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MALÁRIA DIAGNOSTICO CLÍNICO TRATAMENTO MALÁRIA GRAVE

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Academic year: 2021

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(1)

MALÁRIA

DIAGNOSTICO CLÍNICO

TRATAMENTO

MALÁRIA GRAVE

(2)

Caso 1.

 Em uma unidade de atenção básica de você recebe José Carlos de 43 anos, garimpeiro, casado, natural de Montes Claros em Minas Gerais, residente no interior da Bahia há 15 anos. José relata ter retornado de Novo Progresso no Pará há 6 dias. José relata que há 12 dias passou a apresentar febre alta não termometrada, dores no corpo e cefaléia. No Pará, José trabalhava em um garimpo de diamantes onde aconteceram casos de malária. Ele nega outros sinais ou sintomas, bem como outras doenças associadas.

 Ao EF: BEG, Descorado +/4, Hidratado, Acianótico, Anicterico, Febril, Eupneico. PA= 130 x 75mmHg. FC=90bpm. T=38,5ºC.

 Sem outras alterações.

 Perguntas:

a. Quais as principais hipóteses diagnósticas?

b. Como o diagnóstico poderá ser confirmado?

(3)
(4)

Amazônia Legal

99,7%

Distribuição da malária no

Brasil

85% pelo Plasmodium vivax

(5)

O diagnóstico clínico da malária

Quando suspeitar de malária?

Febre + Procedência ou permanência em área de

transmissão.

Ausência de sinais clínicos patognomônicos

ou que levem a alta suspeição.

(6)

O diagnóstico clínico da malária

Cefaléia

68

42,0

Dor no corpo

51

31,5

Fraqueza

44

27,2

Febre

25

15,4

Epigastralgia

23

14,2

Lombalgia

22

13,6

Tonteira

10

6,2

Náusea

10

6,2

Calafrio

10

6,2

Principais sintomas referidos por 161 pacientes com malária aguda no HUJM, 1996

n

%

Correa & Fontes, 1997

Sem utilidade na prática

Muito inespecífico

Não há diferença por espécie

(7)

Sintomas em pacientes com

malária importada

Febre

96%

Calafrios

96%

Cefaléia

79%

Mialgias

60%

Hepatomegalia

33%

Esplenomegalia

28%

Náusea ou vômitos

23%

(8)

CURVA TÉRMICA CLÁSSICA DA MALÁRIA

Malária terçã

Malária quartã

Curvas térmicas dificilmente observadas atualmente, exceto se os pacientes não forem diagnosticados e não tratados por muito tempo

(9)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 __ __ __ __ __ 40 39 38 37 36

CURVA TÉRMICA NA MALÁRIA AGUDA

Temperatura OC

(10)

Cefaléia

Dor no corpo

Fraqueza

Febre

Epigastralgia

Lombalgia

Tonteira

Náusea

Calafrio

SUSPEITA FORTE

Procedência no Brasil

Diagnóstico clínico

Fonte: Fontes. CJF. 2009

(11)

Cefaléia

Dor no corpo

Fraqueza

Febre

Epigastralgia

Lombalgia

Tonteira

Náusea

Calafrio

SUSPEITA FORTE

Procedência – Outras regiões

(12)

Ao suspeitar de malária...

Confirmar por meio diagnostico adequado.

Pesquisa de parasitas na corrente sanguínea.

Identificação de enzimas parasitárias na corrente

sanguínea por meio de testes rápidos.

Objetivos do diagnóstico.

Diagnóstico específico Terapêutica adequada.

Reduzir risco de infecção do vetor.

(13)

Diagnóstico microscópico da

malária

G

ot

a es

pes

sa

(14)

Diagnóstico microscópico da malária

Esf

regaç

o

delga

do

Fonte: Fontes. CJF. 2008

(15)

MÉTODOS

ALTERNATIVOS

Não-P.falcip

Imunocromatografia

(16)

Caso 1.

Perguntas:

a.

Quais as principais hipóteses diagnósticas?

b.

Como o diagnóstico poderá ser confirmado?

(17)

Caso 1.

a.

Quais as principais hipóteses diagnósticas?

Dengue.

Malária.

Infecções em fase prodrômica ou inespecífica.

Síndrome febril + Presença em área de

transmissão de malária

(18)

O diagnóstico precoce e o

Tratamento

correto e oportuno são os meios

mais adequados

para reduzir a gravidade e a

letalidade por malária.

(19)

Caso 1.

b.

Como o diagnóstico poderá ser confirmado?

Exame parasitológico (gota espessa ou esfregaço

fino) ou teste imunocromatográfico.

(20)

Tratamento da malária

(21)

Tratamento da malária

Ciclo sanguíneo.

• Responsável pelos sintomas e quadros graves.

•Deverá ser tratado em todas as espécies.

•Drogas - Plasmodium vivax,

Plasmodium malariae e Plasmodium ovale – Cloroquina •- Plasmodium falciparum – Artesunato + Mefloquina ou Artemeter + Lumefantrina Hipnozoítas teciduais.

(22)

Esquemas de tratamento –

Plasmodium vivax / Plasmodium ovale em 7 dias.

(23)

Esquemas de tratamento –

(24)

Esquemas de tratamento –

Plasmodium vivax / Plasmodium ovale ajuste de

dose para o peso em adultos maiores de 70kg.

Dose total por kg de peso = 3,0 a 3,5mg/kg. Nesta situação mantemos a dose de primaquina em 15 ou 30 mg por dia e aumentamos o número de dias de tratamento

(25)

Esquemas de tratamento –

Plasmodium vivax / Plasmodium ovale em gestantes e crianças com

(26)

Particularidades do tratamento da malária

causada por Plamodium vivax e Plasmodium

ovale

A cloroquina é segura na gravidez e em todas

as faixas etárias.

A Primaquina não deve ser utilizada em

gestantes, crianças de até 6 meses e em

nutrizes de crianças de até 3 meses.

Nestas situações realizar a supressão com

(27)

Esquemas de tratamento –

Plasmodium vivax / Plasmodium ovale em gestantes e crianças com

(28)

Esquemas de tratamento –

Plasmodium malariae

(29)

Esquemas de tratamento –

Plasmodium falciparum – Casos sem sinais

de gravidade

Tratamento com duas drogas.

Evitar o surgimento de resistência.

Derivado de artemisinina + Mefloquina ou

Lumefantrina.

(30)

Esquemas de tratamento –

Plasmodium falciparum – Casos sem sinais de gravidade.

Artemeter + lumefantrina - Coartem®

(31)

Esquemas de tratamento –

Plasmodium falciparum – Casos sem sinais de gravidade.

(32)

Esquemas de tratamento

Plasmodium falciparum – Gestantes no primeiro

trimestre e crianças com menos de 6 meses

(33)

Infecções mistas –

(34)

Caso 1.

c.

Qual deverá ser o tratamento?

O paciente pesava 92 kg. Assim foi prescrito:

Para: José Carlos Fake.

Uso Interno.

1 . Cloroquina 150mg...10 comprimidos.

Tomar 4 comprimidos hoje, 3 comprimidos amanhã e 3

comprimidos depois de amanhã.

2. Primaquina 15mg...20 comprimidos.

Tomar 2 comprimidos após o almoço por 10 dias.

(35)

Outras condutas...

Acompanhar e orientar o paciente:

Efeitos adversos:

Cloroquina.

 Prurido, dispepsia, raramente alterações cardíacas e neurológicas.

Primaquina.

 Dispepsia, anemia hemolítica.

Evolução:

(36)

Caso 2.

 Em uma unidade de pronto atendimento da periferia de Salvador você atende Sérgio de 33 anos, divorciado. Sérgio é fotógrafo e presta serviços para uma ONG que realiza trabalhos de educação profissionalizante em várias regiões do país e exterior. Há 23 dias ele apresenta febre, dores no corpo e mal estar geral. No início do quadro ele estava a serviço no Haiti, acompanhando trabalhos da ONG. Lá tomou paracetamol para febre, com melhora relativa. Há 15 dias ele retornou ao Brasil, tendo procurado a

unidade de pronto atendimento já em 6 ocasiões e medicado com

sintomáticos e dois cursos de antibióticos porém sem melhoras. Hoje ele dá entrada com febre elevada, rebaixamento de consciência e um episódio de convulsões observadas pela mãe. A mãe informa que ele é portador do vírus HIV, mas ainda não precisa de tratamento com o coquetel, pois sua

imunidade está muito boa (Último CD4=377 cels/mm3).

 Ao EF: REG, Glasgow 13(3/4/6), prostrado, desidratado, acianótico, ictérico ++/4, febril, taquipneico. T=40,2ºC PA=90x50mmHg. FC=112bpm.

 Dor à palpação abdominal. Hepatomegalia e esplenomegalia discreta.

1. Quais as hipóteses diagnósticas?

2. Quais os fatores de risco que o paciente apresenta para esta evolução?

3. Como o caso pode ser investigado?

4. Qual o tipo de suporte necessário?

(37)
(38)

Malária grave

Quase exclusivamente causada por Plasmodium falciparum.

Grupos de maior risco - necessidade de hospitalização do paciente

com malária

 Criancas menores de 1 ano

 Idosos com mais de 70 anos

 Todas as gestantes

 Pacientes imunodeprimidos

Pacientes com qualquer um dos sinais de perigo para malaria grave

 Hiperpirexia (temperatura > 41oC)

 Convulsao  Hiperparasitemia ( > 200.000/mm3)  Vomitos repetidos  Oliguria  Dispneia  Anemia intensa  Ictericia  Hemorragias  Hipotensao arterial

(39)

Caso 2.

1.

Quais as hipóteses diagnósticas?

Salmonelose.

Dengue.

Hepatite.

Leptospirose.

Infecções oportunistas em portador de HIV/AIDS.

Outras....

Malária.

(40)

Caso 2.

2.

Quais os fatores de risco que o paciente

apresenta para esta evolução?

Morador de área não endêmica que visita área

endêmica.

Primoinfectado.

(41)

Caso 2.

3.

Como o caso pode ser investigado?

Além da investigação e suporte geral, realizar

pesquisa de plasmodium em amostra de sangue por

gota espessa ou esfregaço fino ou teste

(42)

Caso 2.

4.

Qual o tipo de suporte necessário?

Internação hospitalar.

Investigação de infecções concomitantes.

Suporte geral.

5.

Qual o tratamento específico?

Esquemas para malária grave.

Artemeter IM ou Artesunato EV

+ Clindamicina EV.

(43)

Sinais e sintomas de malária

grave.

(44)

Tratamento

Exceto para gestantes e menores de 6 meses.

ou

Mais

(45)

Tratamento

Gestantes e menores de 6 meses.

(46)

Conclusões

Malária é uma doença comum nas áreas endêmicas e

potencialmente grave.

Residentes em áreas não endêmicas são susceptíveis e mais

propensos a formas graves quanto visitam áreas

endêmicas.

Quando não se pensa em malária:

Não se suspeita de malária.

Não se diagnostica malária.

Não se trata malária.

E alguém pode morrer de malária!!!!!!!!

A investigação com exame para o diagnóstico específico é

mandatória em caso de suspeita.

O tratamento deve ser instituído assim que o diagnóstico

for firmado, não se devendo aguardar a avaliação

especializada ou encaminhamento.

(47)

Referências

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