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ESTIMATIVA DO CONSUMO ALIMENTAR DE VITAMINA A DE MULHERES ATENDIDAS PARA O PARTO EM REDE PÚBLICA E PRIVADA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

ESTIMATIVA DO CONSUMO ALIMENTAR

DE VITAMINA A DE MULHERES

ATENDIDAS PARA O PARTO EM REDE

PÚBLICA E PRIVADA

LUANNA COSTA PESSANHA

NATAL – RN 2016

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LUANNA COSTA PESSANHA

ESTIMATIVA DO CONSUMO ALIMENTAR

DE VITAMINA A DE MULHERES

ATENDIDAS PARA O PARTO EM REDE

PÚBLICA E PRIVADA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade do Rio Grande do Norte como requisito para obtenção do grau de Nutricionista.

Orientadora: Profa. Ms. Juliana F. dos Santos Dametto

Co-orientadora: Nut. Ms. Cristiane Santos Sânzio Gurgel

NATAL – RN 2016

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LUANNA COSTA PESSANHA

ESTIMATIVA DO CONSUMO ALIMENTAR

DE VITAMINA A DE MULHERES

ATENDIDAS PARA O PARTO EM REDE

PÚBLICA E PRIVADA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte para obtenção do grau de Nutricionista.

BANCA EXAMINADORA

__________ ________

Profa. Ms. Juliana F. dos Santos Dametto Orientador

_______________ ______________

Nut. Ms. Cristiane Santos Sânzio Gurgel Co-orientador

__________________ _______________

Profa. Dra. Renata Alexandra Moreira das Neves Membro Externo

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AGRADECIMENTOS

À Deus primeiramente, minha fonte inesgotável, por me dar o dom da vida e da sabedoria diante de tantas batalhas e vitórias.

Aos meus pais Marluce e Luiz Carlos, que tanto me apoiaram, incentivaram e me inspiraram a nunca desistir de lutar pelos meus sonhos.

Aos meus amigos que sempre ajudaram e estiveram presentes em todos os momentos, bons e ruins.

Às minhas orientadoras, que foram tão dedicadas em me ajudar na conclusão deste trabalho.

Às minhas mais que melhores amigas e irmãs Luana Patrícia, Luana Queiroz, Tatiana Sanz, Tâmylla Lopes, Raiana Lourenço e Ana Dantas por estarem comigo, perto ou

distante, mas sempre em plena sintonia e presença em minha vida.

A todos os meus presentes do intercâmbio, pessoas incríveis que tive a benção de conhecer e que hoje, com muito orgulho, fazem parte da minha vida.

Aos meus médicos que tanto me ajudaram em momentos difíceis e me incentivaram a sempre lutar pela cura.

A todos aqueles que de alguma forma participaram dessa longa jornada da minha vida. Muito obrigada.

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“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1)

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RESUMO

COSTA PESSANHA, Luanna. Estimativa do consumo alimentar de vitamina A de

mulheres atendidas para o parto em rede pública e privada. 2016. 50f. Trabalho de

Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Curso de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.

OBJETIVO: Estimar e comparar o consumo alimentar de vitamina A em mulheres admitidas para o parto em maternidades do serviço público e privado da cidade de Natal (RN). MÉTODOS: O estudo foi do tipo transversal, realizado com puérperas assistidas em cinco maternidades do município de Natal (três públicas e duas privadas), das quais foram coletados dados dietéticos através de um Questionário de Frequência do Consumo Alimentar (QFCA) para estimar o consumo alimentar de vitamina A no último trimestre da gestação. A estimativa do consumo alimentar de vitamina A foi realizada através do software AVANUTRI 4.0. Os valores de vitamina A foram comparados com a Estimated Average Requerement, indicador do consumo recomendado para estudos populacionais. Para análise estatística dos dados foi utilizado o programa BioEstat 5.3. O consumo alimentar geral de vitamina A foi analisado pelo teste t de Student com nível de significância de 5%. Posteriormente, este consumo foi subdividido de acordo com sua fonte, de origem animal e de origem vegetal, e aplicado o teste de Hotelling, para análise multivariada. RESULTADOS: A maioria das parturientes provenientes do serviço público possuía renda inferior ou igual a um salário mínimo (80,65%), e segundo grau completo (35,48%). Já no serviço privado, a maioria tinha renda até um salário mínimo (43,24%) e graduação completa (43,24%). Em relação ao conhecimento acerca dos alimentos fontes e importância da vitamina A cerca de 75,81% das participantes do serviço público e 43,24% das participantes do serviço privado declararam não possuir informação. Os valores medianos da estimativa do consumo alimentar de vitamina A nas parturientes das maternidades públicas e privadas foram 839,0 ± 566,1 µgRAE e 1337,7 ± 967,7 µgRAE, respectivamente. O teste t de Student demonstrou haver diferença significante (p=0,0005) entre os grupos avaliados. Uma vez separado as fontes alimentares de vitamina A entre animal e vegetal, obteve-se como média na maternidade pública 373,70 ± 376,09 µgRAE e 465,34 ± 422,31 µgRAE, respectivamente. Da mesma forma para maternidade privada obteve-se 597,1 ± 480,80 e 740,6 ± 486,92 proveniente de fonte animal e vegetal, respectivamente. Ao realizar a análise multivariada, teste de

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Hotelling, não houve diferença estatisticamente significante (p=0,9991). CONCLUSÃO: O consumo alimentar de vitamina A está adequado de acordo com a recomendação proposta para ambos os grupos estudados, porém as mulheres do serviço privado tem um consumo mais elevado que as do serviço público.

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ABSTRACT

Vitamin A estimate diet of women who received labour treatment in the private and public health services.

PURPOSE: To estimate and compare Vitamin A diet of women in labour, who received

treatment in both the public and private health services of Natal (RN). METHODS: The study was the transversal type, on mothers who received treatment in 5 hospitals of Natal (three public and two private), in which dietary data was collected through a Frequency of Food Diet Report (QFCA) to estimate the Vitamin A diet in the last trimester gestation. The estimate was made through a software called AVANUTRI 4.0. The values were compared to the Estimated Average Requirement, which is recommended to populational studies. For statistical data analysis, the program BioEstat 5.3 was the one used. The general consumption of Vitamin A was analysed by the test t of Student test with significance level of 5%. Later, this consumption was divided according to its source, animal or vegetal, and the Hotelling test was applied, to multivariate analysis.

RESULTS: The major part of the mothers who received treatment in the public service

had an income inferior or equal to the minimum wage (80,65%), and high school completed (35,48%). In the private service, the major part had and income up to the minimum wage (43,24%) and complete graduation (43,24%). Concerning the knowledge involving food sources and the importance of Vitamin A, 75,81% of the participants of the public service and 43,24% of the participants of the private service declared to have no knowledge in the matter. The median values of the estimate vitamin A in public and private maternity hospital were 839,0 ± 566,1 µgRAE and 1337,7 ± 967,7 µgRAE, respectively. The t of Student test showed significant difference (p=0,0005) in the researched groups. Once the food sources were separated, in animal or vegetal, the study showed 373,70 ± 376,09 µgRAE and 465,34 ± 422,31 µgRAE, respectively, for the public hospitals. In the same way, in the private hospitals the study showed 597,1 ± 480,80 and 740,6 ± 486,92 from animal and vegetal sources, respectively. Doing the multivariate analysis, Hotelling test, there was no significant difference (p=0,9991). CONCLUSION: The Vitamin A consumption is adequate according to the recommendation from both of the groups studied, but the mothers from the private service have higher levels of consumption than the women from the public service.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...10 2. METÓDOS...12 3. RESULTADOS...14 4. DISCUSSÃO...15 REFERÊNCIAS...18 APÊNDICE...21

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1. INTRODUÇÃO

Até o final da gravidez, a dieta materna possui grande importância para a garantia de aporte de nutrientes necessários à tal período. A vitamina A é essencial para o crescimento e desenvolvimento humano, atua na preservação e normalidade da visão e contribui para o funcionamento adequado do sistema imunológico, defendendo o organismo contra infecções1,2.

A vitamina A é um termo genérico utilizado para descrever um grupo de compostos com atividades biológicas semelhantes, como retinol, retinal e ácido retinóico. Possui a função de auxiliar nos processos de crescimento, reprodução, diferenciação e de proliferação celular e, por sua atuação no ciclo embrionário, a vitamina A torna-se fundamental no período gestacional, na lactação e primeira infância1,3,4,5,6.

A deficiência clínica da vitamina A (DVA) está relacionada com a presença de cegueira noturna, xeroftalmia (popularmente, secura do olho) e hiperceratose folicular, além de quadros de anemia e baixa resistência a infecções, o que pode aumentar a severidade de doenças infecciosas e o risco de morte7. Crianças em idade pré-escolar e mulheres grávidas são considerados os grupos com maior risco para a DVA, sendo estimado que aproximadamente um terço da população de pré-escolares e 15% das mulheres grávidas é bioquimicamente deficiente, no continente africano e no Sudeste da Ásia1,8. Assim, a DVA pode ser considerada como um importante problema de Saúde

Pública em países em desenvolvimento como no Brasil, onde as regiões Norte, Nordeste e em algumas partes do Sudeste são indicativas de áreas de risco para a deficiência de vitamina A1,4,9.

A prevalência de DVA no Brasil é de 17,4% em crianças menores de cinco anos e 12,3% em mulheres não grávidas em idade reprodutiva8. A (DVA) está elencada entre os três grandes problemas carenciais de micronutrientes, constituindo um dos principais problemas nutricionais do mundo, afetando cerca de 19 milhões de gestantes e 190 milhões de crianças em idade pré-escolar6,10. Essa carência responde por uma parcela importante dos índices de morbidade e mortalidade infantil, tendo em vista a extrema importância da vitamina A nos estágios iniciais de vida, desde a concepção até o desenvolvimento pós-natal da criança11.

As funções desempenhadas pela vitamina A no organismo humano evidenciam a relevância do consumo regular desta vitamina através da dieta. A vitamina A pode ser encontrada sob diferentes formas, dentre elas o retinol e os carotenoides. Este

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primeiro é considerado a vitamina A pré-formada, pronta para ser usada pelo organismo, encontrado em alimentos de origem animal, tais como, fígado, óleo de fígado de peixe e associada à gordura de leite e ovos. Está presente em ésteres, sobretudo no palmitato de retinila. Já os carotenoides – pró-vitamina A – são os precursores que no organismo, se convertem em vitamina A os quais são encontrados em vegetais folhosos verde-escuros, nos vegetais e frutas amarelo-alaranjados7,12.

Gestantes têm sido o centro das discussões sobre saúde e nutrição desde a metade do século passado, sendo reconhecida uma susceptibilidade à inadequação nutricional pelo aumento das necessidades de energia, macro e micronutrientes, caracterizando assim, a vulnerabilidade desse grupo. Estudos revelam que intervenções nutricionais realizadas durante a gestação, como o incentivo ao consumo regular de alimentos ricos em diversos micronutrientes promovem a redução da morbidade materna. Dentre os variados micronutrientes de grande importância nesse período, ferro, o folato, o cálcio, a vitamina A e betacaroteno, se destacam na prevenção da anemia, dos defeitos do tubo neural, nas doenças hipertensivas e mortalidade materna, respectivamente13,14,15. De acordo com a Dietary Reference Intakes (DRI)16,17, gestantes adultas devem ingerir 550µg de retinol diariamente. Estudos realizados com concentrações vitamina A no soro e no leite materno em serviços hospitalares públicos, no Brasil e no exterior, demonstram valores insuficientes. Porém, tais pesquisas não abordam a estimativa de ingestão alimentar de vitamina A e além disso, detêm-se apenas aos serviços de públicos saúde. Até o momento, não se tem conhecimento acerca do consumo de vitamina A de mulheres assistidas nos setores privados no país e no exterior. No Brasil, o sistema público é utilizado pela população de baixa renda em sua maioria e o privado por indivíduos com poder aquisitivo maior e que, supostamente, possuem acesso aos alimentos mais ricos em vitamina A.

Tendo em vista a ausência de estudos que estimam a ingestão alimentar de vitamina A de puérperas assistidas em maternidades públicas e privadas tanto no Brasil como no exterior, torna-se essencial obter dados sobre o consumo alimentar de vitamina A, a fim de comparar tal ingestão entre os setores público e privado de assistência à saúde em que as puérperas estão inseridas. Este artigo tem como objetivo estimar e comparar o consumo alimentar de vitamina A em mulheres admitidas para o parto em maternidades dos serviços público e privado da cidade de Natal (RN).

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2. MÉTODOS

O estudo foi do tipo transversal, realizado com puérperas assistidas em cinco maternidades do município de Natal: três públicas e duas privadas, sendo este, parte do projeto de doutorado “Concentração de retinol em puérperas atendidas em maternidades públicas e privadas”. O mesmo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (CAAE: 09775312.5.0000.5537) (Apêndice 1).

A amostra foi constituída em 99 participantes, sendo mulheres atendidas para o parto em maternidades públicas (n= 62) e privadas de Natal (n= 37).

Os critérios de seleção das maternidades se deram por conveniência. As parturientes recrutadas foram esclarecidas sobre os objetivos da pesquisa e autorizaram sua inclusão no estudo ao assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apêndice 2).

Foram selecionadas parturientes adultas com idade entre 19 e 50 anos, cujo parto havia ocorrido em um intervalo de 12 a 48 horas, sem restrições alimentares, que não haviam realizado procedimento cirúrgico de redução de estômago (cirurgia bariátrica), que tiveram concepto único a termo sem má-formação, e que ainda não haviam sido ofertadas a megadose de vitamina A nas maternidades públicas que, de acordo com a Portaria n° 729 de 13 de maio de 2005, as puérperas são suplementadas com uma única megadose de 200.000 UI de vitamina A apenas no pós-parto imediato18.

Os dados das pacientes foram obtidos após consulta ao prontuário hospitalar e por meio de entrevista.

Como parte da entrevista, um questionário socioeconômico (Apêndice 3) e um questionário de frequência do consumo alimentar (QFCA) (Apêndice 4) foram aplicados. Este último utilizado por Nascimento (2003)19 e por Ribeiro (2007)20 com mulheres da mesma região estudada, para estimar o consumo de vitamina A no último trimestre da gestação. O QFCA consiste numa lista definida de itens alimentares para os quais os respondentes devem indicar a frequência do consumo num período determinado de tempo21.

A análise da estimativa do consumo de vitamina A foi realizada através do uso software AVANUTRI 4.022. Devido este programa calcular o teor de vitamina A de alimentos em microgramas de retinol equivalente (µgRE), pró-vitamina A (origem

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vegetal), os valores de itens alimentares desta fonte foram transformados em ERA (atividade de retinol equivalente), dividindo 1µgRE por dois17.

Os valores de vitamina A foram comparados com a Estimated Average Requerement, indicador do consumo recomendado para estudos populacionais. A ingestão média adequada de vitamina A para gestantes entre 19 a 50 anos corresponde como padrão a 550µgRAE/dia. Valores de consumo inferiores a EAR foram considerados como ingestão deficiente15.

Para análise estatística dos dados foi utilizado o programa BioEstat 5.3. Inicialmente foi comparado o consumo alimentar geral de vitamina A e realizado teste t de Student com nível de significância de 5%. Posteriormente o consumo alimentar de vitamina A foi subdividido de acordo com sua fonte, de origem animal e de origem vegetal. Foi assim, aplicado o teste de Hotelling, para análise multivariada.

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3. RESULTADOS

De acordo com dados do questionário socioeconômico, a maioria das parturientes provenientes do serviço público possuía renda inferior ou igual a um salário mínimo (80,65%), com nível de escolaridade para o segundo grau completo (35,48%), e declararam não ter conhecimento sobre alimentos fontes de vitamina A e sua importância (75,81%) (Tabela 1).

A maioria das parturientes do serviço privado possuía renda de até um salário mínimo (43,24%), apresentavam graduação completa (43,24%), e informaram não ter conhecimento sobre alimentos fontes de vitamina A e sua importância (43,24%) (Tabela 2).

Os valores medianos da estimativa do consumo alimentar de vitamina A nas parturientes das maternidades públicas e privadas foram 839,0 ± 566,1µgRAE e 1337,7 ± 967,7µgRAE, respectivamente. O teste t de Student demonstrou haver diferença significante (p=0,0005) entre os grupos avaliados (Figura 1).

Uma vez separado as fontes alimentares de vitamina A entre animal e vegetal, obteve-se como média na maternidade pública 373,70 ± 376,09µgRAE e 465,34 ± 422,31µgRAE, respectivamente. Da mesma forma para maternidade privada obteve-se 597,1 ± 480,80µgRAE e 740,6 ± 486,92µgRAE proveniente de fonte animal e vegetal, respectivamente. Ao realizar a análise multivariada, teste de Hotelling, não houve diferença estatisticamente significante (p=0,9991) (Figura 2).

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4. DISCUSSÃO

Para a maioria dos nutrientes, as recomendações nutricionais são maiores para as mulheres grávidas e lactantes, sendo a gravidez e a lactação promotora do aumento das necessidades nutricionais. Este aumento é necessário para promover o crescimento e desenvolvimento do feto e da criança e as mudanças associadas ao metabolismo materno23.

De acordo com Qureshi e Khan24, estudos demonstraram que hábitos alimentares saudáveis durante a gravidez tem um impacto positivo na saúde da mãe e do desenvolvimento fetal.

Embora toda a população possa se expor à Deficiência de Vitamina A (DVA), o prognóstico da gestação está diretamente ligado ao estado nutricional materno antes e durante a gestação, sendo este um dos fatores modificáveis mais importantes para a saúde da gestante e de seu bebê. Quando ocorre a inadequação do estado nutricional materno, este estado passa a constituir um determinante crítico do resultado da gravidez, apresentando grande impacto sobre o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido, sendo seu consumo alimentar uma interferência direta sobre o resultado do concepto1,6,25.

De acordo com o estudo de Miglioli et al.6, a DVA apresenta uma tendência de caráter socioeconômico – assim como os problemas carências de interesse epidemiológico –, com prevalência em países, regiões e famílias mais desfavorecidas na estratificação das desigualdades de renda, educação, moradia, acesso aos serviços de saúde e outros aspectos, como o saneamento da habitação.

Estes achados estão de acordo com o presente estudo uma vez que a maioria das participantes apresentou renda de até um salário mínimo ou menos, e no setor público pode-se fazer um destaque para a maioria das mulheres que apresentaram como grau de instrução o segundo grau completo.

Com relação à informação acerca vitamina A, Dimenstein et al.26, referiram que 70% das puérperas apresentaram um conhecimento muito baixo acerca da vitamina A, das suas fontes e importância, sugerindo o fundamental papel da educação nutricional na conscientização sobre a hipovitaminose A e seus efeitos para a mãe e o bebê.

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O que está de acordo com o achado neste estudo, pois a maioria das mulheres não possuía conhecimento sobre a vitamina A em relação as suas fontes alimentares, nem mesmo sua importância.

Considerando a etiologia da DVA, existem também evidências de que a renda e a escolaridade não sejam os únicos fatores determinantes dessa carência nutricional. E assim, entende-se de que além da etiologia, a ingestão inadequada de alimentos que sejam fontes de vitamina A possa estar relacionada também aos hábitos alimentares inadequados. Assim, restrições alimentares importantes e inadequadas podem causar deficiências nutricionais graves, sobretudo de vitamina A, com risco de danos irreversíveis ao organismo, principalmente em condições extremas, como a gestação6,27,28,29.

A deficiência de vitamina A (DVA) e a Hipovitaminose A podem ser diagnosticadas através de indicadores bioquímicos ou clínicos e do consumo dietético. Este último possui relevância no estado nutricional30.

O consumo alimentar de vitamina A pode afetar o estado nutricional não somente da mãe como também do bebê, em que tal ingestão afeta positivamente os níveis de retinol presente no leite materno, podendo prevenir problemas de saúde para a criança durante o desenvolvimento fetal e também após o nascimento. Dessa maneira, percebe-se que a dieta habitual materna gera efeitos sobre a composição do leite em vitamina A31.

Com os resultados do presente estudo foi possível observar que os grupos das redes pública e privada apresentarem médias de consumo alimentar para vitamina A dentro dos parâmetros de adequação, baseadas nos valores de referência.

O que difere dos achados de Santos, Velarde e Ferreira32, onde relatam

que valores de vitamina A deficientes foram encontrados principalmente em países em desenvolvimento, regiões onde a DVA acomete parte expressiva do grupo materno infantil, população vulnerável ao desenvolvimento da carência, seja pelo baixo consumo de alimentos fontes ou por comorbidades associadas que deprimem o estado nutricional em vitamina A. E ainda do estudo com mulheres paquistanesas feito por Qureshi e Khan24 onde verificou-se que puérperas não adotaram um padrão de consumo de alimentos que lhes permitissem alcançar as demandas nutricionais em seu estado gravídico, com nutrientes específicos.

Estudos indicam uma eficiência de absorção de cerca de 70% a 90% relacionados à vitamina A pré-formada comparada à pró-vitamina A, após a ingestão de alimentos ricos nesses compostos. Em termos gerais, os carotenoides são menos

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biodisponíveis que a vitamina A pré-formada porque estão ligados à matriz dos vegetais26,27.

Porém, neste estudo, o consumo alimentar de vitamina A, quando comparado a partir das origens das fontes alimentares animal e vegetal, demonstrou valores de ingestão de alimentos fonte de origem vegetal maiores que os de origem animal, sendo a fonte vegetal mais consumida nos dois grupos estudados.

No estudo de Santos et al23, ficou evidenciado que a maior demanda do organismo materno e fetal eleva a prevalência da ingestão inadequada de nutrientes e uma maneira de aumentar a sua ingestão de nutrientes seria alterando a proporção de alimentos fontes de nutrientes na dieta, ou seja, dando preferência a alimentos ricos em nutrientes. Vale ressaltar que Santos, Velarde e Ferreira32, uma análise dietética, mesmo com limitações próprias dos métodos disponíveis, possui grande importância para auxiliar na indicação de risco nutricional e, quando utilizado em conjunto com outros indicadores de maior sensibilidade, pode contribuir para o diagnóstico mais preciso e o combate de carências nutricionais específicas.

Em se tratando dos Questionários de Frequência de Consumo Alimentar (QFCAs) desenvolvidos e validados para a população de gestantes brasileiras, estes ainda são escassos35,36.

Constata-se que diversos são os fatores que pode vir a influenciar o comportamento alimentar e por consequência o estado nutricional de vitamina A durante a gestação, que vão desde condições socioeconômicas, biológicas, comportamentais e de assistência de saúde recebida, lembrando a importância da alimentação materna durante tal período para o adequado aporte de vitaminas e minerais.

Considerando-se a população estudada, o consumo alimentar de vitamina A está adequado de acordo com a recomendação proposta para ambos os grupos estudados, porém as mulheres do serviço privado possuem um consumo mais elevado que as do serviço público.

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REFERÊNCIAS

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28. Brasil. Ministério da Saúde. Unicef. Cadernos de Atenção Básica: Carências de Micronutrientes/Ministério da Saúde, Unicef; Bethsáida de Abreu Soares Schmitz. - Brasília: Ministério da Saúde, 2007. 60 p.

29. Saundres C, Ramalho A, Padilha PC, Barbosa CC, Leal, MC. A investigação da cegueira noturna no grupo materno-infantil: uma revisão histórica. Rev. Nutr. 2007; 20 (1): 95-105.

30. Soares FB, Ribeiro KDS, Dimenstein R. Análise do retinol sérico em puérperas atendidas em uma maternidade pública de Natal/RN. RBAC. 2008; 40 (2): 129-131. 31. Cunha LFR. Efeito da suplementação materna com palmitato de retinila sobre a concentração de retinol no colostro em condições de jejum e pós-prandial. [Internet]. Natal (RN): Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2010. [citado 2016 Abril 20]. Disponível em:http://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/12554

32. Santos EN, Velarde LGC, Ferreira VA.Associação entre deficiência de vitamina A e variáveis socioeconômicas, nutricionais e obstétricas de gestantes. Ciênc. Saúde coletiva. 2010; 15 (1):1021-1030.

33. Ambrósio CLB, Campos FACS, Faro ZP. Carotenoides como alternativa contra a hipovitaminose A. Rev. Nutr. 2006; 19(2): 233-243.

34. Mourão DM, Sales NS, Coelho SB, Pinheiro-Santana HM. Biodisponibilidade de vitaminas lipossolúveis. Rev. Nutr. 2005; 18(4): 529-539.

35. Barbieri P, Nishimura RY, Crivellenti LC, Sartorelli DS. Relative validation of a quantitative FFQ for use in Brazilian pregnant women. Public Health Nutrition. 2012; 16: (8), 1419–1426.

36. Vian I, Zielinsky P, Zílio A, Mello A, Lazzeri B, Oliveira A, Lampert KV, Piccoli A, Nicoloso LH, Bubols GB, Garcia SC. Development and Validation of a Food Frequency Questionnaire for Consumption of Polyphenol-Rich Foods in Pregnant Women. Matern Child Nutr. 2013; 11(4):511-24.

(22)
(23)

APÊNDICE 1. Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(24)
(25)
(26)
(27)

APÊNDICE 2. Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA

LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS E DA NUTRIÇÃO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE (Para maiores de idade)

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: Concentração

de retinol em puérperas atendidas em maternidades públicas e privadas de Natal /RN, que tem como pesquisador responsável Cristiane Santos Sânzio

Gurgel.

Esta pesquisa pretende avaliar a concentração de vitamina A entre mulheres no pós parto atendidas no setor público e privado de Natal/RN.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é fornecer um diagnóstico relevante aos programas governamentais quanto a necessidade de vitamina A em mulheres em diferentes condições socioeconômicas e ainda subsidiar os profissionais de saúde quanto ao suprimento dessa vitamina e sua eficácia durante a gestação e lactação.

Caso você decida participar, você deverá responder a um formulário que pretende colher informações sobre dados pessoais e condições socioeconômicas, um questionário de frequência do consumo alimentar, que irá avaliar sua ingestão de vitamina A. Para aplicação destes, serão necessários no

(28)

máximo 30 minutos e você pode recusar-se a responder as perguntas que lhes cause constrangimento de qualquer natureza. Logo após serão coletados 5 ml de sangue por punção venosa e até 3ml de leite colostro de sua mama por expressão manual, a fim de avaliar a quantidade de vitamina A no seu sangue e leite materno. Esse material será encaminhado ao laboratório de bioquímica da nutrição e dos alimentos da UFRN para análise e posteriormente será descartado em lixeira apropriada.

Durante a realização você será submetido às coletas de sangue e leite onde a previsão de riscos é mínima, ou seja, o risco que você corre é semelhante àquele sentido num exame físico ou psicológico de rotina.

Pode acontecer um desconforto no momento das coletas acima citadas que será minimizado agilizando-se o procedimento e coleta de sangue e suáveis toques mamários. Como benefício você receberá o resultado do seu estado nutricional de vitamina A que será importante para seu bem-estar e do seu filho (a), pois esta vitamina é importante para o crescimento e desenvolvimento da criança, bem como para prevenir infecções durante o aleitamento para mãe e filho.

Em caso de algum problema que você possa ter, relacionado com a pesquisa, você terá direito a assistência gratuita que será prestada pelo SUS e a UFRN será responsável por isso, caso solicite.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Cristiane Santos Sânzio Gurgel – telefone: 32153416 ramal 205, Fax 32119208.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar.

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo pesquisador e reembolsado para você.

Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador responsável - Cristiane Santos Sânzio Gurgel.

(29)

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa Concentração de retinol em

puérperas atendidas em maternidades públicas e privadas de Natal /RN, e

autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.

Natal__/__/__.

_________________________________ Assinatura do participante da pesquisa

___________________________________ Assinatura do pesquisador responsável

Impressão datiloscópica do participante

(30)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA

LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS E DA NUTRIÇÃO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE (Para analfabetos)

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: Concentração

de retinol em puérperas atendidas em maternidades públicas e privadas de Natal /RN, que tem como pesquisador responsável Cristiane Santos Sânzio Gurgel.

Esta pesquisa pretende avaliar a concentração de vitamina A entre mulheres no pós parto atendidas no setor público e privado de Natal/RN.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é fornecer um diagnóstico relevante aos programas governamentais quanto a necessidade de vitamina A em mulheres em diferentes condições socioeconômicas e ainda subsidiar os profissionais de saúde quanto ao suprimento dessa vitamina e sua eficácia durante a gestação e lactação.

Caso você decida participar, você deverá responder a um formulário que pretende colher informações sobre dados pessoais e condições socioeconômicas, um questionário de frequência do consumo alimentar, que irá avaliar sua ingestão de vitamina A. Para aplicação destes, serão necessários no máximo 30 minutos e você pode recusar-se a responder as perguntas que lhes cause constrangimento de qualquer natureza. Logo após serão coletados 5 ml de sangue por punção venosa e até 3ml de leite colostro de sua mama por expressão manual, a fim de avaliar a quantidade de vitamina A no seu sangue e leite materno. Esse material será encaminhado ao laboratório de bioquímica da nutrição e dos alimentos da UFRN para análise e posteriormente será descartado em lixeira apropriada.

(31)

Durante a realização você será submetido às coletas de sangue e leite onde a previsão de riscos é mínima, ou seja, o risco que você corre é semelhante àquele sentido num exame físico ou psicológico de rotina.

Pode acontecer um desconforto no momento das coletas acima citadas que será minimizado agilizando-se o procedimento e coleta de sangue e suáveis toques mamários. Como benefício você receberá o resultado do seu estado nutricional de vitamina A que será importante para seu bem-estar e do seu filho (a), pois esta vitamina é importante para o crescimento e desenvolvimento da criança, bem como para prevenir infecções durante o aleitamento para mãe e filho.

Em caso de algum problema que você possa ter, relacionado com a pesquisa, você terá direito a assistência gratuita que será prestada pelo SUS e a UFRN será responsável por isso, caso solicite.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Cristiane Santos Sânzio Gurgel – telefone: 32153416 ramal 205, Fax 32119208.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar.

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo pesquisador e reembolsado para você.

Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o pesquisador responsável - Cristiane Santos Sânzio Gurgel.

(32)

Consentimento Livre e Esclarecido

Eu, ____________________________________________, testemunha imparcial certifico que todas as informações foram dadas ao voluntário, ou ao seu representante legal, e que as perguntas suscitadas pelo mesmos foram amplamente esclarecidas pelo pesquisador.

Natal__/__/__.

_______________________________________ Assinatura da testemunha imparcial _________________________________________

Assinatura do pesquisador responsável

Impressão datiloscópica do representante legal

(33)

APÊNDICE 3. Formulário para caracterização socioeconômica dos grupos

001 Número do questionário: __ __ __ [ ] 002 Nome e código do entrevistador _________________ [ ] 003 Data de aplicação do questionário __ /__/____

(dd/mm/aaaa)

__/__/__ (Dia/Mês/Ano) 004 Hospital/Maternidade de aplicação: 01. Santa Catarina

02. Januário Cicco

03. Unidade Mista Quintas 04. Promater 05. Papi [ ] CARACTERIZAÇÃO DA ENTREVISTADA 005 Nome: _______________________________________ 006 Endereço: Telefone: _______________________________________ _______________________________________ 007 Qual sua idade em

anos completos?

__ __ [ ]

008 Atualmente qual seu estado civil?

01. Solteira

02. Casada/ União estável 03. Divorciada

04. Viúva

[ ]

009 Qual seu nível de escolaridade?

01. Analfabeta

02. Ensino Fundamental Incompleto 03. Ensino Fundamental Completo 04. Ensino Médio Incompleto 05. Ensino Médio Completo 06. Graduação Incompleta 07. Graduada

08. Pós-graduada 09. Não sabe

[ ]

010 Qual sua ocupação? 01. Trabalha _____________________ 02. Dona de casa

03. Não trabalha

[ ] 011 Qual o rendimento

mensal da sua família? (Devem ser somados todos os rendimentos das pessoas da família que moram na mesma casa) 01.Sem renda

02. Até 1 salário mínimo (até R$ 622,00)

03. De 1 a 3 salários mínimos (de R$ 622,00 a R$ 1.866,00) 04. De 3 a 5 salários mínimos (de R$ 1.866,00 a R$ 3.110,00) 05. De 5 a 7 salários mínimos (de R$ 3.110,00 a R$ 4.354,00) 06. De 7 a 10 salários mínimos (de R$ 4.354,00 a R$ 6.220,00) 07.De 10 a 20 salários mínimos (de R$ 6.220,00 a R$12.440,00) 08. Acima de 20 salários mínimos (acima de R$ 12.440,00) 09. Não sabe

10.Não respondeu

[ ]

012 Recebe alguma ajuda financeira de instituições/governo/ outra pessoa? Se sim, qual? 01. Sim ____________________________ 02. Não [ ] 013 Utilizou algum medicamento, 01. Sim ___________________________ 02. Não [ ]

(34)

017 Qual a data da última menstruação (D.U.M)?

__ __ __ NI [ ]

018 Qual era seu peso pré- gestacional (antes de engravidar)?

_______kg NI [ ]

019 Qual foi seu peso no final da gestação?

_______kg NI [ ]

020 Qual a sua altura? _______ NI [ ] 021 Estado nutricional

pré-gestacional:

01. Baixo peso (IMC<19,8kg/m2)

02. Normal (IMC>19,8kg/m2 e <26,0kg/m2) 03. Sobrepeso (IMC >26,0kg/m2 e < 29,0kg/m2) 04. Obesidade (IMC>29,0kg/m2).

[ ]

022 Data do parto/ Horário __/__/__ (dd/mm/aaaa)

______hs

023 Tipo de parto 01. Normal

02. Cesário 03. Ignorado

[ ]

024 Sexo do Recém nascido (RN) 01. Masculino 02. Feminino

[ ] 025 Peso ao nascer do RN ______kg

026 Comprimento do RN ______cm 027 Estado nutricional do RN 01. <1500g muito baixo peso

02. 1500-2500g baixo peso 03. 2500-4000g adequado 04. >4000g Macrossomia

[ ]

028 Idade gestacional (capurro do bebê ou US) –prontuário do Bebê

________

Desprezar os primeiro jatos de leite em copo descartável de 50mL

Coletas: Hora Concentração Análise de ROH

045 Coleta 1 (sangue) Sangue até 12 horas após o parto em jejum

______ _____________ 01.Deficiente(<10μg/dL) 02.Marginal (10 20μg/dL) 03.Satisfatório (20 50μg/dL) 04. Excessivo (50 –100μg/dL) 05.Tóxico (> 100μg/dL) [ ] vitamina ou suplemento durante a gestação? Se sim, qual? 014 Amamentou durante a gestação? 01. Sim 02. Não [ ] 015 Você recebeu orientação alimentar profissional durante a gestação? 01. Sim 02. Não [ ]

016 (a) Você conhece alimentos fontes de vitamina A?

01. Sim 02. Não

Obs: Se a resposta for NÃO pule para questão 17.

[ ] 016 (b) Conhecimento da mãe pela avaliação do entrevistador 01 Conhece 02 Desconhece DADOS DO PRONTUÁRIO

(35)

046 Coleta 2 (leite) Leite após o jejum noturno, mama não sugada previamente (leite 0 h)dia em jejum

______ _____________

*Não há referência

(36)

APÊNDICE 4. Questionário de Frequência de Consumo Alimentar (QFCA)

ALIMENTOS

Nº de porçõe

s

FREQUÊNCIA DO CONSUMO TAMANHO DA PORÇÃO Diári a Seman al Mensa l Anual Nunc a Código Abacate ( ) 151 ( ) 152( ) 153 Abacaxi ( ) 145 ( ) 146( ) 147 Alface ( ) 178 ( ) 179( ) 180 Banana ( ) 124A ( ) 124B ( ) 124C Batata doce ( ) 70 ( ) 71 ( ) 72 Caju ( ) p ( ) m ( )g Cenoura ( ) 208 ( ) 209( ) 210

Cuscuz sem leite ( ) 115( ) 116( ) 117

Ervilha Folhosos Verdes Escuros ( ) 181 ( ) 182( ) 183 ( ) 184 ( ) 185( ) 186( ) 187 ( ) 188 ( ) 189 Goiaba ( ) 148 ( ) 149( ) 150 Jerimum ( ) 214( ) 215( ) 216 Laranja ( ) 118 ( ) 119( ) 120 Maça ( ) 125 ( ) 126 Mamão ( ) 130 ( ) 131 ( ) 132( ) 133 ( ) 134 ( ) 135 Manga ( ) 154 ( ) 155( ) 156 Melancia ( ) 136a ( ) 136b( ) 136c ( ) 137 Melão ( ) 138a ( ) 138b ( ) 138c Milho ( ) 76 ( ) 77 ( ) 78 Pimentão

(37)

Fonte: NASCIMENTO (2003) Repolho Vargem ( ) 238 ( ) 239 ( ) 240 Carne Bovina ( ) 271 ( ) 272( ) 273 Fígado ( ) 295 ( ) 296 ( ) 297 Frango ( ) 283 ( ) 284 ( ) 285 Leite ( ) 1 ( ) 2( ) 3 Iogurte ( ) 4a ( ) 4b( ) 4c ( )5a ( )5b ( ) 5c ( )6a ( )6b

Margarina ( ) 49a ( ) 49b( ) 49c ( )50a

( )50b ( )51a ( )51b

Manteiga ( ) 49a ( ) 49b( ) 49c ( )50a

( )50b ( )51a ( )51b Ovo ( ) 310 ( ) 311( ) 312 ( )313 ( )314 ( )315 Omelete Peixe do Mar cozido ( )289 ( ) 290 ( ) 291 ( )292 ( ) 293 ( ) 294 Queijo ( ) 7 ( ) 10( ) 11 ( ) 12 Requeijão ( ) 13 ( ) 14 ( ) 15 Sardinha ( ) 1 ( ) 2( ) 3

(38)

APÊNDICE 5. Normas da revista

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

ISSN 0100-7203 versão

impressa

ISSN 1806-9339 versão on-line

Escopo e política

A Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Rev Bras Gincecol Obstet., ISSN 0100 7203), publicação mensal de divulgação científica da Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), é dirigida a obstetras, ginecologistas e profissionais de áreas afins, com o propósito de publicar contribuições originais sobre temas relevantes no campo da

Ginecologia, Obstetrícia e áreas correlatas. É aberta a contribuições nacionais e internacionais. A revista aceita e publica trabalhos apenas em inglês.

O material enviado para análise não pode ter sido submetido simultaneamente à publicação em outras revistas nem publicado anteriormente. Na seleção dos manuscritos para publicação, são avaliadas originalidade, relevância do tema e qualidade da metodologia utilizada, além da adequação às normas editoriais adotadas pela revista. O material publicado passa a ser propriedade da Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e da Febrasgo, só podendo ser reproduzido, total ou parcialmente, com a anuência dessas entidades.

Os manuscritos submetidos à revista são analisados por pareceristas e o sigilo sobre a autoria e a identidade dos revisores é garantido durante todo o processo de edição. Os pareceres dos revisores e as instruções do editor serão enviados para os autores para que eles tomem conhecimento das alterações a serem introduzidas. Os autores devem reenviar o texto com as modificações solicitadas assim que possível, devendo justificar, na carta de encaminhamento, se for o caso, o motivo do não atendimento de alguma sugestão para modificação. Não havendo retorno do trabalho após três meses, presume-se que os autores não têm mais interespresume-se na publicação. Os autores podem solicitar em qualquer ponto do

(39)

processo de análise e edição do texto a sustação do processo e a retirada do trabalho. Os conceitos e as declarações contidos nos artigos são de responsabilidade dos autores.

A revista publica contribuições nas seguintes categorias: 1. Artigos Originais, trabalhos completos

prospectivos, experimentais ou retrospectivos. Manuscritos contendo resultados de pesquisa clínica ou experimental original têm prioridade para publicação.

2. Relatos de Casos, de grande interesse e bem documentados, do ponto de vista clínico e laboratorial. Os autores deverão indicar na carta de encaminhamento os aspectos novos ou

inesperados em relação aos casos já publicados. O texto das seções Introdução e Discussão deve ser baseado em revisão bibliográfica atualizada. O número de referências pode ser igual ao dos trabalhos completos.

3. Técnicas e Equipamentos, para apresentação de inovações em diagnóstico, técnicas cirúrgicas e tratamentos, desde que não sejam, clara ou veladamente, propaganda de drogas ou outros produtos. Valem para essa categoria todas as normas aplicadas para trabalhos completos. 4. Artigos de Revisão, incluindo avaliação crítica e

sistematizada da literatura, meta-análises ou revisões sistemáticas. A seleção dos temas e o convite aos autores têm como base planejamento estabelecido pela editoria. Contribuições

espontâneas podem ser aceitas. Nesse caso, devem ser enviados inicialmente um resumo ou roteiro do texto, a lista de autores e as

respectivas publicações sobre o tema. Se houver interesse da revista, será enviado convite para apresentação do texto definitivo. Todos os autores devem ter publicações em periódicos regulares, indexados sobre o tema da revisão. O número de autores é limitado a quatro, dependendo do tipo de texto e da metodologia empregada. Devem ser descritos os métodos e procedimentos adotados para a obtenção do texto, que deve ter como base referências recentes, inclusive do ano em curso. Tratando-se de tema ainda sujeito a

controvérsias, a revisão deve discutir as

tendências e as linhas de investigação em curso. Apresentar, além do texto da revisão, resumo, abstract e conclusões. Ver a seção "Preparo do manuscrito" para informações quanto ao texto principal, página de rosto, resumo e abstract; 5. Comentários Editoriais, solicitados pelo editor; 6. Resumos de Teses apresentadas e aprovadas nos

últimos 12 meses, contados da data de envio do resumo. Devem conter, aproximadamente, 300

(40)

palavras e, para serem aceitos, devem seguir as normas da revista quanto à estruturação, à forma e ao conteúdo. Incluir título em português e inglês e, no mínimo, três palavras ou expressões-chave. Não há revisão do texto dos Resumos de Teses. No arquivo enviado, informar: nome completo do autor e do orientador; membros da banca; data de apresentação e a identificação do serviço ou departamento onde a tese foi desenvolvida e apresentada. Lembramos que a publicação do resumo não impede a posterior publicação do trabalho completo em qualquer periódico.

7. Cartas dos Leitores para o Editor, versando sobre matéria editorial ou não, mas com apresentação de informações relevantes ao leitor. As cartas podem ser resumidas pela editoria, mas com manutenção dos pontos principais. No caso de críticas a trabalhos publicados, a carta é enviada aos autores para que sua resposta possa ser publicada simultaneamente.

Forma e preparação de manuscritos

Informações gerais

1. A revista não aceita material editorial com objetivos comerciais. 2. Conflito de interesses: devem ser mencionadas as situações

que podem influenciar de forma inadequada o desenvolvimento ou as conclusões do trabalho. Entre essas situações, menciona-se a participação societária nas empresas produtoras das drogas ou dos equipamentos citados ou utilizados no trabalho, assim como em concorrentes da mesma. São também

consideradas fontes de conflito os auxílios recebidos, as relações de subordinação no trabalho, as consultorias etc. 3. No texto, deve ser mencionada a submissão e a aprovação do

estudo por um Comitê de Ética em Pesquisa reconhecido pelo Comitê Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).

4. Artigo que trate de pesquisa clínica com seres humanos deve incluir a declaração, na seção Métodos, de que os sujeitos do estudo assinaram o termo de consentimento livre e informado. Os autores devem informar, também, que a pesquisa foi conduzida de acordo com a Declaração de Helsinque revisada em 2008.

5. No caso de trabalhos envolvendo experimentação animal, os autores devem indicar na seção Métodos que foram seguidas as normas contidas no CIOMS (Council for International

Organization of Medical Sciences) Ethical Code for Animal Experimentation (WHO Chronicle 1985; 39(2):51-6) e os preceitos do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal - COBEA (www.cobea.org.br).

6. Todos os ensaios controlados aleatórios (randomized controlled trials) e clínicos (clinical trials) submetidos à publicação devem ter o registro em uma base de dados de ensaios clínicos. Essa é

(41)

uma orientação da Plataforma Internacional para Registros de Ensaios Clínicos (ICTRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS), e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE). As instruções para o registro estão disponíveis no endereço eletrônico do ICMJE

(http://www.icmje.org/clin_trialup.htm) e o registro pode ser feito na base de dados de ensaios clínicos da National Library of Medicine, disponível emhttp://clinicaltrials.gov/ct/gui.

7. O número de autores de trabalhos completos e relatos de casos é limitado a sete. Trabalhos de autoria coletiva (institucionais) devem ter os responsáveis especificados. Trabalhos e estudos multicêntricos podem ter número de autores compatível com o número de centros (cada situação será avaliada pela editoria e pelos revisores). Os investigadores responsáveis pelos

protocolos aplicados devem ser especificados. Todos os autores devem ter conhecimento do texto enviado para a revista. 8. O conceito de coautoria é baseado na contribuição de cada um,

para a concepção e planejamento do trabalho, análise e interpretação dos dados, para a redação ou revisão crítica do texto. A inclusão de nomes cuja contribuição não se enquadre nos critérios citados ou que tenham fornecido apenas suporte material não é justificável.

9. Os autores serão informados, por correspondência eletrônica, do recebimento dos trabalhos. Os trabalhos que estiverem de acordo com as Instruções aos Autores e se enquadram na política editorial da revista serão enviados para análise por revisores indicados pelo editor. Os originais em desacordo com os objetivos da revista ou com essas instruções são devolvidos aos autores para as adaptações necessárias antes da avaliação pelo Conselho Editorial ou recusados sem análise por revisores. 10. Junto dos arquivos originais, deve ser enviada uma carta de

encaminhamento, na qual deve ficar explícita a concordância com as normas editoriais, com o processo de revisão e com a transferência de copyright para a revista.

11. Para manuscritos originais, não ultrapassar 25 páginas de texto digitado ou aproximadamente 30.000 caracteres. Limitar o número de tabelas e figuras ao necessário para apresentação dos resultados que são discutidos (como norma geral, limitar a cinco). Para manuscritos do tipo Relato de Caso, não

ultrapassar 15 páginas de texto ou 18.000 caracteres (ver "Preparo do manuscrito", "Resultados").

12. O trabalho deve ser enviado pelo sistema de submissão online no portal SciELO. O endereço eletrônico de todos os autores deve ser fornecido. Desta forma, os coautores receberão informação sobre a submissão do trabalho e, assim, não será necessária a assinatura de todos na carta de encaminhamento. O endereço eletrônico para correspondência com a revista é rbgo@fmrp.usp.br. O arquivo correspondente ao trabalho deve ser único e deve conter texto, referências, tabelas e figuras.

(42)

Preparo dos manuscritos

As normas que seguem foram baseadas no formato proposto pelo ICMJE e publicado no artigo "Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals", atualizado em Outubro de 2008 e disponível no endereço eletrônico: http://www.icmje.org/.

Apresentação do texto

1. Os trabalhos devem ser digitados em espaço 2 em todas as seções, da página de rosto às referências bibliográficas, tabelas e legendas. Cada página deve conter aproximadamente 25 linhas em uma coluna. Usar preferencialmente o processador de texto Microsoft Word® e a fonte Times New Roman 12. Não dar destaque a trechos do texto: não sublinhar ou usar negrito. Numerar todas as páginas, iniciando pela de rosto.

2. Não usar maiúsculas nos nomes próprios (a não ser a primeira letra) no texto ou nas referências bibliográficas. Não utilizar pontos nas siglas (DPP em vez de D.P.P.). Quando usar siglas ou abreviaturas, descrevê-las por extenso na primeira vez que mencionadas no texto. Iniciar cada seção em uma nova página: página de rosto; resumo e palavras ou expressões-chave; abstract e keywords; texto; agradecimentos; referências; tabelas individuais e legendas das figuras.

Página de rosto

Apresentar o título do trabalho em português e em inglês; nomes completos dos autores sem abreviaturas; endereços eletrônicos válidos de todos os autores (opcional, em substituição à carta de encaminhamento); nome da instituição onde o trabalho foi

desenvolvido; afiliação institucional dos autores; informações sobre auxílios recebidos sob forma de bolsas de estudos, financiamento, fornecimento de drogas, reagentes ou equipamentos.

Obrigatoriamente deve ser fornecido o endereço da instituição onde o trabalho foi desenvolvido, o qual é publicado na página inicial do trabalho. Devem ser indicados nome, endereço, telefone/fax e e-mail do autor para o qual a correspondência deve ser enviada. Essas informações pessoais são empregadas apenas para correspondência com a revista e somente são publicadas se houver pedido do(s) autor(es).

Resumo

O resumo do trabalho deve aparecer na segunda página. Para trabalhos completos, redigir um resumo estruturado, que deve ser dividido em seções identificadas: objetivo, métodos, resultados e conclusões. Deve ter aproximadamente 300 palavras. O resumo deve conter as informações relevantes, permitindo que o leitor tenha uma ideia geral do trabalho. Deve incluir descrição resumida de todos os métodos empregados e da análise estatística efetuada. Expor os resultados numéricos mais relevantes, e não apenas indicação de significância estatística. As conclusões devem ser baseadas nos

resultados do trabalho e não da literatura. Evitar o uso de abreviações e símbolos. Não citar referências bibliográficas no resumo.

(43)

Abaixo do texto do resumo indicar o número de registro e/ou

identificação para os ensaios controlados aleatórios e ensaios clínicos (ver item 5 das "Informações Gerais").

Na mesma página do resumo, citar pelo menos três palavras ou expressões-chave que serão empregadas para compor o índice anual da revista. Devem ser baseadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) publicado pela Bireme, que é uma tradução do Medical Subject Headings (MeSH) da National Library of Medicine e está disponível no endereço eletrônico:http://decs.bvs.br.

O abstract deve ser versão fiel do texto do resumo estruturado (purpose, methods, results e conclusions). Deve ser também acompanhado da versão para o inglês das palavras ou expressões-chave (keywords). O resumo e o abstract dos Relatos de Casos e dos Artigos de Revisão e de Atualização não devem ser estruturados e são limitados a 150 palavras.

Introdução

Repetir, na primeira página da introdução, o título completo em português e inglês. Nessa seção, mostre a situação atual dos

conhecimentos sobre o tópico em estudo, divergências e lacunas que possam eventualmente justificar o desenvolvimento do trabalho, mas sem revisão extensa da literatura. Para Relatos de Casos, apresentar um resumo dos casos já publicados, epidemiologia da condição relatada e uma justificativa para a apresentação como caso isolado. Expor claramente os objetivos do trabalho.

Métodos

Iniciar essa seção indicando o planejamento do trabalho: se prospectivo ou retrospectivo; ensaio clínico ou experimental; se a distribuição dos casos foi aleatória ou não etc. Descrever os critérios para seleção das pacientes ou Grupo Experimental, inclusive dos Controles. Identificar os equipamentos e reagentes empregados (fabricante, cidade e país). Se a metodologia aplicada já tiver sido empregada, indicar as referências, além da descrição resumida do método. Descrever também os métodos estatísticos empregados e as comparações para as quais cada teste foi empregado.

Os trabalhos que apresentam como objetivo a avaliação da eficácia ou a tolerabilidade de tratamentos ou drogas devem, necessariamente, incluir Grupo Controle adequado. Para informações adicionais sobre o desenho de trabalhos desse tipo, consultar ICH Harmonized Tripartite Guideline - Choice of Control Group and Related Issues in Clinical Trials (http://www.hc-sc.gc.ca/hpfb-dgpsa/tpd-dpt/e10_e.html). Ver também itens 4 e 5 das "Informações Gerais".

Resultados

Apresentar os resultados em sequência lógica, no texto, nas tabelas e nas figuras. Expor os resultados relevantes para o objetivo do trabalho e que são discutidos. Não repetir no texto dessa seção todos os dados das tabelas e figuras, mas descrever e enfatizar os mais importantes, sem interpretação dos mesmos (ver também "Tabelas"). Nos Relatos

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de Casos, as seções "Métodos" e "Resultados" são substituídas pela "Descrição do caso", mantendo-se as demais.

Discussão

Devem ser realçadas as informações novas e originais obtidas na investigação. Não repetir dados e informações já mencionados nas seções "Introdução" e "Resultados". Evitar citação de tabelas e figuras. Ressaltar a adequação dos métodos empregados na investigação. Comparar e relacionar suas observações com as de outros autores, comentando e explicando as diferenças. Explicar as implicações dos achados, suas limitações e fazer as recomendações decorrentes. Para Relatos de Casos, basear a discussão em ampla e atualizada revisão da literatura. As informações sobre os casos já publicados podem ser tabuladas e exibidas nessa seção para comparações.

Agradecimentos

Dirigidos a pessoas que tenham colaborado intelectualmente, mas cuja contribuição não justifica coautoria, ou para aquelas que tenham provido apoio material.

Referências

Todos os autores e trabalhos citados no texto devem constar dessa seção e vice-versa. Numerar as referências bibliográficas por ordem de entrada no trabalho e usar esses números para as citações no texto. Evitar número excessivo de referências, selecionando as mais

relevantes para cada afirmação e dando preferência para os trabalhos mais recentes. Não empregar citações de difícil acesso, como resumos de trabalhos apresentados em congressos, teses ou publicações de circulação restrita (não indexados). Não empregar referências do tipo "observações não publicadas" e "comunicação pessoal". Artigos aceitos para publicação podem ser citados acompanhados da expressão: "aceito e aguardando publicação" ou "in press", indicando-se periódico, volume e ano. Trabalhos aceitos por periódicos que estejam

disponíveis online, mas sem indicação de fascículos e páginas, devem ser citados como "ahead of print".

Outras publicações dos autores (autocitação) devem ser empregadas apenas se houver necessidade clara e forem relacionadas ao tema. Nesse caso, incluir entre as referências bibliográficas apenas trabalhos originais publicados em periódicos regulares (não citar capítulos ou revisões).

O número de referências bibliográficas deve ser aproximadamente 35. Os autores são responsáveis pela exatidão dos dados constantes das referências bibliográficas.

Para todas as referências, citar os autores até o sexto. Se houver mais de seis autores, citar os seis primeiros, seguidos da expressão et al., conforme os seguintes modelos:

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 Artigos em revistas

Ceccarelli F, Barberi S, Pontesilli A, Zancla S, Ranieri E. Ovarian carcinoma presenting with axillary lymph node metastasis: a case report. Eur J Gynaecol Oncol. 2011;32(2):237-9.

Jiang Y, Brassard P, Severini A, Goleski V, Santos M, Leamon A, et al. Type-specific prevalence of Human Papillomavirus

infection among women in the Northwest Territories, Canada. J Infect Public Health. 2011;4(5-6):219-27.

 Artigos com título em inglês e texto em português ou outra língua

Utilizar o titulo em inglês, entre colchetes e no final da referência, indicar a língua na qual o artigo foi publicado. Prado DS, Santos DL. [Contraception in users of the public and private sectors of health]. Rev Bras Ginecol Obstet.

2011;33(7)143-9. Portuguese.

Taketani Y, Mizuno M. [Application of anti-progesterone agents for contraception]. Rinsho Fujinka Sanka. 1988;42(11):997-1000. Japanese.

 Livro

Baggish MS, Karram MM. Atlas of pelvic anatomy and

gynecologic surgery. 2nd ed. Philadelphia: WB Saunders; 2006.  Capítulos de livro

Picciano MF. Pregnancy and lactation. In: Ziegler EE, Filer LJ, editors. Present knowledge in nutrition. Washington (DC): ILSI Press; 1996. p. 384-95.

Formato eletrônico

Apenas para informações estatísticas oficiais e citação de referências de periódicos não impressos. Para estatísticas oficiais, indicar a entidade responsável, o endereço eletrônico, o nome do arquivo ou entrada. Incluir o número de tela, data e hora do acesso. Termos como "serial", "periódico", "homepage" e "monography", por exemplo, não são mais utilizados. Todos os documentos devem ser indicados apenas como [Internet]. Para documentos eletrônicos com o

identificador DOI (Digital Object Identifier), este deve ser mencionado no final da referência, além das informações que seguem:

Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS [Internet]. Informações de Saúde. Estatísticas vitais. Mortalidade e nascidos vivos: nascidos vivos desde 1994. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008. [citado 2007 Fev 7]. Disponível em:

Referências

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