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A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO, OS CONTROLES INTERNOS, E DO AMBIENTE INFLACIONÁRIO PARA O CRECIMENTO DAS EMPRESAS.

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Academic year: 2021

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CRECIMENTO DAS EMPRESAS.

Doraci Abling Borges¹ Luciano Fernandes²

RESUMO

Este estudo foi desenvolvido na área de finanças, em uma empresa do ramo de agenciamento de viagens. Seu objetivo central foi discutir e analisar a importância do planejamento financeiro e os controles internos, para o crescimento desta empresa, levando em consideração o ambiente inflacionário. Foi realizado um estudo de caso, de natureza aplicada, no qual foram analisados os métodos usados na empresa para o planejamento financeiro. Por meio de levantamento bibliográfico e análise documental foi feita a coleta dos dados e analisados qualitativamente, buscando identificar a importância destes controles no processo de gestão. Os resultados encontrados indicaram que a empresa possui um sistema de controles internos adequado. Sugerem ainda que alguns processos realizados pela empresa carecem de melhorias.

Palavras-chave: planejamento financeiro, controles internos e ambiente inflacionário.

ABSTRACT

This study was developed in a finance area, in a travel agency. The objective was to discuss and analyze the importance of financial planning and internal controls what makes the company grow up considering the inflationary interference. A case study of applied way was realized, where, to the financial planning, was analyzed the methods used in the company. Based in a literature review and documentary analysis was conducted collecting data and qualitative analyze, looking for identify the importance of these controls in management process. The results shows that the company has an adequate system of internal controls and that some processes made in the company needs to improving too.

¹ Graduanda do Curso Administração de Empresas, da Faculdade Dom Alberto. ² Maestria En Politica Y Gestion De La Educación, e Professor da Faculdade Dom Alberto.

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Keywords: financial planning, internal controls and inflationary interference.

1 Introdução

Sabe-se que o ambiente competitivo das organizações tem se modificado constantemente devido à globalização, obrigando as empresas a adotarem ações estratégicas para superar as dificuldades advindas das mudanças no ambiente externo. As grandes pressões do mercado globalizado e altamente competitivo determinam que as empresas sejam flexíveis e ágeis, de forma a minimizarem os riscos de suas decisões. O planejamento, os controles e a análise financeira procuram orientar a empresa, a curto, médio e longo prazo, para que os recursos sejam aplicados de forma satisfatória pelos seus gestores.

Diante disso, os resultados financeiros de uma empresa, dependem muito de como ela está organizada e estruturada. O planejamento financeiro, e os controles internos devem ser de fácil entendimento, e executável por todos dentro da empresa, desde a alta administração até os setores operacionais. Um fator que afeta diretamente os componentes da gestão empresarial de forma diversificada e muitas vezes conflitante é a inflação. Embora considerada sobre controle, a inflação gera muitas incertezas dentro das organizações principalmente em relação às projeções futuras.

Considerando a realidade da empresa e o ambiente competitivo, o trabalho apontou para duas questões importantes dentro da gestão financeira que foram investigadas: os parcelamentos, ou prazos longos para o pagamento de passagens aéreas podem gerar perda de capital para a empresa? Há relação entre o aumento ou diminuição das vendas de passagens aéreas e o aumento ou diminuição da inflação?

Neste direcionamento, o objetivo central da pesquisa é identificar a importância do planejamento financeiro e os controles internos utilizados pela empresa no processo de tomada de decisão e quais os impactos que o ambiente inflacionário pode causar no crescimento da empresa.

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Assim, a realização dessa pesquisa foi relevante porque pode trazer contribuições importantes no sentido de aprimorar o seu planejamento financeiro, buscando utilizar técnicas mais apuradas que auxiliem os gestores a administrar de forma mais segura os ciclos financeiros da empresa.

2 Referencial Teórico.

2.1 Administração financeira

Esta é uma das áreas mais importantes dentro da empresa. É através da área financeira que podemos ter uma visão global da empresa. Como estão os recursos disponíveis, e como estes recursos serão usados para compras e aquisições, assim como, para gerenciar a existência da empresa nas outras áreas como a produção, marketing, contabilidade. Através dos dados financeiros da empresa que o administrador faz as tomadas de decisões para a condução correta da empresa.

Segundo Gitman (2004, p.4) que define finanças “como a arte e a ciência da gestão do dinheiro. Praticamente todos os indivíduos e organizações recebem ou levantam, gastam ou investem dinheiro”. Todos os seres humanos dependem do dinheiro, ninguém vive sem ele, seja para mera sobrevivência ou para grandes aplicações. As organizações dependem deste setor para fazer seus investimentos. O autor nos informa ainda que as principais áreas e oportunidades em finanças podem ser divididas em duas grandes partes: serviços financeiros e administração financeira.

Os serviços financeiros é aquela área que se preocupa com o desenvolvimento e a entrega de serviços de assessoramento e produtos financeiros a indivíduos, empresas ou órgãos governamentais, enquanto que a administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro na empresa. Dentro da organização temos as pessoas que fazem a parte operacional, que são os serviços financeiros, e os administradores financeiros que devem ter o conhecimento e a habilidade de conduzir ativamente os assuntos ligados a esta área.

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2.2 Planejamento financeiro

Como a palavra planejamento já diz, literalmente é o ato ou efeito de planejar, fazer planos, planificar. Já financeiro é relativo às finanças, a circulação e gestão do dinheiro e de outros recursos líquidos.

Para Weston (2000, p. 342),

“O planejamento financeiro envolve a realização de projeções de vendas, renda e ativos baseados em estratégias alternativas de produção e de marketing, seguidas pela decisão de como atender as necessidades financeiras previstas”.

É fundamental ter um bom conhecimento do negócio para conseguir uma análise das políticas de investimento e financiamento. Para a empresa o planejamento financeiro torna-se indispensável, principalmente para os seus executivos tomarem as decisões certas e que tragam o crescimento das mesmas.

Para GITMAN, (1987, p.588) ‘as empresas utilizam-se de planos financeiros para direcionar suas ações com vistas a atingir seus objetivos imediatos e em longo prazo onde um grande montante de recursos está envolvido’. Para tanto o gestor necessita de instrumentos e estratégias confiáveis que o oriente a otimizar os excessos de caixa ou a necessidade futura de recursos, de forma a tomar as decisões mais assertivas.

Zdanowicz (1998, p. 16) completa que “é através do planejamento financeiro e orçamento que se poderão visualizar as medidas que deverão ser executadas, bem como as expectativas a respeito do futuro da empresa”. É uma maneira de antecipar, com análises estatísticas, suposições ou resultados esperados e a possibilidade de realização dos mesmos. A intenção do planejamento dentro das empresas é buscar de forma racional o melhor caminho para se chegar ao objetivo esperado.

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O conceito de fluxo de caixa pode ser visualizado por meio de diversas abordagens, onde todas essas tem um fim comum. Dar a sustentabilidade necessária para os gestores realizarem bons negócios.

Conforme Zdanowicz (2002 p.40) De forma mais sistemática pode-se conceituar que fluxo de caixa: “é o instrumento de programação financeira, que corresponde às estimativas de entradas e saídas de caixa em certo período de tempo projetado”.

Portanto, a demonstração do fluxo de caixa é uma ferramenta gerencial opera-cional para auxiliar e evitar problemas de liquidez. É usada para demonstrar como serão pagos os compromissos, como será gerado o caixa, quais as políticas finan-ceiras que serão adotadas pela empresa, e para planejar e administrar as fontes e necessidades de caixa.

De acordo com Oliveira (2005, p.69), a projeção do fluxo de caixa para um perí-odo de quatro a seis meses é tempo suficiente para a gestão do capital de giro, no caso das empresas de pequeno porte. Ressalta-se que no final de cada mês, proje-tam-se novamente os períodos seguintes, de modo que sempre terá informações para um horizonte de quatro a seis meses.

Na concepção de Assaf Neto e Silva (2002, p.39) “uma boa gestão dos recursos financeiros reduz substancialmente a necessidade de capital de giro, promovendo maiores lucros pela redução, principalmente, das despesas financeiras, ou seja, os juros bancários”. O capital de giro é considerado um dos fatores relevantes para a sobrevivência de pequenas e médias empresas.

Através dos dados financeiros que as empresas são capazes de determinar o volume de capital necessário, para desenvolver os processos planejados, seja ele para pagamentos ou futuros investimentos. Administrar o capital de giro representa para a empresa o total de recursos demandados para financiar o seu ciclo operacional, a política de compras, estocagem, produção, vendas e recebimentos das atividades da empresa. A maioria dos administradores financeiros canalizam seus esforços para a resolução de problemas de capital de giro, administração de déficits de caixa, formação e financiamento de estoques e gerenciamento das contas a pagar e receber.

Para tanto também deve ser levado em consideração os índices da inflação. A inflação pode ser considerada prejudicial para a economia de um país, para as

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empresas, e principalmente para os trabalhadores mais humildes. A inflação em alta está diretamente ligada ao crescimento das empresas. Os índices inflacionários precisam ser controlados pelo governo. Inflação nada mais é que um aumento expressivo nos preços dos produtos, e com o aumento dos preços muitas vezes as vendas dos produtos ou serviços caem, deixando assim a empresa com sérios riscos de vendas, consequentemente não honrando com seus compromissos perante seus fornecedores e colaboradores.

Para Lopes e Rossetti (2002, pg. 303), “... seu conceito é, hoje, conhecido pela maior parte das pessoas instruídas. Reduzindo-o à sua mais simples expressão, dizemos tratar-se, essencialmente, de um fenômeno que se traduz por uma elevação do nível geral de preços”.

2.4 Administração orçamentária

A preocupação dos empresários com as questões orçamentárias da empresa é constante, e devem ser tratados de forma simples, mas segura, de maneira a dar suporte para possíveis investimentos que venham a acorrer durante períodos pré-estabelecidos. O Orçamento é considerado como um plano financeiro estratégico de uma administração para um determinado período. Pode ser aplicado em empresas privadas, como em órgão governamentais.

Seu objetivo principal é identificar os itens relacionados no planejamento financeiro, e utilizados no sistema orçamentário, englobando todo o conjunto das operações anuais de uma empresa, formalizando o desempenho dessas funções. Ao se preparar as projeções orçamentarias, busca-se antecipadamente identificar, analisar e equacionar eventuais embaraços ao uso pleno da capacidade operacional da empresa. Podem ser eliminados problemas decorrentes desses constrangimentos, ou oportunidades a serem explorados.

Um grande problema que podemos eliminar refere-se ao nível de endividamento elevado em relação às disponibilidades de caixa e pagamentos de investimentos, ou pode ser também uma oportunidade, o excesso de disponibilidade de caixa com previsão de empréstimos bancários desnecessários.

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Para Nascimento, (1998, p. 196) “o custo do capital próprio é o custo de oportunidade do investidor, por representar a expectativa de retorno do capital que ele possui, e é o parâmetro que utilizará para decidir-se entre aplicar seu capital na empresa ou em outras oportunidades de negócio”.

3 Metodologia

Esta pesquisa possui uma metodologia, definida de acordo com procedimentos, abordagem do problema e instrumentos adequados à coleta e análise dos dados. O objetivo da pesquisa configurou-se como analítica, porque buscou analisar e interpretar a diminuição ou aumento na venda de passagens aéreas de acordo com o comportamento da inflação analisou o impacto que pode ocorrer no fluxo de caixa quando dado prazos de pagamentos mais longos aos clientes. Verificou a importância do planejamento e os controles internos para as tomadas de decisão em uma empresa do ramo de agenciamento de viagens do vale do Rio Pardo.

Em relação aos procedimentos foi adotado o estudo de caso, considerou-se oportuno o uso de pesquisa bibliográfica e pesquisa documental secundaria. A pesquisa bibliográfica foi útil porque ajudou a dar sustentabilidade geral sobre o assunto. É através da pesquisa bibliográfica que o pesquisador tem a oportunidade de ter o contato com tudo o que já foi escrito, dito ou filmado (Markoni e Lakatos, 2006, p. 70). Já a pesquisa documental foi apropriada, uma vez que se pode analisar os mapas de vendas e os balancetes, para ter uma visão sobre a situação financeira da empresa.

Conforme Marconi e Lakatos (2006, p. 62) “A característica da pesquisa documental é a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escrita ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias”. Através de dados coletados em documentos foi verificada a importância do planejamento financeiro, do correto controle interno de todos os dados necessários para uma boa administração e crescimento da empresa, e conhecer e entender o que o impacto da inflação e os parcelamentos longos podem representar neste crescimento.

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No que se refere à abordagem do problema, o estudo foi tratado de forma qualitativa, necessário para saber como e por que o planejamento financeiro, e a análise do ambiente inflacionário são importantes para o crescimento e o aumento de lucratividade da empresa, e quantitativa, porque analisou quanto à inflação prejudica ou contribui com o crescimento da empresa.

4 Apresentação e Análise dos Resultados

A empresa estudada atua no ramo de agenciamento de viagens e esta estabe-lecida no mercado desde o ano 2000. Sua atividade esta em amplo crescimento, e o mercado de viagens está passando por momentos promissores. O desempenho da empresa desde o seu nascimento até o presente momento está correspondendo a todas as expectativas de seus fundadores, e cada vez mais expandido seus negó-cios.

Esta pesquisa foi desenvolvida de forma a evidenciar a importância de ter um sistema de planejamento, controle e analise financeiro, para que a empresa continue seu processo de crescimento e utilize de maneira correta seus recursos. Neste senti-do, o principal objetivo do estudo foi verificar se os parcelamentos, ou prazos longos para o pagamento de passagens aéreas podem gerar perda de capital para a em-presa, e se há relação entre o aumento ou diminuição das vendas de passagens aé-reas e o aumento ou diminuição da inflação.

Através de pesquisa documental secundaria foram coletados dados para comparação e análise. Foram comparadas as vendas nos meses de janeiro a agosto dos anos de 2011 e 2012, comparados com os aumentos do dólar neste mesmo período. O objetivo desta análise serviu para verificar se o aumento da inflação pode prejudicar o aumento das vendas da empresa, e foram encontrados os seguintes dados, conforme tabela abaixo:

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Tabela 02 Venda mensal bruta passagens internacionais x variação cambial

Os resultados obtidos a partir da análise deixam claro que mesmo com o aumento da variação cambial, as vendas das passagens aéreas internacionais não são influenciadas.

Para verificar o impacto que pode ocorrer no orçamento e fluxo de caixa, foram coletados dados referentes ao faturamento, receitas e despesas da empresa nos períodos de janeiro a abril de 2012. Estes dados são importantes para verificar e obter o grau de comprometimento das receitas que esta empresa pode ter, disponibilizando prazos de pagamentos mais longos aos seus clientes.

Tabela 03 Prazos de faturamento venda bruta Prazos de Faturamento VENDA BRUTA

Prazos Jan Fev Mar Abr Média

A vista 52192 11181 51495 35856 37681 07 à 30 dias 195084 208346 335220 322934 265396 31 à 45 dias 26216 64467 75440 86104 63057 Mais de 45 dias 6341 757 5747 2665 3878 Total 279833 284751 467902 447559 370011 VENDA CARTAO 209133 124731 353917 237937 231429 Total Geral 488966 409482 821819 685496 601441

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Tabela 03 (Continuação) COMISSOES CARTAO 23005 13720 42469 26173 26342 7 A 10 dias 30781 31323 56149 49231 41871 Total 53786 45043 98618 75404 68213 TOTAL GERAL 488966 409482 821819 685496 COMISSÃO % 11 11 12 11 COMISSÃO R$ 53.786 45043 98618 75404 RECEITAS X DESPESAS Receitas 53786 45043 98618 75404 68213 Despesas 43838 42520 40417 42000 42194 LIQUIDO 9948 2523 58201 33404 26019

Analisando os dados acima foi projetado um orçamento de caixa de curto prazo para os períodos de maio a dezembro de 2012, usando as medias dos meses de janeiro a abril de 2012, acrescidos dos índices do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Conforme tabelas abaixo:

Tabela 04 Orçamento de caixa projetado

Maio à Agosto de 2012

Mai Jun Jul Ago

Períodos 15 30 15 30 15 30 15 30 Pagamentos 372046 373013 374617 376303 Despesas 42426 42536 42719 42911 A vista 37888 37986 38150 38321 07 à 30 dias 266855 267549 268699 269909 31 à 45 dias 63403 63568 63841 Mais de 45 dias 3899 3909 3926 Comissão 68587 68765 69061 69358 Total - 41.142 - 15.089 10.962 37.103 Tabela 04 (Continuação) Setembro à Dezembro de 2012

Set Out Nov. Dez

Períodos 15 30 15 30 15 30 15 30 Pagamentos 378673 380414 382165 383923 Despesas 43181 43380 43580 43780 A vista 38563 38740 38919 39097 07 à 30 dias 271609 272858 274114 275374 31 à 45 dias 64128 64532 64829 65127 Mais de 45 dias 3943 3968 3987 4005 Comissão 69670 70109 70431 70755 Total 63.162 89.575 116.110 142.765

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Tabela 05 Índices do INPC

TABELA DOS INDICES DO INPC 2012

MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

0,55 0,26 0,43 0,45 0,63 0,46 0,46 0,46

Tabela 06 Venda total projetado x realizado

VENDAS BRUTA 2012

MESES ORÇADO REALIZADO

MAIO 604.748,00 994.818,00

JUNHO 606.321,00 614.090,00

JULHO 609.928,00 581.903,00

AGOSTO 611.668,00 644.299,00

SETEMBRO 615.522,00 603.407,00

Gráfico 01 Projetado x Realizado

Diante do exposto no gráfico 01 podemos verificar que a projeção feita a partir das medias de vendas e acrescentando os índices inflacionários (INPC) são bem reais com o realizado nos mesmos períodos. Lembrando que, onde houve um aumento maior do realizado ao orçado podem ter ocorrido outros fatores para que este aumento se realizasse.

Levando em consideração o que foi estudado até o momento, e diante dos dados coletados pode-se constatar que o planejamento estratégico em finanças, a administração financeira orçamentaria e os controles internos são de extrema importância em todas as organizações, pois estes planejamentos levam aos gestores a ter um referencial, saber onde estão e para onde querem chegar.

O fluxo de caixa da empresa alvo dessa pesquisa está bem estruturado, podendo ser aperfeiçoado no que trata do fluxo de caixa projetado. Com este fluxo de caixa projetado a empresa poderá ter uma visão maior de todas as entradas e saídas que deve ser realizado em um curto prazo de tempo. Assim terá maior segurança para estas operações.

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Lembrando que a empresa que possui um eficiente demonstrativo de fluxo de caixa se destaca das demais, pois tem em mãos um ótimo instrumento gerencial para auxiliar nos processos decisórios e assim pode controlar com mais facilidade seu equilíbrio financeiro. Para que os recursos sejam bem aplicados às empresas tem um instrumento muito importante que é a administração financeira orçamentaria, e conforme os autores consultados verificou-se que um orçamento bem planejado e estruturado fornece aos responsáveis às tomadas de decisões, fontes e informações de maneira mais correta e segura.

Neste sentido, um dado importante que foi observado na empresa, leva em consideração que a maior parte das vendas consiste em prazos de recebimentos maiores em relação aos prazos de pagamentos aos fornecedores. Mas com o orçamento de caixa projetado, verificou-se que apenas nos primeiros dois meses a empresa pode ter alguns problemas de caixa, seguindo nessa análise nota-se que nos meses seguintes a empresa volta a ter um fluxo de caixa normal.

. A empresa analisada fornece para os seus clientes um grande diferencial em relação aos seus concorrentes, que são os prazos de pagamentos mais dilatados, proporcionando assim períodos maiores para efetuar o pagamento, sem que estes precisem utilizar recursos financeiros que ainda não disponibilizem.

Lembrando que os prazos de pagamentos quando são muito longos podem trazer sérios problemas de liquidez. Para praticar estes prazos a empresa precisa desembolsar antecipadamente valores elevados, ou seja, precisa ter um capital de giro maior, para o pagamento dos fornecedores. Cabe destacar que, quando o cliente atrasa o pagamento, a empresa acaba não cobrando taxas adicionais, como juros ou multas em virtude das dificuldades dos clientes e até mesmo buscando dessa forma manter a fidelidade com o cliente. Esta estratégia de não cobrar multa e juros pode trazer para a empresa futuros problemas. A empresa com o passar do tempo pode se descapitalizar.

Outro dado importante observado nesta pesquisa relaciona-se aos índices da inflação e ou o aumento da moeda estrangeira. Notou-se que independente de haver aumento ou não da inflação ou das taxas cambiais, o volume e os valores tem pouca variação, consequentemente as taxas de crescimento ou aumento de vendas continuam as mesmas.

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Muitas vezes uma demanda muito acelerada de produtos e ou serviços, os índices inflacionários tendem a subir, desta forma levando muitas vezes os gestores das empresas a diminuírem suas margens de lucros para se tornarem competitivos no mercado de atuação.

Sendo assim, para que o empresário possa fazer o seu negócio dar certo, não basta apenas ter espírito empreendedor, e sim, ele necessita também ter conhecimentos de onde vêm as receitas, para assim administrar seus recursos financeiros de forma inteligente, garantindo dessa forma a solvência e a rentabilidade de sua empresa.

5 Considerações finais

A realização do estudo na empresa permite algumas considerações, relembrando o problema de pesquisa, “A importância do planejamento financeiro, os controles internos e do ambiente inflacionário para o crescimento das empresas”. O processo de planejamento financeiro, dos controles internos contém uma serie de dados relevantes e imprescindíveis para uma boa administração e gestão da empresa, fazendo com que seus gestores possam tomar as decisões mais acertadas.

Com a coleta de dados e elaboração se um orçamento de caixa em curto prazo verificou-se que a empresa paga os seus fornecedores em prazos menores, aos prazos de recebimento dos seus clientes. Para que possa fazer os desembolsos antecipados, precisa ter um capital de giro mais elevado para honrar os seus compromissos e manter o seu crédito. É necessário que a empresa tenha um planejamento ou um orçamento financeiro de curto e médio prazo mais eficiente, analisar de forma mais consciente os prazos de pagamentos concedidos para os clientes, encontrar alternativas, para suprir estes prazos, evitando assim um capital de giro maior, evadindo problemas com fornecedores, e futuros investimentos que venham a ser necessários para o crescimento.

Mostra também a importância do conhecimento e dos controles contábeis, do planejamento estratégico em curto e médio prazo, planejamento dos orçamentos, principalmente os ligados aos custos, despesas, entradas e saídas, a previsão de

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vendas e o planejamento do lucro. Podemos ainda destacar a necessidade de um conhecimento mais profundo relacionado aos controles contábeis, e maior estruturação e administração orçamentaria.

É relevante destacar a importância do controle do ambiente inflacionário, mas nem sempre as variações cambiais são prejudiciais às empresas, conforme dados coletados podemos dizer que independente de haver o aumento das taxas cambiais, o volume de vendas se mantem constante. No entanto se deve destacar que a empresa em estudo tem cada vez mais perspectiva de crescimento e expansão. Contudo percebe-se a necessidade de haver um controle maior no que se refere à liberação de créditos, alguns controles e projeções de fluxo de caixa com períodos maiores.

Por fim, espera-se que este trabalho possa contribuir para a melhoria dos pro-cessos internos da empresa, especialmente os controles direcionados a área ceira, no sentido de melhor aplicar os recursos relacionados no planejamento finan-ceiro, e maior investimento em relação à administração orçamentaria existente no momento, e assim contribuir no crescimento da empresa.

6 Referências

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GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 3 ed. São Paulo: Harbra, 1987.

GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 10ª ed. São Paulo: Person Addision Wesley, 2004.

LOPES, João do Carmo; ROSSETTI, José Paschoal. Economia Monetária. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

MARCONI, Marina; LAKATOS, Eva. Técnicas de Pesquisa. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2006.

NASCIMENTO, Auster Moreira. Uma contribuição para o estudo dos custos de oportunidade. Dissertação (Mestrado em Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1998.

OLIVEIRA, Dílson Campos. Como elaborar controles financeiros. Belo Horizonte: Sebrae/MG, 2005.

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WESTON, J. & BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos da Administração Financeira. 10 ed. Trad. Sidney Stancatti. São Paulo: Pearson MakronBoock, 2000.

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: Uma decisão de planejamento e

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Referências

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