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NIC.br habilita Câmara de Arbitragem da ABPI

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Presidente da ABPI defende no XXXII

Congresso mudanças na legislação de PI

Durante quatro dias os mais

de 800 participantes do XXXII

Congresso da ABPI debateram

nos salões do Sheraton São

Paulo WTC Hotel “O Papel da

Propriedade Intelectual na

Competitividade Econômica”.

Em seu discurso de abertura do

evento, o presidente da ABPI,

Luiz Henrique do Amaral,

defendeu a atualização na

legislação da PI. Página 2

AssociAção BrAsileirA dA

ProPriedAde intelectuAl

Boletim da

Julho/Agosto de 2012 - nº 132

XXXII Congresso Internacional da Propriedade Intelectual

da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual - ABPI

O Papel da Propriedade Intelectual na Competitividade Brasileira

São Paulo - 26 a 28 de Agosto de 2012 - WTC Convention Center

Ministro quer

pouca mudança no

Direito Autoral

O Ministro Sidnei Beneti, do STJ, defendeu, durante o evento da ABPI, uma reforma moderada na atual Lei de Direito Autoral.“É preciso preservar a espinha dorsal da Lei“, disse o magis-trado, em alusão ao anteprojeto do no-vo Código de Processo Civil em no- vota-ção no Senado Federal. Em sua palestra sobre “O Judiciário e a Segurança Jurí-dica para o Investimento em Inovação” o ministro considerou “alvissareiro” o momento da Propriedade Intelectual no País. Página 3

NIC.br habilita

Câmara de

Arbitragem da ABPI

A ABPI e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR assinaram, durante o XXXII Congresso, convênio que habilita a recém-criada Câmara de Solução de Disputas relativas a Nomes de Domínio (CASD-ND) da entidade a funcionar como mediadora de conflitos envolvendo nomes de domínio na in-ternet. A nova Câmara já tem 46 árbitros cadastrados. “As disputas mediadas pela ABPI terão solução mais rápidas e baratas”, disse o presidente da ABPI, Luiz Henrique do Amaral. Página 4

INPI apresenta

seu novo sistema

de patentes

O INPI colocou a disposição em seu stand, durante o Congresso da ABPI a simulação do novo sistema e-Patentes que, em breve, permitirá que os pedidos de Patentes sejam feitos via internet. O presidente do órgão, Jorge Ávila, também anun-ciou um conjunto de medidas em curso para acelerar os processos de registro de marcas e patentes. Na área de Marcas, cerca de 70% dos registros já são feitos pela internet. Página 5

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2 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132 O presidente da Associação

Bra-sileira da Propriedade Intelectual (ABPI), Luiz Henrique do Amaral, de-fendeu, durante a abertura do XXXII Congresso da ABPI, mudanças na legislação da Propriedade Industrial com o objetivo de alavancar a inova-ção empresarial e a atividade econô-mica. “A Propriedade Intelectual não pode ser um entrave para as criações das empresas”, disse para um públi-co de mais de 800 participantes. Um dos exemplos citados por Amaral foi a legislação que trata da dedutibili-dade fiscal dos pagamentos decor-rentes de contratos de licenciamento de tecnologia, que se baseia em uma portaria de 1958.

Para o presidente da ABPI, outras leis que envolvem Propriedade Inte-lectual, como a de Cultivares, estão defasadas e prejudicam a competiti-vidade econômica. “Apesar de ser-mos, talvez, o País de maior potencial nesta área temos uma legislação que, ao invés de criminalizar o pirata, pu-ne o investidor”, explicou. ”A lei em vigor permite que se copie tudo o que se quiser para uso próprio, mas não define quem pode ser o beneficiário.”

A modernização da legislação da Propriedade Intelectual, segundo Amaral, fará parte da “agenda posi-tiva” da ABPI para o próximo ano,

ao lado do aprimoramento do siste-ma administrativo da Propriedade Industrial, em parceria com o Insti-tuto Nacional da Propriedade Indus-trial (INPI) e a especialização do Ju-diciário. “A ABPI, através de suas Comissões de Estudo e do Comitê Empresarial, está lutando para me-lhorar a legislação da PI”, disse o presidente da ABPI.

Público recorde

Luiz Henrique do Amaral, conside-rou um sucesso a realização do XXXII Congresso Internacional da Proprie-dade Intelectual da ABPI. “O Congres-so foi um sucesCongres-so, tivemos mais de 800 inscritos, um recorde”, disse Amaral. “Vamos prosseguir neste debate da Propriedade Intelectual no ano que vem”, acrescentou, ao finalizar o even-to com uma homenagem às organiza-doras Cláudia Antonaccio, da Regency Eventos, e Erika Diniz, gerente-execu-tiva da ABPI, “pela excelente organi-zação do evento”.

Marca na última plenária

A última plenária do Congresso Internacional da Propriedade Inte-lectual da ABPI, tratou sobre “Os Limites da Registrabilidade da Mar-ca: Distintividade Adquirida,

Bran-ding e Acordos Empresariais”, ten-do como palestrantes Vinícius Bogéa, do INPI; e William Barber, presidente da American Intellectual Property Law Association (AIPLA). O debatedor foi José Roberto D’Affonseca Gusmão, do Gusmão & Labrunie Propriedade Intelectual, e a moderadora Renata Shaw, da Co-ca-Cola Indústrias.

O encontro tratou da importân-cia de se registrar uma marca para evitar que seja apropriada, indevida-mente, por terceiros. Foi ressaltado que o registro garante ao titular o direito de exploração comercial da marca, de impedir que terceiros imi-tem, reproduzam, imporimi-tem, ven-dam ou distribuam produtos com a marca sem sua autorização.

XXXII Congresso

Luiz Henrique do Amaral:

“A Propriedade Intelectual não pode ser um entrave

para as empresas”

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Na abertura solene do XXXII Con-gresso o ministro Sidnei Beneti, do Su-perior Tribunal de Justiça, defendeu uma reforma moderada na Lei do Di-reito Autoral, cujo anteprojeto, depois de duas consultas públicas, está no âmbito do Executivo. “É necessário que a Lei atual seja revista, que evolua, mas é preciso preservar a sua espinha dorsal“, disse o magistrado. “Prefiro projetos de mudanças legislativas pon-tuais, do que aquelas que desmontam as vigas mestras da jurisprudência.” Seguindo a mesma linha de raciocínio, o ministro Beneti criticou o anteprojeto do novo Código de Processo Civil em votação no Senado Federal. “Preocu-pa-me as mudanças em bloco em legis-lação já existente, pois por causa de al-guns setores que precisam de reformas não se deve derrubar a casa toda.”

Ao abordar em sua palestra sobre “O Judiciário e a Segurança Jurídica para o Investimento em Inovação” o

ministro enfatizou o “momento alvis-sareiro” vivido pelo setor da Proprie-dade Intelectual no País, com o cresci-mento do número de patentes e marcas nacionais e a “modernização” do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). “Estamos andando para frente”, disse. Em sua fala de quase uma hora, o ministro advertiu que o Judiciário precisa de tempo para julgar, “por mais urgentes que sejam as controvérsias”, mas reconhe-ceu que, no âmbito da legislação da Propriedade Intelectual muita coisa precisa ser alterada. “Antes não se pensava em Cultivares, no comércio dos bens informáticos, e agora tudo tem que ser incorporado às Leis, mas com cuidado.”

Beneti ressaltou a necessidade de especialização do Judiciário, que se-rá tema de um dos painéis do Con-gresso, “especialmente no segundo grau”. Segundo ele, algumas

ques-tões da Propriedade Intelectual, co-mo as de definição de pena, só serão resolvidas com a especialização dos tribunais de revisão e apelação.

Apesar da baixa especialização, o STJ, vem julgando um número ca-da vez maior de processos envolven-do Propriedade Intelectual. Em cinco anos, segundo o ministro, foram 226 casos de marcas e patentes e 1.844 casos referentes ao Direito Autoral.

XXXII Congresso

Ministro do STJ defende

reforma pontual na Lei do Direito Autoral

Ministro Sidnei Beneti, do STJ

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4 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132

Disputas de domínios na internet serão mais rápidas e baratas

XXXII Congresso

O presidente da ABPI, Luiz Henri-que do Amaral, e o diretor-presidente do NIC.br e membro do Comitê Ges-tor da Internet no Brasil, Demi Gets-chko assinaram, na segunda-feira, 27 de agosto, durante o XXXII Congresso, o convênio que credencia a ABPI para mediar as disputas de nomes de domí-nio na internet. Segundo Amaral, uma disputa judicial costuma se estender por quatro a oito anos, mas os casos levados à câmara arbitral da ABPI de-verão ser analisados em até três meses. As disputas mediadas pela câmara ar-bitral da ABPI terão solução mais rápi-da e mais barata”, disse Amaral.

Até o final deste ano, o Centro de Resolução de Disputas da ABPI deve-rá colocar em funcionamento câma-ras para toda a área da Propriedade Intelectual: A Câmara de Nomes de Domínio começará a funcionar já com 46 árbitros especialistas na área ca-dastrados para atuar nos

julgamen-tos. “Além de a arbitragem ser um modo de solução mais célere e menos custoso para as empresas, há a vanta-gem de que o processo ligado à ABPI será mais eficaz, com a intermediação de árbitros altamente especializados

no tema”, explicou o presidente da ABPI. “O número e a complexidade das disputas judiciais envolvendo di-reitos da propriedade industrial têm aumentado sensivelmente no Brasil.”

Comitê Empresarial anuncia agenda prioritária

O Comitê Empresarial e os repre-sentantes das Comissões de Estudo da Associação Brasileira da Proprie-dade Intelectual (ABPI), reuniram-se durante o XXXII Congresso Interna-cional da Propriedade Intelectual da ABPI para alinhar uma agenda co-mum. A mesa estava composta pelo presidente da ABPI, Luiz Henrique do Amaral, a co-coordenadora Regi-na Sampaio, o diretor-relator, Cláu-dio Lins de Vasconcelos, e o diretor-secretário da ABPI, Luís Fernando Matos Júnior. Cada uma das Comis-sões de Estudo fez um breve relato dos trabalhos em andamento, ao passo que o Comitê Empresarial lis-tou sua agenda prioritária:

- Encaminhar proposta de alteração da Lei da Propriedade Industrial quanto à questão da proteção às marcas não convencionais e de co-titularidade. O presidente da ABPI, Luiz Henrique do Amaral citou como exemplo as marcas sonoras, que não são reconhe-cidas pela legislação;

- Sugerir diretrizes para análise dos contratos de transferência de tecno-logia, com definição de padrões

balizadores das decisões do INPI e mudanças na legislação referente à dedução fiscal e limites de remessa; - Intensificar reuniões conjuntas

com o INPI;

- Propor simplificação no processo de acesso aos recursos genéticos. Hoje há 500 pedidos, 805 de uni-versidades, que estão parados por falta de autorização do Conselho do Patrimônio Genético (CGEN); - Posicionamento da ABPI, até o

fi-nal do ano, quanto à proteção dos desenhos industriais, hoje uma “le-tra morta na legislação”.

Outras questões de interesse ge-ral das empresas incluem pirataria na internet e a reforma do Código Penal. Segundo o co-coordenador Eduardo Paranhos, “o Comitê Empresarial está sendo visto pelas empresas como um eixo de impulsão transformando em ações concretas suas demandas no campo da Propriedade Intelectual”. Para a co-coordenadora Diana Jung-mann, a agenda do Comitê está con-vergindo com a da Confederação Na-cional da Indústria (CNI), o que “fortalece ainda mais a discussão no âmbito empresarial”.

Carlos Henrique Fróes, da CSD, Demi Getschko, do NIC.br, e Luiz Henrique do Amaral, da ABPI

Regina Sampaio, da Globo, Luiz Henrique do Amaral, da ABPI, Cláudio Lins de Vasconcelos, do Lins de Vasconcelos Advogados, e Luís Fernando Matos Júnior, do Matos & Associados Advogados

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INPI apresenta

e-patentes no Congresso

O Insti-tuto Nacio-nal da Pro-p r i e d a d e Industrial (INPI) apre-sentou em seu estan-de, durante o XXXII Congresso, um

simula-dor do novo sistema e-Patentes, que, em breve, permitirá que os pedidos de Patentes sejam feitos via internet. Além disso, o Instituto anunciou no-vas medidas para acelerar os proces-sos de registro de marcas e patentes. O presidente Jorge Ávila informou que as chamadas “patentes verdes” terão prioridade na fila e, em segui-da, os fármacos de interesse de saú-de pública.

O registro de Marcas já é feito pela internet desde 2006, e atualmen-te responde por 70% a 80% dos pedi-dos nessa área. Agora, o caminho será facilitado também para a proteção das Patentes. O registro de marcas e patentes no País tem crescido em tor-no de 10% ao ator-no. Em 2011, os núme-ros foram recordes: 31.924 pedidos de patentes e 152.735 de marcas. Em 2010, foram 28.052 solicitações para patentes e 129.620 para marcas

Higiene pessoal inova

apesar de barreiras legais

As inovações representam 35% do faturamento anual da indústria de higiene pessoal, onde são lança-dos cerca de 60 a 70 novos produtos por ano no mundo, disse o presiden-te da Associação Brasileira da Indús-tria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) na primeira plenária do XXXII Congresso da ABPI. “Dentro do setor químico, a indús-tria da higiene pessoal foi a única que teve superávit nos últimos dez anos, justamente por estar sempre inovando”, disse Basílio da Silva.

Para o presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvi-mento das Empresas Inovadoras (Anpei), Carlos Eduardo Calmanovici, há um impasse legal na

regulamenta-ção dos con-tratos de Transferên-cia de Tec-n o l o g i a . “Há regras ultrapassa-das e restri-ções injusti-ficadas, o que está prejudican-do negócios internacionais”, ressaltou.

O presidente do INPI, Jorge Ávi-la, reconheceu que a legislação, em alguns setores, é muito travada. “Te-mos centenas de pedidos de patentes no INPI aguardando avaliação e as empresas perdendo negócios por conta de dificuldades com a Lei de Biodiversidade”.

Registro de patentes no

Brasil é muito baixo

A quantidade de empresas brasi-leiras que protegem seus ativos da Propriedade Intelectual por registro de patentes é pequena, afirmou a co-ordenadora do Programa da Proprie-dade Intelectual da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Diana de Mello Jungmann, debatedora da primeira plenária do XXXII Congres-so, “A Propriedade Intelectual e a Competitividade Empresarial, da qual participaram Carlos Eduardo Calmanovi-ci, presiden-te da Asso-c i a ç ã o Nacional de Pesquisa e Desenvolvi-mento das E m p r e s a s Inovadoras ( A N P E I ) , João Carlos

Basílio da Silva, presidente da Asso-ciação Brasileira da Indústria de Hi-giene Pessoal, Perfumaria e Cosméti-cos (ABIHPEC) e Jorge de Paula Costa Ávila, presidente do INPI, com a mediação do presidente da ABPI, Luiz Henrique do Amaral.

Segundo Diana Jungmann, na Agenda do Programa da Proprieda-de Intelectual da CNI há Proprieda-dez pontos

estratégicos, sendo o primeiro deles a PI. O registro de marcas e patentes no País tem crescido em torno de 10% ao ano.

Start-ups só conseguem

crescer com proteção

As pequenas empresas são o san-gue vital da economia de qualquer país, mas, de forma estatística, a maioria delas acaba falindo, disse o advogado Jeffrey Townes, da banca americana LeClairRyan. Townes foi palestrante do o painel “Oportuni-dades do Sistema de patentes para Start-ups de Base Tecnológica”, ao lado de Júlio Santiago da Silva Filho, do Guimarães Santiago Sociedade de Advogados, que teve como debate-dor Andrés Kokron, do K&C Investi-mentos, e moderadora Elizabeth Kasznar Feketh, do Kasznar Leonar-dos Propriedade Intelectual.

Segundo Townes, as causas para a falência das start-ups vão desde p ro b l e m a s

de gerencia-mento e es-colha de p r o d u t o s que não ge-ram interes-se do públi-co até “estar no lugar er-rado na hora errada”. Mas as start-ups

de base tecnológica, para ele, têm um risco adicional: a probabilidade de terem suas tecnologias roubadas. “Sem a proteção adequada da tecno-logia do agente inovador, não haverá recompensa para o sucesso e, conse-quentemente, nenhuma motivação inventiva”, ressalta o especialista.

IBAMA e CGEN barram

acesso à biodiversidade

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos Naturais renováveis (IBAMA) está aplicando multas vultosas, que podem chegar a R$ 50 milhões, em empresas e insti-tuições que trabalham com a biodi-versidade brasileira. A punição ba-seia-se na falta da autorização de acesso ao material genético que é

XXXII Congresso

Jorge Ávila, do INPI

João Carlos Basílio da Silva, da ABIHPEC

Diana Jungmann, da CNI

Jeffrey Townes, da LeClairRyan

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6 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132 concedido pelo Conselho de Gestão

do Patrimônio Genético (CGEN) ou pelo próprio IBAMA.

Esperam pela autorização do CGEN mais de 500 empresas dos ra-mos cosméticos, farmacêuticos e hi-giene pessoal. Responsável pela re-gulamentação da Medida Provisória 2186/2001, que define a forma de acesso ao patrimônio genético nacio-nal e dos benefícios aos seus detento-res, o GEN decide suas autorizações em plenárias com a participação de vários representantes da sociedade.

A infor-mação cons-tou na ses-são plenária “Os Novos Rumos do Sistema de Patentes: Pa-tentes de Se-leção, Aces-so a RecurAces-sos Genéticos” no XXXII C o n g r e s s o

da ABPI, do qual participaram, como palestrantes, Evelyn Montellano, do Baker Hughes, e Maria Carmen Bri-to, do Dannemann Siemsen, tendo como debatedor Roberto Ribeiro, da Sanofi-Aventis Farmacêutica; e como moderador Gabriel Di Blasi, do Di Blasi, Parente & Associados.

Copa vai reprimir

marketing de emboscada

As Olimpíadas de Londres já de-ram uma prévia de como ficará a questão do Marketing durante os grandes mundiais esportivos no Bra-sil: lojas impedidas de vender batatas fritas,

pada-ria multada por usar os arcos olímpi-cos com te-ma em vitri-nes e doces, e p ro i b i ç õ e s que englo-bam até o uso de certas palavras

pa-ra as empresas não patrocinadopa-ras localizadas no perímetro dos está-dios. Essas questões foram tratadas

no painel “Efeitos práticos da Lei Ge-ral da Copa no Âmbito da Proprieda-de Intelectual” pelos palestrantes Pe-ter Eduardo Siemsen, do Fluminense Football Clube e pelo deputado Vi-cente Cândido, que teve como deba-tedor André Zonaro Giacchetta, do Pinheiro Neto Advogados, e modera-dora Simone Lahorgue Nunes, do Levy & Salomão Advogados.

Importação paralela de

bebidas infringe regras

Um produto que entra no Brasil através da importação paralela tem grande possibilidade de infringir re-gras da Anvisa e do Ministério da Agricultura, com relação a rotula-gem e informações, além de poder conter ingre-dientes que no Brasil são p ro i b i d o s , afirmou a gerente geral da Proprie-dade Intelec-tual da Pep-sico, Luana Brazileiro. “Pode haver a inclusão de

um aditivo não aprovado no País, ou que seja aprovado, mas que esteja presente no produto em quantidades maiores do que as previstas na legis-lação”, explicou a executiva, que participou como debatedora, no XX-XII Congresso, do tema “Marcas e Publicidade e o Mercado Ilegal de Produtos de Consumo”.

Entre as questões discutidas no evento – que teve como palestrantes Heloísa Ribeiro, do Instituto Brasilei-ro de Ética Concorrencial (ETCO), Felipe Bastos, do Veirano Advogados; a debatadora Luana Letícia Brazilei-ro, gerente geral de PI da Pepsico do Brasil; e moderador Fernando Triana, da Asociación Interamericana de la Propiedad Intelectual (ASIPI) – estão os Projetos de Lei que visam restrin-gir a publicidade envolvendo crian-ças e publicidade relacionada a ali-mentos, algo similar com o que já ocorre com cigarro e bebidas alcoóli-cas. Um destes projetos, o PL5921/2001, proíbe toda e qualquer publicidade destinada a promover

produtos infantis. Já outros visam restrição de publicidade especifica-mente no segmento de alimentos com alto teor de açúcar, sódio, gordura saturada e trans, e no segmento de fast food. O PL735/2001, por sua vez, prevê, dentre outras coisas, a proibi-ção de que marcas de fast food patroci-nem eventos esportivos e culturais.

BSA detecta 7,5 mil softwares

brasileiros piratas

A Business Software Alliance - BSA enviou pedidos de remoção de aproxi-madamente 7.500 ofertas de programas piratas entre janeiro e junho a sites de e-commerce e leilão no Brasil. As irre-gularidades foram detectadas graças a um sistema crawler, que vasculha a in-ternet e identifica arquivos de software ilegal oferecidos em diversos sites e protocolos de todo o mundo.

Globalmente foram mais de 55 mil pedidos de remoção enviados pela BSA, associação de empresas fa-bricantes de software, que reúne pro-dutores como Microsoft, Autodesk, Adobe, e a brasileira Audaces, entre outras. Os dados foram apresentados no XXXII C o n g r e s s o da ABPI, no painel sobre “Direitos au-torais na era dos Conteú-dos Eletrôni-cos”, do qual participaram Luiz Augus-to Azevedo Sette, do

Azevedo Sette Advogados, Marcelo Goyanes, do Murta Goyanes Advo-gados, João Carlos Müller Chaves, do Müller Chaves Advogados, e Luís Fernando Matos Júnior, do Matos & Associados Advogados.

Falta de legislação para a

internet gera insegurança

A falta de legislação na internet gera uma incerteza para todos os ato-res da economia. “Os usuários ficam inseguros sobre seus direitos, os em-preendedores não conseguem avaliar o risco da sua atividade e os provedo-res não sabem como agir – se devem

XXXII Congresso

Gabriel Di Blasi, do Di Blasi, Parente & Associados

Peter Eduardo Siemsen, do Fluminense

Luana Brazileiro, da Pepsico

Luiz Augusto de Azevedo Sette

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ter políticas mais restritivas de contro-le e monitoramento ou se devem privi-legiar a privacidade do usuário”, disse a diretora Jurídica do Mercado Livre, Laura Fragomeni, palestrante, ao lado de Marcel Leonardi, do Google, do painel “A Proteção da PI no Ambiente Digital: O Impacto de SOPA e PIPA e/ ou CISPA”, que teve como debatedor Attilio José Ventura Gorini, do Danne-mann Siemsen, e como moderador Ricardo Dutra Nunes, do Luiz Leonar-dos & Cia.

O Brasil é o sétimo maior País em número de usuários e está entre os cinco maiores mercados online do mundo, atrás somente dos Estados Unidos, Reino Unido, Coreia do Sul e França. Em relação ao comércio eletrô-nico, a receita do faturamento cresceu de R$ 6,3 bilhões em 2007 para R$ 18,7 bilhões em 2011. Mas, nesse cenário de crescimento,

o Brasil ainda não tem uma lei específica que crie re-gras gerais e que estabele-ça direitos e deveres dos usuários. “O que temos é uma enorme gama de

de-cisões judiciais contraditórias e ações judiciais que constituem ver-dadeiras aventuras jurídicas apro-veitando-se de tal situação”, comen-ta Laura Fragomeni.

A diretora do Mercado Livre res-saltou que a insegurança jurídica, neste particular, é também um pro-blema em outros países. Segundo ela, há uma grande polêmica gerada pe-los Projetos de Lei SOPA e PIPA que tramitam no Congresso dos Estados Unidos, pois, ao tentar criar mecanis-mos de defesa para os titulares de di-reitos autorais, acabaram por permitir o bloqueio arbitrário, sem direito à defesa, de sites considerados infrato-res, gerando censura e colocando em risco a liberdade de expressão.

Pedidos de remoção no

Google superam 5 milhões

O Google recebeu, somente no úl-timo mês, mais de 5,3 milhões de pedi-dos de remoção de conteúdo online

derivados de reclamações sobre direi-tos autorais, disse o diretor de Políti-cas PúbliPolíti-cas e Relações Governamen-tais da empresa, Marcel Leonardi. “A inovação na internet depende da exis-tência de um sistema jurí-dico equili-brado e a in-s e g u r a n ç a jurídica tem sido um dos p r i n c i p a i s o b s t á c u l o s ao desenvol-vimento de serviços e

plataformas nacionais por pequenos empresários e empreendedores”, ex-plicou o executivo.

Segundo Leonardi, os crimes da Propriedade Intelectual na internet se concentram nos intermediários (sites de hospedagem), sendo que metade dos casos judiciais envolve o Google. “O YouTube recebe 72 horas de vídeo por minuto e não há como analisar previamente todo es-se conteúdo”, diz ele. “Em 2011, 800 mil anúncios foram suspensos por violações políticas e 150 mil contas foram encerradas por publicarem anúncios contrafeitos”.

Indústria da moda quer mais

proteção intelectual

A indústria brasileira da moda, segmento integrado por mais de 30 mil empresas, que movimentam US$ 73 bilhões por ano e geram mais de 2 milhões de empregos diretos, deveria receber mais atenção por parte das autoridades e dos legisladores, se-gundo os participantes do painel “A Marca e De-sign na In-dústria da Moda. Para o e s t i l i s t a Oskar Metsa-vaht, funda-dor da Osk-len, o Brasil não está

pre-parado para coibir as contravenções relacionadas à indústria da moda. “O Instituto Nacional da Propriedade

Industrial (INPI) não está aparelhado para avaliar crimes dessa natureza”, disse ele. Uma contrafação muito co-mum e ignorada pelas autoridades, exemplifica o estilista, são os “produ-tos inspirados”, que são explorados muitas vezes por grandes cadeias de varejo. “Chamam isso de democrati-zação da moda, mas estão enganando o consumidor com materiais de se-gunda e aparente sofisticação”, diz o fundador da Osklen. Trata-se, segun-do ele, de uma forma de contrafação disfarçada, prejudicial à empresa que investiu no processo criativo tempo, talento e dinheiro.

Para Paulo Borges, organizador do Fashion Week, o registro de pa-tentes e designs na indústria da moda é pouco utilizado pelas em-presas, pois a falta de controle efeti-vo por parte das autoridades acaba pesando negativamente na balança do custo/benefício. “A indústria da moda é pouco conhecida pelas auto-ridades e pouco reconhecida como cadeia criativa” disse. “Além disso, há uma grande fragilidade jurídica, já que se tem por costume não levar em conta branding, design, cores e outros elementos da marca”.

O advogado Luiz Edgard taury Pimenta, do escritório Mon-taury Pimenta, Machado e Vieira de Mello, debatedor do painel, apresentou exemplos de ações judi-ciais envolvendo a contrafação de produtos Osklen, como tênis e rou-pas. Em todos os casos o Judiciário concedeu ao detentor da marca li-minares favoráveis com base em concorrência desleal e direito auto-ral. “Muitas vezes, são copiados vários elementos do produto que confundem o consumidor”, expli-cou Montaury Pimenta.

A advogada Regina Sampaio, das Organizações Globo, modera-dora do painel, prometeu levar o tema da proteção intelectual no de-sign ao Comitê Empresarial da ABPI, que discute as questões da PI do empresariado e é integrado por mais de 80 empresas. ”É compreen-sível o desapontamento do setor com o sistema da proteção intelec-tual, mas estudaremos medidas pa-ra uma efetiva proteção às criações desta importante indústria”, disse a advogada.

XXXII Congresso

Oskar Metsavaht, da Osklen Marcel Leonardi, do Google Laura Fragomeni, do Mercado Livre

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8 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132

XXXII Congresso | Plenárias

Diana de Mello Jungmann, da Confederação Nacional da Industria - CNI; Carlos Eduardo Calmanovici, da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras - ANPEI; Jorge de Paula Costa Ávila, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI; João Carlos Basílio da Silva, da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos - ABIHPEC; e Luiz Henrique O. do Amaral, da ABPI

Jeffrey Townes, da LeClairRyan; Andrés Kokron, da K & C Investimentos; Elisabeth E.G. Kasznar Fekete, do Kasznar, Leonardos Propriedade Intelectual; e Júlio Santiago da Silva Filho, da OAB-SC.

Plenária I

A Propriedade Intelectual e a Competitividade Empresarial

Plenária II

Oportunidades do Sistema de Patentes para Start-ups de

Base Tecnológica

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XXXII Congresso | Plenárias

Cláudio Lins de Vasconcelos, do Lins de Vasconcelos Advogados; Fábio Luiz Barboza Pereira, do Veirano Advogados; Carlos Araújo,

das Organizações Globo; e José Renato Nalini, do Tribunal de Justiça de São Paulo

Vinicius Bogéa Câmara, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI; William G. Barber, da American Intellectual Property Law Association - AIPLA; José Roberto D'Affonseca Gusmão, do Gusmão & Labrunie Propriedade Intelectual; e Ricardo Fonseca de Pinho, do Guerra Advogados

Plenária III

Alterações na Lei de Direitos Autorais

Plenária IV

Os Limites da Registrabilidade da Marca: Distintividade Adquirida,

Branding e Acordos Empresariais

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10 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132

XXXII Congresso | Painéis

Painel 1

Mediação e Arbitragem em PI

Demi Getschko, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br; Claudio Roberto Barbosa, do Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual; Kelli Angelini, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br; e Carlos Henrique de Carvalho Fróes, do Fróes Advogados Painel 2

Transferência de Tecnologia e a Competitividade Brasileira

Mário Alexandre Gonçalves, da Whirlpool Latin America; Juliana L.B. Viegas, ex-presidente da ABPI; Cândida Ribeiro Caffé, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; e Ana Paula Santos Bossmeyer, do Robert Bosch Ltda. Painel 3

Os Desafios da

Justiça Especializada em PI

José Carlos Tinoco Soares, do Tinoco Soares & Filho Ltda.; Francisco Eduardo Loureiro, desembargador; Alberto Luis Camelier da Silva, do Camelier Advogados Associados; Liliane do Espírito Santo Roriz de Almeida, desembargadora federal; e André Balosier Âncora da Luz, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI

Painel 4

Os Novos Rumos do Sistema de Patentes: Patentes de Seleção, Acesso a Recursos Genéticos

Roberto Ribeiro, da Sanofi-Aventis Farmacêutica; Evelyn Montellano, da Baker Hughes Inc.; Gabriel di Blasi, do Di Blasi, Parente & Associados; e Maria Carmen S. Brito, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira

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XXXII Congresso | Painéis

Painel 5

Atividade Inventiva na Indústria de Tecnologia (Software Inventions)

Wander Menchik, da EMBRAER S.A.; Valdir de Oliveira Rocha Filho, do Veirano Advogados; Roberto A. Lotufo, da Agência de Inovação Inova - Unicamp; e John Weresh, da Microsoft

Painel 6

Efeitos Práticos da Lei Geral da Copa no Âmbito da Propriedade Intelectual

Vicente Cândido, deputado federal; André Zonaro Giacchetta, do Pinheiro Neto Advogados; Simone Lahorgue Nunes, do Levy & Salomão Advogados; e

Peter Eduardo Siemsen, do Fluminense Football Clube

Painel 7

Marcas e Publicidade e o Mercado Ilegal de Produtos de Consumo

Felipe Bastos, do Veirano Advogados; Heloisa Ribeiro, do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial - ETCO; Luana Letícia Brazileiro, da Pepsico do Brasil; e Fernando Triana, da Asociación Interamericana de la Propiedad Intelectual - ASIPI

Painel 8

A Importância do Desenho Industrial na Competitividade Empresarial

Luiz Augusto Índio da Costa, do Indio da Costa A.U.D.T; Saulo Murari Calazans, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; Rogério Luiz Guidugli Varga, da Volkswagen do Brasil; e Gabriela Neves Salerno, da Natura

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12 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132

XXXII Congresso | Painéis

Painel 9

A Construção Estratégica do Portfólio de Patentes

Q. Todd Dickinson, da American Intellectual Property Law Association - AIPLA; Bryan Diner, do Finnegan, Henderson, Farabow, Garrett & Dunner, L.L.P; Ana Cristina Müller, do BM&A Propriedade Intelectual; e Julio Castelo Branco Reis Moreira, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI

Painel 10

Os Direitos Autorais na Era dos Conteúdos Eletrônicos

Luis Fernando R. Matos Jr., do Matos & Associados Advogados; Marcelo Goyanes, do Murta Goyanes Advogados; Luiz Augusto Azevedo Sette, do Azevedo Sette Advogados; e João Carlos Müller Chaves, do Müller Chaves Advocacia

Painel 11

A Proteção da PI no Ambiente Digital: o Impacto de SOPA e PIPA e/ou CISPA

Marcel Leonardi, da Google; Attilio José Ventura Gorini, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; Ricardo Dutra Nunes, do Luiz Leonardos & Cia.; e Laura Fragomeni, do MercadoLivre.com Painel 12

Guerra dos Vinhos e as Indicações Geográficas

Luiz Claudio de Oliveira Dupim, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI; Carlos Paviani, do Instituto Brasileiro do Vinho - Ibravin; Roner Guerra Fabris, do Roner Guerra Fabris Advogados Associados; e Matthijs Geuze, da World Intellectual Property Organization - WIPO

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XXXII Congresso | Painéis

Painel 13

Novas Fronteiras da Biotecnologia e sua Proteção

Patricia Fukuma, da Agrobio; Filipe Teixeira, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA; Maria Cecília de Araújo Oswald, da Syngenta; e Edson Paula de Souza, do Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual

Painel 14

Inovação Incremental e Anuência Prévia

Luis Henrique Mandetta, Deputado Federal; Liane Lage, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI; Jorge Raimundo, do Jorge Raimundo Consultoria e Assessoria Jurídica; e Fabiano Andreatta, da Eli Lilly Brazil

Painel 15

Pirataria, Concorrência Desleal e TI: Desafios e Oportunidades para a Competitividade

Pamela Passman, do CREATe.org; Rodrigo Ouro Preto, da OAB-RJ; Marcos Bandeira de Mello, da Warner Bros; e Gérson M. Schmitt, da Associação Brasileira das Empresas de Software - ABES Painel 16

A Marca e Design na Indústria da Moda

Luiz Edgard Montaury Pimenta, do Montaury Pimenta, Machado & Vieira de Mello; Regina Sampaio, das Organizações Globo; Oskar Metsavaht, da Osklen; e Paulo Borges, da Fashion Week

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14 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132

XXXII Congresso | Jantar

Participantes confraternizam no Club A

Descontração e alegria no Jantar de Confraternização no Club A, do WTC São Paulo,

oferecido pelos escritórios (abaixo), na segunda-feira, 26, depois de intensos trabalhos

nas sessões e plenárias do XXXII Congresso.

Desembargador Antonio Carlos Esteves Torres, Herlon Monteiro Fontes, Ricardo Vieira de Mello e Jorge Raimundo

Jorge Ávila e Luiz Henrique do Amaral

Elisabeth Siemsen do Amaral, Regina Sampaio e Erika Diniz Jorge Raimundo e Luiz Leonardos

João Luiz D’Orey Facco Vianna, Evelyn Montelanno, Gabriel Di Blasi, Júlio Castelo Branco Reis Moreira e Liane Laje

Pedro S. F. Carneiro, Alicia Daniel-Shores, Paola Ilia Blanco Kolbe, Natalia de Oliveira Maranhao e Elisabeth Fekete

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XXXII Congresso | Jantar

Patrocinadores

Roberta Magalhães, Desembargadora Liliane Roriz e José Antonio Faria Correa

Luís Fernando Matos Júnior, Eduardo Paranhos, John Weresh, Pamela Passman e Albert T. Keyack

Na área da piscina Bryan Diner, Antonio Weber, Maria Inêz Araujo Abreu, Rodrigo Ferreira, Marco Antonio Motta Nunes, Claudia Schultz e Antonella Carminatti

Markus Wolff, Rogério Varga e Paulo Parente Valdir Rocha, Flávia Vasconcelos, Cristiane Oliveira, Fernando Braune e Pedro Vilhena

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16 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132 Foram intensos os debates no

sá-bado, primeiro dia do pré-evento das Comissões de Estufo do XXXII Con-gresso Internacional da Propriedade Intelectual da ABPI. A consultora jurí-dica do Grupo Abril, Laura Colucci, deu palestra na Comissão de Estudo de Software, Informática e Internet em conjunto com Direitos Autorais e Direitos da Personalidade sobre “Ges-tão Coletiva de Direitos Autorais e Distribuição de Conteúdo Online”. Na mesa os co-coordenadores Cybel-le Carneiro Fernandes, da TIM Celu-lar; Maria Cristina M. Cortez, do Trench, Rossi e Watanabe Advoga-dos; Fabio Luiz Barboza Pereira, do Veirano Advogados; e Rodrigo Ko-pke Salinas, do Cesnik, Quintino & Salinas Advogados. “O formato, hoje, não é o mais importante na distribui-ção de conteúdo”, disse Laura Coluc-ci. “Não há empresas de mídia, mas de conteúdo, que não concorrem em formatos mas em qualidade”.

Na Comissão de Estudo de Mar-cas, o palestrante Vinícius Bogéa Câ-mara, diretor de Marcas do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) tratou sobre “Reconhecimento de Alto Renome”, ao lado dos co-coor-denadores Laetitia Maria Alice Pablo d’Hanens, do Gusmão & Labrunie Propriedade Intelectual; e Álvaro Lou-reiro Oliveira, do Dannemann, Siem-sen, Bigler & Ipanema Moreira.

Na Comissão de Estudo de Re-pressão às Infrações a palestra sobre “Análise do Projeto de Reforma do Código Penal Brasileiro no tocante aos Crimes Relacionados à PI” foi conduzida por Franklin Batista Go-mes, do Franklin Advogados – Pro-priedade Intelectual e Direito Penal. Os coordenadores, nesta mesa, foram Rafael Lacaz Amaral, do Kasznar Le-onardos Propriedade Intelectual; e Marcello do Nascimento, do Davi do Nascimento Advogados Associados.

Na Comissão de Estudo de Cul-tivares a palestra sobre “Proteção de Cultivares” foi de Ignacio Sanchez

Echague, do escritório argentino Marval O’Farrell & Mairal, tendo como co-coordenadores Ana Cristina Almeida Müller, do BM&A Proprie-dade Intelectual; e Maria Cecília Oswald, da Syngenta Seeds.

Na Comissão de Estudo de Transferência de Tecnologia e Fran-quias a palestra “Contribuição de Know-How no Capital Social e Des-dobramentos” foi de Lia Medeiros, diretora substituta da Diretoria e Contratos de Indicações Geográficas e Registros do INPI, ao lado dos co-co-ordenadores Cândida Ribeiro Caffé; e Karina Haidar-Müller, do Moro Mül-ler Mazzoneto Advogados.

Na Comissão de Estudo de Direi-to Internacional da Propriedade Inte-lectual, a palestra “Exportando Pro-priedade Intelectual: A Perspectiva da Indústria Brasileira” foi de Diana de Mello Jungmann, coordenadora do Programa da Propriedade Intelec-tual para Inovação na Indústria, da CNI; sendo co-coordenadores Attilio José Ventura Gorini, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; e Benny Spiewak, do Zancaner Costa Bastos e Spiewak Advogados.

Na Comissão de Estudo de Dese-nho Industrial, na palestra “A Impor-tância Econômica do Design e sua Re-lação com os Mecanismos de Proteção Legal do Desenho Industrial” foi con-duzida por Marcos Rocha, da Design Connection. Os co-coordenadores fo-ram Saulo Murari Calazans, do Dan-nemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; e Hermínia Leitão Mendes, do Guerra Advogados Associados.

Na última palestra do dia, da Co-missão de Estudo de Patentes, Albert Keyack, cônsul dos Estados Unidos para Propriedade Intelectual na Améri-ca Latina, tratou do tema “Acordos de Cooperação para Exame de Pedidos de Patentes”, tendo como co-coordenado-res Maria Carmen de Souza Brito, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipane-ma Moreira; Roberto Ribeiro, da Sano-fi-Aventis Farmacêutica; e Júlio Castelo Branco Reis Moreira, do INPI.

Palestras prosseguiram no domingo

Os debates do pré-evento conti-nuaram no domingo, com a palestra da Coordenadora Geral de Patentes do INPI, Cláudia Magioli, abordou na Comissão de Estudo de Biotecnologia o tema “Perspectivas Futuras no Pro-cessamento Administrativo de Pedi-dos de Patentes na área de Biotecno-logia”, tendo como co-coordenadores Leonor Galvão de Botton, do Murta Goyanes Advogados; e Paulo Santos e Silva, do Veirano Advogados.

A palestra seguinte, “Originalida-de e Contributo Mínimo na Seara Es-portiva – Questões Relativas a Direi-tos e Transmissão, DireiDirei-tos Autorais e Direitos de Arena”, foi conduzida por Gustavo Piva de Andrade, do Danne-mann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, tendo como debatedora, Ana Luiza David, da ESPN Brasil.

Na Comissão de Estudo de Indi-cações Geográficas, a palestra “O Reconhecimento da Cachaça como Bebida Genuinamente Brasileira” foi de Carlos Lima, do Instituto Brasilei-ro da Cachaça (IBRAC), ao lado da técnica Hulda Oliveira Giesbrecht, do SEBRAE. Os coordenadores fo-ram Ana Lúcia de Souza Borda, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipa-nema Moreira; e Roner Guerra Fa-bris, do Roner Guerra Fabris Advo-gados Associados.

A última palestra do pré-evento “Direitos da Propriedade Intelectu-al e Antitruste: Recentes Desdobra-mentos”, na Comissão de Estudo de Direito da Concorrência, ficou por conta de Fabiano Andreatta, da Eli Lilly Brazil; Marcel Medon dos San-tos, do Azevedo Sette Advogados; e Mariana Tavares de Araújo, do Levy & Salomão Advogados. Os co-coor-denadores foram Paulo Parente Marques Mendes, do Di Blasi Pa-rente & Associados; e José Carlos da Matta Berardo, do BM&A Proprie-dade Intelectual.

XXXII Congresso | Pré-evento

Debates intensos no pré-evento das Comissões de Estudo da ABPI

Durante dois dias, as 12 comissões de estudo debateram sobre aspectos regulatórios e de

mercado envolvendo Marcas, Patentes, Biodiversidade, Direito Autoral, Indicações

Geográficas, Transferência de Tecnologia, entre outros temas da Propriedade Intelectual. O

resultado dos trabalhos fará parte dos anais da ABPI para subsidiar propostas de

aperfeiçoamento da legislação da PI.

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XXXII Congresso | Pré-evento

Software, Informática e Internet | Direitos Autorais e Direitos da Personalidade

Gestão Coletiva de Direitos Autorais e Distribuição de Conteúdo Online

Laura Colucci, do Grupo Abril; Rodrigo Kopke Salinas, do Cesnik, Quintino & Salinas Advogados; Maria Cristina M. Cortez, do Trench, Rossi e Watanabe Advogados; Cybelle Carneiro Fernandes, da TIM Celular; e Fábio Luiz Barboza Pereira, do Veirano Advogados Marcas

Reconhecimento do Alto Renome: Mesa-Redonda com a Diretoria de Marcas do INPI

Vinicius Bogéa Câmara, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI; Laetitia Maria Alice Pablo d’Hanens, do Gusmão & Labrunie Propriedade Intelectual; e Alvaro Loureiro Oliveira, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira

Repressão às Infrações

Analise do Projeto de Reforma do Código Penal Brasileiro no tocante aos Crimes relacionados a PI

Franklin Batista Gomes, do Franklin Gomes Advogados - Propriedade Intelectual e Direito Penal; Marcello do Nascimento, do David do Nascimento Advogados Associados; e Rafael Lacaz Amaral, do Kasznar Leonardos Propriedade Intelectual Cultivares

Proteção de Cultivares

Maria Cecilia Oswald, da Syngenta Seeds; e Ignacio Sanchez Echague, do Marval O’Farrell & Mairal - Argentina

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18 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132

XXXII Congresso | Pré-evento

Transferência de Tecnologia e Franquias Contribuição de Know-How no Capital Social e Desdobramentos

Karina Haidar-Müller, do Moro Müller Mazzonetto Advogados; Cândida Ribeiro Caffé, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; Lia de Medeiros, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI; e José Samurai, do Machado, Meyer, Sedacz e Opice Advogados

Direito Internacional da Propriedade Intelectual

Exportando Propriedade Intelectual: A Perspectiva da Indústria Brasileira

Diana de Mello Jungmann, do Programa de Propriedade Intelectual para

Inovação na Indústria; e Attilio José Ventura Gorini, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira Desenho Industrial

A Importância Econômica do Design e sua Relação com os Mecanismos de Proteção Legal do Desenho Industrial

Saulo Murari Calazans, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; Hermínia Leitão Mendes, do Guerra Advogados Associados; e Marcos Rocha, da Design Connection

Patentes

Acordos de Cooperação para Exame de Pedidos de Patente

Albert Keyack, Cônsul dos Estados Unidos de Propriedade Intelectual na América Latina; Julio Castelo Branco Reis Moreira, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI; e Maria Carmen de Souza Brito, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira

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XXXII Congresso | Pré-evento

Biotecnologia Perspectivas Futuras no Processamento Administrativo de Pedidos de Patente na Área de Biotecnologia

Leonor Galvão de Botton, do Murta Goyanes Advogados; e Cláudia Magioli, do Instituto Nacional da Propriedade

Industrial - INPI

Propriedade Intelectual relacionada ao Esporte

Originalidade e Contributo Mínimo na Seara Esportiva - Questões Relativas a Direitos de Transmissão, Direitos Autorais e Direitos de Arena

Gustavo Piva de Andrade, do

Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; Ana Luiza David, da ESPN Brasil; Alberto Jerônimo Guerra Neto, do Guerra Advogados Associados; e Peter Eduardo Siemsen, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira Indicações Geográficas

O Reconhecimento da Cachaça como Bebida Genuinamente Brasileira pelos EUA

Roner Guerra Fabris, do Roner Guerra Fabris Advogados Associados; Carlos Lima, do Instituto Brasileiro da Cachaça - IBRAC; Ana Lúcia de Sousa Borda, do Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira; e Hulda Oliveira Giesbrecht, do SEBRAE Direito da Concorrência

Direitos de Propriedade Intelectual e Antitruste: Recentes Desdobramentos

Fabiano Andreatta, do Eli Lilly Brazil; José Carlos da Matta Berardo, do BM&A Propriedade Intelectual; Paulo Parente Marques Mendes, do Di Blasi, Parente & Associados; e Marcel Medon Santos, do Azevedo Sette Advogados

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20 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132

Desde que assumiu a presidência da ABPI, em dezembro de 2009, o ad-vogado Luiz Henrique do Amaral tem pautado as ações da entidade no senti-do de associar o tema da Propriedade Intelectual ao de negócios. Esta vincu-lação tem se refletido na criação, em 2010, de um Comitê Empresarial, que se reúne regularmente para tratar de questões específicas da PI das empre-sas. O viés do setor privado vem sendo contemplado também nos últimos eventos realizados pela ABPI: em 2010 sob o tema “Propriedade Intelectual como Instrumento de Negócios”; e em 2011, como “Inovação como Instru-mento para o DesenvolviInstru-mento”.

No Congresso deste ano, sob o te-ma “O Papel da Propriedade Intelectu-al na Competitividade Econômica”, a ABPI continou batendo na mesma te-cla empresarial. “É inegável o esforço da sociedade brasileira para aumentar a capacidade de pesquisa e desenvolvi-mento, o que pode ser constatado nas universidades, nos incentivos fiscais do governo, na busca de alternativas pelas empresas”, diz Amaral. “Mas sem um sistema forte que garanta a proteção intelectual dessas inovações, não há como garantir que as empresas estarão competitivas no mercado.”

Por que foi escolhida a

competitividade como tema central do Congresso da ABPI este ano?

Luiz Henrique do Amaral: O tema do Congresso este ano, a Competitividade na Economia, vi-sa exatamente a vi-salientar o papel estratégico da Propriedade Intelec-tual na consolidação da posição de desenvolvimento brasileiro de no-vas tecnologias. Assim, a economia brasileira passa a exigir que o País seja desenvolvedor de conhecimen-to, ainda que não no nível das grandes mudanças de paradigmas tecnológicos porque esse papel está ainda muito ligado às economias mais desenvolvidas.

Que novas tecnologias não paradigmáticas são essas?

LHA: Ao invés de se imaginar que, para se falar em inovação, é necessária uma grande mudança

de paradigma tecnológico, é preci-so entender que as invenções incre-mentais, as pequenas melhorias, têm um papel decisivo para o posi-cionamento das empresas. São fun-damentais para proteger o investi-mento, para dar mais incentivo à pesquisa e desenvolvimento.

Pode exemplificar algumas dessas inovações?

LHA: Não estamos falando em desenvolver um novo tecido basea-do em pesquisas espaciais, mas em inovações que já estão acontecendo no dia a dia na economia brasileira. Por exemplo, o Brasil é reconhecido internacionalmente como um País de design de sapatos, móveis e ves-tuário. Segue que, nessas áreas, já há reconhecimento da capacidade brasileira de inovar. O design é um bom exemplo, pois permite a cria-ção constante de novas melhorias e incrementos, como pode ser cons-tatado na indústria de calçados, automobilística e de moda. Ora, se não dá para brigar no andar de bai-xo por conta do preço e nem no andar de cima devido à alta tecno-logia, por que não explorar esse miolo gigantesco de desenvolvi-mento intermediário?

Por que o Brasil não pode competir em igualdade com as economias inovadoras?

LHA: O Custo Brasil ainda é um grande empecilho ao desenvol-vimento. Os salários, os impostos e

demais encargos são muito altos, a infraestrutura precisa de muito in-vestimento, o que nos cria dificul-dades para competir com países que estão focados no custo. Produ-zir no Brasil não está barato, logo, não adianta competir com o custo baixíssimo dos produtores asiáti-cos. Veja que hoje a economia brasi-leira está aberta, o produto impor-tado compete abertamente com o produto brasileiro. Se os empresá-rios brasileiros concorrerem com a China, a Indonésia e o Vietnã, sem preços competitivos, vão acabar fe-chando suas empresas.

Muitas vezes concorrem deslealmente...

LHA: Sim, mas há também os que competem de forma leal, e se o fabricante brasileiro não estiver in-vestindo em inovação, se não en-tregar um produto mais sofistica-do, ainda que não seja um top de linha, uma inovação tecnológica planetária, vai ser engolido.

E onde entra a Propriedade Intelectual?

LHA: É inegável o esforço que está sendo feito com a sociedade brasileira para aumentar a capaci-dade de pesquisa e desenvolvimen-to, o que pode ser constatado nas universidades, nos incentivos fis-cais do governo, na busca de alter-nativas pelas empresas. Mas sem um sistema forte que garanta a pro-teção intelectual dessas inovações, não há como garantir que as em-presas estarão competitivas no mercado. Ora, se a empresa desen-volve melhorias incrementais e não está se apropriando delas, permi-tindo que todo mundo copie, temos um problema que é do campo da Propriedade Intelectual.

E como está o Brasil, no campo regulatório, na proteção de suas inovações?

LHA: Eis uma questão que pre-cisa ser mais bem equacionada no Brasil. Na área de patentes, o INPI (Instituto Nacional da propriedade Industrial) ainda está operacional-mente muito atrasado. Na área de

A tecla da PI nas empresas e a inovação incremental

Luiz Henrique do Amaral, presidente da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI)

Entrevista

(21)

marcas houve investimentos e uma expressiva melhoria. Mas o backlog (estoque de marcas e patentes sem exame) do INPI está crescendo ou-tra vez. Não tem cabimento uma empresa esperar até sete anos para ter sua marca ou patente registrada. Enquanto isso os piratas copiam.

Como a ABPI está tratando a questão da arbitragem em PI?

LHA: A ABPI assinou convênio com o Núcleo de Informação e Co-ordenação do Ponto BR (NIC.br), o órgão de registro dos nomes no Brasil e assim, poderá atuar com força de decisão final sobre as

dis-putas entre marcas e nomes de domínios. Teremos um quadro de especialistas nesta área. A partir de 2013 a Câmara atuará em dis-putas de marcas, patentes, infra-ção, tudo envolvendo Propriedade Intelectual.

Entrevista

O modelo chinês no INPI

Jorge Ávila, presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Para fazer face ao crescimento do sistema brasileiro de marcas e patentes o presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Jorge Ávila, tem sob seu comando mil profis-sionais. É um número expressivo, com-parado, por exemplo, com a China, que Ávila visitou recentemente. Lá, para uma população que é seis vezes a do Brasil, são 200 mil patentes e 15 mil pessoas envolvidas no sistema de Pro-priedade Intelectual. O INPI, por sua vez, conta com um total de 40 mil pa-tentes depositadas este ano.

A ação chinesa deve-se a um siste-ma epidérmico de disseminação da Propriedade Intelectual, com escritó-rios espalhados pelas principais pro-víncias em associação com o poder público local. O modelo chinês, que Ávila estuda implementar no Brasil, é uma entre outras ações que estão em gestação no INPI para melhorar a efi-ciência do sistema e atender a deman-da exponencial de pedidos de patentes que, acredita-se, virá no rastro do crescimento brasileiro.

Como o INPI conduz a questão da competitividade empresarial, tema da sua palestra no XXXII Congresso de Propriedade Intelectual da ABPI?

Jorge Ávila: A discussão deve tratar da construção da competiti-vidade na economia globalizada. E a resposta para isso está cada vez mais ligada à inovação. É mais competitiva não a empresa que produz coisas mais baratas, mas a que produz bens melhores, que atendam de maneira mais efetiva ao que o consumidor deseja. Se a capacidade de inovar é o que torna uma empresa mais competitiva, temos que discutir sobre o am-biente institucional que mais favo-rece a inovação.

E o que está fazendo o INPI para dar estas garantias no campo regulatório da Propriedade Intelectual?

JA: O INPI está atuando em duas linhas centrais. Uma é garan-tir que os direitos de Propriedade Intelectual sejam concedidos com mais eficiência, de uma maneira mais rápida, sem perda da qualida-de jurídica. Vamos ter uma seção no Congresso da ABPI especial-mente dedicada a essa discussão sobre o conjunto de medidas que o governo brasileiro, no contexto do Plano Brasil Maior, vai organizar com o INPI para mitigar os efeitos do backlog enquanto ele não é com-pletamente solucionado. O básico de tudo isso é a admissão de profis-sionais para dar suporte proporcio-nal à demanda.

O que é preciso para cobrir o

gap atual entre a necessidade de

examinadores e a demanda?

JA: O INPI precisa dobrar o nú-mero de examinadores e, com isso, triplicar a capacidade de exame. Es-tamos projetando para este ano de

2012 alguma coisa como 40 mil pedi-dos de patentes para um quadro atual de cerca de 250 examinadores. Ora, a conta não fecha. Isso quer di-zer que cada examinador precisa examinar entre três a quatro pedidos por semana. O gap estaria coberto se, para 40 mil pedidos eu tivesse 700 examinadores.

Qual a outra linha de ação do INPI para a melhoria do sistema?

JA: A outra é promover o enten-dimento e o uso do sistema pelas empresas de porte pequeno e médio e pelas universidades. Estive agora na China e lá cada província tem um escritório com cerca de 100 profissio-nais alocados para apoiar as peque-nas e médias empresas no depósito de patentes. É um exército de pesso-as ajudando pesso-as emprespesso-as chinespesso-as a protegerem a sua Propriedade Inte-lectual. Precisamos crescer mais. Es-tou estudando o modelo chinês, que opera através de um escritório cen-tral, com uma diretoria para apoio às iniciativas locais e regionais. Ora, essa diretoria na verdade não conse-gue atender pequenas e médias em-presas e universidades de pesquisa no país todo, mas tem escala sufi-ciente para capacitar agente local para fazer este trabalho. No nosso caso, com adaptações, podemos ado-tar o modelo chinês costurando com estados e municípios. Assim, não precisamos contratar tanta gente no escritório central, até porque é mais produtivo ter um agente identificado localmente do que alguém do Rio de Janeiro, São Paulo ou Brasília.

Seria um escritório do INPI? JA: Seria uma empresa pública ou uma autarquia estadual ou muni-cipal com um acordo de cooperação do INPI, semelhante ao que o INME-Jorge Ávila

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22 Boletim da ABPI Julho/Agosto de 2012 • Nº 132

Entrevista

TRO tem com os IPEMs estaduais. O INMETRO dá todo tipo de orienta-ção técnica, suporte, mas quem exe-cuta na ponta o trabalho de aferição são as unidades do IPEM.

Este modelo serve para o Brasil? JA: Serve, com adaptações. É im-portante que tenhamos aqui um siste-ma de patentes colocado a serviço não apenas das empresas estrangei-ras, também dos cidadãos e empresas brasileiras, que não são atendidos muitas vezes por falta de informação sobre o sistema de patentes.

O Brasil tem escala para adotar o modelo chinês?

JA: Não, mas veja que a popula-ção da China é seis vezes maior do que a brasileira e tem 1 milhão e 600 mil patentes, enquanto que nós con-tamos com 40 mil patentes. São 40 vezes mais patentes para uma popu-lação seis vezes maior e um escritó-rio central com 10 mil pessoas para o exame de patentes e mais 5 mil en-volvidas na disseminação. No INPI, somando tudo, temos mil pessoas. É muito desproporcional.

Quais as medidas que estão sendo adotadas pelo INPI para combater o backlog?

JA: Estamos atuando em duas frentes. Primeiro, como comentei, precisamos de pessoas, é obvio e ululante. Agora, só contratar, empi-lhar pessoas não funciona, é preci-so capacitá-las, pois quanto maior é o número de examinadores mais cuidado é necessário com a harmo-nia interna do entendimento do INPI sobre as patentes. Então, há um trabalho de garantia da quali-dade com esse crescimento, que é a produção das diretrizes de exames, que precisam ser cada vez mais claras, transparentes. Ao lado dis-so, estaremos trabalhando para ter um ambiente o mais automatizado possível, com toda a parafernália tecnológica necessária.

Quando este novo ambiente estará acontecendo?

JA: Não há mágica, não vamos resolver esse problema de uma taca-da só. Entrarão novas pessoas, que terão que ser treinadas. Enquanto is-so, o número de patentes continuará crescendo cada vez mais rápido. Va-mos correr atrás do prejuízo por um tempo, não tem jeito, até que haja

es-trutura suficientemente sólida para examinar e colaborar com outros es-critórios numa situação de equilíbrio.

E o que será feito nesse meio tempo?

JA: Nesse meio tempo o usuário não pode sofrer tanto quanto vem sofrendo. E sofre o depositante, o interessado em licenciar aquela pa-tente e, ainda, os que querem desen-volver algo semelhante àquela pa-tente por acreditar que ela não exista. O que os grandes escritórios fazem para resolver o problema é uma pri-meira seleção da patente que chega sem nenhuma opinião, quando ain-da não foi examinaain-da em outro país. Outro dia, o presidente do Escritório Europeu de Patentes, Benoit Batis-telli, me explicou como é feita esta opinião preliminar para aquela pa-tente. Ele me garantiu que se fizer-mos isso, vafizer-mos ter um ganho imen-surável de eficiência.

Seria uma primeira triagem? JA: Sim, todo escritório de paten-tes opera com várias filas ao mesmo tempo. Esta é a lógica básica, não adianta fazer uma fila única porque quem examina Física não vai exami-nar a patente de Biologia, por isso é preciso uma fila para cada campo tecnológico. Em cima deste critério básico, vamos organizar filas diferen-ciando o que é modelo de utilidade do que é patente de invenção. Ora, as diretrizes de exame para modelo de utilidade concedem menos direitos, então o exame tem que ser diferente em relação à patente de invenção.

Como a ABPI pode participar deste processo de melhorias no INPI?

JA: Eu acho que a ABPI é uma natural disseminadora de tudo isso. Ela tem dois papéis básicos: um deles é ajudar tecnicamente o INPI a discu-tir com a sociedade brasileira, com o meio político, com o governo qual é o melhor marco regulatório para a Pro-priedade Intelectual no Brasil. Aper-feiçoar o marco regulatório é um pa-pel que a ABPI sempre exerceu e pode exercer ainda mais. O segundo é a disseminação da PI nas empresas, especialmente através do seu Comitê Empresarial. A ABPI tem uma pene-tração muito grande nas entidades empresariais e poderia ao lado do INPI e de outros parceiros fazer uma série de atividades de promoção do uso do sistema de patentes.

Como seria isso?

JA: A ABPI pode ajudar as em-presas líderes a organizarem a Pro-priedade Intelectual nas suas cadeias de fornecedores. Poderia, por exem-plo, fazer uma parceria com a Petro-bras para ajudar a cadeia de petróleo como um todo a entender melhor o sistema de patentes, fazer uma série de eventos, palestras. O mesmo po-deria ser feio nas cadeias automoti-va, de mineração e muitas outras.

Nossa posição no ranking da inovação ainda é modesta frente a de outros países desenvolvidos.

JA: É modesta, mas crescente. O resultado do esforço de promoção do uso de patentes brasileiras ainda é pequeno frente ao que poderia ser, mas expressivo quando comparado com outros países em desenvolvi-mento, à exceção da China, da Co-reia e de Singapura. Nos últimos cinco anos saímos de 95 mil marcas para 160 mil. Nos últimos dez anos saímos de 17 mil patentes para 40 mil, logo é um crescimento muito rápido e expressivo.

A que deve ser atribuído este crescimento?

JA: Atribuo isso única e exclusi-vamente ao aumento do entendi-mento dos empresários e da univer-sidade brasileiros sobre a importância da Propriedade Intelectual. Antes, praticamente só as multinacionais e uma elite pequena de empresas bra-sileiras que tinham patentes. Como disse, avançamos, mas ainda há uma base imensa para ser atingida com esse tipo de proposição.

E, nesse campo, a legislação não precisa ser aperfeiçoada?

JA: A legislação nesse campo é muito draconiana, foi feita para pro-teger a biodiversidade da pirataria, só que de uma maneira tal que aca-bou virando uma interdição para os bem-intencionados em fazer pesqui-sa. Com isso, na prática, é como re-servar a biodiversidade para os pira-tas. Há um ajuste aí para ser feito.

Como o INPI vê a questão da Anuência Prévia da Anvisa para produtos farmacêuticos?

JA: Este instituto foi criado em 1999 para proteger a indústria brasi-leira e o programa brasileiro da AIDS. Não tínhamos experiência com pa-tentes farmacêuticas, e havia um

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jacchus como modelo experimental e o crescente interesse no processo de aprendizagem discriminatória por psicólogos comparativos (Hauser et al., 2002), porém até

O escriba também adotou o critério de uso do diacrítico para representar a contração das vogais iguais em uma mesma palavra (pê, só) e a contração de partículas