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A importância do Conselho de Classe no Estado Entrevista com Karla de Melo - presidente do Ceiconrerp - 10ª Região

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A importância do Conselho de Classe no Estado

Entrevista com Karla de Melo - presidente do Ceiconrerp - 10ª Região

Marcello Chamusca

Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Relações Públicas pela Unifacs (jan/1996). Especialização em comunicação empresarial (ESPM); gestão de novas tecnologias (UFBA) e MBA em Gestão de Negócios e Marketing (ESPM). Coordenadora da Comissão de Instalação do CONRERP (Conselho Regional dos Profissionais de Relações Públicas) 10ª Região (BA) e Conselheira Suplente do CONFERP (Brasília - DF). Foi Diretora de Comunicação da SUCESU BA/SE (Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações) na gestão de 2000/2001 e Membro do Comitê Estratégico da ANATEL - Brasília, em 1999 e 2001. Atualmente trabalha na Assessoria Corporativa de Comunicação da Diretoria de Manganês e Ligas - Companhia Vale do Rio Doce - sendo responsável por gerir as diretrizes, planejamento estratégico e ações de comunicação das Unidades Operacionais na Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará e também no exterior, França e Noruega.

RP em Revista: Quando, onde e por que surgiu o desejo de instalar a 10ª Região do Conrerp na Bahia?

Karla de Melo: Entre 1998 e 1999, um grupo de profissionais, formados pela UNIFASC

começou a se reunir, com o propósito de discutir a profissão e o mercado de trabalho na Bahia. Faziam parte desse grupo: Sheila Vasconcelos (consultora de comunicação e professora RP UNIFACS e UCsal), Lorena Amorim (Assessora Comunicação FIEB), Fernanda Costa (atualmente fazendo mestrado na Áustria), Amine Darzé (analista comunicação RDM - Bahia) e eu (Karla de Melo - Assessora Corporativa de Comunicação - para empresas da Diretoria de Manganês e Ligas da CVRD). Em 2000, Eliezer Cruz Neto (coordenador de curso e professor RP - UNIFACS) entrou no grupo.

Quase toda semana, nos reuniámos para desenvolver um planejamento para dinamizar o mercado de comunicação e consequentemente, valorizar o profissional de RP nesse contexto. Uma das

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primeiras ações, foi entrar em contato com o CONRERP/MG 3a. região, ao qual somos ligados e também a CONFERP (Conselho Federal em Brasília). Na primeira correspondência que enviamos, tivemos uma resposta dura e que questionava nossas intenções. Mas esse obstáculo, nos levou a ir mais longe. Insistimos, enviando diversas correspondências, informando o nosso currículo e trabalho que realizávamos. A idéia era ganhar um aliado para desenvolver esse trabalho junto conosco no Estado. O nosso objetivo principal era esclarecer e fomentar o mercado, para abrir oportunidades aos profissionais.

Lembro que em 1999, eu e Sheila Vasconcelos fomos ao CONBRARP em Porto Alegre, com o objetivo de conversar pessoalmente com a então presidente do CONFERP/CONRERP MG, Sidnéia Freitas. Insistimos muito e conseguimos algumas horas. Nesse tempo, fizemos uma reunião sobre o mercado da Bahia e a contribuição do Conselho para que pudéssemos iniciar um trabalho no Estado. A partir daí, iniciamos diversos contatos com os Conselheiros com o propósito de trazer o CONRERP para a Bahia.

Entre 2000 e 2003, muita coisa aconteceu. Realizamos uma reunião com o Secretario Geral do CONFERP, que nomeou a Comissão de Instalação do CONRERP 10a região, trouxemos o então presidente do CONFERP, Flávio Schmidt para um palestra em Salvador, tivemos inúmeras outras reuniões com os Conselheiros em Belo Horizonte e Brasília, a maioria delas, com custos pessoais do grupo. E em 2004 fui nomeada Conselheira Suplente do CONFERP com o propósito de estarmos mais próximo do que estava sendo decidido pela entidade.

Desde então, estamos buscando essa conquista, visto que depende e muito dos profissionais baianos se registrarem e alcançarmos um número mínimo para que o Conselho possa se manter. Precisamos ter 200 profissionais registrados e com o pagamento em dia, para que possamos administrar o Conselho, enquanto entidade constituída.

RP em Revista: Qual a importância de se ter um conselho de classe no estado?

Karla de Melo: Concretamente, os Conselhos Regionais fiscalizam o mercado e a profissão de

Relações Públicas, principalmente a utilização de diferentes nomes, que tentam encobrir a ocupação das mesmas por pessoas não preparadas e que acabam confundido o que realmente seja a profissão de Relações Públicas.

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A Lei Nº 5.377, de 11/12/67, o Decreto-Lei Nº 860, de 11/09/69 e o Decreto 63.283, de 26/09/68, compõem a legislação básica que regulamenta o exercício da Profissão de Relações Públicas no país.

De acordo com a legislação, o exercício das atividades de Relações Públicas é privativo dos bacharéis em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas e que estejam devidamente registrados nos Conselhos Regionais da categoria.

Com isso, o objetivo é ampliar o mercado de trabalho para os profissionais da área, através do esclarecimento efetivo das funções e do papel do RP. O público prioritário é o líder principal de cada organização.

RP em Revista: Qual o estágio atual do processo presidido por você de instalação da 10ª Região?

Karla de Melo: O grupo possui um ritmo de trabalho intenso, todos estão trabalhando na área de

comunicação, e isso afeta um pouco nossa atuação enquanto Comitê de Instalação. Mas isso, não quer dizer em absoluto que estamos "parados", pelo contrário, acredito que estamos contribuindo e muito para os profissionais de RP, à medida que, criamos uma consciência nas empresas que trabalhamos e nos relacionamos, da importância de profissionais de RP na área de comunicação empresarial.

Ainda estamos fazendo um trabalho de captação de profissionais para efetivarem seus registros e atingirmos o número mínimo para nos constituirmos enquanto Conselho Regional.

RP em Revista: A que você atribui tamanha dificuldade encontrada pela CEICONRERP (Comissão de Instalação do Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas - 10ª Região) para a consecução da sua missão?

Karla de Melo: A Comissão não tem verba para atuar no Estado e isso só irá acontecer com a

consolidação do Conselho, quando atingirmos 200 profissionais inscritos e com anuidades regularmente pagas. E essa é a grande e única dificuldade: a falta de registro dos profissionais de RP quando se formam. E isso é lei, deve ser cumprida por todos que almejam trabalhar na área. Em outras profissões, o registro já é consolidado e todos almejam obtê-lo, entre elas: jornalistas, administradores, engenheiros, arquitetos, advogados, médicos, entre outros.

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É aquela velha história: quem nasceu primeiro? Com a falta de registro e pagamento das anuidades, não tem verba para instalar e manter o Conselho, não tendo o Conselho no Estado, não tem como fomentar o mercado de RP e iniciar um trabalho de relacionamento com os profissionais.

Quando os profissionais se conscientizarem que o mercado está latente e que precisamos realizar um trabalho consistente para que as Relações Públicas se destaquem, todos verão uma nova realidade pela frente.

RP em Revista: Como uma profissional que atua na área, qual a sua visão do atual mercado de RP no nosso estado?

Karla de Melo: A área de comunicação está em franca expansão e isso cria uma demanda

enorme

por pofissionais qualificados.

O mercado baiano não tem o mesmo fôlego que os grandes centros, como SP e RJ para investir em verbas de propaganda e promocional. À medida que as empresas estão percendo que a comunicação empresarial vai além disso - com outras estratégias de comunicação - e que muitas vezes ao utilizar a mesma ou menor verba, é possível atingir um resultado extremamente positivo para suas metas e objetivos, fica claro a importância da atividade de RP.

Acredito firmemente, que o profissional de comunicação pode trabalhar em diversos segmentos empresariais: indústria, governo, agronegócios, comércio, ONG´s, etc. Estruturando a área de comunicação nesses segmentos, é possível gerar ainda mais empregos. Primeiro, porque é necessário contratar profissionais para estruturar a área de comunicação nessas instituições, segundo, porque será necessário terceirizar assessorias de imprensa, agências de publicidade, empresas de organização de eventos, entre outras, para atender as estratégias e ações definidas pela área de comunicação corporativa. Ou seja, nós mesmos, podemos fomentar o mercado, através de uma trabalho competente e consistente nas assessorias de comunicação (in door). Mas para isso, é preciso saber, conhecer e dominar as estratégias e comunicação, comprovar os resultados obtidos para a empresa que se trabalha e efetivamente, construir uma cultura de comunicação organizacional nas empresas, sem aquela velha tradição de valorizar "o" profissional, e sim, "a" atividade e os resultados obtidos através dele. Tenho certeza, que, com isso, o mercado que já está em expansão, conseguirá uma velocidade gigantesca.

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Um exemplo prático é a empresa que trabalho: eu era a única do grupo para atender 04 estados e 02 outros países, e hoje, já formei uma equipe com 04 profissionais de RP; 02 publicitárias e 02 jornalista. A comunicação empresarial é e deve ser multidisciplinar.

As empresas estão se estruturando e entendem que um trabalho de comunicação estratégico contribui para a valorização de suas ações, mas essa comunicação tem que ser efetivamente estratégica, ou seja, de mão dupla, com visão macro da organização, no negócio, do mercado que ela atua e de todos os públicos que ela se relaciona.

Relacionamento é o que permeia toda ação em nossos objetivos de vida ou profissional, e em uma organização, isso não é diferente. O público é o responsável pelo sucesso ou fracasso de uma empresa, e esse público é constituído pelos empregados, clientes, comunidade, investidores, acionistas, imprensa, governo e demais instituições.

A profissão que mais conhece essa dinâmica é o RP, não necessariamente é a única, mas é a que está mais preparada. E com isso, acredito que existe um grande mercado a ser conquistado, cabe apenas à competência demonstrada de cada profissional de RP. É ele quem tem a formação

acadêmica para esse tipo de visão. É ele quem é preparado pela academia para gerenciar o processo de comunicação

institucional de uma organização, base dos demais processos de comunicação existentes dentro dela, inclusive os promocionais.

RP em Revista: Por fim, o que considera que falta para nossa atividade alcançar o lugar que

todos nós sonhamos no contexto da sociedade contemporânea?

Karla de Melo: O que efetivamente fomenta o desenvolvimento das empresas é a administração

correta dos relacionamentos com seus públicos, capilarizando a comunicação em suas diversas redes de relações e que se estendem por todos os ambientes sociais com os quais elas interagem. O Profissional de Relações Públicas tem como uma de suas funções a de ser a consciência crítica dos públicos dentro das organizações. Portanto, se os líderes se conscientizarem do importante papel desempenhado pelas Relações Públicas elas ocuparão o lugar que devem ocupar no contexto das organizações. junto à alta adminsitração. Desta forma ela colabora para a excelência da organização, através da criação da compreensão e da boa vontade do público para com os atos da mesma.

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Mas nada disso terá resultado expressivo, se nessa oportunidade, o profissional não estiver preparado. Sou apaixonada por nossa área e profissão, mas tenho muita consciência crítica, de que nem todos ainda perceberam que temos que fazer a diferença e para isso, temos uma única chance. Eu sempre digo que "a comunicação é um revolver com uma única bala em um campeonato de tiro ao alvo". Temos que conhecer o alvo, reconhê-lo, mirar, nos certificar e atirar. Temos uma única chance para acertar, e para isso, é preciso dominar a função e técnica, caso contrário, perdemos o campeonato. Uma ação de comunicação mal feita, não tem chance de ser corrigida, pois é cara demais para o bolso das organizações ou principalmente, para a sua credibilidade: seu maior patrimônio, e que temos o dever de mantê-la e fomentá-la.

Para citar este trabalho copie as linhas abaixo trocando o X pela data que acessou esse trabalho:

CHAMUSCA, Marcello. A importância do conselho de classe no estado. Entrevista com Karla de Melo – presidente do Ceiconrerp – 10ª região [online] - Disponível na internet via WWW URL:

http://www.rp-bahia.com.br/trabalhos/paper/jornalisticos/entrevista_com_karla_de_melo.pdf - Capturado em

Referências

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