitos, reafirmando que não há e nem haverá violação de di-reitos na cidade de Piracicaba.

Obvio que morar nas ruas não deve ser nada fácil, mas é preciso tratar o assunto com muita sensi-bilidade, e se não houver essa sen-sibilidade por parte da adminis-tração pública vamos continuar vendo Brasil afora seres humanos tratados com violência, e prefeitos querendo lavar as mãos e mandar para fora do município, como não tivesse nada a ver com a situação.

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Adriano Camargo, as-sistente social

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LESP

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Audiências debatem reforma

e contratação da “Categoria O”

O governador João Doria (PSDB), alinhando-se com o presidente Jair Bolsonaro (PP)

na reforma administrativa, promovendo injustiça entre os servidores públicos do Brasil

Quinta-feira, 27 de maio de 2021

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Bebel coordenará as audiências públicas que visam fortalecer as ações contra a reforma e em defesa dos professores da Categoria O

Divulgação A Apeoesp (Sindicato dos

Pro-fessores do Ensino Oficial de Ensi-no do Estado de São Paulo), em conjunto com o mandato da de-putada estadual Professora Bebel (PT), promovem audiências públi-cas na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para debater a PEC 32, da reforma administrati-va, e a contratação justa dos pro-fessores da “Categoria O” pelo governo estadual. A audiência que debaterá a reforma adminis-trativa, proposta pelo presidente Jair Bolsonaro, através da PEC 32, que tramita na Câmara dos Deputados Federais, será às 15 horas desta quinta (27), enquan-to que a contratação justa dos professores da “Categoria O” será abordada em audiência pú-blica marcada para sexta (28), às 10 horas, ambas em ambiente virtual e transmitidas pelos ca-nais de comunicação da Alesp.

A presidenta da Apeoesp, a deputada Professora Bebel coor-denará as audiências e diz que, em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) “ataca os serviços

públicos, promove extinções e pri-vatizações, não concede reajustes e congela concursos, salários e a contagem de tempo para os bene-fícios da carreira, alinhando-se com (Jair) Bolsonaro, que por sua vez vem buscando aprovar na Câ-mara dos Deputados a PEC 32 (reforma administrativa), que acaba com os concursos públi-cos, com a estabilidade dos ser-vidores públicos, abrindo as por-tas para a volta do apadrinha-mento, do clientelismo com o uso político-eleitoral da máquina blica. Por isso, essa audiência pú-blica é importante para debater a reforma administrativa e para or-ganizar e ampliar a nossa partici-pação nessa mobilização”, diz.

A audiência pública pela con-tratação justa dos professores da “Categoria O” é justamente para debater a situação deste segmento “muito prejudicado por políticas excludentes. A luta da Apeoesp conseguiu avanços importantes, mas sua forma de contratação, salário e ausência de direitos for-mam um quadro vergonhoso na

rede estadual de ensino. Por isso, realizaremos uma audiência públi-ca em espaço virtual da Alesp reu-nindo os professores da categoria O, para organizar a continuidade da luta pela contratação justa e

garantia de todos os direitos da carreira, como prevê a estratégia 18.20 do Plano Estadual de Edu-cação”, destaca Bebel, convidan-do a toconvidan-dos a participarem e aju-dar a engrossar esse movimento.

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OLÍTICAOLÍTICAOLÍTICAOLÍTICAOLÍTICA

Deputado Coronel Tadeu

visita a cidade nesta quinta

O deputado federal, Coronel Tadeu (PSL-SP), estará de passa-gem pelo município de Piracicaba, interior de São Paulo, ao longo desta quinta (27), para participar de uma série de encontros com os agentes de segurança pública. Na parte da manhã, o Coronel Tadeu se reunirá com o batalhão do 16° Grupamento de Bombeiros de Pi-racicaba, ouvindo as demandas dos profissionais e compartilhan-do possibilidades de apoio provin-das do Governo Federal para o desenvolvimento da corporação.

CERIMÔNIA — Na parte da tarde, será o momento de partici-par de uma cerimônia, realizada pelo Instituto Histórico Militar, em homenagem aos policiais militares e cidadãos piracicabanos que con-tribuíram para o trabalho da segu-rança pública na região. A solenida-de acontecerá no 10° Batalhão solenida-de Ações Especiais da Polícia Militar de Piracicaba (BAEP), contando com a presença do parlamentar, que é conselheiro do IHM, e a condução do diretor institucional da enti-dade, Sargento Luciano Galesco.

Para prestar contas dos seus dois anos de mandato, o de-putado estadual Alex de Ma-dureira (PSD) conferiu, inici-ará o processo de distribui-ção em breve, de um cader-no tabloide especial de oito páginas, coloridas. Entre os mais jovens integrantes da Alesp (Assembleia Legislati-va do Estado de São Paulo), o deputado Alex é de

Piracica-Pintado na Brasa

ALEX DE MADUREIRA COM

DOIS ANOS DE MANDATO

ba, cuja família reside no Dis-trito de Artemis, e está se pre-parando para abrir seu escri-tório político na rua Prudente de Morais, ao lado da Câma-ra Municipal. Na foto, Alex (di-reita) analisa o impresso feito na Gráfica de A Tribuna, com o jornalista Evaldo Vicente, num almoço no Restaurante Pin-tado na Brasa (o proprietário Reginaldo Costa, em pé).

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URISMOURISMOURISMOURISMOURISMO

São Roque faz a Maria Fumaça

funcionar de novo, para ficar

Parada há mais de dez anos, a Maria Fumaça, locomotiva da antiga Estação Ferroviária São Roque, na Região de Sorocaba, voltou a funcionar sábado (22), na presença do prefeito da cidade, Marcos Augusto (Guto) Issa, do Partido Podemos. “São Roque per-deu muito por cada dia que essa locomotiva ficou parada. Hoje, demos um passo importante. Es-tamos fortalecendo o turismo da nossa cidade, que traz junto crescimento econômico e oportu-nidades de emprego. Vamos co-locar definitivamente o Centro na Rota do Turismo”, avalia Guto.

CIDADE DE TODOS — O projeto da administração Cidade de Todos vai destacar para o tu-rismo, além da própria Estação, que já é uma atração, roteiros com

a locomotiva para outros pontos da cidade, incentivando e fomen-tando novos pontos de visitação.

Técnicos especializados em trens colocaram a Maria Fuma-ça de São Roque em movimento para preparação e preservação dos veículos. A locomotiva percor-reu um trajeto curto para teste.

O prefeito Guto e os verea-dores Paulo Juventude, Claudia Pedroso, Júlio Mariano e Rafael Tanzi, acompanharam o proce-dimento, além de alguns turis-tas, como os piracicabanos.

NOTA — O prefeito Guto Issa registrou a presença dos piracica-banos, deu um viva a Piracicaba, e não permitiu que fosse tirada foto sem máscara, mostrando os cui-dados sanitários que São Roque mantém e retoma suas atividades.

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EDEESTADUAL

Estudantes terão aulas

eletivas sobre o turismo

O Governador João Do-ria anunciou terça (25) uma parceria entre as Secretari-as da Educação e de Turis-mo e Viagens para oferta de disciplinas eletivas sobre o setor de viagens e turismo. A aulas devem ocorrer a par-t i r d o s e g u n d o s e m e s par-t r e para estudantes do ensino médio e dos anos finais (6º ao 9º) do ensino fundamental da rede pública estadual.

A iniciativa tem como obje-tivo aliar educação à inovação e ao empreendedorismo, apre-sentando o turismo e seus di-versos segmentos como fator de desenvolvimento pessoal e profissional. “Entre outros te-mas, vamos abordar pontos relacionados à consciência ambiental, economia verde so-lidária e criativa, classificação de diferentes atrativos, além de promover games e desa-fios”, explicou Rossieli Soa-res, Secretário da Educação. Por meio do Programa Inova Educação, serão ofe-recidas atividades educati-vas para o desenvolvimento intelectual, emocional, soci-al e cultursoci-al dos estudantes, c o m d i s c i p l i n a s e l e t i v a s , projeto de vida e de

tecnolo-gia e inovação. A Seduc ali-nhou três grupos de eleti-vas: Expresso Turístico para alunos do 6° e 7° ano, Turis-mo de Natureza e Aventura para 8° e 9° ano, e Redes Tu-rísticas para o ensino médio. “Como fenômeno social e econômico, o turismo tem grande capacidade de gera-ção de empregos, sendo uma oportunidade para os jovens que em breve estarão no mercado de trabalho”, afir-mou Vinicius Lummertz, Se-cretário de Turismo e Viagens. RECURSOS — O Governa-dor também autorizou a assi-natura de convênios com 140 Municípios de Interesse Turís-tico (MITs) no valor de R$ 50,4 milhões. Os recursos serão utilizados para obras e melho-rias de infraestrutura das ci-dades. “Hoje estamos inician-do esse processo numa reto-mada muito importante dos valores do turismo, confiantes que gradualmente podere-mos retomar as atividades econômicas de forma segura, respeitando os protocolos, a vida e a saúde. É fundamental termos sempre o sentimento de que sem pessoas, não há economia”, afirmou Doria. Fotos: Divulgação

Na Quinta do Olivardo, o proprietário Olivardo Saque, recebe a visita dos piracicabanos Geraldo e Sandra Pereira (à direita), da Lotérica Copa 70, e Evaldo e Astir Vicente (à esquerda), de A Tribuna Piracicabana

A comitiva de Piracicaba com o prefeito Guto Issa (segundo da esquerda para direita): “São Roque perdeu muito por cada dia que essa locomotiva ficou parada”, afirma o prefeito, que reativa a Rota do Vinho

Adalberto; em pé, Fabio Fumaça (esquerda), responsáveis pela Maria Fumaça; Eliane Stasevicius, chefe da Divisão de Turismo, e Luiz Américo Liza, diretor de Turismo,

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Morais pede a suspensão

da cobrança em Piracicaba

O parlamentar teve reunião terça-feira (25) na Comissão de Transportes e

Comunicações da Alesp, da qual é membro efetivo; obra não está concluída

O deputado estadual Ro-berto Morais (Cidadania), membro efetivo da Comissão de Transportes e Comunica-ções da Assembleia Legislati-va, solicitou, em reunião nes-ta terça (25), a suspensão do início da cobrança de pedágio do eixo SP-309 – Piracicaba/ Charqueada - SP 204 - Piracica-ba/São Pedro e SP 191 – Ipeúna/ Santa Maria da Serra, devido à falta de conclusão das obras em 3 quilômetros da concessão (en-tre a empresa ArcelorMittal até a ponte do Rio Corumbataí).

“Entendemos que a cobran-ça é indevida e que não atende

ao objetivo do contrato tendo em vista que a obra não está conclu-ída para a cobrança do serviço”, registrou o parlamentar. A Ar-tesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo) foi notificada da solicita-ção e deve se manifestar. O de-putado ressaltou a importância da inspeção das obras e defesa das rodovias que promovem in-terligação entre os municípios, escoamento da produção agríco-la, industrial e serviços. “Vamos seguir trabalhando para defen-der a região de Piracicaba e pro-mover a retomada do

crescimen-to econômico”, finalizou Morais. Roberto Morais é membro efetivo da Comissão de Transportes Divulgação O vereador Josef Borges

(Solidariedade), na 12.ª reunião ordinária, na noite de segunda-feira (24), reforçou a sua preo-cupação em torno da regulari-zação fundiária, bem como pon-tuou questões da região do Dis-trito de Ártemis, com relação aos núcleos residenciais, que hoje são 252 em caráter irregular.

"Eu gostaria de retornar à temática de regularização fundi-ária, que tem a finalidade de in-tegrar loteamentos, áreas irregu-lares, entre outros. A regulari-zação vai dar a legaliregulari-zação e as-segurar a propriedade do imóvel e ter acesso ao crédito para ter melhorias nas moradias, onde a mesma é muito precária, carecen-do de fornecimento de energia elétrica e rede de esgoto ", disse, ao usar os cinco minutos desti-nadas às lideranças partidárias.

Josef Borges também falou da situação que ele mesmo con-vive diretamente, desde que che-gou ao Distrito de Ártemis. "Den-tre os núcleos irregulares, 197 estão na Zona Rural e 95 no pe-rímetro urbano, sendo que 70 são de interesse social. Eu vejo isso com extrema importância e

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Josef Borges defende urgência

sobre regularização fundiária

urgência, para que possamos proporcionar alternativas para sanar estas situações", alertou.

Segundo ele, se a lei for apli-cada de “forma adequada”, as re-gularizações fundiárias serão con-cretizadas, “teremos aumento de arrecadação de impostos que po-deriam ser direcionados a outras áreas que estão defasadas”, disse. Josef Borges lembrou que os presidentes do Ipplap (Insti-tuto de Pesquisa e Planejamen-to), Daniel Rosenthal, e o da Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional), Sérgio Maluf Chaim, além do se-cretário de Governo, Carlos Bel-trame, reconhecem a necessida-de necessida-de trabalhar esta questão.

"Eu tenho certeza que po-demos trabalhar de forma in-tegrada, com sinergia enorme entre Executivo e Legislativo para possibilitar essa solução, para uma demanda tão gran-de em Piracicaba, e que é gran-de extrema importância e é ime-diata”, disse. “Fico muito con-tente que estamos caminhan-do nesta direção e que possa-mos encontrar uma solução para estas famílias", concluiu.

O vereador Gustavo Pompeo (Avante), em indicações envia-das ao Executivo, pede o empe-nho da Semob (Secretaria Muni-cipal de Obras) em reivindicações solicitadas pela população. Ele enfatiza que, após ser acionado pelas comunidades dos bairros Mário Dedini e Vila Industrial, fez indicações à Semob para que tomasse as providências em ope-ração tapa-buraco na rua Arge-miro Frota, no Mário Dedini, e manutenção asfáltica entre as

avenidas Luiz Ralph Benatti e Brasília, Vila Industrial, para melhorar o tráfego de veículo.

Já para as reivindicações para a rua Argemiro Frota foi re-alizada uma reestruturação no solo e instalação de uma cama-da grossa evitando que o asfalto ceda, para que não volte a ocor-rer o mesmo problema no local. O parlamentar esclarece que foi conferir de perto o trabalho e cons-tatou que o serviço foi realizado de forma eficaz e competente.

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Indicações contemplam

demandas viárias

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Problemas em rede de esgoto

e água motivam requerimento

O vereador Laércio Trevisan Jr. (PL) solicita ao Executivo in-formações sobre a coleta de es-goto e o fornecimento de água no bairro de Tanquinho, na rua Alberto Coury. É de sua autoria o requerimento 503/2021, apro-vado nesta segunda-feira (24), na 12ª reunião ordinária.

O vereador argumenta que inúmeras residências nesta via não possuem ligação na rede coletora de esgoto para escoamento por gravidade, utilizam fossas sépti-cas, e mesmo assim, pagam a ta-rifa mensal de esgoto. Segundo Trevisan Jr., as casas foram construídas abaixo do nível da rua, e, além disso, a rede coletora foi implantada muitos anos após a construção das residências.

Trevisan diz que o problema está relacionado à galeria de água pluvial, pois o fim da tubulação é próximo à Casa de Bombas do Se-mae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), onde está o poço artesia-no do bairro, principal fonte de abastecimento na região. “É imi-nente o risco de contaminação do solo e do poço artesiano, tendo em vista as impurezas que escoam pela

galeria de água pluvial”, classifi-ca. Ele quer saber qual a possibi-lidade de o Semae, via concessi-onária Mirante, realizar a lim-peza das fossas sépticas e sem custo aos contribuintes. Também pergunta se a autarquia possui projeto, se está em andamento, o custo e a viabilidade para im-plantação de rede coletora de es-goto nos fundos das residênci-as da rua Alberto Coury e de de-sativação das fossas sépticas.

Além disso, questiona se o Semae sabe do eventual risco de contaminação do poço artesia-no do bairro, pede o laudo ela-borado sobre o assunto e se exis-te a possibilidade de a Semob (Secretaria Municipal de Obras) ser notificada sobre a continui-dade da tubulação da galeria plu-vial, o que possibilitaria o escoa-mento no ribeirão Guamium e evitaria riscos de contaminação. Trevisan pergunta também se teria ocorrido algum tipo de furto na Casa de Bombas do Semae, em Tanquinho, e, caso positivo, so-licita cópia do boletim de ocor-rência e do relatório sobre os itens e equipamentos furtados.

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Gustavo Pompeo elogia a qualidade

de serviço prestado pela Prefeitura

O vereador Gustavo Pompeo (Avante) destacou a melhoria dos serviços de tapa buracos realiza-dos pela Administração do pre-feito Luciano Almeida (Demo-cratas). Ao usar os cinco minu-tos da liderança partidária, se-gunda-feira (24), durante a 12a reunião ordinária, o parlamen-tar abordou sobre outras temá-ticas que passam pela atuação do vereador no papel de fiscalização. "Na eleição, eu sempre prezei pela fiscalização e acompanhamen-to (das obras públicas)”, disse. Ele agradeceu as equipes da Prefeitu-ra pela realização de obPrefeitu-ras no bair-ro Márdio Dedini, em depois de uma semana, o parlamentar foi avisado de “não ficaria bom” e que “teria que vir com outra máquina para, aí sim, passar o asfalto”, informou. “Isso de-monstra a responsabilidade com a qualidade do serviço prestado e prova que a herança maldita também foram 16 anos que não se fiscalizava", disse o parlamentar.

Pompeo mencionou a Ad-ministração do atual vice-pre-feito, Gabriel Ferrato (2013-2016), “quando era diferente”.

Também citou que gostaria de parabenizar o secretário de Meio Ambiente, Marcos Kamo-gawa, embora ponderou que as guias das calçadas não estejam sendo limpas. "Isso foi um erro de contrato, aonde se contra-ta a limpeza e o corte e se es-quece de falar que a guia tam-bém tem que ser limpa", disse. O parlamentar avalia que isto foi apenas um dos itens não observados na contrata-ção. "Imagina quantos itens tinham esquecido, até o que estava em vigência, não se ti-nha fiscalização, um exemplo é a empresa Ambiental, em contrato firmado, com zero de fiscalização”, destacou.

Ele destaca que as incoerên-cias que acontecem hoje, já exis-tissem antes, mas não existia o compromisso de realizar a fisca-lização. “Eu conversei com o pes-soal da empresa terceirizada, na região Norte, na rua Ralph Be-natti, tinha uma montanha de asfalto que agora que foi resol-vido e foi executado um serviço com qualidade, o asfalto está to-talmente diferente”, relatou.

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Escola do Legislativo está com

inscrições abertas para curso

A Escola do Legislativo "An-tonio Carlos Danelon - Totó Da-nelon", da Câmara Municipal de Piracicaba, está com inscrições abertas, até o dia 15 de junho, para a palestra on-line "Sustentabilida-de e conservação", que ocorrerá no dia 17, das 14h às 16h. O curso integra o ciclo de atividades "Si-mapira: Semanas Integradas de Meio Ambiente de Piracicaba".

A palestra é dividida em dois temas: o primeiro abordará os objetivos para o desenvolvimen-to sustentável (Agenda 2030) e o segundo discutirá unidades de conservação em Piracicaba.

O tema 1 apresentará os 17 objetivos de desenvolvimento sus-tentável da ONU (Organização das Nações Unidas). A palestra discu-tirá a definição das metas nacio-nais dos países, de acordo com as suas circunstâncias e a incorpora-ção dessas metas em suas políticas, programas e planos de governo.

O professor Fábio Penati

ministrará o primeiro tema. Ele tem mais de 20 anos de expe-riência em sistemas de gestão de qualidade, segurança, meio ambiente e sustentabilidade.

O tema 2 explicará o que são unidades de conservação (UCs) e quais se encontram no muni-cípio. A palestra também abor-dará a contribuição que as UCs podem trazer ao desenvolvimen-to sustentável de Piracicaba.

O segundo tema será mi-nistrado pelo biólogo Antonio Alvaro Buso Junior, gestor de UCs e professor da Escola de Engenharia de Piracicaba.

O curso on-line será realiza-do por meio realiza-do Zoom e transmiti-do simultaneamente no canal da Escola do Legislativo no YouTube. As inscrições devem ser feitas no site da Escola (que pode ser aces-sado pelo www.camarapiracicaba. sp.gov). Os inscritos receberão o link de acesso para a sala de reu-nião por e-mail e WhatsApp.

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Requerimento pede informações das obras públicas em andamento

A Câmara Municipal de Pira-cicaba aprovou, segunda-feira (24), durante a 12ª reunião ordi-nária, o requerimento 515/2021 em que solicita informações ao Exe-cutivo sobre a quantidade de obras e construções públicos que estão em andamento no Municí-pio. A propositura é de autoria de Comissão Permanente de Obras, Serviços Públicos e Ativi-dades Privadas do Legislativo.

“Estamos pedindo detalhes sobre quais são as obras que estão em andamento, as famosas heran-ças da legislatura do ex-prefeito Barjas Negri”, disse Pedro Kawai, presidente da comissão. “Não sei

quantas são, por isso precisamos saber, então este é um pedido da comissão para que a gente possa acompanhar”, destacou, lembrando que o colegiado irá fazer visitas nas obras, “para acompanhar de perto”. No requerimento, a comis-são pergunta quais comis-são as obras públicas e pede uma lista do en-dereço completo, o valor da obra, a data de início, o prazo previsto para entrega e a empre-sa responsável pela execução.

A comissão de obras tam-bém é formada pelo relator Anilton Rissato (Patriota) e o membro Aldisa Vieira

Mar-ques, o Paraná (Cidadania). Requerimento 515/2021 é de autoria da Comissão de Obras da Câmara Davi Negri

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