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Aspectos Jurídicos da Recuperação de Crédito na Recuperação Judicial

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Academic year: 2021

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29 de Maio

Instrutora: Cláudia Ribeiro Pereira Nunes

Aspectos Jurídicos da Recuperação de

Crédito na Recuperação Judicial

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Distinção entre a propriedade fiduciária e os demais

direitos reais de garantia (hipoteca, penhor e anticrese)

“A fundamental distinção reside na verdadeira transmissão da propriedade que se verifica naquela, enquanto nos demais direitos de garantia o que se constitui é apenas o ônus real em coisa alheia.

Pode-se afirmar que a propriedade fiduciária representa um direito real de garantia em coisa própria, sendo meio mais operativo em comparação com o penhor e a hipoteca, nos quais o titular não adquire em nenhum instante a propriedade da coisa, o que torna, evidentemente, a sua tutela bastante reduzida no eventual confronto com outros credores do devedor hipotecário ou pignoratício.” (Christiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald)

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Distinção entre a propriedade fiduciária e os demais

direitos reais de garantia (hipoteca, penhor e anticrese)

A impenhorabilidade do bem alienado fiduciariamente por dívidas do devedor fiduciante, pois a circunstância de ter apenas a posse direta do bem não autoriza a sua constrição judicial em prol de um segundo credor [...].

Em idêntico sentido, vale-se o credor fiduciário de pedido de restituição de seu bem, quando arrecadado em poder do devedor fiduciante falido ou em situação de insolvência (não-comerciante).

Assim, o bem alienado em propriedade fiduciária não fará parte dos ativos do devedor, deixando de integrar o acervo concursal [...] O credor fiduciário [na recuperação judicial ou na falência] não precisa habilitar seu crédito e aguardar o pagamento, basta solicitar a imediata restituição da posse do bem de sua propriedade, aplicando o saldo na satisfação de seu crédito." (Christiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald)

(4)

Trava Bancária Nas Recuperações Judiciais

As operações garantidas por cessão fiduciária de

títulos de crédito e de recebíveis possuem cláusulas

denominadas "travas bancárias“.

(5)

Características da cessão fiduciária de créditos

A cessão fiduciária de créditos é um instituto

extremamente recente em nosso ordenamento

jurídico, eis que introduzida pela Lei nº 10.931/2004,

que reformou a Lei nº 4.728/1965, trazendo a

possibilidade

de

direitos

patrimoniais

serem

transferidos ao credor fiduciário como forma de

garantir o pagamento da dívida.

(6)

Trava Bancária Nas Recuperações Judiciais

Ao ser imitido na posse e na propriedade resolúvel

dos créditos cedidos, não raro, o credor fiduciário é

surpreendido por decisões judiciais que determinam

que ele libere o bem em favor de empresários

sujeitos à recuperação judicial ou em favor de

empresário devedor que teve sua falência decretada

(mais propriamente em favor da massa falida).

(7)

Trava Bancária Nas Recuperações Judiciais

Neste contexto, o credor fiduciário perde a garantia e se

vê obrigado a habilitar seu crédito no quadro geral de

credores.

Contudo, a Nova Lei de Falências, em seu art. 49, § 3º, e

art. 39, estabelece a exclusão dessa modalidade de

crédito dos efeitos da recuperação judicial e da falência.

A não submissão destas operações aos efeitos da

Recuperação Judicial, inclusive a possibilidade de

performar, nos termos do § 3º, do artigo 49.

(8)

Trava Bancária Nas Recuperações Judiciais

Conflito nos TJ dos Estados.

Posição na Jurisprudência do STJ.

"Os bens alienados fiduciariamente por não pertencerem ao devedor-executado, mas à instituição financeira que lhe proporcionou as condições necessárias para o financiamento do veículo automotor não adimplido, não pode ser objeto de penhora na execução fiscal. A alienação fiduciária não institui ônus real de garantia, mas opera a própria transmissão resolúvel do direito de propriedade. Recurso Especial a que se dá provimento, para excluir da penhora o bem indevidamente constrito."

Referências

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