• Nenhum resultado encontrado

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: Revisão bibliográfica

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: Revisão bibliográfica"

Copied!
43
0
0

Texto

(1)

Ana Carolina Simões Marcondes

Ísis Fernanda de Oliveira

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: Revisão bibliográfica

Pindamonhangaba – SP

2016

(2)

Ana Carolina Simões Marcondes

Ísis Fernanda de Oliveira

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: Revisão bibliográfica

Pindamonhangaba – SP

2016

Monografia apresentada como parte dos requisitos para obtenção do diploma de Bacharel em Fisioterapia pelo Curso de Fisioterapia da Fundação Universitária Vida Cristã – FUNVIC.

Orientadora: Profª. Drª. Elaine Cristina Martinez Teodoro

(3)

Marcondes, Ana Carolina Simões ; Oliveira, Ísis Fernanda

Atuação fisioterapêutica em pacientes com insuficiência cardíaca: Revisão bibliográfica / Ana Carolina Simões Marcondes; Ísis Fernanda de Oliveira / Pindamonhangaba-SP : FUNVIC Fundação Universitária Vida Cristã, 2016.

43f.

Monografia (Graduação em Fisioterapia) FUNVIC-SP. Orientadora: Profª. Dra. Elaine Cristina Martinez Teodoro.

1 Coração. 2 Insuficiência cardíaca. 3 Exercício. 4 Reabilitação. 5 Fisioterapia

I Atuação fisioterapêutica em pacientes com insuficiência cardíaca: Revisão bibliográfica II Ana Carolina Simões Marcondes; Ísis Fernanda de Oliveira.

(4)

Ana Carolina Simões Marcondes

Ísis Fernanda de Oliveira

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: Revisão bibliográfica

Data: ________________ Resultado: ____________ BANCA EXAMINADORA

Prof.____________________________________ Faculdade de Pindamonhangaba Assinatura: _______________________________

Prof.____________________________________ Faculdade de Pindamonhangaba Assinatura: _______________________________

Prof.____________________________________ Faculdade de Pindamonhangaba Assinatura: _______________________________

Monografia apresentada como parte dos requisitos para obtenção do diploma de Bacharel em Fisioterapia pelo Curso de Fisioterapia da Fundação Universitária Vida Cristã – FUNVIC.

Orientadora: Profª. Drª. Elaine Cristina Martinez Teodoro

(5)

Dedicamos aos nossos pais, que sempre acreditaram em nossos sonhos, batalharam e não mediram esforços

(6)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por guiar e iluminar nossos caminhos durante toda essa trajetória.

A nossa família, que nos incentivou a seguir em frente, mesmo diante de todos os obstáculos que surgiam.

A professora e orientadora Drª. Elaine Cristina Martinez Teodoro, pela atenção, carinho e dedicação durante a realização deste trabalho. E por sempre acreditar em nós.

A professora Drª. Wendry Maria Paixão Pereira que colaborou com a confecção desse trabalho por meio de seus conhecimentos, além de toda paciência e carinho.

Aos nossos queridos amigos, que compartilharam quatro anos de companheirismo e muita união. Vocês fazem parte dessa nossa jornada, todos os momentos serão lembrados para sempre.

A todos os professores da Fundação Universitária Vida Cristã - FUNVIC, que por meio de seus conhecimentos nos possibilitaram concluir esse trabalho.

(7)

“A persistência é o caminho do êxito.” Charles Chaplin

(8)

RESUMO

Objetivo: Verificar as diferentes condutas fisioterapêuticas destinadas ao tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca. Método: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, no qual foram utilizados artigos científicos em português e inglês de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme e Pubmed, nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs e PEDRo, publicados entre os anos de 1997 à 2016. Para a construção do trabalho foram incluídos estudos que estivessem disponíveis na íntegra, a população-alvo da pesquisa fosse composta por indivíduos portadores de insuficiência cardíaca, e os que incluíam exercícios cinesioterapêuticos, respiratórios, aeróbicos e resistidos junto ao programa de tratamento. Resultados: O treinamento físico está intimamente associado com a melhora dos sintomas clínicos relacionados à insuficiência cardíaca bem como a melhora da qualidade de vida. Desse modo, estudos demonstram que o treinamento aeróbico é capaz de aumentar significativamente o valor do consumo máximo de oxigênio, já o treinamento resistido é recomendado a fim de aumentar a força e potência muscular, densidade óssea, além de melhorar a função ventricular esquerda e os exercícios respiratórios podem ser utilizados para prevenir complicações pulmonares. Na literatura, conclui-se que um programa de treinamento físico supervisionado e individualizado pode proporcionar uma melhor capacidade funcional, melhora do consumo máximo de oxigênio, bem como diminuir eventos cardiovasculares, respiratórios e hospitalizações. Conclusão: Os programas constituídos por exercícios cinesioterapêuticos, respiratórios, aeróbicos e resistidos mostraram-se de extrema importância e eficácia para os pacientes com insuficiência cardíaca, pois por meio de protocolos bem preparados e aplicados é possível diminuir os sintomas relacionados a patologia, bem como aumentar o consumo de oxigênio, capacidade funcional e qualidade de vida desses pacientes. Palavras-chave: Coração. Insuficiência cardíaca. Exercício. Reabilitação. Fisioterapia.

(9)

ABSTRACT

Objective: To verify the different physical therapy procedures for the treatment of patients with heart failure. Method: This is a bibliographic review, which were used scientific articles in Portuguese and English journals indexed in databases Bireme and Pubmed, in databases Medline, Scielo, Lilacs and PEDRo, published between the years 1997 to 2016. For the construction work were included studies that were available in full, the search target population was composed of individuals with heart failure, and that included kinesiotherapeutic, respiratory, cardiovascular and resistance exercises in the treatment program. Results: Physical training is closely associated with improvement of clinical symptoms related to heart failure as well as improved quality of life. Thus, studies have shown that aerobic training can significantly increase the value of the maximum oxygen consumption, resistance training is recommended in order to increase strength and muscle power, bone density, and improve left ventricular function and breathing exercises can be used to prevent pulmonary complications. In the literature, it is concluded that a supervised and individualized physical training program can provide a better functional capacity, the improvement of maximum oxygen consumption and reduce cardiovascular events, respiratory and hospitalizations. Conclusion: The programs consist of kinesiotherapeutic, respiratory, cardiovascular and resistance exercises proved to be of utmost importance and effectiveness for patients with heart failure, for through well prepared protocols and applied can reduce the symptoms related to disease and increase oxygen consumption, functional capacity and quality of life of these patients.

(10)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 111

2 MÉTODO ... 13

3 REVISÃO DE LITERATURA ... 14

3.1 Conceito de Insuficiência Cardíaca ... 14

3.2 Prevalência ... 15

3.3 Manifestações Clínicas ... 16

3.4 Fisiopatologia ... 16

3.5 Reabilitação Cardiovascular ... 17

3.5.1 Fases da Reabilitação Cardiovascular ... 18

3.5.2 Objetivos e Benefícios da Reabilitação Cardiovascular ... 19

3.5.3 Indicações e Contraindicações ... 20

4 RESULTADOS ... 21

5 DISCUSSÃO ... 27

6 CONCLUSÃO ... 32

REFERÊNCIAS ... 33

(11)

1 INTRODUÇÃO

Nosso corpo necessita de sangue, pois é por meio dele que órgãos e tecidos são nutridos e conseguem exercer suas funções corretamente. O responsável por todo esse mecanismo é o coração, que se enche de sangue e o bombeia, por meio das artérias, para todo o corpo, tornando-se indispensável e vital para o funcionamento do organismo.1

Quando esse órgão se torna incapaz de bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do corpo, ou seja, apresenta algum mau funcionamento tem-se a Insuficiência Cardíaca (IC). Devido a má oxigenação dos tecidos os principais sintomas apresentados são a fadiga e a dispneia.1

Pacientes com IC apresentam índices significativos de internações, mortalidade e baixa expectativa de vida, dessa maneira essa patologia é considerada um grande problema de saúde pública, pois acarreta em custos elevados ao país.2 A literatura mostra que haverá um aumento de 46% de 2012-2030 na incidência da IC.3

De acordo com o último censo, realizado em 2010, houve um crescimento da população idosa, esse fato explica o aumento da prevalência de insuficiência cardíaca, visto que essa faixa etária é a mais acometida por essa patologia.4

A IC gera sintomas que diminuem a tolerância ao exercício, devido a ineficiência do coração em suprir as necessidades fisiológicas do organismo. Durante muito tempo acreditava-se que a prática de alguma atividade física por pacientes com IC não era benéfica.5

A implantação da prática de atividades físicas, dentro de um protocolo de tratamento, mostra resultados positivos como o aumento da capacidade funcional dos pacientes. Os primeiros estudos que comprovam esse benefício surgiram há duas décadas.5,6

Deste modo a atuação fisioterapêutica é de extrema importância e indispensável no tratamento desses pacientes e pode ser evidenciada por meio da realização de um programa de reabilitação cardíaca. O programa de reabilitação cardíaca na IC é composto por exercícios aeróbicos, resistidos e respiratórios. Como o fluxo sanguíneo se torna lento, esses exercícios visam aumentar o fluxo e diminuir sinais e sintomas de fadiga e dispneia.7

Devido ao aumento da prevalência da IC e as alterações relacionadas a diminuição da capacidade funcional proporcionada pela mesma, bem como a preocupação de que os pacientes reestabeleçam suas atividades cotidianas o mais breve possível, o presente estudo

(12)

tem como objetivo verificar as diferentes condutas fisioterapêuticas destinadas ao tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca.

(13)

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, no qual foram utilizados artigos científicos em português e inglês de revistas indexadas nos bancos de dados Bireme e Pubmed, nas bases de dados Medline, Scielo, Lilacs e PEDRo, publicados entre os anos de 1997 à 2016.

Para esta revisão foram selecionados e considerados apenas os artigos publicados na íntegra, com base nos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): coração, insuficiência cardíaca, exercício, reabilitação, fisioterapia; para os artigos publicados em português, e heart, heart failure, exercise, rehabilitation, physical therapy specialty para os artigos de língua inglesa.

Para a elaboração do trabalho foram incluídos estudos que estivessem disponíveis na íntegra, a população-alvo da pesquisa fosse composta por indivíduos portadores de insuficiência cardíaca, e os que incluíam exercícios cinesioterapêuticos, respiratórios, aeróbicos e resistidos junto ao programa de tratamento.

(14)

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Conceito de Insuficiência Cardíaca

Para que o organismo funcione corretamente e todos os órgãos exerçam sua função é necessária a presença de sangue e o coração é o órgão bombeador, que distribui esse sangue para todo o organismo, transportando oxigênio e nutrientes para as células do corpo humano. A parede do coração é composta por três camadas: endocárdio que corresponde a membrana interna do coração e está diretamente em contato com o sangue; miocárdio a camada média e mais espessa do coração, composto de músculo estriado cardíaco e o pericárdio que compõe o revestimento externo do coração e o protege.1

O coração é dividido em quatro câmaras: átrio e ventrículo direito, sendo responsáveis pelo bombeamento do sangue para os pulmões; já o átrio e o ventrículo esquerdo são responsáveis pelo bombeamento de sangue para outras estruturas do corpo. Entre o átrio e o ventrículo direito, encontra-se a valva tricúspide; e separando o átrio e ventrículo esquerdo, a valva mitral. O funcionamento cardíaco se divide em duas fases: sistólica e diastólica. A sistólica ocorre quando o músculo cardíaco ejeta o sangue para as artérias e a diastólica ocorre quando o músculo relaxa e o ventrículo se enche com o sangue venoso.1

Quando uma dessas funções se compromete e a demanda necessária de suprimento sanguíneo é diminuída temos um quadro chamado de Insuficiência Cardíaca (IC).8 Se o sangue se acumular do lado direito do coração, os sintomas se iniciarão geralmente com edema em membros inferiores que exibirá melhora quando o indivíduo se deitar, porém se o acúmulo acontecer do lado esquerdo do coração, poderá levar a dificuldades respiratórias e tosse.9

A IC é uma condição crônica e progressiva que pode ameaçar a vida do indivíduo, pois resulta na redução da quantidade de oxigênio e nutrientes entregues ao organismo e isso gera alterações vasculares, metabólicas, hemodinâmicas, miocárdicas e psicológicas que vão limitar o indivíduo a realizar suas atividades de vida diárias, pois ele vai apresentar uma limitação física e posteriormente funcional.9

De acordo com New York Heart Association (NYHA)10 a IC é dividida em quatro

(15)

vida do paciente perante a doença. Essas quatro classes são: classe I, onde o paciente não possui limitação funcional, ou seja, ausência de sinais e sintomas como fadiga e dispneia durante atividades cotidianas; classe II, pacientes que apresentam limitação leve, porém ainda se sentem confortáveis ao repouso, habitualmente pode haver fadiga e dispneia durante atividade física; classe III, paciente relata desconforto mesmo em atividades menos intensas e de pequenos esforços e por último a classe IV, onde os sintomas da insuficiência podem estar presentes mesmo ao repouso, impossibilitando qualquer realização de atividade cotidiana.11

Embora a IC seja causada pela ineficiência do coração em bombear adequadamente o sangue, pode, no entanto ter causas variadas, isto é, na maioria dos casos acontece porque o coração sofreu uma lesão, podendo incluir ataque cardíaco, hipertensão arterial sistêmica, miocardiopatia e válvula cardíaca comprometida. O risco encontra-se aumentado nos indivíduos que apresentam excesso de peso, são diabéticos, tabagistas e etilistas.12

3.2 Prevalência

A prevalência da IC está crescendo e isso se dá pelo aumento da expectativa de vida da população, visto que sua preferência é maior na faixa etária mais elevada, a partir dos 65 anos. Ela é considerada a principal causa de internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS).13,14

A IC é uma síndrome clínica complexa e crônica que gera prejuízos na qualidade de vida e tem sido considerado um grande problema de saúde pública, elevando os custos governamentais devido ao grande número de internações. Em 2004, de acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), 28% das internações por doenças cardiovasculares foram causadas pela IC.13,14

No Brasil, acredita-se, que existam 6,4 milhões de pessoas portadoras de IC, e ela foi a terceira causa de internação em 2007.15 Em 2011, a IC foi responsável por 39,1% das mortes por Doenças do Aparelho Circulatório (DAC). As taxas de óbitos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul declinaram, com exceção dos indivíduos com 80 anos ou mais.16 No estado do Mato Grosso, de acordo com o SUS, ocorre por ano 9.000 internações e 350 mortes pela IC e ela é responsável por mais de 500 mil hospitalizações nos Estados Unidos.17

No Brasil, em 2010, foram registrados 27.544 óbitos relacionados à IC e em 2025 estima-se que a IC será a primeira causa de morte por doença cardiovascular no mundo.15

(16)

Estudos mostram que a prevalência da IC vai aumentar em 46% até 2030, e em 2012, 21% das internações por doenças do aparelho circulatório foram devidas à IC.14

3.3 Manifestações Clínicas

Os sinais e sintomas dependem do grau e complexidade da IC, porém os mais comuns são a dispneia e a fadiga decorrentes da diminuição da oferta de oxigênio aos tecidos e das concentrações de hemoglobina devido ao baixo débito cardíaco, sinais de cianose de extremidades e ascite.18

Em casos mais graves da doença pode estar presente edema agudo de pulmão, causado pelo acúmulo de líquido nos espaços alveolares e choque cardiogênico, pela hipotensão arterial. Tais manifestações clínicas podem estar acompanhadas ainda por hipoperfusão tecidual e disfunção orgânica.18

3.4 Fisiopatologia

A IC pode ser caracterizada pela diminuição do débito cardíaco (DC) ou pela estagnação do sangue após uma lesão cardíaca (infarto agudo do miocárdio, miocardiopatia) ou após uma sobrecarga hemodinâmica (hipertensão, estenose aórtica, valvulopatia).Devido a essa diminuição do DC e aumento da pressão há ativação de mecanismos compensatórios, que por um curto período são benéficos, porém quando prolongados se tornam prejudiciais.19

Um desses mecanismos compensatórios é a ativação do sistema nervoso simpático, que por sua vez aumenta a contratilidade do miocárdio e a frequência cardíaca, essas ações aumentam o DC e melhoram o fluxo sanguíneo, porém há um grande gasto energético e como consequência hipertrofia das fibras do miocárdio. Outro mecanismo é a retenção renal de líquido. O baixo débito prejudica a função renal, ou seja, enquanto o DC estiver baixo o débito urinário também se manterá menor que o normal, pois esse aumento de volume de líquido corporal e sangue compensa a capacidade de bombeamento diminuída pelo coração.19

Esses mecanismos se ativam perante a incapacidade de bombeamento cardíaco e só terminam quando esse problema for cessado, entretanto quando prolongados, as consequências são prejudiciais levando ao estiramento do músculo cardíaco causado pela

(17)

ativação do sistema nervoso simpático e acúmulo excessivo de líquidos que contribui para o desenvolvimento do edema agudo de pulmão.10,19,20

3.5 Reabilitação Cardiovascular

A Reabilitação Cardiovascular (RC) consiste na prática de atividades que visam a manutenção e restauração das condições físicas, mentais e sociais de um indivíduo cardiopata. Apesar de sua grande importância ela foi introduzida no Brasil apenas na década de 1960 e a partir desse momento vem participando da prevenção de eventos cardiovasculares e da redução da mortalidade.21

Pacientes com insuficiência cardíaca crônica estável, após infarto agudo do miocárdio, após cirurgia de revascularização miocárdica, intervenções percutâneas do miocárdio, no pré e pós-transplante cardíaco, doenças valvares e arteriais periféricas e no pós-operatório de cirurgias cardíacas possuem indicação para participarem de um programa de RC.21

Esse programa é composto por uma equipe multidisciplinar onde médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, educadores físicos trabalham em conjunto para proporcionar ao paciente benefícios em seu quadro clínico.19,22 O tratamento tem como objetivo melhorar a resposta ao exercício, o consumo de oxigênio, o condicionamento aeróbico, a capacidade funcional, reduzir sintomas, diminuir morbidade e mortalidade e restaurar atividades de vida diárias, pois grande parte dos pacientes perdem qualidade de vida.1

Até meados das décadas de 70 e 80 acreditava-se que o repouso no leito era o melhor procedimento a ser aplicado em pacientes com IC1, porém foi comprovado que um programa de RC proporciona uma melhora nos parâmetros fisiológicos, hemodinâmicos, funcionais e autonômicos dos pacientes, como por exemplo, melhora no desempenho cardiovascular e metabólico, assim como aumento da tolerância ao exercício.23

Todo paciente antes de iniciar um programa de RC passa por uma série de avaliações, dentre elas a do cardiologista responsável que avalia o estado clínico e por um fisioterapeuta, onde será avaliado se há alguma limitação estrutural que possa limitar a prática de exercícios.23

Para pacientes com insuficiência cardíaca crônica que apresentem sinais e sintomas controlados e que estejam em classe funcional II e III, de acordo com New York Heart Association, os programas de RC possuem nível de evidência I e recomendação grau A, pois

(18)

diminuem o número de hospitalizações, otimizam o tratamento e melhoram a capacidade funcional.11,24

A RC é composta por quatro fases, a fase I é realizada dentro do hospital, quando o paciente ainda se encontra internado; a fase II é caracterizada pela alta hospitalar até aproximadamente três meses após o evento cardíaco, já a fase III é voltada para recuperação do paciente e a fase IV que possui como característica uma fase sem supervisão. A atuação da fisioterapia em todas essas fases citadas, por meio de recursos e exercícios é de extrema importância, visto que essas atitudes visam a melhora das capacidades funcional e cardiorrespiratória.21

3.5.1 Fases da Reabilitação Cardiovascular

É importante ressaltar que todo indivíduo necessita de uma liberação médica para iniciar um programa de exercício supervisionado e esse programa deve ser individualizado e monitorado, visando as características de cada paciente e a sua segurança.25

A fase I também é conhecida como fase hospitalar e tem como duração o período de cinco a 14 dias e destina-se aos cuidados do paciente hospitalizado. É composta por uma série de exercícios de fácil aplicação e voltados para as atividades de vida diária.24,25

Esses exercícios iniciam-se 24 horas após o evento cardíaco e devem ser de baixa intensidade (2 a 4 equivalentes metabólicos - METs), como por exemplo, exercícios metabólicos de extremidades, exercícios respiratórios, exercícios suaves, ativos ou passivos, de movimentação e alongamentos de membros superiores e inferiores que visam a movimentação precoce do paciente e podem ser realizados imediatamente após a estabilização clínica, ou seja, em casos de IC após a melhora da dispneia, com duração de aproximadamente 20 minutos e duas vezes ao dia.20,21,25

A adoção da sedestação bem como a deambulação pelo corredor do hospital também se faz necessária, para reduzir os efeitos prejudiciais do repouso no leito, desde que não haja nenhuma contraindicação como angina estável, taquicardia, arritmias descontroladas, para um começo de vida ativa e produtiva.20

Essa fase tem como objetivo aumentar a confiança do paciente, diminuir o tempo de internação bem como os gastos hospitalar. Deve-se verificar a Escala de Borg, a pressão arterial, frequência cardíaca e a frequência respiratória no repouso e após o exercício.20

(19)

A fase II ou fase de convalescência consiste em uma etapa extra-hospitalar de um período de até três meses após o evento cardíaco.Como o paciente permanece muito tempo em repouso, acaba apresentando alguns déficits como fraqueza muscular.24

Essa fase tem como objetivo melhorar a função cardiovascular, a capacidade funcional, endurance e preparar o paciente para o retorno de suas atividades por meio de treinamento aeróbico em esteira rolante e bicicleta ergométrica, sendo a frequência de treinamento a mesma da frequência cardíaca observada no teste ergoespirométrico, porém se o paciente não apresenta tal exame, deve-se utilizar de 50 a 70% da frequência cardíaca máxima observada no teste ergométrico, três vezes por semana. Nessa fase estão presentes também os exercícios calistênicos, alongamento de grande grupos musculares e caminhadas Cada sessão pode apresentar 45 minutos de duração, sendo dez minutos destinados ao aquecimento, 25 minutos para o condicionamento e os dez minutos finais para o relaxamento.20

Na fase III ou fase ambulatorial, de seis a doze meses após o evento cardíaco, o paciente já apresenta condições favoráveis para desenvolver atividades aeróbicas satisfatórias e promover adaptações no sistema cardiovascular.10,20

Nessa fase, o protocolo baseia-se em 60 a 80% da frequência cardíaca máxima encontrada no teste ergométrico, com duração de cinco sessões por semana e exercícios resistidos nos grandes grupos musculares com intensidade moderada de 40 a 60% da carga encontrada no teste de uma repetição máxima (1 RM), realizados duas vezes na semana.20

Por último, a fase IV é caracterizada por atividades domiciliares que visam ajudar o paciente a manter um estilo de vida saudável e controlar os fatores de risco; seu término é indefinido e não há necessidade de supervisão.20

3.5.2 Objetivos e Benefícios da Reabilitação Cardiovascular

Os protocolos de RC têm como objetivo aumentar a capacidade funcional de pacientes com IC, melhorar a qualidade de vida, reverter alterações fisiopatológicas, diminuir número de internações, morbidades e mortalidade.26

O treinamento físico para esses pacientes traz benefícios funcionais, metabólicos e neuroendócrinos. Os funcionais são o aumento do volume plasmático, do volume de ejeção, do volume diastólico final do ventrículo esquerdo, do débito cardíaco e diminuição da frequência cardíaca de repouso.26

(20)

Entre os metabólicos destacam-se o aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2

máximo), da remoção do lactato, da utilização da gordura, do volume e do número de mitocôndrias, do estoque de glicogênio.23,26

A diminuição das catecolaminas circulantes em repouso, aumento da atividade simpática durante o exercício, do tônus vagal e da sensibilidade barorreflexa são os benefícios neuroendócrinos. além de benefícios psicológicos, como o bem estar.19,23

3.5.3 Indicações e Contraindicações

Os protocolos que envolvem atividades físicas dentro de um programa de RC são indicados para pacientes que possuem fatores de risco para doenças coronárias, insuficiência cardíaca, pós-infarto agudo do miocárdio, angina estável, revascularização miocárdica, valvulopatias e pós-transplante cardíaco.26

Pacientes que apresentam miocardite ativa, angina instável, pericardite aguda, tromboflebite, hipertensão pulmonar ou arterial graves não tratadas, infecções agudas, taquicardia ventricular em repouso, entre outras manifestações possuem contraindicação absoluta para a participação do programa de RC.26

(21)

4 RESULTADOS

Foram encontrados 30 artigos científicos, dos quais 25 estavam de acordo com os critérios de inclusão previamente estabelecidos para esta revisão. Os artigos inclusos nesta revisão foram publicados em periódicos nacionais e internacionais em português e inglês, distribuídos segundo o ano conforme observado na Figura 1.

Figura 1: Artigos publicados em português e inglês segundo o ano.

Foram utilizadas revisões bibliográficas, estudo com grupo controle, diretrizes, estudos experimentais, estudos randomizados, estudo prospectivo randomizado, estudo retrospectivo tipo coorte, estudo randomizado controlado, metanálise, ensaio clínico randomizado pragmático.

Posteriormente, os artigos foram agrupados em categorias que abordavam autor, ano de publicação, método, objetivo e conclusão.

As características dos estudos incluídos na presente revisão podem ser observadas na Tabela 1.

(22)

Tabela 1: Resumo dos estudos incluídos (n = 25).

Autor Ano Método Objetivo Conclusão Meyer K. 2001 Revisão Analisar os efeitos dos

diferentes tipos de treinamento físico na insuficiência cardíaca.

Não há um consenso para identificar qual o melhor tipo de treinamento que deve ser aplicado.

Gianuzzi P, Tavazzi L, Meyer K. et al.

2001 Revisão Apresentar as principais recomendações para o treinamento físico em pacientes com insuficiência cardíaca.

O treinamento físico como parte de um programa abrangente pode aumentar a tolerância ao exercício em pacientes com insuficiência cardíaca. Silva MSV, Bocchi EA, Guimarães GV et al. 2002 Estudo com Grupo Controle

Estudar o efeito do treinamento físico na capacidade física de portadores de insuficiência cardíaca, a partir de um programa de fácil aplicação e baixo custo na comunidade, sem dispor de investigações complexas.

Programas de treinamento físico podem determinar aumento da capacidade física em pacientes com insuficiência cardíaca, o que se manifesta pelo aumento da distância percorrida, bem como a própria redução da frequência cardíaca poderia indicar diminuição da ativação neuro-hormonal. Araújo CGS,

Carvalho T, Castro CLBC et al..

2004 Revisão Oferecer subsídios para a implantação de Programas de Exercício com Supervisão Médica (PESM), visando, em última instância, viabilizar uma maior disseminação do procedimento em nosso meio.

Com o aumento da incidência de eventos coronarianos e do crescente reconhecimento do papel benéfico do exercício físico regular, tenderá a aumentar a demanda por PESM nas cidades brasileiras de grande e médio porte. Volaklis KA e

Tokmakidis SP.

2005 Revisão Demonstrar a importância da implantação do exercício resistido no programa de reabilitação cardíaca.

A aplicação dos programas específicos de exercício de resistência é seguro e induz significativas adaptações metabólicas e funcionais, contribuindo para o tratamento de fraqueza muscular e miopatia específica presentes na insuficiência cardíaca crônica. Carvalho T, Cortez AA, Ferraz A, et al. 2006 Diretiz de Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica: Aspectos Práticos Responsabilidades

Contribuir para o surgimento de ações políticas nas quais a Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica seja priorizada.

(23)

Continuação da Tabela 1. Gonçalves FDP,

Marinho PEM, Maciel MA, et al.

2006 Estudo Experimental

Avaliar a qualidade de vida de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio e que participaram de um programa de reabilitação cardíaca, através da aplicação do questionário MOS SF-36.

Após o procedimento cirúrgico e a reabilitação cardíaca, a autoconfiança foi devolvida trazendo melhor perspectiva de vida e segurança para a retomada das atividades da vida diária. Degache F, Garet M, Calmels P, et al. 2007 Estudo Experimental

Comparar os efeitos de dois tipos de programas de treinamento sobre a força muscular isocinética e capacidades aeróbias em pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva.

Foi observado aumento do VO2 máximo e aumento significativo da força muscular. Feiereisen P, Delagardelle C, Vaillant M, et al. 2007 Estudo Randomizado Estudar os efeitos do treinamento de força exclusivo em pacientes com insuficiência cardíaca crônica em comparação com a resistência convencional.

Independentemente da modalidade, o treinamento físico intensivo é eficiente no aumento da função cardíaca, da capacidade de exercício, da função muscular periférica e da qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca crônica. Laoutaris ID, Dritsas A, Brown MD, et al. 2007 Estudo Experimental Avaliar os efeitos do treinamento muscular inspiratório sobre as citocinas plasmáticas, proteína C-reativa na Insuficiência Cardíaca Crônica (ICC). Um programa de treinamento muscular inspiratório de alta intensidade resultou na melhora do estado funcional dos pacientes com ICC em comparação com o treinamento muscular inspiratório de baixa intensidade. Beckers PJ, Denollet J, Possemiers NM, et al.. 2008 Estudo Prospectivo Randomizado Comparar os efeitos do treinamento de resistência combinado com o treinamento de endurance em pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica (ICC).

Em pacientes com ICC o treinamento combinado teve um efeito mais pronunciado sobre a capacidade submáxima de exercício, força muscular e qualidade de vida.

Rabbo MPS, Campos L, Barbosa SR, et al.

2010 Revisão Avaliar a atuação de profissionais de diferentes áreas da saúde, assim como o custo- efetividade dos programas de reabilitação cardiovascular. Um programa de reabilitação cardiovascular onde a avaliação, o diagnóstico, a definição da melhor estratégia de atuação, como também o acompanhamento evolução do tratamento, devam contemplar as diferentes experiências e possíveis ferramentas disponibilizada por estes agentes de saúde.

(24)

Continuação da Tabela 1. Piepoli MF, Corrà U, Benzer W, et al.

2010 Revisão Fornecer as recomendações práticas sobre os componentes e objetivos da intervenção da reabilitação cardíaca em diferentes condições cardiovasculares centrais, para ajudar na concepção e desenvolvimento dos programas, apoiar os profissionais de saúde, seguradoras e os consumidores no reconhecimento da natureza abrangente da reabilitação cardíaca. Há grandes evidências sobre os benefícios da reabilitação cardíaca para todos os pacientes. Muela HCS, Bassan R, Serra SM. 2011 Estudo Retrospectivo Tipo Coorte

Avaliar os benefícios clínicos e funcionais do Programa de Reabilitação Cardíaca em pacientes encaminhados ao Centro de Cardiologia do Exercício do Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, Rio de Janeiro.

O Programa de Reabilitação Cardíaca utilizado neste estudo proporcionou significativa melhora dos parâmetros fisiológicos, hemodinâmicos, funcionais e autonômicos dos pacientes e, consequentemente, no desempenho cardiovascular e metabólico no exercício. Bosnak Guclu M, Arikan H, Savci S, et al. 2011 Estudo Randomizado Controlado Investigar os efeitos do treinamento muscular inspiratório na capacidade funcional e equilíbrio, respiratória e força muscular periférica, a função pulmonar , dispneia, fadiga, depressão e qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca.

O treinamento muscular inspiratório melhora a capacidade funcional, respiratória, força muscular periférica, equilíbrio funcional, alivia a dispneia e diminui a depressão em pacientes com insuficiência cardíaca. Bocchi EA, Marcondes Braga FG, Bacal F, et al. 2012 Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica – Sociedade Brasileira de Cardiologia

Esta atualização da Diretriz de Insuficiência Cardíaca Crônica surge para reavaliar as recomendações através de uma avaliação criteriosa das pesquisas (considerando-se a qualidade dos estudos), fundamental para que se atinja esse propósito. - Belardinelli R, Georgiou D, Cianci G et al. 2012 Estudo Randomizado Investigar o efeito de um programa de treinamento físico a longo prazo em pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica (ICC).

O treinamento físico realizado duas vezes por semana durante 10 anos manteve a capacidade funcional, melhorou a qualidade de vida, reduziu eventos cardiovasculares e hospitalizações pacientes com ICC.

(25)

Continuação da Tabela 1.

Maiorana A. 2012 Estudo

Randomizado

Verificar a eficácia do exercício aeróbico intervalado em comparação com a formação contínua moderada para melhorar a forma física aeróbica e remodelação do miocárdio em pacientes com insuficiência cardíaca estável.

Em adultos com

insuficiência cardíaca estável, o exercício aeróbico obteve maiores ganhos do que o contínuo moderado na melhoria da capacidade aeróbica e medidas que refletem na função ventricular esquerda e endotelial.

Ades PA, Keteyian SJ, Balady GJ, et al.

2013 Revisão Delinear o papel da reabilitação cardíaca estruturada, incluindo treinamento físico e aconselhamento de auto-cuidado, em pacientes com Isuficiência Cardíaca Crônica (ICC) e fazer recomendações para a seleção de pacientes adequados para a reabilitação cardíaca.

A reabilitação cardíaca e o auto-cuidado conferem benefícios clínicos significativos a indivíduos com ICC estável. A capacidade ao exercício é aumentada, os sintomas clínicos melhoram e a qualidade de vida é maior.

Haykowsku MJ, Timmons MP, Krugger C, et al.

2013 Metanálise Comparar os efeitos do treinamento físico aeróbico intervalado com o treinamento físico contínuo em pacientes com insuficiência cardíaca clinicamente estáveis.

Em pacientes com insuficiência cardíaca, clinicamente estáveis, e com fração de ejeção reduzida, o treinamento físico aeróbico intervalado é mais eficaz do que o treinamento contínuo. Herdy AH, López

FJ, Terzic CP, et al. 2014 Diretriz Sul-Americana de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular Auxiliar os profissionais de saúde a alcançarem medidas efetivas de prevenção e Reabilitação Cardiovascular na prática clínica diária.

- Koufaki P, Mercer TH, George KP, et al. 2014 Ensaio Clínico Randomizado Pragmático Comparar a eficácia do treinamento intervalado de baixo volume e alta intensidade com o treinamento físico aeróbico contínuo no paciente com insuficiência cardíaca crónica.

O treinamento de baixo volume e alta intensidade intervalado é uma modalidade viável e bem tolerada na reabilitação cardíaca, mas não é mais eficaz do que o treinamento físico contínuo. Quintão M, Chermont S, Marchese L, et al.. 2014 Estudo Randomizado

Determinar os efeitos agudos da Ventilação Não Invasiva (VNI) com Pressão Positiva Contínua em Vias Aéreas (CPAP) sobre a pressão em pacientes ambulatoriais com Insuficiência Cardíaca Crônica (ICC) estável.

A VNI com CPAP diminuiu a pressão de pulso em pacientes com ICC estável.

(26)

Continuação da Tabela 1. Groehs RV, Dias ET, Correa LMA, et al.

2015 Estudo Randomizado

Testar a hipótese de que o exercício iria melhorar o ganho e reduzir o tempo de atraso do controle barorreflexo arterial da atividade nervosa simpática muscular em pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica (ICC).

O treinamento físico sobre a atividade nervosa simpática em pacientes com ICC tem efeitos positivos e preserva a deterioração da atividade barorreflexa. Fu TC, Yang NI, Wang CH, et al. 2016 Estudo Experimental Investigar as influências do treinamento aeróbico intervalado na resposta hemodinâmica central ou periférica ao exercício em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada ou aqueles com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.

O exercício aeróbico intervalado aumenta de forma eficaz a resposta hemodinâmica cardíaca ao exercício em pacientes com fração de ejeção reduzida enquanto aumenta a entrega e o uso de oxigênio para exercitar os músculos esqueléticos e tecidos do lobo frontal cerebral em pacientes com fração de ejeção preservada.

(27)

5 DISCUSSÃO

Um programa de RC deve ser individualmente prescrito e preparado de acordo com as necessidades e limitações de cada indivíduo, bem como monitorado rigorosamente para oferecer aos pacientes ótimas oportunidades de retomarem uma vida saudável, produtiva e adaptações cardiovasculares significativas. A atuação fisioterapêutica está presente para pacientes com IC tanto no âmbito hospitalar, quanto no ambulatorial.22,23,27

No âmbito hospitalar, o qual corresponde a primeira fase do programa de RC, o principal objetivo é diminuir os prejuízos causados pelo repouso prolongado no leito. Desse modo são utilizados exercícios de baixa intensidade como alongamentos de grandes grupos musculares de membros superiores e inferiores, exercícios passivos e ativos, bem como exercícios respiratórios a fim de evitar complicações pulmonares. 24,28

Os alongamentos, inicialmente realizados de forma passiva no leito, evoluem para ativo-assistido ou ativo-livre com o paciente deitado, sentado e por último, em posição ortostática. A duração recomendada para cada alongamento varia de 15 a 20 segundos.24,28

O paciente progride por séries de exercícios passivos, ativos e resistidos para membros superiores e inferiores, nas posições deitado, sentado e em pé, respectivamente. Preconiza-se uma série com dez repetições para cada exercício.24,28

As técnicas de fisioterapia respiratória deverão ser aplicadas em pacientes que apresentem secreções pulmonares. Recomendam-se manobras de higiene brônquica e reexpansão pulmonar, técnicas como huffing e tosse assistida, além de exercícios respiratórios como respirações profundas com percepção diafragmática e cinesioterapia respiratória com padrões ventilatórios em um, dois e três tempos.24,28

Para a melhora dos sinais e sintomas da IC, como a dispneia, o uso do Threshold® IMT (Threshold Inspiratory Muscle Trainer) tem mostrado resultados bastante significativos para o treinamento da musculatura inspiratória nos estágios iniciais da fase hospitalar. Preconiza-se começar o tratamento com 30% da Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e aumentar até 60%

num período de sete a dez dias, a duração utilizada é de 20 a 30 minutos por dia, de três a cinco sessões por semana.4,29,30 Os mesmos resultados foram obtidos nos estudos de Bosnak

Guclu et al.31, os quais aplicaram um protocolo utilizando 40% da PI

máx em 16 pacientes

(28)

Entretanto, Laoutaris et al.32, demonstraram em seus estudos com trinta e oito pacientes com IC que o uso do treinamento muscular inspiratório de alta intensidade oferece um aumento da força muscular inspiratória, PImáx, capacidade vital forçada bem como um

aumento do VO2 pico,quando comparado ao grupo de treinamento muscular inspiratório de

baixa intensidade. No grupo de alta intensidade foi utilizado 60% da pressão inspiratória máxima e 15% no grupo de baixa intensidade, três vezes por semana durante dez semanas.

O uso da Ventilação Não Invasiva (VNI) é um método que tem sido bastante utilizado em pacientes hospitalizados com IC. Estudos mostram que, inicialmente, deve-se utilizar uma pressão de três cmH2O por cinco minutos e depois aumentar para seis cmH2O mantidos por

25 minutos, por meio da Pressão Positiva Contínua em Vias Aéreas (CPAP). Após a aplicação de tal protocolo foi possível perceber uma diminuição da frequência cardíaca, da pressão arterial sistólica e da frequência respiratória.33

O treino de marcha também pode ser inserido na fase hospitalar e o mesmo inicia-se estaticamente evoluindo para a deambulação, a princípio no quarto e, posteriormente no corredor do hospital. As caminhadas iniciais devem ser de 35 metros podendo atingir até 300 metros. Sua duração deve ser de três a dez minutos, dependendo da evolução clínica individual. Após conseguir deambular 100 metros, o paciente deverá iniciar a descida de degraus e após a deambulação de 165 metros, o paciente poderá subir e descer degraus.24,28

Já no âmbito ambulatorial é possível observar uma maior atuação da fisioterapia no Brasil. Nessa fase, o fisioterapeuta realiza os procedimentos em três etapas, sendo a primeira denominada de aquecimento, seguida do condicionamento e por último o relaxamento.20,23

Segundo Araújo et al.25 a RC apresenta objetivos a curto, médio e longo prazo, por isso a duração das sessões podem variar de minutos até uma hora de atividades. Para alcançar os objetivos se faz necessário a participação contínua do paciente.

Silva et al.17, realizaram um estudo com 24 pacientes com sinais e sintomas de IC divididos em dois grupos. O primeiro grupo era formado por 12 pacientes que participaram do programa de treinamento, já o segundo era constituído por outros 12 pacientes que não foram submetidos ao programa de treinamento. Foi aplicado um programa de reabilitação cardiovascular supervisionado durante três meses, com duração de trinta a sessenta minutos cada sessão, três vezes por semana.

O protocolo de tratamento constituía de alongamentos dos grandes grupos musculares de membros superiores e inferiores, caminhadas com intensidades que variavam de 60 a 80% da frequência cardíaca máxima e exercícios localizados para membros superiores e inferiores utilizando a própria resistência. Ao final do estudo, os autores obtiveram resultados positivos

(29)

como a diminuição do duplo produto no pico do exercício, diminuição da ocorrência de eventos cardiovasculares, melhora na tolerância ao exercício e na capacidade física.17

Devido ao déficit de força e resistência muscular observados nos pacientes com IC, estudos demonstram a importância da inclusão de exercícios resistidos no tratamento desses pacientes. Diante disso, Feiereisen et al.34 aplicaram um protocolo constituído de treinamento aeróbico combinado com treinamento resistido, o qual contemplava quarenta sessões, três vezes por semana.

O treinamento aeróbico era composto por vinte minutos de cicloergômetro, com intensidade de 60 a 70% do VO2 máx e o treinamento resistido tinha duração de quarenta

minutos e era constituído por dez exercícios diferentes envolvendo os grandes grupos musculares de membros superiores e inferiores realizados em quatro séries de dez repetições, com 40 a 60% de uma RM e por último, o treinamento combinado com 20 minutos de exercícios aeróbicos combinados com 20 minutos de exercícios resistidos.34

O respectivo estudo demonstrou que os parâmetros avaliados, tais como: fração de ejeção do ventrículo esquerdo, VO2 máx, força muscular de extensores de joelho, resistência e

qualidade de vida obtiveram melhoras significativas nos três grupos, porém a força dos extensores de joelho no grupo de treinamento aeróbico não sofreu alterações significativas.34

Já Beckers et al.35, em seu estudo randomizado, seguiram um protocolo de 70 sessões de exercícios aeróbicos combinados com exercícios de resistência, com 60 pacientes por seis meses, o qual constava de exercícios realizados três vezes por semana com duração de 60 minutos, sendo cinco minutos iniciais destinados ao aquecimento e os últimos cinco minutos ao relaxamento.

Na fase de condicionamento, a intensidade do treinamento usada na bicicleta e na esteira durante as sessões foi de 90% da frequência cardíaca máxima e 50% de uma RM para o treino de resistência, com um minuto de descanso entre cada série. Ao término do estudo foi possível obter resultados como aumento do VO2 máx, melhora na capacidade de realização do

exercício, melhora significativa dos sintomas cardíacos, bem como o aumento da qualidade de vida.35

O exercício resistido, além de ser utilizado para complementar o exercício aeróbico, pode ser o alvo principal dentro de um programa de tratamento de pacientes com IC. Volaklis et al.36 mostram que se deve trabalhar com os grandes grupos musculares de membros

superiores e inferiores, a faixa de treino deve estar entre 50% a 60% de uma RM, com oito a dez repetições e um tempo de recuperação adequado para retornar ao nível basal. Diante disso

(30)

é possível obter resultados significativos como o aumento da força, massa, resistência muscular e tolerância ao exercício.

Desse modo, a American Heart Association propôs um guideline de treinamento resistido composto por uma série de dez a quinze repetições, com oito a dez exercícios diferentes realizados dois dias por semana, com intensidade de 30 a 40% de uma RM para os grandes grupos musculares de membros superiores e 50 a 60% de uma RM para os grandes grupos musculares de membros inferiores. O aumento da carga deve ser de 5% quando os pacientes conseguirem realizar de forma confortável doze a quinze repetições.37

Da mesma maneira, Ades et al.38 esclarecem que o treinamento físico favorece o pico do VO2, a função hemodinâmica central, autonômica, vascular periférica e muscular, além de

permitir aos pacientes uma frequência cardíaca de repouso mais baixa e a realização de atividades físicas com menos dispneia e fadiga.

Esses autores defendem também que o autoatendimento é indispensável para a manutenção da estabilidade, dos resultados obtidos durante toda a fase de reabilitação e da qualidade de vida. Dessa forma, se faz necessário manter uma rotina de hábitos saudáveis e educação do paciente em relação ao seu estado clínico.38

Durante dez anos Belardinelli et al.39 aplicaram um protocolo supervisionado de

exercícios realizados duas vezes por semana com intensidade de 60% do VO2 máx. Dos 123

pacientes, 63 fizeram parte do grupo de treinamento, já os outros 60 pacientes não participaram do treinamento supervisionado.Após o período de estudo, eles concluíram que o grupo submetido ao programa de treinamento físico supervisionado obteve uma melhora da capacidade funcional, do consumo de oxigênio máximo em 60%, diminuição de eventos cardiovasculares e de hospitalizações quando comparado ao grupo que não participou.

Maiorana40 realizou um estudo randomizado com 27 pacientes divididos em três grupos, no qual aplicou três tipos de treinamento. O primeiro grupo realizou um treinamento aeróbico intervalado, o segundo um treinamento contínuo e o último era um grupo controle que realizava caminhada uma vez a cada três semanas. Tal estudo teve duração de doze semanas. Os participantes do treinamento intervalado realizavam caminhadas na esteira com quatro minutos de intervalo com 90 a 95% da FCmáx, os participantes do treinamento contínuo

caminhavam continuamente por 47 minutos, com 70 a 75% da FCmáx.

O estudo alcançou um resultado mais satisfatório no grupo de exercícios intervalados. No final do treinamento, o VO2máx desses participantes obteve uma melhora maior comparado

(31)

também maiores ganhos em relação a função endotelial, sistólica e diastólica.32 Esses mesmos resultados foram encontrados por Haykowsky et al.41 em seus estudos.

Para demonstrar as adaptações causadas em indivíduos com insuficiência cardíaca Fu et al.42 aplicaram um treinamento aeróbico intervalado por doze semanas em cento e vinte pacientes. O tratamento era composto por trinta minutos de exercícios a 40% e 80% do VO2 máx comintervalos de três minutos, três dias por semana. O estudo comprovou que o tipo de

treinamento aplicado oferece melhor eficácia na resposta hemodinâmica cardíaca e na utilização do oxigênio durante as atividades.

Contudo, Koufaki et al.43 seguiram um protocolo por vinte e quatro semanas, que constava de exercícios realizados três vezes na semana. O grupo de treinamento aeróbico contínuo utilizou uma intensidade moderada, ou seja, 40 a 60% do VO2 pico por 40 minutos,

já o grupo de treinamento de alta intensidade intervalado realizou duas sessões de 15 minutos com uma intensidade de 90% do VO2 máx. Entretanto, o resultado obtido mostrou que o

treinamento de alta intensidade intervalado é bem tolerado pelos indivíduos com IC, porém a eficácia do treinamento aeróbico contínuo é superior.

Já Groehs et al.44 demonstraram em seu estudo que o exercício físico é capaz de controlar a deterioração dos barroceptores. O protocolo foi aplicado por quatro meses em vinte e seis pacientes e constituía de três sessões por semana com duração de 60 minutos cada sessão. A fase de treinamento era composta por atividade na bicicleta e exercícios de fortalecimento local. Os cinco minutos iniciais eram reservados para os alongamentos e os cinco finais para o desaquecimento. A faixa de treino foi estipulada através da frequência cardíaca, que deveria se manter abaixo de até 10% do resultado encontrado no teste de esforço.

Degache et al.45 estudaram vinte e três pacientes por oito semanas. O tratamento foi dividido em dois grupos, sendo que o primeiro seguiu um protocolo de exercícios aeróbicos em um cicloergômetro por quarenta e cinco minutos com intensidade de 65% do VO2 máx. O

segundo grupo realizou exercícios em uma bicicleta combinado com exercício resistido para quadríceps com 70% de uma RM. Em ambos os grupos, os resultados encontrados foram satisfatórios em relação ao VO2 máx, porém apenas no grupo que realizou exercícios resistidos

foi observada melhora tanto no VO2 quanto na força muscular.

Diante do exposto, pode-se observar que as variadas condutas fisioterapêuticas mostraram-se benéficas e podem ser indicadas aos pacientes com IC, tanto no âmbito hospitalar como no ambulatorial.

(32)

6 CONCLUSÃO

O presente estudo concluiu que a intervenção fisioterapêutica pós IC, em todas as fases, é de suma importância e exerce um papel fundamental na qualidade de vida dos pacientes com insuficiência cardíaca, pois os exercícios cinesioterapêuticos, aeróbicos, respiratórios e resistidos têm o intuito de melhorar o condicionamento cardiovascular, o consumo de oxigênio, aumentar a força muscular, prevenir complicações pulmonares, aumentar a capacidade funcional, a condição física, mental e social, tornando-os capazes de retornar mais precocemente as suas atividades com melhor qualidade de vida, prevenir a progressão da patologia; além de reduzir a frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e a concentração plasmática de catecolaminas simpáticas em intensidades submáximas de exercício.

Diante do exposto, todas as condutas fisioterapêuticas estudadas diferenciam-se no que se refere a intensidade, frequência e número de séries dos exercícios, bem como o tempo de cada sessão. Contudo, todas as condutas mostraram-se eficientes quando aplicadas em pacientes com IC.

(33)

REFERÊNCIAS

1. Dal Lago P, Stein R, Ribeiro JP. Exercício em pacientes com insuficiência cardíaca: do dogma às evidências. Rev Soc Cardiol Rio Grande do Sul. 2005;4:1-6.

2. Cavallaro KS. Efeitos do treinamento físico sobre a morbimortalidade e a qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca: sugestão de um programa abrangente. Rev Bras Ciên Saúde. 2011;9(30):47-54.

3. Go AS, Mozaffarian D, Roger VL, Benjamin EJ, Berry JD, Blaha MJ, et al. American Heart Association Statistics Committee and Stroke Statistics Subcommittee.Heart disease and stroke statistics-2014 update: a report from the American Heart Association. Circulation. 2014;129(3):28-292.

4. Bocchi EA, Marcondes FG, Bacal F, Ferraz AS, Albuquerque D, Rodrigues D, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônica. Arq Bras Cardiol. 2012;98:1-33

5. Carneiro JC, Veríssimo R, Veríssimo MT. Exercício físico e insuficiência cardíaca. Rev Med Desp. 2012;3(5):25-28.

6. Corrêa LMA, Santos TSNP, Moura THP, Negrão CE. Alterações autonômicas na insuficiência cardíaca: benefícios do exercício físico. Rev SOCERJ. 2008;21(2):106-111.

7. Brum PC, Forjaz CLM, Tinucci T, Negrão CE. Adaptações agudas e crônicas do exercício físico no sistema cardiovascular. Rev Paul Educ Fís. 2004;18:21-31.

8. Vidal TMS, Brandão SCS, Brandão DC, Batista GR. Exercício aeróbico intervalado na reabilitação de pacientes com insuficiência cardíaca: revisão sistemática de literatura. ABCS Health Sci. 2013;38(3):166-171.

9. Azevedo Júnior A, Martinez DG. Efeitos do exercício físico na qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca. RBPFEX. 2011;5(25):50-60.

10. Bocchi EA, Braga FGM, Ferreira SMA, Rohde LED, Oliveira WA, Almeida DR, et al. III diretriz de insuficiência cardíaca crônica. Arq Bras Cardiol. 2009;93:1-71.

11. Alexandre TS, Teodoro ECM, Boas CMV. Insuficiência cardíaca no idoso: diagnóstico, tratamento clínico e reabilitação. In: Ventura MM, Mendonça LP, Couto TV. Cuidado integral ao idoso hospitalizado. São Paulo: Zagodoni;2005:214-215.

(34)

12. Silveira DF, Ribeiro JL, Ramis TR. Treinamento intermitente na reabilitação de pacientes com insuficiência cardíaca: revisão sistemática. Rev Bras Cardiol. 2012;25(5):418-427.

13. Araújo DV, Tavares LR, Veríssimo R, Ferraz MB, Mesquita ET. Custo da insuficiência cardíaca no sistema único de saúde. Arq Bras Cardiol. 2005;84(5):422-427.

14. Albuquerque DC, Souza Neto JD, Bacal F, Rohde LEP, Pereira SB, Berwanger O, et al. I registro brasileiro de insuficiência cardíaca – aspectos clínicos, qualidade assistencial e desfechos hospitalares. Arq Bras Cardiol. 2015;104(6):433-442.

15. Gonçalves FG, Albuquerque DC. Educação em saúde de pacientes portadores de insuficiência cardíaca. Rev Enferm UERJ. 2014;22(3):422-428.

16. Gaui EN, Oliveira GMM, Klein CH. Mortalidade por insuficiência cardíaca e doença isquêmica do coração no Brasil de 1996 a 2011. Arq Bras Cardiol. 2014;102(6):557-565.

17. Silva MSV, Bocchi EA, Guimarães GV, Padovani CR, Silva MHGG, Pereira SF, et al. Benefits of exercise training in the treatment of heart failure. Study with a control group. Arq Bras Cardiol. 2002;79(4):357-362.

18. Nascimento NW, Braga MS. Insuficiência cardíaca: conhecimento de pacientes em tratamento ambulatorial. J Health Sci Inst. 2015;33(2):156-159.

19. Cambão MS, Moreira AFL. Fisiopatologia da insuficiência cardíaca crônica. Rev Port Cardiol. 2009;28(4):439-471.

20. Herdy AH, López FJ, Terzic CP, Milani M, Stein R, Carvalho T, et al. Diretriz sul-americana de prevenção e reabilitação cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2014;103:1-31.

21. Castro VMN, Vitorino PVO. Revisão integrativa sobre a fisioterapia na reabilitação cardiovascular no Brasil [monografia na internet]. Goiânia: Pontifícia Universidade Católica de Goiás. 2010; [acesso em 23 março 2016];40(4):479-487. Disponível em:

http://habitus.ucg.br/index.php/estudos/article/view/3053/1854.

22. Rabbo MPS, Campos L, Barbosa SR, Rodrigues FSS, Testa RF, Dias MMA, et al. O papel de uma equipe multidisciplinar em programas de reabilitação cardiovascular. Rev Cienc Mov. 2010;23(1):99-106.

(35)

23. Muela HCS, Bassan R, Serra SM. Avaliação dos benefícios funcionais de um programa de reabilitação cardíaca. Rev Bras Cardiol. 2011;24(4):241-250.

24. Carvalho T, Cortez AA, Ferraz A, Nóbrega ACL, Brunetto AF, Herdy AD, et al. Diretriz de reabilitação cardiopulmonar e metabólica: aspectos práticos e responsabilidades. Arq Bras Cardiol. 2006;86(1):74-82.

25. Araújo CGS, Carvalho T, Castro CLBC, Costa RV, Moraes RS, Oliveira Filho JA.

Normatização dos equipamentos e técnicas da reabilitação cardiovascular supervisionada. Arq Bras Cardiol. 2004;83(5):448-452.

26. Godoy M, Bellini AJ, Passaro LC, Mastrocolla LE, Sbissa AS, Araújo CGS, et al. I consenso nacional de reabilitação cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 1997;69(4):267-291.

27. Piepoli MF, Corrà U, Benzer W, Bjarnason-Wehrens, Dandale P, Gaita D, et al. Secondary prevention through cardiac rehabilitation: from knowledge to implemention. A position paper from the Cardiac Rehabilitation Section of the Europen Association of

Cardiovascular Prevention and Rehabilitation. Europ J Cardiov Prev Rehab. 2010;17(1):1-17.

28. Gonçalves FDP, Marinho PEM, Maciel MA, Galindo Filho VC, Dornelas AA. Avaliação da qualidade de vida pós-cirurgia cardíaca na fase I da reabilitação através do questionário MOS SF-36. Rev Bras Fisioter. 2006;10(1):121-126.

29. Meyer K. Exercise training in heart failure: recommendations based on current research. Med Sci Sports Exerc. 2001;33(4):525-531.

30. Gianuzzi P, Tavazzi L, Meyer K, Perk J, Drexler H, Dubach P, et al. Recommendations for exercise training in chronic heart failure patients. Eur Heart J. 2001;22(2):125-135.

31. Bosnak Guclu M, Arikan H, Savci S, Inal Ince D, Tulumen E, Aytemir K, et al. Effects os inspiratory muscle training in patients with heart failure. Respir Med. 2011;105(11):1671-1681.

32. Laoutaris ID, Dritsas A, Brown MD, Manginas A, Kallistratos MS, Degiannis D, et al. Imune response to inspiratory muscle training in patients with chronic heart failure. Eur J Cardiovasc Prev Rehabil. 2007;14(5):679-685.

33. Quintão M, Chermont S, Marchese L, Brandão L, Bernardez SP, Mesquita ET, et al. Acute effects of continuous positive air way pressure on pulse pressure in chronic heart failure. Arq Bras Cardiol. 2014;102(2):181-186.

(36)

34. Feiereisen P, Delagardelle C, Vaillant M, Lasar Y, Beissel J. Is strength training the more efficient training modality in chronic heart failure? Med Sci Sports Exerc. 2007;39(11):1910-1917.

35. Beckers PJ, Denollet J, Possemiers NM, Wuyts FL, Vrints CJ, Conraads VM. Combined endurance-resistance training vs. endurance training in patients with chronic heart failure: a prospective randomized study. Eur Heart J. 2008;29:1858-1866.

36.Volaklis KA, Tokmakidis SP. Resistance exercise training in patients with heart failure. Sports Med. 2005;35(12):1085-1103.

37. Williams MA, Haskell WL, Ades PA, Amsterdam EA, Bittner V, Franklin BA, et al. Resistance exercise in individuals with and without cardiovascular disease: 2007 update. A scientific statement from the american heart association, council on clinical cardiology and council on nutrition, physical activity and metabolism circulation. 2007;116:572-584.

38. Ades PA, Keteyian SJ, Balady GJ, Miller NH, Kitzman DW, Nancini DM, et al. Cardiac rehabilitation exercise and self care for chronic heart failure. JACC Heart Fail. 2013;1(6):540-547.

39. Belardinelli R, Georgiou D, Cianci G, Purcaro A. 10-year exercise training in chronic heart failure: a randomized controlled trial. J Am Coll Cardiol. 2012;60(16):1521-1528.

40. Maiorana A. Interval training confers greater gains than continuous training in people with heart failure. J Physiother. 2012;58(3):199.

41. Haykowsky MJ, Timmons MP, Krugger C, McNeely M, Taylor DA, Clark AM. Meta-analysis of aerobic interval training on exercise capacity and systolic function in patients with heart failure and reduced ejection fractions. Am J Cardiol. 2013;111(10):1466-1469.

42. Fu TC, Yang NI, Wang CH, Chergn WJ, Chou SL, Pan TL, et al. Aerobic interval training elicits different hemodynamic adaptations between heart failure patients with preserved and reduced ejection fraction. Am J Phys Med Rehabil. 2016;95(1):15-27.

43. Koufaki P, Mercer TH, George KP, Nolan J. Low-volume high-intensity interval training vs. continuous aerobic cycling in patients with chronic heart failure: a pragmatic randomized clinical trial of feasibility and effectiveness. J Rehabil Med. 2014;46(4):348-356.

(37)

44. Groehs RV, Dias ET, Correa LMA, Trevizan PF, Rondon MUPB, Oliveira P, et al. Exercise training prevents the deterioration in the arterial baroreflex control of sympathetic nerve activity in chronic heart failure patients. Am J Phys. 2015;308(9):1096-1102.

45. Degache F, Garet M, Calmels P, Costes F, Bathélémy JC, Roche F. Enhancement of isokinetic muscle strength with a combined training programme in chronic heart failure. Clin Physiol Funct Imaging. 2007;27(4):225-230.

(38)

Normas de publicação da Revista Fisioterapia Brasil:

Revista Indexada na LILACS – Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde, CINAHL, LATINDEX.

Abreviação para citação: Fisioter Bras.

A revista Fisioterapia Brasil é uma publicação com periodicidade bimestral e está aberta para a publicação e divulgação de artigos científicos das várias áreas relacionadas à Fisioterapia.

Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderão também ser publicados na versão eletrônica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrônicos (CD-ROM) ou outros que surjam no futuro. Ao autorizar a publicação de seus artigos na revista, os autores concordam com estas condições.

A revista Fisioterapia Brasil assume o “estilo Vancouver” (Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitê Internacional de Diretores de Revistas Médicas, com as especificações que são detalhadas a seguir. Ver o texto completo em inglês desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), www.icmje.org, na versão atualizada de outubro de 2007 (o texto completo dos requisitos está disponível, em inglês, no site de Atlântica Editora em pdf).

Submissões devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo (artigos@atlanticaeditora.com.br). A publicação dos artigos é uma decisão dos editores. Todas as contribuições que suscitarem interesse editorial serão submetidas à revisão por pares anônimos.

Segundo o Conselho Nacional de Saúde, resolução 196/96, para estudos em seres humanos, é obrigatório o envio da carta de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, independente do desenho de estudo adotado (observacionais, experimentais ou relatos de caso). Deve-se incluir o número do Parecer da aprovação da mesma pela Comissão de Ética em Pesquisa do Hospital ou Universidade, a qual seja devidamente registrada no Conselho Nacional de Saúde.

1. Editorial

O Editorial que abre cada número da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos recentes, inovações tecnológicas, ou destaca artigos importantes publicados na própria revista. É realizada a pedido dos Editores, que podem publicar uma ou várias Opiniões de especialistas sobre temas de atualidade.

(39)

2. Artigos originais

São trabalhos resultantes de pesquisa científica apresentando dados originais com relação a aspectos experimentais ou observacionais, em estudos com animais ou humanos.

Formato: O texto dos Artigos originais é dividido em Resumo (inglês e português), Introdução, Material e métodos, Resultados, Discussão, Conclusão, Agradecimentos (optativo) e Referências.

Texto: A totalidade do texto, incluindo as referências e as legendas das figuras, não deve ultrapassar 30.000 caracteres (espaços incluídos), e não deve ser superior a 12 páginas A4, em espaço simples, fonte Times New Roman tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais como negrito, itálico, sobre-escrito, etc.

Tabelas: Recomenda-se usar no máximo seis tabelas, no formato Excel ou Word. Figuras: Máximo de 8 &guras, em formato .tif ou .gif, com resolução de 300 dpi. Literatura citada: Máximo de 50 referências.

3. Revisão

São trabalhos que expõem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das áreas relacionadas à Fisioterapia. Revisões consistem necessariamente em análise, síntese, e avaliação de artigos originais já publicados em revistas científicas. Será dada preferência a revisões sistemáticas e, quando não realizadas, deve-se justificar o motivo pela escolha da metodologia empregada.

Formato: Embora tenham cunho histórico, Revisões não expõem necessariamente toda a história do seu tema, exceto quando a própria história da área for o objeto do artigo. O artigo deve conter resumo, introdução, metodologia, resultados (que podem ser subdivididos em tópicos), discussão, conclusão e referências.

Texto: A totalidade do texto, incluindo a literatura citada e as legendas das figuras, não deve ultrapassar 30.000 caracteres, incluindo espaços.

Figuras e Tabelas: mesmas limitações dos Artigos originais. Literatura citada: Máximo de 50 referências.

4. Relato de caso

São artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos clínicos ou terapêuticos com características semelhantes. Só serão aceitos relatos de casos não usuais, ou seja, doenças raras ou evoluções não esperadas.

Formato: O texto deve ser subdividido em Introdução, Apresentação do caso, Discussão, Conclusões e Referências.

Referências

Documentos relacionados

Este trabalho tem como objetivo analisar o selo ambiental da lavoura de arroz irrigado na perspectiva do técnico que presta assistência as lavouras de arroz, dos produtores

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

• transferência do Hospital de Ilha Solteira para a comunidade local, através da Associação Hospitalar de Ilha Solteira, criada especificamente para a administração do

brasileira da região nordeste do Estado de São Paulo, abrangendo predominantemente a população da cida- de de Ribeirão Preto, as cifras para esses antígenos atingem também os

· 12.6 Outros efeitos adversos Não existe mais nenhuma informação relevante disponível. SECÇÃO 13: Considerações relativas

Se a única confissão do naturalista sobre a falta de recursos para dar prosseguimento às escavações foi feita ao orientador Johannes Christopher Hagemann Reinhardt, pareceu-me

Em São Jerônimo da Serra foram identificadas rochas pertencentes à Formação Rio do Rasto (Grupo Passa Dois) e as formações Pirambóia, Botucatu e Serra Geral (Grupo São

Considerando que a maioria dos dirigentes destas entidades constituem-se de mão de obra voluntária e na maioria das vezes sem formação adequada para o processo de gestão e tendo